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Perdão Amor
Pry Oliver
1ª. Edição
2018
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Sinopse
Um contrato. Milhões de reais em jogo.
Uma jovem inexperiente; um homem
ambicioso e avesso a sentimentos.
Oito anos de separação e uma corrida contra o
tempo para recuperar a família, antes do fim do
contrato que impede o divórcio.
Esta, é a história de um homem que exaltou a
ambição e os prazeres momentâneos e perdeu o
verdadeiro amor de sua vida.
"Perdão, amor. Quero você e nossa filha de
volta.”
***
"Eduardo analisou o rostinho de Dudinha; ela
tinha os olhos de Maria Fernanda, mas os traços
do rosto eram seus, e os cabelos, de sua mãe
Suzane. Ele sentiu uma vontade enorme de abraçá-
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Primeira fase
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Prólogo
"Ainda que eu fale as línguas dos homens e
dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze
que soa ou como o címbalo que retine.
I Coríntios, 13
***
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***
Izabelle foi despertada de seus pensamentos
tristes pelo médico, um velho conhecido. Há alguns
meses, ela vinha se tratando de uma doença grave
em um hospital onde ele era plantonista.
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conforto.
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ser convincente.
Maria Fernanda sentou ao lado da madrinha e
não o olhou. Giovane contraiu a mandíbula, com
ódio.
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rentabilidade desejada.
Encontrou-a sentada em uma cerca de madeira,
com o olhar distante. Seus cabelos estavam em toda
parte, seguindo a corrente de vento que estava um
pouco forte naquela manhã.
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— Me deixa sozinha!
Eduardo não se agradou nem um pouco
daquela ordem, muito menos do seu tom de voz.
Nunca nenhuma outra mulher ousou tentar lhe dar
ordens.
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rosto dele.
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***
Uma semana se passou desde que Izabelle se
fora. O coração de Maria Fernanda doía por saber
que agora iria para a casa do homem com quem se
casou, mais cedo do que pretendia.
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mãos.
— Eu nunca te deixarei, minha bonequinha
linda. Qualquer coisa, você liga, que eu bato lá na
sua casa em dois tempos.
— Eu te amo, Giovane.
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aqui mesmo.
Maria Fernanda sabia que, o quanto mais longe
ficasse de Eduardo, seria melhor para ela, pois
tinha medo dele reivindicar os direitos de marido.
Eduardo se enfureceu.
— Já está jogando a menina contra mim,
Antonieta? Não acha que está exagerado um pouco
com a liberdade que tem? Acha mesmo que os seus
bolos vão me conquistar para sempre, mulher?
— Eduardo, eu só estou dizendo que a menina
é muito nova. É bem-criada, não é certo para ela
ficar dormindo em um minúsculo quartinho dos
fundos.
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guarda roupa.
Abriu uma das portas e não encontrou espaço.
Seguiu, portanto, abrindo as outras e também não
encontrou um cantinho sequer desocupado. Então,
arrastou os edredons que estavam em um suporte
inferior interno, pegou sua mala com produtos de
beleza e roupa que precisaria após o banho, e em
seguida colocou as outras duas malas dentro do
guarda-roupas e fechou a porta. Sorriu por tudo ter
dado certo. Usaria os edredons para fazer sua
própria cama, sobre o felpudo tapete do quarto.
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— Descansou, filha?
— Primeiro arrumei a bagunça. Apesar de não
ter sujeira, não me sentiria bem em viver em um
quarto com tanta coisa fora do lugar.
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mim e Giovane.
— Vou falar com o Edu. Ele precisa ver uma
escola para você. Fique perto de mim o tempo
todo.Eu vou te proteger se algo der errado.
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— O que disse?!
— Que Antonieta foi ao supermercado com a
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ameaçada.
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se manifestar.
— MEU SUCO. ESTOU ESPERANDO! —
Viviane gritou.
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***
Logo após Sergio ter ido para casa, Eduardo
levou Viviane para o escritório da casa, pois de
agora em diante, Viviane não dormiria em sua
cama até que o quartinho destinado a Maria
Fernanda estivesse pronto.
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tempo?
— Há uns três anos. O pai dela é responsável
pelas obras públicas da cidade e o Edu é
engenheiro. Parece que tudo gira em torno do
interesse.
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— Mas...
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— Céus!
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— O Sergio não quis o nosso bebê, patroinha.
Não tive saída, estava muito machucada e com
medo, mas me arrependo muito de ter abortado
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pescoço.
Maria Fernanda o jogou sobre a cama e acabou
caindo juntamente com ele. Eduardo estava tonto,
havia misturado bebida quente com fria, mas estava
lúcido ao ponto de sentir seu sangue ferver com o
corpo da jovem sobre o seu.
***
Mas uma semana de trabalho se iniciou e
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— Sergio!
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acha?
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Suelen avistou Maria Fernanda sentada na
grama do jardim e se aproximou dela.
malvado?
— Não sei, mas deve ser coisa de família.
Todos eles são ruins. A Antonieta me falou que a
irmã dele é diferente do restante da família, mas eu
não cheguei a conhecê-la. Ela já estava estudando
fora do país quando eu vim trabalhar aqui.
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água.
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Maria Fernanda estava esperando todos da casa
irem dormir para usar o telefone e falar com
Giovane na fazenda. Suelen era sua cúmplice na
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isso comigo.
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o sutiã.
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Maria Fernanda.
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regado a bebidas.
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esperando lá fora.
— Sim, eu não quero te atrasar. Até amanhã,
então. Foi um prazer conhecer você, Fernanda. —
O jovem deu um sorriso de canto a canto que
deixou Maria Fernanda com as bochechas coradas.
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banheiro.
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praticamente deserta.
Maria Fernanda tirou a sapatilha dos pés,
dobrou a barra da calça jeans e caminhou mais à
frente, foi quando viu Giovane sentado em um dos
troncos de árvore na beira da praia. Seu coração
acelerou. Ela fez sinal para Jorge, colocando um
dedo sobre os lábios, e ele imediatamente parou.
Ela seguiu sorrateiramente pelas costas de Giovane,
que continuava olhando a imensidão do mar.
Chegou de mansinho e colocou as mãos sobre os
olhos do rapaz, que sorriu, sentindo o cheiro já
conhecido das mãos da menina.
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mais nada.
— Está com os documentos, aí?
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mim?
— Claro. Mas por que, menina?
— Vai o quê?
entrar em desespero.
— Bem que eu não queria me meter nisso. Tá
vendo, aí!? Por que eu não ouvi minha mãezinha
quando ela me aconselhou? "Filho, não se meta na
vida dos patrões." Mas não... fui logo ser bonzinho
e olha só; estão me fazendo perder meu emprego.
Vocês sabem quantos anos eu tenho de carteira
assinada naquela casa? Doze. Doze anos não são
doze dias para jogar assim, no ar, por causa de uma
patroinha que quer fugir do marido.
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trânsito.
— Me desculpe, Jorginho, mas eu não posso
ficar... você não tem culpa de nada e o seu patrão
vai entender isso.
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—Tchau, menina.
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minha roupa.
— Seu miserável! — Giovane socou
novamente o rosto de Eduardo, que não revidou.
Ele precisava segurar a raiva para virar aquele jogo.
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A jovem passou o dia todo dentro do quarto.
Não sentiu fome, apesar do vazio em seu estômago.
A maneira com que Giovane havia falado com ela
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Era dez da noite quando Eduardo chegou com
Viviane.
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roupa.
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moletom.
Maria Fernanda estava sentada na cama
tomando sopa. Antonieta estava ao lado dela.
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Assim que o carro de Eduardo parou frente à
escola, Maria Fernanda saiu o mais rápido possível.
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Às doze em ponto, ele já estava no carro,
esperando a menina que ainda não tinha saído da
escola. Já tinha olhado o seu Rolex pela quinta vez.
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sozinha.
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abandonando-a no jardim.
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abandonou.
Eduardo correu até a poltrona do quarto, pegou
a mochila com o notebook, a planta do projeto que
iria precisar naquele dia e desceu as escadas quase
correndo.
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ainda.
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manter distância.
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— Adiantou as coisas?
— Estava esperando você. — Sergio o
observou minuciosamente. Eduardo parecia aéreo e
atordoado.
— Está passando mal, parceiro?
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alicate de jardineiro!
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cogitarem aquilo.
— Por favor, senhor, não faça isso. — Ela
fechou os olhos, sem forças para lutar contra aquele
Eduardo, torcendo para ele desistir, pois ela mesmo
não conseguiria.
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mão.
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machucar, eu prometo.
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de você, mulher...
Ele levantou para tirar o que restava de suas
roupas e a viu arregalar os olhos e se encolher com
a visão de seu corpo nu.
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casamento?
— Ele me fez sentir coisas boas. Minhas
pernas tremeram e naquele momento eu quis que
estivéssemos casados de verdade. Não apenas no
acordo. Ele também sabe fazer aquilo muito bem.
— Aquilo?
Maria Fernanda virou as costas para a amiga e
respondeu, envergonhada:
— Com a boca.
Suelen gargalhou mais alto ainda e lutou ao
mesmo tempo para se controlar.
