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História

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CADERNO DE ATIVIDADES

ano
Índice

TEMA 1 expansão e mudança nos séculos xv e xvi

Unidade 1 O EXPANSionismo europeu

Ficha 1 As condições da expansão portuguesa  p. 6

Ficha 2 A expansão portuguesa e a rivalidade luso-castelhana  p. 8

Ficha 3 A formação e organização do Império Português  p. 10

Ficha 4 O Império Espanhol e o comércio à escala mundial  p. 12

Ficha 5 Avanços e recuos da multiculturalidade nas sociedades  p. 14

Ficha 6 A união dos impérios peninsulares


e a Restauração portuguesa de 1640  p. 16

Unidade 2 RENASCIMENTO, reforma e contrarreforma

Ficha 7 O Renascimento: mentalidade e cultura  p. 18

Ficha 8 A arte do Renascimento  p. 20

Ficha 9 A crítica à Igreja e a Reforma Protestante  p. 22

Ficha 10 A reação da Igreja Católica  p. 24

  Síntese dos conteúdos (Tema 1)  p. 26

TEMA 2 O CONTEXTO EUROPEU DOS SÉCULOS XVII E XVIII

Unidade 3 O ANTIGO REGIME europeu — regra e exceção

Ficha 11 O Antigo Regime: política, sociedade e economia  p. 30

Ficha 12 A arte e a cultura no Antigo Regime  p. 32

Ficha 13 A afirmação política e económica da Holanda


e da Inglaterra, nos séculos xvii e xviii  p. 34

Ficha 14 Portugal no século xvii e na primeira metade do século xviii  p. 36

Unidade 4 um século de mudanças — século xviii 

Ficha 15 O Iluminismo na Europa e em Portugal  p. 38

  Síntese dos conteúdos (Tema 2)  p. 40

2
TEMA 3  ARRANQUE DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
O
E O TRIUNFO DOS REGIMES LIBERAIS CONSERVADORES

Unidade 5 da REVOLUÇÃO AGRÍCOLA à revolução industrial 

Ficha 16 A Revolução Agrícola e o arranque da Revolução


Industrial em Inglaterra  p. 44

Ficha 17 A industrialização no início do século xix e o seu impacto  p. 46

Unidade 6 REVOLUÇões e estados liberais conservadores

Ficha 18 A Revolução Americana (1776) e a Revolução Francesa (1789)  p. 48

Ficha 19 A revolução de 1820 e a difícil instauração


do liberalismo em Portugal  p. 50

  Síntese dos conteúdos (Tema 3)  p. 52

TEMA 4 A CIVILIZAÇÃO INDUSTRIAL DO SÉCULO XIX

Unidade 7 MUNDO INDUSTRIALIZADO E países de difícil industrialização

Ficha 20 O mundo industrializado e o triunfo


do liberalismo económico  p. 56

Ficha 21 A Ciência e a cultura no século xix  p. 58

Ficha 22 O processo português de industrialização  p. 60

Unidade 8 burgueses, proletários, classes médias e camponeses

Ficha 23 Transformações demográficas, emigração e urbanismo  p. 62

Ficha 24 Contrastes na sociedade do século xix  p. 64

  Síntese dos conteúdos (Tema 4)  p. 66

  Matriz da prova final  p. 69

  Prova final  p. 70

Mapas para trabalhar  p. 78

3
Para começar ...
Compreender as questões 

1 Como
 sabes, para teres sucesso na disciplina de História, é fundamental que compreendas
e saibas aplicar os teus conhecimentos, mas também é mesmo importante que saibas
interpretar corretamente as questões. Verifica se sabes o que significam as instruções abaixo
apresentadas. Consulta a página 5 do teu manual.

Atribui Elabora Organiza


Caracteriza Enumera Pesquisa
Classifica Esclarece Redige
Comenta Explica Refere
Compara Fundamenta Regista
Comprova Identifica Relaciona
Conclui Investiga Resume
Considera Justifica Seleciona
Define Localiza Situa
Descreve Nomeia Transcreve
Distingue Observa

2 Resolve
 as palavras cruzadas, com base nas pistas numeradas. Podes recorrer à lista acima
apresentada para te ajudar a recordar a designação da respetiva instrução.

1. Diz porquê.
2. Diz o que lhe pertence.
3. Escolhe o que interessa ou é relevante.
4. Torna claro, fácil de perceber.
5. Diz todos os elementos pedidos.
6. Identifica o local geográfico ou a data (o mesmo que «situa»).
7. Diz o que observas.
8. Apresenta a informação com um critério.
9. Faz uma ligação, encontra elementos comuns.
10. Diz o nome.
11. Diz na tua resposta.
12. Diz o que distingue.
13. Escreve as razões, os motivos.
14. Identifica a ideia principal, que clarifica o que sabes sobre um assunto.
15. Usa informação para sustentares um ponto de vista.
16. Procura informação (o mesmo que «investiga»).
17. Tem presente antes de responderes.
18. Faz de modo cuidadoso.
19. Escreve.
20. Escreve o que significa, o que quer dizer.
21. Encontra semelhanças e diferenças.
22. Identifica o local geográfico ou a data (o mesmo que «localiza»).
23. Copia os trechos relevantes.
24. Vê atentamente.
25. Guarda por escrito uma informação.
26. Encontra informação que prove algo.
27. Encontra diferenças entre duas coisas.
28. Diz a que grupo ou categoria pertence.
29. Regista as ideias principais.
30. Dá tua opinião.
31. Procura informação (o mesmo que «pesquisa»).
32. Diz qual é ou quem é.

4
29
25 R
R E
E 27 S
G D 1 J U S T I F I C A
2 A T R I B U I M
S 3 S E L E C I O N A
T T
A I
N
26 G 4 E S C L A R E C E
C U N
21 O 5 E N U M E R A 32
C M 6 L O C A L I Z A
O 23 P I D
M T R 7 D E S C R E V E
P R O A N
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8 O R G A N I Z A 9 R E L A C I O N A
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20 C 10 N O M E I A
D R 28 30 C
11 R E F E R E 12 C A R A C T E R I Z A
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I 13 E X P L I C A M
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E 24 S N
14 C O N C L U I T
22 B 15 F U N D A M E N T A
16 P E S Q U I S A I 31
I E 17 C O N S I D E R A
T R A N
U V V
18 E L A B O R A 19 R E D I G E
S
T
I
G
A

5
Ficha 1 Unidade 1  O EXPANSionismo europeu 
Páginas 14-17 do manual

As condições da expansão portuguesa

1 Observa as imagens que se seguem, que mostram a forma como os Europeus, até ao século xv,
imaginavam o Mundo e os mares.

Doc. 1 Mapa-mundo de Ptolomeu (90-168 d. C.). Doc. 2 Gravura da Idade Média.

1.1 Indica, com base no documento 1, os séculos em que viveu o geógrafo Ptolomeu, cuja
representação da Terra ainda era aceite na Europa no século xv.

O geógrafo Ptolomeu viveu nos séculos i e ii d. C.

1.2 Descreve a imagem do documento 2.

A imagem da gravura mostra um navio cheio de marinheiros a ser atacado por um monstro marinho.

1.3 Explica, a partir dos documentos 1 e 2, três diferenças existentes com o conhecimento
que atualmente se tem do Mundo e dos mares.

Até ao século xv era desconhecida a existência da América, Oceânia e Antártida (Doc. 1); havia um conhecimento

muito incompleto do continente africano; a maioria dos oceanos eram ignorados e os naufrágios eram atribuídos

a monstros marinhos fantasiosos (Doc. 2).

2 Preenche o quadro das condições que permitiram a Portugal vencer o isolamento


no século xv.

Condições favoráveis à expansão portuguesa

Condições • Portugal localiza-se no extremo sudoeste da Europa, banhado pelo oceano Atlântico,
geográficas com uma extensa linha de costa;
•  O País possuía vários portos naturais e rios navegáveis.
e naturais
•  Uma grande parte da população tinha atividades ligadas ao mar;
Condições humanas •  Muitas povoações dedicavam-se à pesca e às ligações marítimas ao Norte da Europa.

• O rei D. João I, que tinha inaugurado uma nova dinastia, pretendia afirmar-se com
Condições políticas conquistas e ouro perante o seu povo, os Castelhanos e o resto da Europa cristã.

6
TEMA 1 EXPANSÃO E MUDANÇA NOS SÉCULOS XV E XVI

3 Observa
 as imagens.

3.1 Preenche a legenda das três imagens relacionadas com a expansão portuguesa.

A B C

A — Bússola B — Astrolábio C — Caravela

3.2 Refere a importância do uso do instrumento B para o êxito das viagens marítimas.

O astrolábio permitia a navegação astronómica em alto mar, orientada pelos astros, requerendo conhecimentos

matemáticos.

3.3 Explica duas vantagens da embarcação C na expansão atlântica portuguesa no século xv.

A caravela possuía leme fixo para melhor condução do navio e tinha vela triangular ou latina, que permitia bolinar,

ou seja, navegar com ventos contrários. u1p5h2s

4 L
 ê o texto com atenção.

Doc. 3

As razões do Infante
[...] E porque ele [infante D. Henrique] tinha que o quisessem ajudar contra aqueles inimigos
vontade de saber a terra que ia além de um cabo da Fé. […] E a quinta razão foi saber até onde
que se chamava Bojador [...]. E a segunda razão 10 chegava o poder dos Infiéis e o grande desejo de

foi porque considerou que se poderiam para estes acrescentar à nossa santa fé em nosso senhor Jesus
5 reinos trazer muitas mercadorias valiosas [...]. Cristo, todas as almas que se quisessem salvar.
A quarta razão foi porque se queria saber se se Gomes Eanes de Zurara, Crónica do Descobrimento
achariam naquelas terras alguns príncipes cristãos e Conquista da Guiné (adaptado)

4.1 Transcreve o excerto do documento 3 que se relaciona com as motivações económicas


da expansão.

«… considerou que se poderiam para estes reinos trazer muitas mercadorias valiosas…».

4.2 Explica, com base no documento 3, duas das razões que mostram a vontade
expansionista do clero e da nobreza.

O clero procurava expandir a fé cristã para territórios dominados pelos muçulmanos e a nobreza via neste projeto

a possibilidade de engrandecer o seu património e riqueza, com a conquista de novas terras.

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7
Ficha 2 Unidade 1  O EXPANSionismo europeu 
 Páginas 18-25 do manual

A expansão portuguesa e a rivalidade luso-castelhana

1 Como
 sabes, a expansão portuguesa iniciou-se com uma conquista militar.

1.1 Sublinha a única opção que corresponde ao início da expansão portuguesa em 1415.

A. Conquista de Goa B. Conquista de Ceuta C. Conquista de Fez

1.2 Procura, na página 18 do manual, informação sobre o resultado dessa conquista.

A cidade foi tomada mas, após a conquista, a sua riqueza revelou-se ilusória: os muçulmanos desviaram da cidade

as rotas do seu comércio.

2 Observa a tabela de acontecimentos e o mapa sobre os descobrimentos no período


henriquino.

Acontecimentos N (c)
(b)
(a) Passagem do cabo Bojador
(b) Chegada à ilha de Porto Santo
(e)
(c) Descoberta da ilha de Santa Maria, Açores
Oceano
(d) Estabelecimento da Feitoria de Arguim Atlântico (a)

(e) Chegada à ilha da Madeira (d)


(f) Chegada à Serra Leoa

0 800 km (f)

2.1 Ordena por ordem cronológica os acontecimentos, escrevendo a sequência correta


de letras.

Resposta: sequência correta: (b) — (e) — (c) — (a) — (d) — (f) u1p6h1
2.2 Faz a legenda do mapa colocando cada letra no quadrado correto.

3 Observa os documentos.

N
Pedra da Galé Lisboa
Rio do Ouro
(Afonso Baldaia, 1436) Lagos

Cabo Branco Cabo Bojador (Gil Eanes, 1434) ARÁBIA


(Antão Gonçalves, Baixos de Arguim (Nuno Tristão, 1443)
1441) ÍNDIA
Cabo Verde (Dinis Dias, 1444)
Ilhas de Cabo Verde Mina ETIÓPIA (Afonso Paiva e Pero
(Luís de Cadamosto, Fernando Pó (1472) da Covilhã,1487-1488)
1456-1460) Cabo de Santa Catarina 0 1900 km
Serra Leoa Ielala
(Pedro de Sintra, 1460) Foz do rio Zaire
Período henriquino (1421-1467)
São Tomé e Príncipe Padrão Contrato com Fernão Gomes (1469-1475)
(João de Santarém e do Cabo Negro
Pero Escobar, 1471-1472) Direção de D. João II (1475-1488)
(Pero
da Covilhã, Viagens de Afonso Paiva e Pero da Covilhã
Passagem do cabo das Tormentas 1489-1492) Descobertas de Diogo Cão (1482-1486)
(Bartolomeu Dias, 1488)

Doc. 1 Descobertas na costa africana e expedições Doc. 2 Chegada de Vasco da


terrestres. Gama a Calecute (1498).

8
u1p6h2
TEMA 1 EXPANSÃO E MUDANÇA NOS SÉCULOS XV E XVI

3.1 Explica duas das medidas tomadas por D. João II para a concretização do seu plano
de chegar à Índia, presentes no documento 1.

Mandou explorar a costa africana para sul através das viagens de Diogo Cão e de Bartolomeu Dias; enviou dois

exploradores, Afonso de Paiva e Pero da Covilhã, ao Oriente, por terra, para obterem informações sobre o

comércio do Índico.

3.2 Refere duas das consequências da passagem do cabo das Tormentas (Doc. 1),
conseguida por Bartolomeu Dias em 1488.

Ultrapassou o ponto mais temeroso da costa sul-africana, onde fortes correntes contrárias causavam inúmeros

naufrágios, e cuja passagem permitia entrar no oceano Índico e atingir a Índia por mar.

3.3 Identifica a viagem que tornou realidade o plano de D. João II, expressa no documento 2.

Trata-se da viagem de descoberta do caminho marítimo para a Índia comandada por Vasco da Gama.

3.4 Coloca V (verdadeiro) ou F (falso) nas seguintes frases.

A. A armada de Vasco da Gama foi bem recebida na Índia pelas gentes locais. F

B. A segunda viagem à Índia foi entregue a Pedro Álvares Cabral. V

C. No trajeto, foi feito o reconhecimento do Brasil em abril de 1500. V

D. O contacto inicial com as populações indígenas do Brasil foi amistoso. V

E. As viagens marítimas para a Índia eram rápidas, confortáveis e seguras. F

4 O
 bserva o mapa e completa o texto com os elementos corretos retirados da chave.

CHAVE:
N
s
lhas

silha

1 Antilhas
Vasco da Gama
i

2 Brasil
Linha de Tordes

Torde

3 Canárias
ocidente
Linha de

Oceânia
3 meridiano
Linha de Alcáçovas 1
lexandre VI

ÁREA PORTUGUESA Tratado de Alcáçovas


2
Mare Nostrum
papa A

Manifestis Probatum
Linha do

0 3250 km
Mare Clausum
160º 120º 80º 40º
4 0º 40º 80º 120º 160º
Tratado de Alcanises

América Paralelo Inter Coetera oriente Cristóvão Colombo

Tratado de Alcáçovas
A rivalidade luso-castelhana pelos domínios dos mares leva à assinatura do
em 1480. A ideia de Cristóvão Colombo de que a Terra era esférica e de que podia atingir a Índia
navegando para ocidente u1p7h1conduz à descoberta da América , a sul da linha
de demarcação, o que leva Portugal a reclamar a sua posse e obriga à assinatura do Tratado
de Tordesilhas em 1494. Através da Bula Inter Coetera , o Mundo é dividido em duas
áreas de influência, separadas por um meridiano e fechadas a qualquer outro povo: a
ocidental castelhana e a oriental portuguesa. Impunha-se, assim, a doutrina do Mare Clausum .

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9
Ficha 3 Unidade 1  O EXPANSionismo europeu 
 Páginas 26-31 do manual

A formação e organização do Império Português

1 Observa
 e lê os documentos.

Doc. 2
N
Engenhos de açúcar
A exploração da costa
Vinho
Capitania ocidental africana
Cereais de Bartolomeu
Perestrelo O Senhor Infante D. Henrique
Árvores de fruto
fez nesta ilha de Arguim um con-
Cana-de-açúcar
trato […] deste modo. Que ninguém
pudesse entrar no golfo para traficar
5 […] salvo aqueles que entrassem no
Capitania
Ponta Tristão
de Tristão Vaz contrato, o qual tem uma feitoria na
Teixeira
Oceano
dita ilha onde compram e vendem
Atlântico àqueles povos, dando-lhe diversas
mercadorias como tecidos, pratas,
10 tapetes e sobretudo trigo […],
Machico
e recebem em troca negros […]
Funchal e ouro.
Capitania
de João Luís Cadamosto, Navegação I, 1455
0 10 km
Gonçalves Zarco (adaptado)

Doc. 1 O povoamento da Madeira.

1.1 Explica, a partir do documento 1, a forma de colonização usada pelos Portugueses nos
arquipélagos atlânticos.
u1p8h1
Sendo as ilhas desabitadas, o Infante procedeu à sua colonização, dividindo-as em capitanias, entregues

a capitães-donatários, com a obrigação de as povoar e desenvolver economicamente.

1.2 Refere, a partir do documento 2, o interesse dos Portugueses na exploração comercial


da costa ocidental africana.

Com a exploração da costa africana, os Portugueses aproximavam-se da fonte do ouro, que não tinham obtido em

Ceuta. Em Arguim, ergueram uma feitoria onde as trocas se tornaram permanentes com os povos locais.

1.3 Preenche (com um X) o quadro relativo à origem dos produtos trazidos para Portugal
dos arquipélagos atlânticos e da costa ocidental africana no século xv.

Produtos Madeira Açores Costa Ocidental Africana

Madeira X

Plantas tintureiras X

Gado X

Escravos X

Açúcar X

Ouro X

1.4 Sublinha a única opção que corresponde ao nome da mais antiga cidade fundada em
África pelos Portugueses, em 1576, ligada ao intenso tráfico de escravos.

A. São Tomé B. São Jorge da Mina C. São Paulo de Luanda

10
TEMA 1 EXPANSÃO E MUDANÇA NOS SÉCULOS XV E XVI

2 Lê
 os documentos.

Doc. 3 Doc. 4

Dominar no mar… … ou dominar em terra


Quanto mais fortalezas tiverdes, mais falho Não podereis reinar sobre um território tão
será vosso poder: toda a vossa força seja no extenso como a Índia colocando todo o vosso
mar, porque se nele não formos poderosos, poder simplesmente no mar. Não construir for-
tudo logo será contra nós. […] Enquanto no talezas é precisamente o que os Mouros deste
5 mar fordes poderoso, tereis a Índia por vossa, e 5 país desejam ver-vos fazer; porque sabem que

se isso não tiverdes no mar, pouco vos prestará todo o domínio fundado apenas no mar não
fortalezas em terra. pode persistir.
Carta de D. Francisco de Almeida a D. Manuel I Carta de Afonso de Albuquerque a D. Manuel I
(adaptado) (adaptado)

2.1 Explica o interesse de D. Manuel I em impor o domínio português no Oriente, no século xvi.

O domínio português visava controlar, em sistema de monopólio, as rotas do comércio oriental, como as especiarias

trazidas pela rota do Cabo e que começaram a inundar os mercados europeus, a preços mais acessíveis que as

venezianas, vindas para a Europa pela rota do Levante.

2.2 Compara as duas opiniões presentes nos documentos 3 e 4, sobre a política a seguir por
Portugal no Oriente.

Enquanto Francisco de Almeida defende a ideia de que o controlo do comércio do Índico passa pelo controlo dos

mares e da navegação com uma armada poderosa, Afonso de Albuquerque defende uma política de conquistas

de pontos estratégicos e construção de fortalezas em terra.

2.3 Faz corresponder os elementos da coluna A ao elemento correto da coluna B.

Coluna A Coluna B

a) Governador na Índia que promoveu 1. Japão


a) 5
uma política de aculturação
2. Goa
b) Capital do Império Português
b) 2
do Oriente em 1534 3. Malaca
c) Cidade dominada pelos Portugueses 4. Francisco Xavier c) 3
que dava acesso ao Extremo Oriente
5. Afonso de Albuquerque
d) Navegador português que chegou
d) 9
à China em 1513
6. D. Francisco de Almeida
e) Arquipélago do Extremo Oriente onde
7. Calecute e) 1
os Portugueses chegam em 1543

f) Missionário católico que realizou 8. Francisco de Assis


f) 4
inúmeras conversões no Oriente
9. Jorge Álvares
g) Primeiro governador-geral do Brasil em
g) 10
1549 10. Tomé de Sousa

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11
Ficha 4 Unidade 1  O EXPANSionismo europeu 
 Páginas 32-37 do manual

O Império Espanhol e o comércio à escala mundial

1 Observa
 e lê os documentos.

Doc. 2 Milhões de pessoas


30
Ação dos Espanhóis
na América 25

A pedido dos colonos espanhóis, 20


os reis, por lei de 1503, mandaram
que o governador Nicolau de 15

Ovando obrigasse os índios a comu-


10
5 nicarem com os Castelhanos, a tra-

balharem nos seus edifícios, a mine- 5


rarem o ouro e outros metais e a
produzirem alimentos […]. Em 0
cumprimento desta ordem o gover-

1519

1540

1563

1580

1600

1620
10 nador deu a cada castelhano, a uns
Doc. 1 Templo maia cinquenta índios, a outros cem. Doc. 3 Evolução da
Chichén Itzá, na população mexicana
António de Herrera, História Geral
península do dos Feitos dos Castelhanos (adaptado) (em milhões de
Iucatão, México. pessoas).

u1p10h2
1.1 Refere, a partir do documento 1, as três grandes civilizações encontradas pelos
Espanhóis no continente americano.

Civilizações maia (Doc. 1), asteca e inca.

