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Geografia 7º Ano Resumo Clima
Geografia 7º Ano Resumo Clima
1. Definir estado do tempo: conjunto das condições atmosféricas, que ocorrem num determinado momento
e num determinado lugar, designadamente a temperatura, humidade do ar, precipitação, nebulosidade, vento
e sua evolução no dia a dia.
2. Definir clima: conjunto dos estados do tempo mais frequentes, observados e registados durante 30 anos.
3. Definir elementos de clima: Condições atmosféricas que caraterizam o estado do tempo e o clima.
5. Mencionar os fatores que influenciam a variação temporal da temperatura: os fatores de clima que
influenciam os elementos do clima, nomeadamente a temperatura, são:
Latitude ; Relevo (de acordo com altitude e exposição geográfica); Proximidade /afastamento do mar;
Correntes marítimas
6. Relacionar a variação diurna da temperatura com a inclinação dos raios solares, a espessura da
atmosfera atravessada e a área de incidência:
Inclinação dos raios solares – quanto maior for a inclinação dos raios solares, maior é superfície
aquecida e mais baixa é a temperatura.
Espessura da atmosfera – a espessura da atmosfera atravessada pelos raios solares é tanto mais
quanto maior for a inclinação dos raios solares. Quanto maior é a inclinação, maior é o trajeto
percorrido pelos raios solares, logo a energia dispersa-se e a temperatura diminui.
Temperatura Média Diária: soma das temperaturas registadas ao longo do dia a dividir pelo nº de registos
efetuados;
Amplitude Térmica diária: Diferença entre a temperatura máxima e a temperatura mínima registadas num
dia (temperatura máxima-temperatura mínima= amplitude)
Ao nascer do Sol os raios solares incidem de forma oblíqua (Fig.1 – A), e a espessura de
atmosfera por eles atravessada é maior. A temperatura do ar é relativamente baixa, porque a
energia solar espalha-se por uma área maior (A1).
Quando chegamos ao meio-dia, a radiação emitida pelo sol incide directamente sobre superfície,
já que a inclinação dos raios solares é menor (Fig.1 B) e atravessa uma espessura de atmosfera
mais pequena. A temperatura é mais elevada, mas não é a máxima diária.
Ao pôr-do-sol, os raios solares voltam a estar oblíquos (Fig.1 – C), sendo, mais uma vez, grande
a espessura de atmosfera atravessada pelos raios solares e a superfície aquecida volta a ser
maior (C1). Desta forma, a temperatura volta a baixar.
Ao longo da noite, a ausência de radiação solar juntamente com a libertação de energia calorífica
da Terra para o espaço, a temperatura vai baixando gradualmente. No entanto, quando há
presença de nuvens no céu, durante os períodos da noite, existe uma manutenção das
temperaturas, não se perdendo toda a energia acumulada durante o período diurno.
Movimento de rotação da Terra: movimento que a Terra executa em torno do seu eixo imaginário,
durando 23h 56m.
Movimento diurno aparente do sol: Movimento que o sol parece descrever em redor da Terra, no sentido
dos ponteiros do relógio (Este-Oeste) em consequência do movimento de rotação da Terra.
9. Mencionar as quatro posições estratégicas que a Terra executa em torno do sol e os dias em que
ocorrem:
A variação anual da temperatura decorre do movimento de translação da Terra que dura 365 dias e 6
horas, no qual a Terra mantém a inclinação do seu eixo, dando origem:
À sucessão de estações do ano;
À desigualdade de dias e noites;
À variação do nº de horas de sol recebidas;
À diferença na inclinação dos raios solares;
Temperatura média anual: soma das temperaturas médias mensais a dividir pelo nº de meses (12)
Amplitude Térmica anual: diferença entre a temperatura média do mês mais quente e a temperatura média
do mês mais frio. ( temp. média mês mais quente- temp. média do mês mais frio= amplitude térmica anual)
10. Relacionar as quatro posições com as estações do ano, a duração dos dias e das noites e os
hemisférios mais e menos aquecidos.
