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OSTENSIVO EN-132

CAPÍTULO 1

ORGANIZAÇÃO DO NAVIO

1.1 - GENERALIDADES
Neste capítulo será apresentada a organização básica dos navios da MB, identificando os
Departamentos, Grupos e Divisões normalmente existentes a bordo dos principais tipos
de navios; bem como, a Organização Administrativa e a Organização de Combate dos
navios de guerra.
Além disso, serão definidas a autoridade, a responsabilidade e as atribuições do
Comandante, do Imediato, dos Chefes de Departamentos, Encarregados de Grupos e
Divisões a bordo dos navios da Armada.
Finalmente, serão abordados os serviços a bordo dos navios de guerra, nas diversas
condições de prontidão, as fases da vida de um navio, as principais funções colaterais de
oficiais e as principais funções de praças nos navios da MB.
1.2 - ORGANIZAÇÃO BÁSICA DOS NAVIOS DA MB
A Organização do navio deverá ter, basicamente, uma estrutura para a guerra, dotada de
flexibilidade necessária para atender às atividades em tempo de paz, assegurando uma
rápida transição para as contingências de guerra, sem a necessidade de alterações
fundamentais. Assim, todo navio deverá possuir uma Organização de Combate(OC) e
uma Organização Administrativa (OA).
Tanto a OC quanto a OA deverão prover uma adequada divisão de trabalho e distribuição
de funções a bordo, de modo a, respectivamente, propiciar a máxima eficácia e
possibilitar que o navio alcance a máxima eficiência.
1.2.1 - Estrutura Organizacional de navio
a) Estrutura Administrativa
O navio sob o Comando de um Oficial do Corpo da Armada, auxiliado diretamente
por um Imediato, também do Corpo da Armada, será organizado em Departamentos
e Divisões. O Departamento é o órgão que congrega todos os trabalhos de mesma
natureza ou de natureza afim, competindo-lhe a coordenação das atividades
técnicas e administrativas das Divisões. Poderá compreender uma ou mais
Divisões, conforme a necessidade do serviço.
A Divisão é a unidade básica da Organização, em que se subdividem os
Departamentos a bordo de um navio de guerra. Uma divisão normalmente congrega
trabalhos de natureza semelhante, abrangendo uma determinada zona de navio,

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itens de material localizados em sua responsabilidade e em áreas de outras Divisões
e o pessoal a ele alocado.
Nos navios maiores, de organização mais complexa, Divisões de natureza afim de
um mesmo Departamento poderão ser agrupadas para formarem Grupos de
Divisões.
A existência e o número de Departamentos, Grupos e Divisões dependerão do tipo e
do porte do navio, bem como da natureza e vulto dos encargos nele encontrados.
Entretanto, a publicação “ComOpNav 651 – Normas para a Elaboração das
Organizações dos Navios e Forças Navais” prevê que um navio será, basicamente,
organizado nos seguintes Departamentos:
I) Departamento de Operações (chefiado por um oficial do Corpo da Armada
(CA)).
II) Departamento de Aviação (chefiado por um oficial CA).
III) Departamento de Armamento/Convés (chefiado por um oficial CA).
IV) Departamento de Intendência (chefiado por um oficial do Corpo de Intendentes
da Marinha (IM)).
V) Departamento de Saúde (chefiado por um oficial do Corpo de Saúde de
Marinha).
VI) Determinados tipos de navios poderão ter outros Departamentos, de acordo com
o emprego especializado. Assim, nos navios-oficina existirá um Departamento
de Reparos, nos navios Hidrográficos um Departamento de Hidrografia, nos
navios-escola um Departamento de Ensino, etc.
As divisões em que são subdivididos os Departamentos são estabelecidas na
estrutura da organização de modo que possam ser designadas como Unidades
dentro dos componentes da Organização Administrativa de Combate dos Navios.
Abaixo estão relacionadas, pelos Departamentos que a pertencem e seguidas das
abreviaturas correspondentes, as Divisões que, normalmente, poderão existir nos
navios de guerra.
I) Departamento de Operações
 Divisão de Comunicações – Oscar Uno (O-1)
 Divisão de CIC – Oscar Dois (O-2)
 Em navios de pequeno porte, o Departamento de Operações poderá ser
constituído de apenas uma Divisão de Operações (OSCAR), ou não justificando
pelo menos uma divisão, o pessoal e o material serão incorporados ao
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Departamento/Divisão de Armamento/convés.
Por outro lado, navios maiores poderão ter outras Divisões no Departamento de
Operações além das duas Divisões básicas (0-1 e 0-2). O Nael “Minas Gerais”,
por exemplo, apresenta no seu Departamento sete Divisões, divididas em quatro
grupos (Grupo de Comunicações, Grupo de CIC, Grupo de Eletrônica e Grupo de
Operações Aéreas).
II) Departamento de Armamento e Convés
As Divisões do Departamento de Armamento/Convés são designadas
numericamente: 1ª Divisão, 2ª Divisão, etc., compreendendo zonas do navio e
partes do armamento. Há, ainda, uma Divisão de Direção de Tiro, designada
Divisão FOXTROT (F) (nos navios mais modernos esta Divisão é denominada
Divisão de Sistemas – Divisão SIERRA (S)).
número de Divisões do Departamento de Armamento/Convés dependerá do tipo
e porte do navio. Nos contratorpedeiros, por exemplo, o Departamento de
Armamento é constituído por duas Divisões (1ª Divisão e Divisão F). Nas
fragatas, encontramos a 1ª Divisão, 2ª Divisão e a Divisão S. No Nael “Minas
Gerais”, contudo, o Departamento de Armamento é formado por quatro
Divisões: 1ª Divisão, 2ª Divisão, 3ª Divisão e 4ª Divisão, constituído por
Fuzileiros.Navais. (FN).
Quando o pessoal e o material não justificar a constituição de mais de uma
Divisão, o Departamento de Armamento/Convés será constituído de apenas uma
Divisão, a 1ª Divisão ou Divisão de Convés.
III) Departamento de Máquinas
 Divisão de Máquinas Principais - MIKE (M)
 Divisão de Caldeiras – CHARLIE (C)
 Divisão de Máquinas Auxiliares – ALFA (A)
 Divisão de Reparos – ROMEO (R)
 Divisão de Eletricidade – ECHO (E)
Conforme o sistema de propulsão utilizado pelo navio e o seu porte, o número de
Divisões do Departamento de Máquinas poderá variar. Assim, nas Fragatas
encontramos três Divisões no Departamento de Máquinas: Divisão M, Divisão A
e Divisão E. Enquanto nos Contratorpedeiros encontramos apenas duas
Divisões: Divisão M e Divisão R.
IV) Departamento de Intendência
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 Divisão de Abastecimento – INDIA UNO (I – I)
 Divisão de Finanças – INDIA DOIS (I – 2)
 Divisão de Conforto – INDIA TRÊS (I – 3)
 Quando o pessoal e o material não justificarem a constituição de pelo menos
uma Divisão, esses serão incorporados ao Deptº/Div. de Armamento/Convés.
V) Departamento de Saúde
 Divisão de Serviços Médicos – SIERRA UNO (S – 1)
 Divisão de Serviços Odontológicos – SIERRA DOIS (S – 2)
 Quando o pessoal e o material não justificarem a constituição de pelo menos
uma Divisão, esses serão incorporados ao Deptº/Div. de Armamento/Convés.
VI) Departamento de Aviação
 Divisão de Convôo – VICTOR UNO (V – 1)
 Divisão de Catapulta e Aparelho de Parada – VICTOR DOIS (V – 2)
 Divisão de Hangar – VICTOR TRÊS (V – 3)
 Divisão de Armamento de Aviação – VICTOR QUATRO (V – 4)
 Divisão de Combustíveis de Aviação - VICTOR CINCO (V – 5)
 Divisão de Motores e Estrutura de Aviação – VICTOR SEIS (V – 6)
 Divisão de Aviônica - VICTOR SETE (V-7)
Nos navios onde operam aeronaves orgânicas e não necessitam de um
Departamento nem Divisão de Aviação, existe um Departamento Aéreo
Embarcado (DAE), a nível de Departamento /Divisão, que é ativado por ocasião
das operações.
b) Organização Administrativa de Navios