1.2 Refere o principal interesse dos Espanhóis na América, indicado no documento 2.

O principal interesse era a exploração e o transporte de metais preciosos como o ouro e a prata.

1.3 Constrói uma síntese sobre o tema «A Colonização Espanhola na América» com
100 palavras. Deves usar a informação dos três documentos e apresentar algumas
ideias sobre os seguintes tópicos:

— Nível de desenvolvimento das civilizações ameríndias (Doc. 1);


— Formas de domínio dos conquistadores espanhóis (Doc. 2);
— Consequências da colonização espanhola para a população indígena (Doc. 3).

As civilizações ameríndias possuíam um nível de desenvolvimento elevado: viviam da agricultura, desenvolveram

o artesanato e diferentes conhecimentos científicos e construíam cidades e templos, como mostra o documento 1.

Para as dominar, os Espanhóis usaram a sua superioridade militar e condenavam os habitantes locais a formas de

escravatura, obrigando-os a efetuarem diversas atividades, como mostra o documento 2.

Em resultado da guerra, da escravatura, da fome e da propagação de doenças trazidas da Europa, a população

ameríndia foi quase dizimada em algumas décadas, como mostra o documento 3; no caso do México, passou de

cerca de 25 milhões para menos de 2 milhões.

12
TEMA 1 EXPANSÃO E MUDANÇA NOS SÉCULOS XV E XVI

1.4 Explica a importância da viagem de Fernão de Magalhães iniciada em 1519.

A viagem, terminada por Sebastião Elcano em 1522, foi a primeira completa à volta do Planeta (circum-navegação),

comprovando a esfericidade da Terra.

2 Observa
 e lê os documentos. Para responderes a cada um dos itens de 2.1 a 2.5, sublinha a
única opção correta.

Doc. 5

Sevilha no século xvi


Se tivéssemos a intenção de tratar da grande riqueza de Sevilha […] não sabe-
ríamos por onde começar nem por onde acabar, porque ela é a grande cidade mais
rica, mais florescente em negócios e mercadorias de toda a Europa e que comu-
nica com todas as partes do Mundo, particularmente com as Índias Ocidentais.
Doc. 4 Gravura de Alonso Morgado, História de Sevilha (adaptado)
Lisboa no
século xvi.

2.1 No século xvi, Lisboa (Doc. 4) tornou-se um dos principais centros económicos europeus,
graças…

A. … ao controlo do comércio das especiarias trazidas pela rota do Cabo.

B. … ao domínio do comércio mediterrânico em oposição às cidades italianas.

C. … ao intenso tráfico de ouro e prata oriundos da América espanhola.

2.2 De acordo com o documento 5, também Sevilha é considerada uma das cidades mais ricas
da Europa, devido…

A. … à abundância de mercadorias, como o ouro e a prata, vindos do Brasil.

B. … ao intenso tráfego de navios vindos através da rota do Levante.

C. … aos ricos negócios e às mercadorias, sobretudo as vindas da América Espanhola.

2.3 O centro da Europa era o grande mercado consumidor dessas riquezas através da
realização de grandes negócios concentrados na cidade de…

A. … Veneza. B. … Londres. C. … Antuérpia.

2.4 As novas rotas ibéricas entre diferentes regiões do Mundo e o desenvolvimento de
negócios e fortunas, como a dos Fugger, fizeram nascer, no século xvi…

A. … a economia comercial e monetária.

B. … o comércio à escala mundial.

C. … a agricultura de subsistência.

2.5 A burguesia dos países do centro da Europa, ao contrário das burguesias ibéricas,
enriqueceu porque…

A. … gastava os seus rendimentos no consumo de produtos importados.

B. … investia os lucros em atividades de produção de mercadorias importadas por


Portugal e Espanha.

C. … lucrava com a guerra de conquista, o saque e o exercício de cargos militares.


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13
Ficha 5 Unidade 1  O EXPANSionismo europeu 
 Páginas 34-35 e 38-41 do manual

Avanços e recuos da multiculturalidade nas sociedades

1 Observa
 os documentos.

N Entre todas as injustiças,


A B nenhumas clamam tanto ao
céu como as que tiram a
liberdade aos que nasceram
livres e as que não pagam o
AMÉRICA EUROPA suor aos que trabalham.

ÁSIA
MÉXICO Oceano
Atlântico
C ÍNDIA CHINA

FILIPINAS
ÁFRICA
Oceano BRASIL ANGOLA
Pacífico PERU MOÇAMBIQUE

AMÉRICA Oceano
ÁFRICA Índico

0 3000 km
D Impérios peninsulares

Doc. 2 Padre António Vieira


Doc. 1 Intercâmbios entre a Europa, a África e a América. pregando aos Índios.

1.1 A partir do mapa, atribui as letras corretas a cada um dos produtos do comércio do
século xvi.
u1p12h1
AeC A A A D A A A, B e C A A

Cana-
Café Cacau -de- Batata Mandioca Milho Tomate Ouro Feijão Tabaco
-açúcar

1.2 Refere, a partir do documento 2, dois dos objetivos da ação do padre António Vieira.

Os objetivos eram o de converter as populações nativas à religião católica (Doc. 2) e protegê-las da escravatura e

maus-tratos impostos por muitos colonos europeus.

1.3 Explica dois aspetos do fenómeno da aculturação presentes nos documentos 1 e 2.

O intercâmbio de culturas agrícolas e hábitos de consumo (Doc. 1); a imposição da religião católica entre povos de

outros continentes (Doc. 2).

1.4 Refere, a partir do documento 3, dois dos aspetos do fenómeno da miscigenação.

Resultava do cruzamento dos navegadores 60 % 53,7 %

europeus com mulheres índias e africanas; 40 % 38,4 %

originou o cenário de uma grande mistura de 20 %


6,2 %
diferentes etnias, de que o Brasil é um exemplo 0,4 % 0,4 %
0
Europeus «Pardos» Africanos Índios Asiáticos

na atualidade (Doc. 3). Doc. 3 População brasileira no início do século xxi.

14
TEMA 1 EXPANSÃO E MUDANÇA NOS SÉCULOS XV E XVI

2 Lê
 o texto com atenção.

Doc. 4

Cristãos-novos e cristãos-velhos em Portugal


Ainda que nos reinados dos reis D. Dinis, todos os judeus e mouros de saírem fora do Reino
D. Afonso IV, D. João I e D. Afonso V houvesse 20 se recusassem o Santo Batismo, […] ordenando
em Portugal judeus, não se lê nas histórias deles o que todos os filhos dos Judeus que não passassem
nome de cristão-velho nem de cristão-novo. de 14 anos fossem separados e tirados do poder de
5 Não se conheceu o nome de cristão-velho e seus pais, e que se batizassem […].
cristão-novo em Portugal até o tempo de el-rei Viviam estes novamente convertidos e seus
D. Manuel, quando este obrigou os Judeus que 25 descendentes sem distinção entre os mais Portu-

tinham sido expulsos de Castela, no ano de 1492, gueses reputados, e conhecidos por verdadeiros
a abraçar a religião cristã. Refere o padre Jerónimo súbditos, e assim viveram até ao ano de 1536; ano
10 Osório que el-rei D. João II permitiu a muitos no qual se introduziu a Inquisição em Portugal por
desta Nação expulsa de Castela que ficassem por uma bula de Paulo III. Logo que a Inquisição
algum tempo em Portugal à condição que cada um 30 começou a exercitar o que o seu Diretório orde-

pagasse oito ducados de ouro, e que depois de nava, e que começou a executar na Nação Judaica,
algum tempo […] seriam obrigados a sair do avivou-se logo o nome de cristão-novo judeu e
15 Reino; para o que se lhes daria navios, e toda a cristão-velho, e começou a haver diferença entre
comodidade para saírem dele. os mesmos súbditos.
[…] Quando el-rei D. Manuel tomou posse do Ribeiro Sanches, 1748 (adaptado)
Reino, […] publicou uma Lei, em que ordenava a

Para responderes a cada um dos itens de 2.1 a 2.4, sublinha a única opção correta.
2.1 O documento de Ribeiro Sanches sobre os cristãos-novos em Portugal foi escrito em
1748, data que corresponde ao século…

A. … xiii. B. … viii. C. … xvii. D. … xviii.

2.2 De acordo com o autor, os nomes «cristão-novo» e «cristão-velho» não eram conhecidos
em Portugal até ao reinado de…

A. … D. Dinis. B. … D. Manuel I. C. … D. Afonso IV. D. … D. João II.

2.3 Recebidos por D. João II, os judeus expulsos de Castela em 1492, no reinado de
D. Manuel I…

A. … foram impedidos de permanecer em Portugal regressando de novo a Castela.

B. … passaram a praticar livremente a sua religião em troca do pagamento de um imposto.

C. … foram batizados à força, convertidos ao cristianismo e designados por cristãos-novos.

D. … passaram a ser o grupo dominante, convertendo a população portuguesa ao judaísmo.

2.4 A frase do autor de que após 1536, «a Inquisição [...] começou a executar na Nação Judaica»…

A. … traduz a tolerância existente em Portugal para com as minorias religiosas e étnicas.

B. … mostra a prosperidade das comunidades judaicas que se dedicavam aos negócios.

C. … é
 um exemplo da incompreensão por pessoas de cor de pele diferente ao longo da
história.

D. … r epresenta os sentimentos de intolerância para com os cristãos-novos e a sua


perseguição.

Terminei a ficha em / / .

15
Ficha 6 Unidade 1  O EXPANSionismo europeu 
 Páginas 42-47 do manual

A união dos impérios peninsulares e a Restauração


portuguesa de 1640

1 Lê e observa os documentos.


N
Doc. 1

A decadência da rota do Cabo Oceano


Atlântico
A terceira causa que leva a perder o Reino e a Índia é Oceano
a dos que navegam nesta carreira, sobrecarregando e arru- Índico
mando mal as naus, com o leve em baixo e o pesado em Oceano
Pacífico Império de Filipe II antes da incorporação de Portugal
cima, o que não só desequilibra as naus como as leva Império Português incorporado em 1580
5 todas a irem-se ao fundo [...]. De 1582 a 1602, perdeu este 0 5000 km Principais locais da monarquia hispânica
reino trinta e oito naus da Índia.
Melchior Estácio do Amaral (adaptado) Doc. 2 Os impérios português e
espanhol no fim do século xvi.

1.1 Refere, a partir dos documentos 1 e 2, três dos fatores que contribuíram
u1p14h1para a
decadência do Império Português no Oriente, a partir da segunda metade do século xvi.

Os naufrágios de navios provocados pela sua sobrecarga (Doc. 1), a vastidão do império (Doc. 2), muito difícil de

controlar, e os ataques de piratas e corsários franceses, holandeses e ingleses.

1.2 Explica o termo «século de ouro» atribuído ao período do reinado de Filipe II.

Deve-se à riqueza da Espanha, proveniente do ouro e da prata da América, e ao seu poderio na Europa.

2 Observa
 o quadro de acontecimentos e a imagem.

Acontecimentos

(a) Morte do cardeal-rei D. Henrique


(b) Derrota e desaparecimento de D. Sebastião em Alcácer-Quibir
(c) Derrota de D. António, prior do Crato, na Batalha de Alcântara
Doc. 3 D. Sebastião
(d) Filipe II é aclamado rei de Portugal nas Cortes de Tomar (1554-1578).

2.1 Refere o objetivo da política militar do rei D. Sebastião (Doc. 3).

A conquista de Marrocos (Norte de África).

2.2 Ordena por ordem cronológica os acontecimentos, escrevendo a sequência correta de letras.

Sequência correta: (b); (a); (c); (d).

2.3 Refere duas das estratégias usadas por Filipe II para se tornar rei de Portugal em 1581.

Mobilizou apoios entre nobres que ambicionavam cargos e burgueses que desejavam participar no comércio

espanhol e proteger o império do Oriente; usou a força, invadindo Portugal com um exército poderoso.

2.4 Identifica três das condições impostas nas Cortes de Tomar (1581) para a aceitação
de Filipe II de Espanha como rei de Portugal, no contexto da monarquia dual.

(1) Manter a autonomia de Portugal como reino; (2) respeitar os costumes e as leis de Portugal; (3) manter

a administração e a justiça a cargo de portugueses.

16
TEMA 1 EXPANSÃO E MUDANÇA NOS SÉCULOS XV E XVI

3 Lê com atenção a cronologia e o documento.

Doc. 4
Cronologia

Início do reinado de Filipe III de Os acontecimentos


1621
Portugal (IV de Espanha) de 1 de Dezembro de 1640
Contribuição portuguesa para as De súbito, abrem-se as portas dos coches
1628 quase a um tempo e saltam por elas os fidalgos.
guerras de Espanha
Sobem em tropel as escadas do Paço.
1630 Os Holandeses ocupam Pernambuco D. Miguel de Almeida, aparecendo às varandas
5 do palácio, sobranceiro ao Terreiro do Paço,
1631 Lançamento do imposto real d'água
bradou, com a voz sufocada de emoção:
Nomeação da duquesa de Mântua – Liberdade! Liberdade! O duque de Bra-
1634
como vice-rainha de Portugal gança é o nosso legítimo rei!
Revoltas em Évora, Algarve e Da praça, onde a multidão se agitava, em
1637
Ribatejo 10 ondas, respondeu-lhe um trovão de vozes,
cujas aclamações soaram por longo tempo.
Holandeses ocupam o Ceará e o
1638 Rebelo da Silva, História de Portugal… (adaptado)
Maranhão (Brasil)

3.1 Refere, a partir da cronologia, três razões para o descontentamento português contra
Filipe III e a união com Espanha, na primeira metade do século xvii.

Os Holandeses atacam e ocupam territórios no Brasil em resultado da ligação com Espanha; nomeação de

espanhóis para cargos em Portugal; aumento de impostos que motiva várias revoltas populares.

3.2 Identifica o acontecimento descrito no documento 4, ocorrido em 1640.

Trata-se da Restauração da Independência de Portugal.

3.3 Estabelece a sequência correta de letras (A a E) relativas aos acontecimentos.

A. Assalto contra o palácio real e fuga da duquesa de Mântua C

B. Motim popular contra o aumento dos impostos em Évora («Manuelinho») A

C. Vitória dos Portugueses nas batalhas de Montijo, Elvas e Ameixial E

D. Entrada em Lisboa de D. João IV e sua coroação D

E. Mobilização do exército português para participar na guerra da Catalunha B

3.4 Completa o texto com as palavras corretas retiradas da chave.

CHAVE: 

Duquesa de D. Catarina de Alcácer-


Burguesia D. Pedro III Bragança Filipe II
Mântua Bragança -Quibir

Montes
Filipe III Beja D. João IV Nobreza Espanhol Inglês
Claros

 conspiração do 1.o de Dezembro foi organizada pela Nobreza com o apoio do duque
A
de Bragança , D. João. Um grupo de fidalgos assaltou o palácio real de Lisboa onde se
encontrava a Duquesa de Mântua , vice-rainha de Portugal, governante em nome de
Filipe III . D. João foi aclamado como D. João IV . A aclamação foi bem recebida por todo
o País, terminando desta forma 60 anos de domínio espanhol em Portugal. Após vários
confrontos, os portugueses conseguiram a vitória decisiva na Batalha de Montes Claros .

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17
Ficha 7 Unidade 2  RENASCIMENTO, reforma e
contrarreforma Páginas 54-59 do manual

O Renascimento: mentalidade e cultura

1 Lê
 e observa com atenção os seguintes documentos.
MODENA
N
Doc. 1 DUCADO MÂNTUA
DE SABOIA FERRARA
Turim Milão
DUCADO Veneza
Doc. 1 Um homem do Renascimento

RE
DE MILÃO ÍSTRIA


Génova Ferrara

BL
ICA
Graças a Lourenço de Médicis, a cidade, quando REPÚBLICA
DE FLORENÇA Florença

DE
VE DALMÁCIA
estava em paz, vivia sempre em festa, com torneios e cor- REPÚBLICA Piombino Siena
Mar
NE
ZA
DE GÉNOVA SIENA
tejos onde se representava a História da Antiguidade. Córsega
Roma
Adriático
O seu objetivo era manter Florença próspera e o seu povo Mar
ELBA
Nápoles
Mar
5 unido e feliz [...]. Ele acarinhava e estimulava todos aque- Mediterrâneo REINO
Tirreno
les que se distinguiam nas artes; protegia os homens de Sardenha
ESTADOS
DE NÁPOLES

letras [...]. Lourenço admirava sobretudo a música, a DA IGREJA

arquitetura e a poesia. 0 230 km

Maquiavel (adaptado)
Doc. 2 A Itália no século xv.

1.1 Transcreve um excerto do documento 1 que mostre o classicismo na nova mentalidade


renascentista.

u1p20h1
«… A cidade, quando estava em paz, vivia sempre em festa, com torneios e cortejos onde se representava

a História da Antiguidade.»

1.2 Relaciona a vida de Lourenço de Médicis com a sua mentalidade antropocêntrica.

Lourenço de Médicis valorizava a vida e o indivíduo, o que mostra como o Homem estava no centro das suas

preocupações.

1.3 Refere o nome do apoio dado a artistas e homens de letras feito por Lourenço
de Médicis.

Mecenato.

1.4 Explica, a partir dos documentos 1 e 2, três das razões que fizeram da Itália o «berço»
do Renascimento.

A Itália estava dividida em repúblicas, prósperas devido à intensa atividade comercial, como Veneza, Génova ou

Florença (Doc. 2); os seus governantes investiam no apoio à cultura (Doc. 1); em Itália localizavam-se abundantes

vestígios do Império Romano, que se tornaram verdadeiros modelos da nova arquitetura e escultura.

1.5 Coloca V (verdadeiro) ou F (falso) nas seguintes afirmações sobre o Renascimento.

A. O Homem do Renascimento possui uma mentalidade teocêntrica. F

B. O Homem do Renascimento é individualista, preocupando-se consigo próprio. V

C. O Homem do Renascimento despreza a educação, a cultura e a arte. F

D. O Homem do Renascimento valoriza o espírito religioso e os dogmas. F

E. No Renascimento, o conhecimento da Natureza vem da observação e da


V
experiência.
F. O Homem do Renascimento valoriza a cultura clássica grega e romana. V

G. O Homem do Renascimento utiliza o seu espírito crítico. V

18
TEMA 1 EXPANSÃO E MUDANÇA NOS SÉCULOS XV E XVI

2 O
 humanismo é a expressão literária do Renascimento cujos homens de letras, através das
suas obras e respetivos mecenas, nos mostram a nova mentalidade.

2.1 Faz corresponder cada elemento da coluna A a um único elemento da coluna B.

Coluna A Coluna B

a) Autor de Esmeraldo de Situ Orbis, em 1. Ludovico Sforza a) 5


que descreve lugares, povos e costumes
2. Nicolau Maquiavel
b) Vulto da literatura espanhola, autor de b) 7
D. Quixote de la Mancha 3. Erasmo de Roterdão
c) 3
c) Humanista holandês, autor de O Elogio 4. Thomas More
da Loucura
5. Duarte Pacheco Pereira d) 6
d) Vulto da literatura renascentista
portuguesa, autor de Os Lusíadas 6. Luís de Camões e) 4

e) Humanista inglês, autor de Utopia 7. Miguel de Cervantes


f) 1
f) Grande mecenas de Milão
8. D. João III
g) Humanista italiano, autor de O Príncipe g) 2
9. Shakespeare
h) Vulto da literatura humanista inglesa e
10. Lourenço de Médicis h) 9
autor de Romeu e Julieta

2.2 Constrói as perguntas corretas para as seguintes respostas.

Perguntas Respostas

A. A quem se atribui a invenção da imprensa? Foi ao alemão Johannes Gutenberg.

Tornou mais fácil e mais barata a edição de livros,


B. Quais foram as vantagens da invenção da
imprensa? favorecendo o desenvolvimento cultural.

Através da troca de correspondência entre os


C. Refere outra forma de difusão das ideias
humanistas pela Europa. grandes nomes do humanismo europeu.

3 Lê os documentos.

Doc. 3 Doc. 4

A teoria de Ptolomeu A teoria de Copérnico


Se a Terra se movesse do lugar que ocupa, Depois de longas investigações, convenci-
ela própria cairia para o centro do mundo, e por -me, enfim, de que o Sol é uma estrela fixa,
ser de grande massa, o faria mais depressa do rodeada de planetas à sua volta e dos quais ele
que os corpos à superfície, deixando-os a é o centro. A Terra é um planeta principal
5 flutuar. Ora isso nunca se viu! A Terra está 5 sujeito a um tríplice movimento […] em que o
imóvel! movimento aparente das estrelas é uma ilusão.
Ptolomeu, Almagesto, século ii (adaptado) Copérnico, Da Revolução das Esferas Celestes,
século xvi (adaptado)

3.1 Compara as duas opiniões presentes nos documentos 3 e 4, sobre o Universo.

Enquanto Ptolomeu defende a ideia de que a Terra está imóvel no centro do Universo, Copérnico julga que essa

posição é ocupada pelo Sol, à volta do qual se movimentam vários planetas, como a Terra.

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19
Ficha 8 Unidade 2  RENASCIMENTO, reforma e
contrarreforma Páginas 60-67 do manual

A arte do Renascimento

1 Preenche
 o esquema das fases da arte no Renascimento.

A arte do Renascimento

SÉCULO XV FASES SÉCULO XVI

Designação: ARTES MAIORES Designação:

Quattrocento Cinquecento

Arquitetura

Local de desenvolvimento: Escultura Local de desenvolvimento:

Florença Pintura Roma

2 Observa
 os seguintes documentos.

u1p22h1

Doc. 2 Donatello, Monumento a Gattamelata,


Doc. 1 Capela dos Pazzi, Florença, 1429-1470. 1444-1453, em bronze, Pádua.

2.1 Refere o nome do arquiteto responsável pela obra representada no documento 1.

O arquiteto responsável foi Brunelleschi.

2.2 Refere o tema da escultura renascentista a que pertence a estátua do documento 2.

O documento 2 representa uma escultura equestre.

