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Apresentação
Esta é a apostila do Curso de Certificação de Diretores e Vice-diretores escolares
da rede estadual da Bahia e está estruturada em 10 módulos, a saber:
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1. Alinhamento estratégico para a educação
seguidos. A estratégia propõe quais devem ser as práticas empreendidas para que o
Lei nº 13.005/2014.
Em seu Artigo 8º, o PNE estabelece que “os Estados, o Distrito Federal e os
Municipais de Educação.
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para o período entre 2016 a 2026 que foi aprovado por meio da Lei nº 13.559/2016,
Constituição Federal (CF) e com o Artigo 250 da Constituição Estadual (CE), a serem
apresentados na sequência.
O Artigo 250º, por sua vez, da CE retrata que “a lei estabelecerá o Plano Estadual de
Educação, de duração plurianual, proposto pelo Poder Executivo, com vistas à
das ações do Poder Público, que conduzam aos objetivos previstos na Constituição
Federal.”
Os planos, tanto federal (PNE) quanto estadual (PEE), são compostos por diretrizes.
Com exceção do item VIII (válido apenas para o PNE), as demais diretrizes são
I - erradicação do analfabetismo;
V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e
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X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à
sustentabilidade socioambiental.
O PEE da Bahia definiu 20 metas, “seguidas de suas estratégias específicas, que terão
como referência a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD, o censo
demográfico e os 4 censos nacionais da Educação Básica e Superior, em bases a
Estabelecidas as diretrizes para o alcance das metas, por meio dos Planos, as
unidades escolares, estando na ponta do desdobramento das metas, são
responsáveis por traçar o seu planejamento interno e a sua estratégia para que
é, focalizando sua energia, assegurando que a equipe esteja trabalhando para atingir
ambiente mutável.
Para que o planejamento da unidade escolar seja eficiente e possibilite o alcance dos
objetivos estabelecidos, é necessário que o diretor e o vice-diretor se atentem a
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possibilitando a integração entre as frentes administrativa e pedagógica da unidade
• Planejamento Educacional;
• Planejamento Escolar;
• Planejamento Curricular;
• Planejamento de Ensino.
Planejamento Educacional
Planejamento Escolar
Planejamento Curricular
currículo escolar e dos fundamentos de cada disciplina. Segundo Turra et al. (1995),
esse planejamento deve ser funcional, visando a promoção da aprendizagem de
conteúdo e habilidades específicas, bem como o fornecimento das condições
Planejamento de Ensino
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e as metodologias a serem utilizadas, o conteúdo programático das matérias, as
Lück (2009, p. 38) destaca que esses documentos “são equivalentes naquilo que
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• As metodologias e os modos de avaliar o trabalho pedagógico;
pedagógicas”.
1997).
Certificação.
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frequência de sua construção é relativa, podendo ser diária, semanal, quinzenal ou
Lück (2009) justifica a importância do Plano de Aula como requisito para a condução
de uma boa aula. É preciso que esse documento seja criativo e interessante,
garantindo o bom aproveitamento do tempo e aprendizagem significativa a todos
elaboração:
• Quais processos mentais serão exercitados pelo aluno para tal fim?
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gestão democrática, que se baseia no trabalho em equipe e no compromisso com a
transformação social.
da Escola (PDE), explicado anteriormente neste módulo. Para que o PDE seja
desenvolvido de maneira eficaz, recomenda-se que o diretor e o vice-diretor sigam
• Análise de Cenários;
• Agenda Estratégica.
Três cenários costumam ser desenvolvidos para uma análise, são eles: pessimista,
tendencial (mantendo-se a evolução das variáveis como ocorrem hoje) e otimista.
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no ambiente escolar; crise nos valores sociais; maior violência entre alunos e
professores etc. Ou seja, sobre cada tema deve-se pensar um juízo de valor, que
probabilidade, este item deveria ser anotado no campo inferior esquerdo. Ou seja,
os itens anotados nos campos marcados em rosa requerem grande atenção, pois
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marcados em amarelo têm menos relevância e probabilidade de ocorrência,
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desenvolvidas no âmbito dos planejamentos escolares (Plano de Desenvolvimento
e o vice-diretor não devem, necessariamente, fazer exatamente o que cada uma das
partes propõe, mas sim, ouvi-los como forma de subsidiar o planejamento escolar
a ser realizado. O quadro a seguir exemplifica um modelo de análise das partes
interessadas. Cada uma delas possui interesses distintos. A forma como a unidade
escolar irá abordar estes desejos nos seus planejamentos escolares fará toda a
diferença para o alcance dos resultados pretendidos.
valor da organização (UEE, no caso), isto é, nas atividades realizadas que geram valor
A análise externa, por sua vez, parte da premissa de que toda unidade escolar está
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externos que podem impactar a organização é possível desenvolver ações que
Exige que o gestor escolar proponha ações para o tratamento das fraquezas da
unidade escolar, a fim de aumentar as chances de ocorrência ou o
No ambiente escolar, pode-se citar como exemplo de força a união das turmas e dos
alunos; como oportunidade, possíveis parcerias realizadas ou a participação da
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1.2.4. Agenda Estratégica
O olhar para dentro e para fora da organização fornece insumos fundamentais para
compreensão e visualização.
uma vez que delimita o que as unidades escolares são, onde elas pretendem chegar
no futuro e quais são os valores ou pressupostos que pautarão as suas ações durante
valores.
da organização, atendo-se ao que a unidade escolar produz (o que faz), qual impacto
A visão, por sua vez, indica onde se deseja chegar no futuro, como um sonho, uma
grande meta mobilizadora. Isto significa que a visão pode ser racional, baseada em
dados e análises realizadas, e imaginativa, visando exprimir os grandes anseios e
das pessoas na busca da missão e da visão estratégica da UEE, tais como ética,
responsabilidade social, comprometimento e trabalho em equipe. Os valores devem
estar refletidos no exercício diário das responsabilidades de cada membro da
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comunidade escolar para que haja sinergia no cumprimento de sua Agenda
Estratégica.
com fins lucrativos e que não condizem com os objetivos de unidades escolares,
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Figura 3 – Exemplo de Mapa Estratégico Escolar
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As declarações dos objetivos estratégicos devem sempre começar com um verbo no
objetivos estratégicos. Vale ressaltar que um objetivo pode ter mais de um indicador
e que um mesmo indicador pode atender a mais de um objetivo, embora essa última
decisão;
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como outras que o gestor julgue necessárias, devem estar relacionadas em um
Exemplo 1:
• Meta: Reduzir de 39% para 36% a distorção idade-série ao final de 2018, 30%
ao final de 2019 e 22% ao final de 2020.