Na Organização Administrativa de um navio deverá constar:


I) Generalidades
 Ato de Incorporação
 Classificação
 Subordinação
II) Base da Organização
 Elementos componentes da Estrutura Organizacional Administrativa em
todos os níveis e o respectivo organograma; e
 Funções, incumbências e encargos colaterais dos componentes para o
desempenho das atividades administrativas.
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III) Deveres e Atribuições
Discriminação dos deveres e atribuição de cada componente da tripulação,
exceto aqueles já previsto na OGSA.
IV) Distribuição do Pessoal
 Lotação do navio
 Discriminação do pessoal por funções
 Discriminação do pessoal pelos diversos postos
 Organização e atribuições de serviço a bordo;
 Distribuição do pessoal por Divisões e Quartos de serviços
 Tabela Mestra.
V) Distribuição dos compartimentos e do material
 Normas para distribuição; e
 Distribuição dos compartimentos e material.
VI) Fainas comuns e especiais
Normas a serem cumpridas e sua execução.
VII) Controle de avarias
 Deveres e atribuições do pessoal do CAV;
 Distribuição do material e do pessoal;
 Procedimentos no caso de incêndio, colisão, alagamento, etc.
VIII) Rotinas
As necessárias ao desempenho do navio.
IX) Outros assuntos
 Detalhe de serviço;
 T.F.M.; e
 Segurança, etc.
A figura 1.1 mostra a Organização de um contratorpedeiro. A figura 1.2 mostra a
Organização de uma fragata A/S classe “Niterói”. A figura 1.3 mostra os
Departamentos existentes nos diversos navios na MB.

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O R G A N IZ A Ç Ã O D E U M N A V IO ( C O N TR A TO R P E D E IR O )
C O M A N D A N TE
I M E D IA T O S E C R E TA R IA

Fig 1.1

1-6
D E P. D E O P E R A Ç Õ E S D E P. D E M Á Q U IN A S D E P. D E A R M A M E N T O D E P. D E IN TE N D Ê N C IA
D IV . 0 - 1 D IV . 0 - 2 D IV. M . D IV. R 1 ª . D IV D IV . F D IV . S D IV . I - 1
OSTENSIVO

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Fig 1.2

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N A V IO D E P. P R IN C IPA IS C O M PLEM .
O BS.
O N A M I A R H 1 - N o s N a v io s m e n o re s n ã o e x is t e
D e p a rt a m e n t o d e N a v e g a ç ã o . O
P A R Á N V E I
S p e s s o a l e o m a t e ria l q u e d e v e ria m
E V M Q T I P D in te g ra - lo s s ã o , In c o rp o ra d o s n o
A
R E A U E A A R D e p a rt a m e n t o d e O p e ra ç õ e s .
Ú
A G M I N Ç R O
D 2 - E m b o ra d e n o m in a d o S E R V IÇ O
Ç A E N D Ã O G
E D E IN TE N D Ê N C IA , t e m n ív e l D e p a r-
Õ Ç N A Ê O S R t a m e n t a l.
E Ã T S N F
S O O C I 3 - D e te rm in a d o D E S TA C A M E N TO
A D E A V IA Ç Ã O é a tiv a d o , e m n ív e l
D e p a rt a m e n t a l . P o r o c a s iã o d o

Fig 1.3
e m b a rq u e d e a e ro n a v e .

1-9
N a e l ” M IN A S G E R A IS ” X X 1 X X X X X
4 - N o s n a v io s p e q u e n o s , a s f u n ç õ e s
X X X X 2 X 3 d e in t e n d ê n c ia ( a b a s te c im e n t o ,
F R A G A TA S
m u n ic ia m e n to e p a g to ) p o d e m s e r
e x e rc id o s p o r u m o f ic ia l d o C o rp o
C O N T R A TO R P E D E IR O S X X X X4 d e A rm a d a , d e n o m in a d o G e s to r d o
N a v io .
S U B M A R IN O S X 5 X
5 - N o s n o s s o s s u b m a rin o s o S e to r
NDC C X X X X d e A rm a m e n to , c o n s tit u in d o a d iv i-
s ã o T ( To rp e d o s ), p e rte n c e a o
D e p a rt a m e n t o d e O p e ra ç õ e s .
N A V IO O F IC IN A X X X X X
N A V IO TA N Q U E X X
OSTENSIVO

OSTENSIVO
N A V IO H ID R O G R Á F IC O X X X X
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1.2.2 - Estrutura de Combate
Com o propósito de alcançar um funcionamento harmônico dos diversos sistemas e
recursos disponíveis no navio, esses deverão ser grupados numa estrutura de comando
e controle para correta operação em combate. O elemento organizacional dessa
estrutura será a Estação de Combate.
A Estrutura de Combate deverá ser flexível para atender aos diversos tipos de navios,
sendo basicamente composta das seguintes estações principais:
a) Comando;
b) Manobra;
c) Operações
d) Armamento;
e) Máquinas;
f) CAV.
Em caso de necessidade poderão ser incluídas outras estações, bem como, para as
estações consideradas vitais ao combate, deverão ser previstas Estações Secundárias.
a) Organização de Combate de Navios

Na organização de Combate dos navios deverá constar:


