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Direito Administrativo
Aula 18
A Lei 13.019/14 veio para suprir essa necessidade de uma lei geral sobre os denominados
convênios, uniformizando questões antes somente tratadas por leis de cada um dos entes
federativos.
Todavia, em 2015, antes mesmo de o Novo Marco Legal entrar em vigor, a Lei nº 13.204,
promoveu profundas alterações na Lei nº 13.019/14, as quais já são levadas em consideração nos
slides a seguir.
CONTRATOS CONVÊNIOS
Interesses opostos Interesses convergentes
Sinalagma Comuns
Partes Partícipes
Sobre os Contratos, antes da lei, tínhamos um amplo regramento pela lei 8.666/90. Contudo,
em relação aos Convênios, não tínhamos um regramento expresso. A única lei que tratava dos
convênios era o artigo 116 da lei 8.666/90 (que estabelecia que aplicação aos convênios no que
couber). Portanto, não existia nenhuma lei específica para tratar dos convênios. O que existia era
cada Ente Federativo com seus próprios regramentos (Decretos): ex. D. 6170/07 (União).
Além disso, ainda existiam vários entendimentos do TCU, que acaba funcionando como um
norte para essa questão.
O presente material é um resumo elaborado pela equipe de monitores do
ALCANCE a partir da aula ministrada pelo professor.
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Assim, a L. 13.019/04 vem para preencher essa lacuna. A lei substitui o gênero CONVÊNIO
pela nomenclatura de PARCERIAS. Convênio foi reservado a um tipo específico de Parceria, sendo,
portanto, uma espécie do gênero Parceria.
O grande problema da lei, que tem a proposta de ser uma lei geral para todos os Entes, é
que ela passa a sufocar os Entes Federativos, uma vez que tem um regramento muito rígido.
Hoje, portanto, temos as PARCERIAS, que dentro deste gênero há as seguintes espécies:
2) Acordos de Cooperação: não envolvem transferências de recursos. Via de regra não vai
exigir chamamento público prévio;
OBS: Art. 3º da L. 13.019/04: parcerias não alcançadas por esta lei. Ex. Parcerias com OS, OSCIP et.
submetem ao regramento próprio.
Nomenclatura
A lei 13.019/14, em seu art. 2º, trouxe novas nomenclaturas para institutos já conhecidos do
Direito Administrativo:
I - Organização da Sociedade Civil (OSC): (Redação dada pela Lei nº 13.204, de 2015)
a) entidade privada sem fins lucrativos que não distribua entre os seus sócios ou associados,
conselheiros, diretores, empregados, doadores ou terceiros eventuais resultados, sobras,
excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, isenções de qualquer natureza,
participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, e
que os aplique integralmente na consecução do respectivo objeto social, de forma imediata ou por
meio da constituição de fundo patrimonial ou fundo de reserva; (Incluído pela Lei nº 13.204, de
2015)
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Pergunta: Então, como ficaria a expressão “convênio” com o advento da lei 13.019/14 em sua
redação original?
R. O art. 84 da lei limitava a expressão “convênios” a ajustes firmados entre entes federativos:
“Art. 84. Salvo nos casos expressamente previstos, não se aplica às relações de fomento e de
colaboração regidas por esta Lei o disposto na Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, e na
legislação referente a convênios, que ficarão restritos a parcerias firmadas entre os entes
federados.” Todavia, com as alterações da Lei nº 13.204/15, essa sistemática mudou.
Art. 84. Não se aplica às parcerias regidas por esta Lei o disposto na Lei nº 8.666, de 21 de
junho de 1993. (Redação dada pela Lei nº 13.204, de 2015)
Parágrafo único. São regidos pelo art. 116 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993,
convênios: (Redação dada pela Lei nº 13.204, de 2015)
O presente material é um resumo elaborado pela equipe de monitores do
ALCANCE a partir da aula ministrada pelo professor.
