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INTRODUÇÃO
No presente trabalho, que integra o bloco Fim dos Impérios, serão analisados três
artigos de autores diferentes, mas cujo percurso académico e profissional, se encontra
de alguma forma relacionado. À falta de melhor termo, atrevemo-nos a afirmar que
cada um, à sua maneira, se especializou na área das Relações Internacionais, seja por
via da História, dos estudos da Guerra, da Paz, da Segurança, das Sociedades e sua forma
de organização, demonstrando a importância crescente que esta disciplina tem vindo a
assumir nos panoramas nacional e internacional.
Enquanto seres humanos, temos uma necessidade premente de encontrar o
“porquê” do que nos rodeia, de perceber a sociedade em que nos inserimos e o mundo
em que vivemos. Procuramos entender os motivos que levam a que se reaja de
determinada forma perante dada situação, o que está na origem dos conflitos que,
quase de forma ininterrupta, têm assolado algumas regiões do globo, fazendo vingar
formas de violência de tal modo extremos que julgaríamos não ser humano quem por
elas opta…
Analisar-se-ão então os artigos:
• Hall, I. (2011). The Revolt against the West: Decolonisation and its Repercussions in
British International Thought, 1945–75. The International History Review, 33 (1): 43-64.
• Thomas, M. (2000). Divisive decolonization: The Anglo-French withdrawal from
Syria and Lebanon, 1944–46. The Journal of Imperial and Commonwealth History,
28 (3): 71-93.
• O’Sullivan, C. (2005). The United Nations, Decolonization, and Self-
Determination in Cold War Sub-Saharan Africa, 1960-1994. Journal of Third
World Studies, Vol. XXII, nº 2: 103-120.
Todos os artigos colocam como questão central do fim dos Impérios, o fenómeno da
Descolonização, incentivada pela ascensão de nacionalismos, a cuja necessidade de
autodeterminação dos povos é inerente, e tida pela Organização das Nações Unidas
(ONU), como bandeira e modo de garantir a tão ansiada paz, essencial para a garantia
de direitos humanos, “preserva[ndo] as gerações vindouras do flagelo da guerra” (Carta
das Nações Unidas, Preâmbulo).
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Fim dos Impérios
THE REVOLT AGAINST THE WEST: DECOLONISATION AND ITS REPERCUSSIONS IN BRITISH INTERNATIONAL THOUGHT,
1945–75
Da autoria de Ian Hall, Bacharel em História Moderna pela Universidade de Oxford,
Mestre em Estudos Internacionais e Doutor em Relações Internacionais pela
Universidade de St Andrews. É Professor na School of Government and International
Relations, na Universidade de Driffith, em Brisbane (Austália), dirigindo o Instituto da
Ásia de Griffith na mesma instituição. Apresenta como interesses de investigação:
História do Pensamento Internacional, Teoria das Relações Internacionais, Estudos de
Segurança, Políticas Externas e Securitárias da Índia.
Apresenta uma extensa produção académica e científica, da qual se realçam o livro
Hall, I. (2012) Dilemmas of Decline: British Intellectuals and World Politics, 1945-1975,
Berkeley Series in British Studies 2, Berkeley and Los Angeles, CA: University of California
Press, http://escholarship.org/uc/item/05g4n84c; os artigos Bevir, M. & Hall, I. (2014).
Traditions of British International Thought. International History Review 36 (5): 823-834.
Hall, I. (2014). Martin Wight, the Whigs and Western Values in International
Relations. International History Review 36 (5): 961-981 e os capítulos de livros Hall, I,
(2011). The Revolt against the West Revisited. Em Tim Dunne e Christian Reus-Smit
(edits.), The Globalization of International Society. Oxford: Oxford University Press; Hall,
I. (2015). Interpreting Diplomacy: The Approach of the Early English School. Em Robert
Murray (ed.), System, Society and the World: Exploring the English School of
International Relations, Bristol: e-IR.
O artigo em análise foi publicado em 2011, na The International History Review da
Routledge – Talor & Francis, editora bastante conceituada no meio académico, o que
confere ao artigo e seu autor a credibilidade indispensável a um bom artigo científico.
Atingiu o percentil 81 da Altmetric, a qual analisa fontes abertas e verifica a atenção
que é dada a cada artigo, mediante o número de vezes que este é pesquisado ou citado.
Assim, do total de pesquisas monitorizadas pela Altmetric, o artigo em análise encontra-
se muito bem posicionado, tendo chamado a atenção da comunidade científica,
académica e do público em geral (numa escala de 0 a 100, sendo 100 o melhor
resultado). É verdade que não deixa de acarretar alguma subjetividade, mas qualquer
forma de medição estatística o faz.