I) Generalidades
 Missão básica do navio, com suas tarefas principais e secundárias; e
 Características dos diversos sistemas componentes do navio no que se refere
à manobra, armamento, etc.
II) Base da organização
 Estrutura organizacional de combate e organograma;
 Localização;
 Atribuições; e
 Locais a serem guarnecidos conforme a Estação de Controle.
III) Condições de prontidão
 Condições de prontidão do navio;
 Lotação;
 Distribuição de combate?
 pelos postos de combate;
 pelos postos para fainas especializadas; e
 pelos postos a serem guarnecidos nas diversas condições de prontidão;
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 Condições de prontidão para aeronaves orgânicas;
 Detalhe do equipamento e do material a serem guarnecidos em cada
condição e
 Ordem de prioridade para desguarnecer postos e equipamentos.
IV) Doutrina para ação
 Normas gerais para as seguintes situações:
 Controle e engajamento do navio;
 Durante o trânsito;
 Durante a patrulha; e
 Durante as diversas fainas.
V) Destruição do navio
 Definições;
 Responsabilidades;
 Equipamentos;
 Doutrina; e
 Objetivos e postos especiais para execução de ação.
VI) Outros assuntos
 Alarmes;
 Segurança no porto, etc.
1.3 - DISTRIBUIÇÃO DO PESSOAL A BORDO DOS NAVIOS
1.3.1 - Lotação e Efetivo
A quantidade de pessoal, discriminada por postos, graduações e especialidades que
deve constituir a tripulação de um navio de guerra é denominada de Lotação. Por outro
lado a quantidade discriminada por postos, graduações e especialidades, do pessoal
que constitui de fato a tripulação de um navio de guerra é denominada de Efetivo. Os
navios de guerra normalmente possuem uma lotação de paz e uma lotação de guerra.
1.3.2 - Distribuição de pessoal
O pessoal a bordo, oficiais e guarnição, são distribuídos por Departamentos e
Divisões.
Além disso, os oficiais são distribuídos em Divisões de Serviço para o porto e para
viagem, enquanto a guarnição é dividida em Divisões de Serviço para o porto e
Quartos de Serviço em viagem para Suboficiais e Sargentos e Quartos de Serviço para
o porto e para viagem para os Cabos e Marinheiros; o que atenderá as situações de

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emergência e as necessidades dos detalhes Pessoal de Serviço do navio.
1.3.3 - Número de bordo
O pessoal que integra a guarnição do navio recebe um número conhecido como
“número de bordo”, o qual é usado para distribuição das guarnições pelos diversos
postos e discriminação do pessoal subalterno nos Detalhes de Serviço.
a) número de bordo é composto de dois grupos, separados por hífen:
b) primeiro grupo, formado por algarismo, letra ou combinação de letra e algarismo,
indica a Divisão.
c) segundo grupo, constituído por três algarismos, indica:
d) Quarto, pelo algarismo das centenas
e) número de ordem dentro do Quarto, pelos algarismos das dezenas e unidades.
f) A Seção (1ª ou 2ª) pelo algarismo das unidades, conforme seja ímpar ou par.
I) Exemplos:
 O1-208 – número de bordo de uma praça, servindo na Divisão O1,
pertencente ao 2º Quarto, integrando a 2ª Seção e cujo número de ordem no
Quarto é o 08.
 M-305 – número de bordo de uma praça, servindo na Divisão M, pertencente
ao 3º Quarto, integrando a 1ª Seção e cujo número de ordem no Quarto é 05.
 2-101 - número de bordo de uma praça, servindo na 2a Divisão, pertencente
ao 1º Quarto, integrando a 1ª Seção e cujo número de ordem no Quarto é 01.
1.3.4 - Tabela Mestra
A Tabela Mestra é o documento no qual são apresentadas, por Divisão, as funções de
operação do pessoal de bordo, ou seja, a sua distribuição pelos diversos postos e
incumbências fixadas nas Organizações de Combate e Administração do navio.
Na Tabela Mestra, os postos – entendidos como fainas gerais – e as demais fainas
parciais e incumbências são distribuídos pela lotação da Divisão, sendo isto tarefa do
seu encarregado. Nenhum posto constante da Tabela Mestra pode ser omitido, mesmo
no caso de não ser guarnecido por deficiência de efetivo.
Os oficias têm, normalmente, uma Tabela Mestra separada, tal como a mostrada na
figura 1.4, referente à oficialidade de uma fragata A/S.
Para que cada membro de uma tripulação fique familiarizado com a sua designação
individual em cada um dos diversos postos, as Tabelas Mestras são exibidas nos
principais locais de trabalho ou nas cobertas das Diversas a que se referem.

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T A B E L A D E O F IC IA IS
M A N O BR A PO STO D E
PO STO FU N Ç Ã O C O N D IÇ Ã O 1 C O N D IÇ Ã O III G .S. D .

ORIGINAL
D . E.M . S U P. F U N D . A BA N D O N O
EN-132

CM G CO M TE C / C PA S S
P A S S A D IÇ O PA S S A D IÇ O CO M TE BA LSA 1
CO N T.C O M A N D O
CF IM T O PA S S . / C O C
SEC . CO M A N D O PA S S A D IÇ O PA S S A D IÇ O BA LSA 4
CC CH EO P C O C C O C 1 º. Q U A R T O
A V A L IA D O R A V A L IA D O R C O C A V A L IA D O R C O C A V A L IA D O R BA LSA 4
CC CH EA RM C O C O F. C O N T CO C
A RM . 1 º. Q U A R T O PRO A PR O A CO C. CO N T A RM . BA LSA 1
CC C H EM Á Q C C M O F. . C O N T C O C ( 1 º. Q U A R T O )
CCM CO C. CO N T M Á Q .
M Á Q U IN A A V A L IA D O R CCM BA LSA 2
C EN .D E C O M . PA S S (2 º. Q U A R T O )
C T ( IM ) C H E IN T O F .. C V Ç . C O M . O F. S E R V IÇ O PA S S A D IÇ O BA LSA 5
N C . D IV . 0 1 PA S S A D IÇ O PA S S (2 º. Q U A R T O ) PA S S A D IÇ O PA S S A D IÇ O PA S S A D IÇ O BA LSA 1
C T O F. M A N O B R A O F. S E R V IÇ O O F. S E R V IÇ O O F. S E R V IÇ O O F. S E R V IÇ O
N C . D IV . 0 2 C O C . O F. C O N T. PA S S A D IÇ O
CT A N T IS U B O F. M A N O B R A C O C PA S S A D IÇ O C O C PA S S A D IÇ O BA LSA 6
P A S S ., ( 3 º. Q U A R T O
CT E N C .1 º. D IV . C O N V É S 01
O F. C O N T. A R M . PR O A PRO A B A LSA 7
CT E N C .2 º. D IV . C O N T . IK A R A C O C (3 º. Q U A R T O )
O F. C O N T. L A N C . O F. C O N T. A R M . P O PA P O PA B A LSA 8