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I - entre entes federados ou pessoas jurídicas a eles vinculadas; (Incluído pela Lei
nº 13.204, de 2015)
Art. 84-A. A partir da vigência desta Lei, somente serão celebrados convênios nas
hipóteses do parágrafo único do art. 84. (Incluído pela Lei nº 13.204, de 2015)
Termo de colaboração vs termo de fomento: Analisemos primeiro a distinção feita pela lei: -
termo de colaboração: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas
pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco propostas pela administração pública que envolvam a transferência de
recursos financeiros; (Redação dada pela Lei nº 13.204, de 2015) - termo de fomento: instrumento
por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração pública com
organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco
propostas pelas organizações da sociedade civil, que envolvam a transferência de recursos
financeiros; (Redação dada pela Lei nº 13.204, de 2015)
Crítica doutrinária
Em primeiro plano, criticava-se a não adoção pela lei, em sua configuração originária, da
expressão “convênio”, já utilizada em diversas leis e até mesmo na própria Constituição. A própria
LC 95/98, lex legum, em seu art. 11, I, ‘a’, impõe a utilização de termos técnicos quando esses
existirem em determinadas áreas do Direito, a fim de se buscar mais clareza. Hoje, com a
sistemática introduzida pela Lei nº 13.204/15, resguardou-se o termo “convênio” para os ajustes
celebrados nos termos do art. 116 da Lei nº 8.666. Nada obstante, tendo em vista a pouca mudança
nos moldes da parceria prevista na Lei 13.019/14, poder-se-ia sustentar que a crítica permanece
válida. Além disso, mais criticável ainda é criar uma dicotomia de expressões quando não
necessário: a única diferença entre os termos de colaboração e fomento está em sua iniciativa.
Naqueles, a iniciativa do ajuste será da Administração Pública; nesses, da OSC interessada.
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A lei dispõe que se aplicam seus termos para a Administração Pública. Mas, o que se
entende por Administração Pública? De acordo com o art. 2º, II: Aplica-se a:
• União;
• Estados;
• DF;
• Municípios;
• Autarquias;
• Fundações;
Não se aplica a:
• Estatais econômicas (interpretação literal do art. 2º, II); Artigo 3º, Lei nº 13.019/14
• II – transferências voluntárias regidas por lei específica, naquilo em que houver disposição
expressa em contrário; (art. 3º, inciso II, foi revogado pela Lei nº 13.204/15)
• III - aos contratos de gestão celebrados com organizações sociais, desde que cumpridos os
requisitos previstos na Lei nº 9.637, de 15 de maio de 1998; (Redação dada pela Lei nº
13.204, de 2015)
• IV - aos convênios e contratos celebrados com entidades filantrópicas e sem fins lucrativos
nos termos do § 1o do art. 199 da Constituição Federal; (Incluído pela Lei nº 13.204, de
2015)
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Esse problema foi resolvido com a alteração legislativa de 2015, pois o artigo 4º em
questão foi revogado pela Lei nº 13.204/2015, bem como essa Lei acrescentou o inciso VI ao
art. 3º, anteriormente transcrito.
Desse modo, igualou-se o tratamento dos contratos de gestão (art. 3º, III) e dos
termos de parceria celebrados com organizações da sociedade civil de interesse público (art.
3ª, VI): em ambos os casos NÃO se aplica o regime previsto na Lei nº 13.019/14.
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ALCANCE a partir da aula ministrada pelo professor.
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Como visto, a lei 13.019/14 expressamente dispõe que se aplica de forma nacional,
não sendo meramente uma lei federal. Rafael Rezende Oliveira, em artigo sobre as
inovações da lei, critica tal abrangência nacional da lei, expondo que não vislumbra
autorização constitucional para que a União legisle de forma geral sobre a matéria de
convênios. O autor aponta ter havido, de fato, certa “erosão” da distinção entre contratos e
convênios, mas a doutrina e jurisprudência continuam fortes na existência de tal distinção.
