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Orçamento Público
Conceitos e princípios

Livro Eletrônico
ORÇAMENTO PÚBLICO
Conceitos e Princípios
Prof. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes

SUMÁRIO
1. Orçamento Público...................................................................................8
1.1. Conceitos...........................................................................................8
1.2. Princípios......................................................................................... 19
2. Resumo da Aula.................................................................................... 34
3. Bibliografia........................................................................................... 38
Questões comentadas em aula.................................................................... 39
Questões de Concurso................................................................................ 44
Gabarito................................................................................................... 62
Questões de Concurso Comentadas.............................................................. 63

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ORÇAMENTO PÚBLICO
Conceitos e Princípios
Prof. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes

VINICIUS RIBEIRO
Analista Legislativo na Câmara dos Deputados, onde trabalha
com as leis orçamentárias. Aprovado no concurso de Consultor de
Orçamento na Câmara dos Deputados. Formado em Administração na
Universidade Federal de Uberlândia. É autor do livro Administração para
Concursos, publicado pela editora GEN. Professor de cursos online para
concursos há 7 anos. Foi, ainda, Analista de Planejamento e Orçamento
no Ministério do Planejamento; Analista Judiciário – Área Administrativa
no CNJ e no STF; e Especialista no FNDE. Possui pós-graduação – MBA
em Negócios Internacionais e Comércio Exterior na FGV.

ALLAN MENDES
Servidor do Ministério Público da União (MPU), onde atua como Dire-
tor Administrativo e Financeiro do Programa de Saúde dos Membros e
Servidores. Foi aprovado nas vagas no concurso de Auditor Interno do
GDF – Planejamento e Orçamento. É graduado em Ciências Contábeis
pela UnB e em Direito pela UPIS; pós-graduado em Contabilidade Pú-
blica na WPÓS e é mestrando em Direito pela Universidade Católica de
Brasília. Foi Especialista no FNDE, onde atuava como Chefe da Divisão
de Prestação de Contas de Convênios.

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Aula 01

Olá, pessoal! Tudo bem com vocês?

Se você estava procurando um excelente curso de Orçamento Público para o

Tribunal Superior do Trabalho...

Um curso que te prepare antecipadamente para trabalhar no lugar abaixo...

Um curso preparado por quem já foi Analista Judiciário no CNJ e no STF...

Então está aqui o curso!!!

ORÇAMENTO PÚBLICO – TST

Eu imagino que você esteja reunindo todo o material de estudo para o(s) con-

curso(s) pretendido(s). Sendo assim, é hora de fazer um planejamento realis-

ta dos estudos até o dia da prova.

Calcule o tempo diário médio de estudos, reúna os materiais que vai utilizar

para estudar e...

Comece!!!
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Fala, papito, vamos pra night!!!


Esse lance de estudar para con-
curso é uma perda de tempo!!!

Sabe de nada,
inocente!!!

Os professores adoram colocar frases motivacionais nos seus cursos. Eu tenho

uma particularidade: gosto de colocar algumas brincadeiras para quebrar o gelo.

Permitam-me.

Agora vamos ao que interessa!!!

Programação do Curso

Aulas Conteúdo

1 Conceitos. Princípios orçamentários. Orçamento-Programa: conceitos e objetivos.

Orçamento na Constituição Federal. Proposta orçamentária: elaboração, discussão, votação e


2 aprovação. Plano Plurianual – PPA, Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e Lei Orçamentária
Anual – LOA. Lei n. 4.320/1964: Da Lei de Orçamento. Dos Créditos Adicionais.

3 Lei n. 4.320/1964: Da receita.

Lei n. 4.320/1964: Exercício financeiro; Despesa pública (empenho, liquidação,


4
pagamento). Restos a pagar. Suprimento de fundos.
Lei Complementar n. 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal): Do Planejamento; Da
5
Despesa Pública; Da Transparência, Controle e Fiscalização.

6 Papel do Estado e Sistemas de Informações.

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E como será o curso, Professor?

O foco deste curso, que será ministrado em 06 aulas, é capacitá-los para resol-

ver a prova de Orçamento Público do TST.

Meu objetivo aqui é fazer com que vocês acertem as questões desta disciplina e

que isso contribua para a aprovação no concurso...

Este curso de teoria e exercícios comentados tem como foco a última banca do

concurso: FCC.

Praticaremos várias questões da banca para que vocês fiquem craques na FCC!!

Estudar de forma correta é fundamental. O candi-

dato precisa ser organizado, traçar metas realistas e

cumpri-las. Depois é só fazer a prova e esperar a sua

medalha, que na verdade é um belo crachá!!!!

Muitos alunos me questionam sobre a necessidade de leituras complementa-

res...

A minha resposta: depende do nível e da disponibilidade de cada um. O edital

será todo abordado em nossas aulas. De qualquer forma, ao final da aula, está

citada a bibliografia básica.

Aprofundando-se ou não em livros, é fundamental que o aluno diversifique seus

estudos com as outras matérias do certame.


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É essencial que o candidato não deixe de lado aquela matéria que ele possui um

conhecimento prévio, mas não necessário para gabaritar.

Opte por estudar umas três matérias (direito, português, orçamento público)

ao longo do dia. No outro dia, você estuda outras três!!

Assim, você vê um pouco de todas as matérias do edital em poucos dias, dei-

xando sempre a cabeça fresquinha com os mais variados conhecimentos.

A estrutura da aula será a seguinte: exposição da teoria combinada com a

resolução de questões...

Ao final da aula, coloco mais questões para vocês praticarem!!!

Fórum! O fórum de dúvidas é um importante mecanismo de aprendizado e

de valorização do aluno...

À medida que as perguntas forem feitas, responderei conforme a ordem de

postagem.

As perguntas são respondidas em um prazo médio de 3 dias úteis.

Antes de começar, duas dicas:

Redes Sociais: dê uma passadinha no meu Face e no meu Insta!! Esses são

outros canais de comunicação que podemos ter.

@professorviniciusribeiro

www.facebook.com/ProfessorViniciusRibeiro

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Conceitos e Princípios
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1. Orçamento Público

1.1. Conceitos

O orçamento público pode ser entendido como um conjunto de informações que

evidenciam as ações governamentais, bem como um elo capaz de ligar os sistemas

de planejamento e finanças. Trata-se de um documento em que são previstas (es-

timadas) as receitas e fixadas as despesas.

Atualmente podemos elencar as seguintes funções/dimensões do orçamento

público:

• Política: representa o embate entre as diversas forças políticas presentes na

sociedade;

• Planejamento: orienta a ação do Estado no longo prazo;

• Jurídica: lei formal aprovada pelo Poder Legislativo;

• Gerencial: administração, controle e a avaliação dos recursos utilizados;

• Financeira: estabelecimento do fluxo de entrada de recursos obtidos por meio

da arrecadação de tributos, bem como da saída de recursos provocada pelos

gastos governamentais;

• Econômica: instrumento de cumprimento das funções econômicas do Estado:

Alocativa, distributiva e estabilizadora.

Receita pública Crédito público


(obtenção de recursos) (criação de recursos)

O orçamento público Despesa pública


(gestão de recursos) (destinação de recursos)

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O conceito e utilização do orçamento público vêm evoluindo juntamente com a

própria história da sociedade. Inicialmente, o orçamento surgiu na Inglaterra como

um instrumento de controle do Poder Legislativo sobre os gastos do Poder Execu-

tivo, fruto das conquistas da classe burguesa em contraposição ao absolutismo;

cabendo, ao soberano, a autorização para realizar as despesas estatais.

Esse orçamento é chamado de ORÇAMENTO TRADICIONAL OU CLÁSSICO,

cuja principal preocupação era relacionada às questões tributárias, deixando de

lado aspectos sociais e econômicos. O foco do orçamento tradicional era no

objeto do gasto, sendo as despesas classificadas apenas por unidades ad-

ministrativas ou itens de despesa.

Para a prova, lembre-se de que o orçamento tradicional ou clássico era

uma peça apenas para controle dos gastos públicos.

Orçamento Tradicional:

Mero Instrumento Contábil

Simples listagem de receitas e despesas

Preocupação exclusiva com gastos

No período pós-guerra (Segunda Guerra Mundial), surge uma nova fase de atu-

ação do Estado, à medida que a sociedade exigia um Estado provedor de serviços

públicos, a importância e objetivos do orçamento foram evoluindo. A fase seguinte

ao orçamento tradicional foi o ORÇAMENTO DESEMPENHO ou ORÇAMENTO DE

REALIZAÇÕES ou ORÇAMENTO FUNCIONAL, em que os gastos governamen-

tais eram voltados para o cumprimento das metas preestabelecidas, no intuito de

alcançar resultados específicos.


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Esse modelo de orçamento representou uma evolução do orçamento tradicional,

pois além de apresentar o objeto do gasto, como o orçamento tradicional;

dispunha de uma nova dimensão, o programa de trabalho, com a finalidade

de avaliar o desempenho das ações do governo.

Contudo, muita atenção! Apesar de nessa fase o orçamento se preocupar em

atingir resultados, nesse orçamento ainda não havia a preocupação com o plane-

jamento governamental.

Orçamento de Desempenho:

Preocupação com os resultados

São definidos propósitos, objetivos

Não há vinculação com o planejamento

A primeira experiência de ligação do orçamento com o planejamento Estatal

ocorreu nos Estados Unidos na década de 60, conhecido como Planning Program-

ming and Budgeting System (PPBS). Contudo, sua operacionalização e implemen-

tação se mostraram árduas, tendo em vista a carência de pessoal qualificado e a

resistência dos envolvidos para a sua aceitação.

Fruto da experiência adquirida ao longo dos anos, foi sendo desenvolvida uma

nova forma de orçamento: o ORÇAMENTO-PROGRAMA, que se caracteriza como

instrumento de ligação entre o planejamento e a execução/acompanhamento/con-

trole da ação Governamental.

Esse é o modelo em vigor no Brasil. Ponto característico desse tipo de orçamen-

to é sua vinculação direta com o Planejamento Governamental. Como o próprio

nome nos indica, no Orçamento-Programa o foco está nos programas de governo,

nos projetos e atividades necessários para atingir as metas pretendidas.


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Com base nessa característica, o orçamento-programa ultrapassa a fronteira do

orçamento com o simples documento financeiro, aumentando seu escopo de atua-

ção. O orçamento passa a ser um instrumento de operacionalização das diretrizes,

objetivos e metas do governo.

Os objetivos do orçamento-programa podem ser classificados em finais e deri-

vados:

“Apenas” contribuem para o alcance dos objetivos finais. Esses objetivos demons-
Derivados
tram quantitativamente os propósitos específicos (mecanismos) de governo.
Representam as finalidades da ação governamental. Esses objetivos demons-
Finais
tram uma avaliação qualitativa dos propósitos de governo.

Fique atento à diferença entre o orçamento desempenho e o orçamento programa.

Já foi cobrado em prova qual seria o orçamento com preocupação principal no resulta-

do dos gastos, sem vinculação com o instrumento central do governo. Nesse caso, não

se confunda, trata-se do orçamento desempenho, pois conforme já vimos, o Orçamen-

to-Programa se vincula ao instrumento central de planejamento do Governo.

Vejamos as vantagens do Orçamento-Programa:

Melhor planejamento das ações

Maior oportunidade para redução dos gastos

Melhor controle da execução do programa

Identificação dos gastos e realizações por programa

Inter-relacionamento entre custos e programação

Ênfase no que a instituição realizar e não no que ela gasta

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A Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL) e as Nações Unidas (ONU)

orientam a utilização do orçamento-programa. Apesar de se assemelhar aos crité-

rios estabelecidos pela CEPAL, o orçamento praticado no Brasil não segue à risca

esse modelo.