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CT E N C .D IV . C E N T. C AV. E T. C O C (3 º. Q U A R T O ) L A IS B A LSA 9
S IS T E M A S S P D N O F . C A V .. O F . C O N T . A N T IS U B P A S S A D IÇ O
CT E N C .D IV . C O M . O F. C O N T. PA S S . (1 º. Q U A R T O )
CCM CCM C C M C O N T . P R O P.
“ M ” PRO P O F. S E R V IÇ O . B A LSA 2
E N C .D I V . C EN T. C AV. O F. P A S S . (3 º. Q U A R T O )
CT “ E ” PRO N T.N B C. O F. S E R V IÇ O CCM CCM B A LSA 10
A J. D IV . C O C . O F. C O N T C O C . (1 º. Q U A R T O ) L A IS
CT L A N C .. O F. C O N T . A N T IS U B . B A L S A 11
S IS T E M A S PA S S A D IÇ O
E N C .D I V . C E N T. C AV. O F. PA S S (2 º. Q U A R T O )
C EN TR A L CAV C E N T. C AV. O F. B A LSA 3
1 º. T E N C O N T . A V A R IA S CEN TR A L C AV
“ A ” A J. O F. S E R V IÇ O E N C . C AV.
E N C .D I V . C O C . O F. C O N T. CO C . CO C CO C B A LSA 12
1 º. T E N
S IS t A ÉREO (2 º. Q U A R T O ) A J. O F. S vÇ A J. O F. S vÇ
P A S S A D IÇ O B A LSA 13
1 º. T E N A J. D IV . 0 2 C O C . O F. C O N T. EN C. N AV. PA S S A D IÇ O N A V . P A S S A D IÇ O N A V .
A ÉR EO
PA S S A D IÇ O PA S S . ( 3 º. Q U A R T O )
1 º .T E N ( I M ) A J. D IV . 0 1 A J. O F. M A N O B R A A J. O F . S E R V IÇ O PO R TA L Ó PO RTA LÓ B A LSA 14
OSTENSIVO

OSTENSIVO
E N C .S E R . E N F. C O M B AT E E N F. C O M B AT E
1 º.T E N (M D ) E N F E R M A R IA E N F E R M A R IA B A LSA 15
SA Ú D E SERV. SA Ú D E SERV. PERM A N EN TE
E N C .D E S T . H E L IC Ó P T E R O H A N G A R SERV.
O F. A v. N A v. P IL O T O PERM A N EN TE CO N TRO LE V Ô O B A LSA 10
E N C .D E S T . H E L IC Ó P T E R O H A N G A R SERV.
CO N TRO LE V Ô O
O F. A v. N C O P IL O T O PER M A N EN TE B A LSA 12
A v.
OSTENSIVO EN-132
Figura 1.4

1.3.5 - Tabela Mestra Individual (TMI)

Cada membro da tripulação deve dispor de um cartão “Tabela Mestra Individual”,


obrigando-se a portá-lo permanentemente a bordo, no bolso do uniforme.
A figura 1.5 mostra um modelo de TMI usado a bordo de uma fragata A/S.

a) Modelo de tabela mestra individual

FRAGATA:______________________________________________________________________________

DIVISÃO: ______________________________________________________________________________

N.º DE BORDO: _________________________________________________________________________

CONDIÇÃO I:___________________________________________________________________________

CONDIÇÃO III: _________________________________________________________________________

D.E.M.:_________________________________________________________________________________

DEN BA. VIS.: __________________________________________________________________________

SUSP. E FUND.: _________________________________________________________________________

CONT. DESEMBARQUE: _________________________________________________________________

ABANDONO: ___________________________________________________________________________

D.H.M:_________________________________________________________________________________

G.V.I: _________________________________________________________________________________

G.S.D: _________________________________________________________________________________

G.P: ___________________________________________________________________________________

D.R.N.: ________________________________________________________________________________

L.R. Hel: ______________________________________________________________________________

CONTINÊNCIA: ________________________________________________________________________

Figura 1.5
1.4 - DETALHE ESPECIAL PARA O MAR, POSTOS DE SUSPENDER E FUNDEAR E

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DE CONTINÊNCIA
Entre as fainas gerais a bordo destacam-se, além dos postos de combate, já citados
quando da descrição da Organização de Combate do navio, o Detalhe Especial Para o
Mar e os postos de Suspender e Fundear e de Continência.
1.4.1 - DEM e postos de Suspender e Fundear
Detalhe Especial para o Mar é a faina geral que estabelece os postos e deveres do
pessoal quando da preparação do navio para suspender ou para atracar (ou fundear) ou
quando o navio manobra em águas restritas (canais varridos, canais de acesso a portos,
águas perigosas à navegação etc.).
O propósito do Detalhe Especial para o Mar é guarnecer todos os postos importantes
com pessoal convenientemente habilitado e prover uniformidade de procedimentos
quando o navio está se preparando para suspender, atracar ou fundear ou quando
navega em águas restritas.
De uma maneira geral, são os seguintes os principais procedimentos e
responsabilidades referentes ao Detalhe Especial Para o Mar:
a) Imediato é o responsável pelo estabelecimento do DEM.
b) Os Chefes de Departamentos devem:
c) Assegurar-se de que os Encarregados de Divisão designem pessoal qualificado para
todos os postos do DEM.
d) Prontificar seus Departamentos para suspender/atracar e dar o pronto ao oficial de
DEM pelo menos 30 minutos antes da hora determinada para o suspender/atracar. A
informação “pronto para o suspender” por parte de um Departamento significa que
todo seu material está pronto para a viagem (peiado, fechado etc.) e que todos os
equipamentos necessários estão em funcionamento ou prontos para funcionar.
e) O oficial de DEM deve:
I) Guarnecer o passadiço quando tocado DEM.
II) Supervisionar os procedimentos referentes a esta faina geral, especialmente no
que se refere a prontificação dos diversos Departamentos e ao guarnecimento de
todos os postos especificados no detalhe. Os Postos de Suspender e Fundear são
estabelecidos após o navio ter guarnecido o DEM e especificam os postos a
serem ocupados durante as fainas de suspender e fundear pelo pessoal não
diretamente envolvido do DEM.
III) Cada membro da tripulação com um local de formatura, normalmente situados
em conveses abertos especificados nos Postos de Suspender e Fundear, ao serem

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tocados estes postos, cada homem deve dirigir-se em acelerado para o local
designado, corretamente uniformizado e manter-se em formatura, com uma
postura adequada, até o encerramento da faina. Esta atitude é importante para o
aspecto marinheiro e militar do navio.
1.4.2 - Postos de Continência
São fainas gerais guarnecidas quando o navio recebe visita de autoridades militares ou
civis ou de signatários estrangeiros. Nos Postos de Continência todos os conveses
abertos são ocupados pela guarnição, em fila única, a intervalos tão iguais quanto
possíveis.
Os postos de Continência constam das Tabelas Mestras das Divisões. O pessoal da
guarnição em Postos de Continência não presta continência individual a autoridades
que entram ou saem de bordo.
1.5 - FASES DA VIDA DE UM NAVIO DE GUERRA
Abordaremos neste parágrafo as diversas fases da vida de um navio de guerra desde a sua
concepção até a sua desativação.
1.5.1 - Projeto – Deste que as autoridades navais tenham decidido construir uma determinada
classe ou um tipo isolado de navio de guerra, inicia-se , logo após esta decisão , o
período de tempo onde os engenheiros navais irão elaborar um projeto de construção.
Este projeto, de acordo com os requisitos ditados pelas autoridades, especifica todos os
pormenores que o futuro navio irá ter para atender as finalidades a que se destina.
1.5.2 - Batimento da quilha – Terminado o projeto de construção e após a sua devida
aprovação, é marcada então uma data para a cerimônia de batimento da quilha, que
significa o início da construção física do navio. O início da construção tem este nome
porque a quilha é a primeira peça da estrutura a ser montada.
1.5.3 - Lançamento ao mar - Obrigatoriamente o início da construção de qualquer navio é
situado sobre rampas situadas nas proximidades da água. Tão logo haja o casco do
navio tomado a sua devida forma, que permita o mesmo flutuar, é marcada uma data
para a cerimônia de lançamento ao mar. O casco então é escorregado para a água e o
término de sua construção é efetuado com ele flutuando; nesta etapa inclui-se a
construção da superestrutura e a instalação de todos os seus equipamentos.
1.5.4 - Provas de mar – Terminada a construção de sua estrutura e a instalação de todos os
seus equipamentos, o navio é submetido a diversas provas de mar para a verificação de
seu correto funcionamento dentro das características projetadas.
1.5.5 - Períodos de reparos - Durante toda a sua vida ativa, um navio de guerra é submetido