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Vê-se, portanto, que a Lei nº 13.204/15 suprimiu a parte que dizia ser vedado
“estabelecer preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou do domicílio
dos concorrentes”. Além disso, introduziu dois incisos que permitem hipóteses de previsões
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Atuação em rede
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À semelhança da lei 8.666/93 e das leis locais que tratam sobre convênios, a lei
13.019/14 previu hipóteses nas quais o chamamento público será inexigível ou, sendo
possível, será dispensável: “Art. 30. A administração pública poderá dispensar a realização
do chamamento público: I - no caso de urgência decorrente de paralisação ou iminência de
paralisação de atividades de relevante interesse público, pelo prazo de até cento e oitenta
dias; (Redação dada pela Lei nº 13.204, de 2015) II - nos casos de guerra, calamidade
pública, grave perturbação da ordem pública ou ameaça à paz social; (Redação dada pela Lei
nº 13.204, de 2015) III - quando se tratar da realização de programa de proteção a pessoas
ameaçadas ou em situação que possa comprometer a sua segurança
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OBS: O art. 29 da Lei 13.019 prevê mais uma hipótese de parceria direta, estabelecendo que
os termos decorrentes de emendas parlamentares às leis orçamentárias podem ser
celebrados sem chamamento público, salvo quando envolverem comodato, doação de bens
ou compartilhamento de recursos patrimonial. Vejamos: Art. 29. Os termos de colaboração
ou de fomento que envolvam recursos decorrentes de emendas parlamentares às leis
orçamentárias anuais e os acordos de cooperação serão celebrados sem chamamento
público, exceto, em relação aos acordos de cooperação, quando o objeto envolver a
celebração de comodato, doação de bens ou outra forma de compartilhamento de recurso
patrimonial, hipótese em que o respectivo chamamento público observará o disposto nesta
Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.204, de 2015)
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Vedações
(...) IV tenha tido as contas rejeitadas pela administração pública nos ú ltimos cinco
anos, exceto se: (Redação dada pela Lei no 13.204, de 2015) a) for sanada a irregularidade
que motivou a rejeição e quitados os débitos eventualmente imputados; (Inclui ́do pela Lei
no 13.204, de 2015) b) for reconsiderada ou revista a decisão pela rejeição; (Inclui ́do pela Lei
no 13.204, de 2015) c) a apreciação das contas estiver pendente de decisão sobre recurso
com efeito suspensivo; (Inclui ́do pela Lei no 13.204, de 2015) (...)
(...) V - tenha sido punida com uma das seguintes sanções, pelo período que durar a
penalidade: a) suspensão de participação em licitação e impedimento de contratar com a
administração; b) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração
pública; c) a prevista no inciso II do art. 73 desta Lei; d) a prevista no inciso III do art. 73
desta Lei; VI - tenha tido contas de parceria julgadas irregulares ou rejeitadas por Tribunal
ou Conselho de Contas de qualquer esfera da Federação, em decisão irrecorrível, nos
últimos 8 (oito) anos; (...)
(...) VII - tenha entre seus dirigentes pessoa: a) cujas contas relativas a parcerias tenham sido
julgadas irregulares ou rejeitadas por Tribunal ou Conselho de Contas de qualquer esfera da
Federação, em decisão irrecorrível, nos últimos 8 (oito) anos; b) julgada responsável por
falta grave e inabilitada para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança,
enquanto durar a inabilitação; c) considerada responsável por ato de improbidade,
enquanto durarem os prazos estabelecidos nos incisos I, II e III do art. 12 da Lei no 8.429, de
2 de junho de 1992.”
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Observe-se, também, que a Lei nº 13.019/14 foi expressa com relação à possibilidade
do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse, mediante autorização da União,
estender-se à adesão dos Estados, os Munici ́pios e o Distrito Federal (art. 80). Art. 81.
Mediante autorização da União, os Estados, os Munici ́pios e o Distrito Federal poderão
aderir ao Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse SICONV para utilizar suas
funcionalidades no cumprimento desta Lei.
Ademais, o regime originalmente previsto na lei persiste aplicável até que se viabilize
a adaptação do sistema de que trata o art. 81, conforme dispõe o artigo 81-A da Lei nº
13.019: Art. 81A. Até que seja viabilizada a adaptação do sistema de que trata o art. 81 ou
de seus correspondentes nas demais unidades da federação: (Inclui ́do pela Lei no 13.204, de
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2015) I serão utilizadas as rotinas previstas antes da entrada em vigor desta Lei para repasse
de recursos a organizaçõ es da sociedade civil decorrentes de parcerias celebradas nos
termos desta Lei; (Inclui ́do pela Lei no 13.204, de 2015) II os Munici ́pios de até cem mil
habitantes serão autorizados a efetivar a prestação de contas e os atos dela decorrentes
sem utilização da plataforma eletrô nica prevista no art. 65. (Inclui ́do pela Lei no 13.204, de
2015).