Exemplo 2:
• Métrica (ou fórmula de cálculo): (número de alunos que faltaram 5 dias ou mais
no mês / total de alunos da escola em questão) x 100.
• Meta: Uma primeira aferição hipotética do indicador demonstrou que 12% dos
alunos faltaram 5 dias ou mais no mês de março de 2017. Com isso, uma
possível meta para o mês de abril e maio seria a redução desse percentual para
10%.
apresenta cinco deles, cuja mensuração para verificação dos resultados das escolas
é fortemente recomendada.
• Taxa de aprovação;
• Taxa de abandono;
• Taxa de transferência; e
Monitoramento e Avaliação.
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Em seguida à definição das metas, são propostas iniciativas ou projetos estratégicos.
As iniciativas estabelecem o que será feito a fim de que os objetivos sejam cumpridos
Outras iniciativas estratégicas podem ser criadas para atender a todos os objetivos
É necessário que cada objetivo estratégico possua, pelo menos, uma iniciativa ou
projeto vinculado, para que todos os elementos existentes no PDE sejam atendidos.
Para evitar que existam erros na execução da estratégia da unidade escolar, o gestor
deve atentar-se para que haja integração entre os objetivos do mapa estratégico, os
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1.3. O papel do diretor e vice-diretor escolar em cumprimento aos
direcionadores estratégicos
A posição central da unidade escolar exige forte articulação para reunir toda a
para que produzam resultados eficientes e eficazes. Isto significa que compete ao
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direcionadores estratégicos emitidos pelas autoridades de Educação. Alguns
diretor escolares uma vez que resulta dos esforços de toda a comunidade escolar e
impulsiona o atingimento dos resultados do Núcleo Territorial de Educação (NTE) e
por exemplo, e definir um plano específico para alavancagem dos indicadores com
pior desempenho na unidade escolar.
orientação aos professores e corpo técnico da unidade escolar por meio da gestão
participativa e promove-se o aperfeiçoamento profissional de seus servidores
técnicos e administrativos.
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informações entre todos os membros da comunidade, embora complexa, é
infraestrutura escolar como base para a melhoria da educação. A gestão dos recursos
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1.4. O alinhamento do planejamento escolar aos resultados pretendidos
para a educação
consequentemente, no Brasil.
para prestar adequadamente os seus serviços. Eles são importantes pelo fato de a
• Planejamento pedagógico;
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• Avaliação escolar (desempenho dos alunos e dos professores); e
Os processos dizem respeito a tudo que se realiza na unidade escolar. Toda ação
resultados pretendidos.
O quadro a seguir pode ser utilizado pelo diretor e vice-diretor escolares para
apropriada não contribuem com a oferta dos requisitos básicos para a excelência da
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O estrutura física regular de uma escola abriga o prédio da unidade escolar,
desafiadoras.
Quadro 3 – Modelo para planejamento da gestão da estrutura física das unidades escolares
das necessidades físicas da unidade. É por meio deste instrumento que se manterão
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Referências
Disponível em:
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_si
Sagra,1995.
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2. Comunicação e engajamento de atores
internos e externos
melhor desempenho.
relacionamento com os diversos públicos envolvidos com a unidade escolar. Por ser
destacam-se:
organizacional;
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A partir do exposto, entende-se que os métodos de comunicação são importantes
fluida e objetiva, e uma ação orientada, que dê o correto subsídio para a execução
de atividades e alcance de resultados.
escolar, entre outros aspectos. Ressalta-se que esse processo será bem-sucedido
adequadamente.
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Assim sendo, percebe-se que a comunicação organizacional possui um aspecto de
relevância estratégica para a gestão escolar e precisa ser gerenciada com o devido
cuidado.
utilizados, como dialetos, signos gráficos ou imagéticos, entre outros, para que o
entendimento seja transmitido. Por fim, o sexto elemento é o contexto, ou seja, o
estudantes que um dos professores da escola será afastado das atividades por 2
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porém formal, clara e didática. O canal é o ar, visto que a comunicação será feita
escola, o canal seria o material impresso, por exemplo. O código, por fim, é a língua
falada e a língua não-verbal (os gestos e as expressões do diretor ao comunicar o
fato).
com vistas a possibilitar que o emissor atinja o seu objetivo com a mensagem. As
a estratégia de comunicação que busca convencer outra pessoa sobre o que está
Argumentos
científicos, estudos de caso, entre outros, fazendo com que a comunicação se torne
persuasiva, ou seja, convincente. É a partir dos argumentos que é possível justificar,
do conteúdo da mensagem.
Credibilidade
de algo dito por quem você confia, do que dito por uma pessoa desconhecida ou
desacreditada.
Emoções
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seja instigado por meio de imagens, vídeos, sons ou situações práticas que gerem a
mensagem que está sendo transmitida. Por isso, a conexão entre o conteúdo da
mensagem e a escolha do canal de transmissão devem ser estabelecidos atentando-
se ao despertar de emoções que aumentem as chances de sucesso no processo de
comunicação.