1. (FCC/TRT-11ª/2017) Sobre o Orçamento-Programa é INCORRETO afirmar que:

a) o orçamento é o elo de interação entre o planejamento e as funções executivas

da organização.

b) a ênfase está nos meios (o que se compra) e não nas diretrizes, prioridades,

objetivos e metas.

c) o controle visa avaliar a eficiência, eficácia e efetividade das ações governamen-

tais.

d) a Lei no 4.320/1964 contém determinações para a elaboração da Lei Orçamen-

tária Anual que são típicas do Orçamento-Programa.

e) o principal critério de classificação está contido na Portaria STN e MOG no

42/1999.1

1
Comentário
Vamos analisar as alternativas:
a) Correto. No orçamento programa, o orçamento é instrumento de ligação entre o planejamento e a execução.
b) Nada disso! O foco nos meios é característica do orçamento tradicional.
c) Perfeito. No orçamento programa, o controle tem o objetivo de avaliar os resultados da ação governamental.
d) Ok. Vejam o que fala o art. 2º da Lei:
Lei n. 4.320/64 - Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evi-
denciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios
de unidade universalidade e anualidade.
e) Ok. Nesta portaria é estabelecida a classificação funcional programática.
Gabarito: B
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2. (FCC/TCM-RJ/2015) O orçamento do qual consta apenas a previsão da receita

e a fixação da despesa, constituindo uma peça meramente contábil-financeira, sem

nenhuma espécie de planejamento da ação do governo, sem qualquer objetivo eco-

nômico e social de forma clara e sem preocupação com objetivos e metas e voltado

preferencialmente às necessidades dos órgãos públicos, denomina-se orçamento:

a) de desempenho ou por realizações.

b) estatal.

c) clássico ou tradicional.

d) pragmático.

e) de base zero ou por estratégia.2

Outro tipo de orçamento frequentemente cobrado em provas é o ORÇAMENTO

BASE-ZERO (OBZ) ou POR ESTRATÉGIA. Nessa forma de orçamento, devem-se

rever todos os valores consignados no orçamento antecedente. Nenhum programa

tem continuidade garantida. Todos os programas devem ser revistos, a partir da

análise da sua permanência. Assim, como o próprio nome diz, partindo-se do zero

para a construção de um novo orçamento.


Esse tipo de orçamento possui alguns entraves para sua implementação, den-

tre eles, a resistência imposta pela burocracia, quando avaliada a eficácia de seus

programas, e a dificuldade em conciliar esse tipo de orçamento com uma visão de

planejamento de longo prazo.


Em oposição ao OBZ, há o ORÇAMENTO INCREMENTAL. Esse orçamento fun-

ciona assim: num determinado ano, são arroladas as despesas e as receitas. O que

é feito no próximo exercício? Apenas a correção/atualização dos valores, manten-

do-se a base do ano anterior.

2
Comentário
Foco apenas no gasto, sem vinculação com metas ou planejamento, é característica do orçamento clássico
ou tradicional.
Gabarito: C
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Por fim, como um novo modelo que vem tomando força, está o ORÇAMENTO

PARTICIPATIVO, que convoca os cidadãos a participarem da etapa de formu-

lação do orçamento. Cuidado para o fato de que nem a competência do Executi-

vo para apresentar o Projeto e nem a competência do Legislativo para aprová-lo

são usurpadas.

O que acontece apenas é o chamamento da população para, junto ao Poder

Executivo, estabelecer as prioridades do Orçamento. Atualmente, essa experiência

pode ser observada em alguns municípios brasileiros (Porto Alegre, Belo Horizon-

te). No âmbito federal, houve uma tentativa na Lei Orçamentária Anual de 2012

(LOA/2012) de adotar emendas de iniciativa popular. No entanto, não foi uma

experiência bem sucedida.

O orçamento participativo requer mobilização social. Além disso, o governo deve

ter discricionariedade para alocar os recursos e atender aos anseios da sociedade.

O que isso quer dizer? Se o governo tiver vinculações orçamentárias, ele não pode-

rá adequar os gastos para resolver problemas da população.

Vale dizer que o orçamento atual é cheio de vinculações orçamentárias que im-

pedem essa discricionariedade. Cerca de 90% do orçamento da União é vinculado.

3. (FCC/TCM-RJ/2015) A espécie de orçamento cuja técnica utilizada para sua con-

fecção consiste em desconsiderar os valores do ano anterior como valor inicial mí-

nimo, e proceder a uma análise crítica de todos os recursos solicitados pelos órgãos

governamentais, e de suas efetivas necessidades, sem qualquer compromisso com

montantes iniciais de dotações, denomina-se orçamento

a) real ou efetivo.

b) de base zero ou por estratégia.


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c) participativo.
d) democrático.
e) de desempenho ou por realizações.3

ORÇAMENTO AUTORIZATIVO X ORÇAMENTO IMPOSITIVO

No Brasil, temos um orçamento autorizativo. Significa dizer que há apenas au-


torização para a realização das despesas, conferindo margem de discricionariedade
ao gestor para executá-las.
No entanto, com a promulgação recentemente da Emenda à Constituição n.
86/2015, essa emenda tornou obrigatória a execução orçamentária/financeira das
programações oriundas das emendas individuais de deputados e senadores, o que
conferiu o caráter impositivo para essas despesas.
Mas o que são essas emendas individuais?
São emendas propostas pelos deputados e senadores. No Congresso, quando a
peça orçamentária está sendo analisada, são previstas as seguintes modalidades
de emenda:

• Emendas Coletivas de Bancada Estadual, elaboradas pelos deputados e sena-


dores de cada unidade da federação;
• Emendas Coletivas de Comissão, elaboradas pelas diversas comissões exis-
tentes na Câmara e no Senado;
• Emendas Individuais, que cada parlamentar (deputados e senadores) tem
direito de propor ao projeto.

3
Comentário
Alguma dúvida que se tata do orçamento base zero? Reparem que a banca também chama orçamento base
zero de orçamento por orçamento estratégia. Essa terminologia é utilizada por alguns autores, como Sergio
Jund. Guarde isso!!! Se vier na prova somente orçamento por estratégia, você já sabe qual é o orçamento!!!
Gabarito: B
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Então, meus caros(as), a alteração constitucional atinge somente essa última

modalidade, ok?

As emendas deverão ser feitas até o limite de 1,2% da Receita Corrente

Líquida (RCL) prevista no PLOA, sendo que metade desse percentual deve ser

destinada às ações e serviços públicos de saúde, vedada a destinação para paga-

mento de pessoal ou encargos sociais, ou seja, o valor deve ser destinado a inves-

timentos na área da saúde. Após a aprovação do PLOA, as emendas parlamentares

deverão ser obrigatoriamente executadas até o limite de 1,2% da RCL do exer-

cício anterior!

Os restos a pagar poderão ser considerados para fins de cumprimento desse

percentual, mas, nesse caso, o limite será de 0,6% da RCL do ano anterior!

Apesar da obrigatoriedade, vale relembrar que as emendas individuais poderão

ter suas execuções limitadas (assim como acontece com as demais despesas dis-

cricionárias) caso se verifique que a reestimativa da receita e da despesa poderá

resultar no não cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na LDO.

Além dessa limitação, a emenda individual perderá sua obrigatoriedade de exe-

cução caso se verifique um impedimento de ordem técnica. Nesses casos, remane-

jamentos de programação podem ser feitos, conforme esquema abaixo:

Até 120 dias da publicação da LOA: todos Até 30 dias após o prazo anterior: o Poder
os Poderes, Ministério Público e Defensoria Legislativo indicará ao Poder Executivo o
Pública deverão encaminhar ao Poder Le- remanejamento da programação, para o
gislativo justificativa para o impedimento. impedimento que seja insuperável.

Até 20 de novembro ou 30 dias após o pra-


Até 30 de setembro ou 30 dias após o pra-
zo anterior: se o Congresso Nacional ain-
zo anterior: O Poder Executivo encaminha-
da não tiver apreciado o Projeto de Lei, o
rá projeto de lei sobre o remanejamento da
Executivo providenciará o remanejamento
programação.
por ato próprio.
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4. (FCC/TCE-CE/2015) Em março de 2015, as mesas da Câmara dos Deputados e

do Senado Federal promulgaram a Emenda Constitucional n° 86/15, que trata do

chamado ORÇAMENTO IMPOSITIVO. Essa emenda, que acrescentou vários dispo-

sitivos ao texto constitucional, inseriu, no art. 166 da Constituição Federal, nove

parágrafos novos. O § 9° desse artigo estabelece que as emendas individuais ao

projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% da receita corrente

líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade

deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde.

Afastada a possibilidade de não cumprimento da meta de resultado fiscal estabele-

cida na Lei de Diretrizes Orçamentárias, a execução orçamentária e financeira das

programações referidas no § 9°, acima transcrito, é

a) obrigatória, inclusive nos casos de impedimento de ordem técnica, em montan-

te correspondente a 1,2% da receita corrente líquida realizada no exercício ante-

rior, conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos em

Resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República.

b) obrigatória, exceto nos casos de impedimento de ordem técnica, em montan-

te correspondente a 0,6% da média da receita corrente líquida realizada nos três

exercícios imediatamente anteriores conforme os critérios para a execução equita-

tiva da programação definidos em lei ordinária federal.

c) obrigatória, exceto nos casos de impedimento de ordem técnica, em montante

correspondente a 1,2% da receita corrente líquida realizada no exercício anterior

conforme os critérios para a execução equitativa da programação, sendo considerada

equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que atenda de forma

igualitária e impessoal às emendas apresentadas, independentemente da autoria.


d) voluntária, em montante correspondente a 0,6% da receita corrente líquida
realizada no exercício anterior conforme os critérios para a execução equitativa da
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programação, sendo considerada equitativa a execução das programações de ca-


ráter obrigatório que atenda de forma igualitária e impessoal a todas as unidades
federadas, independentemente de critérios quantitativos populacionais e da repre-
sentação política parlamentar do proponente da emenda.

e) obrigatória, inclusive nos casos de impedimento de ordem técnica, em montan-

te correspondente a 0,6% da receita corrente líquida realizada no exercício anterior

conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei

complementar prevista no § 9o do art. 165 da Constituição Federal, sendo consi-

derada equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que atenda

de forma proporcional a todas as unidades federadas, tendo em conta critérios

quantitativos populacionais e de representação política parlamentar do proponente

da emenda.4

Finalizando esse tópico sobre conceito, a doutrina ainda divide o orçamento em

três tipos, dependendo dos Poderes que participam da elaboração, aprovação e

execução deste:

Orçamento o Poder Legislativo é responsável pela elaboração, a votação e o controle do


Legislativo orçamento, cabendo ao Poder Executivo apenas a execução. Ex: CF 1891.
Orçamento o Poder Executivo é responsável pela elaboração, a votação, o controle e a exe-
Executivo cução do orçamento. Ex: CF 1937.
Orçamento o Poder Executivo é responsável pela elaboração e a execução, enquanto a vo-
Misto tação e controle são responsabilidades do Poder Legislativo. Trata-se do modelo
adotado pela nossa Constituição Federal de 1988.

4
Comentário
Questão gigantesca, não é mesmo? Contudo, com um pouco de atenção dá para respondê-la tranquila-
mente. Primeiro, com a emenda constitucional n. 86/2015, a execução das emendas parlamentares passou
a ser obrigatória. Eliminamos a alternativa D.
Segundo, essa execução é independente de qualquer condição? Claro que não! Havendo impedimento de
ordem técnica, a execução não é obrigatória. Eliminamos as alternativas A e E.
Ficamos então entre as alternativas B e C. Para decidir entre as duas, bastava lembrar que a execução das
emendas parlamentares é de 1,2% da receita corrente líquida do ano anterior.
Gabarito: C
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ORÇAMENTO PÚBLICO
Conceitos e Princípios
Prof. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes

O Brasil já utilizou o orçamento legislativo, o executivo e o misto ao longo de sua

história!