Contratação de mão-de-obra
Vale registrar, ainda o disposto no art. 46, §3º: Art. 46, § 3º O pagamento de
remuneração da equipe contratada pela organização da sociedade civil com recursos da
parceria não gera vínculo trabalhista com o poder público. (Redação dada pela Lei no
13.204, de 2015) Esta disposição encontrava previsão semelhante na Lei nº 13.019 antes
mesmo das alterações promovidas pela Lei nº 13.20 (o correspondente era o §1º desse
mesmo artigo na redação original).
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Além disso, a lei 13.019/14 dispõe que, dentre outros, os encargos trabalhistas e
previdenciários serão de exclusiva responsabilidade do parceiro privado. XX a responsabilidade
exclusiva da organização da sociedade civil pelo pagamento dos encargos trabalhistas,
previdenciários, fiscais e comerciais relacionados à execução do objeto previsto no termo de
colaboração ou de fomento, não implicando responsabilidade solidária ou subsidiária da
administração pública a inadimplência da organização da sociedade civil em relação ao referido
pagamento, os ô nus incidentes sobre o objeto da parceria ou os danos decorrentes de restrição à
sua execução. (Redação dada pela Lei no 13.204, de 2015)
Atenção: O dispositivo acima muito lembra o disposto no art. 71, caput e §1º, da lei 8.666/93: “Art.
71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais
resultantes da execução do contrato. §1 o A inadimplência do contratado, com referência aos
encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade
por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso
das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis.” No entanto, a lei 8.666/93
excepciona os encargos previdenciários, o que não ocorre na lei 13.019/14: “§2º A Administração
Pública responde solidariamente com o contratado pelos encargos previdenciários resultantes da
execução do contrato, nos termos do art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.”
Despesas vedadas
A lei 13.019/14 veda a realização de determinadas despesas com recursos da parceria, sendo
esta sua atual redação: Art. 45. As despesas relacionadas à execução da parceria serão executadas
nos termos dos incisos XIX e XX do art. 42, sendo vedado: (Redação dada pela Lei no 13.204, de
2015) I utilizar recursos para finalidade alheia ao objeto da parceria; (Redação dada pela Lei no
13.204, de 2015) II pagar, a qualquer ti ́tulo, servidor ou empregado público com recursos vinculados
à parceria, salvo nas hipóteses previstas em lei especi ́fica e na lei de diretrizes orçamentárias; Vale
destacar que em sua redação original o artigo em questão era mais extenso, positivando uma série
de entendimentos consagrados do TCU no sentido de vedar pagamento de taxas de administração
ou despesas com publicidade com recursos de parcerias, bem como de despesas anteriores ou
posteriores à vigência do convênio, por exemplo.
Sanções
Art. 73. Pela execução da parceria em desacordo com o plano de trabalho e com as normas
desta Lei e da legislação especi ́fica, a administração pú blica poderá, garantida a prévia defesa,
aplicar à organização da sociedade civil as seguintes sanções: (Redação dada pela Lei no 13.204, de
2015) I advertência; II suspensão temporária da participação em chamamento pú blico e
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No que concerce à lei 8.666/93, o STJ firmou jurisprudência acerca da abrangência nacional
das sanções elencadas naquela norma. No entanto, a lei 13.019/14 adotou a tese de Jessé Torres,
que limita ao ente sancionador a abrangência territorial da suspensão temporária. Por outro lado, a
declaração de inidoneidade continua a ter abrangência nacional. Ausência de previsão de multa:
Vale notar que o art. 73 da lei 13.019/14 não prevê penalidade de multa para eventuais faltas das
OSC’s
Improbidade administrativa:
A lei 13.019/14 também incluiu diversos incisos na lei 8.429/92, prevendo condutas
ímprobas: “Art. 77. O art. 10 da Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992, passa a vigorar com as
seguintes alterações: “Art. 10...........................................................................