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a diversos períodos de tempo, onde cessam suas atividades operativas e ele permanece
imobilizado, em que sofre reparos necessários para a sua eficiência total.
1.5.6 - Desincorporação – Após um longo tempo de uso, um navio de guerra está gasto ou
obsoleto. Muitas vezes não é economicamente viável a sua recuperação ou
modernização e por isso é marcada uma data para a cerimônia de desincorporação do
serviço ativo da Marinha. A partir desta data o navio não mais ostentará o pavilhão
nacional e o destino do casco ficará a critério das autoridades que poderão vendê-lo
como sucata, após a retirada de seus equipamentos úteis, ou colocá-lo na reserva.
1.6 - AUTORIDADE, RESPONSABILIDADE E ATRIBUIÇÕES DO COMANDANTE,
IMEDIATO E DEMAIS OFICIAIS.
1.6.1 - Cadeia de Comando a bordo dos navios de guerra
Qualquer OM opera sob o princípio da cadeia de comando. A Cadeia de Comando a
bordo é como uma pirâmide, com o Comandante no topo de um grande número de
pessoal subalterno na base. Ela é estruturada da seguinte forma:
a) COMANDANTE
b) IMEDIATO
c) CHEFES DE DEPARTAMENTOS
d) ENCARREGADOS DE DIVISÕES
e) AJUDANTES DE DIVISÕES
f) SUPERVISORES OU CONTRAMESTRES DE DIVISÕES (SO ou SG)
g) ENCARREGADOS DE SEÇÕES (SG ou CB)
h) EXECUTORES (CB ou MN)
Nota:
1. Nos navios maiores poderão aparecer os Encarregados de Grupos entre os Chefes de
Departamentos e os Encarregados de divisões.
2. É importante diferenciar a seção – setor da Divisão – da Seção de Serviço,
subdivisão do Quarto de Serviço, anteriormente explicada.
Tem sido provado através dos tempos que a aderência ao princípio da Cadeia de
Comando é essencial para o funcionamento efetivo da organização do navio. Os
Chefes de Departamento, por exemplo, informam diretamente ao Comandante sobre
assuntos operativos de seus Departamentos, porém informam sempre ao Imediato
sobre assuntos administrativos. Os Encarregados de Divisões, por outro lado,
informam somente aos seus respectivos Chefes de Departamentos sobre todos os
assuntos relativos a suas Divisões. Desta forma, o fluxo de comunicações a bordo

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contribui para o funcionamento efetivo da Cadeia de Comando, tanto para cima como
para baixo.
a) Comandante
Comandante, como responsável direto pela eficiência do navio e com o dever de
empregar todos os esforços para ter o navio pronto a desempenhar qualquer serviço
na paz ou na guerra, é investido da mais ampla autoridade sobre seus subordinados.
Os deveres, prerrogativas, responsabilidade e autoridade do Comandante são
estabelecidos pela Ordenança Geral para o Serviço da Armada (OGSA) e pelas leis
e regulamentos em vigor, mas seu prestígio e ascendência moral devem resultar
principalmente do acerto de suas decisões e ordens, de seus atos e exemplos, da
consciência de sua responsabilidade e de sua experiência e saber profissionais.
Entre as inúmeras atribuições do Comandante, destacam-se:

I) Manter no navio, sob seu comando, a disciplina e os princípios de autoridade e


subordinação.
II) Determinar e orientar os serviços, manobras, exercícios e fainas necessários à
eficiência do navio.
III) Dirigir as fainas gerais e as manobras de suspender, fundear e de entrada e saída
dos portos.
IV) Dirigir o navio em combate.
V) Impor penas disciplinares, nos termos do Regulamento Disciplinar para a
Marinha (RDM).
VI) Dar licenças para baixar a terra, observadas as conveniências do serviço,
podendo delegar essa atribuição ao Imediato ou ao Encarregado de Pessoal, com
as restrições que julgar conveniente.
VII) Ordenar todas as medidas de segurança no mar, principalmente à noite, quer
quanto ao pessoal, para os casos de acidentes, especialmente de homem ao mar,
quer quanto ao material, para os casos de incêndio, colisão e outros riscos.
VIII) Determinar ao oficial Encarregado de Navegação a derrota a seguir e velar pela
sua correta execução.
IX) Ordenar o abandono do navio, quando necessário. O Comandante empregará
todos os meios a seu alcance para, na melhor ordem, salvar todo o pessoal e, será
o último a abandonar o navio.
X) Ter seu navio sempre pronto para entrar em ação, em tempo de guerra.
XI) Empenhar seu navio decisivamente na ação, tomando a parte mais ativa que
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puder em combate.
XII) Resumindo, a responsabilidade do Comandante pelo seu navio é absoluta. Sua
autoridade é equipada com sua responsabilidade, sujeita às limitações prescritas
pelas leis e regulamentos. Conquanto o Comandante possa delegar autoridade a
seus subordinados para a execução de tarefas específicas, esta delegação de
autoridade de forma alguma o exime da responsabilidade total pela eficiência e
segurança de seu comando.
XIII) Durante a ação, o Comandante deve engajar o inimigo e lutar da melhor maneira
possível. O posto de combate do Comandante é aquele do qual ele possa melhor
comandar o navio em combate.
XIV) A OGSA atribui ao Comandante o poder de impor penas disciplinares nos
termos do RDM. Este poder é um atributo de comando e não pode ser delegado
a um subordinado.
XV) Se o Comandante do navio falecer ou ficar impossibilitado de exercer suas
funções, será substituído pelo Imediato, que assumirá o comando mesmo que a
bordo se achem oficiais do Corpo da Armada mais antigos, porém não
pertencentes à Cadeia de Comando (do navio). Falecendo ou ficando
impossibilitado, o Imediato no exercício do comando será, então, substituído nas
funções de Comandante pelo oficial do Corpo da Armada que se lhe seguir em
antigüidade, na Cadeia de Comando (do navio), e assim sucessivamente.
XVI) Na execução dos serviços decorrentes da função, o Comandante é auxiliado,
diretamente pelo Imediato.
b) Imediato
I) É o auxiliar direto do Comandante, agindo como seu representante na execução
das funções que afetam o navio como um todo e coordenando as atividades dos
Departamentos e Divisões.
II) Imediato do navio é o oficial do Corpo da Armada cuja autoridade a bordo se
segue, em qualquer caso à do Comandante e se exerce sobre todos os que se
acharem embarcados, inclusive passageiros civis e militares.
III) Imediato, na ausência do Comandante, o representa e o substitui interinamente
no exercício do comando nos casos de falecimento ou outro impedimento.
IV) Ao Imediato cabe especificamente a direção administrativa do navio,
cumprindo-lhe superintender todo o serviço de bordo, tendo atenção especial à
limpeza e conservação, à prontificação e suprimento do navio, à disciplina e bem