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Eduardo saiu da empresa e foi direto para uma
festa na casa da família de Viviane. Ele precisava
estar presente em todos os eventos que eles
organizavam. O grande projeto de Eduardo era sua
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Eduardo estava dentro do carro, na esquina da
rua do colégio. Ele observava Thiago alisando as
mechas do cabelo de Maria Fernanda. O marido
estava furioso, mas aguardava para ter certeza se
suas suspeitas estavam certas.
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estrada, Antonieta.
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coração e me humilhou.
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— Antonieta!
Ela gritou, pois precisava ser interrompida. Seu
corpo formigou com o abraço firme, acompanhado
dos beijos molhados que recebia no pescoço. Ela
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domino.
Alisou os cabelos da mulher, disposto a afastar
tais desejos. Maria Fernanda aproveitou a
displicência e o estapeou. Gritou e tentou sair
debaixo dele.
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Quase meia hora depois, Eduardo retornou ao
quarto. Estava de banho tomado e cobria-se com
um roupão preto. Maria Fernanda estava de costas,
do outro lado, e aos pés da cama. Ela levantou o
rosto e retesou o corpo de imediato. Apertou o
pulso, pois sentiu dor quando segurou no chão para
se afastar dos olhos dele.
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— Me dê o seu braço.
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— Desculpa, Antonieta.
— Por que está falando isso, filha?
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Eduardo e Sergio estavam em uma cafeteria
próxima à empresa. Saíram do escritório depois das
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Maria Fernanda pediu desculpas a Thiago e
depois correu dele durante toda a manhã. Observou
quando ele viu a mancha roxa em seu pescoço.
Estava fugindo das perguntas, não queria responder
e afirmar seu destino.
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viver.
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como Alfredo.
Suelen avistou Sergio no meio dos poucos
convidados.
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vaidoso.
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— Você o viu?
— Eu o vi entrando na terceira porta.
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— Droga!
Esmurrou o volante enquanto um dos sinais de
trânsito estava fechado. Ele já tinha furado dois,
mas aquele havia sido impossível. Olhou para ela e
voltou a testar-lhe a temperatura. Maria Fernanda
se moveu ainda de olhos fechados.
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Eduardo.
O patrão a distanciou.
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preocupação no rosto.
Seria apenas temor pela perda da empresa?
***
Eduardo voltou para casa às sete horas.
Naquele dia, não ficou na empresa um minuto a
mais além do seu horário de trabalho. Ele tinha
passado em um restaurante chinês e comprado
yakissoba de frango, achou que seria leve e fácil
para Maria Fernanda ingerir.
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— Eu te levo.
— Aonde vai com ela? — Suelen o freou
quando sustentou o corpo da mulher nos braços.
— Traga leite quente. Ela não deveria estar na
cozinha trabalhando no seu lugar.
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— Já tomou os remédios?
— Já.
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***
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estremecer.
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chuva.
— Desde quando uma fera selvagem tem medo
de trovão?
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ombro.
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seu ombro.
Em seu colo, estava uma ferinha mansa, com a
cabeça inclinada na curva de seu pescoço, exalando
o cheiro mais incrível que ele havia sentido. O
corpo pequeno se encaixava em seus espaçosos
músculos ao ponto de não incomodar e mesmo
assim, trazia muito prazer. Ele desejou cuidar dela
para sempre, mas sabia que não tinha aquela
capacidade. Não suportaria ver aquele coração
inocente sangrando, com o peso de suas metas
desenfreadas para a satisfação profissional. A
viagem que faria em breve poderia machucá-la
profundamente. Ele ainda estava confuso e lutando
entre a renúncia ou aceitação.
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profissional.
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costas.
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aveludado.
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entrada!
— Não importa.
— Sente dores? — Ele colocou o dorso da mão
na testa dela, mas foi afastado. — Você está com
febre outra vez. Não deveria ter ficado no chão frio.
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***
Já era tarde, quando a jovem arregalou os
olhos ao ouvir o estrondo de um trovão. Trêmula,
ela tateou a cama em busca de um corpo musculoso
que deveria estar ali para protegê-la do terrível
barulho. Mas o lado estava vazio. Ela gelou e sentiu
o temor percorrer seu corpo.
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— Chorou.
— E eu sei exatamente onde preciso morder e
faria bem de levinho. — Seguiu beijando o rosto
dela.
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subconsciente o confrontou.
— Não vai me entristecer tendo outras
mulheres?
— Não vou...
— Vai usar aliança?
— Não tenho como te negar isso... — a voz
dele saiu sofrida, pois sentiu a mão curiosa da
mulher o torturar com ritmo lento.
analisar a pergunta.
Ela olhou para o rosto dele, prestes a rebater o
adjetivo, mas o prazer evidente na face do marido a
calou. Ela estava provocando aquilo e a sensação
foi inebriante. Gostando de exercer poder sobre ele,
Maria Fernanda moveu a mão com um ritmo mais
frenético e ouviu um grunhido escapar da boca
dele.
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— Linda...
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— Te amo, Eduar...
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abraçar?
— Não faça tantas perguntas. — Ele levantou
e a pegou no colo. — Você é muito delicada. —
Falou antes de afundar a bochecha dela com um
beijo. — Isso deve doer pra cara... muito. — Ele
cortou o palavrão. Ainda tentava controlar o
próprio corpo.
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— Quais palavras?
— O coração traidor... — Ela fechou a palma
da mão sobre o pulsar do coração do marido. —
Você foi o coração traidor do seu pai, mas você
também tem um, e ele está batendo forte nesse
exato momento.
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tempo.
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isso.
Eduardo a pegou nos braços e seguiu até a
garagem.
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das palavras.
Eduardo sabia que tinha uma brecha no
contrato a respeito daquilo, mas ele julgava que ela
nunca iria se atentar. Ele iria manipulá-la com
aquilo até o último minuto, mas não a deixaria ir.
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— E aí?
— E aí o quê?
— Como foi lá, com a menina? Já era
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***
Quatro meses depois...
Maria Fernanda tinha se mudado para o quarto
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Nandinha".
— Jorginho viu quando o seu amigo te deu o
colar e os parabéns... Então, como ele é linguarudo,
contou para mim e Antonieta — Suelen explicou.
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— Sim? Eu posso?
— Sim, para o me importo. O que pretende,
depois de meses me ignorando?
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corpo da mulher.
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***
— Nanda, você já providenciou o vestido para
a inauguração da Moedeiros? Está chegando —
perguntou Luíza. Ela e a cunhada estavam
lanchando.
a cunhada.
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precisa disso.
— Não se preocupe, pois tenho um jantar com
a família da Viviane. Nunca deixaria o meu futuro
por um final de semana de diversão.
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— O quê?
— Sobre a cláusula escondida do contrato.
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— Fale!
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— Ir para longe.
Ele curvou a cabeça, deixando-a próxima ao
volante.
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impertinência.
— Me solta! Me solta! — gritou quando ele
segurou o pé dela, impedindo-a de fugir.
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— Maria Fernanda…
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— Qual o motivo?
— Sem crianças, Maria Fernanda. Não estou
preparado para ser pai. Nem quero me preparar.
Nunca serei pai. Vamos encerrar essa conversa para
não acabar a nossa harmonia — ele falou sério.
***
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27
Eduardo subiu as escadas da casa de praia,
beijando Maria Fernanda, que subia de costas
sendo sustentada pela cintura.
Ela estava esperançosa e amedrontada. Seu
subconsciente questionava como eles ficariam
depois daquela tarde, o coração se apegava ao amor
e a paixão que estavam vivenciando e a consciência
insistia na realidade dos fatos. Ele temia as frases
que saíam da boca dela e por isso não parava de
beijá-la. Tudo desmoronaria em breve. Eduardo
queria prolongar o máximo aqueles momentos a
dois.
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papéis.
manga da camisa.
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— Lú…
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***
Naquela noite, as jovens jantaram na casa da
família de Thiago. Os pais do jovem eram muito
simpáticos e paparicaram Maria Fernanda, já
oferecendo a ela o cargo de nora. Thiago ofereceu o
ombro amigo e se dispôs a ouvi-la chorar. Porém,
Maria Fernanda passou todo o jantar sendo forte, às
vezes até sorria para esconder a dor.
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Montaigne em Paris.
Naquela tarde de domingo, Antonieta estava de
folga e Luíza tinha viajado com o novo namorado.
Suzane, a mãe de Eduardo, estava na sala com seu
marido, discutindo a aquisição de uma nova casa de
praia. A conversa na cozinha estava alta, mas Maria
Fernanda ouviu a voz de Eduardo na sala.
Automaticamente, sentiu as pernas estremecerem.
Já havia se passado dois meses, mas ela ainda
estava muito abalada com as últimas palavras
egoístas de Eduardo. O seu maior medo era que ele
descobrisse sobre a sua gravidez.
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sangramento.
Maria Fernanda tremia. Sua dor não era pelo
corte profundo em seu braço, mas pela forte fisgada
em seu útero. Quando sentiu o sangue escorrer por
seus joelhos, teve a certeza. A queda tinha atingido
a criança.
— Antonieta…
— Oi, filha. Está sentindo alguma dor?
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Segunda fase
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1
Maria Fernanda teve uma gestação turbulenta.
Ela passou praticamente a gravidez toda deitada em
uma cama, com uma gravidez de risco.