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anticolonialismo, que usava dois pesos, duas medidas. Elites decidem pelas massas sem
que tenham em conta a sua vontade, obrigando os que não concordam com o
estabelecido a escolher outro caminho por si mesmos, talvez noutro país. A
descolonização era, no seu todo, uma séria ameaça ao tecido da sociedade internacional
com resultados desastrosos.
Em contraposição, Hedley Bull com uma visão mais otimista encara a
autodeterminação como normal para qualquer povo em evolução, da mesma forma que
entende a existência de múltiplos Estados soberanos como benéfica nos assuntos
internacionais. Era um crítico acérrimo do uso da guerra como mecanismo de obtenção
e imposição de soberania dos Estados. Antes, defendia que a chave para uma
coexistência pacífica estaria na aceitação de diferentes valores e instituições mundo
fora. Afirmava também que as diferentes noções de justiça (ocidental e não ocidental)
obstavam à manutenção da ordem internacional, mas para isso contribuía também a
ideia do Ocidente que, por um lado, é possível uniformizar culturas, por outro, como
que numa luta de titãs entre modos de vida pelo mundo fora, seria o modo de vida
ocidental a vingar e não qualquer outro.
Por sua vez, Adam Watson, enquanto diplomata com atividade especialmente focada
em África, apresentava uma visão mais otimista, ou talvez, mais realista, defendendo
que os novos Estados não eram, nem seriam tão dependentes como se fazia crer e que
as ordens internacionais antes e pós-guerra não eram descontínuas, antes,
apresentavam importantes continuidades que não deviam ser olvidadas e que poderiam
até ser o pilar da esperança britânica. Afirmava ainda que a tão temida Revolta contra o
Ocidente, não servia para mais que esconder as importantes continuidades das relações
entre metrópoles imperiais e antigas colónias, não se constituindo os novos Estados
como ameaça à ordem internacional mas sim, sendo económica e politicamente mais
fracos, como contributos para a manutenção do poder económico e político
internacionais por parte dos Estados mais fortes.
Por fim, os Radicais afirmavam os Impérios como uma forma de exploração
económica das colónias, ideia que impactou na forma como se pensaram as RI,
essencialmente na década de 60. Pessoalmente a perspetiva apresentada não causa
surpresa pois, como já vimos anteriormente, era possível obter as matérias-primas e a
mão-de-obra a custos muito baixos, adquirindo os produtos valor acrescentado à
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medida que iam sendo processados, o que era feito nas metrópoles imperiais. As
colónias eram frequentemente forçadas a adquirir os produtos finais, o que, aliás, pode
hoje ser visto quando determinado país apoia o desenvolvimento de outro, fornecendo-
lhe, por exemplo, maquinaria, a qual só pode ser reparada pelo país fornecedor, ou
mesmo nos acordos de venda e revenda de material bélico.
Tinham assim posturas anticoloniais e defendiam a responsabilidade dos países do
hemisfério Norte, mais desenvolvidos, em apoiar o desenvolvimento dos países do
hemisfério sul, já que os tinham explorado e criado um ciclo vicioso de pobreza que
parecia perpetuar-se.
A descolonização seria o fim do Imperialismo Britânico? Os radicais consideravam
que não, que pouco ia mudar pelo que não se mostraram fortemente entusiasmados
com o processo. Mais, Michael Brown afirmava mesmo que com a sobrevivência do
capitalismo, e a redistribuição de riqueza defendida por muitos Radicais, o império
continuava, apenas de uma forma diferente, mais informal.
As divisões continuam: Se uma fração defendia que a resposta estava na resolução
pacífica de conflitos para a qual podiam contribuir UN e NATO, outra fração alimentou
sentimentos anticolonialistas, apoiando várias formas de violência como resistência
contra a opressão que o novo imperialismo causava e resposta às humilhações a que os
povos das colónias britânicas haviam sido sujeitos. Consideravam legítimo recorrer às
armas para lutar contra as ambições imperialistas da Grã-Bretanha, apesar de todas as
repercussões que tal pudesse trazer.
O artigo permite perceber, sem sombra de dúvida, que o assunto foi amplamente
debatido, pelo que não é possível, de facto, afirmar que os académicos e pensadores
Britânicos se mostraram indiferentes à descolonização ou mesmo que minimizaram o
seu impacto. Pelo contrário, o assunto dominou durante décadas o debate e teve um
peso preponderante na forma como a Escola Britânica se separou, por exemplo, da
Americana, não que esta não tenha influenciado a primeira. Os objetivos do artigo foram
assim cumpridos.