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estar da tripulação e à utilização das embarcações.
V) Dentre as atribuições do Imediato, destacam-se:
VI) Controlar e coordenar as atividades dos Departamentos, Divisões e Encargos
Colaterais.
VII) Ser responsável pela moral, conforto e disciplina a bordo.
VIII) Superintender a distribuição do pessoal pelos postos, fainas e serviços.
IX) Controlar e coordenar os trabalhos, exercícios, adestramentos e ensino do
pessoal do navio.
X) Estar em condições de informar ao Comandante, em qualquer ocasião, a situação
de prontidão do navio.
XI) Elaborar o Plano de Dia, fazer a parada e presidir o rancho dos oficiais.
XII) O Posto de Combate do Imediato será estabelecido, sempre que possível, de
maneira a diminuir a eventualidade de que seja posto fora de ação ao mesmo
tempo que o Comandante. Deverá, ainda, ser tal que o permita auxiliar
efetivamente o Comandante e assumir, caso se torne necessário, o comando,
rápido e efetivamente.
O Imediato, conforme o tipo e porte do navio e as necessidades existentes, poderá
ter, entre outros, os seguintes ajudantes:
I) Ajudante do Pessoal
II) Oficial de Adestramento (encargo colateral)
III) Encarregado de Assuntos Jurídicos (encargo colateral)
IV) Encarregado de Relações Públicas (encargos colaterais)
V) Encarregado de Transportes (encargo colateral)
VI) Capelão
VII) Quando desempenhando encargos colaterais, os ajudantes acima informam
diretamente ao Imediato, não importando o Departamento ou Divisão a que
pertencem.
c) Chefes de Departamentos e Encarregados de Divisões
Os Chefes de Departamentos exercem as respectivas funções sob a
superintendência do Imediato, do qual recebem as ordens e ao qual dirigem todas as
comunicações relativas ao pessoal e à conservação e utilização do material a seu
encargo. Qualquer Chefe de Departamento pode, porém, com ciência do Imediato,
entender-se diretamente com o Comandante, sobre assuntos técnicos/operativos de
seu Departamento.

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Aos Chefes de Departamentos, de um modo geral, compete:
I) Superintender as atividades técnicas das Divisões do Departamento.
II) Superintender todo o serviço do pessoal do Departamento.
III) A responsabilidade pelo pessoal do Departamento.
IV) Superintender o adestramento do pessoal do Departamento, obedecendo as
diretrizes do Imediato e do Oficial do Adestramento.
Os Encarregados de Divisões são os oficiais incumbidos de auxiliar diretamente os
Chefes de Departamentos nos exercícios das respectivas funções relativamente a
uma zona do navio, a um grupo de pessoal e a uma incumbência técnica
especificados na organização do navio.
Aos Encarregados de Divisões, de um modo geral compete:
I) Ter perfeito conhecimento de toda zona do navio abrangida pela Divisão e de
tudo quanto a ela pertencer, mesmo que more em zona de outra Divisão.
II) Zelar pela conservação de todo o material de sua Divisão, pelo qual é
responsável direto.
III) Educar, instruir e adestrar o pessoal de sua Divisão, para seu melhor
aproveitamento no serviço.
IV) Estar sempre pronto a emitir seu conceito sobre cada um dos homens de sua
Divisão.
V) Manter em dia a Tabela Mestra da Divisão.
VI) Nos navios em que não houver Departamentos, os Encarregados de Divisões
terão as atribuições que competiriam aos Chefes de Departamentos respectivos,
e reportarão diretamente ao Imediato.
VII) Os Chefes de Departamentos e os Encarregados de Divisões são responsáveis
pelos erros técnicos ou omissões que praticarem, dos quais resulte qualquer
acidente ou prejuízo para o serviço.
VIII) Os oficiais Ajudantes de Divisão executam os serviços determinados pelos
Encarregados de Divisões correspondente e respondem temporariamente pela
Divisão no impedimento do respectivo Encarregado ou interinamente, quando
determinado.
1.6.2 - Encargos Colaterais
Os Encargos Colaterais existentes a bordo dependem do tipo e porte do navio.
São os seguintes os principais Encargos Colaterais de oficiais a bordo dos navios da
MB:

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a) Oficial de Adestramento – Orienta e coordena a preparação e a execução dos pro
gramas de adestramento do navio. A função deverá ser atribuída a um oficial
qualificado para constituir Encargo Colateral único.
b) Encarregado de Assuntos Jurídicos – Auxiliar o Imediato nos assuntos de caráter
jurídico, apresentando pareceres, devidamente fundamentados, sobre controvérsias
surgidas a inquéritos e conselhos que se realizem a bordo.
c) Encarregado de Esportes - Incentiva na tripulação o gosto por esportes,
promovendo jogos, competições e treinamento físico-militar.
d) Encarregado de Relações Públicas - Promove a orientação do público interno e
externo no que concerne à formação da imagem adequada do navio e da Marinha.
Exerce o papel de ligação com a imprensa durante cerimônias, visitas e sempre que
determinado pelo Comandante.
e) Encarregado de Transporte - Organiza, aproveitando-se dos recursos locais, o
serviço de transportes terrestre para o navio, quando ele estiver atracado.
f) Oficial de Informações - Assessora o Comandante no que tange a assuntos de
informações.
g) Secretário do Navio – Responsável pelo serviço de protocolo, distribuição interna,
arquivamento e expedição da correspondência oficial do navio. Conforme
estabelecido na OGSA, o oficial secretário será subordinado diretamente ao
Comandante no que diz respeito ao exercício da função de secretário e exercerá
essas funções sem prejuízo das demais que lhe couberem a bordo.
h) Encarregado do Material Controlado – Responsável pela guarda, segurança
física contínua, correção e inventário das publicações sigilosas e de outras
publicações e material controlado.
1.7 - PRINCIPAIS FUNÇÕES DO PESSOAL SUBALTERNO A BORDO DOS NAVIOS
DA MB.
1.7.1 – A estrutura da Divisão:
A Divisão, como vimos, é a unidade básica da organização do navio.
As divisões são subdivididas em setores, geralmente dirigidos por suboficiais ou
sargentos, denominadas Seções. Quando necessário, as Seções poderão ser
subdivididas em Turmas. Os executores, Cabos e Marinheiros, são sucessivamente
subordinados aos Encarregados de Turma, de Seção e ao Ajudante e Encarregado de
Divisão, como mostra a figura a seguir.