Dudinha nasceu prematura e passou dois meses
internada em uma unidade intensiva. Nesse
período, foi diagnosticada com uma osteomielite[2]e
foi cuidada com todo amor e proteção de Maria
Fernanda.
Quando Giovane soube que Maria Fernanda
estava passando por problemas de saúde em Paris,
entrou em um avião e foi encontrá-la. Foi ele que a
auxiliou durante o período tumultuoso da gravidez.
Ele também registrou a bebê como sua filha e,
quando Dudinha já estava mais forte, voltou para o
Brasil. Giovane tinha assumido compromisso com
a jovem filha de um fazendeiro vizinho.
Maria Fernanda se dedicou aos estudos e a sua
pequena. Ela só abriu seu coração para tentar um
novo amor depois de quatro anos que estava na
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PARIS — FRANÇA
OITO ANOS DEPOIS.
— Me ofereceram o dobro do meu salário para
que eu desistisse do pedido de demissão. — Maria
Fernanda se sentou em uma das aconchegantes
poltronas em sua casa. — Não há mais o que fazer.
Aprendi muito como auditora fiscal, mas está na
hora de abrir meu próprio negócio.
— Tem certeza de que não vai se arrepender,
gatona? Você fica tão poderosa descobrindo os
podres das empresas e deixando todos aqueles
golpistas temendo por sua chegada.
Suelen sabia que seu maior sonho estava
prestes a se realizar, mas queria ter certeza de que a
amiga estava realmente feliz com o novo projeto.
Através da influência de Maria Fernanda, a
visão de futuro de Suelen foi aguçada e a morena
estudou muito para conseguir seu diploma de
design de moda. Abrir uma grande loja tendo Maria
Fernanda como sócia era onde ela queria chegar,
aquilo finalmente estava prestes a acontecer.
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BRASIL
Dudinha foi a primeira a avistar Thiago no
portão de desembarque. Ele sorriu com os olhos
cheios de lágrimas, pois estava muito feliz. Não
conseguia esconder a alegria de ter a mulher amada
e seu presentinho por perto.
De agora em diante, as veria com mais
frequência e não apenas nos feriados prolongados,
onde era possível fugir da administração da
joalheria.
— Papa! — Dudinha gritou em francês,
desprendeu-se de Nanda e correu para os braços de
Thiago, que a abraçou com ternura.
— Meu presentinho lindo.
— Je t'aime, papa[6].
— Eu também te amo muito, francesinha.
A mãe analisou a cena fofa a sua frente com
lágrimas de felicidade nos olhos.
— Ele é lindo, não? — Maria Fernanda
perguntou orgulhosa.
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nenhum pudor.
— Você vai comigo agora, Eduardo!
Maria Fernanda pegou Dudinha no colo e
continuou andando. Eduardo estava com os olhos
bem fixos nela e seguiu atrás.
— Aonde vai? — Ele deu a volta mais uma
vez e ficou na frente de Nanda. — Quero
conversar, mulher. Nossa, como você mudou…
— Fique longe dela! — Suelen gritou próximo
a Eduardo.
— Você está mais atrevida que antes, Suelen!
Isso continua não me dizendo nada! — ele falou
com sua pose de arrogância.
Dudinha entendeu que Eduardo estava
brigando com sua tia Suelen, então do colo da mãe
começou a estapear o homem de terno.
Entre os tapas fraquíssimos que recebia, ele
analisou a pequena no colo de Maria Fernanda e
procurou semelhanças com a mãe. Apenas
encontrou os olhos e a cor do cabelo loiro.
Loiro?
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coração esmigalhado.
Dudinha estava com a cabeça encostada no
ombro de Thiago e os olhos graúdos na direção de
Eduardo. Ela levantou uma das mãozinhas e deu
um curto tchau para ele. Por alguma razão, Eduardo
sentiu um aperto diferente no peito ao receber
aquele olhar. Ele brigou com lágrimas insistentes,
pois aconteceu algo em seu coração que ainda não
tinha vivenciado.
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2
Eduardo saiu transtornado do elevador de sua
empresa. Ele avistou as secretárias do quinto andar
com sorrisos forçados, mas estava tão alterado que
não as cumprimentou. Devido a sua personalidade
metódica e exigente, elas o temiam, embora se
divertissem em conversas secretas sobre o quanto
ele era desejável.
Ele bateu a porta de sua sala com toda força,
pegou o primeiro objeto de sua prateleira e atirou
na enorme janela de vidro. Os estilhaços foram
parar em toda parte. Sua raiva ainda era grande,
então pegou outro objeto e jogou em uma das
paredes, pegou outro e jogou novamente. Em dez
minutos, ele já tinha quebrado toda a sala e estava
jogado no chão com uma garrafa de uísque quase
vazia nas mãos.
Ele imaginou que ela voltaria a mesma jovem
de olhos amedrontados e atitudes vulneráveis.
Como foi tolo. Ao ver aquela mulher forte e
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típica gargalhada.
— Suelen, sua danada! — Jorge analisou a
amiga, enquanto enxugava os olhos com a manga
do paletó. — O que aconteceu com você, menina?
Que roupas são essas?
— Vai me dar um abraço ou vai ficar me
admirando? — Suelen também estava com
lágrimas nos olhos, embora sorrisse.
— Você mudou tanto, Suelen.
— Eu sei, Jorginho. Você também! Sua barriga
dobrou de tamanho. — Ela tentou abraçar Jorge até
onde sua circunferência permitia.
— Tentei fazer uma dieta há uma semana, mas
é muito difícil com tanta tentação de doces na
minha frente.
Dudinha se achegou para perto da mãe, pois
estava curiosa com a presença de Jorge.
— Dudinha, esse é o Jorginho, um amigo
muito querido da maman.
— Comment allez-vous, Jorginho?[9] —
Dudinha cumprimentou Jorge espontaneamente.
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estabelecimento o questionou.
— Apenas traga o meu bolo. — Ele não
desviou o olhar da mesa de Nanda.
— Eu não vou deixar você chegar perto dela.
— O que é isso, Antonieta? Está revivendo o
passado? Apenas vim comer meu bolo de banana,
não tenho qualquer ligação com aquela mulher!
— É melhor você se retirar e voltar outra hora!
Estou sem seu bolo no momento.
— Então traga água.
— Eduardo, volte depois! — Antonieta o
advertiu outra vez.
— Vá logo, mulher!
— Eu vou, mas vou deixar meus seguranças de
olho em você!
Eduardo sorriu, sem vestígio de humor, quando
Antonieta deu as costas.
— Ela deixou crescer o cabelo… — Sergio
estava paralisado olhando Suelen do outro lado do
salão.
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3
Eduardo entrou no seu apartamento com o
semblante triste, diferente de minutos atrás. Jogou-
se no sofá e cobriu o rosto com o braço esquerdo,
parecia querer esconder a sua fraqueza ao chorar.
Sentiu o seu coração traidor vibrar de agonia ao
pensar em Maria Fernanda sendo feliz e tendo uma
família com outro homem. Ele sentiu o grunhido
perto do seu rosto e acariciou a cabeça do golden
retriever.
— Ei, amigão, encontrei com ela novamente e
não foi nada fácil. — O cachorro latiu, parecendo
entender o que Eduardo falava.
Thor, como se chamava o cachorro, estava
com Eduardo há quatro anos. Eles se conheceram
numa madrugada fria. Thor tinha sido atropelado
por um inconsequente que dirigia em alta
velocidade. A sorte do cachorro — que na época
era apenas um filhote — foi não ter ficado com
sequelas. O inconsequente responsável pelo
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o meu tipo.
— Eu te deixaria sem dentes antes disso!
— Preciso fazer alguma coisa, Sergio. —
Eduardo levantou, pegou duas garrafas de vodka e
voltou para o sofá.
— O que tem em mente? — Sergio recebeu
uma garrafa.
— Por enquanto, vou esfriar a cabeça. — Ele
virou a garrafa na boca.
Em pouco mais de uma hora, depois de tomar
todas, Eduardo estava no chão da sala, encostado
ao sofá, e Sergio jogado no sofá à frente.
— Somos dois desgraçados, Edu. Eu tenho
vergonha da gente. Elas estão dançando na nossa
cara e nós aqui, idiotas babando por elas. — A voz
de Sergio saiu débil pela quantidade de bebida
alcoólica ingerida, mas ele ainda estava em melhor
condição em comparação ao amigo.
— Você é o único idiota que está babando
aqui. Eu sou Eduardo Moedeiros Neto. Tenho a
mulher que eu quero, na hora que quero. Nunca vou
me rebaixar para uma mulher. — Eduardo tentou
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***
Na noite do dia seguinte, Eduardo estava no
carro juntamente com Sergio e Thor. Eles
esperavam a hora em que Maria Fernanda e Suelen
saíssem do prédio para subir e entrar na casa as
escondidas. Sergio já tinha subornado o porteiro do
luxuoso prédio. O homem se vendeu ao ver
algumas notas de cem reais em mãos.
— Porteiro ladrão, desgraçado. Eu deveria ter
quebrado a cara dele e depois arrombado a porta.
Iria conseguir do mesmo jeito — Eduardo
resmungou.
— Quem é aquele cara com a Suelen? —
perguntou Sergio, enciumado.
— Deve ser namorado ou marido…
— Não, a Suelen não está casada, Edu.