A utilização das técnicas deve ser realizada de maneira complementar, ou seja, o uso
e atenção a todas elas garante maior poder de persuasão. Os argumentos, a
credibilidade e as emoções apesar de utilizados durante todo o processo, devem ser
memória do receptor.
previamente;
que permitirá que se tenha clareza e convicção sobre o que será dito. Além disso, deve-
se demonstrar empatia, buscando um clima harmônico e sem desgastes para que a
necessidade de dar atenção à linguagem escrita, verbal e corporal, para que estejam
alinhadas ao conteúdo da mensagem e não causem má impressão ou incompreensão
pelo receptor.
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2.3 Os principais atores de relacionamento com as unidades escolares e os
seus respectivos interesses
detalhado na sequência).
Elementos Questionamentos
Atores ou partes interessadas Quem são os públicos de interesse?
Qual é o objetivo de comunicação para
Objetivos
cada público (para que comunicar)?
O que comunicar Quais informações são relevantes?
Com que frequência, em que
Quando comunicar
momento comunicar?
Quais meios, formatos e linguagem
Ferramentas (como?)
influem no acesso, confiabilidade etc.?
Quem irá viabilizar ou preparar a
Responsáveis (quem?) comunicação e os subsídios
necessários?
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de comunicação, mobilização e engajamento foram alcançados. Caso se verifique
de quais são os atores que mais impactam em sua gestão. Com o Plano de
Comunicação desenvolvido, inicia-se a sua execução, um dos momentos mais
relevantes nesse processo.
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• Da definição do público-alvo da comunicação (gestores escolares, professores,
• Da definição dos meios, ferramentas, formatos e linguagem que são fatores que
influem no acesso, confiabilidade e compreensão, e são decisivos para o uso da
informação.
usuários da informação, por sua vez, precisam receber informações úteis nas
ferramentas, a saber:
• E-mails;
• Panfletos;
Atores que mais impactam a unidade escolar e a sua gestão devem receber
informações de maneira mais constante, recorrente e personalizada. Além disso,
tanto o diretor quanto o vice-diretor escolar devem reconhecer quais são os
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interesses e demandas dos atores prioritários, de forma a gerenciar da melhor
escolar.
ambiente escolar.
transparente e descentralizado.
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Para delimitar como cada ator pode contribuir da melhor maneira e como devem ser
compartilhada, uma vez que houve construção conjunta, além de possuírem maior
que também colabora para a unidade escolar, aumentando a sua participação social
Engajar a equipe interna da unidade escolar pode, em geral, ser uma tarefa complexa
para o diretor e vice-diretor. Os membros da equipe da unidade escolar, por vezes,
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possuem interesses e demandas conflitantes com relação à gestão da unidade
escolar.
Além dos aspectos citados, também é importante que a gestão escolar se atente
contínua da educação.
Os atores externos são todos aqueles que se encontram fora do contexto da unidade
escolar. Dessa forma, são considerados atores externos os pais e responsáveis, a
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mídia, o Núcleo Territorial de Educação (NTE), a Secretaria de Educação (SEC), os
buscados e aprimorados pela gestão escolar, pois não é possível enxergar o processo
de ensino-aprendizagem isolado no núcleo interno da instituição. Nesse sentido,
diretor e vice-diretor escolares precisam estar abertos ao ambiente externo e a todas
as instituições e atores que o compõe. O desenvolvimento de um bom
escolar encaminhados aos pais, murais nas escolas, reuniões de pais e mestres e
ligações para a casa dos alunos nos casos em que esse tipo de ação se fizer
necessária.
Com relação NTE e à SEC, os gestores escolares devem se atentar para comunicar
A relação com a SEC e o NTE também deve ser pautada em critérios de transparência,
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escolar (em termos pedagógicos, de infraestrutura, administrativo etc.), as devidas
Além do mais, a gestão escolar deve saber balancear a comunicação com o público
interno e externo. Não se configura uma boa prática dar foco somente para um deles,
deixando o outro de lado. Cada um dos públicos tem as suas necessidades,
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Referências
Sulinas, 1983.
LASER, Rich. Desperte o engajamento na sua comunidade escolar. Blog Rich Laser,
2019. Disponível em: https://blog.richlaser.com.br/desperte-o-engajamento-na-sua-
comunidade-escolar/.
engajar-a-equipe.
para-planejar-a-comunicacao-interna-da-sua-escola/.
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3. Desenvolvendo e exercendo a liderança
Por outro lado, é possível identificar indivíduos na estrutura da unidade escolar que
não ocupam um cargo de gestão, mas que podem ser considerados líderes
O líder – formal ou informal – é, sobretudo, alguém que demonstra paixão pelo que
faz, consegue estabelecer ligações emocionais com os demais e tem competência
para desempenhar sua função com propósito.
O líder pode atuar de diversas formas. Isto significa que não existe um tipo de líder
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O líder autocrático mantém postura autoritária e centralizadora, concentrando as
Esse tipo de líder estabelece regras bem definidas para com seus liderados e não
promove abertura para que os indivíduos se posicionem ou contribuam com
opiniões.
Equipes de líderes autocráticos tendem a ser mais produtivas no curto prazo, uma
vez que os processos de trabalho são bem estruturados e o foco concentra-se
predominantemente nas atividades a serem executadas. Ademais, o processo de
decisão tende a ser mais ágil e eficiente por ser centralizado no líder.
um alto nível de controle dos processos e atividades a serem executados, ainda assim
com muitas ressalvas. Afinal esse estilo de liderança não permite uma adequada
de decisão.
A equipe conduzida por um líder que segue esse estilo tem uma menor propensão
a carecer de motivação, uma vez que o bem-estar da equipe é uma de suas maiores
preocupações.
decisório e o risco de o líder perder o controle das atividades que estão sendo
desenvolvidas.