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EN CA RREG A D O

A JU D A N T E

A SSESSO RES

EN CA RREG A D O EN CA RREG A D O
D E SEÇÃ O D E SEÇÃ O

EN CA RREG A D O EN CA RREG A D O
D E TU RM A D E TU R M A

EX ECU TO RES

Fig 1.6
A assessoria de um Encarregado de Divisão são seus oficiais ajudantes, as praças que
exercem função de supervisão de mais de uma seção e o Sargenteante é que, por assim
dizer, o secretário do Encarregado de Divisão para assuntos de pessoal.
a) Principais funções de pessoal
I) Mestre do navio - é a praça encarregado do convés, com as funções de supervisor
de manobras e fainas de marinharia, competindo-lhe também os trabalhos de
limpeza, pintura e conservação do convés, costado e embarcações miúdas do navio.
É uma denominação tradicional, quase que privativa da especialidade de MR
(Manobras e Reparos). É tradição utilizar o tratamento verbal de “senhor” quando
se dirigir ao Mestre do Navio.
II) Supervisor – função de direção no escalão logo abaixo ao do Encarregado e
Ajudantes de Divisão, normalmente como Encarregado de Seção de sua
especialidade específica. Supervisor de motores, de eletricidade, de comunicações
visuais, de eletrônica, de artilharia, são alguns exemplos de denominações corretas.
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III) Sargenteante – É o assessor do Encarregado de Divisão para assuntos referentes ao
pessoal da Divisão. O Sargenteante deverá controlar os diversos registros de dados
do pessoal, ter conhecimentos de datilografia e algumas noções de relações
humanas, para a correta execução de sua tarefa. O sargenteante prepara o Detalhe
de Serviço Diário e o Livro de Licença da Divisão, submetendo-os ao respectivo
Encarregado.
IV) Sargenteante Geral – é a praça que assessora o Imediato nos assuntos de pessoal
do navio. A ele compete:
 Reunir o Detalhe de Serviço das Divisões, organizando o Detalhe Geral de
Serviço.
 Organizar a tabela de rancheiros e presos.
 Divulgar a tabela de dispensados.
 Manter atualizado o Quadro de Avisos de navio.
V) Fiel do Navio – Função burocrática de auxiliar direto do oficial gestor do
municiamento, exercida por praça. Fiel é uma denominação tradicional e se refere
também ao responsável por determinado tipo de material, armazenado ou guardado
em paiol ou outro qualquer local.
VI) Fiel-da-Aguada – função de praça encarregada do armazenamento e condições da
água doce, destinada ao consumo e à limpeza;
VII) Fiel-do-Óleo – função de praça encarregada do armazenamento e condições do
óleo existente nos tanques de bordo;
VIII) FIEL-de-CAv do Navio – função de auxiliar do oficial Encarregado do CAV,
responsável pelo controle da distribuição e manutenção do material do CAV. Exerce
função de supervisão técnica sobre os fiéis-de-CAV das Divisões.
IX) Mestre D’armas - função de praça graduada com responsabilidade de dirigir
alguns aspectos do rancho da guarnição.
X) Contramestre – praça encarregada de dirigir os trabalhos e fainas marinheiras
numa Divisão de convés, a bordo.
XI) Externo do Navio – praça que serve de elo de ligação entre o navio e demais OM,
principalmente os Centros de Concentração Postal, com a função precípua de
transportar correspondência oficial.
As funções acima são permanentes. No caso de funções periódicas elas virão seguidas
do designativo próprio, como por exemplo: Fiel-da–Aguada de Serviço, Fiel-do-Óleo
de Serviço, Fiel-de-CAv de Serviço etc.
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1.8- SERVIÇO A BORDO
Todos estão acostumados a ver militares “de serviço” nas diversas OM. Os próprios
aspirantes guarnecem determinados serviços na Escola Naval.
Os serviços nas OM existem para que determinados locais sejam guarnecidos por homens
que tenham como atribuição o constante zelo pela segurança e/ou pela disciplina da OM.
Em algumas OM, este zelo deve ser mantido ininterruptamente, durante 24 horas por dia,
e desta forma há que haver um contínuo revezamento de homens naquele local. Este
revezamento pode ser feito a cada 24 horas ou a cada 4 horas de serviço, dependendo da
situação; no primeiro o serviço é chamado de estado e no segundo por quartos.
Chama-se a atenção, neste momento, para a responsabilidade de quem está de serviço.
Nesta situação, o homem desse imbuir-se de que não está ali por castigo e sim porque é
necessária a sua presença para que os trabalhos de sua OM e/ou a sua segurança sejam
mantidos com a máxima eficiência possível. Para que isto seja levado a efeito é preciso
que cada indivíduo que esteja de serviço cumpra rigorosamente os “deveres e atribuições”
específicas para quem guarnece aquele posto.
Exemplificando, um aspirante plantão de alojamento deve zelar pela disciplina em seu
interior para evitar abusos que deporiam contra o bom andamento da vida na EN; por
outro lado, um operador de radar de serviço deve zelar pela segurança de seu navio,
procurando detectar possíveis inimigos o mais cedo e longe possível.
A distribuição dos homens pelos diversos postos que mereçam ser guarnecidos, pelos
propósitos citados acima, é feita pelo detalhe de serviço elaborado pelo Imediato. O
detalhe de serviço da Escola Naval é sempre o mesmo, ou seja, são sempre os mesmos
postos a guarnecer (em situações normais); entretanto, um navio de guerra pode estar
atracado ou em operações no mar e, por isso possui um detalhe de serviço no porto (menos
postos a guarnecer) e um detalhe de serviço em viagem (mais postos a guarnecer).
Convém ressaltar que o detalhe único existente na EN, por exemplo, pode ser
esporadicamente reforçado em função do regime em vigor. O regime em vigor, que é
válido para qualquer OM de terra ou para qualquer navio atracado, depende da situação de
tensão existente em decorrência de problemas políticos externos ou internos. Os regimes
em vigor são três, a saber: normal, quando a situação política, como o próprio nome diz
está normal; sobreaviso, quando a situação política está em vias de se agravar;
prontidão, quando a situação política é grave e onde se exige a “presença total”, a bordo,
dos militares de uma OM.
Os trabalhos de qualquer OM seja navio ou OM de terra, são regidos por duas rotinas