2.3 Explica, com base nos documentos 1 e 2, três características classicistas da arquitetura
e da escultura do Renascimento, preenchendo o quadro em baixo.

Classicismo na arquitetura Classicismo na escultura


do Renascimento do Renascimento
Simetria e equilíbrio geométrico na distribuição
Temáticas individualistas;
dos volumes;

Horizontalidade das linhas; Representação fiel e naturalista dos indivíduos;

Arco de volta perfeita, abóbada de berço, cúpula,


Ilusão de movimento.
friso, cornija, colunas e capitéis clássicos.

20
TEMA 1 EXPANSÃO E MUDANÇA NOS SÉCULOS XV E XVI

3 Observa o seguinte conjunto documental de pintura do Renascimento.

Doc. 4 Perugino, Retrato de Doc. 5 L. da Vinci, A Virgem


Doc. 3 Sandro Botticelli, Francesco delle com o Menino e
Nascimento de Vénus, Opere, óleo sobre Santa Ana, óleo sobre
têmpera sobre tela, 1483. tela, 1494. madeira, 1502-1516.

3.1 Enumera as três temáticas da pintura renascentista evidenciadas no documento 3.

Estão presentes a temática mitológica da Antiguidade, a representação da Natureza e o nu humano.

3.2 Relaciona a temática do retrato (Doc. 4) com os novos valores do Homem renascentista.

A vaidade dos grandes senhores levava-os a encomendarem os seus retratos, de acordo com o individualismo da

nova mentalidade.

3.3 Descreve a forma da composição do quadro do documento 5, usada por Da Vinci.

A composição central da obra desenvolve-se num esquema geométrico em pirâmide.

3.4 Explica o menor brilho e expressividade do documento 3 em comparação com os outros.

As obras dos Docs. 4 e 5 utilizam a tinta a óleo que permite maior brilho, expressividade e realismo.

3.5 Explica três técnicas usadas e que conferem aos três quadros a ilusão de profundidade.

Uso da perspetiva linear com objetos mais pequenos de acordo com a distância; uso do sfumato com o esbatimento

da cor e dos objetos mais distantes; uso dos jogos de luz e sombra para dar volume às figuras.

4 Completa o texto com as palavras corretas retiradas da chave.

CHAVE: 

atividade
Manuelino claustro religiosos Românico esfera armilar
agrícola

bandeira atividade
naturalistas Joanino gótico altar
nacional marítima

claustro
Em Portugal são poucos os exemplos da arquitetura renascentista. Um deles é o
do Convento de Cristo, em Tomar. Isso ficou a dever-se à persistência do estilo gótico
renovado com novos elementos decorativos, originando uma arte original conhecida por
Manuelino . Dessa decoração realça-se os motivos naturalistas como algas, folhas
e conchas; motivos ligados à atividade marítima , como redes e cordas e, ainda, símbolos
nacionais, como a cruz de Cristo, o escudo real e a esfera armilar .
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21
Ficha 9 Unidade 2  RENASCIMENTO, reforma e
contrarreforma Páginas 68-71 do manual

A crítica à Igreja e a Reforma Protestante

1 Lê
 o seguinte texto com atenção.

Doc. 1

O alto clero segundo um humanista


Eis os soberanos Pontífices, os cardeais e os 10 homens? […] A tantas riquezas, honras, poder,
bispos. Hoje, […] estes pastores das almas […] vitória, cargos, impostos, graças, indulgências,
deixam o cuidado do rebanho ao próprio Cristo. cavalos, guardas e vícios de toda a espécie, veriam
Esquecem que o seu nome de bispo significa labor, suceder as vigílias, os jejuns, as lágrimas e as ora-
5 vigilância. Estas qualidades servem-lhes para dei- ções […]. Aquele que empenhou todos os seus
tar a mão ao dinheiro. Se os Soberanos Pontífices, 15 recursos para adquirir esse cargo não terá de o

que estão no lugar de Cristo, se esforçassem por defender pelo ferro, o veneno e a violência?
imitá-lo na sua pobreza, na sua cruz e no seu des- Erasmo de Roterdão, Elogio da Loucura (adaptado)
prezo pela vida, não seriam os mais infelizes dos

1.1 Refere a característica da nova mentalidade renascentista expressa no texto de Erasmo.

É o espírito crítico.

1.2 Associa cada um dos excertos do documento 1, indicados na Coluna A, à única crítica
que lhe corresponde feita à Igreja e aos seus membros, identificada na Coluna B.

Coluna A Coluna B

a) «Estes pastores das almas […] deixam o 1. V


 ida de luxo e
a) 5
cuidado do rebanho ao próprio Cristo.» ostentação

b) «Estas qualidades servem-lhes para 2. Intolerância e violência


b) 3
deitar a mão ao dinheiro.» sobre os críticos

c) «Se os Soberanos Pontífices, que estão


3. A
 cumulação de
no lugar de Cristo, se esforçassem por c) 4
grandes fortunas
imitá-lo…»
d) «Riquezas, honras, poder, vitória, cargos, 4. Afastamento do
d) 1
impostos, graças, indulgências, cavalos.» exemplo de Cristo
e) «Empenhou todos os seus recursos para 5. F
 alta de apoio
e) 6
adquirir esse cargo.» espiritual aos crentes

f) «Terá de defender (o cargo) pelo ferro, o 6. Compra de cargos


f) 2
veneno e a violência.» religiosos

1.3 Explica por que razão as práticas do clero (Doc. 2) criticadas por Erasmo levaram
Martinho Lutero, em 1517, a publicar as 95 Teses Contra as Indulgências.

Uma dessas práticas era a venda de Doc. 2 


A venda de
indulgências (perdão de pecados em troca
indulgências.
de dinheiro para o Papa). Lutero opôs-se,

negando a compra do perdão com dinheiro

e pondo em causa a autoridade do Papa.

22
TEMA 1 EXPANSÃO E MUDANÇA NOS SÉCULOS XV E XVI

2 Lê
 e observa as imagens.

Doc. 3 Martinho Lutero Doc. 4 João Calvino Doc. 5 Henrique VIII

2.1 Completa o esquema com as expressões sobre a Reforma protestante no século xvi,
os seus responsáveis e os locais de surgimento (na chave).

CHAVE: 

Martinho Lutero Calvinismo Inglaterra Henrique Viii

Luteranismo Alemanha João Calvino Anglicanismo Suíça

Martinho Lutero Luteranismo Alemanha


Reforma
João Calvino Calvinismo Suíça
protestante
Henrique Viii Anglicanismo Inglaterra

2.2 Atribui corretamente a católicos e protestantes (com um X) os princípios e as práticas


religiosas da tabela.

Princípios e práticas religiosas Católicos Protestantes

Todos os crentes podem anunciar a mensagem cristã X

Só dois sacramentos aceites: Batismo e Eucaristia X

A Bíblia só pode ser lida em latim e pelo clero X

Manutenção do culto em latim, dirigido por um padre X

Grande circulação da Bíblia, graças à imprensa X

As fontes de Fé são a Bíblia e a tradição da Igreja X

Recusa da autoridade do Papa X

Culto realizado em igrejas sem imagens de santos X

2.3 Explica as causas das guerras religiosas na Europa, sobretudo da Guerra dos Trinta Anos.

A proteção que os diferentes príncipes e reis deram ao catolicismo e ao protestantismo, bem como o clima

generalizado de intolerância, levaram a guerras religiosas. A Guerra dos Trinta Anos foi o conflito mais importante.

2.4 Refere o aspeto original da doutrina de João Calvino no que se refere à salvação das almas.

A predestinação.

Terminei a ficha em / / .

23
Ficha 10 Unidade 2  RENASCIMENTO, reforma e
contrarreforma Páginas 72-75 do manual

A reação da Igreja Católica

1 Lê
 e observa os documentos.

Doc. 1

Reafirmação dos dogmas católicos


O Concílio recebe e venera com igual afeição e reverência […] todos os
livros da Bíblia e as tradições […] preservadas pela Igreja Católica ao longo
da sua história.
Ninguém tenha […] a audácia de interpretar a Bíblia com um sentido
5 diferente daquele que lhe dá a Santa Madre Igreja, à qual exclusivamente

compete apreciar esse sentido. […]


Se alguém negar que os sacramentos foram instituídos por Nosso Senhor
Jesus Cristo e acreditar em mais ou em menos do que sete – batismo,
confirmação, eucaristia, penitência, unção, ordem e matrimónio – ou disser
10 que algum deles não é verdadeiro, que seja considerado herético. […]

Resoluções do Concílio de Trento, século xvi (adaptado)


Doc. 2 Inácio de Loyola

1.1 Sublinha a única opção que corresponde à designação dada à reação católica
de combate ao protestantismo.

A. Reforma Católica B. Contrarreforma Católica C. Reforma Protestante

1.2 Refere os três dogmas reafirmados pela Igreja Católica presentes no documento 1.

Reconhecimento da tradição, a par da Bíblia, como autoridade em questões de fé; direito exclusivo da Igreja

(do clero) de interpretar a Bíblia; manutenção dos sete sacramentos.

1.3 Explica o termo «herético» atribuído pelos católicos aos defensores do protestantismo.

Eram considerados heréticos todos os que pusessem em causa os dogmas católicos tradicionais, o que era o caso

dos seguidores do protestantismo.

1.4 Explica a importância que teve a ordem religiosa fundada por Inácio de Loyola.

A Companhia de Jesus, fundada por Inácio de Loyola, apoiou o Papa no combate ao protestantismo, tanto por

meio de missões como de numerosas instituições de ensino na Europa e, mais tarde, na América.

1.5 Identifica as cinco palavras erradas do texto. Sublinha-as e corrige-as na tabela da direita.

Linha Onde se lê… Deve ler-se…


Para além do combate às doutrinas
muçulmanas, o Concílio de Trento preo- 2 muçulmanas protestantes
cupou-se em promover a disciplina do clero,
4 desaparece permanece
cuja importância desaparece na relação
5 entre Deus e os fiéis. 7 termina mantém-se
O papa continua a ser o chefe da Igreja 8 extintas mantidas
Católica e termina a obrigação do celibato.
Por outro lado, são extintas as ordens 12 nobreza clero
religiosas e são criados seminários para
10 melhor preparação do clero. Introduzem-se
regras para moralizar o comportamento da
nobreza.

24
TEMA 1 EXPANSÃO E MUDANÇA NOS SÉCULOS XV E XVI

2 Lê
 e observa os documentos.

Doc. 3

Uma sentença do Tribunal


do Santo Ofício (Inquisição)
Porque se mostra que, sendo cristão batizado e
obrigado a crer em tudo o que ensina a Santa Madre
Igreja de Roma, ele, no ano de 1531, indo da Dina-
marca para a Polónia, passou pela Universidade de
5 Vitemberga, na Alemanha, onde então residia o

maldito Martinho Lutero, herético famoso. E com


ele falou, comeu e bebeu, […] indo uma vez ouvir
como pregava a sua perversa doutrina e depois
escrevendo cartas a ele e recebendo respostas suas.
10 E já anteriormente na Flandres, seguindo o erro da

maldita seita luterana, dissera que as indulgências


do Papa não serviam para nada. E porém, visto que
ele, usando do melhor conselho, confessou suas
culpas e pediu perdão e misericórdia, como sinal de Doc. 4 Auto de fé no Terreiro do Paço
15 arrependimento, o condenam a prisão perpétua […]
(Lisboa).
e das demais penas públicas o relevam.
Sentença de Damião de Góis, 1572 (adaptado)

2.1 Refere duas das acusações feitas pela Inquisição contra Damião de Góis, presentes
no texto.

Damião de Góis é acusado de ter encontrado Lutero e de concordar com a opinião dele sobre as indulgências.

2.2 Explica, a partir do documento 4, dois efeitos da Contrarreforma em Portugal.

Estabelecimento da Inquisição para combater a heresia religiosa através da denúncia, prisão, tortura, confisco de

bens e execuções dos condenados em autos de fé (Doc. 4); censura de todas as obras literárias e científicas e uma

lista de livros proibidos (Índex).

3 Preenche o seguinte cruzadismo.

1. Tribunal da Igreja empenhado no combate 5


ao protestantismo. C 6
2. Membros da Companhia de Jesus, ordem religiosa
O S
criada para propagação do catolicismo.
4 N E 7
3. Verdades religiosas consideradas indiscutíveis,
independentemente da sua racionalidade. I C M T
4. Lista de livros que, pelo seu conteúdo, eram 1 I N Q U I S I Ç Ã O
proibidos pela Igreja Católica. D L N R
5. Reunião de bispos católicos para discussão 2 J E S U I T A S T
de questões teológicas. O de Trento desenrolou-se X O R U
entre 1545 e 1563. I R
6. Instituição criada para preparação dos membros
3 D O G M A S
do clero católico.
7. Processo utilizado no interrogatório dos perseguidos
pelo Santo Ofício.

Terminei a ficha em / / .

25
Síntese dos conteúdos
TEMA 1 — Expansão e mudança nos séculos xv e xvi 

1 Lê
 atentamente o texto, risca as palavras destacadas que estão erradas e transcreve
as corretas para a coluna da direita.

PALAVRAS CORRETAS
Tal como o resto da Europa/Ásia, no início do século Europa
xiv/xv, Portugal estava a recuperar da crise do século anterior. xv
No sentido de aceder às rotas comerciais/máquinas rotas comerciais
agrícolas, o País lançou-se num processo de expansão/crise, do expansão
5 qual foi atrasado/pioneiro. pioneiro
Para tal acontecer, conjugaram-se várias condições. No que
respeita à sociedade/política: sociedade
a) o clero/a nobreza pretendia expandir a fé cristã; o clero
b) o clero/a nobreza pretendia alcançar mérito por meio de a nobreza
10 combates com o inimigo;
c) o rei/o povo pretendia encontrar forma de melhorar as suas o povo
condições de vida e a burguesia estava interessada em alargar a
sua atividade científica/comercial. comercial
Quanto às razões geográficas/políticas, a nova dinastia, com políticas
15 D. João I/Manuel I, tinha necessidade de se afirmar perante as D. João I
monarquias da restante Europa.
A localização geográfica/religiosa também era uma vanta- geográfica
gem, dado que a extensa/reduzida linha de costa de Portugal extensa
resultava na existência de vários portos marítimos.
20 Este facto facilitava as partidas e chegadas de pessoas e bens
e justificava a existência de marinheiros/padres já experientes do marinheiros
ponto de vista da navegação e utilização de instrumentos de
orientação.

Caravela portuguesa e carta náutica (séculos xv e xvi).

26
2 Estabelece
 a correspondência correta entre os elementos das duas colunas.

Coluna A Coluna B

a) Conquista de Ceuta 1415 1. Norte de África a) 1

b) Redescoberta da Madeira 1419 2. D. Afonso V b) 6

c) Redescoberta dos Açores 1427 3. Pedro Álvares Cabral c) 4

d) Passagem do cabo Bojador 1434 4. Diogo de Silves d) 14

5. Última viagem sob


e) Conquista de Alcácer-Ceguer 1458 o comando do Infante e) 2
D. Henrique
6. Infante D. Henrique,
f) Chegada à Serra Leoa 1460 João Gonçalves Zarco f) 5
e Tristão Vaz Teixeira
g) Arrendamento da costa 10
1469 7. Vasco da Gama g)
ocidental africana

h) Conquista de Arzila e Tânger 1471 8. D. Afonso V h) 8

i) Passagem do cabo das Tormentas 1488 9. Bartolomeu Dias i) 9

j) Descoberta da América 1492 10. Fernão Gomes j) 13

k) Tratado de Tordesilhas 1494 11. Espanha e Portugal k) 11

12. Início do reinado


l) Morte de D. João II 1495 l) 12
de D. Manuel I

m) Chegada a Calecute (Índia) 1498 13. Cristóvão Colombo m) 7

n) Chegada ao Brasil 1500 14. Gil Eanes n) 3

3 L
 ê atentamente as afirmações abaixo apresentadas e assinala-as com O (Oriente), A (África),
B (Brasil) e AR (Arquipélagos da Madeira e Açores).

A. Após a redescoberta, foi feita a colonização e a divisão das ilhas em capitanias.


AR
B. Floresceu a produção de cereais, plantas tintureiras, gado, vinho e açúcar.
AR
C. Implementou-se o tráfico de escravos e foram estabelecidas feitorias.
A
D. Existiam várias civilizações com tradições muito enraizadas.
O
E. Foram nomeados vice-reis que se concentraram em dominar o comércio
O
no Índico e em construir fortalezas em lugares estratégicos.

F. Foi feita a colonização e o sistema de exploração passou de capitanias


B
a um governo-geral.

G. Criou-se uma cultura indo-portuguesa.


O
H. Desenvolveram-se grandes plantações e engenhos onde trabalhavam
B
escravos africanos.

27
Síntese dos conteúdos
4 Assinala
 com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações. Corrige as afirmações
falsas.

A. A corrupção dos funcionários e os ataques de piratas e corsários foram fatores V


que contribuíram para a decadência do Império Português no Oriente.
B. Espanha tornou-se um país muito poderoso na segunda metade do século xvii. F

C. D. Sebastião morreu na batalha de Alcácer-Quibir em 1500. F

D. Em 1580, Filipe II era o candidato mais fraco à Coroa portuguesa. F

E. Quando se tornou rei, Filipe II prometeu uma monarquia dual. V

F. No fim do século xvi, Espanha perdeu a supremacia para a Holanda e Inglaterra. V

G. A Restauração da independência portuguesa aconteceu em 1640, principalmente V


porque as promessas de Filipe II não foram cumpridas
pelos seus sucessores.

Correções:

B.  Espanha tornou-se um país muito poderoso na segunda metade do século XVI.

C.  D. Sebastião morreu na batalha de Alcácer-Quibir em 1578.

D.  Em 1580, Filipe II era o candidato mais forte à Coroa portuguesa.

5 Completa
 o texto corretamente, recorrendo às palavras da chave.

CHAVE: 
vestígios greco-romanos XV rivalidade Renascimento humanismo
       

recuperação teocentrismo Manuelino individualismo científico


       

antropocentrismo estudo integral sfumato perspetiva


     

horizontalidade romanas arquitetura escultura


     

O Renascimento foi um movimento cultural, iniciado em Itália, a partir do século xv, que teve
como principal característica a recuperação dos valores e modelos da Antiguidade clássica
greco-latina. O pioneirismo italiano neste processo de mudança cultural explica-se pela
conjugação de diversos fatores como: a prosperidade comercial que tinha enriquecido
muitas famílias; a presença de diversos vestígios greco-romanos ; a presença de muitos sábios
gregos; e a rivalidade entre as várias cidades. Este movimento veio contrariar o teocentrismo
medieval e foi construído através da conjugação e relacionação de várias características, tais
como: o individualismo , que defendia a liberdade e a valorização do indivíduo; o antropocentrismo ,
que colocava o Homem no centro de todas as preocupações; o espírito crítico, que permitia
a crítica aos vários aspetos dos quais se discordava; o humanismo , que defendia o estudo
integral do Homem, a recuperação das línguas antigas e a curiosidade científica,
nomeadamente sobre a Natureza.

28
Como áreas de intervenção deste movimento cultural e artístico podemos considerar:
a pintura, em que são de salientar características como o sfumato , que permitia dar maior
naturalidade às obras, pois atenuava as transições entre o claro e o escuro; a perspetiva ,
que permitia observar a terceira dimensão na obra de arte; a escultura , em que se destaca
o realismo e a harmonia atribuída à obra de arte; a arquitetura , em que se pode
evidenciar a horizontalidade e o equilíbrio geométrico dos edifícios, através de inserção de
técnicas de construção romanas ; a literatura, em que se destacam obras de caráter
científico e de crítica social e política. Noutras partes da Europa, este movimento também
se manifestou, com algumas variações e adaptações nacionais. No que respeita à arquitetura,
no caso português, surgiu o Manuelino , que se caracterizou pela introdução de uma
decoração à base de elementos marítimos e de elementos emblemáticos do reino.
Entre as personalidades relevantes deste movimento, podem destacar-se Leonardo da Vinci,
Erasmo, Thomas More, Maquiavel; Petrarca, Luís de Camões, Miguel Ângelo, entre outros.

6 Preenche a tabela com as palavras e expressões abaixo apresentadas.

CHAVE: 
Calvinismo Conflitos entre o Papa e os reis

Problemas no comportamento do clero Criação de seminários


   

Indulgências Predestinação Reforço da Inquisição


   

Guerras religiosas Luteranismo A Bíblia é a autoridade em questões de fé


   

Defesa de dois sacramentos Anglicanismo


   

Fundação da Companhia de Jesus Reafirmação dos dogmas


Crise na Igreja Católica Reforma Protestante Contrarreforma Católica


• Indulgências • Anglicanismo • Reafirmação dos dogmas
• Problemas no comportamento do • Defesa de dois sacramentos • Fundação da Companhia de Jesus
clero • A Bíblia é a única autoridade em • Guerras religiosas
• Conflitos entre o Papa e os reis questões de fé • Reforço da Inquisição
• Luteranismo • Criação de seminários
• Predestinação
• Calvinismo

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29
Ficha 11 Unidade 3  O ANTIGO REGIME europeu —
regra e exceção Páginas 86-91 do manual

O Antigo Regime: política, sociedade e economia

1 Lê
 o documento.

Doc. 1

Uma visão da sociedade de Antigo Regime


Não podemos viver todos na mesma condição. dividido em várias categorias. No conjunto da
É necessário que uns comandem e os outros obe- sociedade, uns dedicam-se especialmente ao ser-
deçam. Os que comandam têm várias categorias 10 viço de Deus, outros a defender o Estado pelas

ou graus: os soberanos mandam em todos os do armas, outros a alimentá-lo e mantê-lo pelo exercí-
5 seu reino, transmitindo o seu comando aos gran- cio da paz.
des, os grandes aos pequenos e estes ao povo. E o Charles Loyseau, Tratado das Ordens e das Dignidades,
povo, que obedece a todos eles, está, por sua vez, 1610-1613 (adaptado)

1.1 Completa o quadro com frases do texto referentes aos três grupos sociais do Antigo
Regime.

Clero Nobreza Terceiro Estado


«… uns dedicam-se especialmente «... outros a defender o Estado «… outros a alimentá-lo e
ao serviço de Deus…» pelas armas…» mantê-lo…»

1.2 Associa cada uma das frases indicadas na Coluna A ao grupo social do Antigo Regime
que lhe corresponde, identificado na Coluna B.