— Por que não? Quer dizer que a Maria
Fernanda se juntou com um homem e a Suelen não
pode?
— Não, não pode. Ela ainda me ama. Eu vi nos
olhos dela.
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serpenteando os quadris.
— Irene, vá até uma joalheria e compre um
colar e brincos.
— Vou sair de novo? Tenho muito trabalho a
fazer, senhor. Por que não manda o Jorge?
— O Jorge não é mais de confiança, querida
Irene. Você deveria se sentir orgulhosa de ter a
minha confiança.
— Eu sei, doutor, já vou indo.
Eduardo esperou Irene entrar no elevador,
então correu para a sala de Sergio.
— O exame, Sergio. — Jogou o envelope
sobre a mesa do amigo. — Abra. — Afrouxou o nó
da gravata e sentou na poltrona.
Sergio rasgou o envelope, analisou os papéis e
então começou a gargalhar.
— E aí? Sou o pai ou não?
— Parabéns, Eduardo Moedeiros, você acaba
de se tornar o papai de uma garotinha. Olha que
lindo! — Sergio debochou
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joelhos.
— Eu sou Maria Eduarda e Dudinha, você é
Eduardo e... — A menina batucou o dedo no
queixo. — É estranho um homem ser chamado de
Dudinho. Então vou te chamar de... Dudu.
— Dudu? Olha só, já é um belo começo. —
Eduardo sorriu. — Seus olhos são lindos,
pequena... Dudinha — Eduardo corrigiu.
— Eu busco entender algumas coisas da
vida, mas permaneço sem compreensão. —
Dudinha enrolou uma mecha dos cabelos. — Por
que as pessoas têm olhos coloridos? Minha maman
disse- que os meus saíram aos dela. Eu queria
encontrar meu papá de sangue. Talvez os olhos dele
sejam rosa. Quero ter olhos rosinhas, Dudu.
Eduardo sentiu a lágrima descer dos olhos e
levantou. Virou as costas para Dudinha para
empurrar o choro, mas não conseguiu, precisava
fugir, não estava sabendo lidar.
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falou.
— Que safada! — Eduardo pensou alto. —
Sua mãe te falou isso?
— Se falar isso na frente da maman ela te
coloca no banquinho da desobediência, Dudu. Eu
vou deixar.
— Melhor eu ter cuidado então. — Eduardo
brincou. Ele estava caindo de amores pela pequena
ousadia e segurança da menina que parecia ter
puxado a ele nesse aspecto.
— Pode ser nosso segredo. — Dudinha
olhou diretamente para o urso e se a mãe estivesse
na sala, teria deduzido que ela estava propondo
uma troca de favores.
— Claro! Toma, é seu. — A menina pegou
o urso e alisou o felpudo.
Eduardo se lembrou de quando, anos atrás,
presenteou Nanda com o urso marrom.
— Dudinha! — Maria Fernanda gritou
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— Maman!
— Dudinha!
— Não precisa devolver, Dudinha, eu te
dei, é seu. — Eduardo se abaixou perto da menina,
que já estava com os olhos cheios de lágrimas. —
Não chora.
— Não queira comprar minha filha! —
Nanda sussurrou firme, pois não queria discussões
na frente da filha. — Ela não precisa de nada que
venha de você!
— Ele é bonito, mas eu não posso ficar com
ele, Dudu. — Ela estendeu o urso.
— Dudu? — Nanda questionou, vendo
Eduardo enxugando com os dedos as lágrimas da
filha.
— Não chora, princesinha, o urso é seu. —
Eduardo terminou de enxugar os olhos de Dudinha,
depois voltou a olhar para Maria Fernanda. —
Precisamos conversar e rever esse assunto.
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***
DIAS DEPOIS...
madeira recebia.
— A Moedeiros Engenharia tem um nome.
Eu sou o responsável por manter esse nome na
praça! Quando eu encontrar esse peixe podre que
está sentado aqui nessa mesa, recebendo o salário
do meu bolso, eu vou acabar com ele com minhas
próprias mãos. — Apertou os punhos. — Agora
saiam! Acabou a reunião!
Os engenheiros, arquitetos e chefes de
departamento, estavam apreensivos. Eduardo
analisava a reação de todos em busca do
responsável pelo desvio de informações para sua
concorrente.
— Você precisa ter calma, amor. Foram
dois clientes! O que são dois clientes para a
Moedeiros Engenharia? — Viviane agarrou o
pescoço de Eduardo.
— Dois clientes são números, são contados
na praça, é a sobrevivência da Moedeiros, E SÃO
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ou o maytii, maman.
— Muay thai, petit. O nome certo é muay
thai. O que você prefere? — A mãe estava com o
olho na mesa do outro lado e os ouvidos presentes
na conversa da filha sobre a escola nova.
— Sou uma menina. Eu gosto de ballet.
— Como foi o primeiro dia com as novas
coleguinhas? Me conte tudo. — O olhar da mãe
permanecia longe.
Dudinha olhou na mesma direção e avistou
Eduardo, vestido em um terno azul
— Está olhando o Dudu, maman?
— Não, claro que não. Onde ele está? —
Maria Fernanda pegou o copo de suco.
— Na mesma direção onde você estava
olhando. — A pequena cruzou os braços e arqueou
uma das sobrancelhas.
— Ah, ele está ali mesmo. Deve estar
trabalhando. Mas, por que trabalharia em uma
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da menina.
— NÃO FAÇA ISSO! — Maria Fernanda
gritou mais alto que o normal, o que atraiu os
olhares das pessoas que estavam por perto.
— EU TENHO O DIREITO DE
CONSERTAR AS COISAS! — Ele também gritou,
mas ela não parou e entrou na loja. Ele a seguiu.
Era hora do almoço e apenas um pedreiro
estava vigiando a obra. O homem levantou
rapidamente, em defesa da patroa.
— Algum problema, senhora? — Perguntou o
trabalhador. — Está precisando de ajuda?
— Não. Obrigada, pode ir almoçar.
— Tem certeza? — O homem mirou Eduardo.
— O que está insinuando, desgraçado?! —
Eduardo gritou e o homem foi para cima dele.
— Não façam isso! — Maria Fernanda gritou,
já sem forças nos braços. Dudinha ainda estava
chorosa em seu colo. — Pode ir almoçar. Eu
resolvo aqui. Obrigada pela ajuda.
O homem atendeu ao pedido da patroa e
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***
Já era tarde e Eduardo estava em um bar da
cidade com Sergio e várias mulheres.
Era um lugar praticamente sagrado para eles
durante os finais de semana. Ele já tinha ingerido
uma grande quantidade de álcool. A cada copo que
ficava vazio, ele pedia mais e mais. Já tinha bebido
de tudo e ainda não se dava por satisfeito.
— Edu, não acha que está exagerando demais
hoje? — Sergio se assustou ao perceber que
Eduardo estava acabando com o estoque de Stoli
Elit do bar.
— Vou sair... vou sair dessa vida... por minha
filha. A mãe dela já era... Arrumou outro, mas eu
tenho uma filha — depositou o último copo sobre a
mesa. — Vou ser o melhor pai do mundo. —
Empurrou a morena que estava sentada em seu
colo. — Como veio parar aqui? — Questionou a
mulher. — Sou um homem casado. — Cambaleou.
— Chame um táxi, parceiro, desse jeito você
não acerta nem a chave na porta do carro.
— Isso... eu vou ver um táxi. — Grogue, ele
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— A menina insistiu.
— Vamos voltar para cama, isso deve ser sono
filha.
A campainha voltou a tocar sem descanso e,
logo após, Eduardo começou a gritar o nome de
Maria Fernanda, para o prédio todo ouvir.
— O Dudu está aí, maman. — Dudinha cruzou
os braços.
— Ele não pode entrar aqui, vamos voltar para
o quarto.
— Maria Fernanda, eu quero ver minha filha!
Isso é alienação parental, eu tenho meus direitos!
— Eduardo gritou do outro lado. — Maria
Fernanda!
— Ele vai continuar gritando e os vizinhos vão
acordar. — Dudinha colocou o ouvido na porta e
sussurrou para a mãe.
What's going on in that beautiful mind
I'm on your magical mystery ride
And I'm so dizzy, don't know what hit me, but
I'll be alright…
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criar rotina.
Maria Fernanda saiu da cozinha e seguiu para
o quarto da filha.
Pela manhã, ao entrar em seu quarto, Maria
Fernanda percebeu o homem esparramado em sua
cama em um sono pesado. Ele estava de cabelos
molhados, sinal que tinha usado o banheiro do
quarto há poucas horas.
— Vamos! Levante daí! — Ela puxou o
travesseiro de debaixo da cabeça de Eduardo.
— Merda de dor de cabeça. — Eduardo
sentou-se na cama. — Só vou usar o banheiro.
— Bom dia, Dudu. — A filha apareceu na
porta do quarto.
— Vamos para a mesa, Dudinha. — A mãe
segurou a mão da filha. — Você! — Olhou para
Eduardo. — Se apresse.
Dudinha correu para a mesa do café da manhã
e Maria Fernanda desviou o caminho para atender a
porta.
— Bom dia, minha princesa. Thiago calou
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levantou da cadeira.
— Meus dois papas estão brigando...