Solstício: momento em que o sol alcança, no movimento anual aparente, um dos pontos mais afastados de
linha do Equador: os trópicos de Câncer e de Capricórnio.(ver na imagem anterior os pontos 1 e 3)
No hemisfério Norte
Solstício de Junho: dia maior que a noite, menor inclinação dos raios solares, menor superfície aquecida,
que originam maior aquecimento do ar e temperaturas mais elevadas;
Solstício de Dezembro: dia menor que a noite, maior inclinação dos raios solares; maior superfície aquecida
que originam menor aquecimento do ar e temperaturas mais baixas.
Equinócio: momento em que o sol, no movimento anual aparente, passa pela linha do Equador fazendo com
que o dia e a noite tenham a mesma duração nos hemisférios norte e sul tenham a mesma duração.
11. Relacionar as estações com a inclinação dos raios solares, a espessura da atmosfera a atravessar e a
área de incidência:
A) Inverno: maior inclinação dos raios solares que irão atravessar uma camada mais espessa de atmosfera, incidindo sobre uma
maior superfície que será menos aquecida.
B) Verão: menor inclinação dos raios solares que atravessam uma camada menos espessa de atmosfera e incidem sobre uma
menor superfície que será mais aquecida .
12. Explicar a influência que os fatores do clima têm na distribuição espacial das temperaturas:
Nas região equatorial as temperaturas são sempre elevadas e quase sempre constantes;
Nas regiões polares, são sempre baixas;
Para analisar a distribuição das temperaturas no mundo usam-se mapas de manchas e mapas de
isotérmicas ( linhas que unem pontos de igual temperatura média anual ou mensal, reduzida ao nível médio
das águas do mar);
Como a Terra apresenta uma forma esférica, a sua superfície não é aquecida de igual modo:
Entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio, a inclinação dos raios solares é menor do que nas regiões
polares. Por isso, entre os trópicos, a energia dos raios solares é distribuída por uma superfície menor
do que nas regiões polares:
A temperatura também diminui com o aumento da altitude, ou seja, à medida que vai aumentando a
altitude vai diminuindo a temperatura. A temperatura baixa 6,5°C por cada mil metros – gradiente térmico.
Esta situação acontece porque diminui a capacidade de absorção da radiação solar e da radiação terrestre, em
virtude da diminuição da quantidade de vapor de água e dióxido de carbono, entre outros componentes.
A proximidade ou afastamento de um lugar em relação ao mar explica as diferenças de temperatura entre o litoral e o
interior. A água tem um papel de regulador térmico, diminuindo o efeito
das diferenças de temperatura – temperaturas muito elevadas e temperaturas muito baixas. Nas áreas
próximas do litoral é menor a amplitude térmica, sendo que não são muito elevadas no Verão nem muito baixas no
inverno.
Por outro lado, as regiões afastadas do mar registam maiores amplitudes térmicas anuais, ou seja, o Verão é muito
quente e o inverno é muito frio.
Os continentes ganham e perdem muito facilmente o calor que recebem durante o dia, ao passo que os
oceanos aquecem menos e de forma mais lenta.
Portugal apresenta diferenças na distribuição da temperatura que resultam de fatores como a proximidade do
oceano Atlântico, a latitude, as correntes marítimas e o relevo.
No interior norte, no nordeste transmontano, as temperaturas médias são elevadas no verão e reduzidas no
inverno, resultando fortes amplitudes térmicas anuais. Os locais mais próximos do litoral apresentam
temperaturas médias mensais mais amenas, com menores amplitudes térmicas.
Os arquipélagos dos Açores e Madeira, por estarem perto do mar (insularidade) apresentam amplitudes
térmicas inferiores às do continente (temperaturas sempre mais amenas), mas temperaturas mais reduzidas
no interior montanhoso.
A circulação do ar na atmosfera influencia a pressão atmosférica, que por sua vez influencia o estado do
tempo. O ar desloca-se sempre das altas para as baixas pressões, o que origina a convergência e a subida
do ar nas áreas de baixas pressões, e divergência e descida do ar nos centros de altas pressões.