Coluna A Coluna B

a) Grupo não privilegiado mas com grande poder 1. Nobreza de


a) 4
económico e que pagava impostos toga
b) Exerciam os mais altos cargos na administração e 2. Terceiro
b) 3
no exército Estado
c) Viviam junto do Rei, rodeados de luxo e opulência 3. Nobreza de c) 5
espada
d) Ordem privilegiada, com funções religiosas e que
d) 6
cobrava o dízimo
4. Burguesia
e) Designação dada à grande maioria da sociedade
e) 2
por não ter privilégios 5. Nobreza de
Corte
f) Magistrados e funcionários superiores, muitas
f) 1
vezes de origem burguesa 6. Clero

2 Observa
 o documento.

2.1 Identifica:

a) a personagem representada na imagem. Luís XIV

b) o sistema político por si imposto em França. Absolutismo

2.2 Refere três das características desse sistema político.

A assembleia representativa do reino deixa de ser convocada, o rei controla

todos os poderes e todos os grupos sociais são submetidos à vontade real.


Doc. 2 Luís XIV.

30
TEMA 2 O CONTEXTO EUROPEU NOS SÉCULOS xvii E xviii

2.3 Explica a teoria da origem divina do poder real (Doc. 2).

O Rei recebia o seu poder de Deus para governar os homens, só sendo responsável perante Deus.

3 Lê e observa os documentos.

Doc. 3

Convém ver em detalhe a que estava reduzido Para lá das vantagens que traria a entrada de uma
o comércio quando Sua Majestade [Luís XIV] maior quantidade de moedas no Reino, é certo que
começou a reinar […]. A manufatura de panos e 15 pelas manufaturas, um milhão de pessoas que

outros tecidos, as indústrias do papel, as quinqui- definham na ociosidade poderia vir a ganhar a
5 lharias, as sedas, os sabões e as outras manufaturas vida; que um número de pessoas igualmente
estão completamente arruinadas. Os Holandeses considerável ganharia a vida na navegação e nos
prejudicaram-nas, trazendo essas mesmas merca- portos marítimos; que […] a multiplicação dos
dorias para levarem, de nós, em troca, os produtos 20 barcos […] multiplicaria, do mesmo modo,

necessários ao seu consumo […]. a grandeza e o poderio do Reino.


10 Creio que facilmente se está de acordo sobre o Colbert, Relação ao Conselho de Comércio de França,
princípio de que apenas a abundância de dinheiro 1664 (adaptado)
aumenta a grandeza e o poderio de um Estado […].

3.1 Refere a opinião do autor do documento 3 sobre o estado da economia francesa no


início da segunda metade do século xvii.

Várias áreas de produção manufatureira francesa estavam arruinadas devido à concorrência dos produtos

estrangeiros trazidos pelos comerciantes holandeses; a balança comercial estava desequilibrada, com excesso de

gastos com importações e poucas receitas com exportações de produtos franceses.

3.2 Refere, segundo Colbert, a forma de garantir «a grandeza e o poderio de um Estado».

Para Colbert, a grandeza e o poderio de um Estado dependem da «abundância de metais preciosos».

3.3 Sublinha a única opção que corresponde à designação da política económica defendida
pelo autor do documento 3.

A. Capitalismo B. Absolutismo C. Mercantilismo

3.4 Explica, de acordo com Colbert, três das vantagens do desenvolvimento das
manufaturas, além de permitirem «a entrada de uma maior quantidade de moedas».

Segundo Colbert, a criação de manufaturas permitia reduzir o desemprego, desenvolver o comércio marítimo e

fomentar a construção naval.

3.5 Relaciona a importância de práticas económicas


protecionistas para a obtenção de uma balança
comercial favorável, como a do documento 4.

Para obter uma balança comercial favorável é necessário que as


Importações
exportações sejam superiores às importações. Para diminuir as

importações de produtos estrangeiros, estes passaram a ser Exportações


fortemente taxados nas alfândegas, tornando-os mais caros do

que os produtos nacionais, que assim ficavam protegidos.


Doc. 4 Uma balança comercial favorável.

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31
u1p33h1
Ficha 12 Unidade 3  O ANTIGO REGIME europeu —
regra e exceção Páginas 92-95 do manual

A arte e a cultura no Antigo Regime

1 Analisa
 o seguinte conjunto documental.

Doc. 1 Igreja dos Clérigos, Doc. 2 Igreja de Santa Clara, Doc. 3 Azulejo de parede
Porto. Porto. (Lisboa).

Doc. 4 A Vocação de São Mateus, de


Caravaggio, 1599. Doc. 5 O Rapto de Perséfone, de Rubens, 1638.

1.1 Explica, a partir dos documentos 1 e 2, a relação entre a arte barroca e a Contrarreforma.

A Igreja Católica serviu-se do dramatismo e da exuberância do Barroco para construir igrejas (Doc. 1) de forma a

emocionar e atrair os crentes através dos sentidos (Doc. 2), desta forma combatendo o protestantismo.

1.2 Indica três das características da arquitetura barroca presentes no documento 1.

A imagem do documento 1 mostra a presença de elementos clássicos como a simetria, as colunas, as balaustradas

e os frisos; possui linhas curvas que lhe dão ilusão de movimento e uma intensa decoração de todos os espaços.

1.3 Seleciona as duas imagens que mostram a originalidade do Barroco em Portugal.

A talha dourada no documento 2 e o azulejo no documento 3.

1.4 Coloca V (verdadeiro) ou F (falso) nas seguintes afirmações sobre a pintura do Barroco.

A. A pintura barroca caracteriza-se pela serenidade e pelo racionalismo renascentistas. F

B. Os artistas do Barroco valorizavam cenas movimentadas e dramáticas. V

C. A pintura barroca tem por intencionalidade fascinar o observador. V

D. As pinturas dos documentos 4 e 5 são exemplos de temáticas mitológicas. F

E. As cores escuras próprias da pintura barroca acentuam o dramatismo das cenas. V

F. A arquitetura barroca nasceu em França e difundiu-se nos países protestantes. F

G. Caravaggio, Rubens e Velázquez são os maiores exemplos da pintura barroca. V

32
TEMA 2 O CONTEXTO EUROPEU NOS SÉCULOS xvii E xviii

2 Lê
 o texto e a tabela.

Doc. 6
Progressos científicos dos
séculos xvii e xviii
O método científico
Denis Papin formula a teoria da
O Homem, intérprete da Natureza, estende os 1679
energia a vapor
seus conhecimentos na medida em que descobre
a ordem natural das coisas, seja pela observação, 1714 Fahrenheit inventa o termómetro
seja pela reflexão […]. As experiências e as
5 observações até aqui reunidas não […] têm for-
Watson realiza a transmissão de
1747
necido informações seguras. […] eletricidade por fio isolado
É preciso seguir um outro método. […] Lavoisier descobre o oxigénio na
1777
Quando a experiência se fizer com um método composição do ar
seguro e fixo, gradualmente, passo a passo, será
10 então que verdadeiramente poderemos esperar
Lavoisier realiza a análise da água;
1783
fazer descobertas úteis. Herschel aperfeiçoa o telescópio
Francis Bacon, Novum Organum (adaptado)

2.1 Explica, segundo Bacon, a importância para os cientistas de seguirem um método


de investigação.

De acordo com Bacon, só com a existência de um método científico é possível obter informações e fazer

descobertas sobre a Natureza, aumentando o conhecimento.

2.2 Descreve, a partir do documento 6, as várias fases do método científico.

Observação dos fenómenos, definição de um problema, formulação de uma hipótese e sua verificação por meio da

experimentação.

2.3 Indica, com base na tabela, as áreas em que o desenvolvimento científico foi maior.

Física, Química e Astronomia.

2.4 Seleciona a única opção que corresponde à designação dos progressos científicos
ocorridos nos séculos xvii e xviii.

A. «Revolução científica»

B. «Revolução experimental»

C. «Revolução artística»

2.5 Procura informação sobre os contributos dos seguintes cientistas e completa a tabela.

— Realizou importantes avanços científicos nos domínios da álgebra e da geometria


analítica;
René Descartes — Elaborou o princípio da dúvida metódica segundo o qual devemos confiar na Razão,
desconfiando da informação adquirida através dos sentidos.
— Com base em cálculos matemáticos, elaborou a teoria da gravitação universal dos
corpos;
Isaac Newton
— Formulou a teoria da ação-reação (terceira lei de Newton).

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33
Ficha 13 Unidade 3  O ANTIGO REGIME europeu —
regra e exceção Páginas 96-99 do manual

A afirmação política e económica da Holanda


e da Inglaterra, nos séculos xvii e xviii

1 Lê o documento.

Doc. 1 1.1 Refere, com base no


documento, a razão da
A Holanda prosperidade holandesa no
Entendo pela palavra república um Estado no qual uma século xvii.
assembleia soberana tem todo o poder para estabelecer as leis e
A prosperidade holandesa baseava-se
fazer-se obedecer. […] Na Holanda, muitos vivem do comércio,
das manufaturas, da pesca e da navegação. Pode pois pensar-se no «comércio, nas manufaturas, na

5 que os magistrados procurem defender os meios favoráveis ao

comércio, que são a liberdade de religião, os direitos da burgue- pesca, na navegação», na liberdade
sia e das companhias de comércio e a manutenção da paz.
Johan de Witt, Memórias (1625-1672) (adaptado) de religião, no respeito pelos direitos

dos habitantes e na paz.

1.2 Explica duas das ideias políticas defendidas por Johan de Witt e presentes no documento 1.

De Witt defende um Estado em que exista uma assembleia com o poder de fazer as leis (parlamento) e que o

Estado proteja as atividades económicas.

2 O
 bserva e lê os documentos.

Doc. 3

A recusa do absolutismo em Inglaterra


Os Lordes e os Comuns reunidos no Parlamento, represen-
tando a Nação, declaram:
1.º Que o poder de suspender as leis, pela autoridade real, sem
o consentimento do Parlamento, é ilegal. […]
5
4.º Que todo o lançamento de impostos para uso da Coroa, por
parte do poder real, sem o consentimento do Parlamento, é ilegal.
5.º Que manter um exército no Reino em tempo de paz, sem
o consentimento do Parlamento, é ilegal.
Declaração dos Direitos, 1689 (adaptado)
Doc. 2 Execução de Carlos I (1649).

2.1 Explica as razões da execução de Carlos I, rei de Inglaterra, em 1649 (Doc. 2).

Carlos I tentou impor o absolutismo em Inglaterra através de uma guerra sangrenta, o que foi recusado pelos calvinistas

(que combatiam a supremacia do rei sobre a Igreja), pela baixa nobreza e pela burguesia e levou à sua condenação (Doc. 2).

2.2 Identifica, de acordo com a Declaração de Direitos (Doc. 3), o órgão político que passou
a limitar o poder do Rei em Inglaterra.

O Parlamento.

2.3 Refere, com base no documento 3, três dos aspetos que diferenciam o regime político
inglês dos regimes absolutistas.

Existência de uma divisão de poderes, que contraria a concentração do absolutismo: o Rei não podia suspender as

leis, lançar impostos ou manter o exército em tempo de paz sem aprovação do Parlamento.

34
TEMA 2 O CONTEXTO EUROPEU NOS SÉCULOS xvii E xviii

3 Observa
 e lê os documentos.

Doc. 5

A defesa da marinha inglesa


Para o andamento dos navios e estímulo à navega-
ção desta nação, fica estipulado que […] nenhum artigo
ou mercadoria será importado ou exportado das nossas
terras, ilhas ou territórios de Sua Majestade na Ásia,
5 África ou América, em qualquer outro navio, que não

sejam os navios que realmente pertencem ao povo da


Inglaterra, aí construídos e em que o mestre e três em
cada quatro marinheiros, pelo menos, sejam ingleses.
Doc. 4 Armada holandesa na Batalha das Ato de Navegação, 1651, confirmado em 1660 (adaptado)
Dunas contra Espanha (1639).

3.1 Refere, a partir do documento 4, três das características do domínio holandês no século xvii.

Os Holandeses foram intermediários no comércio entre o Norte e o Sul da Europa, com fretes baratos; possuíam

uma frota naval poderosa (Doc. 4) no comércio intercontinental; e tiraram definitivamente a Portugal e Espanha o

controlo das grandes rotas oceânicas.

3.2 Relaciona o Ato de Navegação (Doc. 5) com o estabelecimento do domínio naval inglês
a partir da segunda metade do século xvii e no século xviii.

Ao proibir que o tráfego comercial entre os portos de Inglaterra e suas colónias fosse feito por barcos fretados,

sobretudo holandeses, o Ato de Navegação desenvolveu a construção naval e permitiu à armada inglesa

o controlo dos mares e das rotas de comércio.

3.3 Interpreta a tabela relativa aos depósitos do Banco de


Depósitos no Banco
Amesterdão entre 1610 e 1650.
de Amesterdão, em florins
Conclui-se que entre 1610 e 1650 há um forte crescimento dos
1610 925 562
negócios do Banco de Amesterdão, em resultado do dinamismo do 1620 1 937 521

novo capitalismo económico e financeiro holandês na 1.ª metade do 1630 4 166 159

século xvii. 1640 8 075 358


1650 10 759 355

3.4 Constrói um texto (cerca de 50 palavras) em que utilizes as expressões da chave.

CHAVE: 

Acumulação de capital Holanda Capitalismo comercial e financeiro Burguesia


Lucro Bancos Ações Companhias de comércio Bolsa

Na Holanda surgiu o capitalismo comercial e financeiro, fazendo-se grandes investimentos, como, por exemplo,

em companhias de comércio. O objetivo era o lucro e a burguesia enriquecia com a acumulação de capital que era

investido em novos negócios ou depositado em bancos. A compra de ações era outro dos investimentos lucrativos

e efetuava-se na Bolsa.

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35
Ficha 14 Unidade 3  O ANTIGO REGIME europeu —
regra e exceção Páginas 100-105 do manual

Portugal no século xvii e na primeira metade do século xviii

1 Lê
 e observa os documentos.

Doc. 1 300 000

Em reis
1641
O atraso da agricultura 250 000 1681

portuguesa no século xvii


200 000
O Alentejo, sendo quase tanta terra como o
resto de Portugal, está quase deserto. A razão é 150 000
por estar todo o Alentejo dividido em herdades,
das quais os lavradores não são senhores, mas 100 000
5 apenas arrendatários […]. Quanto maiores são as

herdades, tanto menos se cultivam porque não há 50 000


lavradores com dinheiro para as cultivar e porque
quanto maiores, mais terras ficam em pousio, sem 0
dar fruto, e são causa de faltar o trigo no reino. Lisboa Porto Algarve

Manuel Severim de Faria, 1655 (adaptado) Doc. 2 Receitas alfandegárias de portos


portugueses.

1.1 Refere, com base no documento 1, duas das razões para «faltar trigo no reino».

A falta de trigo devia-se à má distribuição da propriedade da terra no Alentejo e ao seu não aproveitamento, quer
u1p38h1
pelo tamanho das herdades quer pela falta de dinheiro dos donos para as desenvolver.

1.2 Refere outras razões do atraso da agricultura portuguesa no século xvii, preenchendo
o esquema.

Sobrecarga com impostos

Uso de instrumentos rudimentares


Fraca produtividade
Camponeses
agrícola
Uso de técnicas tradicionais

1.3 Explica a evolução verificada nas receitas alfandegárias, presente no documento 2.

O comércio colonial constituía a maior parte do volume do comércio externo português que se encontra em

crescimento na segunda metade do século xvii, graças, sobretudo, ao tráfego com o Brasil.

1.4 Completa o texto com as palavras corretas retiradas do quadro em baixo.

CHAVE: 

Ouro, prata, Trigo, arroz, Exclusivo


Importações Europeus
cobre carne comercial

Produção Exclusivo Balança


Receitas Asiáticos
industrial agrícola Comercial

Açúcar, tabaco Sal, azeite e


Despesas Exportações
e especiarias vinho

 omo todas as potências coloniais, Portugal detinha o exclusivo comercial : eram os


C
mercadores portugueses que transportavam as cargas de açúcar, tabaco e especiarias e outros
produtos, das regiões do Império para os portos portugueses, de onde eram exportados
para outros países europeus . Também se vendiam para a Europa produtos da
metrópole como sal, azeite e vinho . As receitas assim obtidas contribuíam para equilibrar a
balança comercial e adquirir metais preciosos, com os quais se pagavam as importações .
36
TEMA 2 O CONTEXTO EUROPEU NOS SÉCULOS xvii E xviii

2 Observa a cronologia e a figura.

Cronologia da evolução económica (1570-1706)

1670 Início da crise comercial portuguesa


1675 Adoção de medidas mercantilistas pelo conde da Ericeira
1677 Lei Pragmática de D. Pedro II
1699 Primeira remessa de ouro do Brasil chega a Lisboa
1703 Tratado de Methuen com a Inglaterra Doc. 3 Barra de ouro
quintada do reinado
1706 Subida ao trono de D. João V de D. João V.

2.1 Refere duas das razões da crise comercial portuguesa que se iniciou em 1670.

A diminuição do volume de exportações, devido à concorrência internacional, e o agravamento das importações,

sobretudo de alimentos e produtos manufaturados.

2.2 Desenvolve o tema: «Do Mercantilismo ao Governo de D. João V». Deves usar a
informação dos dois documentos e apresentar as ideias dos seguintes tópicos:

— As medidas mercantilistas do Conde da Ericeira (cronologia);


— O Tratado de Methuen e o abandono da política mercantilista (cronologia e Doc. 3).

O mercantilismo foi adotado em Portugal pelo conde da Ericeira com a fundação de manufaturas, a aquisição de

técnicos e máquinas no estrangeiro e a implementação de medidas protecionistas, como as pragmáticas, com o

objetivo de equilibrar a balança comercial; com a chegada de ouro do Brasil, esta preocupação desapareceu,

passando a haver metal precioso para compensar o desequilíbrio comercial; com o Tratado de Methuen,

abandona-se o mercantilismo, entrando de novo os tecidos ingleses em Portugal.

3 P
 reenche o seguinte cruzadismo. 7
1 I M P O R T A Ç Õ E S
1. Prato da balança comercial constituída pelas
E 8
mercadorias compradas por um país
ao estrangeiro. 2 E X P O R T A Ç Õ E S P
2. Prato da balança comercial constituída C R
pelas mercadorias vendidas ao exterior. 3 M A N U F A T U R A S
3. Oficinas de produção artesanal de artigos N G
para consumo e exportação. 4 P R O T E C I O N I S M O
4. Política de apoio à industrialização.
I A
5. As primeiras medidas mercantilistas
L T
em Portugal deveram-se ao conde da…
6. Ministro de Luís XIV, responsável pela 5 E R I C E I R A I
adoção de medidas mercantilistas em França. S C
7. Política económica virada para o equilíbrio M A
da balança comercial de cada Estado através 6 C O L B E R T S
da redução das importações e do incremento
das exportações para aquisição de metais
preciosos.
8. Leis que, em Portugal, proibiam o uso de artigos
de luxo de origem estrangeira.

Terminei a ficha em / / .

37
Ficha 15 Unidade 4  um século de mudanças
— século xviii Páginas 112-119 do manual

O Iluminismo na Europa e em Portugal

1 Observa
 os documentos.

Doc. 1

O novo Homem
Chegará o momento em que o Sol iluminará
sobre a Terra homens livres, não reconhecendo
outro mestre além da Razão [...]. Com conheci-
mentos e métodos de ensino pode instruir-se todo
5 um povo de tudo o que cada homem tem necessi-

dade de saber para conhecer os seus direitos e ser


senhor de si próprio. Doc. 3 Salão de
Condorcet, Esboço de um Quadro Histórico (adaptado) Doc. 2 Capa da madame
Enciclopédia. Geoffrin.

1.1 Refere, com base no documento 1, os valores fundamentais do Iluminismo.

Valorização da liberdade, da Razão, da educação e do otimismo.

1.2 Refere, a partir dos documentos 2 e 3, três dos meios de difusão do pensamento
iluminista na França do século xviii.

Os meios de difusão do pensamento foram: as academias, os jornais, os encontros nos salões da burguesia (Doc. 3)

e a Enciclopédia (Doc. 2).

2 L
 ê os seguintes excertos.

Excerto A
«Quando na mesma pessoa […] o poder legislativo está reunido ao poder executivo, não há
liberdade, porque se pode temer que o mesmo rei ou o mesmo Senado faça leis tirânicas para
as executar tiranicamente.»
5 Excerto B
«O Homem nasce livre e senhor da sua própria vontade e não pode ser governado por
quem quer que seja sem o seu próprio consentimento […].»
Excerto C
«No sistema inglês cada homem é livre, dispondo dos direitos naturais […]: o direito de se
10 exprimir livremente; o direito de ser julgado […] de acordo com a lei; o direito de praticar a
religião que entender.»

2.1 Com base nos excertos, faz corresponder cada um dos textos à respetiva proposta
iluminista de transformação da sociedade e aos seus autores.

Texto Proposta iluminista Autor

1. Separação dos poderes a) Voltaire


A A 1 — e)
2. Valorização da tradição b) Rousseau
B 3. Teoria divina do poder c) Diderot B 4 — b)

4. Contrato social d) D’Alembert


C C 5 — a)
5. Liberdade de pensamento e de religião e) Montesquieu

38
TEMA 2 O CONTEXTO EUROPEU NOS SÉCULOS xvii E xviii

3 O
 bserva os documentos.

Doc. 4 Execução pública dos Távora, acusados Doc. 5 Expulsão de membros da Companhia
de tentativa de assassinato do rei (1759). de Jesus (1759).