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Esse estilo de liderança funciona melhor com equipes que possuem um nível maior
tomadas, como em situações de crise. A longo prazo costuma ser mais vantajosa e
sustentável do que a liderança autocrática, pois a relação estabelecida entre o líder
e a equipe tende a gerar mais satisfação e, por consequência, compromisso com o
trabalho.
equipes com alto nível de maturidade, pois pressupõe que a intervenção do líder
seja pouco necessária ou, até mesmo, dispensável. Seu papel reside na organização
menor burocracia e a maior liberdade para a definição das estratégias e das ações a
pouco respeito à figura do líder, muitas vezes visto como “distante” e desnecessário
O emprego desse estilo de liderança pode se dar em equipes que possuem muitos
especialistas e profissionais com capacidade de trabalhar com bastante autonomia
e respeito.
líder omisso ao invés de liberal, uma vez que a linha que separa a ambos é muito
tênue.
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3.1.4 Liderança situacional
O líder situacional compreende que as pessoas são diferentes e que não devem ser
Para pessoas inexperientes da equipe, o líder deve atuar como direcionador do que
que se encontram motivados, o líder deve agir como orientador, permitindo a esses
aprendidas ou aprimoradas.
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Para melhor entendimento dos conceitos afins aos diversos estilos de liderança,
participativa, por exemplo, para decidir sobre a aplicação dos recursos financeiros
da unidade escolar na construção de um laboratório ou na reforma de uma quadra
de esportes, estão exercendo a liderança democrática. Quando permitem que os
professores elaborem os planejamentos de ensino de forma mais autônoma, com
novo na unidade escolar e que precisa de mais atenção do que um antigo professor
pessoa não irá agir de maneira oportunista (ROBBINS, 2005). Essa conceituação está
alicerçada em cinco dimensões: integridade, competência, consistência, lealdade e
abertura.
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O líder que não possui a confiança de seus liderados permanece impossibilitado de
exercer com efetividade a sua liderança. Isto ocorre porque, naturalmente, as pessoas
não seguem nem recorrem à orientação daqueles que julgam desonestos ou pouco
confiáveis. Se o líder, que deve atrair os demais para o trabalho conjunto, não é capaz
de ser percebido como alguém com conduta idônea, então ele não será hábil em
de futuros líderes: É preciso que a gestão superior das organizações públicas (neste
caso, o Secretário Estadual de Educação, Diretores Territoriais e demais autoridades
fundamental à liderança, que pode ser cultivada por meio de ferramentas modernas
de avaliação, como o Feedback 360º. O uso dessa técnica facilita a identificação das
lacunas de competências dos líderes para que possam ser trabalhadas e
desenvolvidas.
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oportunidades para oferecer aos servidores possibilidades práticas de
desenvolvimento de liderança.
melhorias.
saber quais são as melhores ações a serem tomadas para resolvê-los é essencial ao
bom líder.
Conflitos acontecem quando pelo menos dois indivíduos interpretam uma situação
de maneiras distintas e um se opõe ao outro, podendo gerar situações desagradáveis
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membros da UEE. É papel do gestor escolar se atentar a essas questões e adotar uma
postura proativa, buscando se antecipar para que essas desavenças não ocorram ou,
Uma das estratégias a serem adotadas com o intuito de evitar que as desavenças
estabelecer uma conversa que seja capaz de gerar reflexões nas partes envolvidas
no conflito, e com isso influenciar positivamente a adoção de novas posturas para
que esse cenário não se repita.
• Empatia: compreensão das razões que levaram ao conflito e qual é a solução mais
adequada para a situação e para as partes envolvidas.
mais raras. À medida em que novas pessoas façam parte da unidade escolar ao longo
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dos anos, faz-se importante manter o ciclo preventivo em andamento, evitando que
meio. Nas salas de aula, pode ser entendida como a maneira de realizar um controle
minucioso dos alunos, para que adotem posturas de harmonia e respeito uns com
os outros e com o ambiente escolar, fazendo com que assimilem o que é admissível,
correto e esperado.
A disciplina deve ser reforçada no dia a dia escolar, sendo capaz de instigar atitudes
bem vistas não apenas nesse âmbito, mas também na sociedade, formando assim
bons cidadãos. Nos dias atuais, disciplinar os alunos não significa impor a eles força
forma de ensinar algo é agir como se ensina; uma atitude correta diz mais do que
mil palavras.
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• Estabelecer e compartilhar por diversos meios (bilhetes, murais de avisos) todas
• Não utilizar técnicas de repressão que possam fazer com que o aluno se sinta
retraído;
vice-diretor, sendo o seu enfrentamento uma necessidade cada vez mais evidente
no ambiente escolar.
frustrações e expectativas no dia a dia por meio da violência, que pode ocorrer de
maneira verbal, virtual e física.
A forma verbal costuma ser a mais recorrente nas unidades escolares, envolvendo,
obstáculos à sua concentração e bom rendimento. Por outro lado, a violência física
envolve brigas entre os indivíduos, implicando em contato físico ou depredação do
patrimônio da escola.
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Para o combate à violência, é necessário o envolvimento de toda a comunidade
escolar, com atores internos e externos colaborando para que seja possível
minimizá-la. Os pais, por exemplo, têm o papel de combatê-la dentro de casa, dando
exemplo e discutindo os assuntos com seus filhos; os professores, em sala de aula,
devem abordar o assunto de forma transparente visando discutir causas e efeitos e
adotadas, como:
violência;
possíveis causas e sinais de alerta para, a partir disso, traçar planos de ação;
• Incentivar que sejam feitos elogios aos alunos quando adotarem boas posturas,
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3.3 O desenvolvimento da liderança e a condução das pessoas para os
resultados pretendidos
Existe uma discussão teórica entre estudiosos das ciências comportamentais que
Os estudos de Piaw e Ting (2014) apontam que os líderes escolares não pertencem
puramente a uma categoria ou outra (líderes natos ou líderes cuja competência foi
2012).