1.2. Princípios

O orçamento público tem princípios que regem sua elaboração e controle. Es-

ses princípios orçamentários são regras que norteiam o processo de elaboração,

aprovação, execução e controle do orçamento, encontrados na Constituição, na

doutrina e em legislação infraconstitucional, principalmente na Lei n. 4.320/1964.

A Lei n. 4.320/1964, abaixo da Constituição, é um dos principais instrumentos

legislativos sobre orçamento e contabilidade pública. Essa lei estatui normas ge-

rais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da

União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.

Muita atenção a cada detalhe, pois, em muitos casos, as questões pedem ape-

nas que o candidato correlacione o nome de cada princípio com suas características.

• LEGALIDADE: Com base no art 5º, da CF/1988, consigna que “ninguém será

obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.

No caso do setor público, o gestor só pode fazer aquilo que está na lei. Isso vale

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Conceitos e Princípios
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também para a matéria orçamentária. Diante desse fato, justifica-se a existência

das leis orçamentárias: PPA (Plano Plurianual), LDO (Lei de Diretrizes Orçamentá-

rias) e LOA (Lei Orçamentária Anual).

O orçamento é uma de Lei Ordinária, aprovada pelo Poder Legislativo, sob rito

especial, com iniciativa exclusiva de apresentação do Projeto pelo Chefe do Poder

Executivo. Apesar de ser uma lei ordinária, o orçamento público não cria nem gera

direitos e deveres, não inovando na ordem jurídica. Dessa forma, materialmente, o

Orçamento Público é considerado uma lei de efeitos concretos, logo, com natureza

de ato administrativo.

Podemos, então, dar as seguintes características para a lei orçamentária:

Formalmente, o orçamento é uma lei, mas, conforme vimos acima, em


vários casos ela não obriga o Poder Público, que pode, por exemplo, deixar
É uma Lei formal de realizar uma despesa autorizada pelo legislativo. Dizemos, assim, que
o orçamento é uma lei apenas formal, pois diversas vezes deixa de possuir
uma característica essencial das leis: a coercibilidade.
Lei ordinária Todas as leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) são leis ordinárias.
Lei temporária A lei orçamentária tem vigência limitada (um ano).
Lei especial Possui processo legislativo diferenciado e trata de matéria específica.

Há duas correntes doutrinárias sobre a natureza da lei orçamentária: uma defen-

de que ela tem apenas forma de Lei, mas conteúdo de ato administrativo (Mayer);

e outra corrente classifica a lei orçamentária como lei material, emanada do Poder

Legislativo, no exercício de suas funções (Hoennel).

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Apesar do fato de ser uma lei formal, isso não impede o controle abstrato de

constitucionalidade sobre as normas orçamentárias, conforme jurisprudência do

Supremo Tribunal Federal (STF). Esse tema é mais facilmente observado na Prova

de Constitucional, mas é bom ficar atento, uma vez que tem sido tema em provas!

• UNIDADE/TOTALIDADE: O orçamento deve ser uno, uma só peça. Assim,

não poderão coexistir diferentes orçamentos para um mesmo ente da fede-

ração. Esse princípio busca evitar a proliferação de orçamentos paralelos em

um mesmo ente da federação, determinando que haja um só orçamento.

De acordo com a Constituição, a Lei Orçamentária Anual será composta

pelo orçamento fiscal, pelo orçamento da seguridade social e pelo orça-

mento de investimento de empresas.

Conforme CF/1988, Art. 165:

“§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:


I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamen-
te, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações insti-
tuídos e mantidos pelo Poder Público.”

Representa todas as receitas e despesas de fundos, órgãos da administração


Fiscal direta e indireta, que necessitam desses recursos para manutenção de suas
atividades.
Envolve os mesmos órgãos do orçamento fiscal, contudo, refere-se às des-
Seguridade
pesas e receitas vinculadas à seguridade social, compreendendo saúde, pre-
Social
vidência e assistência social.
Compreende os valores transferidos para as empresas em que a União, dire-
Investimento
ta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto,
de empresas
que não pertençam ao orçamento Fiscal e da Seguridade Social.

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A despeito da existência desses orçamentos, esse fato não representa exceção ou

quebra do princípio da unidade, eis que a peça orçamentária está unificada em um

único documento, atendendo ao comando principiológico. Inclusive, esse princípio

pode vir definido como Princípio da Totalidade, no sentido da coexistência de múl-

tiplos orçamentos que devem ser consolidados em uma só Lei Orçamentária Anual.

5. (FCC/TCE-GO/2014) Sob a justificativa de dar maior transparência aos gastos

públicos, o Poder Executivo de determinado Estado elaborou e encaminhou à As-

sembleia Legislativa dois projetos de Lei Orçamentária Anual para o exercício de

2015. Um projeto de Lei Orçamentária destinado somente ao Poder Executivo e o

outro projeto somente para o Poder Legislativo. Considerando as regras norteado-

ras para elaboração do orçamento, NÃO foi atendido o princípio orçamentário:

a) do orçamento bruto.

b) da independência orçamentária.

c) do equilíbrio.

d) da competência orçamentária.

e) da unidade.5

• UNIVERSALIDADE: Determina que a Lei Orçamentária Anual compreende-

rá todas as despesas e receitas, inclusive as provenientes de operações de

crédito, referentes a todos os Poderes do Ente da Federação (União, Estados,

Municípios e Distrito Federal), seus fundos, órgãos e entidades da administra-

ção direta e indireta.

5
Comentário
O princípio da unidade determina que não poderão coexistir diferentes orçamentos para um mesmo ente da
federação.
Gabarito: E
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Esse princípio não se aplica às operações de crédito por antecipação da receita,

as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo

financeiro.

Operações de Crédito são compromissos financeiros em razão de empréstimo

(mútuo), abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada

de bens, recebimento antecipado de valores oriundo de vendas com forneci-

mento parcelado etc.

Esse princípio está previsto na Constituição Federal e no artigo 3° e 4° da Lei n.

4.320/1964:

Art. 3° A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações


de crédito autorizadas em lei.
Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de crédito por
antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias,
no ativo e passivo financeiros.
Art. 4° A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do
Governo e da administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam reali-
zar, observado o disposto no artigo 2°.

Diferentemente das operações de crédito, que se originam de obrigações assumi-

das pelo Estado em razão de um recurso disponibilizado por terceiros, as operações

de créditos por antecipação de receita tratam de um mecanismo de execução de

despesas do Estado, que, prevendo a realização de uma receita, já realiza o res-

pectivo gasto. Logo, a necessidade do tratamento diferenciado.

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Cuidado! A universalidade não tem nada a ver com o princípio da totalidade

(unidade). Em algumas questões de prova, o examinador tenta confundir o candi-

dato quanto aos princípios da unidade e da universalidade. Por isso, fique atento:

quando a questão tratar da apresentação de todas as receitas e despesas, o prin-

cípio citado é o da universalidade.

6. (FCC/TRE-SP/2017) Lei Orçamentária Anual, para o exercício de 2017, de deter-

minado ente público previu receitas e fixou despesas no valor de R$ 2.750.600.000.

Não constou na Lei Orçamentária as despesas com pessoal a serem realizadas pelo

respectivo Poder Legislativo, sob a alegação de que muitos servidores seriam de-

mitidos a partir de janeiro de 2017, portanto, não seria possível fixar o montante

exato de tais despesas. Nestas condições, a Lei Orçamentária NÃO atendeu ao

princípio orçamentário da:

a) universalidade.

b) moralidade.

c) transparência.

d) exclusividade.

e) unidade.6

7. (FCC/TRT-RS/2015) De acordo com o princípio orçamentário da universalidade,

a Lei Orçamentária Anual deve conter todas as receitas e despesas do Estado, não

alcançando, contudo, as:

6
Comentário
Como acabamos de ver, de acordo com o princípio da universalidade, todas as receitas e despesas devem
constar da lei orçamentária. Nada de deixar as despesas com pessoal do legislativo de fora!
Gabarito: A
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a) receitas provenientes de operações de crédito.

b) despesas e receitas operacionais das empresas estatais.

c) despesas dos poderes judiciário e legislativo.

d) despesas correntes.

e) despesas decorrentes de projetos inseridos no Plano Plurianual.7

• EXCLUSIVIDADE: A lei orçamentária anual não deve conter dispositivo es-

tranho à previsão da receita e fixação da despesa, com exceção da autori-

zação para a abertura de créditos suplementares e contratação de operações

de crédito, inclusive as de antecipação de receita.

Esse princípio busca evitar que matérias diversas ao orçamento sejam tratadas

nessa Lei, e, da mesma forma, que normas sobre orçamento constem de dispo-

sitivos com outras finalidades, ou seja, as leis orçamentárias devem ser tratadas

especificamente.

A ideia, como bem cita o Consultor de Orçamentos da Câmara dos Deputados

Eber Zoehler Santa Helena, é evitar a existência de caudas e rabilongos, como a in-

clusão em lei orçamentária de procedimentos de ação de desquite!!! Tem base? Sai-

ba que isso já ocorreu. Veja as denominações das caudas em outros países: tackings

(Inglaterra), riders (EUA), bepckung (Alemanha) e cavaliers budgétaries (França).

Sobre as autorizações que poderão constar do Orçamento, o artigo 7º da Lei n.

4.320/1964, dispõe:

7
Comentário
As despesas operacionais das empresas estatais vinculadas ao Executivo terão seus orçamentos organizados
e acompanhados com a participação do Ministério do Planejamento, contudo não são apreciadas pelo Legis-
lativo.
Já os investimentos irão compor o orçamento de investimento das estatais, integrante da LOA.
Gabarito: B
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Art. 7° A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:


I – Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições
do artigo 43;
II – Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por anteci-
pação da receita, para atender às insuficiências de caixa.
§ 1º Em casos de déficit, a Lei de Orçamento indicará as fontes de recursos que o Poder
Executivo fica autorizado a utilizar para atender a sua cobertura.
§ 2° O produto estimado de operações de crédito e de alienação de bens imóveis so-
mente se incluirá na receita quando umas e outras forem especificamente autorizadas
pelo Poder Legislativo em forma que juridicamente possibilite ao Poder Executivo reali-
zá-las no exercício.
§ 3º A autorização legislativa a que se refere o parágrafo anterior, no tocante a opera-
ções de crédito, poderá constar da própria Lei de Orçamento.

8. (FCC/TCE-CE/2015) Na proposta orçamentária de determinado ente público, en-

caminhada ao Poder Legislativo para ao exercício de 2015, consta autorização ao

Poder Executivo para doar um terreno à iniciativa privada para construção de um

clube recreativo. Com relação aos princípios orçamentários, a proposta orçamentá-

ria não atende ao princípio da:

a) exclusividade.

b) moralidade.

c) legalidade.

d) competência.

e) universalidade.8

• ANUALIDADE/PERIODICIDADE: O orçamento deve abranger um período

definido no tempo. No Brasil, o orçamento coincide com o ano civil, período

8
Comentário
Inserir dispositivo sobre autorização ao Poder Executivo para doar um terreno à iniciativa privada para cons-
trução de um clube recreativo fere o princípio da exclusividade, que determina que é vedado constar no
orçamento assuntos estranhos à previsão da receita e fixação da despesa.
Gabarito: A
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de um ano. Assim, as autorizações para gastos terão validade apenas para


o exercício financeiro da sua autorização, salvo algumas exceções, como os
créditos especiais e extraordinários.
“Lei n. 4.320/64 - Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil. ”

9. (FCC/CNMP2015) A Lei Orçamentária Anual − LOA do exercício de 2015 de um


determinado ente federativo contém dotações orçamentárias suficientes para su-
portar 24 meses de despesas com pessoal e encargos. Esse procedimento:
a) contraria o princípio orçamentário da unidade.
b) não atende o princípio orçamentário da universalidade.
c) não atende o princípio orçamentário da competência.
d) contraria o princípio orçamentário da anualidade.
e) está em consonância com o princípio orçamentário da oportunidade.9

• ORÇAMENTO BRUTO: As receitas e despesas consignadas no orçamento


devem ser apresentadas pelos seus valores brutos, sendo vedada a apresen-
tação desses créditos deduzidos por algum valor. Esse princípio está previsto
no art. 6º da Lei n. 4.320/1964:

Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais,
vedadas quaisquer deduções.
§ 1º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra incluir-se-ão,
como despesa, no orçamento da entidade obrigada a transferência e, como receita, no
orçamento da que as deva receber.
§ 2º Para cumprimento do disposto no parágrafo anterior, o cálculo das cotas terá por
base os dados apurados no balanço do exercício anterior aquele em que se elaborar a
proposta orçamentária do governo obrigado à transferência.