3.1 Sublinha a única opção que corresponde à forma de governação adotada pelo Marquês
de Pombal (poder absoluto orientado pela Razão e para o progresso e bem comum).

A. Monarquia feudal B. Despotismo esclarecido C. Monarquia absoluta

3.2 Identifica os cinco erros existentes no texto. Assinala-os e corrige-os na tabela da direita.

Linha Onde se lê… Deve ler-se…


D. José I subiu ao trono em 1750 e nomeou
como ministro Sebastião José Carvalho e Melo, 4 Conde Marquês
a quem deu plenos poderes e concedeu o títu-
6 burguesia nobreza
lo de Conde de Pombal. O governo de Pombal
5 chocou com os interesses das ordens privile- 7 deposição assassinato
giadas, burguesia e clero. A fracassada tentati-
9 real Távora
va de deposição do rei, em 1758, levou Pombal
a acusar a nobreza deste golpe, o que conduziu 11 Franciscanos Jesuítas
à execução de vários membros da família real.
10 Pombal procurou combater a influência dos
Franciscanos, expulsando-os.

3.3 Redige duas perguntas para cada uma das respostas sobre as medidas de Pombal.

Perguntas Respostas
Que medidas mercantilistas foram tomadas Fomentou novas indústrias de manufaturas
por Pombal para resolver o défice da balança (têxteis, vidro, louças, metais) e fundou a Real
comercial? Companhia das Vinhas do Alto Douro.
Que outras medidas foram tomadas pelo Modernizou Portugal, abolindo a distinção entre
Marquês de Pombal para modernizar cristãos-novos e cristãos-velhos e reformando
Portugal? o ensino.

3.4 Refere o acontecimento que fortaleceu o poder do


Marquês de Pombal e que levou à necessidade de
reconstruir Lisboa, como mostra o documento 6.

Foi o terramoto de Lisboa de 1755.

3.5 Indica três das características racionalistas


utilizadas na reconstrução de Lisboa (Doc. 6).

Ruas largas e direitas, perpendiculares entre si (Doc. 6), e passeios

calcetados; edifícios simples e sem decoração, com cor e fachadas


Doc. 6 Planta topográfica da
iguais e de quatro andares; prédios de construção antissísmica. reconstrução de Lisboa.

Terminei a ficha em / / .

39
Síntese dos conteúdos
TEMA 2 — O contexto europeu nos séculos xvii e xviii 

1 Preenche
 a pirâmide da sociedade do Antigo Regime, utilizando as palavras da chave.

A SOCIEDADE DO ANTIGO REGIME

Rei absoluto

Alto clero Corte e


alta nobreza

Baixo clero Baixa nobreza


e nobreza
de toga

Burgueses

Terceiro
Estado
Povo
Artesãos e camponeses

Grupos sociais com privilégios

CHAVE: 
Baixa nobreza e nobreza de toga Baixo clero Povo
   

privilégios Corte e alta nobreza Alto clero Rei absoluto


     

Burgueses Terceiro Estado camponeses Artesãos


     

2 E
 stabelece a correspondência correta entre os elementos da chave da questão 1
e as afirmações abaixo apresentadas.

A. Exercia poder absoluto, que se acreditava ser de origem divina, sem convocar
a assembleia de representantes do reino. Rei absoluto

B. Combatia para defender o reino, tinha o privilégio de não pagar impostos e ainda podia
recebê-los por parte dos que trabalhavam nos seus domínios senhoriais. Baixa e alta nobreza

C. Trabalhava para sustentar todo o reino, pagava muitos impostos, não tinha privilégios
nem muito reconhecimento social. Povo

D. Rezava pela restante população, não pagava impostos e ainda podia recebê-los por parte
dos que trabalhavam nos seus domínios senhoriais. Baixo clero e alto clero

40
3 S
 eleciona a definição correta para cada conceito.
Mercantilismo:

A. Política económica que defendia que a riqueza de um reino era medida pela X
quantidade de metais preciosos que possuía. Por isso incentivava a exportação
e não a importação de produtos.

B. Teoria económica que defendia que a riqueza de um reino era medida pela
quantidade de metais preciosos que possuía. Por isso incentivava a importação
e não a exportação de produtos.

Protecionismo:

A. Política económica que consistia em elevar as taxas alfandegárias (a produtos que X


entravam no país, vindos do exterior) no sentido de tornar os produtos nacionais
mais competitivos, ou seja, se possível mais baratos que os estrangeiros.

B. Política económica que consistia em diminuir as taxas alfandegárias (a produtos


que entravam no país, vindos do exterior) no sentido de tornar os produtos
nacionais mais competitivos, ou seja, se possível mais baratos que os estrangeiros.

Barroco:

A. Movimento artístico ocorrido no século xvii que se caracterizava pelo movimento,


X
pelo dramatismo e pela exuberância decorativa.

B. Movimento artístico ocorrido no século xix que se caracterizava pelo movimento,


pelo dramatismo e pela exuberância decorativa.

«Revolução científica»:

A. Desenvolvimento das ciências humanas ocasionado pela aposta na implementação


de um «método científico», que complementava a observação com a
experimentação e com a valorização dos cálculos matemáticos, no sentido de
construir leis científicas.

B. Desenvolvimento das ciências exatas ocasionado pela aposta na implementação


X
de um «método científico», que complementava a observação com a
experimentação e com a valorização dos cálculos matemáticos, no sentido
de construir leis científicas.

4 Preenche o quadro utilizando as palavras e expressões da chave. Algumas podem


ser utilizadas mais do que uma vez.

CHAVE: 
Parlamentarismo Intermediação nas transações comerciais
   

Ato de Navegação Capitalismo comercial Federalismo


     

Províncias Unidas Inglaterra


• Federalismo • Parlamentarismo
• Intermediação nas transações comerciais • Ato de Navegação
• Capitalismo comercial • Capitalismo comercial

41
Síntese dos conteúdos
5 A
 ssinala com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações. Deves corrigir as falsas.

O rei D. João V

A. A sociedade portuguesa do Antigo Regime era composta por privilegiados V


e não privilegiados.

B. O clero representava cerca de 10% da população.


F
C. No século xvii, Portugal era um país essencialmente agrícola.
V
D. A comercialização do açúcar e o tráfico de escravos eram atividades lucrativas.
V
E. As pragmáticas foram leis implementadas pelo conde da Ericeira, que facilitavam F
a importação de produtos manufaturados ingleses.

F. Depois da descoberta do ouro do Brasil, Portugal celebrou o Tratado de Methuen V


com a Inglaterra.

G. D. João V era um rei que partilhava o poder com as Cortes. F


H. O ouro do Brasil foi utilizado por D. João V para formar uma imagem
V
de sumptuosidade.

Correções:
B. A nobreza representava cerca de 10% da população OU o clero representava 4% da população.

E. As pragmáticas foram leis mercantilistas implementadas pelo conde da Ericeira, que dificultavam a importação de

produtos manufaturados ingleses.

G. D. João V governava sozinho; era um rei influenciado pelo absolutismo.

42
6 O
 texto apresentado contém dez erros históricos. Deves sublinhá-los no texto e corrigi-los
na coluna lateral.

Correções
O «século das luzes»
Após a «revolução científica», as ciências humanas iniciaram um exatas
processo de desenvolvimento que caracterizou todo o século xix. xvii
Neste período, investiu-se na aplicação técnica das teorias científi-
cas, o que resultou numa crença de que o uso da fé iria contribuir para Razão
5 melhorar a vida do Homem afastando-o da ignorância do passado
medieval, teoria base do Iluminismo.
Esta teoria defendia cinco valores fundamentais:
• A afirmação da razão sobre a tradição;
• A crença no progresso;
10 • A valorização do saber;
• A busca da felicidade individual;
• A perspetiva otimista da vida.
Destacou-se Erasmo como o filósofo iluminista mais marcante Kant
neste período.
15 Para que esta teoria se expandisse pela Europa eram necessários
meios para difundir as obras que a defendiam e anunciar as desco­
bertas que iam surgindo.
Os meios de difusão mais importantes foram: as igrejas, os cafés, os academias
jornais, os salões de anfitriões ricos e obras como a Enciclopédia, que
20 surgiu nesta altura.
Nestes contextos assistia-se a uma crítica à sociedade e ao poder
instituído, posicionando-se o Iluminismo na defesa da liberdade, da
desigualdade e do direito de propriedade. igualdade
Pensadores como Rousseau, Montesquieu e Voltaire afirmaram-se
25 como críticos do regime político do parlamentarismo. absolutismo
Em Portugal, na segunda metade do século xx, foram implementa- xvii
das algumas destas teorias iluministas, por meio das reformas
de D. João V, que, apesar de manter a centralização do poder, defen- do Marquês de Pombal
dia que o uso da razão ao serviço do progresso conduziria à felicidade
30 do povo.
Desta forma, incentivou o desenvolvimento de um ensino com base
nestas teorias e aplicou conceitos iluministas até na reconstrução da
cidade de Lisboa, após o terramoto de 1795. 1755

7 Identifica as personalidades do «século das luzes».

A B C D

A — Rousseau B — Montesquieu C — Voltaire D — Pombal

Terminei a síntese em / / .

43
Ficha 16 Unidade 5  da REVOLUÇÃO AGRÍCOLA à
revolução industrial Páginas 128-131 do manual

A Revolução Agrícola e o arranque da Revolução Industrial


em Inglaterra

1 Lê e observa os documentos.

Doc. 1

As mudanças na
agricultura inglesa
Há 40 ou 50 anos, toda a parte norte e oeste de
Norfolk [Sul de Inglaterra] eram pastagens para
carneiros, alugadas a preços excessivamente bai-
xos. […] Os grandes melhoramentos que aí se
5 verificaram foram a vedação […], adubações com

marga e argila, a introdução de uma rotação de


culturas excelente, a divisão das terras em grandes
explorações […]. Não se deve esquecer que a
melhor gestão agrícola em Norfolk é a dos gran-
10 des proprietários.

Arthur Young, 1771 (adaptado) Doc. 2 «Gentleman farmer» inglês com a sua
esposa (século xviii).

1.1 Refere as quatro transformações na agricultura inglesa, presentes no documento 1.

As enclousures, a adubação das terras, a rotação quadrienal de culturas e a formação de grandes propriedades.

1.2 Descreve a «rotação de culturas excelente» referida pelo autor.

Divisão da terra em quatro áreas sucessivamente cultivadas com: (1) nabos, (2) cevada, (3) trevo e (4) trigo.

1.3 Sublinha a única opção que corresponde ao processo de modernização da agricultura


em Inglaterra, no século xviii.

A. Revolução Agrícola B. Revolução Agrária C. Revolução Rural

1.4 Relaciona o movimento de vedações de terras referido no documento 1 com o estatuto


social das personagens do documento 2.

A vedação de terras criou grandes propriedades muito lucrativas, permitindo o enriquecimento dos seus

proprietários ou «gentlemen farmers», como é visível pelo aspeto das personagens no documento 2.

1.5 Coloca V (verdadeiro) ou F (falso) nas seguintes afirmações sobre as consequências das
transformações da agricultura inglesa no século xviii.

A. O investimento na agricultura e na criação de gado fez aumentar a produção V


alimentar.
B. A introdução de máquinas obrigou a uma maior quantidade de trabalhadores F
rurais.
C. Foram disponibilizados mais alimentos às cidades (cereais, vegetais e carne). V
D. No fim do século xviii, a mortalidade cresceu e a população começou a diminuir
F
rapidamente.
E. A difusão das primeiras vacinas contribuiu para aumentar a esperança média V
de vida.

44
TEMA 3 O ARRANQUE DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E O TRIUNFO DOS REGIMES LIBERAIS CONSERVADORES

2 Observa
 e lê os documentos.

Em toneladas
16 000
14 000
12 000
10 000
8000
6000
4000
2000
0

1710-19

1720-29

1730-39

1740-49

1750-59

1760-69

1770-79
Doc. 3 Máquina de fiar de J. Hargreaves, a Doc. 4 Exportação inglesa de ferro (em
Spinning Jenny (1764). toneladas).

Doc. 5

A extração e o transporte da hulha


Não é que os outros países não tenham car- concedeu meiosu1p47h2
de comunicação extremamente
vão, mas fica perdido, porque as montanhas fáceis e pouco custosos e as fracas diferenças de
impedem o transporte. Na Inglaterra, pelo con- nível permitiram completar o sistema de canais.
trário, as hulhas fáceis de explorar encontram-se L. Mounier, Les Mémoires de l’Europe (adaptado)
5 perto do mar ou de grandes ribeiras. A Natureza

2.1 Explica a importância de máquinas, como a do documento 3, na produção do século xviii.

A introdução de máquinas na indústria da época permitia alcançar maior produtividade (produzir mais barato e

em maior quantidade de forma mais rápida).

2.2 Identifica os dois setores de produção que em primeiro lugar se industrializaram em


Inglaterra, presentes nos documentos 3 e 4.

Doc. 3 — Indústria têxtil (tecidos de lã e algodão). Doc. 4 — Indústria metalúrgica (utensílios de ferro).

2.3 Identifica as duas condições naturais que favoreceram o arranque industrial (Doc. 5).

Abundante carvão natural em minas fáceis de explorar e boas comunicações através de rios e canais.

2.4 Com as palavras da chave, completa o texto sobre a indústria em Inglaterra.

CHAVE: 

lucrativos parasita qualidade negócios matéria-prima fábricas

herdades mão de obra conflitos quantidade empreendedora ruinosos

 epois da Revolução Agrícola, a Inglaterra possuía uma mão de obra


D disponível,
abundante e barata, vinda dos campos, apta a trabalhar nas novas fábricas das
cidades. A burguesia e a nobreza endinheiradas possuíam uma mentalidade ativa
e empreendedora , investindo em negócios arriscados mas lucrativos .
A Inglaterra produzia os bens industriais de melhor qualidade e mais baratos de
todo o Mundo e vendia-os com grandes ganhos no mercado interno e externo.
Terminei a ficha em / / .

45
Ficha 17 Unidade 5  da REVOLUÇÃO AGRÍCOLA à
revolução industrial Páginas 132-135 do manual

A industrialização no início do século xix e o seu impacto

1 Observa
 a cronologia e a tabela.

Cronologia das invenções do século xix Produção mundial de ferro


e aço (em milhões de toneladas)
Invenção da máquina debulhadora a vapor
1803
(Inglaterra) 1830 1850 1880

1807 1.o serviço regular de barcos a vapor (EUA) Inglaterra 2 5 12


Invenção da locomotiva — Stephenson EUA — 1 6
1814
(Inglaterra)
França — 2 4
Primeiro serviço de caminho de ferro
1825
(Inglaterra) Alemanha — 1 5
o
1859 1. poço de extração de petróleo (EUA)
Invenção do gerador elétrico — Siemens
1870
(Alemanha)
1876 Invenção do telefone — G. Bell (EUA)
Construção do 1.o automóvel — Benz
1886
(Alemanha)

1.1 Refere três das aplicações da máquina de James Watt, presentes na cronologia.

A máquina debulhadora a vapor, os barcos a vapor e a locomotiva.

1.2 Ordena, com base na cronologia, as diferentes fases da «Era Industrial», escrevendo
a sequência correta de letras.

(a) «Idade da Eletricidade» 1.a fase (b)

(b) «Idade do Vapor» 2.a fase (d)

(c) «Idade do Petróleo» 3.a fase (a)

(d) «Idade dos Caminhos de Ferro» 4.a fase (c)

1.3 A Revolução Industrial operou a passagem da manufatura à maquinofatura.


Faz corresponder cada letra ao seu sistema produtivo correto.

Sistema Produtivo

A — Produção mecanizada com tecnologias mais sofisticadas


B—P
 rodução, por operários desqualificados em grandes
unidades fabris 1. MANUFATURA:
C—C
 apacidade de produção reduzida, demorada e com altos CeE
custos

D—A
 ção dos operários limitada a tarefas repetitivas ou
parcelares

E—P
 rodução manual, por artesãos, em pequenas oficinas ou
em casa 2. MAQUINOFATURA:

F—B
 ens industriais produzidos de forma rápida e barata com A, B, D e F
maior consumo

46
TEMA 3 O ARRANQUE DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E O TRIUNFO DOS REGIMES LIBERAIS CONSERVADORES

2 L
 ê e observa os documentos.

Doc. 1

Visão da Inglaterra industrial


Manchester é uma grande cidade industrial meio desta vasta e sombria carreira de tijolos,
de tecidos, fio, algodão […]. Circunstâncias favo- veem-se enormes palácios de pedra. […] Um dos
ráveis: a 10 léguas (48 km) do maior porto 15 riachos arrasta lentamente as águas fétidas que os

de Inglaterra, […] ao lado as grandes minas de car- trabalhos das indústrias tingiram de cores negras.
5 vão, […] três canais e um caminho de ferro […]. […] Um fumo espesso e negro cobre a cidade.
No alto das colinas elevam-se 30 ou 40 fábricas. O sol parece um disco sem raios. O barulho das
Os seus seis andares elevam-se no ar, a sua imensa fornalhas, os silvos do vapor e o bater constante
muralha anuncia, ao longe, a centralização da 20 das máquinas tornam-se ensurdecedores. E, no

indústria. À sua volta, foram semeadas miseráveis meio de tudo isto, agitam-se sem cessar milhares
10 habitações de pobres […]. Entre elas estendem-se de criaturas descalças e pálidas.
os terrenos incultos que já não têm os encantos A. de Tocqueville, Viagem na Grã-Bretanha, 1835
da natureza campestre. Neste labirinto infeto, no (adaptado)

Doc. 2 Complexo industrial na Inglaterra (início Doc. 3 Condições de trabalho numa mina.
do século xix).

2.1 Identifica as quatro condições favoráveis ao desenvolvimento industrial de Manchester,


presentes no documento 1.

Manchester localizava-se a 10 léguas do maior porto de Inglaterra; possuía as grandes minas de carvão que servia

de combustível para as máquinas a vapor; tinha três canais e possuía uma linha de caminho de ferro.

2.2 Seleciona a única opção que corresponde à presença humana que não respeita a
capacidade de renovação dos elementos naturais e a sua sustentabilidade a longo prazo.

A. Equilíbrio ambiental B. Desequilíbrio natural C. Desequilíbrio ambiental

2.3 Desenvolve o tema: «Problemas resultantes da industrialização».

Deves usar a informação dos três documentos para apresentares algumas ideias sobre
os seguintes tópicos:

— Os novos problemas ambientais (documentos 1 e 2);


— A qualidade de vida dos operários (documentos 1 e 3).

As novas indústrias destruíram campos e bosques, poluíram rios (Doc. 1), encheram a atmosfera de fumos tóxicos

(Docs. 1 e 2) e de barulhos intensos das máquinas (Doc. 1). A população operária que habitava nos bairros

insalubres em volta das fábricas era vítima da poluição, da falta de higiene, das epidemias, dos acidentes de

trabalho e das difíceis condições do trabalho; este era frequentemente feito por crianças (Doc. 3).

Terminei a ficha em / / .

47
Ficha 18 Unidade 6  REVOLUÇões e estados liberais
conservadores Páginas 140-145 do manual

A Revolução Americana (1776) e a Revolução Francesa (1789)

1 Lê
 e observa os seguintes documentos.

Doc. 1

Boicote aos produtos ingleses


Aqui reina a maior confusão; foram constituí-
das comissões para verificar o comportamento de
todos os comerciantes a fim de os impedir de ven-
der chá ou comprar produtos manufaturados ingle-
5 ses. Alguns foram untados de alcatrão e depois

revestidos de plumas, outros ficaram com as pro-


priedades incendiadas e destruídas pelo povo.
Testemunho de um inglês na Virgínia, 1774 (adaptado)
Doc. 2 Declaração de independência dos EUA.

Para
 responderes a cada um dos itens de 1.1 a 1.3, sublinha a única opção correta.

1.1 A Virgínia era uma das treze colónias cujos habitantes participavam no próspero
comércio atlântico da Grã-Bretanha e estavam habituados a grande autonomia, porque…

A. … estavam protegidos pelo exército inglês que os defendia das forças francesas.

B. … não pagavam impostos, dado não terem representantes no Parlamento inglês.

C. … eram grandes territórios habitados, na sua maioria, por colonos franceses e holandeses.

1.2 A Declaração de Independência, jurada pelos representantes das treze colónias (Doc. 2),
estava muito influenciada pelas ideias iluministas porque considerava que a Coroa britânica…

A. … devia manter o seu controlo sobre as treze colónias, com a prática do exclusivo comercial.

B. … quebrara o contrato social com as colónias, assim legitimando o direito à independência.

C. … não respeitava a liberdade religiosa ao impor o anglicanismo como religião única.

1.3 A Constituição de 1787, ao reconhecer a igualdade e a autonomia dos treze Estados, ...

A. … tornou os Estados Unidos da América num Estado centralizado.

B. … tornou os Estados Unidos da América numa região autónoma da Grã-Bretanha.

C. … tornou os Estados Unidos da América num Estado Federal.

2 Observa
 Orçamento do Estado francês, 1788 (em libras)
a tabela
e a figura. Civis e Corte 145 802 388
Despesas

Militares e diplomáticas 165 510 050


Juros da dívida pública 310 426 744
TOTAL 621 739 182
Receitas fiscais 459 919 549
Receitas

Receitas regulares 43 726 500


TOTAL 503 646 049 Doc. 3 Declaração dos
Direitos do Homem
DÉFICE - 188 093 133 e do Cidadão.

48
TEMA 3 O ARRANQUE DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E O TRIUNFO DOS REGIMES LIBERAIS CONSERVADORES

2.1 Explica, a partir da tabela, três das características da crise em França, nas vésperas da
revolução.

Os camponeses eram sujeitos ainda aos impostos e à desigualdade do regime senhorial; à burguesia eram

negados direitos iguais aos grupos privilegiados; crise económica e falência do Estado francês (tabela).

2.2 Identifica o grupo social mais descontente com o peso dos impostos e que deseja
a revolução para conquistar influência política.