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• Autocontrole; • Inteligência emocional;
• Autodeterminação; • Inteligência social;
• Comprometimento; • Laboriosidade;
• Dedicação; • Maturidade psicológica e
• Determinação; social;
• Empatia; • Motivação;
• Empreendedorismo; • Ousadia;
• Entusiasmo; • Perseverança;
• Espírito de Equipe; • Persistência;
• Expectativas elevadas; • Proatividade;
• Flexibilidade; • Resiliência;
• Gosto pelo trabalho; • Tolerância à crise
• Iniciativa;
• Veja a si mesmo como um agente de mudanças que seja capaz de fazer crescer e
melhorar a organização que lidera;
• Seja resiliente a ponto de manter o foco nos objetivos almejados mesmo diante de
dificuldades, obstáculos e contratempos;
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• Lidere pelo exemplo, mantendo um comportamento ético, honesto e íntegro;
• Seja justo;
• Mantenha coerência entre o que fala e o que faz, com constância de visão, valores
e comportamentos;
gestor escolar. Esse processo pode ser norteado pelos seguintes questionamentos:
diretor?
confiança dos seus liderados, consiga equilibrar suas demandas e, sobretudo, trabalhe
invariavelmente em prol dos objetivos da unidade escolar.
são considerados sujeitos ativos e por isso devem contribuir para a tomada de decisão.
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Ou seja, possibilita e incentiva a transparência, a participação e a democracia na
unidade escolar.
Isto significa que o processo de influência do líder escolar mobiliza talentos e esforços
para a melhoria contínua da própria UEE, de seus processos e das pessoas, e é pautado
por uma visão abrangente e clara da unidade escolar e dos objetivos que se deseja
atingir.
sua superação;
• Estímulo do melhor que existe nas pessoas ao seu redor, a partir de uma
perspectiva proativa a respeito das mesmas e de sua atuação;
compartilhamento de responsabilidades;
liderança.
equilíbrio entre o que Pollon (2011) chama de “perfis do líder escolar”. Em pesquisa
56
atendidas, pressupõem a eficácia da gestão. Essas dimensões são: liderança
possível perceber que eles se encaixam, em maior ou menor nível, em cada uma das
dimensões.
decisão e a atuação colegiada se dão por consenso, onde todos os integrantes utilizam
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Para que seus resultados sejam alcançados, compete ao diretor garantir que o
foco central das ações –, responsável e desenvolvido sem o receio de perder espaço
ou poder. Todos os membros da comunidade escolar devem assumir
responsabilidades necessárias para o bom funcionamento da escola, bem como para
infraestrutura das escolas e dos papéis dos agentes da educação. Diretor e vice-diretor
preparados.
ensino-aprendizagem.
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Consequentemente, pode-se mencionar o diretor e vice-diretor escolares como os
59
Referências
2009.
PIAW, C. Y.; TING, L. L. Are School leaders born or made? Examining factors of
leadership styles of Malaysian school leaders. Social and Behavioral Sciences. 116, 5120
– 5124, 2014.
POLON, T. L. P. Perfis de Liderança e seus reflexos na Gestão Escolar. In: 34a REUNIÃO
60
4. Ensino e aprendizagem para resultados
De acordo com Lück (2009), para que os gestores escolares desempenhem as suas
atribuições, eles necessitam de uma base conceitual bastante robusta, envolvendo os
distintos aspectos com que lidam diariamente. Assim sendo, dentre as diversas
necessidades de conhecimento para desempenho de seu papel pedagógico, diretor e vice-
diretor escolares precisam deter conhecimentos sobre:
● Constituição Federal;
● Constituição Estadual;
A Constituição Federal (CF) Brasileira é a lei suprema do país. A partir dela desdobram-se
todos os demais dispositivos legais que regem e organizam a estrutura jurídica do Brasil.
A atual constituição foi promulgada em outubro de 1988 pela Assembleia Nacional
Constituinte e é intitulada “Constituição Cidadã”.
A CF discorre sobre o direito à Educação na Seção I de seu Capítulo III, atribuindo-a como
dever do Estado e da família. Como abordado no artigo 205, “a educação, direito de todos
e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da
sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.”
Em seu artigo 206, a CF propõe que o ensino deverá ser ministrado com base em alguns
princípios. São eles:
61
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública,
nos termos de lei federal.
No caso do Estado da Bahia, além da CF, as diretrizes educacionais estão sujeitas também
à Constituição do Estado.
Nesse sentido, o Estado deve focar sua atuação no ensino médio, enquanto os municípios
atuam com prioridade no ensino fundamental. O Governo Federal, por sua vez, atua
prioritariamente no ensino superior.
A gestão do ensino público está disposta no artigo 249 da Constituição do Estado da Bahia
e deverá ser exercida “de forma democrática, garantindo-se a representação de todos os
segmentos envolvidos na ação educativa, na concepção, execução, controle e avaliação dos
processos administrativos e pedagógicos.”
O Conselho de Educação é quem “define critérios básicos para a efetivação do apoio técnico-
financeiro às escolas comunitárias, bem como acompanha e avalia sua experiência
pedagógica, juntamente com a comunidade, professores, estudantes e outros setores
envolvidos”, conforme o artigo 252 da carta magna baiana. A organização e as
competências desses organismos colegiados são definidas especificamente pela Lei de nº
7.308/1998.
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As disposições da Constituição do Estado apontam as diretrizes da gestão em um nível
estratégico, isto é, com maior enfoque nos aspectos diretivos e menos nos aspectos
operacionais, especialmente da realidade gerencial das unidades escolares, que são
tratados com maior nível de profundidade no Estatuto do Magistério Público do Ensino
Fundamental e do Ensino Médio do Estado da Bahia.
IV - garantia da participação dos sujeitos na vida nacional, no que diz respeito ao alcance
dos direitos civis, sociais e políticos;
V - promoção na carreira;
VII - conjunção de esforços e desejos comuns, expressos na noção de parceria entre escola
e comunidade;
63
II - elaborar e cumprir plano de trabalho e de aula, segundo a proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino;
64
XII - propor e planejar ações de atualização e aperfeiçoamento de professores e técnicos,
visando a melhoria de desempenho profissional;
A definição dos cargos de diretor e vice-diretor escolares está prevista no artigo 22º do
Estatuto. Esse artigo dispõe que haverá cargos em comissão de diretor, vice-diretor e
secretário escolar na organização administrativa e pedagógica das unidades escolares,
conforme sua respectiva categoria em relação à quantidade de estudantes matriculados e
o nível de escolaridade do titular do cargo.