9
Comentário
Inserir dispositivo sobre autorização ao Poder Executivo para doar um terreno à iniciativa privada para cons-
trução de um clube recreativo fere o princípio da exclusividade, que determina que é vedado constar no
orçamento assuntos estranhos à previsão da receita e fixação da despesa.
Gabarito: D
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Esse princípio se aplica inclusive para transferências obrigatórias que um ente

faça para outro, em razão de um dispositivo legal ou constitucional (como o Fundo de

Participação dos Estados – FPE). Assim, mesmo que parcela da arrecadação de um

tributo deva ser transferida a outro ente, por determinação constitucional, essa par-

cela que será transferida deverá ser apresentada pelo seu valor bruto como receita.

Como ocorrerá a transferência e, em respeito ao princípio do orçamento bruto,

a parcela transferida será registrada como uma despesa no orçamento do ente

transferidor.

• DISCRIMINAÇÃO/ESPECIALIZAÇÃO: As dotações previstas no orçamen-

to devem ser especificadas, sendo vedado prever no orçamento, dotações

globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pes-

soal, material, serviços de terceiros ou quaisquer outras. Tem como

finalidade dar transparência aos gastos do governo, facilitando a função de

acompanhamento e controle do gasto público pelos órgãos de controle e

pela sociedade.

Excepciona-se, nesses casos, a possibilidade de consignação de dotações glo-

bais para programas especiais de trabalho e a reserva de contingência.

Lei n. 4.320/1964 Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destina-
das a atender indiferentemente às despesas de pessoal, material, serviços de terceiros,
transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu parágrafo
único.

Art. 20. Os investimentos serão discriminados na Lei de Orçamento segundo os proje-


tos de obras e de outras aplicações.
Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam
cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser
custeadas por dotações globais, classificadas entre as Despesas de Capital.

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• NÃO AFETAÇÃO/NÃO VINCULAÇÃO: A receita de impostos não deve ser

vinculada a órgãos, fundos e despesas, ressalvando-se as seguintes exce-

ções previstas na Constituição Federal de 1988:

–– Transferências constitucionais/Repartição das receitas tributárias (Fundos

de Participação dos Estados e dos Municípios, Fundos de Desenvolvimento

do Norte, Nordeste e Centro-Oeste);

–– Garantia e contragarantia de operações de crédito por antecipação de re-

ceita junto à União;

–– Ações e serviços públicos de saúde;

–– Desenvolvimento e manutenção do ensino;

–– Realização de atividades de administração fazendária.

“CF 1988 Art. 167. São vedados:

IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a re-


partição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a
destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e
desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária,
como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a presta-
ção de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art.
165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo.” (grifo nosso)

O Princípio da Não Afetação veda a vinculação da receita de IMPOSTOS,

logo, não se aplica à receita de taxas, contribuições, empréstimos compulsórios e

contribuições de melhoria, que são as demais espécies de tributo.

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10. (FCC/PREFEITURA DE TERESINA–PI/2016) Considerando a difícil situação eco-

nômica do país e com vistas a garantir os recursos destinados às obras de infra-

estrutura de saneamento para o exercício de 2017, o Secretário de Planejamento

do Município de Fidalgo recomendou ao Prefeito a inserção de dispositivo na Lei

Orçamentária Anual − LOA para garantir a destinação de 5% das receitas de IPTU

– Imposto Predial e Territorial Urbano – para despesas de capital na função Sane-

amento. A recomendação do Secretário de Planejamento é inviável porque fere os

princípios orçamentários da:

a) exclusividade e da não vinculação das receitas de impostos

b) exclusividade e do orçamento bruto.

c) não vinculação das receitas de impostos e da universalidade.

d) universalidade e da periodicidade.

e) economicidade e da publicidade.10

• EQUILÍBRIO: Possui duas vertentes: a formal e a material. A formal indi-

ca que o total de despesas deve ser igual ao total das receitas na Lei Orça-

mentária, ou seja, a despesa autorizada deve ser equivalente à receita

estimada. A material é mais específica e significa a busca do equilíbrio na

execução do orçamento como, por exemplo, a utilização de receitas de capital

para o financiamento de despesas desse mesmo gênero e não para pagamen-

to de despesas de custeio.

10
Comentário
Um dos princípios violados foi o da exclusividade, pois trouxe dispositivo para lei orçamentária estranho a
fixação da despesa e a previsão da receita. O outro princípio violado foi o da não vinculação, pois ao con-
trário do que determina esse princípio, o gestor recomendou a afetação da receita de um imposto, fora das
exceções prevista na Constituição.
Gabarito: A
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Esse princípio do equilíbrio, ao estabelecer compatibilização entre receitas e

despesas, é fundamental no controle dos gastos públicos, evitando a ocorrência de

déficits nas contas públicas, tanto na sua concepção formal quanto material.

Você deve estar acompanhando as contas públicas no Brasil nos últimos anos.

O controle dos gastos não vem sendo bem feito e o déficit é a consequência.

Formal Material

Equilíbrio
Total de
na execução do
Despesas
orçamento

Receitas
Total de de Capital →
Receitas Despesas
de Capital

• UNIFORMIDADE: Tem como objetivo permitir a comparação de orçamentos

de diversos anos. Os aspectos formais de apresentação da lei orçamentária

anual devem ser uniformes ao longo do tempo, possibilitando comparações

entre orçamentos de vários períodos.

• CLAREZA: Determina que o orçamento deve ser de fácil compreensão. Trata-

-se de um princípio voltado para quem tiver contato com o orçamento, sendo

necessário que o documento seja compreensível, objetivo e claro para todos,

evitando-se que termos técnicos inviabilizem a leitura.


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• PUBLICIDADE: Como qualquer outro ato emanado pelo poder público, ao

Orçamento deve ser garantida a sua publicidade.

• PROGRAMAÇÃO: Esse princípio não é muito visto na doutrina, mas vem

sendo cobrado ultimamente em provas de concurso. Ele se relaciona com

o orçamento-programa, adotado no Brasil, que determina que o orçamento

deva viabilizar o planejamento governamental, por meio de ações voltadas

para alcance desse fim.

11. (FCC/SEFAZ-PI2015) Ao estudar o orçamento anual do Estado do Piauí, um

Analista do Tesouro Estadual verificou que foram selecionados os objetivos a serem

alcançados, bem como determinadas as ações para o alcance de tais fins. Tais as-

pectos evidenciam o atendimento ao princípio orçamentário da:

a) clareza

b) exclusividade

c) universalidade

d) legalidade

e) programação11

Além dos princípios relacionados acima, a Constituição ainda prevê, nos incisos

do artigo 167, situações vedadas pela Carta Magna. Esses casos não são considera-

dos pela Doutrina em geral como princípios, mas pela força e generalidade de suas

disposições, achamos importante enumerá-las.

11
Comentário
O item correto é o “e”. O princípio orçamentário que determina que sejam estabelecidos objetivos e apre-
sentadas ações para alcance desses é o da programação.
Gabarito: E
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Dessa forma, são vedados:

• O início de programas e projetos não previstos na Lei Orçamentária;

• Despesas ou obrigações que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;

• Operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, res-

salvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com

finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta

(Regra de Ouro);

• Vinculação da receita de impostos (Princípio da não afetação);

• Abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislati-

va e sem indicação dos recursos correspondentes;

• Transposição, remanejamento ou transferência de recursos sem autorização

legislativa;

• Créditos ilimitados;

• Destinação de recursos do orçamento fiscal e da seguridade social para cobrir

o déficit de fundos, empresas e fundações, salvo autorização legislativa;

• Instituição de fundos sem autorização legislativa prévia; e

• Pagamento de despesas com pessoal de outros entes federados, por meio de

transferências voluntárias ou empréstimos, pela União e Estados e suas ins-

tituições financeiras.

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2. Resumo da Aula

ORÇAMENTO PÚBLICO - CONCEITOS

Orçamento
Público

Instrumento de controle do Poder Legislativo sobre os gastos do Poder Executivo

Foco no objeto do gasto, classificação dos gastos por unidades administrativas ou

Tradicional itens de despesa

ou Clássico Propicia o controle político sob as finanças públicas (Mero instrumento contábil)

Não há planejamento

Os gastos governamentais são voltados para o cumprimento das metas preestabe-


lecidas (resultados), contudo, ainda desvinculado do Planejamento Governamental

Orçamento
Objeto do Gasto + Programa de Trabalho (evolução do orçamento tradicional)
Desempenho

Primeira experiência de ligação do orçamento com


o planejamento Estatal ocorreu nos Estados Unidos
na década de 60.

Fracassou, pois sua operacionalização e implemen-


tação se mostraram árduas, tendo em vista a carên-
Planning Programming and
cia de pessoal qualificado e a resistência dos envol-
Budgeting System (PPBS)
vidos para a sua aceitação.

Vinculação direta com o Planejamento Governamental

Orçamento Ênfase do orçamento nos programas de governo, nas realizações almejadas


Programa
É o modelo em vigor no Brasil!

Derivados: “Apenas” contribuem para o alcance dos objetivos finais.


Esses objetivos demonstram quantitativamente os propósitos específi-
cos (mecanismos) de governo.
Objetivos:
Finais: Representam as finalidades da ação governamental. Esses obje-
tivos demonstram uma avaliação qualitativa dos propósitos de governo.
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ORÇAMENTO PÚBLICO
Conceitos e Princípios
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Orçamento
Público

Reanalisa todos os valores consignados no orçamento anterior

Nenhum programa tem continuidade garantida

Orçamento Parte-se do “zero”

base-zero Entraves para sua implementação: resistência imposta pela burocracia, quando ava-
liada a eficácia de seus programas, e a dificuldade em conciliar esse tipo de orçamento
com uma visão de planejamento de longo prazo.

Orçamento Todo ano são feitas correções/atualizações dos valores das despesas do último exer-
Incremental cício, mantendo-se a base do ano anterior.

Invoca os cidadãos a participarem da etapa de formulação do orçamento, entretanto,


nem a competência do Executivo, nem a do Legislativo são usurpadas
Orçamento
Participativo Atualmente tem sido utilizado em alguns municípios brasileiros

No Brasil, temos um orçamento autorizativo. Significa dizer que há apenas autoriza-


Orçamento
ção para realização das despesas, conferindo margem de discricionariedade ao gestor
Autorizado
para executá-las.

Emenda Constitucional n. 86/2015

Essa emenda torna obrigatória a execução orçamentária/financeira das programações


Orçamento oriundas das emendas individuais de deputados e senadores.
Impositivo
Poderão ter suas execuções limitadas (assim como acontece com as demais despesas
discricionárias), caso se verifique que a reestimativa da receita e da despesa poderá
resultar no não cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na LDO. Além
dessa limitação, a emenda individual perderá sua obrigatoriedade de execução caso
se verifique um impedimento de ordem técnica. Nesses casos, remanejamentos de
programação podem ser feitos. Na inércia do Congresso Nacional, em deliberar sobre
o remanejamento, pode o Poder Executivo implementar o remanejamento.