.............................................................................................. VIII - frustrar a licitude de processo
licitatório ou de processo seletivo para celebração de parcerias com entidades sem fins lucrativos,
ou dispensá-los indevidamente; .............................................................................................. (...)
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XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao patrimônio particular de
pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela
administração pública a entidades privadas mediante celebração de parcerias, sem a observância
das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; XVII - permitir ou concorrer para
que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos
pela administração pública a entidade privada mediante celebração de parcerias, sem a observância
das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; XVIII - celebrar parcerias da
administração pública com entidades privadas sem a observância das formalidades legais ou
regulamentares aplicáveis à espécie; XIX agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise
das prestações de contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas;
(Redação dada pela Lei no 13.204, de 2015) (...)
XX liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pú blica com entidades privadas sem a
estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação
irregular. (Redação dada pela Lei no 13.204, de 2015) XXI - liberar recursos de parcerias firmadas
pela administração pública com entidades privadas sem a estrita observância das normas
pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular.” Art. 78. O art. 11 da Lei no
8.429, de 2 de junho de 1992, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso VIII: “Art.
11...........................................................................
............................................................................................. VIII - descumprir as normas relativas à
celebração, fiscalização e aprovação de contas de parcerias firmadas pela administração pública
com entidades privadas.”
Disposições finais
Regra de transição: “Art. 83. As parcerias existentes no momento da entrada em vigor desta
Lei permanecerão regidas pela legislação vigente ao tempo de sua celebração, sem prejuízo da
aplicação subsidiária desta Lei, naquilo em que for cabível, desde que em benefício do alcance do
objeto da parceria. § 1º As parcerias de que trata o caput poderão ser prorrogadas de ofi ́cio, no
caso de atraso na liberação de recursos por parte da administração pú blica, por peri ́odo equivalente
ao atraso. (Redação dada pela Lei no 13.204, de 2015) § 2º As parcerias firmadas por prazo
indeterminado antes da data de entrada em vigor desta Lei, ou prorrogáveis por peri ́odo superior
ao inicialmente estabelecido, no prazo de até um ano após a data da entrada em vigor desta Lei,
serão, alternativamente: (Redação dada pela Lei no 13.204, de 2015) I substitui ́das pelos
instrumentos previstos nos arts. 16 ou 17, conforme o caso; (Inclui ́do pela Lei no 13.204, de 2015) II
objeto de rescisão unilateral pela administração pública. (Inclui ́do pela Lei no 13.204, de 2015)
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Não aplicação da Lei nº 8.666/93 às parcerias da Lei nº 13.019/14 e a questão dos convênios
Art. 84. Não se aplica às parcerias regidas por esta Lei o disposto na Lei no 8.666, de 21 de junho de
1993. (Redação dada pela Lei no 13.204, de 2015) Parágrafo único. São regidos pelo art. 116 da Lei
no 8.666, de 21 de junho de 1993, convênios: (Redação dada pela Lei no 13.204, de 2015) I entre
entes federados ou pessoas jurídicas a eles vinculadas; (Incluído pela Lei no 13.204, de 2015) II
decorrentes da aplicação do disposto no inciso IV do art. 3º. (Incluído pela Lei no 13.204, de 2015)
Art. 84A. A partir da vigência desta Lei, somente serão celebrados convênios nas hipóteses do
parágrafo único do art. 84. (Inclui ́do pela Lei no 13.204, de 2015
Benefícios das OSC (introduzidos pela Lei nº 13.204/15) Art. 84B. As organizações da
sociedade civil farão jus aos seguintes benefícios, independentemente de certificação: (Incluído pela
Lei no 13.204, de 2015) I receber doações de empresas, até o limite de 2% (dois por cento) de sua
receita bruta; (Incluído pela Lei no 13.204, de 2015) II receber bens móveis considerados
irrecuperáveis, apreendidos, abandonados ou disponíveis, administrados pela Secretaria da Receita
Federal do Brasil; (Incluído pela Lei no 13.204, de 2015) III distribuir ou prometer distribuir prêmios,
mediante sorteios, valebrindes, concursos ou operações assemelhadas, com o intuito de arrecadar
recursos adicionais destinados à sua manutenção ou custeio. (Incluído pela Lei no 13.204, de 2015)