A estruturação do artigo facilita a leitura, todavia e apesar da tentativa de separação
de autores por correntes de pensamento, esta não é assim tão linear pois para o simples
leitor acarreta dificuldades. É possível perceber facilmente que pensadores há que
partilham crenças de diferentes correntes, e que foram mesmo veículo de transmissão
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DIVISIVE DECOLONIZATION: THE ANGLO-FRENCH WITHDRAWAL FROM SYRIA AND LEBANON, 1944–46
Ligado ao artigo anterior e de forma, atrevemo-nos a afirmar, algo contraditória
devido à posição ambígua do Reino Unido a nível interno e externo, o segundo artigo
permite-nos uma incursão pela crise anglo-francesa por ocasião da descolonização da
Síria e do Líbano, no período compreendido entre 1944 e 1946.
O seu autor, Thomas Martin é licenciado em História Moderna e doutorado pela
Universidade de Oxford. Atualmente é professor na Universidade de Exeter (Devon) no
Reino Unido, dirigindo o seu Centro para o Estudo da Guerra, Estado e Sociedade. Os
seus interesses de investigação vão desde o Império colonial Francês e a descolonização
Europeia ao Nacionalismo anticolonial no norte de África passando pelos serviços de
segurança colonial e violência estatal, as insurgências coloniais e “guerras sujas”, e, por
fim, as políticas internacionais Francesas desde 1919.
Da sua ampla produção científica constam 8 livros, 27 artigos, e 13 capítulos de livros,
dos quais, por se encontrarem relacionados com o artigo em análise, destacamos
(2014). Fight or Flight: Britain, France, and their Roads from Empire. Oxford: Oxford
University Press; (2006). Anglo-French Imperial Relations in the Arab World: Intelligence
Liaison and Nationalist Disorder, Diplomacy & Statecraft, vol. 17, no. 1, 1-28; (2005)
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Colonial States as Intelligence States: Security Policing and the Limits to Colonial Rule in
France's Muslim Territories, 1920-40, Journal of Strategic Studies, vol. 28 (2): 1033-1060;
(2013). A path not taken? British perspectives on French colonial violence after 1945.
The Wind of Change: Harold Macmillan and British Decolonization. Basingstoke:
Palgrave-Macmillan, 159-179.
O artigo em análise foi publicado no The Journal of Imperial and Commonwealth
History, da Routledge - Taylor & Francis, no ano de 2000. Os exigentes requisitos e o
rigoroso processo de publicação conferem ao artigo a credibilidade científica
indispensável para a natureza deste trabalho.
É possível identificar como objetivo do artigo, analisar a crise anglo-francesa na
descolonização dos territórios do Levante, nomeadamente Síria e Líbano no pós II
Guerra Mundial. Enfatiza o processo de negociação e a relação Britânica com as
administrações Síria e Libanesa, permitindo lançar um olhar esclarecedor para esta crise
que tem sido vista como resultado da intransigência, fraqueza e humilhação gaulesas. O
autor defende que, se por um lado o Reino Unido, apesar de com um “amargo de boca”,
se ajustou paulatinamente ao domínio americano e ao novo equilíbrio de poderes, a
França, recusou aceitar as mudanças, depositando nos anseios imperiais a esperança
para a recuperação do país no pós II Guerra Mundial e para a projeção de poder
internacional. Esta persistência terá acabado por agudizar a antipatia dos países
ocupados, colocando o país numa posição frágil.
O artigo encontra-se dividido em 4 partes, às quais acrescem Introdução e Conclusão.
Sendo a zona considerada estratégica para ambas as partes, pelo poder de influência
que poderia dar no Médio-oriente, permitindo projetar poder internacionalmente, o
império Britânico incentivou a independência da Síria e do Líbano, não significando que
não tivesse interesses geopolíticos e estratégicos, tinha-os e apoiava a criação da Liga
Árabe (Síria, Líbano, Egipto, Transjordãnia, Arábia Saudita e Iraque). A França, nas
palavras do autor, enfraquecida, encarava a manutenção do império como pedra
angular do seu ressurgimento enquanto potência internacional no pós II GM e encarava
a perda do território como uma derrota face ao poder imperial Britânico que apenas
poderia sair reforçado com a sua influência na Liga Árabe.
Associados a uma forte presença militar e apoio Britânicos, o nascer de sentimentos
nacionalistas, a defesa de grupos étnicos e religiosos minoritários, os confrontos
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Mas o impasse entre os impérios levaria a que os novos governos acabassem por
escolher a América para treinar as forças armadas recém-formadas e que precipitaria
um acordo de retirada Anglo-Francês, naquela que se constituiu como uma imensa
derrota para os dois impérios.
O fim da II GM, a necessidade de reconstruir a Europa e o desinteresse dos titãs
(América e União Soviética) pelos territórios que consideravam de pouco interesse na
região, obrigou à cooperação Anglo-Francesa.