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ORÇAMENTO PÚBLICO
Conceitos e Princípios
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ORÇAMENTO PÚBLICO - PRINCÍPIOS

Princípios
Orçamentários

“ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer


Legalidade
alguma coisa senão em virtude de lei”

Transferências constitucionais/Repartição das receitas


A receita de
tributárias (Fundos de Participação dos Estados e dos
IMPOSTOS não deve
Municípios, Fundos de Desenvolvimento do Norte, Nor-
ser vinculada
deste e Centro-Oeste);
a órgãos, fundos
e despesas. Garantia e contra-garantia de operações de crédito por
Não Afetação/
antecipação de receita junto à União;
Não Vinculação
Ações e serviços públicos de saúde;

Desenvolvimento e manutenção do ensino;

Realização de atividades de administração fazendária.

O orçamento deve ser uno, uma só peça. Assim, não poderão coexistir diferentes
orçamentos para um mesmo ente da federação.
Unidade/
Totalidade A despeito da Lei Orçamentária Anual ser composta pelo orçamento fiscal, pelo orça-
mento da seguridade social e pelo orçamento de investimento de empresas, esse fato
não representa exceção ou quebra do princípio da unidade, eis que, a peça orçamen-
tária está unificada em um único documento, atendendo ao comando principiológico.

A lei Orçamentária Anual compreenderá todas as despesas e receitas, inclusive as


Orçamento
provenientes de operações de crédito, referentes a todos os Poderes do Ente da Fede-
Impositivo
ração (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), seus fundos, órgãos e entidades
da administração direta e indireta.

Operações de crédito por antecipação da receita, as emissões de papel-mo-


eda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiro.

Exceção ao princípio!

Não se aplica o princípio!


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Conceitos e Princípios
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Princípios
Orçamentários

Formal Receita Estimada = Despesa Autorizada


Equilíbrio
Material Equilíbrio na execução do orçamento (controle de gastos públicos).

A lei orçamentária anual não


Autorização para a abertura de créditos suple-
deve conter dispositivo estra-
Exclusividade mentares e contratação de operações de crédito,
nho à previsão da receita e
inclusive as de antecipação de receita.
fixação da despesa.

Os aspectos formais de apresentação da lei orçamentária anual devem ser uniformes


Uniformidade
ao longo do tempo, possibilitando comparações entre orçamentos de vários períodos.

Anualidade/
O orçamento deve ser determinado no tempo. No Brasil, ele coincide com o ano civil.
Periodicidade

Clareza O orçamento deve ser de fácil compreensão.

Orçamento Receitas e despesas consignadas no orçamento devem ser apresentadas pelos seus
Bruto valores brutos.

Publicidade Ao orçamento, deve ser garantida a sua publicidade.

É vedado prever no orçamento, dotações globais destinadas a atender indiferente-


mente às despesas de pessoal, material, serviços de terceiros ou quaisquer outras.

Discriminação/ Contribui para a transparência Programas especiais de trabalho

Especialização e a fiscalização do orçamento!


Reserva de Contingência

O orçamento deve viabilizar o planejamento governamental, por meio de ações vol-


Programação
tadas para alcance desse fim.

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3. Bibliografia

Livro/Texto Autor
Orçamento Público Giacomoni
Manual Técnico de Orçamento SOF
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor
STN
Público
Gestão de Finanças Públicas Albuquerque, Medeiros e Feijó

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Conceitos e Princípios
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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

1. (FCC/TRT-11ª/2017) Sobre o Orçamento-Programa, é INCORRETO afirmar que:


a) o orçamento é o elo de interação entre o planejamento e as funções executivas
da organização.
b) a ênfase está nos meios (o que se compra) e não nas diretrizes, prioridades,
objetivos e metas.
c) o controle visa avaliar a eficiência, eficácia e efetividade das ações governamentais.
d) a Lei n. 4.320/1964 contém determinações para a elaboração da Lei Orçamen-
tária Anual que são típicas do Orçamento-Programa.
e) o principal critério de classificação está contido na Portaria STN e MOG no
42/1999.

2. (FCC/TCM-RJ/2015) O orçamento do qual consta apenas a previsão da receita e


a fixação da despesa, constituindo uma peça meramente contábil-financeira, sem
nenhuma espécie de planejamento da ação do governo, sem qualquer objetivo eco-
nômico e social de forma clara e sem preocupação com objetivos e metas e voltado
preferencialmente às necessidades dos órgãos públicos, denomina-se orçamento:
a) de desempenho ou por realizações.
b) estatal.
c) clássico ou tradicional.
d) pragmático.
e) de base zero ou por estratégia.

3. (FCC/TCM-RJ/2015) A espécie de orçamento cuja técnica utilizada para sua con-


fecção consiste em desconsiderar os valores do ano anterior como valor inicial mí-
nimo, e proceder a uma análise crítica de todos os recursos solicitados pelos órgãos
governamentais, e de suas efetivas necessidades, sem qualquer compromisso com

montantes iniciais de dotações, denomina-se orçamento:


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a) real ou efetivo.

b) de base zero ou por estratégia.

c) participativo.

d) democrático.

e) de desempenho ou por realizações.

4. (FCC/TCE-CE/2015) Em março de 2015, as mesas da Câmara dos Deputados e

do Senado Federal promulgaram a Emenda Constitucional n° 86/15, que trata do

chamado ORÇAMENTO IMPOSITIVO. Essa emenda, que acrescentou vários dispo-

sitivos ao texto constitucional, inseriu, no art. 166 da Constituição Federal, nove

parágrafos novos. O § 9° desse artigo estabelece que as emendas individuais ao

projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% da receita corrente

líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade

deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde.

Afastada a possibilidade de não cumprimento da meta de resultado fiscal estabele-

cida na Lei de Diretrizes Orçamentárias, a execução orçamentária e financeira das

programações referidas no § 9°, acima transcrito, é:

a) obrigatória, inclusive nos casos de impedimento de ordem técnica, em montan-

te correspondente a 1,2% da receita corrente líquida realizada no exercício ante-

rior, conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos em

Resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República.

b) obrigatória, exceto nos casos de impedimento de ordem técnica, em montan-

te correspondente a 0,6% da média da receita corrente líquida realizada nos três

exercícios imediatamente anteriores conforme os critérios para a execução equita-

tiva da programação definidos em lei ordinária federal.

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c) obrigatória, exceto nos casos de impedimento de ordem técnica, em montante

correspondente a 1,2% da receita corrente líquida realizada no exercício anterior

conforme os critérios para a execução equitativa da programação, sendo considerada

equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que atenda de forma

igualitária e impessoal às emendas apresentadas, independentemente da autoria.

d) voluntária, em montante correspondente a 0,6% da receita corrente líquida

realizada no exercício anterior conforme os critérios para a execução equitativa da

programação, sendo considerada equitativa a execução das programações de ca-

ráter obrigatório que atenda de forma igualitária e impessoal a todas as unidades

federadas, independentemente de critérios quantitativos populacionais e da repre-

sentação política parlamentar do proponente da emenda.

e) obrigatória, inclusive nos casos de impedimento de ordem técnica, em montan-

te correspondente a 0,6% da receita corrente líquida realizada no exercício anterior

conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei

complementar prevista no § 9o do art. 165 da Constituição Federal, sendo consi-

derada equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que atenda

de forma proporcional a todas as unidades federadas, tendo em conta critérios

quantitativos populacionais e de representação política parlamentar do proponente

da emenda.

5. (FCC/TCE-GO/2014) Sob a justificativa de dar maior transparência aos gastos

públicos, o Poder Executivo de determinado Estado elaborou e encaminhou à As-

sembleia Legislativa dois projetos de Lei Orçamentária Anual para o exercício de

2015. Um projeto de Lei Orçamentária destinado somente ao Poder Executivo e o

outro projeto somente para o Poder Legislativo. Considerando as regras norteado-

ras para elaboração do orçamento, NÃO foi atendido o princípio orçamentário:

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a) do orçamento bruto.

b) da independência orçamentária.

c) do equilíbrio.

d) da competência orçamentária.

e) da unidade.

6. (FCC/TRE-SP/2017) Lei Orçamentária Anual, para o exercício de 2017, de deter-

minado ente público previu receitas e fixou despesas no valor de R$ 2.750.600.000.

Não constou na Lei Orçamentária as despesas com pessoal a serem realizadas pelo

respectivo Poder Legislativo, sob a alegação de que muitos servidores seriam de-

mitidos a partir de janeiro de 2017, portanto, não seria possível fixar o montante

exato de tais despesas. Nestas condições, a Lei Orçamentária NÃO atendeu ao

princípio orçamentário da:

a) universalidade.

b) moralidade.

c) transparência.

d) exclusividade.

e) unidade.

7. (FCC/TRT-RS/2015) De acordo com o princípio orçamentário da universalidade,

a Lei Orçamentária Anual deve conter todas as receitas e despesas do Estado, não

alcançando, contudo, as:

a) receitas provenientes de operações de crédito.

b) despesas e receitas operacionais das empresas estatais.

c) despesas dos poderes judiciário e legislativo.

d) despesas correntes.

e) despesas decorrentes de projetos inseridos no Plano Plurianual.


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8. (FCC/TCE-CE/2015) Na proposta orçamentária de determinado ente público, en-

caminhada ao Poder Legislativo para o exercício de 2015, consta autorização ao

Poder Executivo para doar um terreno à iniciativa privada para construção de um

clube recreativo. Com relação aos princípios orçamentários, a proposta orçamentá-

ria não atende ao princípio da:

a) exclusividade.

b) moralidade.

c) legalidade.

d) competência.

e) universalidade.

9. (FCC/CNMP2015) A Lei Orçamentária Anual − LOA do exercício de 2015 de um

determinado ente federativo contém dotações orçamentárias suficientes para su-

portar 24 meses de despesas com pessoal e encargos. Esse procedimento:

a) contraria o princípio orçamentário da unidade.

b) não atende o princípio orçamentário da universalidade.

c) não atende o princípio orçamentário da competência.

d) contraria o princípio orçamentário da anualidade.

e) está em consonância com o princípio orçamentário da oportunidade.

10. (FCC/PREFEITURA DE TERESINA–PI/2016) Considerando a difícil situação eco-

nômica do país e com vistas a garantir os recursos destinados às obras de infra-

estrutura de saneamento para o exercício de 2017, o Secretário de Planejamento

do Município de Fidalgo recomendou ao Prefeito a inserção de dispositivo na Lei

Orçamentária Anual − LOA para garantir a destinação de 5% das receitas de IPTU

– Imposto Predial e Territorial Urbano – para despesas de capital na função Sane-

amento. A recomendação do Secretário de Planejamento é inviável porque fere os

princípios orçamentários da:


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a) exclusividade e da não-vinculação das receitas de impostos.

b) exclusividade e do orçamento bruto.

c) não-vinculação das receitas de impostos e da universalidade.

d) universalidade e da periodicidade.

e) economicidade e da publicidade.

11. (FCC/SEFAZ-PI2015) Ao estudar o orçamento anual do Estado do Piauí, um

Analista do Tesouro Estadual verificou que foram selecionados os objetivos a serem

alcançados, bem como determinadas as ações para o alcance de tais fins. Tais as-

pectos evidenciam o atendimento ao princípio orçamentário da:

a) clareza

b) exclusividade

c) universalidade

d) legalidade

e) programação

QUESTÕES DE CONCURSO

12. (FCC/TRF-3ª/2016) No que se refere à matéria orçamentária, considere:

I. Concessão ou utilização de créditos ilimitados.


II. Realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os

créditos orçamentários ou adicionais.

III. Realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas

correntes.

IV. Transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive

por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições

financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista,

dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.


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A Constituição Federal VEDA expressamente o que consta em:

a) I, II, III e IV.

b) II e IV, apenas.

c) I, III e IV, apenas.

d) I, II e III, apenas.

e) I, II e IV, apenas.

13. (FCC TRT-11ª/2017) Sobre os princípios orçamentários, é correto afirmar que

o princípio:

a) do orçamento bruto determina que, na lei orçamentária, deverá existir equilíbrio

entre os montantes totais de receitas e despesas.

b) da universalidade estabelece que devem constar na lei orçamentária todas as

receitas e todas as despesas.

c) do equilíbrio orçamentário estabelece que tanto as receitas quanto as despesas

devem ser apresentadas pelos seus valores totais, sem deduções ou compensações.

d) da anualidade estabelece a inexistência de orçamentos paralelos dentro de uma

mesma esfera de governo.

e) da periodicidade estabelece que é vedada a inclusão de assuntos não relacio-

nados à previsão de receita e à fixação de despesas nas leis orçamentárias, isto é,

são vedadas as caudas orçamentárias.

14. (FCC/TRE-SP/2017) Na Lei Orçamentária Anual − LOA, para o exercício de

2017, de determinado ente público, as receitas e despesas foram discriminadas

de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do

Governo obedecendo aos princípios orçamentários. Com relação aos princípios or-

çamentários, é correto afirmar:

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a) Unidade − o orçamento deve ser uno, ou seja, cada Poder (Executivo, Legisla-

tivo e Judiciário) deve ter sua Lei Orçamentária Anual específica.

b) Universalidade − determina que a LOA de cada ente federado deverá conter

todas as receitas e despesas de todos os poderes, órgãos, entidades, fundos e fun-

dações instituídas e mantidas pelo Poder Público.

c) Exclusividade − estabelece que a LOA não conterá dispositivo estranho à previ-

são da receita e à fixação da despesa. Ressalvam-se dessa proibição a autorização

para contratação de pessoal, para área da saúde e educação.

d) Orçamento Bruto − obriga registrarem-se receitas e despesas na LOA pelo valor

total e bruto, vedadas quaisquer deduções. Ressalvam-se dessa proibição os valo-

res que se referirem às transferências constitucionais.

e) Anualidade − delimita a execução das receitas e despesas de capital a um perí-

odo de doze meses, a contar da aprovação da LOA pelo Poder Legislativo.

15. (FCC/TRF-3ª/2016) Um analista judiciário examinou o orçamento previsto para

o Poder Judiciário referente ao exercício de 2015 e verificou que a peça orçamen-

tária abordou aspecto relacionado ao cumprimento do princípio orçamentário da

exclusividade. Ele chegou a essa conclusão porque a peça orçamentária:

a) foi elaborada para um período determinado.

b) autorizou a contratação de operação de crédito.

c) conteve dotações específicas para despesas com pessoal.

d) foi autorizada pelo Poder Legislativo.

e) incluiu todas as receitas e todas as despesas.

16. (FCC/TRT-3ª/2015) Um analista do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região

– TRT-3ª Região, ao elaborar a peça orçamentária do órgão, teve cuidado com os

seguintes aspectos:
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I. Incluiu somente assuntos pertinentes à previsão da receita e à fixação da despesa.

II. Incluiu todas as receitas e despesas.

Esses aspectos são importantes porque atendem, respectivamente, aos princípios

orçamentários da:

a) exclusividade e universalidade.

b) não afetação e universalidade.

c) exclusividade e unidade.

d) especificação e unidade.

e) especificação e equilíbrio.

17. (FCC/TCE-GO/2014) No primeiro ano de seu mandato, o Governador de deter-

minado Estado enviou à Assembleia Legislativa projeto de lei orçamentária para o

período restante de seu mandato, ou seja, 3 anos. Consta, no artigo 18 do projeto,

a criação de dez cargos de assessores de imprensa para o gabinete do Governador.

Considerando os princípios orçamentários, o projeto encaminhado NÃO atende aos

princípios:

a) anualidade e universalidade.

b) exclusividade e moralidade.

c) anualidade e moralidade.

d) anualidade e exclusividade.

e) exclusividade e universalidade.

18. (FCC/TRT/-18ª/2013) A elaboração do Orçamento Público deve basear-se em

alguns princípios que o tornam mais transparente, facilitando seu controle e avalia-

ção. Dentre os princípios orçamentários, inclui-se o princípio:

a) da universalidade, segundo o qual o orçamento deve ser aplicável a todos os

órgãos da Administração direta e indireta, indistintamente.


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b) da periodicidade, segundo o qual o orçamento deve ser reelaborado, periodica-

mente, a cada término de mandato eletivo.

c) da anualidade, segundo o qual a fixação de despesas deve ser alterada anual-

mente.

d) do equilíbrio, segundo o qual deve haver certa equidade orçamentária entre os

Estados da Federação.

e) da unidade, segundo o qual cada ente federado deve ter apenas um orçamento.

19. (FCC/TJ-AP/2014) Sobre os princípios orçamentários, é correto afirmar:

a) O princípio da unidade refere-se à contemplação na lei orçamentária anual de

todas as receitas e despesas de todos os poderes e órgãos, entidades, fundos e

fundações instituídas e mantidas pelo poder público.

b) O princípio da exclusividade refere-se à vedação da vinculação da receita de

impostos a órgão, fundo ou despesa, salvo as exceções previstas.

c) Não conter dispositivo estranho à previsão da receita e fixação da despesa refe-

re-se ao cumprimento do princípio da exclusividade.

d) O princípio da legalidade refere-se à delimitação do exercício financeiro orça-

mentário que, de acordo com a Lei no 4.320/1964, coincidirá com o ano civil.

e) O princípio da universalidade refere-se à integração da Lei Orçamentária Anual

(LOA) em um único documento legal dentro de cada esfera federativa.

20. (FCC/TJ-AP/2014) No decorrer da execução fiscal houve a alteração da lei or-

çamentária anual, devidamente aprovada pela Câmara Municipal. A modificação

incorporou um dispositivo determinando que a primeira escola de ensino funda-

mental, concluída no exercício, deverá ser denominada “Escola Municipal Dr. João

dos Santos”, nome do atual prefeito. Da análise do cumprimento aos princípios

orçamentários, é correto afirmar que:


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a) não houve descumprimento de qualquer princípio, pois houve a autorização e

aprovação do poder legislativo.

b) houve o descumprimento do princípio da anterioridade, pois a alteração foi rea-

lizada durante a execução do orçamento.

c) houve o descumprimento do princípio da anualidade.

d) houve o descumprimento do princípio da exclusividade.

e) houve descumprimento do princípio da segregação e autonomia entre os poderes.

21. (FCC/TJ-AP/2014) Com finalidade de aumentar a eficiência da sua gestão, de-

terminado governador decidiu elaborar orçamentos individualizados para os órgãos

da Administração direta e indireta do seu Estado. Esta medida:

a) contraria o princípio orçamentário da totalidade.

b) está correta, pois atende ao princípio da transparência.

c) contraria o princípio orçamentário da universalidade.

d) é adequada, pois busca a efetividade da gestão.

e) não atende ao princípio do Orçamento Bruto.

22. (FCC/TRT-16ª/2014) Na elaboração de seus orçamentos, os entes públicos de-

verão atender às regras norteadoras básicas estabelecidas pelos princípios orça-

mentários. O princípio orçamentário da exclusividade:

a) obriga registrarem-se receitas e despesas na Lei Orçamentária Anual - LOA pelo

valor total e bruto, vedadas quaisquer deduções.

b) veda vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, salvo exce-

ções estabelecidas pela própria Constituição Federal.

c) delimita o exercício financeiro orçamentário: período de tempo ao qual a previ-

são das receitas e a fixação das despesas registradas na LOA irão se referir.

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d) estabelece que a LOA não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e

à fixação da despesa. Ressalvam-se dessa proibição a autorização para abertura

de crédito suplementar e a contratação de operações de crédito, nos termos da lei.

e) determina que a LOA de cada ente federado deverá conter todas as receitas e

despesas de todos os poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e

mantidas pelo Poder Público.

23. (FCC/TCE-CE/2015) Considere que, hipoteticamente, o projeto da Lei Orça-

mentária Anual do Estado do Ceará teve de ser alterado porque não previa as ope-

rações de crédito autorizadas em lei. Da forma como foi originalmente apresenta-

do, havia afronta ao princípio orçamentário:

a) da universalidade.

b) da anualidade.

c) da não vinculação.

d) do orçamento bruto.

e) da discriminação.

24. (FCC/TCM-RJ/2015) Sobre os princípios orçamentários, é correto afirmar que:

a) o princípio da totalidade ensina que o orçamento deve ser único no âmbito de

cada órgão ou unidade orçamentária do governo.


b) a utilização de valores líquidos na previsão de receitas orçamentárias sujeitas

às retenções do FUNDEB não obedece ao princípio orçamentário da universalidade.

c) a utilização de valores líquidos na previsão das receitas orçamentárias sujeitas

às retenções do FUNDEB não fere o princípio orçamentário da universalidade.

d) o princípio orçamentário da não afetação veda a vinculação de impostos e taxas

a órgãos, fundo ou despesa.

e) a autorização para abertura de todos os tipos de créditos adicionais é uma das

exceções relacionadas à aplicação do princípio orçamentário da exclusividade.


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25. (FCC/TJ-PE/2012) O orçamento que enfatiza os fins, em vez de os meios, e

que a base fundamental é o planejamento, em vez de ser apenas um instrumento

contábil de controle, é o orçamento:

a) programa.

b) base zero.

c) clássico.

d) tradicional.

e) legislativo.

26. (FCC/TCE-AP/2012) Um plano de governo como instrumento de gestão no qual

não se adota programa de trabalho, projetos, atividades, nem objetivos a atingir

e cujo principal critério de distribuição dos recursos a disposição do governo é o

montante de gastos do exercício financeiro anterior, ajustado em algum percentual

discricionário, é conhecido como orçamento

a) clássico ou tradicional.

b) programa.

c) de desempenho.

d) base zero.

e) variável.

27. (FCC/TRE-CE/2012) O instrumento ou ferramenta de planejamento da ação

governamental, no qual a principal característica da metodologia é exigir que todas

as despesas de cada repartição pública sejam justificadas detalhadamente como se

cada item programático fosse uma nova iniciativa, isto é, direitos adquiridos sobre

despesas anteriormente autorizadas são desprezadas. Essa metodologia de orça-

mentação é conhecida como Orçamento:

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a) estratégico.

b) funcional.

c) clássico.

d) programa.

e) base-zero.

28. (FCC/TRF-5ª/2012) O princípio da universalidade do orçamento público deter-

mina que:

a) todas as receitas e despesas do Estado devem estar agrupadas no orçamento

fiscal contido na Lei Orçamentária Anual de cada ente federado, exceto as transfe-

rências constitucionais.

b) a Lei Orçamentária Anual de cada ente federado deverá conter todas as receitas

e despesas de todos os poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas

e mantidas pelo poder público.

c) a Lei Orçamentária Anual deve abranger o período de um ano, considerado o

exercício financeiro para efeito de previsão das receitas e fixação das despesas.

d) a Lei Orçamentária Anual de cada ente federado deverá conter todas as receitas

de seus respectivos poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações, exceto aque-

las oriundas de operações de crédito de longo prazo.

e) todas as receitas e despesas de capital do Estado devem integrar o Plano Plu-


rianual, inclusive aquelas das empresas públicas e empresas de economia mista.