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distintas, a saber: normal, nos dias de semana comuns onde todos comparecem a bordo, e
de Domingo, nos sábados, domingos e feriados, onde só comparecem a bordo os que
estejam de serviço. Especificamente o navio, além destas duas rotinas acima, cumpridas
quando ele está atracado, também possui numa rotina de viagem que é observada a partir
do memento em que se faz ao mar, até a próxima atracação.
Conforme já foi ventilado anteriormente, um navio quando em rotina de viagem poderá
estar em duas condições de prontidão a saber: condição III, cruzeiro de guerra, na
iminência do combate, ou condição I, que é a do próprio combate.
O Oficial de serviço existe em qualquer hora do dia e em qualquer OM. Dependendo da
OM de terra ou do porte do navio, quando atracado, o serviço de oficiais pode ser de
estado ou de quartos. Nos navios quando em viagem, o serviço de oficiais é feito por
quartos.
De uma maneira geral, o oficial de serviço é o representante do Comandante nos assuntos
afetos a segurança do navio, manutenção da disciplina e cumprimento da rotina, e por isso
possui plena autoridade sobre os demais nestas áreas de atuação. Quanto aos assuntos
acima citados, ele recebe ordens diretamente emanadas do Comandante ou do Imediato e,
a eles presta informações diretas, independente de sua antigüidade ou Divisão.
O Oficial de Serviço deve estar bastante consciente de sua responsabilidade e para levar a
feito, da melhor maneira possível, as suas atribuições, ele deve permanecer em constante
vigilância, não podendo sentar, conversar ou ler, quando em horários de efetivo serviço –
no serviço de quartos, durante todo o tempo e, no serviço de estado, durante o horário de
expediente.
Para melhor desempenho no horário de sua responsabilidade, o oficial de serviço não deve
assumi-lo antes de inteirar-se das condições de segurança da OM, das ordens especiais
emanadas pelo Comandante/Imediato, dos serviços a executar ou em andamento, dos
elementos presos, baixados, dispensados etc.
Vamos tecer algumas considerações especificas para o oficial de serviço, de um navio, no
porto e em viagem.
a) Oficial de serviço no porto
O Oficial de Serviço no porto tem a obrigação de permanecer no portaló durante todo
o serviço, se ele for de quarto, ou durante todo o horário do expediente, se ele for de
estado. Permanecendo no portaló ele tem ampla supervisão sobre os principais
aspectos a zelar, a saber:
I) amarração do navio ou posicionamento no fundeio – o oficial de serviço deve

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constantemente inteirar-se se as espias estão em bom estado, com rateiras e,
devidamente trincafiadas. A atenção deve ser redobrada em caso de mau tempo
onde elas podem sofrer maiores esforços e vir a partir. Quando fundeado, alguém,
habilitado (oficial de serviço), deve verificar constantemente a posição do navio e
cobrar, do vigia do ferro, constantemente a situação da amarra.
II) movimentação de embarcações miúdas – o oficial de serviço é o responsável pelo
trânsito de lanchas ou quaisquer outras embarcações que atraquem ou desatraquem
de bordo. Nenhuma embarcação miúda pode atracar ou desatracar, de seu
contrabordo, sem a sua permissão.
III) cumprimento do cerimonial – o cerimonial à bandeira é a única atividade que
permite ao oficial de serviço ausentar-se do portaló; como ele estará ausente neste
período, ninguém pode entrar ou sair de bordo. Ele também é responsável pelo
cerimonial devido a autoridades que cheguem ou saiam de bordo, além das horas de
passagem de outro navio ou embarcação miúda.
IV) socorro externo – o oficial de serviço é o responsável por mandar formar e
desembarcar o grupo de socorro externo que prestará auxílio a um navio acidentado
que esteja nas proximidades; por isso deve manter constante atenção ao visual dos
navios fundeados ou atracados nas proximidades.
V) Recebimento e saída de material – nenhum material, seja de que espécie for, pode
entrar ou sair de bordo sem o conhecimento do oficial de serviço, que o conferirá e
mandará efetuar os devidos registros.
VI) inspeção de licenciados – todos os licenciados na graduação de cabo para baixo não
podem baixar terra sem prévia inspeção efetuada pelo oficial de serviço, que zelará
pelo aspecto pessoal dos mesmos.
VII) cumprimento de rotina – o oficial de serviço zela pelo cumprimento da rotina
utilizando seus auxiliares para o bom andamento de toques e ordens no fonoclama.
VIII) fiscalização na estrada de pessoas estranhas – ninguém estranho ao navio, mesmo
militares, pode entrar a bordo sem o conhecimento ou autorização do oficial de
serviço.
IX) aspecto marinheiro do navio – as proximidades do portaló devem ser mantidas
limpas e arrumadas; o oficial de serviço deve zelar para que não existam cabos
desaduchados, mangueiras pendentes pela borda, sanefas de prancha folgadas,
bandeiras enroscadas em mastros etc.
Para conduzir suas tarefas a bom termo, o Oficial de Serviço no porto conta com

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diversos auxiliares, também de serviço, cujas principais funções são:
I) Contramestre – normalmente um sargento. O contramestre é o auxiliar direto do
oficial de serviço em todas as atribuições acima relatadas, competindo-lhe
disseminar as ordens para todo o grupo de serviço e manter o oficial de serviço
informado sobre o andamento de tudo.
II) Auxiliar - normalmente um cabo. É o responsável direto pela execução de toques
de apito e ordens verbais no fonoclama, em cumprimento à rotina. Nos navios de
grande porte, os toques de apito são substituídos por toques de corneta, efetuados
por um corneteiro.
III) Ronda - normalmente um marinheiro. É o mensageiro do oficial de serviço.
IV) Plantões e polícias - são praças escaladas para zelar pela manutenção da disciplina
em locais específicos do navio tais como ranchos, banheiros, conveses, alojamentos
etc.
b) Oficial de serviço em viagem
O Oficial de Serviço em viagem permanece no passadiço durante todo o serviço, que é
sempre feito por quartos. Do passadiço ele pode supervisionar os principais aspectos a
zelar, a saber:
I) posicionamento do navio – o oficial de serviço tem a obrigação de lançar a posição
do navio na carta náutica, por observação ou por estima, em intervalos de tempo
predeterminados pelo Comandante.
II) manobras de emergência –o oficial de serviço é o responsável pela execução
imediata de manobras de emergência para evitar abalroamento ou para recolher
homens no mar, na ausência do Comandante; as manobras normais durante os
exercícios também devem ser executadas pelo oficial de serviço.
III) normas gerais de navegação – o oficial de serviço é o responsável pela execução
das normas gerais de navegação, no que diz respeito a luzes, regras, sinais sonoros
etc.
IV) cumprimento de rotina – o mesmo comentado para o oficial de serviço no porto
Para conduzir suas tarefas a bom termo, o Oficial de Serviço em viagem conta com
diversos auxiliares, também de serviço, a saber:
I) timoneiro – praça normalmente especializada em MR, responsável pela
manutenção do navio no rumo desejado ou guinadas do mesmo, através o
acionamento do leme.
II) condutores – praças especializadas em assuntos diversos que têm como

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responsabilidade conduzir equipamentos específicos. Exemplos: condutor motorista
(motores), condutor eletricista (quadros elétricos, geradores etc.).
III) vigias – praças normalmente não especializadas que têm como responsabilidade a
constante atenção visual em torno do navio, informando ao oficial de serviço a
existência de qualquer objeto flutuando ou no ar.
IV) Operadores radar/sonar – praças especializadas em OR/OS responsável pela
operação de seus respectivos equipamentos, procurando detectar alvos o mais cedo
possível.
V) Contramestre, polícia e ronda – como no serviço de porto.

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