Governos Sírio e Libanês exigiam a retirada de forças dos dois impérios, aceitando a
presença Britânica e negando qualquer presença, civil ou militar, Francesa, o que fez a
França endurecer a sua posição: apenas se retiraria após a entrada da UN. Esta
exigência, em plena Guerra Fria era contrária aos interesses americanos pois podia dar
à União Soviética vantagens sobre o território e Damasco e Beirute sabiam-no, tendo
usado esse trunfo para conseguir a retirada desejada. Alegaram junto da UN que a
permanência das forças armadas criava dificuldades políticas e pressionaram EUA a
intervir por eles, aproveitando a pressão exercida pela UN para descolonização.
No fim, a França acabou por conseguir reabrir escolas nos dois países e estabelecer
relações diplomáticas, espelho da importância da herança cultural. A Inglaterra adquiriu
direitos de implementação e utilização de bases aéreas e espaço aéreo e os EUA
treinaram forças armadas.
O bastião da Síria e do Líbano? O direito a ter forças de segurança próprias. Sinónimo
de soberania, independência e elemento distanciador dos ocupadores. Algo similar ao
que vemos hoje na UE, em que as questões relativas à segurança interna são da
responsabilidade de cada país, bem como a decisão de restabelecer fronteiras para
conter ameaças, intervindo a UE apenas no combate a criminalidade transnacional com
o aval dos países e mediante implementação de operações conjuntas.
O objetivo do artigo foi cumprido, tendo sido possível perceber o que esteve na
origem da crise anglo-francesa e compreender os processos de negociação levados a
cabo, bem como a complexidade que os envolveu. É um artigo puramente descritivo, o
que torna a sua leitura algo complexa. É todavia, de compreensão acessível.
Verificamos a profundidade dos interesses estratégicos e económicos no domínio das
relações entre os Estados, permitindo reafirmar que “There is no such thing as a free
lunch” e que sabendo usar-se a via diplomática podem colher-se mais frutos.
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Quanto às fontes, o artigo não apresenta uma seção para referências bibliográficas,
mas apenas Notas, que permitem entrever a utilização maioritária de artigos científicos,
legislação e documentos diplomáticos com pouco recurso a obras completas.
THE UNITED NATIONS, DECOLONIZATION, AND SELF-DETERMINATION IN COLD WAR SUB-SAHARAN AFRICA, 1960-
1994
O último artigo surge-nos pela mão de Chris O’Sullivan, licenciado em História
Americana pela Universidade de Berkeley, na Califórnia, Mestre e Doutor em História
Internacional pela Escola de Economia de Londres (Universidade de Londres). É
Professor de História na Universidade de São Francisco, tendo sido galardoado com o
prémio Inovação no Ensino em 2013. Foi Professor na Universidade da Jordânia e tem
como interesses de investigação História, Identidade, e conflitos étnicos e religiosos.
Da sua produção literária e científica, destacamos Sumner Welles (2008), vencedor
do prémio Guttenberg da Associação Histórica Americana, FDR and the End of Empire:
The Origins of American Power in the Middle East (2002); The United Nations: A Concise
History (2005); (2009). The Occupation: War and Resistance in Iraq. Peace & Change, 34
(4), 581-586; (2013). Colonialism in Asia. Em T. Zeiler & M. DuBois (edits). A Companion
to World War II (pp. 63-76); Oxford: Blackwell Publishing Ltd.
O objetivo identificado é dissecar a história da ONU e o seu papel nos processos de
descolonização e independência dos novos países da África Subsariana. Argumenta que,
a partir de 1960, a história das NU passa muito pela África Subsariana, crescendo a
organização à medida que os países desta região se iam tornando independentes, ao
mesmo tempo que enfrentava os maiores desafios da era da Guerra Fria e as falhas mais
expressivas. Confrontada com as consequências da má administração colonial,
subdesenvolvimento e exploração das colónias, atreveu-se a implementar missões de
manutenção de paz em cenários pouco propícios a qualquer paz.
Para atingir o objetivo, o autor divide o artigo em quatro partes, às quais acresce uma
Introdução. Esta estruturação e a linguagem simples permitem uma fácil compreensão
do exposto.
A natureza da descolonização, o subdesenvolvimento dos territórios desejosos de
independência, a violência que os povos haviam sofrido (escravatura, exploração
económica, genocídios), marcas indeléveis da brutalidade imperial europeia, e o
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Comum aos três artigos é a necessidade apontada, de forma quase unânime (ainda
que por vezes quase como forma de expiação das atrocidades cometidas), de preparar
os países recém-formados para a independência, acompanhando-os na formação de
elites políticas, forças de segurança, implementação de estruturas governativas e no
fornecimento de equipamento bélico.
A UN apresenta-se como força motriz da luta pela autodeterminação dos povos,
independência dos países e promoção da paz. Ainda que com avanços e recuos, não
deixa de ser hoje uma pedra angular na manutenção de paz mundo fora.
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