O exercício do cargo de diretor escolar deve obedecer ao regime de tempo integral (40
horas semanais), enquanto a dedicação do vice-diretor pode se dar em tempo parcial (20
horas semanais) ou integral quando necessário, de acordo com as hipóteses dispostas em
decreto regulamentar.
De acordo com o artigo 28º do Estatuto, a remoção pode ser feita nos seguintes casos:
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I - a pedido do servidor;
II - a dedicação e o zelo num esforço comum de bem servir à causa de educação, em prol
do desenvolvimento nacional;
VI - manter e fazer com que seja mantida a disciplina em sala de aula e nas diversas
dependências escolares;
VII - comparecer e participar das reuniões para as quais for convocado, contribuindo para
a gestão democrática da escola;
VIII - empenhar-se pela qualidade do ensino ministrado, zelando pelo bom nome da
unidade escolar;
66
dos Servidores Públicos Civis do Estado, comuns a outros servidores públicos da Bahia, e
outras são específicas aos servidores do quadro do Magistério Público. São elas:
V - a discriminação por raça, condição social, nível intelectual, sexo, credo ou convicção
política.
Além das unidades escolares, o ECA prevê que entidades públicas ou privadas que atuem
nas áreas de informação, cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos, produtos e
serviços que respeitem sua condição de pessoa em desenvolvimento, devem contar, em
seus quadros, com pessoas capacitadas para reconhecer e comunicar ao Conselho Tutelar
suspeitas ou casos de maus-tratos praticados contra crianças e adolescentes.
67
O Conselho Tutelar é o órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela
sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, conforme
disposto no artigo 131 do ECA. Em cada município deve haver, no mínimo, 1 (um) Conselho
Tutelar como órgão integrante da administração pública local, composto de 5 (cinco)
membros, escolhidos pela população local para mandato de 4 (quatro) anos.
Para fins de composição dos níveis escolares, a educação é dividida em dois níveis: a
educação básica – que compreende a pré-escola, o ensino fundamental e o ensino médio
–, e o ensino superior.
O artigo 22 da LDB propõe que “a educação básica tem por finalidades desenvolver o
educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e
fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”.
I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade,
organizada da seguinte forma:
a) pré-escola;
b) ensino fundamental;
c) ensino médio;
IV – acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos os que não os
concluíram na idade própria;
V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo
a capacidade de cada um;
VII – oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e
modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que
forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola;
68
VIII – atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de
programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e
assistência à saúde;
VII – informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os
responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre a
execução da proposta pedagógica da escola;
69
A Lei nº 10.639/2003 e a Lei nº 11.645/2008 alteraram a LDB, incluindo no currículo a
obrigatoriedade de dois importantes temas: História e Cultura Afro-Brasileira e História e
Cultura Afro-Brasileira e Indígena, respectivamente.
Além disso, também são abordadas temáticas a respeito de educação especial, educação
profissional e tecnológica, educação a distância e recursos financeiros. Em suma, é a LDB
que regulariza a organização do sistema educacional brasileiro, baseando-se nos princípios
expressos na Constituição Federal, e prevendo a construção da Base Nacional Comum
Curricular (BNCC).
70
Fonte: Tuneduc (2018)
71
A BNCC tem como embasamento a Constituição Federal e a LDB para determinar o
conteúdo e o seu foco. Ela é a base para os currículos, a formação dos professores e o
Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Nesse sentido, o conhecimento curricular é
contextualizado de acordo com a realidade local, social e individual tanto da unidade
escolar quanto dos alunos.
Com essas mudanças, os alunos terão mais tempo para que possam aprender e se
aprofundar nos eixos temáticos. Além disso, terão o chamado “Projeto de Vida dos
Estudantes” como prática obrigatória em todas as unidades escolares, que envolverá o
desenvolvimento de habilidades como respeitar, compreender, analisar o mundo ao redor
e entender as tecnologias. A proposta é que sejam realizadas menos aulas expositivas para
que mais atividades participativas, projetos e oficinas aconteçam. O diretor e o vice-diretor
podem realizar parcerias com outras unidades escolares da região para que os estudantes
tenham um amplo leque de possibilidades e itinerários.
O Novo Ensino Médio já estava previsto no Plano Nacional de Educação (PNE) de 2014 e
surgiu com as necessidades de enfrentar os desafios da juventude.
Em 2016, 28% dos estudantes do ensino médio estavam com 2 anos de atraso escolar e
26% abandonaram a escola no 1º ano. Esses dados corroboram com a percepção de que
os jovens se encontravam desmotivados e desinteressados com relação à escola e indicam
que havia necessidades de mudanças, com vistas a alinhar a formação do aluno na escola,
72
os seus interesses e as exigências do cenário atual, conferindo autonomia, protagonismo
e maior aprendizagem aos estudantes.
Os gestores escolares terão até 2022 para se adaptar totalmente à nova legislação e realizar
as alterações em suas unidades escolares, já que é um processo gradual, fruto de diversos
debates e avanços na legislação, como pode ser observado na cronologia da figura a
seguir.
73
Fonte: Guia de Implementação do Novo Ensino Médio (2018)
74
Para ter efeito, é necessário que as mudanças propostas pelo Novo Ensino Médio estejam
alinhadas às outras normas. Nesse sentido, a (re)elaboração dos currículos a partir da BNCC
tem 2020 como prazo para iniciar o processo de implementação.
Para conferir maior flexibilidade, no início do ensino médio os alunos devem escolher o
seu itinerário formativo entre os seguintes eixos de conhecimento: linguagens,
matemática, ciências da natureza, ciências humanas/sociais e formação
técnica/profissional. As disciplinas obrigatórias a todos são português e matemática, com
exceção das comunidades indígenas que podem utilizar a sua própria língua materna.