29. (FCC/DPE-RS/2013) Em relação ao princípio orçamentário do equilíbrio, é cor-

reto afirmar que:

a) estabelece que a Lei Orçamentária Anual - LOA não conterá dispositivo estranho

à previsão da receita e à fixação da despesa. Ressalvam-se dessa proibição a autori-

zação para abertura de créditos suplementares e a contratação de operações de cré-

dito, ainda que por Antecipação da Receita Orçamentária - ARO, nos termos da lei.
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b) estabelece que o total da despesa autorizada em cada exercício financeiro não

deve ultrapassar o total das receitas orçamentárias previstas para o mesmo período.

c) estabelece que o resultado da execução orçamentária em cada exercício finan-

ceiro não deve apresentar déficit orçamentário.

d) preconiza o registro das receitas e despesas na Lei Orçamentária Anual - LOA

pelo valor total e bruto, permitindo somente as deduções constitucionais.

e) dispõe que as despesas autorizadas no exercício financeiro somente serão em-

penhadas quando houver recursos financeiros para seu pagamento.

30. (FCC/TJ-RJ/2012) O Orçamento-Programa tem como característica principal:

a) dar ênfase ao objeto do gasto.

b) promover a ampla integração da sociedade civil no processo de discussão da

elaboração da peça orçamentária.

c) incentivar que a fixação das despesas das unidades orçamentárias sejam ba-

seadas nas realizadas no ano anterior acrescidas de um percentual que refletirá a

inflação esperada.

d) ser um instrumento de fiscalização dos gastos do Poder Executivo pelo Poder

Legislativo.

e) efetuar a integração entre o planejamento do Governo e orçamento anual.

31. (FCC/DPE-RS/2013) Os princípios orçamentários visam estabelecer regras bá-

sicas, a fim de conferir racionalidade, eficiência e transparência aos processos de

elaboração, execução e controle do orçamento público. Nestas condições, o prin-

cípio orçamentário, o qual estabelece que a Lei Orçamentária Anual - LOA de cada

ente federado deverá conter todas as receitas e as despesas de todos os Poderes,

órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo poder público é

denominado de:
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a) exclusividade.

b) legalidade.

c) anualidade.

d) universalidade.

e) totalidade.

32. (FCC/DPE-RS/2013) Sobre os princípios orçamentários, é correto afirmar que

o princípio:

a) da exclusividade representou o fim às chamadas caudas orçamentárias que ser-

viam para nomeações, promoções e abertura de créditos adicionais suplementares.

b) da unidade determina que receitas e despesas devem aparecer no orçamento

de maneira discriminada, no mínimo, por elementos de despesa.

c) do orçamento bruto determina que deve existir somente uma Lei Orçamentária

Anual, sendo proibida a existência de orçamentos paralelos.

d) da não afetação das receitas veda vinculação da receita de impostos a órgão,

fundo ou despesa, salvo exceções estabelecidas pela Constituição Federal de 1988.

e) da universalidade determina que a lei orçamentária deve ser divulgada por me-

canismos oficiais de comunicação e de divulgação para garantir amplo conhecimen-

to público.

33. (FCC/TRF-5ª/2012) A autorização, contida na Lei Orçamentária Anual de um

determinado município, para abertura de créditos suplementares até o limite de

10% do total da despesa fixada, constitui exceção ao princípio orçamentário da:

a) legalidade.

b) totalidade.

c) universalidade.

d) não vinculação das receitas.

e) exclusividade.
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34. (FCC/TRE-CE/2012) Um sistema de planejamento, programação e orçamen-

tação, introduzido sob a denominação de PPBS (Planning Programming Budgeting

System), em que algumas das principais características são: integração, plane-

jamento, orçamento; quantificação de objetivos e fixação de metas; relações in-

sumo-produto; acompanhamento físico-financeiro e avaliação de resultados. Esta

técnica orçamentária é conhecida como orçamento:

a) clássico.

b) programa.

c) de desempenho.

d) variável.

e) contínuo.

35. (FCC/TRE-CE/2012) No processo orçamentário que se caracteriza por apresen-

tar duas dimensões do orçamento: o objeto de gasto é um programa de trabalho,

contendo as ações desenvolvidas, toda a ênfase reside na performance organiza-

cional, sendo também conhecido como orçamento funcional. Esta técnica orçamen-

tária é conhecida como orçamento:

a) programa.

b) clássico.

c) de desempenho.

d) fixo.

e) contínuo.

36. (FCC/TRT-18ª/2013) A Lei Orçamentária Anual NÃO poderá conter dispositivo

sobre reformas administrativas porque fere o princípio orçamentário:

a) da exclusividade.

b) do orçamento bruto.
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c) da universalidade.

d) da especialização.

e) da não vinculação da receita.

37. (FCC/TRT-4ª/2015) No que tange aos orçamentos públicos, segundo a Consti-

tuição Federal, é vedado:

a) a abertura de procedimento licitatório sem indicação dos recursos financeiros

que assegurem o pagamento das despesas realizadas no exercício financeiro em

curso.

b) o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual, exce-

to os destinados à seguridade social.

c) a arrecadação de receitas correntes não previstas na lei orçamentária anual do

ente público.

d) a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa

e sem indicação dos recursos correspondentes.

e) a realização de despesas ou contratação de pessoal que excedam os limites es-

tabelecidos no Plano Plurianual.

38. (FCC/TRE-SE/2015) Na elaboração do orçamento público da União, que inclui

o TRE/SE, foram adotadas as seguintes medidas:

I. Não houve consignação de dotação global destinada a atender indiferentemente

a despesa de pessoal.

II. Somente constou matéria relacionada à previsão de receita e fixação de despesa.

III. Do orçamento constaram todas as receitas e despesas.

Essas medidas correspondem, respectivamente, ao atendimento aos princípios or-

çamentários da:
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a) exclusividade, orçamento bruto e universalidade.

b) especificação, exclusividade e universalidade.

c) exclusividade, especificação e anualidade.

d) especificação, exclusividade e anualidade.

e) especificação, anualidade e universalidade.

39. (FCC/TRE-AP/2015) Com o intuito de reduzir a população em situação de ex-

trema pobreza, o chefe do Poder Executivo de um governo estadual decidiu incluir,

na Lei Orçamentária Anual, um dispositivo que determina a destinação de 5%

(cinco por cento) das receitas de impostos para as despesas na função Trabalho.

Entretanto, a inclusão deste dispositivo na Lei Orçamentária Anual não é permitida

porque fere os princípios orçamentários:

a) da universalidade e da não vinculação da receita de impostos.

b) do orçamento bruto e da exclusividade.

c) da exclusividade e da não afetação da receita de impostos.

d) da anualidade e da universalidade.

e) da unidade e do orçamento bruto.

40. (FCC/TRT-3ª/2015) A ausência na lei orçamentária de determinado ente da fe-

deração de todas as receitas e despesas de uma fundação instituída e mantida pelo

referido ente, NÃO atende ao princípio orçamentário:

a) da exclusividade.

b) da competência administrativa.

c) do orçamento bruto.

d) da discriminação.

e) da universalidade.

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41. (FCC/MPE-PB/2015) O orçamentista de uma Prefeitura do Estado da Paraíba


recebeu orientação para consignar no orçamento dotação para programa especial
de trabalho que, por sua natureza, não poderia cumprir-se subordinadamente às
normas gerais de execução da despesa. Assim, esse programa foi consignado em
dotação global, classificado como despesa de capital. Esse fato representou uma
exceção legal ao princípio orçamentário da:
a) clareza.
b) especificação.
c) exclusividade.
d) não-vinculação.
e) universalidade.

42. (FCC/TRT-9ª/2015) A reabertura de créditos especiais no exercício subsequen-


te, cujo ato de autorização foi promulgado nos 4 últimos meses do exercício, é uma
exceção ao Princípio orçamentário da:
a) anualidade.
b) universalidade.
c) competência.
d) unidade.
e) tempestividade.

43. (FCC/TCE-SP/2015) Todas as receitas previstas e despesas fixadas, em cada


exercício financeiro, devem integrar um único documento legal dentro de cada es-
fera federativa. A afirmativa refere-se ao princípio orçamentário da:
a) especificação ou especialização.
b) exclusividade.
c) anualidade ou periodicidade.
d) unidade ou totalidade.

e) independência e harmonia entre os Poderes.


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44. (FCC/TRE-PB/2015) Ao assumir o seu mandato, o prefeito do Município de Ilu-

sões propôs que, ao invés de elaborar uma única Lei Orçamentária Anual para o

município, fossem elaboradas duas Leis Orçamentárias Anuais: uma referente ao

Poder Executivo e outra ao Poder Legislativo. A proposta do prefeito é inviável por-

que fere o princípio orçamentário:

a) da exclusividade.

b) da unidade.

c) da universalidade.

d) da anualidade.

e) do orçamento bruto.

45. (FCC/TRT-9ª/2015) Autorização para abertura de créditos Suplementares é

uma exceção à aplicação do princípio orçamentário da:

a) legalidade.

b) universalidade.

c) anualidade.

d) clareza.

e) exclusividade.

46. (FCC/SEFAZ-PI/2015) A Constituição Federal veda a realização de operação de


crédito que exceda o montante das despesas de capital, disposição conhecida como

“Regra de Ouro”. A própria Constituição prevê uma exceção e as suas condições,

desde que seja autorizada:

a) por Decreto do Legislativo.

b) mediante crédito extraordinário.

c) mediante crédito suplementar ou especial.

d) por Decreto do Executivo.

e) por Lei Delegada.


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47. (FCC/MANAUSPREV/2015) A Constituição da República, em matéria orça-

mentária,

a) permite, mediante autorização legislativa prévia, o início de programas ou pro-

jetos não incluídos na lei orçamentária anual.

b) autoriza, para a prestação de garantia ou contragarantia à União, a vinculação

dos recursos entregues por esta aos Estados, do produto da arrecadação do im-

posto sobre produtos industrializados, proporcionalmente ao valor das respectivas

exportações de produtos industrializados.

c) veda a realização de quaisquer operações de créditos que excedam o montante

das despesas de capital.

d) proíbe a edição de lei que autorize a utilização de recursos dos orçamentos fis-

cal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas,

fundações e fundos.

e) impede a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos,

pelo governo federal e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas

com pessoal dos Estados, salvo por antecipação de receita.

48. (FCC/TCE-AM/2015) A atividade orçamentária deve ser desenvolvida com ob-

servância de vários princípios, alguns insculpidos na própria Constituição Federal, e

outros na legislação infraconstitucional.

Nesse sentido, o princípio que é mencionado expressamente no texto da Lei Fe-

deral n. 4.320/1964 e que visa impedir a coexistência de orçamentos paralelos,

que determina que só haja uma peça orçamentária, materializada em um único

documento, por meio do qual se apresente uma visão de conjunto das receitas e

das despesas de cada um dos entes federados (União, Estados e Municípios) é de-

nominado princípio:

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a) do caixa único.

b) da legalidade.

c) da unidade.

d) da completude orçamentária.

e) do orçamento bruto.

49. (FCC/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2007) É característica do orçamento programa:

a) classificação institucional das despesas.

b) ênfase nos aspectos contábeis da gestão.

c) decisão considerando as necessidades financeiras das unidades organizacionais.

d) elaboração empírica.

e) controle da execução com ênfase em avaliar a eficiência e a eficácia do gasto.

50. (FCC/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2007) Em relação aos princípios orçamentá-

rios, é correto afirmar:

a) De acordo com o princípio da universalidade, é vedada a vinculação de receita

de impostos a órgãos, fundos ou despesas.

b) O princípio da anualidade enfatiza que o orçamento deve conter as receitas e as

despesas referentes aos três poderes da União.

c) O princípio da especificação estabelece que a lei do orçamento não deve consig-

nar dotações globais destinadas a atender despesas de naturezas diversas.

d) O princípio da exclusividade estabelece que o conteúdo orçamentário deve ser

divulgado por meio de veículos oficiais de comunicação, para conhecimento público

e para a eficácia de sua validade.

e) O princípio da não-afetação afirma que o orçamento não conterá dispositivo es-

tranho à previsão da receita e fixação da despesa.