Altas pressões polares (no hemisfério norte e hemisfério sul);
Baixas pressões subpolares (no hemisfério norte e hemisfério sul);
Altas pressões subtropicais (no hemisfério norte e hemisfério sul);
Baixas pressões equatoriais.
Nas regiões equatoriais, onde há elevadas temperaturas, o ar sobe, formando centros de baixas pressões que
originam precipitação muito abundante.
Próximo dos trópicos, o ar desce, originando altas pressões, que são responsáveis pelo tempo
seco predominante nessas latitudes.
Nas latitudes médias, dá-se a convergência do ar tropical com o ar polar, formando-se as baixas pressões
que explicam a ocorrência de precipitação abundante.
Nos pólos, onde há baixas temperaturas, formam-se altas pressões e, por isso, há baixos valores de
precipitação.
As massas de ar adquirem caraterísticas de temperatura e humidade das regiões onde se formam e podem
ser:
Quanto à temperatura: quentes ( formam-se nas regiões intertropicais) ou frias (formam-se nas regiões
polares)
Quanto à humidade: Húmidas (se têm um trajeto oceânico) e Secas (se têm um trajeto continental)
O encontro destas duas massas de ar distintas origina situações atmosféricas de instabilidade como chuva,
trovoada e ventos fortes:
As condições atmosféricas podem ser representadas em cartas sinópticas, mapas onde se representam através
de símbolos e números os fenómenos meteorológicos que caraterizam o estado da atmosfera.
A humidade absoluta ( quantidade de vapor de água que existe na atmosfera) varia muito e influencia os
fenómenos meteorológicos. A humidade relativa (razão entre a quantidade de vapor de água contida no ar e
quantidade máxima que o ar pode conter sob as mesmas condições de temperatura e pressão).A humidade
relativa varia na razão inversa da temperatura.
Ver as definições da pag. 29
Nevoeiro –
Orvalho –
Geada –
Núcleos de condensação –
Precipitação –
Pluviosidade –
Neve –
Granizo –
Saraiva –
Quando o ar não consegue conter mais vapor de água, diz-se que está saturado, atingiu o ponto de
saturação.
Maior temperatura > maior quantidade de vapor de água necessária para saturar o ar.
Para analisar a distribuição de precipitação recorre-se a mapas de manchas ou de isoietas ( linhas que num
mapa unem pontos de igual precipitação).
Nas regiões equatoriais, os centros de baixas pressões são responsáveis pelos elevados valores da
precipitação. Podem ocorrer chuvas convectivas (2) e chuvas convergentes (3):
1 chuvas frontais
Encontro de duas massas com caraterísticas diferentes em que a fria obriga a quente a subir bruscamente;
ocorrem fortes aguaceiros e trovoadas.
2 Chuvas convectivas
Resultam do aquecimento intenso do ar em contato com o solo, que origina a ascensão brusca do ar
aquecido e consequente precipitação; ocorrem nas regiões tropicais e no interior dos continentes das regiões
temperadas durante o verão.
3 chuvas convergentes
Resultam da convergência de ventos junto à linha do Equador, provocando a subida do ar quente e
desencadeando o mecanismo da precipitação.
A precipitação e o relevo
A precipitação é influenciada pela altitude e pela sua exposição em relação à linha de costa. De facto, a
precipitação é mais elevada em áreas de maior altitude e nas áreas montanhosas concordante.
As montanhas podem ter vertentes barlavento, que estão expostas aos ventos húmidos e vertentes sotavento,
que estão abrigadas dos ventos húmidos. Nas vertentes barlavento é maior a precipitação do que nas
vertentes sotavento, que normalmente são muito secas.
As áreas de montanhas concordantes são paralelas à linha de costa e são fortemente influenciadas pelos
ventos húmidos.
.
As áreas próximas do mar são influenciadas pelos ventos húmidos marítimos registando valores elevados de
precipitação (verde escuro); à medida que os ventos marítimos vão avançando para o interior do território,
perdem humidade e o seu efeito amenizador da temperatura. Assim, verifica-se um contraste litoral/interior.
nas correntes quentes a evaporação é intensa e a humidade atmosférica elevada, o que torna mais provável a
ocorrência de precipitação;