Além disso, obrigatoriamente a BNCC deverá incluir educação física, arte, sociologia e
filosofia nos estudos e práticas escolares.
75
Fonte: Porvir (2019)
Vale ressaltar que as turmas que ingressarem no ensino médio a partir de 2020 no 1º ano já
deverão atender às novas mudanças.
76
Tradicionalmente, o currículo é desenvolvido a partir de uma abordagem disciplinar ou
academicista, em que vários conteúdos são selecionados dentro de uma área de
conhecimento. Em geral, muitas escolas ainda utilizam essa metodologia de ensino, em
que os diferentes conhecimentos não conversam entre si, ou seja, são apresentados de
maneira fragmentada e descontextualizada da realidade (trata-se da multidisciplinaridade,
como será abordado adiante).
Essa metodologia faz com que os alunos não compreendam as diversas conexões
existentes entre os conhecimentos repassados ao longo do processo de ensino-
aprendizagem. As informações recebidas acabam sendo fins em si mesmas, o que não
estimula o aluno a utilizá-las para melhor compreender a realidade em que está inserido.
Assim, sua formação enquanto cidadão é prejudicada.
“[...] como uma teoria da concepção curricular que está preocupada em aumentar
as possibilidades da integração pessoal e social através da organização de um
currículo à volta de problemas e de questões significativas, identificadas de forma
colaborativa pelos educadores e jovens, independentemente das linhas de
demarcação das disciplinas.” (BEANE, 2002, p. 30)
O processo de integração curricular não significa apenas prever conteúdos a partir de uma
perspectiva interdisciplinar, mas sim buscar características locais, a cultura específica em
que a unidade escolar está inserida, bem como as peculiaridades do contexto para
construir e gerir o currículo escolar (PARO, 2011).
A integração curricular busca alinhar e trazer sinergia entre os conteúdos das várias
matérias, para que os conhecimentos sejam construídos de forma articulada e relevante
para os alunos. Entende-se, atualmente, que trabalhar o currículo de maneira integrada é
o melhor caminho para se trabalhar conhecimentos nas unidades escolares (ALONSO,
2002; BEANE, 2002).
No que tange à integração do currículo, existem diferentes estratégias que podem ser
utilizadas de acordo com a proposta pedagógica escolar. São elas: a multidisciplinaridade,
a pluridisciplinaridade, a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade.
77
4.2.1. Multidisciplinaridade
As disciplinas não possuem relação umas com as outras. Isso quer dizer que, cada matéria
possui a sua própria metodologia e abordagem e não há articulação entre as áreas de
conhecimento, pois cada uma segue o seu propósito e objetivo de forma isolada. É a
estratégia menos indicada, já que oferece uma visão limitada dos assuntos/conteúdos ao
aluno.
4.2.2. Pluridisciplinaridade
Há cooperação entre as matérias que possuem o mesmo objeto de estudo, porém não
envolve necessariamente a coordenação entre elas. Desse modo, é possível que disciplinas
como física, química e matemática possuam o mesmo método, mas não se relacionem
com as demais áreas.
4.2.3. Interdisciplinaridade
É por meio dessa interação que o aluno é capaz de ter uma visão dinâmica sobre o assunto
e com isso o seu processo de ensino e aprendizagem é enriquecido. É considerada a
estratégia mais adequada, visto que é capaz de gerar mais ganhos para o desenvolvimento
do aluno.
4.2.4. Transdisciplinaridade
78
● Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB);
● Sistema de Avaliação Baiano de Educação (SABE);
● Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é considerado uma das principais portas de
entrada em instituições de ensino superior do país. Foi criado em 1998 com o intuito de
avaliar os conhecimentos adquiridos pelos alunos durante o ensino médio e auxiliar na
elaboração de políticas públicas que visam melhorar o ensino. A partir de sua segunda
edição o Enem começou a ser utilizado também para outros fins, como:
O Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) tem como principal objetivo avaliar a
Educação Básica brasileira e contribuir para a melhoria de sua qualidade e para a
universalização do acesso à escola, oferecendo subsídios concretos para a formulação,
reformulação e o monitoramento das políticas públicas voltadas para a Educação Básica.
Além disso, procura também oferecer dados e indicadores que possibilitem maior
compreensão dos fatores que influenciam o desempenho dos alunos nas áreas e anos
avaliados.
79
O SAEB passou por várias estruturações até chegar ao formato atual. Antes, havia várias
avaliações externas realizadas pelo INEP, para avaliar a educação básica (Provas Brasil, ANA,
ANRESC). Agora todas são chamadas de SAEB. A partir de 2019, a avaliação contemplou a
educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio.
Vale ressaltar que a edição de 2019 contará com questões de ciências da natureza e
ciências humanas apenas para os alunos do 9º ano.
A figura a seguir ilustra o que é o SAEB e quais são as suas principais contribuições.
80
Desde 2007, o SABE auxilia no monitoramento e nas intervenções que são realizadas nas
escolas, fornecendo um diagnóstico do desempenho dos estudantes da Bahia. Todas as
turmas do 5º e 9º ano do ensino fundamental e dos últimos anos do ensino médio, de
todas as escolas da rede pública, devem realizar a prova.
81
Figura 5 - Avaliações como esforços para realização do SAEB
A nível nacional, tem-se a meta de alcançar nota 6,0 no Ideb até 2021, que é o patamar
educacional correspondente ao de países da Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE), como Estados Unidos, Inglaterra, Suécia, Canadá etc.
O Ideb é relevante pelo fato de ser aplicado nacionalmente e ser um índice consolidado e
robusto que proporciona a comparação entre a educação de diversas localidades do país.
Além disso, possibilita o direcionamento das políticas e novas metas a serem desenvolvidas
para aumentar continuamente a qualidade da educação.