A burguesia.

2.3 Associa cada um dos acontecimentos da Coluna A (fases da Revolução Francesa)


à única descrição que lhe corresponde na Coluna B.

Coluna A Coluna B

a) Assembleia de representantes do
1. Estados Gerais (5 de
reino convocada pelo Rei para o 1 a)
maio de 1789)
ajudarem a resolver a crise.
b) Governo mais moderado após a queda
2. Assembleia Nacional (20
de Robespierre e a recuperação do 2 d)
de junho de 1789)
poder pela burguesia.
3. Declaração dos Direitos c) Lei fundamental da França que aceita
do Homem e do Cidadão Luís XIV como «rei dos Franceses por 3 e)
(26 de agosto de 1789) vontade da Nação».
d) Órgão formado pelos deputados da
4. Constituição de 1791 burguesia e do povo, legitimados 4 c)
como representantes da Nação.
e) Documento que consagrou os ideais
5. Convenção (1792-1794) do Iluminismo: Liberdade, Soberania 5 f)
Popular, Direitos Individuais.
f) Órgão do governo durante o período
6. Diretório (1795-1799) revolucionário no qual se instalou o 6 b)
regime do Terror.

3 Lê o documento 4 e, a partir dele, explica quatro das mudanças verificadas em França após
a Revolução de 1789 e que marcam o início da Época Contemporânea.

Doc. 4

O balanço da Revolução Francesa


Como todos os acontecimentos, a Revolução nobreza os seus privilégios. Ao absolutismo
Francesa teve os seus traços únicos. Foi muito monárquico opôs-se a soberania do povo.
mais revolucionária do que todas as revoluções O súbdito deu lugar ao cidadão. […]
que houve noutros países. […] A propriedade da Robert Palmar, 1789: As Revoluções da Liberdade e
5 terra perdeu as suas características feudais e a da Igualdade (adaptado)

O fim dos privilégios da nobreza, o derrube do absolutismo, a liberdade de expressão e o exercício do poder pela

burguesia.

Terminei a ficha em / / .

49
Ficha 19 Unidade 6  REVOLUÇões e estados liberais
conservadores Páginas 146-151 do manual

A revolução de 1820 e a difícil instauração do liberalismo


em Portugal

1 Lê o seguinte documento.

Doc. 1

As razões do Príncipe Regente


Tendo procurado por todos os meios possíveis 10 consequências que se devem seguir à tentativa de
conservar a neutralidade, […] chegou-se ao defesa, que só serviria para derramar sangue; e
excesso de ter de fechar os portos dos meus reinos sabendo que essas tropas se dirigem muito parti-
aos vassalos do meu antigo e leal aliado, o rei da cularmente contra a minha real pessoa, pelo que
5 Grã-Bretanha […] vindo a sofrer graves prejuízos […] resolvi partir, com a rainha minha senhora e
nos rendimentos da minha coroa. […] E vendo 15 mãe e com toda a real família, para os estados da

que pelo interior do meu reino marcham tropas do América e estabelecer-me na cidade do Rio de
imperador dos Franceses e que as mesmas se diri- Janeiro, até à paz geral.
gem para esta capital […] e, querendo evitar as Carta do Príncipe Regente D. João, 26 de novembro de
1807 (adaptado)

1.1 Seleciona a única opção que corresponde à lei decretada por Napoleão e que obrigava
Portugal a «ter de fechar os seus portos aos Britânicos»:

A. Batalha de Austerlitz B. Bloqueio Continental C. Paz de Viena

1.2 Explica três dos motivos da partida do Príncipe Regente e da família real para o Brasil
em 1807, presentes no documento 1.

Fugir das Invasões Francesas, evitar a sua prisão pelos Franceses e transferir a capital para o Rio de Janeiro.

2 L
 ê e observa os documentos.

Doc. 2

O descontentamento em Portugal
nas vésperas de 1820
Lastimavam-se todos da continuação da ausência de Sua Majestade
e da real família, o que não podia deixar de reduzir este reino ao estado
de colónia, por causa dos efeitos do Tratado de 1810 com a Inglaterra
e da livre entrada das nações estrangeiras nos portos do Brasil.
5 Entretanto, saíram daqui para o Brasil as nossas tropas e o nosso
dinheiro, incomportável para os recursos da Nação, e que estava gover-
nada por um chefe estrangeiro com autoridade ilimitada […].
Francisco Aragão Morato, Memórias (adaptado)
Doc. 3 Alegoria à
Constituição de 1822.

2.1 Refere três dos motivos da revolução liberal de 1820, presentes no documento 2.

A ausência do rei no Brasil, a crise económica em consequência do Tratado com a Inglaterra e o prolongamento da

influência política do general inglês Beresford.

2.2 Refere, a partir do documento 3, quatro das decisões tomadas pela Junta Provisional do
Governo Supremo do Reino logo após a revolução de 1820.

Expulsa os Ingleses, exige o regresso do Rei, convoca eleições para as Cortes Constituintes, extingue a Inquisição e

manda elaborar uma Constituição própria de uma monarquia liberal e parlamentar (Doc. 3).

50
TEMA 3 O ARRANQUE DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E O TRIUNFO DOS REGIMES LIBERAIS CONSERVADORES

3 Observa
 a tabela e a figura.

Cronologia da independência do Brasil

1821 Regresso do rei D. João VI a Portugal.


1821 Decisão das Cortes de restabelecer o exclusivo colonial com o Brasil.
(Janeiro) Recusa do príncipe D. Pedro em acatar a ordem das
1822
Cortes Constituintes para regressar a Portugal (Dia do «Fico»).
1822 (Setembro) «Grito do Ipiranga» e independência do Brasil.
1822 (Dezembro) Coroação de D. Pedro como imperador do Brasil. Doc. 4 Caricatura
de D. Pedro
Abdicação de D. Pedro I e regresso à Europa para reorganizar e D. Miguel
1831
as forças liberais. (1833).

3.1 Indica as duas razões da independência do Brasil em 1822, presentes na tabela.

Recusa do Brasil de voltar a ser colónia e recusa em aceitar a ordem de regresso do príncipe D. Pedro.

3.2 Coloca V (verdadeiro) ou F (falso) junto às seguintes afirmações sobre


as consequências em Portugal da independência do Brasil.

A. A independência do Brasil foi um êxito para as Cortes Constituintes e para os


F
vintistas.
B. O movimento da «Vila-Francada», liderado por D. Miguel em 1823, visava
V
derrubar a Constituição.
C. Em 1826, para conciliar absolutistas e liberais, D. Pedro concedeu a Carta V
Constitucional.
D. D. Miguel proclamou-se rei absoluto (1828), derrubou a Carta e perseguiu os liberais. V
E. D. Pedro deixou o Brasil, organizou a resistência e desembarcou as suas tropas
F
no Sul de Portugal.

3.3 Preenche o quadro relativo às diferenças entre as personagens da caricatura (Doc. 4),
durante a Guerra Civil (1832-1834).

D. Pedro D. D.
PEDRO
Miguel

Exércitos que comandavam Liberal Absolutista

Princípios políticos Monarquia liberal e parlamentar Monarquia absoluta e de direito divino

Aliados internacionais Inglaterra e França Áustria e Rússia

Desfecho final na guerra Vitórias em batalhas decisivas Derrota, rendição e exílio

3.4 Preenche o esquema relativo às medidas de modernização tomadas em Portugal após


o triunfo do liberalismo em 1834.

Abolição de impostos senhoriais


Mouzinho da Silveira Abolição do regime de morgadio

Abolição das ordens religiosas


Joaquim António de Aguiar Incorporação dos seus bens na Fazenda Nacional

Terminei a ficha em / / .

51
Síntese dos conteúdos
TEMA 3 — O arranque da Revolução Industrial e o triunfo dos
regimes liberais conservadores 

1 Estabelece
 uma relação de causa/consequência entre os elementos das duas colunas.

Causas Consequências

1. Afastamento do regime senhorial a) Investimento da burguesia e da


1 a)
em Inglaterra e na Holanda. pequena nobreza na agricultura.
2. Aumento da produção e b) Baixa da mortalidade e aumento
2 c)
distribuição de alimentos. da esperança média de vida.
3. Seleção de sementes e animais
c) Melhoria na alimentação da
reprodutores, a rotação quadrienal 3 d)
população em geral.
e o sistema de enclousures.
4. Melhoria da alimentação e d) Aumento da produtividade
4 b)
avanços na medicina. agrícola.

2 Assinala com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações. Deves corrigir as falsas.

A. A Spinning Jenny foi uma máquina de fiar com um mecanismo movido V
por moinhos de água.

B. A introdução da máquina a vapor veio aumentar a autonomia e a capacidade


V
de produção industrial.

C. Inglaterra foi o país pioneiro no arranque da Revolução Industrial porque F


tinha poucos recursos naturais e poucas vias de comunicação em solo nacional.

D. Os trabalhadores das maquinofaturas designam-se «artesãos» e os das oficinas F


(manufaturas) designam-se «operários».

E. O recurso ao trabalho mecanizado tornou os produtos mais caros. F

F. A Grã-Bretanha tornou-se no século xvi a maior potência industrial do Mundo. F


G. O início da industrialização baseou-se na utilização de recursos não renováveis. V

H. A paisagem e o ambiente foram afetados pelo desenvolvimento industrial. V


Correções:

C.  Inglaterra foi o país pioneiro no arranque da Revolução Industrial porque tinha muitos recursos naturais  

e muitas vias de comunicação em solo nacional.

D.  Os trabalhadores das maquinofaturas designam-se «operários» e os das oficinas (manufaturas) designam-se

«artesãos».

E.  O recurso ao trabalho mecanizado tornou os produtos mais baratos.

F.  A Grã-Bretanha tornou-se no século xviii a maior potência industrial do Mundo.

52
3 Completa
 a tabela com os acontecimentos apresentados na chave. Deves colocá-los por
ordem cronológica, na coluna correta.

CHAVE: 
Regime de Terror Lançamento de impostos nas colónias Tomada da Bastilha (1789)
   

Boicote aos produtos importados da Grã-Bretanha Boston Tea Party Período do Diretório
     

Convocação dos Estados Gerais Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão em 1789
   

Aprovação da Declaração de Independência em 1776 Batalha de Saratoga (1777)


   

Batalha de Yorktown (1781) Desejo de autonomia em relação à Grã-Bretanha


   

Aprovação da Constituição Federal em 1787


Descontentamento face às desigualdades sociais, ao regime senhorial e à crise económica


Representantes do Terceiro Estado constituem-se em Assembleia Nacional Constituição de 1791


Prisão do rei Luís XVI Início do governo da Convenção


Revolução Americana Revolução Francesa


•  Desejo de autonomia em relação à Grã-Bretanha •  Descontentamento face às desigualdades sociais, ao
•  Lançamento de impostos nas colónias regime senhorial e à crise económica
•  Boicote aos produtos importados da Grã-Bretanha •  Convocação dos Estados Gerais
•  Boston Tea Party •  Representantes do Terceiro Estado constituem-se em
•  Aprovação da Declaração de Independência em 1776 Assembleia Nacional
•  Batalha de Saratoga (1777) •  Tomada da Bastilha (1789)
•  Batalha de Yorktown (1781) •  Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão em
•  Aprovação da Constituição Federal em 1787 1789
•  Constituição de 1791
•  Prisão do rei Luís XVI
•  Início do governo da Convenção
•  Regime de Terror
•  Período do Diretório

53
Síntese dos conteúdos
4 Observa
 atentamente os documentos.

N
2.ª Invasão N

Braga Chaves Pampelido

Porto
Porto Côa
Almeida
Viseu 3.ª Invasão
Oceano ESPANHA
Atlântico Coimbra
Buçaco Sabugal
Coimbra Asseiceira

Leiria Castelo 1.ª Invasão Almoster


Branco
Roliça
Abrantes
Vimeiro Santarém Lisboa
Évora-Monte
Lisboa

ESPANHA

Oceano
Atlântico

0 65 km Faro 0 65 km

Doc. 1 As invasões Francesas Doc. 2 A Guerra Civil

4.1 Atribui um título adequado a cada um dos documentos.

u1p55h1
4.2 No documento 1, pinta o trajeto das três invasões, utilizando cores diferentes.
u1p54h1
4.3 Faz a legenda do documento 1 com as cores da resposta anterior.
a a a
 1. Invasão  2. Invasão  3. Invasão
4.4 Esclarece o que representam as chamas no documento 1 e no documento 2.

Representam as batalhas principais.

4.5 No documento 2, pinta de vermelho as setas que correspondem aos movimentos dos
liberais e de verde as que correspondem aos movimentos dos absolutistas.

4.6 Assinala com V as afirmações verdadeiras e com F as falsas.

A. Os liberais desembarcaram na praia de Pampelido, vindos da ilha Terceira. V

B. Os absolutistas cercaram os liberais no Porto, obrigando-os a deslocar forças V


para o Sul.
C. Os liberais saíram do Porto em direção a Lisboa e derrotaram definitivamente F
os absolutistas no Algarve.
D. Os absolutistas venceram a Guerra Civil e obrigaram os liberais a assinar a F
Convenção de Évora-Monte.

54
5 Lê
 atentamente o texto, risca as palavras destacadas que estão erradas no texto abaixo
apresentado e transcreve as corretas para a coluna da direita.

PALAVRAS CORRETAS
De Napoleão à instauração do liberalismo em Portugal
Após a queda do governo do Diretório, em Inglaterra/
/França, Napoleão subiu ao poder e rapidamente conseguiu França
unir os Franceses/Ingleses pelo desejo de vitórias e consolida- Franceses
ção do seu poder ao nível internacional. Muitos países se
5 submeteram ao seu poder, à exceção da Holanda/Inglaterra. Inglaterra
Perante isto, Napoleão impôs um Bloqueio Continental, cujo
objetivo era fechar todos os portos aos navios britânicos/ britânicos
/holandeses, para que assim se rendessem. Contudo, dada a
sua dependência comercial em relação aos Britânicos, Portugal
10 não aderiu ao Bloqueio e, por isso, em 1801/1807 ocorreu 1807
a primeira invasão francesa no País. Com o objetivo de conservar
a independência da Coroa portuguesa, D. João/D. Miguel D. João
e a Corte rumaram ao Brasil/Canadá. Brasil
Com a ajuda britânica, a primeira invasão foi expulsa, tal
15 como a segunda e a terceira. Em 1811/1816, a ameaça francesa 1811
foi definitivamente afastada. Contudo, os Britânicos estabelece-
ram-se em Portugal durante um largo período, o que, conjugado
com o distanciamento do rei e os benefícios dados por este ao
México/Brasil, provocou um descontentamento crescente Brasil
20 na população. Alguns comerciantes e militares uniram-se numa
associação secreta — o Sinédrio/Parlamento — e, após uma Sinédrio
tentativa fracassada, organizaram a Revolução Liberal de
1815/1820. 1820
Como primeiras medidas tomadas pelas Cortes Constituintes,
25 que iriam elaborar a constituição liberal/absolutista de 1822, liberal
destacam-se: a exigência quanto ao regresso do rei a Portugal
e a restituição do estatuto de colónia ao Brasil. Perante esta
última decisão, D. Pedro/D. Miguel, príncipe herdeiro, revoltou-se D. Pedro
e proclamou a independência do Brasil.
30
A independência do Brasil provocou o descontentamento
entre algumas figuras mais conservadoras do panorama
político que, apoiando D. Miguel/D. Pedro, derrubaram a D. Miguel
Constituição no sentido de reforçarem o poder das Cortes/
/do Rei. Em 1826, D. Miguel/D. Pedro IV concedeu a Carta do Rei D. Pedro IV
35 Constitucional, tentando conciliar liberais e absolutistas. Mas a
guerra civil de 1832-1834 entre absolutistas (liderados por
D. Miguel/D. Pedro) e liberais (liderados por D. Miguel/D. Pedro) D. Miguel D. Pedro
acabou por ser inevitável, pois D. Miguel/D. Pedro recusou o D. Miguel
acordo e proclamou-se rei absoluto.
40
No final da Guerra Civil, foi restaurada a monarquia parlamen-
tar e liberal e iniciou-se um período de reformas, lideradas por
Marquês de Pombal/Mouzinho da Silveira, que tinham como Mouzinho da Silveira
principal objetivo o desmantelamento das estruturas sociais
e económicas do Antigo Regime/Iluminismo em Portugal. Antigo Regime

Terminei a síntese em / / .

55
Ficha 20 Unidade 7  MUNDO INDUSTRIALIZADO E países de
difícil industrialização Páginas 160-163 do manual

O mundo industrializado e o triunfo do liberalismo económico

1 Observa
 a tabela e a figura.

Evolução mundial
do caminho de ferro (km)

1830 1840 1850 1870

Grã-Bretanha 91 1349 10 660 21 000

EUA 38 4500 14 400 83 200

Alemanha — 580 6053 20 000


Doc. 1 Cartaz do caminho
de ferro que levava
França 30 497 3010 17 500 produtos franceses para
Inglaterra (século xix).

1.1 Identifica três dos aspetos da evolução do caminho de ferro, presentes na tabela.

O seu desenvolvimento inicial na Grã-Bretanha, a sua expansão para outros países e continentes e o seu grande

crescimento.

1.2 Explica, a partir do documento 1, três das vantagens do transporte através do caminho
de ferro, no século xix.

As deslocações de trabalhadores eram mais rápidas e baratas, as matérias-primas e os produtos industriais eram

facilmente transportados e as cidades eram abastecidas de alimentos e produtos frescos (Doc. 1).

1.3 Seleciona a única opção que corresponde a um outro meio de transporte cujo
desenvolvimento no século xix fez crescer os mercados nacionais e acelerar as trocas
intercontinentais.

A. Transporte rodoviário B. Transporte aéreo C. Transporte marítimo

1.4 Completa, com as palavras da chave, o texto sobre outras das condições do crescimento
industrial de Inglaterra.

CHAVE: 

motores
petróleo vendedores superprodução matérias-primas descer
elétricos

fontes de motores
escassez subir consumidores carvão
energia manuais

 capacidade de produzir bens industriais e alimentos foi aumentando continuamente


A
durante o século xix, fazendo o seu preço descer e colocando-os ao alcance
de um número cada vez maior de consumidores . Este estímulo da produção
ocasionou crises de superprodução (quando o consumo não acompanhava a
produção) com grande queda dos preços e falências, mas levou também à procura de
novas fontes de energia a partir de 1870. O recurso ao petróleo e a utilização da
eletricidade permitiram o desenvolvimento de motores elétricos e de motores de
explosão, alternativos à tecnologia do vapor.

56
TEMA 4 A CIVILIZAÇÃO INDUSTRIAL NO SÉCULO xix

2 Lê
 o documento.

Doc. 2

A concorrência entre países industriais


Nós fornecíamos outrora as nossas armas ao eles quiseram tornar-se industriais, e as suas tarifas
mundo inteiro […]. Hoje a maior parte dos gover- 15protetoras permitiram às suas fábricas estabelecer-
nos meteram-se a fabricá-las, e a América popula- -se. Esse mercado está-nos hoje fechado. A França
rizou as suas armas […]. Mas a Bélgica levou-nos duplicou as suas tarifas. A Alemanha tomou o
5 tudo o resto. Tínhamos o monopólio dos parafusos caminho dos nossos mercados […] e, vendo os
e dos pregos. Ao abrigo das tarifas aduaneiras, a nossos lucros, falsificou as nossas marcas.
Alemanha e a América desenvolveram as suas 20 Creio que o único meio de nos ajudar seria fun-
fábricas […]. Os botões, que vendíamos a toda a dar, entre a metrópole e as nossas colónias, uma
Europa, chegam-nos hoje da Alemanha. O fio de federação, com o regime de livre-câmbio entre os
10 ferro alemão vende-se hoje nas nossas lojas de membros, e estabelecer o regime de reciprocidade
Birmingham […]. com o resto do mundo.
Fora, os Estados Unidos eram o nosso grande Queixas dos parlamentares de Birmingham, 1885-1886
consumidor. Mas, de grande potência agrícola, (adaptado)

2.1 Explica três dos motivos que, segundo o autor, prejudicam o poder económico britânico.

Os países anteriormente clientes de Inglaterra industrializaram-se, deixando de comprar; dificultaram ainda

a entrada de produtos ingleses nos seus mercados e inundaram com os seus produtos o mercado britânico.

2.2 Refere dois dos fatores favoráveis ao desenvolvimento dos Estados Unidos, os quais
permitiram que, «de grande potência agrícola, eles quisessem tornar-se industriais».

A abundância de matérias-primas e fontes de energia no seu território e a grande disponibilidade de mão de obra

com a imigração maciça.

2.3 Coloca V (verdadeiro) ou F (falso) nas seguintes afirmações sobre os princípios do


liberalismo económico, responsável pelo crescimento económico do século xix.

A. A industrialização desenvolveu-se em Inglaterra por meio do livre funciona-


V
mento do mercado.
B. As regras do mercado eram a lei da oferta e da procura e a iniciativa privada.
V
C. Os governos deveriam interferir na vida económica com regulamentos
F
e impostos.
D. O capital para investir em máquinas e fábricas era disponibilizado pelos Estados. F
E. No liberalismo económico, os bancos e a Bolsa eram instituições onde se ob- V
tinha capital para novos investimentos.

2.4 Preenche as setas que descrevem as relações de dominação nos impérios coloniais.

A— CHAVE

B— 1. Investimento de capitais
Metrópoles Mercados 2. Grandes lucros
europeias C— coloniais 3. Produtos industriais de consumo
4. Matérias-primas a baixo preço
D—

Resposta: A-1; B-4; C-3; D-2.

Terminei a ficha em / / .