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GABARITO

1. B 18. E 35. C

2. C 19. C 36. A

3. B 20. D 37. D

4. C 21. A 38. B

5. E 22. D 39. C

6. A 23. A 40. E

7. B 24. C 41. B

8. A 25. A 42. A

9. D 26. A 43. D

10. A 27. E 44. B

11. E 28. B 45. E

12. E 29. B 46. C

13. B 30. E 47. B

14. B 31. D 48. C

15. B 32. D 49. E

16. A 33. E 50. C

17. D 34. B

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QUESTÕES DE CONCURSO COMENTADAS

12. (FCC/TRF-3ª/2016) No que se refere à matéria orçamentária, considere:

I. Concessão ou utilização de créditos ilimitados.

II. Realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os

créditos orçamentários ou adicionais.

III. Realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas

correntes.

IV. Transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive

por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições

financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista,

dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

A Constituição Federal VEDA expressamente o que consta em

a) I, II, III e IV.

b) II e IV, apenas.

c) I, III e IV, apenas.

d) I, II e III, apenas.

e) I, II e IV, apenas.

Letra e.
A Constituição prevê, nos incisos do artigo 167, as seguintes vedações:

• O início de programas e projetos não previstos na Lei Orçamentária;

• Despesas ou obrigações que excedam os créditos orçamentários ou

adicionais (II);

• Operações de créditos que excedam o montante das despesas de

capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares

ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo

por maioria absoluta (Regra de Ouro); (III)


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• Vinculação da receita de impostos (Princípio da não afetação);

• Abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislati-

va e sem indicação dos recursos correspondentes;

• Transposição, remanejamento ou transferência de recursos sem autorização

legislativa;

• Créditos ilimitados (I);

• Destinação de recursos do orçamento fiscal e da seguridade social para cobrir

o déficit de fundos, empresas e fundações, salvo autorização legislativa;

• Instituição de fundos sem autorização legislativa prévia; e

• Pagamento de despesas com pessoal de outros entes federados, por

meio de transferências voluntárias ou empréstimos, pela União e Es-

tados e suas instituições financeiras. (IV)

Como vemos, a única assertiva incorreta é a III, pois o montante de operações de

capital não pode exceder as despesas de capital e não as correntes. Corretas as-

sertivas I, II e IV.

13. (FCC TRT-11ª/2017) Sobre os princípios orçamentários, é correto afirmar que

o princípio:

a) do orçamento bruto determina que, na lei orçamentária, deverá existir equilíbrio

entre os montantes totais de receitas e despesas.

b) da universalidade estabelece que devem constar na lei orçamentária todas as

receitas e todas as despesas.

c) do equilíbrio orçamentário estabelece que tanto as receitas quanto as despesas

devem ser apresentadas pelos seus valores totais, sem deduções ou compensações.

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d) da anualidade estabelece a inexistência de orçamentos paralelos dentro de uma

mesma esfera de governo.

e) da periodicidade estabelece que é vedada a inclusão de assuntos não relacio-

nados à previsão de receita e à fixação de despesas nas leis orçamentárias, isto é,

são vedadas as caudas orçamentárias.

Letra b.

a) Errado. O princípio do orçamento bruto estabelece que tanto as receitas quanto

as despesas devem ser apresentadas pelos seus valores totais, sem deduções ou

compensações.

b) ok!

c) Nada disso. Esse é o princípio do orçamento bruto.

d) Não! O princípio da periodicidade/anualidade determina que o orçamento deve

ser limitado a um período de tempo, no caso brasileiro, o ano civil.

e) Não também! Veja a explicação da alternativa anterior.

14. (FCC/TRE-SP/2017) Na Lei Orçamentária Anual − LOA, para o exercício de

2017, de determinado ente público, as receitas e despesas foram discriminadas

de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do

Governo obedecendo aos princípios orçamentários. Com relação aos princípios or-

çamentários, é correto afirmar:

a) Unidade − o orçamento deve ser uno, ou seja, cada Poder (Executivo, Legisla-

tivo e Judiciário) deve ter sua Lei Orçamentária Anual específica.

b) Universalidade − determina que a LOA de cada ente federado deverá conter

todas as receitas e despesas de todos os poderes, órgãos, entidades, fundos e fun-

dações instituídas e mantidas pelo Poder Público.


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c) Exclusividade − estabelece que a LOA não conterá dispositivo estranho à previ-

são da receita e à fixação da despesa. Ressalvam-se dessa proibição a autorização

para contratação de pessoal, para área da saúde e educação.

d) Orçamento Bruto − obriga registrarem-se receitas e despesas na LOA pelo valor

total e bruto, vedadas quaisquer deduções. Ressalvam-se dessa proibição os valo-

res que se referirem às transferências constitucionais.

e) Anualidade − delimita a execução das receitas e despesas de capital a um perí-

odo de doze meses, a contar da aprovação da LOA pelo Poder Legislativo.

Letra b.

Vamos lá:

a) Errado. Cada Ente e não cada Poder!

b) ok!

c) Errado. Essa ressalva para contratação de pessoal não existe.

d) Errado. A exceção ao princípio do orçamento bruto fica por conta da reserva de

contingência e os programas especiais de trabalho.

e) Errado. Esse princípio se refere ao período de programação orçamentária. A

possibilidade da execução de despesas ocorrer em exercício subsequente, é o caso

dos restos a pagar, por exemplo.

15. (FCC/TRF-3ª/2016) Um analista judiciário examinou o orçamento previsto para

o Poder Judiciário referente ao exercício de 2015 e verificou que a peça orçamen-

tária abordou aspecto relacionado ao cumprimento do princípio orçamentário da

exclusividade. Ele chegou a essa conclusão porque a peça orçamentária:

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a) foi elaborada para um período determinado.

b) autorizou a contratação de operação de crédito.

c) conteve dotações específicas para despesas com pessoal.

d) foi autorizada pelo Poder Legislativo.

e) incluiu todas as receitas e todas as despesas.

Letra b.

De acordo com o princípio da exclusividade, é vedada a inclusão no orçamento de

assuntos estranhos a previsão da receita e fixação da despesa, salvo a autorização

para abertura de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por an-

tecipação de receita.

16. (FCC/TRT-3ª/2015) Um analista do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região

– TRT-3ª Região, ao elaborar a peça orçamentária do órgão, teve cuidado com os

seguintes aspectos:

I. Incluiu somente assuntos pertinentes à previsão da receita e à fixação da despesa.

II. Incluiu todas as receitas e despesas.

Esses aspectos são importantes porque atendem, respectivamente, aos princípios

orçamentários da:

a) exclusividade e universalidade.

b) não-afetação e universalidade.

c) exclusividade e unidade.

d) especificação e unidade.

e) especificação e equilíbrio.

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Letra a.

Questão tranquila!

I – exclusividade: somente assuntos pertinentes.

II – universalidade: todas as receitas e despesas.

17. (FCC/TCE-GO/2014) No primeiro ano de seu mandato, o Governador de deter-

minado Estado enviou à Assembleia Legislativa projeto de lei orçamentária para o

período restante de seu mandato, ou seja, 3 anos. Consta, no artigo 18 do projeto,

a criação de dez cargos de assessores de imprensa para o gabinete do Governador.

Considerando os princípios orçamentários, o projeto encaminhado NÃO atende aos

princípios:

a) anualidade e universalidade.

b) exclusividade e moralidade.

c) anualidade e moralidade.

d) anualidade e exclusividade.

e) exclusividade e universalidade.

Letra d.

O projeto em questão ofende os princípios da anualidade e da exclusividade. De

acordo com esses princípios, o orçamento irá coincidir com o ano civil e não conterá

matéria estranha à previsão da receita e à fixação da despesa, respectivamente.

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18. (FCC/TRT/-18ª/2013) A elaboração do Orçamento Público deve basear-se em

alguns princípios que o tornam mais transparente, facilitando seu controle e avalia-

ção. Dentre os princípios orçamentários, inclui-se o princípio:

a) da universalidade, segundo o qual o orçamento deve ser aplicável a todos os

órgãos da Administração direta e indireta, indistintamente.

b) da periodicidade, segundo o qual o orçamento deve ser reelaborado, periodica-

mente, a cada término de mandato eletivo.

c) da anualidade, segundo o qual a fixação de despesas deve ser alterada anual-

mente.

d) do equilíbrio, segundo o qual deve haver certa equidade orçamentária entre os

Estados da Federação.

e) da unidade, segundo o qual cada ente federado deve ter apenas um orçamento.

Letra e.

a) Errado. O princípio da universalidade determina que todas as despesas e recei-

tas do governo devem constar do orçamento.

b) Errado. Não é esse o conceito. O princípio da periodicidade ou anualidade deter-

mina que o orçamento será relativo a um período determinado de tempo, no caso

brasileiro, um ano.

c) Errado. Mesmas observações do item anterior.

d) Errado. O princípio do equilíbrio determina que deve haver igualdade entre as

receitas estimadas e as despesas fixadas.

e) Perfeito. Isso mesmo!

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19. (FCC/TJ-AP/2014) Sobre os princípios orçamentários, é correto afirmar:

a) O princípio da unidade refere-se à contemplação na lei orçamentária anual de

todas as receitas e despesas de todos os poderes e órgãos, entidades, fundos e

fundações instituídas e mantidas pelo poder público.

b) O princípio da exclusividade refere-se à vedação da vinculação da receita de

impostos a órgão, fundo ou despesa, salvo as exceções previstas.

c) Não conter dispositivo estranho à previsão da receita e fixação da despesa refe-

re-se ao cumprimento do princípio da exclusividade.

d) O princípio da legalidade refere-se à delimitação do exercício financeiro orça-

mentário que, de acordo com a Lei no 4.320/1964, coincidirá com o ano civil.

e) O princípio da universalidade refere-se à integração da Lei Orçamentária Anual

(LOA) em um único documento legal dentro de cada esfera federativa.

Letra c.

A – Muito cuidado! Quando o examinador falar em totalidade das receitas e despe-

sas, tratará, então, do princípio da universalidade e não da unidade.

B – Errado! Esse é o princípio da não afetação e não da exclusividade.

C – Exato! O princípio da exclusividade veda dispositivos na lei orçamentária estra-

nhos à previsão da receita e à fixação da despesa.

D – Nada disso! Esse é o princípio da anualidade e não da legalidade.

E – Errado. Esse é o princípio da unidade!

20. (FCC/TJ-AP/2014) No decorrer da execução fiscal houve a alteração da lei or-

çamentária anual, devidamente aprovada pela Câmara Municipal. A modificação

incorporou um dispositivo determinando que a primeira escola de ensino funda-


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mental, concluída no exercício, deverá ser denominada “Escola Municipal Dr. João

dos Santos”, nome do atual prefeito. Da análise do cumprimento aos princípios

orçamentários, é correto afirmar que:

a) não houve descumprimento de qualquer princípio, pois houve a autorização e

aprovação do poder legislativo.

b) houve o descumprimento do princípio da anterioridade, pois a alteração foi rea-

lizada durante a execução do orçamento.

c) houve o descumprimento do princípio da anualidade.

d) houve o descumprimento do princípio da exclusividade.

e) houve descumprimento do princípio da segregação e autonomia entre os poderes.

Letra d.

Pessoal, lembrem-se de que a lei orçamentária deve prever a receita e fixar a des-

pesa, dispositivos estranhos a esse comando afrontam o princípio da exclusividade,

logo, o gabarito da nossa questão é a letra D!

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