Nanda olhou para a menina e a pegou
rapidamente no colo.
— Thiago, ele dormiu aqui, pois esse
irresponsável não estava aguentando dirigir, eu
jamais faria isso com a gente. Você é meu porto
seguro.
— Não precisa fazer isso Fernanda. — Thiago
calou a namorada. — Leva minha filha para o
quarto.
Eduardo estava olhando a cena dos três à sua
frente e aquela forte pancada no peito chegou a
doer. Aquele intruso tinha invadido tudo. Estava
com sua mulher, filha... Ele estava cuidando de sua
família e aparentemente muito bem. Ele não
deveria estar com aquele vazio no peito, tampouco
reconhecendo que o oponente era o melhor para
elas. Não! Ele não iria ser um fraco. Aquela era sua
família, iria atropelar os invasores.
— Só volte aqui para ver sua filha quanto
aprender a respeitar a presença dela e distinguir que
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esclareceu.
— Eu posso dar um golpe da barriga. — O
olhar de Sergio parecia planejar algo. Eduardo
gargalhou. — Não vou perder tempo. Na primeira
oportunidade vou fazer um filho nela. Quem sabe o
bebê nos aproxime. Vou ser pai, cara. — Sergio
sorriu empolgado.
— Tá certo, pai... — Eduardo ingeriu outro
bocado da lasanha. — Eu vou acabar com o
sorrisinho daquele joalheiro, destruidor de famílias.
Odeio aquele cara e me odeio mais ainda por não
ter acabado com ele quando ainda era um
adolescente. Se eu soubesse o tamanho do
problema que me daria, teria dado um fim nele
antes.
— E como pretende fazer isso?
— Ainda não sei de uma maneira melhor, sem
usar meu brinquedinho ali. — Olhou para a arma
sobre o balcão. — Mas eu vou pensar em algo.
***
Quase uma semana passou, as investigações na
Moedeiros Engenharia estavam avançadas, mas
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cintura em cócegas.
— Foi um voto que fizemos... — Sônia repetiu
constrangida.
— Soninha minha linda, quando seu
casamento sair, vou pagar a melhor festa para você.
Escolha o orçamento mais caro. — Ele caminhou
na cozinha, bebeu o último gole da água do copo e
voltou a olhar para a mulher — Seis meses, Sônia?
— Sim senhor, seis meses. — Sônia chegou a
tocar suas bochechas para sentir o calor que
certamente fumegava em seu rosto.
— Esse homem é um guerreiro, dê meus
parabéns a ele.
Ainda sorrindo, Eduardo balançou a cabeça de
um lado a outro e saiu do apartamento.
O destino? O salão da igreja, que viu Maria
Fernanda entrar, na noite que a seguiu.
***
Eduardo parou a sua caminhonete frente à
igreja. Ele já estava há alguns minutos, olhando na
mesma direção que semanas atrás tinha visto
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há anos.
O líder da igreja levantou de sua poltrona e
andou pensativo pelo gabinete. Eduardo observou
cada passo que o velho dava no interior da sala.
— Qual o nome da sua esposa? — A pergunta
saiu quando Eduardo limpou a garganta e olhou
para o seu rolex propositalmente para apressar o
homem.
— Maria Fernanda Moedeiros, o nome do
sujeito é Thiago Fernandes Gao Lin. Ele é dono da
joalheria Império. Para melhorar sua mente, ele
deve ser um desses que dá o dízimo bem gordo.
— Nunca construa um conceito estabelecido
em algo, sem ter o total entendimento, Eduardo. A
contribuição é um mandamento. Posso te explicar
quais as finalidades.
— E pelo visto, esse ele cumpre, agora o não
cobiçarás a mulher do próximo está sendo deixado
de lado. — Eduardo olhou outra vez para o relógio.
— Pelo que vejo, você aprendeu alguma coisa
das escrituras.
— É sempre bom aprender a parte que nos
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***
Eduardo esperou que seu novo aliado contasse
seus planos de separação do casal durante a viagem
de carro, mas durante o percurso que durou uma
hora, o velho só falou sobre o clima e infância.
— É aqui mesmo? — Eduardo perguntou
quando sua caminhonete entrou em uma vila,
próximo a uma encosta. — Não sei se é seguro
colocar minha caminhonete importada aí dentro.
— Fique tranquilo. Pode estacionar aqui.
Eduardo olhou para os homens que estavam
sentados em bancos improvisados.
— Não se preocupe, são pessoas de bem.
Vamos descer. — O velho abriu a porta e saiu.
Eduardo abriu o compartimento secreto do
carro, pegou uma pistola e colocou na parte de trás
do cós da calça. Ele desceu do carro e ativou o
alarme, fez isso encarando os moradores.
O velho pegou na mão dos homens e depois
voltou para onde Eduardo estava esperando.
— Há trinta dias, essa comunidade sofreu uma
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— Me larga!
— Estou a mais de uma semana sem sexo.
— Não quero saber da sua vida pessoal. — Ela
tentou se soltar, mas Eduardo não permitiu.
— Estou mudando. Bati meu recorde de três
dias. — Ele falou orgulhoso. Não perdeu tempo e
arriscou um beijo, próximo à orelha dela. — Estou
com uma abstinência do caralho, mas prometo ir
devagar como da primeira vez. — Ele entrelaçou os
dedos por baixo do cabelo de Maria Fernanda. —
Você está mais madura para aguentar meu
porradão.
Ela o empurrou.
— Nunca. Mais. Faça. Isso. Novamente. —
Maria Fernanda falou pausadamente tentando
recuperar o fôlego.
— Eu quero você, Maria Fernanda, e já estou
ficando louco.
— Pois mande trazer uma camisa de força! —
Maria Fernanda puxou a porta e saiu da sala.
— Eu vou te reconquistar, ferinha... Vou fazer
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Técnicas Financeiras.
— Sim, conclui na França logo após meu
bacharelado em economia.
— Uau! O Edu vai gostar em saber disso... Já
contou a ele?
— Por que eu deveria prestar um relatório da
minha vida ao Eduardo, Sergio? Fale logo o que
quer.
Sergio limpou a garganta. Ele ainda não estava
acostumado com a segurança de Maria Fernanda.
— Olha só, há pouco tempo descobrimos um
rombo no balanço patrimonial da empresa, fora os
vazamentos de informações internas para nossa
concorrente e perda dos clientes de maior peso
financeiro.
— Já descobriram alguma solução? — Maria
Fernanda se interessou, afinal, o patrimônio
também era herança de Dudinha.
— Nem eu, muito menos o Edu entendemos
sobre finanças. Ele não confia em mais ninguém,
não estamos conseguindo sair do lugar.
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— Eu o que?
— Suelen, Suelen... não me diga que está
balançada com aquele homem novamente?
— Nunca! Minha mão demonstrou isso no
rosto dele.
— Eu não quero ver você machucada outra
vez. — Maria Fernanda largou a xícara sobre a
mesa.
— E não vai! — Suelen bebeu mais um pouco
de chá. — Você viu como aquele fi da peste está
forte? O cabelo também está diferente, fez um corte
charmoso...
— Suelen! — O grito de Maria Fernanda
acordou a amiga, que pensava alto, inalando a
fumaça do chá como se fosse uma droga alucinante.
— Foram apenas algumas observações, gatona.
Já esqueci essa coisa de músculo no corpo de um
homem sem coração. Vou sair novamente com o
amigo do Thiago. Ele é romântico e estou
apostando que dessa vez dará certo. Quero um anel
neste dedo de rainha. — Suelen bateu os cílios e em
seguida beijou carinhosamente o próprio dedo
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anelar.
— A tante vai casar? — Dudinha chegou
vestida em seu pijaminha e com o urso denominado
Rudolf em uma das mãos.
— Ma princesse, vem cá no meu colo. —
Suelen ergueu a menina e a colocou sentada em seu
colo. — Eu quero que me prometa uma coisa. Me
prometa que não irá se iludir com nenhum homem
deste mundo... Nem de outro. — Suelen emendou
antes de Dudinha inventasse a pergunta.
— O que é iludir, maman? — A menina
buscou resposta na mãe.
— É não deixar se enganar com palavras e
atitudes que aparentam ser boas. — Maria
Fernanda respondeu.
— Me prometa que só vai cair nas garras de
um homem, quando estiver com um anel bem
grosso e cravado de diamantes em seu dedo. —
Suelen levantou o dedo mindinho
— Iludir tendo um anel de diamantes pode,
tante? — Dudinha tentou entender.
Maria Fernanda olhou para Suelen com um
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dignidade.
De repente, o monitor foi ligado e iniciou uma
música suave.
— Isso não está acontecendo. — Maria
Fernanda apertou os braços em torno do próprio
corpo e sentou no canto da borda da banheira.
— Gostaram dessa música ou preferem outra?
— Dudinha gritou do outro lado com o controle na
mão.
— Essa está boa, filha! — Eduardo respondeu
e mais uma vez recebeu o olhar raivoso da mulher.
— Já que estamos aqui, por que não aproveitamos?
— Ele tornou a provocar e suspendeu as
sobrancelhas algumas vezes.
— Você, fique longe de mim! — Maria
Fernanda gritou e o bicho que vinha saindo na porta
do box voltou correndo.
— Cause all of me… Loves all of you... Love
your curves and all your edges... All your perfect
imperfections.
