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CURSO TOGA
DIREITO PENAL
Aula 3
TEORIA DO CRIME
FATO TÍPICO
Um batedor de carteira que põe a mão no bolso de alguém que não tem
dinheiro nenhum pratica um crime impossível, mas se a vítima tem em um dos
bolsos dinheiro e no outro papel, e o agente escolhe o bolso com papel, é
tentativa.
O artigo exige que o dano seja reparado ou que a coisa seja restituída
até o recebimento da denúncia ou queixa. Qual seria esse momento? Se a
ação penal for pública incondicionada, o MP recebe o inquérito e oferece
denuncia para juiz criminal, o juiz, para iniciar o processo, necessita receber
essa denúncia, precisa avaliar a presença da justa causa – atividade
administrativa. Ele pode rejeitar ou receber. Até o momento do recebimento da
denúncia pelo juiz, pode o agente ser beneficiado pelo arrependimento
posterior.
Relevância da omissão
O artigo 13, caput, usa a chamada Teoria da conditio sine qua non ou
Teoria dos Antecedentes Causais. A pergunta que se faz é: se o sujeito tivesse
agido, o resultado teria ocorrido?
A lei diz que causa é toda ação ou omissão sem a qual o resultado não
teria ocorrido.
Causa (= conduta):
d) Tipicidade penal:
2) Ilicitude:
A regra é que todo fato típico seja ilícito, no entanto, existem fatos que a
própria sociedade justifica a ação do agente. Temos as chamadas causas
excludentes da ilicitude. Que na parte geral do nosso Código está prevista no
art. 23.
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CURSO TOGA
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular
de direito.
Excesso punível
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste
artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.
Quando o sujeito vai proteger seu bem jurídico ele não pode agir em
excesso, sob pena de responder pela sua conduta.
Essas são as excludentes legais, veremos depois que tem uma supra
legal que é bastante considerada.
morador portava uma furadeira e não uma arma. Essa é uma discriminante
putativa.
OBS: Erro do tipo: o sujeito interpreta mal a realidade, ele erra sobre as
elementares que constituem a norma penal incriminadora, e assim, comete um
crime; se o erro for justificável, exclui dolo e culpa; se não for, responde
culposamente se houver previsão legal. Erro de proibição: é o erro quanto ao
mandamento (ilicitude) da norma penal incriminadora; justificável, exclui dolo e
culpa, se for injustificável, trata-se de uma causa de diminuição.
No estado de necessidade a lei diz que o perigo tem que ser atual (estar
acontecendo), não pode ser iminente como na legitima defesa. Existe doutrina
que entende que, embora a lei não tenha falado, o agente em situação
iminente de perigo pode ser beneficiado pelo estado de necessidade, mas isso
não está na lei.
defendeu o excesso por conta das 17 facadas. O defensor explicou que a ação
de uma faca de manteiga é contundente e não pérfuro-cortante, e por conta
disso a mãe foi absolvida, por ter agido em legítima defesa de terceiro. Tem
que verificar o caso concreto.
A lei não conceitua essas duas excludentes, pois seria impossível prever
as hipóteses de incidência.
3 ) Culpabilidade:
- ou por caso fortuito e força maior (§1°). Esta se subdivide em: completa (não
há crime) ou incompleta ( § 2º - há crime com redução de pena).
PENA
o Pluralidade de condutas
o Liame subjetivo
o Relevância causal das condutas
o Identidade de crimes para os concorrentes
O concurso foi criado para aplicação da pena, para que todos que
concorreram para o crime respondam criminalmente por ele, daí ter a natureza
jurídica de FORMA DE APLICAÇÃO DA PENA.
Tem ainda a Teoria Pluralista que também é uma exceção, está no art.
29, §2°, CP. Chamamos de cooperação dolosamente distinta ou desvio
subjetivo de conduta.
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