57
u1p59h1
Ficha 21 Unidade 7  MUNDO INDUSTRIALIZADO E países de
difícil industrialização Páginas 164-167 do manual

A Ciência e a cultura no século xix

1 Lê
 e observa os documentos.

Doc. 1

As novas invenções
[…] Fazer trabalhar a natureza de uma maneira
particular obrigando-a a produzir frio. A experiência
teve um êxito retumbante […]. Entre 1890 e 1900,
[…] os homens de negócios compreenderam
5 depressa os lucros que podiam realizar, se conse-

guissem enviar para a Europa, congeladas, as carnes


dos rebanhos da Argentina. […] Buenos Aires, em
50 anos, converteu-se numa cidade com mais de
Doc. 2 
4 milhões de habitantes.
Exposição
Ignacio Olague, A Geopolítica Contemporânea
e o Quadro Geográfico (adaptado) Universal de Paris,
1889.

1.1 Identifica a invenção cuja «experiência teve um êxito retumbante» (Doc. 1).

Trata-se da invenção do frigorífico, atribuída ao alemão Carl von Linde, em 1873.

1.2 Explica, a partir do documento 1, duas consequências dessa invenção na alteração


do quotidiano das populações e na economia.

A invenção do frigorífico permitia conservar alimentos (apesar de apenas se ter generalizado no século xx) e a

construção de vagões e barcos frigoríficos permitiu o negócio lucrativo de exportação de carne congelada da

Argentina para a Europa (Doc. 1).

1.3 Associa cada uma das invenções, indicadas na coluna A, ao inventor que lhe
corresponde, identificado na coluna B.

Coluna A Coluna B

1. Identificação dos bacilos causadores da


a) Samuel Morse 1 f)
tuberculose e da cólera
2. Descoberta dos raios X b) Heinrich Hertz 2 e)

3. Descoberta das ondas eletromagnéticas c) Guglielmo Marconi 3 b)

4. Invenção do telégrafo d) Alexander Bell 4 a)

5. Invenção do telefone e) Wilhelm Röntgen 5 d)

6. Invenção da «telegrafia sem fios» (rádio) f) Robert Koch 6 c)

1.4 Sublinha a única opção que corresponde à atitude surgida no final do século xix
de valorização das ciências exatas, desvalorizando a filosofia e as religiões.

A. Cientismo B. Evolucionismo C. Positivismo

1.5 As Exposições Universais serviam para divulgar inovações tecnológicas. Identifica a
principal «novidade» da Exposição Universal de Paris, em 1889 (Doc. 2).

Trata-se da construção e inauguração da Torre Eiffel, exemplo de uma nova estética da arquitetura do ferro, uma

arquitetura funcional e industrial.

58
TEMA 4 A CIVILIZAÇÃO INDUSTRIAL NO SÉCULO xix

2 Lê
 e observa os seguintes documentos.

Doc. 3

O Romantismo na literatura
A alma da Natureza faz-se conhecer a nós de todas as
partes e sob mil formas diversas. O campo fértil, como os deser-
tos abandonados, o mar, como as estrelas, estão submetidos às
mesmas leis; e o Homem encerra em si próprio sensações,
5 alegrias ocultas, que correspondem ao dia, à noite, à tempestade:

é esta aliança secreta do nosso ser com as maravilhas do


Universo que dá à poesia a sua verdadeira grandeza […]
Madame de Staël, De l’Allemagne, 1813 (adaptado) Doc. 4 O Realismo na pintura — José
Malhoa, As Papas, 1898.

2.1 Refere, a partir do documento 3, três das características da mentalidade romântica


da primeira metade do século xix.

Exaltava os sentimentos nobres ou extremos dos indivíduos, valorizava a Natureza e as tradições nacionais dos povos.

2.2 Relaciona a atitude do Romantismo com o desenvolvimento da civilização industrial.

Os românticos veem a industrialização e a transformação das paisagens e do quotidiano como aspetos negativos,

que corrompem o indivíduo e a Natureza.

2.3 Explica a razão de se considerar a obra do documento 4 como uma pintura realista
da segunda metade do século xix.

Na pintura, o Realismo procura o retrato rigoroso da realidade, sem a preocupação de mostrar só o belo.

2.4 Preenche o quadro com os principais vultos do Romantismo e do Realismo do século xix.

CHAVE:
Romantismo Realismo
1. Goethe (1749-1832)
2. Charles Dickens (1812-1870) 1.  Goethe (1749-1832) 2.  Charles Dickens (1812-1870)
3. William Blake (1757-1827)
4. Victor Hugo (1802-1885) 3.  William Blake (1757-1827) 5.  Gustave Flaubert (1821-1880)
5. Gustave Flaubert (1821-1880) 4.  Victor Hugo (1802-1885) 6.  Leão Tolstoi (1828-1910)
6. Leão Tolstoi (1828-1910)

2.5 Identifica a corrente artística a que pertence


a pintura do documento 5.

O Impressionismo.

2.6 Relaciona o nome da obra do documento 5


com as características da corrente artística
a que pertence.

No Impressionismo procura-se captar ambientes e

impressões da realidade e não a cópia dessa realidade.

O nome corresponde ao estilo.


Doc. 5 Claude Monet, Impressão Sol
Nascente, 1872.

Terminei a ficha em / / .

59
Ficha 22 Unidade 7  MUNDO INDUSTRIALIZADO E países de
difícil industrialização Páginas 168-171 do manual

O processo português de industrialização

1 Lê
 e observa os documentos.

Doc. 1

Da vitória do liberalismo à Regeneração


Não foi fácil a vida dos primeiros governos após a restauração liberal.
Agitação social, tumultos, mortes e assaltos fizeram-se sentir com alguma
frequência; conflitos partidários, dentro e fora do Parlamento, tornavam
difícil qualquer hipótese de estabilidade governativa. […]
5 Na Câmara dos Deputados, os mais radicais, pró-vintistas, sentavam-se
do lado esquerdo; à direita sentavam-se os que se identificavam com o
regime vigente da Carta. Este ambiente tinha como pano de fundo uma
crise social e económica que não dava mostras de aligeirar-se. […]
O processo político português que […] viveu um percurso de oscilações
10 e de tensos conflitos sociais conhece, a partir de 1851, alguma estabilidade

com a Regeneração.
José Mattoso (dir.), História de Portugal (adaptado) Doc. 2 Revolta da «Maria
da Fonte» (1846).

1.1 Refere os três motivos para a instabilidade e o descontentamento em Portugal nos


primeiros anos do liberalismo, presentes no documento 1.

As dificuldades eram «o custo de vida e o preço do pão», as dificuldades em pagar salários e reformas

e as injustiças na venda de bens das ordens religiosas pelo Estado.

1.2 Explica, a partir do documento 1, três das diferenças existentes na Câmara dos
Deputados entre a «esquerda» e a «direita», preenchendo o quadro.

«Esquerda» «Direita»
Eram conhecidos por vintistas e sentavam-se no Eram conhecidos por cartistas e sentavam-se no lado
lado esquerdo da sala do Parlamento. direito da sala do Parlamento.

Defendiam os princípios mais radicais da Constituição Defendiam os princípios moderados da Carta Constitucional
de 1822 e os setores mais pobres da sociedade. de 1826 e representavam a grande burguesia.

Defendiam que o voto fosse um direito universal. Defendiam que o voto fosse censitário, isto é, apenas para
os mais ricos.

1.3 Relaciona a «Revolução de Setembro» de 1836 e a «Restauração da Carta» de 1842 como


exemplos do «percurso de oscilações» do «processo político português» entre 1834 e 1851.

A Revolução de Setembro, em 1836, foi a tomada do poder pelos vintistas e repôs a Constituição de 1822; em

resposta, os liberais conservadores tomaram o poder e restauraram a Carta em 1842.

1.4 Refere, a partir do documento 2, três das características da revolta da «Maria da Fonte»,
em 1846.

Foi uma revolta popular (Doc. 2) motivada pelo aumento de impostos; teve origem no protesto contra as medidas

sanitárias decretadas por Costa Cabral.

1.5 Sublinha a única opção que corresponde ao nome do chefe do movimento militar e político
conhecido como «Regeneração», que criou condições para o desenvolvimento industrial.

A. Marquês de Pombal B. Conde da Ericeira C. Duque de Saldanha

60
TEMA 4 A CIVILIZAÇÃO INDUSTRIAL NO SÉCULO xix

2 Observa
 os documentos.

Doc. 3 Ações da Companhia Real dos Caminhos Doc. 4 Ponte de Valença, rio Minho (1886).
de Ferro Portugueses, vendidas na Bolsa Ligação internacional Valença-Tuy
de Paris (1864). (Espanha).

2.1 Refere três dos aspetos da política de desenvolvimento do «fontismo», presentes


no documento 4.

Dotar o País de uma rede ferroviária que facilitasse as comunicações, construir infraestruturas, como pontes,

e abrir o País ao exterior, quebrando o isolamento.

2.2 Explica a importância do documento 3 na modernização do País durante a «Regeneração».

A venda de ações da Companhia Real de Caminhos de Ferro servia para captar capitais e investimentos

estrangeiros para financiar as redes de transportes e comunicações.

2.3 Coloca V (verdadeiro) ou F (falso) nas seguintes afirmações acerca das transformações
operadas durante a «Regeneração».

A. A partir de 1851, Portugal entrou num período de regime parlamentar


V
relativamente estável.
B. Durante esse período, todo o poder pertencia ao Partido Regenerador:
F
era o rotativismo.
C. Acreditava-se que, com o progresso da economia, se pudesse pagar os
V
empréstimos realizados.
D. A industrialização, com a tecnologia do vapor, levou a grandes avanços em
V
vários setores.
E. A progressiva industrialização do País atraía mais habitantes das cidades
F
para as áreas rurais.

2.4 Relaciona a política fontista com a evolução da Em milhares de contos de reis

dívida pública, presente no documento 5. 800

Entre 1851 e 1891, a dívida pública de Portugal disparou


600
porque as receitas esperadas com o desenvolvimento da

economia não eram suficientes para pagar os enormes


400

empréstimos contraídos pelo fontismo.

2.5 Refere, a partir do documento 5, três dos 200

fatores que travavam o progresso em Portugal


no fim do século xix.
0
A dependência financeira face ao estrangeiro (Doc. 5), o 1851 1861 1871 1881 1891
Doc. 5 Evolução da dívida pública
atraso da agricultura e o analfabetismo. (1851-1891).

Terminei a ficha em / / .

61
Ficha 23 Unidade 8  burgueses, proletários, classes
médias e camponeses Páginas 176-179 do manual

Transformações demográficas, emigração e urbanismo

1 Lê
 o documento e observa a tabela.

Doc. 1
Evolução da população mundial
(em milhões de habitantes)
As investigação de Pasteur (1885)
1851 1911
Apresentou-se no meu laboratório a 6 de julho […] José
Meister, com a idade de 9 anos, mordido a 4 de julho, às 8h da Grã-Bretanha 28 45
manhã, pelo mesmo cão. Tinha numerosas mordeduras, […]
algumas profundas que tornaram a marcha difícil. […] Em pre- França 36 41
5 sença dos Drs. Vulpian e Grancher, inoculou-se […] no

pequeno Meister meia seringa de Pravaz de uma medula de EUA 17 150


coelho morto de raiva […].
Louis Pasteur, Comunicações sobre a Raiva, 1885 (adaptado)

1.1 Identifica, com base no documento 1, o contributo de Louis Pasteur para o recuo da taxa
de mortalidade, na segunda metade do século xix.

Pasteur, entre outras descobertas, produziu uma vacina contra a raiva, o que diminuiu a mortalidade.

1.2 Relaciona a evolução da população mundial, expressa na tabela, com o desenvolvimento


agrícola e industrial do século xix.

A população, nos países indicados, cresceu de forma acentuada (tabela) devido à maior disponibilidade de

alimentos, aos progressos na medicina e na higiene, aos fármacos e aos transportes (que ajudaram as migrações).

1.3 Sublinha a única opção que corresponde ao fenómeno que resultou da forte redução da
mortalidade e da continuação de uma natalidade alta.

A. Crescimento populacional B. Explosão demográfica C. Êxodo rural

2 Observa
 e lê os documentos.

100
78
73

51
50
28
21
16
11 11 11

0
1700 1800 1900

Primário Secundário Terciário

Doc. 2 População ativa europeia por setor de Doc. 3 Plano de expansão de Barcelona, de
atividade (em percentagem). Ildefons Cerdà (1860).

2.1 Desenvolve o tema «Transformações económicas e populacionais na Europa do século xix»


a partir dos dois documentos e abordando: alterações económico-sociais nos campos;
crescimento das cidades.
u1p64h1
Nos campos, a mecanização e o aumento da população tornaram difícil encontrar emprego na agricultura,

tornando maciça a migração para as cidades em busca de trabalho nos setores secundário e terciário em

crescimento (Doc. 2). As cidades cresceram em população e tamanho, sendo cada vez mais procuradas à medida

que a industrialização se desenvolvia, o que obrigou à realização de planos de expansão (Doc. 3).

62
TEMA 4 A CIVILIZAÇÃO INDUSTRIAL NO SÉCULO xix

Doc. 4

Condições de vida nos bairros


periféricos de Manchester (1853)
Há doze anos ainda não existiam leis sobre a
pavimentação das ruas e o escoamento das águas. Era
o caso de Manchester, onde em 1831 viviam 142 000
pessoas. Não se percebiam as relações que existiam
5 entre […] isso e a cólera. Não existia nenhuma lei

sobre construção. Cada um constrói como lhe ape-


tece […]. Nas ruas, as valas transbordam com água
estagnada e servem de cemitério a cães e gatos. […]
Em Manchester não existe nenhum parque público
10 onde os habitantes possam passear e respirar ar puro.

Relatório da Comissão de Inquérito (adaptado)


Doc. 5 Ópera de Paris (1870).

2.2 Identifica quatro dos problemas existentes nos bairros pobres de Manchester, referidos
no documento 4.

Falta de pavimentação das ruas, águas estagnadas em valas que provocam cólera, construção desordenada e

inexistência de zonas de lazer.

2.3 Sublinha, a partir do documento 5, quatro das características urbanísticas dos centros
das cidades e dos bairros residenciais burgueses nas grandes cidades do século xix.

2. Locais de lazer 4. Construção 5. Poluição


1. Ruas sujas 3. Criminalidade
e diversão planeada industrial

6. Avenidas 7. Casas 8. Construção 9. Águas


10. Policiamento
calcetadas degradadas desordenada estagnadas

3 Observa o documento.

Legenda: CALIFÓRNIA — Cornucópia do Mundo;


LAR PARA MILHÕES DE IMIGRANTES.
43 795 000 acres para agricultores.
Um clima saudável...

3.1 Refere três das razões da emigração europeia,


no fim do século xix.

Desemprego e baixos salários na Europa, a miséria e más

condições de vida e a atração por parte de regiões do

Mundo com muitos recursos, mas com falta de mão de obra,

em especial no Norte da América (Doc. 6).

3.2 Refere três das vantagens que a Califórnia


(EUA) oferecia aos imigrantes.
Grandes áreas de terra para os agricultores, grande riqueza Doc. 6 Cartaz de incentivo à imigração

para a Califórnia (EUA), no século
e prosperidade e clima saudável. xix.

Terminei a ficha em / / .

63
Ficha 24 Unidade 8  burgueses, proletários, classes
médias e camponeses Páginas 180-185 do manual

Contrastes na sociedade do século xix

1 Lê
 e observa os documentos.

Doc. 1

A mentalidade da nova «aristocracia»


Andrew Carnegie nasceu na Escócia, veio para os EUA num
barco de emigrantes […] e foi sempre amealhando o seu pé-de-
-meia: desde que tivesse um dólar punha-o a render. […]
Comprou ações quando estavam baratas. Tinha confiança nos
5 caminhos de ferro e nas comunicações […], construiu pontes e

fábricas. Apostava no petróleo, apostava no aço. Economizou


sempre; assim que atingia um milhão de dólares punha-o a
render. […] Criou bibliotecas, institutos científicos e fundações. Doc. 2 Georges Seurat,
John dos Passos, Paralelo 42 (adaptado) Domingo à Tarde na Ilha
de Jatte, 1884.

1.1 Identifica a atividade profissional da personagem da documento 1, que a torna membro


da nova «aristocracia do dinheiro».

O indivíduo era um investidor na Bolsa e proprietário de fábricas, pertencente à grande burguesia industrial e

financeira.

1.2 Refere, com base no documento 1, três das características da mentalidade dominante na
burguesia do século xix.

Maneira de pensar dominada pela poupança, pela procura do enriquecimento pessoal e pela preocupação com a

imagem.

1.3 Refere, a partir dos documentos 1 e 2, três dos hábitos aristocráticos e três dos novos
hábitos adotados pelas famílias burguesas endinheiradas.

Hábitos aristocráticos: viverem em mansões com jardins, usarem joias, dedicarem-se a atividades filantrópicas

(Doc. 1); hábitos novos: frequentarem o jardim público (Doc. 2) e as praias, praticarem atividades desportivas

e enviarem os filhos para estudarem nas universidades.

1.4 Relaciona a progressiva evolução da escolarização, expressa na tabela, com o


aparecimento das classes médias.

Cronologia da instrução pública em Portugal

A Constituição Liberal reconhece o direito


1822
à educação

Publicação do Regulamento Geral da Instrução


1835
Primária

1870 Criação do Ministério da Instrução Pública Doc. 3 Retrato de família


da classe média.
1911 Estabelecimento do ensino gratuito e obrigatório

A melhor formação escolar e profissional permitia obter empregos mais bem remunerados em escritórios de

empresas e bancos e no funcionalismo público; também trabalhavam no pequeno comércio.

64
TEMA 4 A CIVILIZAÇÃO INDUSTRIAL NO SÉCULO xix

2 Lê
 o texto com atenção.

Doc. 4

A vida dos operários


Das pequenas casas escuras [...] saíam à pressa, de que precisavam. O dia fora suprimido da vida
como baratas assustadas, pessoas tristes, cujos mús- sem deixar rasto mas o homem via próximo o pra-
culos o sono não conseguira revigorar. Caminha- 20 zer do descanso, a alegria da taberna cheia de fumo

vam pela rua mal pavimentada para a grande gaiola e sentia-se contente. […] O cansaço acumulado
5 de pedra da fábrica, que as esperava. A lama esta- durante anos retirava o apetite às pessoas e, por isso,
lava sob os pés. […] E ao encontro das pessoas che- muitos, para comer, bebiam, excitando o estômago
gavam outros sons: o ruído pesado das máquinas. O com as queimaduras da vodka […]. Quando se
grunhido do vapor. 25 encontravam uns com os outros, falavam da fábrica,

À tarde, […] a fábrica expelia as pessoas das das máquinas, maldiziam os capatazes, todas as
10 suas entranhas de pedra, como autêntico lixo, e de palavras e pensamentos estavam ligados ao traba-
novo elas caminhavam pelas ruas, de rostos enegre- lho. […] Ao regressarem a casa os homens discu-
cidos pelo fumo nos quais brilhavam os dentes tiam com as mulheres e frequentemente batiam-lhes
famintos. As suas vozes eram agora animadas e 30 […].

mesmo alegres – terminavam por hoje o trabalho de A vida fora sempre assim […]. Depois de viver
15 forçados, em casa esperava-os o jantar e o repouso. assim uns cinquenta anos, o homem morria.
O dia fora devorado pela fábrica, as máquinas Máximo Gorki, A Mãe, 1906 (adaptado)
sugaram dos músculos dos homens todas as forças

2.1 Explica três razões para o uso da expressão «trabalho de forçados» para descrever o dia
de trabalho dos operários.

Para fugirem ao desemprego, os operários aceitavam trabalhar horas excessivas, em condições de trabalho

expostos a acidentes e problemas de saúde; viviam permanentemente cansados, alimentavam-se mal e praticavam

a mesma rotina monótona diariamente.

2.2 Refere três características de uma condição de vida degradante que «fora sempre assim».

A frequência das tabernas e o alcoolismo, a raiva acumulada pela vida que levavam, a violência doméstica e a baixa

esperança de vida.

2.3 Associa cada uma das frases da Coluna A à única expressão correta na Coluna B.

Coluna A Coluna B

1. Associações de operários que lutam por melhores


a) Socialismo 1 c)
condições de trabalho e vida
2. Formas organizadas de luta e de contestação
b) Bismarck 2 e)
do movimento sindical
3. Primeira resposta dos governos liberais às lutas
c) Sindicatos 3 f)
desencadeadas pelos sindicatos
4. Movimento político que critica a exploração a)
d) Karl Marx 4
do sistema económico capitalista
5. Filósofo que defende o fim do sistema capitalista
e) Greves 5 d)
através da Revolução
6. Político responsável pelos primeiros mecanismos
f) Repressão 6 b)
estatais de segurança social

Terminei a ficha em / / .
65
Síntese dos conteúdos
TEMA 4 — A civilização industrial do século xix 

1 Estabelece
 uma relação de causa/consequência entre os elementos das duas colunas.

Causas Consequências

1. Adaptação da máquina a vapor


a) Aceleração da mundialização
ao transporte terrestre (comboio) 1 e)
da economia
e marítimo (barco)
b) Investimento na tecnologia e
2. Pioneirismo britânico na
procura de novas fontes de 2 c)
«revolução dos transportes»
energia (petróleo e eletricidade)
3. Transportes mais rápidos entre
c) Supremacia industrial até 1870 3 a)
os vários continentes
4. Maior capacidade de produção d) Descida dos preços e maior acesso
4 d)
de bens industriais e alimentos por parte da população em geral
5. Necessidade de aumentar a
e) Facilidade na circulação de
capacidade de produção de
pessoas e bens (matérias-primas 5 b)
forma a satisfazer um número
e produtos transformados)
crescente de consumidores

2 Enquadra
 os países no seu respetivo modelo de industrialização, recorrendo às letras A e B.

A. Grã-Bretanha e Estados Unidos B. Alemanha

A Modelo baseado no liberalismo económico, teoria segundo a qual a atividade económica


deve regular-se pela lei da oferta e da procura, estimulando os investimentos privados e
individuais. O Estado pouco interfere em todo o processo.

B Modelo em que existe uma interferência direta do Estado, que regula as atividades
económicas e incentiva determinadas indústrias e a investigação científica. O Estado
adota também medidas de protecionismo alfandegário, para limitar a concorrência
estrangeira.