— Pare de cantar! — Maria Fernanda falou
enraivecida, com os braços em volta do corpo.
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desanimado.
— Vamos providenciar exemplares. E você
está proibido de desistir, ou então, será demitido
por justa causa! — Eduardo esclareceu a situação.
— Isso! Justa causa. E o Edu não está
brincando. — Sergio firmou a ameaça.
— Tudo bem. Eu não vou desistir. Não posso
perder o emprego.
— Mas isso funciona mesmo, Jorge? —
Perguntou Eduardo. — Quantas mulheres de lá
você já pegou?
— Bem... — O homem limpou a garganta. —
Vamos focar na missão. Até porque, fazemos isso
quando queremos apenas uma mulher e não várias.
***
Maria Fernanda, Suelen e Dudinha estavam
subindo para o quinto andar da Moedeiros
Engenharia.
— O Dudu trabalha aqui, maman? — Dudinha
estava no elevador com a sua roupinha colegial e
pulava igual uma pipoquinha.
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Jorge.
Os olhos de Eduardo brilharam. Naquela
fração de segundos o problema do seu patrimônio
não fez tanto sentido. Foi inevitável sua admiração
ao ouvir a voz decidida e acolhedora da mulher. A
solução dela era óbvia no momento crítico em que
se encontrava, ele mesmo já tinha pensado na
possibilidade, mas relutava em abrir mão do que
construiu. Mas ali, olhando para ela, tudo perdia a
importância. Ele tinha deixado aquela mulher ir
embora. “Por que eu não acreditei no que sentia
antes? Por que coloquei minhas ambições à frente
de um futuro ao lado dela?”
— Está passando mal, Dudu? — Dudinha o
tirou dos questionamentos. A menina estava com a
pequena gaiola na mão.
— Retire primeiro os que trazem desconfiança
para a empresa. Quem está fazendo isso tem o
propósito de te derrubar.
— Cuide disso agora mesmo, Sergio. —
Eduardo olhou para o amigo e ele apenas
concordou. — Sergio, cuide disso, agora! —
Tornou a falar e Sergio acabou entendendo.
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Fernanda.
— Droga! — ele esmurrou o volante assim que
parou a caminhonete. — Eu vou matar esses
desgraçados!
— Dudinha, não ouça esse homem? — Maria
Fernanda saiu do carro, abriu a porta traseira e
retirou a filha.
— Maria Fernanda... — ele a seguiu para
dentro do prédio.
— Não venha atrás de mim. O que andou
aprontando? Por que tem uma arma em seu carro?
Melhor ficar longe da minha filha.
— Não saia mais sozinha. — Eduardo
encerrou os passos. Ele sabia do perigo que elas
estavam correndo daquele momento em diante.
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estava.
— Largue seu cinismo depravado e preste
atenção nas minhas palavras. Você precisa tratar
essa sua perversão!
— Tudo bem, fale. Eu estou te ouvindo. Nem
eu mesmo me entendo quando estou assim, perto...
Estivemos poucas vezes juntos, mas sou alucinado
por você... minha mulher. Ele fez questão de sentar
bem próximo a ela. — Agora mesmo, estou
lembrando: a praia, o carro fechado e da sua
deliciosa surra de...
— Calado! — Maria Fernanda sacudiu a gola
da blusa, pois sentiu um repentino calor com o
lapso de memória. — Respeite meu relacionamento
e não fique tão... assim, se esfregando. Estamos
separados.
— Então fale, não vou te interromper. — Ele
olhos os cabelos dela.
— Pago as dívidas com o dinheiro que você
me devolveu e com a outra parte que minha
madrinha me deixou, e você me dará tudo de volta
daqui a um ano. Estou pensando nos funcionários.
O Jorginho está pensando em se casar; a Irene está
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meu coração?
— Eu só lembrei de uma história, nem estava
ouvindo você conversar direito. — Ela tentou
disfarçar. — Já está tarde...
— Eu estou sem dinheiro e é você quem
chora? — Eduardo acariciou os cabelos loiros até
as pontas, depois beijou a cabeça da mulher.
— Se afaste, Eduardo. Eu fui na delegacia e
retirei a queixa contra você, pois agora você deve
conviver com a sua filha, mas apenas próximo a
ela. Se afaste, estou muito sensível para isso. — Ela
o empurrou com o cotovelo.
— Está no período, mulher? — Eduardo
aproveitou para cheirar-lhe os cabelos.
— Não temos intimidade para esse tipo de
assunto. Em dez dias estaremos separados para
sempre.
— E quem te disse que eu vou permitir isso?
— Eduardo recostou os lábios na ponta do nariz da
mulher. — Nenhuma outra tem essa pele, esse
cheiro, esse cabelo... eu já te falei que amo os seus
cabelos?
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olharam.
— É o Sergio. — Maria Fernanda reconheceu
o homem que empurrava um carrinho carregado de
ferramentas.
— Sim, é ele. — Suelen colocou as duas mãos
sobre os olhos para fugir do reflexo do sol, que
sumia nas montanhas. — Que cena mais bonita de
se ver.
Eduardo, que estava abaixado perto de
Dudinha, levantou-se segurando a mão da menina.
— O que estão aprontando em pleno domingo?
— Maria Fernanda aproveitou para passar os olhos
nele e sua mente atrevida teve a ousadia de fazer a
comparação entre o visual de engenheiro e as
roupas de pedreiro.
— O que foi? — Eduardo perguntou sem usar
o seu costumeiro sorriso sacana. Outra vez ela fez
comparação entre o homem sério e o safado. — O
que foi, mulher?
Maria Fernanda estava enrolando uma mecha
do cabelo entre os dedos e recobrou o juízo.
— Eu não vejo motivos para você usar essa
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pai.
— O que está acontecendo? — Maria
Fernanda perguntou a Suelen sem tirar os olhos do
coreto.
— O líder da igreja convidou o Eduardo para
se expressar. Pense, disse que vai falar sobre o rei
de Israel. — Suelen estava com os braços cruzados
e Sergio ao lado.
— Jesus! — Maria Fernanda observou a
quantidade de pessoas que ouviriam o homem, e
seriam muitas.
— Ele andou pesquisando na internet e lemos
juntos. — Sergio estava orgulhoso do amigo.
— Ainda dá tempo de você tirar seu amigo de
lá. Faça alguma coisa, Sergio. — Maria Fernanda
pediu.
— Edu é o cara, vou até gravar esse momento.
— Sergio pegou o celular e Suelen deu uma de suas
gargalhadas.
— Começo dizendo que Davi era um
desgraçado, sortudo do caralho! — Eduardo
começou, e um som de "OH" coletivo foi ouvido.
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mãe do mundo.
— Faço o que posso para criá-la de uma
maneira que não se machuque quando crescer. Hoje
você também fez uma boa ação, e a Dudinha ficou
orgulhosa. Isso é bom pra ela.
Eduardo olhou diretamente nos lábios da
mulher, e seu sorriso sedutor foi natural. Ele não
sabia lidar com a mistura de sentimentos e
sensações quando se aproximava dela.
— Já está tarde. Vamos, ande até a porta. —
Ela seguiu para a sala, ele foi atrás.
— Daria tudo, se me deixasse te beijar.
— E ainda te resta alguma coisa? — Maria
Fernanda apressou os passos.
— Eu tenho meu apartamento e restou minha
caminhonete preferida. Ela é muito cara... Posso
dormir na rua e andar a pé por um beijo seu.
— Não tinha um lugar para ir ainda hoje?
Então, já trouxe a Dudinha, agora pode ir.
— Mulher, você não cede nunca. — Ele
segurou nos dois lados da cintura dela e percebia-se
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Muito obrigado.
Ele saiu atordoado. Maria Fernanda fechou a
porta e despencou no sofá com a respiração muito
pesada. Já estava com a sensação de
arrependimento por ter confidenciado seus segredos
a Eduardo.
— Seremos pais amigos e foi bom me libertar.
— Ela lembrou de algo sólido que tinha visto
minutos antes e deu dois tapinhas na própria face
para recobrar o juízo. — Amigos e pais, apenas
isso.
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Dudinha.
Perdido, ele procurou o lugar onde poderia
repor os cabides, mas abandonou no quarto de
roupas e seguiu para procurar Maria Fernanda.
— Dia cansativo, hein? — Ele sentou ao lado
dela no pequeno escritório, que ficava nos fundos
da loja.
— O movimento foi maior do que eu imaginei.
— Onde está o joalheiro? Agora toda vez que
te vejo está sem ele.
— Está ocupado, ele também tem uma
empresa. Mas veio mais cedo. — Maria Fernanda
não quis expor que Thiago raramente estava indo
vê-la. O homem alegava estar ocupado, mas nunca
explicava do que se tratava.
— Isso aqui vai ser um sucesso. Você é muito
boa com os negócios, mulher.
— Se acreditasse nisso antes, as coisas teriam
sido diferentes — ela falou sem encará-lo. — O seu
maior erro foi pagar pra ver.
— Me arrependo de tudo de ruim que fiz, mas
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casa.
— Vou ajudar a fechar. — Ele levantou e
beijou os cabelos dela, em seguida foi para o salão
da loja.
Mais tarde, Maria Fernanda, Eduardo e
Dudinha estavam caminhando no estacionamento.
Suelen tinha aceitado o convite de Sergio para um
jantar.
Dudinha estava segurando a mão dos pais. As
luzes estavam sendo apagadas, Maria Fernanda não
conseguia afastar a angústia do peito. Ela sabia que
alguma coisa estava errada, então rogou proteção
aos céus.
— Onde está seu carro, Eduardo? — Ela
estava apavorada.
— Já estamos chegando. — Ele percebeu que
os olhos azuis estavam assombrados.
Em dez segundos, Eduardo olhou para trás e
arrastou uma pistola do cós da calça. O coração da
mulher acelerou. Um carro de cor prata os vinha
acompanhando de longe com os faróis baixos.
Eduardo agarrou Dudinha no colo e sustentou
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mansinho se achegou.
Dudinha abaixou perto de Thor em seguida
começou alisar os pelos do cachorro.
— Fofinho e cheiroso — Dudinha abraçou o
pescoço do cachorro e afundou o rosto nos pelos.
— O Thor é limpinho. — Eduardo pegou a
mão de Maria Fernanda e a fez acariciar os pelos
do cachorro.
— É um animal lindo, como o conseguiu? —
ela perguntou.
— Eu o atropelei em uma madrugada há algum
tempo atrás, desde então somos amigos.
— Meu Deus, até o cachorro já sofreu com
você.
— Mas eu reparei meu erro. Ofereci moradia,
veterinários e os melhores alimentos. O Thor tem
um probleminha de saúde e vem se tratando como
um guerreiro.
— Ele parece ser tão saudável.
— Ele é forte, vai ficar bem. Vá lá cuidar da
Dudinha e se cuidar também.
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coração.
Ali era o amor. Esse era o sentimento que os
guiava. Era tão forte que dava medo de ser vetado
outra vez.
Ele experimentava, mas ainda era difícil de
acreditar no que seus olhos viam, no que sua pele
sentia, no rosto delicado que suas mãos tocavam.
Agora a saudade era maior, aquela sequidão nunca
teria fim. Como ele suportou ficar tanto tempo sem
aquele beijo?
— Eduardo... — Ela encerrou o beijo, mas
continuou com os lábios nos dele.
— Sim, meu amor?
— Você não pode chegar depois de anos e
dizer que me ama...
— Quero você morando comigo... — Eduardo
completou.
— Quer me trazer pra morar com você e me
beijar...
— E eu quero mais. — Ele a beijou outra vez.
Abandonar os lábios dela deu certo trabalho.
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aquela viagem.
Thiago já presumia a conversa, pois foi cedo à
casa da namorada e não encontrou ninguém, ligou
inúmeras vezes e deu caixa de mensagem. E Suelen
tinha desligado rápido depois de falar que estava
tudo bem.
— Pode contar, já está calada há muito tempo.
Vou te ouvir. — Ele a incentivou.
— O pai da Dudinha disse que me ama e eu o
beijei. — Ela olhou para o rosto dele, ela estava
muito triste, mas o encararia. Seria verdadeira.
— Pode continuar.
— Eu te amo, Thiago, você sempre foi tudo...
meu melhor amigo... — Ela sentiu as lágrimas
descerem. — Mas, eu não consigo... tudo em mim
chama pelo Eduardo.
Thiago virou a cabeça para o alto e suspirou
forte.
— Dormiu com ele?
— Não faria isso com você antes dessa
conversa.
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deixar?
— Estou sofrendo, Eduardo, não vê?
— Não sei ser sensível.
— Pois aprenda, e dirija logo esse carro.
— Está pensando em me deixar? Só me fala
isso, mulher. Seu medo me machuca. Eu não vou te
decepcionar. Para de medir meu amor com seu
sofrer.
Ele afastou os cabelos do ombro dela e beijou
a região.
Maria Fernanda virou para ele, empurrou-o e
na sequência deu um tapa forte no rosto de
Eduardo.
Ele ficou sem reação e alisou o rosto, mas logo
foi puxado pela camisa.
Maria Fernanda grudou os lábios nos dele e
invadiu.
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forças?
— É isso, Eduardo? Você é um viciado?
— Sexo. — Ele fungou o nariz. — Mas não
me deixe por isso, vou viver os seus limites.
Maria Fernanda sentiu alívio.
— Shhhhh! — Ela deu três tapinhas
reconfortantes na cabeça dele. — Esse eu sempre
tive noção.
— Você ainda tem medo de trovão, ferinha?
Está caindo um temporal lá fora.
— Acredito que não. Depois que ganhei a
Dudinha, os medos pequenos perderam a força.
Agora sou mãe de uma princesinha e de um homem
adulto. Mas saberei educá-lo na rédea curta.
Maria Fernanda beijou o maxilar do marido e
desceu em direção à garganta.
— Quero peitinho.
Maria Fernanda abafou o riso e voltou a
acariciá-lo com os lábios.
Eduardo voltou a cabeça para o alto,
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realmente apertado.
— Na riqueza ou na pobreza... no carro
importado ou no Uno. — Ela gargalhou, mas
perdeu o foco é fechou os olhos quando Eduardo
apertou levemente seu nervo sensível.
— Você também está mais gordinha... — Ele
passou dois dedos, lambuzando-se. — Eu também
estava com saudades. Chore, pequenina, eu estou
aqui para secar suas lágrimas...
— Melhor parar com isso! — Ela falou com os
olhos fechados com resquícios de vergonha. Aquele
homem era um moleque. Um moleque de trinta e
três anos que sabia ser maduro em momentos
importantes. Precisava se acostumar com as
loucuras dele.
— Tão gostosa, iluminada, linda e apenas
minha.
Ele soprou e começou a trabalhar lentamente
ali, não tinha pressa em abandonar a carne rosada,
muito úmida e desejada. Beijava-a lascivamente,
experimentando tudo dela.
Maria Fernanda não sabia se sorria pelo
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feliz e exausta.
— Eu te amo. — Ela declarou e encostou a
cabeça no peito dele.
— Estava com muita saudade de seu gosto.
Quando vai me retribuir?
— Teremos muitas oportunidades. — Ela
estava totalmente mole, aninhada no colo dele. —
Vamos nos recuperar. Preciso trabalhar. Vou nos
sustentar até você voltar a trabalhar.
— Não se preocupe com isso, vou dar um
jeito. O dinheiro da indenização deve sair em um
ano ou dois. É o meu dinheiro que foi roubado. Já
paguei as dívidas e começarei novamente. Agora
tenho você me ajudando. Vou encarar a obra, se for
possível. Vou entrar no meio do concreto para
reerguer nossa empresa.
— Hum... terei prazer em fazer sua marmita.
— Ela gargalhou sem forças. — Vou te ajudar.
Levantaremos em alguns anos, mas eu vou seguir
meu negócio e você o seu. Não me interesso pela
empresa e não tenho planos de exercer a profissão.
Entrei no ramo da moda e quero crescer.
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perto.
— Bom dia, Suelen. — Ela apertou as
bochechas da amiga.
— Você está transpirando felicidade. Caiu na
vara novamente, não foi?
— O que é isso? — Sergio repreendeu a
morena.
— Eu estou dirigindo minha palavra à sua
pessoa, Mon cherri? — Suelen o olhou atravessado.
— O que faz aqui, Sergio? — perguntou Maria
Fernanda.
— Estou desempregado e com tempo livre
para a Suelen.
— Voltaram? — Maria Fernanda perguntou à
amiga.
— Voltamos. Eu dormi na casa dos pais dela.
— Sergio falou empolgado.
— Mas terminamos vinte minutos depois. E
você dormiu no sofá, pois minha mãe insistiu. —
Suelen tirou o sorriso de Sergio, olhou-o de cima a
baixo e elevou o rosto, pois sempre amolecia com o
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belo porte.
— Eu a pedi em casamento, Maria Fernanda.
— Cabra safado! Peguei anotações no carro
dele, onde citava melhores maneiras e posições
para engravidar uma mulher.
— Eu quero te fazer um filho, Anja. Já
expliquei. — Sergio tentou um chamego nos
cabelos da morena e Suelen quase se derreteu, mas
resistiu.
— Eu preciso ser muito tola, para encarar essa
cama de gato outra vez. Não aceito, mas também
não vou devolver o anel. — Suelen balançou os
dedos frente ao rosto. Maria Fernanda se espantou
com o tamanho da pedra de diamante.
— Suelen... Sergio, precisam resolver os mal
entendidos. E se você não quer, devolva o anel. —
Maria Fernanda aconselhou à amiga, ainda
admirando a joia.
— Não posso, Nanda. Eu me afeiçoei a ele.
Olha só que lindo! — Suelen estendeu a mão.
Maria Fernanda identificou tristeza no rosto de
Sergio.
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deixando as duas.
***
Eduardo estava no endereço que o detetive
passara. Segundo ele, Junior comparecia
eventualmente ao local, mas nos últimos dias a
visita era frequente. Ele já estava do outro lado da
rua, em frente ao prédio suspeito. Vigiava há cerca
de meia hora e nenhum suspeito tinha sido visto,
mas bastou desviar o olhar um segundo para avistar
o carro do taiwanês estacionado do outro lado da
rua.
Thiago observava as redondezas do prédio.