3 Pesquisa
 na sopa de letras as palavras que correspondem às frases apresentadas.

R E A L I S M O F G O A R C P
D S I D E R U R G I A L O I O
G E T D J O H D U J K E M E M
H Q T I N B J F U L O X A N S
J W J U M E J G U O L A N T I
N R K Y F R F H U P G N T I N
H F H T T T R J H O H D I S O
H D Y T F K O C H L J E S M I
S A M U E L M O R S E R M O C
M A R C O N I C J Q E B O I U
Y Y T Y E U E I J B Y E O K L
Y I T U R I E E A M U L Y O O
H U R J H K W N S I P L T I V
J G F H T H S T R J P O O P E

66
A. Identificou os bacilos causadores da tuberculose e da cólera. Robert Koch

B. Inventou o telégrafo. Samuel Morse

C. Inventou o telefone. Alexander Bell

D. Inventou a telegrafia sem fios, a qual iniciou a época das telecomunicações. Marconi

E. Indústria que permitiu o desenvolvimento da arquitetura do ferro, expressão estética


e funcional das sociedades industrializadas e urbanizadas. Siderurgia

F. Atitude que desvalorizava as conceções religiosas, a filosofia e as humanidades e defendia


que a Ciência era o meio para resolver todos os problemas. Cientismo

G. Teoria que questionava as explicações bíblicas da criação do Homem e da Natureza,


defendendo uma conceção evolucionista das espécies. Evolucionismo

H. Movimento que exaltava os sentimentos, a grandiosidade dos fenómenos naturais


e aspetos do passado com os quais se identificava, alheando-se do mundo urbano
e industrializado. Romantismo

I. Movimento
 de expressão literária que procurava retratar o presente e a realidade
de forma rigorosa. Realismo

4 Completa,
 com as palavras da chave, o quadro relativo ao processo português de
implantação do liberalismo e de arranque da industrialização. Deves seguir uma ordenação
cronológica.

CHAVE: 
Período do Realismo 1834-1851 Fontismo
     

Passos Manuel introduziu escolas secundárias nas principais cidades


Revolta da «Maria da Fonte» Período do Romantismo 1851


   

Reforma da Carta Constitucional Política de desenvolvimento industrial


   

Crescimento da população «Revolução de Setembro»


    

Governo de Costa Cabral «Patuleia»


Período de instabilidade Regeneração


•  1834-1851 •  1851
•  «Revolução de Setembro» •  Fontismo
•  Passos Manuel introduziu escolas secundárias nas •  Política de desenvolvimento industrial
principais cidades •  Crescimento da população
•  Reforma da Carta Constitucional •  Período do Realismo
•  Governo de Costa Cabral
•  Revolta da «Maria da Fonte»
•  «Patuleia»
•  Período do Romantismo

67
Síntese dos conteúdos
5 Assinala
 com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo apresentadas. Deves corrigir
as falsas.

A. No século xix, aconteceu uma «explosão demográfica» nos países industrializados. V
B. O crescimento da população e o aumento da esperança média de vida justificam-se F
pelas várias inovações conseguidas na astronomia.

C. O êxodo rural e a emigração para as zonas industrializadas provocaram um grande F


aumento da população nas zonas rurais.

D. Os bairros operários eram as zonas mais pobres e sujas da cidade.


V
E. Nos bairros residenciais viviam as pessoas mais pobres. F
F. A burguesia destacou-se como o grupo social mais poderoso do mundo V
industrializado.

G. A industrialização proporcionou o surgimento de um novo grupo social, V


as classes médias.

H. As classes médias eram compostas por profissionais ligados aos serviços F
e às profissões liberais, que tinham um salário muito baixo.

I. Os operários eram os trabalhadores das fábricas. V

J. Os operários tinham salários muito baixos, trabalhavam muitas horas e viviam
V
em condições miseráveis.

K. Para lutar pelos direitos das classes médias surgiram os sindicatos F

L. O socialismo surgiu no sentido de organizar uma luta política a favor dos direitos
V
dos operários.

Correções:

B.  O crescimento da população e o aumento da esperança média de vida justificam-se pelas alterações económicas

das revoluções Agrícola e Industrial e pelas várias inovações conseguidas na medicina.

C.  O êxodo rural e a emigração para as zonas industrializadas provocaram um grande aumento da população nas

zonas urbanas.

E.  Nos bairros residenciais viviam as pessoas mais ricas.

H.  As classes médias eram compostas por profissionais ligados aos serviços e às profissões liberais, que tinham um

salário razoável.

K.  Para lutar pelos direitos dos operários surgiram os sindicatos.

Terminei a síntese em / / .

68
Matriz da prova final
Objeto de Avaliação
O objetivo desta prova é que tenhas a oportunidade de avaliar os conhecimentos na disciplina de
História e que conheças o método e os instrumentos utilizados nos testes intermédios, exames e
provas finais do IAVE. Os conteúdos em avaliação respeitam aos programas do 7.o ano e do 8.o ano.

Capacidades
Tratamento da Informação:
— Interpretar documentos de carácter diverso;
— Selecionar e identificar informação explícita e implícita nos documentos.
Compreensão Histórica:
— Temporalidade (situar no tempo acontecimentos);
— Espacialidade (localizar no espaço acontecimentos);
— Contextualização (evidenciar acontecimentos históricos; distinguir causas e consequências de
factos e acontecimentos; relacionar/comparar acontecimentos históricos de origem diversa).
Comunicação:
— Elaborar textos lógicos evidenciando o domínio da Língua Portuguesa;
— Expor claramente ideias, aplicando o vocabulário específico da disciplina.

Conteúdos
GRUPO 1.
A HERANÇA DO MEDITERRÂNEO ANTIGO
O mundo romano no apogeu do império: O Mediterrâneo romano nos séculos I e II; A civilização
romana: urbanismo, arte e cultura.
GRUPO 2.
PORTUGAL NO CONTEXTO EUROPEU DOS SÉCULOS XII A XIV
Economia, sociedade e poder político nos séculos xii e xiii: O dinamismo do mundo rural nos séculos
xii e xiii; Crises e revolução no século xiv.

GRUPO 3.
EXPANSÃO E MUDANÇA NOS SÉCULOS XV E XVI
O expansionismo europeu: O pioneirismo português no processo europeu de expansão; o processo
de união dos impérios peninsulares e a Restauração da independência portuguesa em 1640.
GRUPO 4.
O ARRANQUE DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E O TRIUNFO DOS REGIMES LIBERAIS CONSERVADORES
Da Revolução Agrícola à Revolução Industrial: O processo europeu de industrialização de meados
do século xviii e inícios do século xix.
Revoluções e Estados liberais conservadores: O sistema político em Portugal das Invasões
Francesas ao triunfo do liberalismo.
Caracterização do teste
— O teste apresenta quatro grupos de itens.
— Todos os grupos podem integrar itens de seleção e itens de construção.
— Todos os itens têm por suporte um ou mais documentos, cuja análise é fundamental.
O teste pode incluir itens com a seguinte tipologia e distribuição:

Tipologia de itens N.o de itens Cotação por item (em pontos)

Itens de seleção
— Escolha múltipla 8 a 12 2a6
— Associação/correspondência
— Ordenação
Itens de construção
3 ou 4
— Resposta curta1 8 a 12 4a8
— Resposta restrita2 12 a 17
— Resposta extensa3
1
Resposta objetiva que requer apenas uma palavra ou frase.
2
Resposta que se limita ao objeto da pergunta e não pressupõe complementos.
3
Resposta de desenvolvimento, que pode contextualizar e relacionar assuntos.

69
Prova final
I — A herança do Mediterrâneo Antigo 
O Mediterrâneo romano nos séculos i e ii
N
LEGENDA
Estradas principais Cobre Têxteis Azeite Especiarias
Outras estradas Ouro Trigo Cerâmica Vinho
Londres (do Báltico) Cidades Peles Cavalos
Oceano Escravos Vidro
Tréveris Portos principais Sal Âmbar
Atlântico

Ruão
Nantes

Carerum Bordéus
Asturica
Augusta
Lião

Olisipo Ravena Mar Negro


(Lisboa)
Toletum Caesar Marselha
Augusta
Emerita Augusta Bizâncio Nicomédia Trapezus
Saguntum
Tarento
Gades Roma Pérgamo
Cartago Nova
Tânger
Messina
Reggio Atenas Éfeso
(do interior di Calabria Antioquia
de África) Cartago

Mar
Mediterrâneo
Jerusalém
Limite do Império
Alexandria (da China)

0 300 km

Doc. 1 O Império Romano.

1 Partindo
 da análise do documento 1, explica o sentido da expressão «Mare Nostrum»,
utilizada pelos Romanos.
U1p68h1
«Mare Nostrum» significa «o nosso mar» em latim e o seu uso pelos Romanos decorria do domínio que tinham

de toda a área à volta do mar Mediterrâneo, como se pode observar no mapa (Doc. 1).

2 Com
 a ajuda do documento 1, faz a correspondência (através das letras A, B e C) entre as
expressões e as três características da economia do Império Romano.

A. Economia comercial B. Economia urbana C. Economia monetária

A As cidades romanas eram numerosas e densamente habitadas, o que obrigou ao


desenvolvimento de um amplo sistema de distribuição e troca de produtos essenciais.

C Os Romanos deram continuidade ao sistema de troca utilizado já pelos Gregos,


permitindo até que diversos municípios cunhassem a sua própria moeda.

B Numerosas lojas e oficinas espalhavam-se pela paisagem urbana, levando a agitação


própria do negócio a espelhar-se no quotidiano de cada cidade.

A O trigo vindo da Península Ibérica ou do Norte de África era distribuído por todo o
Império, em troca de tecidos e perfumes.

70
A civilização romana: urbanismo, arte e cultura

Doc. 2 Roma no século ii.

Doc. 3

As construções dos Romanos


A prudência romana empregou-se principal- dizer-se que os rios correm para as cidades, e
mente em coisas que pouca atenção receberam dos quase todas as cidades, providas de canalizações,
gregos – pavimentação de estradas, construção de possuem esgotos.
aquedutos e esgotos. […] O fornecimento de água Estrabão (geógrafo e historiador, 64 a. C.-24 d. C.),
5 por meio de aquedutos era tão abundante que pode Geografia (adaptado)

3 A
 partir do texto, explica as preocupações dos Romanos na construção das suas cidades.
Enquanto os Gregos nos legaram uma preocupação artística com a decoração das suas cidades (sobretudo Atenas),

os Romanos deixaram-nos técnicas urbanísticas viradas para necessidades práticas da vida em cidades:

boas estradas, esgotos e distribuição de água (Doc. 3). Puderam, assim, construir grandes cidades (Doc. 2).

Os Romanos legaram-nos também boas técnicas de construção de edifícios.


71
Prova final
II — Portugal no contexto europeu dos séculos XII a XIV
O dinamismo do mundo rural nos séculos xii e xiii

1 Primeiro
ano

Segundo
2 ano

Terceiro
3 ano

1 — Cultivo 1
2 2 — Cultivo 2
3 — Pousio

Doc. 4 Afolhamento trienal. Doc. 5 A charrua (século xii).


Evolução da população europeia
Em milhões de habitantes 1 A
 partir da análise dos Docs. 4, 5 e 6,
80
seleciona as afirmações verdadeiras.

u1p70h1 A. A população europeia cresceu F


70 entre os anos 1300 e 1400.

B. As novas técnicas e invenções V


60 aplicadas à agricultura tiveram
como consequência o aumento
da população europeia entre
50 os séculos xi e xiv.

C. O afolhamento trienal consistia V


na rotação das terras cultivadas,
40
1250 1300 1350 1400 1450 protegendo mais o solo
Doc. 6 Gráfico com a evolução da população do desgaste.
europeia entre os séculos xii e xv.
D. A charrua servia para empurrar F
os bois.

2 Relaciona o aumento da produção agrícola com o dinamismo comercial do período em análise.

O aumento da produção agrícola levou a uma maior abundância de alimentos, que podiam, assim, ser vendidos em

feiras e mercados, estimulando o dinamismo do comércio.

72
Crises e revolução no século xiv
Doc. 7

A crise
Em 1315, o tempo foi muito mau: nas zonas
de clima oceânico, as terras foram inundadas
de chuva. Uma parte dos trigos de inverno
apodreceu na terra, as colheitas foram fracas
5 e muito difíceis as lavras de outono. […]

Esta fome, pela sua extensão geográfica,


provocou epidemias sérias e uma forte subida
de mortalidade.
Pierre Léon (dir.), História Económica e Social do
Mundo (adaptado)
Doc. 8 Batalha de Poitiers, 1356.

Doc. 9

A Peste Negra
No ano do Senhor de 1347, três galeras carre- foram fechadas as portas da cidade, com exceção
gadas de especiarias chegaram ao porto de de duas pequenas, pelo que morreram quatro quin-
Génova, vindas à pressa do Oriente mas horrivel- tos da população.
mente infetadas. […] Empurrados de porto em Carta de Luís de Boeringer, 1348
5 porto, um dos três navios chegou a Marselha. Aqui

3 Com base na análise dos documentos 7, 8 e 9, explica as causas da crise europeia do século xiv.

A crise europeia foi causada por uma conjugação de diferentes fatores: as alterações climatéricas, que originaram

más colheitas e grande escassez de alimentos (Doc. 7); as guerras permanentes, sobretudo a Guerra dos Cem Anos

(Doc. 8); a chegada à Europa de uma epidemia mortífera, a Peste Negra (Doc. 9). Estes três fatores conjugados,

sobretudo o último, causaram uma grande mortalidade e um recuo muito grande da população da Europa.

4 Além de ter sido afetado pelos mesmos problemas da restante Europa, em Portugal deu-se
uma contenda específica. Refere a problemática que o nosso país viveu nos anos de 1383-1385.
Em Portugal, houve nesta época uma problemática específica: a crise dinástica

causada pela morte do rei D. Fernando. A sua herdeira D. Beatriz, casada com

o rei de Castela, não era desejada como rainha por uma grande parte do País,

que preferiu apoiar como candidato ao trono D. João, Mestre de Avis (Doc. 10),

meio irmão de D. Fernando.

Doc. 10 D. João, Mestre de Avis.

73
Prova final
III — Expansão e mudança nos séculos XV a XVI
O pioneirismo português no processo europeu de expansão
Doc. 11

As condições portuguesas
Quais foram os motivos que impulsionaram os gica, mas sobreposta: 1.º um zelo de cruzada contra
dirigentes e os organizadores da expansão portu- os Muçulmanos; 2.º o desejo de se apoderarem do
guesa? […] Com risco de uma simplificação exage- ouro da Guiné; 3.º a questão do Preste João; 4.º a
rada, pode dizer-se que os motivos principais que 10 procura das especiarias orientais.

5 inspiraram os dirigentes portugueses (reis, príncipes, C. R. Boxer, O Império Colonial Português (adaptado)
nobres e mercadores) foram, numa ordem cronoló-

1 De
 acordo com a informação fornecida pelo documento 11, nomeia o grupo social que estaria
mais interessado no comércio das especiarias orientais.

A burguesia.

2 Explica
 dois motivos, para o pioneirismo português no processo europeu de expansão que
não estejam no texto.

Dois motivos importantes que não estão no texto foram: a posição geográfica de Portugal (com ampla costa

atlântica e próximo de África) e os conhecimentos náuticos importantes que existiam no nosso país (caravela,

instrumentos de navegação astronómica, etc.).

O processo de união dos impérios peninsulares e a


Restauração da independência portuguesa em 1640
Doc. 13

Não acudia Filipe IV à defesa e recuperação das


nossas conquistas, que eram tomadas pelos inimigos de
Castela. Afligia e vexava os povos com tributos insupor-
táveis, sem serem aceites em Cortes. Gastava rendas
5 comuns em guerras alheias, vendia por dinheiro os

ofícios da justiça e da fazenda e provia neles pessoas


indignas e incapazes.
D. Luís de Meneses, História de Portugal Restaurado (adaptado)

Doc. 12 D. Sebastião.

3 Após a morte de D. Sebastião em Alcácer-Quibir, iniciou-se uma crise dinástica. Seleciona os


três principais pretendentes ao trono português.

X A. D. Catarina, duquesa de Bragança D. D. Sancho

B. D. João X E. D. António, prior do Crato

X C. Filipe II, rei de Espanha

74
4 Partindo
 da análise do documento 13, explica as causas que levaram à Restauração da
Independência de Portugal em 1640.

As causas da Restauração da Independência de Portugal foram o incumprimento das promessas de Filipe II às Cortes

de Tomar (1581) pelos seus sucessores. Os reis Filipe III e Filipe IV (II e III de Portugal) lançaram impostos sem

reunirem as Cortes, envolveram Portugal nas guerras de Espanha e nomeavam espanhóis para cargos importantes

em Portugal (Doc. 13). Isto era uma violação dos princípios da monarquia dual: o mesmo rei para dois reinos

separados.

IV — O arranque da Revolução Industrial e o triunfo


dos regimes liberais conservadores
O processo europeu de industrialização de meados
do século xviii e inícios do século xix
Doc. 15

A industrialização em Inglaterra
A convergência de invenções técnicas sur-
gidas nos fins do século xviii nos domínios da
energia, da metalurgia e da indústria têxtil, na
Inglaterra, foi chamada «primeira revolução
5 industrial». Ainda não tinha decorrido um

século quando uma segunda revolução indus-


trial transformou de novo as estruturas indus-
triais mundiais […].
J. A. Lesourd e C. Gerard, História Económica
(adaptado)
Doc. 14 

1 Refere
 a invenção técnica que permitiu o arranque da «primeira revolução industrial» (Doc. 15).

A invenção técnica que permitiu o arranque da «primeira revolução industrial» (Doc. 15) foi a máquina a vapor

de James Watt (Doc. 14).

2 Seleciona
 as fontes de energia que marcaram a «segunda revolução industrial» (Doc. 14).

A. Eólica

B. Térmica

C. Vapor

X D. Petróleo

X E. Eletricidade

75
Prova final
O sistema político em Portugal, das Invasões Francesas
ao triunfo do liberalismo

3 As personalidades apresentadas nos Docs. 16 e 17 foram reis de Portugal. Nomeia o regime
político defendido por cada um deles.

D. Pedro IV — monarquia liberal (constitucional e parlamentar).

D. Miguel I — monarquia absoluta (absolutismo régio).

Doc. 16 D. Pedro IV. Doc. 17 D. Miguel I.

4 Desenvolve
 o seguinte tema:

Das Invasões Francesas a 1834, o triunfo do liberalismo em Portugal.

A tua resposta deve integrar a explicação dos seguintes tópicos:

— As Invasões Francesas;
— O processo da revolta liberal de 1820;
— A independência do Brasil;
— A Guerra Civil de 1832-1834.

As Invasões Francesas, a partir de 1807, forçaram a família real e a Corte a refugiarem-se no Brasil. Apesar da capacidade

de resistência aos Franceses, com apoio inglês, Portugal ficou na dependência do Brasil, como se fosse uma colónia.

A abertura dos portos do Brasil ao comércio inglês, em 1810, prejudicou os interesses da burguesia de Lisboa e do Porto,

assentes no exclusivo comercial. O descontentamento dos burgueses convergiu com o dos militares, sujeitos ao chefe

militar inglês Beresford. O resultado desta situação foi a revolução liberal de 24 de agosto de 1820, no Porto, que teve

apoio em Lisboa. Apesar de pedirem o regresso do Rei a Portugal, os revoltosos queriam uma Constituição liberal,

inspirada nas revoluções Americana e Francesa. Assim, convocaram as Cortes Constituintes e elaborou-se a Constituição

de 1822. Porém, a resistência dos absolutistas, liderados pelo infante D. Miguel, era forte e aproveitou a independência

do Brasil para se afirmar. Após a morte de D. João VI, o seu sucessor D. Pedro IV (também imperador do Brasil) tentou

conciliar liberais e absolutistas com a Carta Constitucional (1826). O seu irmão infante D. Miguel, que deveria ficar

a governar como regente, rompeu esse acordo e proclamou-se rei absoluto. D. Pedro teve então de deixar o Brasil

76
e dirigiu-se à Europa para lutar pelo liberalismo moderado da Carta em Portugal. Entre 1832 e 1834, deu-se uma Guerra

Civil entre liberais (liderados por D. Pedro) e absolutistas (liderados por D. Miguel). Os liberais ganharam e instituiu-se

duradouramente uma monarquia liberal em Portugal.

COTAÇÕES

GRUPO I

1. 8 pontos

2. 4 pontos

3. 6 pontos

18 pontos

GRUPO II

1. 2 pontos

2. 8 pontos

3. 8 pontos

4. 4 pontos

22 pontos

GRUPO III

1. 4 pontos

2. 8 pontos

3. 3 pontos

4. 8 pontos

23 pontos

GRUPO IV

1. 6 pontos

2. 8 pontos

3. 6 pontos

4. 17 pontos

37 pontos

TOTAL 100 pontos

77
78
0 1400 2800 5600 km

Escala 1:140 000 000


0 250 500 1000 km

Escala 1: 25 000 0000

79
O Projeto Desafios de História destinado ao 8.o ano de escolaridade,
3.o Ciclo do Ensino Básico, é uma obra coletiva, concebida e criada pelo Departamento
de Investigações e Edições Educativas da Santillana, sob a direção de Sílvia Vasconcelos.

EQUIPA TÉCNICA
Chefe de Equipa Técnica: Patrícia Boleto
Modelo Gráfico e Capa: Carla Julião
Ilustrações: Paulo Oliveira
Paginação: Lídia Aguiar e Sérgio Pires
Documentalista: Luísa Rocha
Revisão: Sofia Graça Moura

EDITOR
Luís Aguiar Santos

CONSULTOR PEDAGÓGICO E CIENTÍFICO


Miguel Corrêa Monteiro — Doutor em História pela Faculdade de Letras da Universidade
de Lisboa e coordenador do mestrado em Didática da História na mesma faculdade.

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