Eduardo puxou sua pistola, conferiu a munição
que possuía e saiu sorrateiramente do carro. Ele
atravessou a rua cuidadosamente e surpreendeu
Thiago, que se assustou tendo uma pistola na
direção de sua cabeça.
— O que é isso? — Thiago levantou as duas
mãos ainda dentro do carro.
Com a mão livre, Eduardo abriu a porta do
carro e fez com que Thiago passasse para o banco
carona, assumindo ele o assento do motorista.
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resto da corja?
— Isso só pode ser um engano... essa casa é
minha. Moro aqui sozinha com minha filha há
muitos anos.
— Minha senhora, eu sei que o Junior está aqui
e se você não colaborar, eu vou revirar toda sua
casa até encontrar aquele desgraçado covarde!
Ladrão...
Eduardo não terminou os adjetivos, pois Junior
apareceu, vindo de um dos corredores da casa.
O olhar de Eduardo não estava sobre o ruivo e
sim, na moça ao lado dele, que lembrava alguém
muito familiar a quem ele confiava sem cogitar
dúvidas.
— Dona Irene!
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gritou de longe.
Duas horas depois, Eduardo dispensou os
seguranças que faziam a guarda em frente ao
colégio de Dudinha e ficou no portão junto com os
outros pais esperando os filhos.
— Dudu. — Dudinha correu com sua roupinha
colegial e se jogou nos braços dele.
— Oi, princesinha!
Eduardo envolveu a menina nos braços. Sentiu
uma sensação angustiante. Questionou o motivo,
enquanto olhava ao redor e carregava a menina até
o carro. Se agora o perigo estava indo para longe,
qual o motivo de ter aquela sensação de que algo
estava errado?
— Hoje conheci um tantinho mais sobre os
animais aquáticos. — Dudinha falou assim que foi
presa ao cinto do banco de trás do carro. — Muito
lixo, muito animal preso e sofrendo nos mares.
Tinha uma tartaruguinha com um cinto grosso na
cintura, toda sufocada. Meu peito doeu. Quero
cuidar de todos os animais, Dudu.
— Você é a princesa, protetora dos animais.
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maior estrago.
— Mas ele gostava mais da funda e das
pedrinhas, não era?
— Quem trocaria uma Colt por um
bodoque[30], filha?
— Eu não sei, mas ele gostava da funda.
— Na verdade, ele não gostava muito do
barulho que a pistola fazia, então preferia o
bodoque... era isso. Um dia, os homens maus o
prenderam em uma emboscada.
— Mas Deus o livrou! — Dudinha tornou a
completar.
— Quando o gigante apareceu, Davi mirou sua
pistola carregada, bem no meio da testa dele...
— Nesse dia ele estava com a funda, Dudu.
— Você não estava com sono, pequena? Pois
então, começa a dormir. Eu já estou no final da
história, vai dormindo que eu já termino.
— Eu te amo, Dudu.
Dudinha confessou, fora do contexto da
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Mas, e amar?
O que é amar?
Amar é apenas amar e pronto!
Amar é não querer nada em troca, é não
depender do outro para se doar, é ver amor dentro
do ódio.
Amar, é perseguir o ódio até que ele se renda.
Porque o amor não precisa de nada em troca
para existir. O amor é uma força maior,
independente e impulsionadora, ama sem a
necessidade da troca.
É capaz de acalmar guerras e se instalar no
mais vil coração.
Palmas para o autor do amor: DEUS!!!
FIM.
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Epílogo
Dez meses depois...
Por muito tempo eu estive com meu coração
preenchido, embora lutasse para mantê-lo estável.
Foi uma peleja dolorosa. O amor queria sobressair
a qualquer custo, mas o meu orgulho, ambição e
extrema racionalidade sufocaram-no.
O medo da entrega venceu aquele combate,
mas o resultado não foi o esperado. Eu sempre fui
só, porém, a solidão não me castigava com tanta
violência desde a adolescência. Senti a dor de
possuir algo que não pude segurar em minhas
mãos. Sofri calado outra vez e continuei
procurando alegrias momentâneas em distrações
sem afeto. Meus dias passaram a seguir de modo
automático: manhã, tarde e noite já faziam o
mesmo sentido.
Meu exterior estava em movimento, mas aqui
dentro era ermo.
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de Ogros.
Eu já a tinha feito virar os lindos olhinhos nas
noites do último mês, mas agora era a vez dela. Ela
sabia o que estava fazendo e eu ansiava por aquilo.
Ferinha poderosa.
Ela estava em frente ao espelho, tentando-me
com um leve rebolado, enquanto exibia o ondulado
lindo dos seus cabelos, minha paixão. Ver aquela
pele branquinha, ainda com as marcas da roupa
social, estava me deixando vesgo. No auge do
incentivo, escancarei a porta de vidro, igual a um
louco. O shampoo estava entrando no olho, a água
no ouvido, mas o pau seguia na direção dela.
Saí escorregando e me bati na parede,
completamente louco. E ela só sorria da minha
aflição. Grudei em minha fêmea, pegando-a pelos
cabelos e cintura e arrastei-a para dentro do box.
Ela tinha me assanhado e ia levar chumbo grosso.
Mas a ferinha era tão traiçoeira que se ajoelhou
na minha frente e me desarmou com seus lábios
carnudos e rosto de princesa levada. Fiquei
totalmente rendido, apreciando aquele momento
inédito. Foi a coisa mais linda e excitante, vê-la
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com Julien.
Subo correndo no coreto de arco ornamentado
com rosas azuis e cor de rosa.
O sol está se pondo, e o ambiente ao ar livre na
fazenda é muito romântico. Sérgio e Suelen estão
ao meu lado. Eles se casaram há dois meses, mas
dona Margaret, mãe do Sérgio, vem lutando contra
essa união desde que voltou ao Brasil. Eles estão
em pé de guerra e tudo piorou depois de uma briga
feia, quando Suelen acabou perdendo um bebê de
semanas de gestação.
“Mas essa é outra história para ser contada.”
Os músicos começam a tocar e vejo a Dudinha
entrando com as nossas alianças. Minha
princesinha linda, pivô da queda do meu orgulho,
responsável por derreter o gelo do meu coração.
Por ela eu faço tudo.
Logo atrás, está ela, a mãe da minha família,
ferinha delicada, domadora de ogro e rainha do
meu coração. Ela usa um vestido lindo, branco e
sexy. Ainda não vi as costas, mas soube por fonte
segura — e fofinha —, que tem pra mais de
duzentos botões de impedimento.
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***
Em frente à porteira da fazenda, uma loira
andava tombando no salto. Ela estava saindo da
fazenda, mais precisamente, do local da cerimônia.
Tinha entrado para espreitar, ficado cinco minutos
e agora voltava para o carro. Dali, ia direto para o
aeroporto. Seu destino era distante, mas sua certeza
era local. Não importava o tempo, Eduardo
Moedeiros pagaria por tê-la usado.
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Bônus final
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PRÓXIMO
LANÇAMENTO
Herança Familiar
Era uma vez um Bad boy vingativo e uma
mocinha de nariz empinado. Ele a julgou ser uma
presa fácil, achando-a mimada e por ela possuir
dismetria em consequência de uma osteomielite na
infância. Ele planejou sua vingança e até tatuou a
ordem nas costas, mas não contava que ela seria
tinhosa e estaria obstinada a frustrar seus planos.
De repente, o que seria apenas uma vingança, virou
vingança de amor, mas o único problema era que
ele tinha uma tia má, disposta a tudo para levar a
vingança até o fim. O bad boy, então, travou uma
luta com seu próprio sangue para reverter os fatos e
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AGRADECIMENTOS.
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SOBRE A AUTORA :
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REDES SOCIAIS DA
AUTORA.
Grupo no facebook: Anjas da Pry
Instagram: @pryolivier_
Fã Clube no Instagram: @mar_de_livros
[1]
Pintado por Leonardo Da Vince, entre 1494 e 1498 a pedido de
Ludovico il Moro .
[2]
Inflamação do osso causada por infecção, geralmente nas
pernas, no braço ou na coluna.
[3]
Minha princesa
[4]
Tia
[5]
Papai
[6]
Eu te amo, papai.
[7]
Com licença
[8]
Querido
[9]
Como vai você, Jorginho?
[10]
senhor
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[11]
Oi
[12]
Um cachorro!
[13]
Senhor
[14]
Ele é lindo
[15]
Minha mãe estava preocupada, por algum
motivo.
[16]
Ele é bonito
[17]
Amo suas curvas, suas extremidades e todas as
suas perfeitas imperfeições.
[18]
All of Me — John Legend — “... Eu vou me entregar a você
por inteiro... Você é meu fim e meu começo... Mesmo quando eu perco, estou
vencendo...”
[19]
“ ... Eu ainda estou aprendendo a amar... Apenas começando a
engatinhar...”
[20]
Com licença
[21]
Você precisa se tratar!
[22]
Que susto!
[23]
Canalhas como você.
[24]
Desculpe-me, com licença!
[25]
Oi...
[26]
Senhor
[27]
Artigo 121 da Lei 2848/40 do código penal.
[28]
Artigo 288 do Código Penal
[29]
A rtigo 10 da Lei Complementar 105 /2001.
[30]
Também conhecido por: estilingue.
[31]
Papai do céu...
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