Com relação à taxa de aprovação, esse valor é obtido a partir do censo escolar realizado
todo ano, e para o desempenho dos alunos são considerados o resultado das provas
aplicadas no 5º e 9º anos do ensino fundamental e no 3º ano do ensino médio.
82
4.4. O papel do diretor e do vice-diretor escolares no ensino e aprendizagem
Dessa forma, também são responsáveis por fomentar em sua equipe uma visão abrangente
da escola, mobilizando talentos e recursos sinergicamente na busca de uma educação de
qualidade. É válido mencionar que o diretor e o vice-diretor não estarão somente em
contato com a equipe interna da unidade escolar para desempenhar suas atribuições, mas
também estarão em constante contato com o NTE, a própria Secretaria de Educação, os
pais e responsáveis, o Conselho Escolar, bem como outros interessados externos à UEE.
83
Referências
______. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. Disponível
em:
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
>. Acesso em: 04 out. 2019.
84
______. Sistema de Avaliação baiano de Educação. Disponível em:
<http://escolas.educacao.ba.gov.br/sabe>. Acesso em: 08 out. 2019.
PARO, Vitor Henrique. O currículo do ensino fundamental como tema de política pública:
a cultura como conteúdo central. Ensaio: avaliação e políticas educacionais, Rio de Janeiro,
v.19, n. 72, jul./set., 2011.
PORVIR. Novo Ensino Médio: saiba mais sobre a implementação. 2019. Disponível em:
<http://porvir.org/novo-ensino-medio-saiba-mais-sobre-a-implementacao/>. Acesso em:
07 out. 2019.
85
5. Desenvolvendo equipes de trabalho
comprometidas
premissas.
forte com a sua profissão e com a importância de seu papel para a formação de
86
Dessa forma, Meyer e Allen (1991) produziram um modelo de comprometimento
determinado momento.
organização.
melhoria da educação.
87
5.2 O desenvolvimento de equipes comprometidas e sinérgicas
que é maior do que a soma de suas partes individuais. Garantir que o trabalho em
equipe (e não apenas em grupo) seja potencializado no ambiente escolar é um dos
solidária;
habilidades dos membros, com o objetivo de serem utilizadas para realizar uma
atividade comum.
mesmo ambiente para que eles comecem a trabalhar de forma colaborativa, até
mesmo pelo fato de que esses profissionais podem atuar com base em critérios e
88
c) A compreensão dos objetivos educacionais que orientam as ações dos setores
e áreas de atuação;
da educação e quais são os esforços que eles acreditam serem necessários para
empreender no dia a dia do seu trabalho;
sejam coletivizados;
os desempenhos e resultados.
2004).
89
• Promovem a reflexão sobre o planejamento escolar e a sua implementação com
a equipe;
pretendidos;
cooperativa na UEE.
maior para promover o trabalho em equipe em sua unidade escolar. Entretanto, uma
vez que obtiverem sucesso em criar equipes coesas, devem continuar monitorando
90
desenvolvimento de competências e a superação de dificuldades). Por meio desse
unidade escolar, que tem como principal objetivo ser um espaço em que exista
todos aqueles que trabalham na unidade escolar devem, da mesma forma, procurar
se desenvolver continuamente em termos profissionais, com impacto direto na
estabelecer mecanismos para fazer com que o conhecimento dos atores internos e
externos da escola seja aproveitado e contribua com o desenvolvimento dos
processos de ensino-aprendizagem e com a consecução dos seus objetivos
estratégicos.
91
garantindo que nada se perca e, além disso, que os mesmos erros não aconteçam
futuramente.
aprendidas e boas práticas que podem ser relevantes para que os resultados
aconteçam. Nesse momento, novas ideias de melhorias também podem ser
coletadas.
passadas e melhorar continuamente. Elas fazem com que a escola não se acomode
em um determinado patamar de desempenho e se renove para ofertar serviços de
Ter professores e funcionários com a formação adequada é fator crucial para que
estado da Bahia. Vale ressaltar que os países que mais evoluíram na educação ao
longo dos últimos anos ou que contam com uma educação de alta qualidade (Coréia
do Sul, Polônia, Suécia, Japão, Canadá, Israel, entre outros) destacam-se,
92
fundamentalmente, pela valorização e, principalmente, pela formação dos
profissionais do ensino.
que consiste no escopo do treinamento; quem treinar; como treinar; e, por fim,
quando treinar.
necessidades identificadas;
93
O diagnóstico é elaborado levando em consideração diversos fatores, como os
desenvolvidos por cada um dos cargos e análise individual e das equipes de trabalho.
Somente após realizar o diagnóstico, o diretor e vice-diretor escolares podem passar
à próxima etapa, que consiste no desenvolvimento dos treinamentos e ações de
saber:
2004).
Essa avaliação final de eficácia do treinamento é justificada pelo fato de sempre ser
possível melhorar alguns aspectos de adequação e alinhamento do mesmo ao
processo de ensino-aprendizagem.
94
Referências
ROMERO, L. E. The Ultimate Guide to Team Synergy. Forbes, 2015. Disponível em:
<https://www.forbes.com/sites/luisromero/2015/12/01/the-ultimate-guide-to-
team-synergy/#23ae935a52f5>.
2004.
95
6. Inovação e gestão da mudança
6.1 A inovação como fator de sobrevivência das organizações
Rogers e Shoemaker (1971) definem inovação como “uma ideia, uma prática ou um
objeto percebido como novo pelo indivíduo”. Outros autores, como Figueiredo
Embora divirjam quanto às explicações sobre o que caracteriza uma inovação, parece
haver um consenso sobre a sua finalidade. O uso prático e a geração de valor são
elementos essenciais para que algo novo possa ser considerado de fato uma
inovação. Tigre (2006) destaca, inclusive, que esta é a diferença entre a invenção e a
invenção”. Isto significa que toda inovação parte de uma invenção, mas nem toda
Esse caráter prático da inovação ajuda a compreender a sua importância, não apenas
para o desenvolvimento de organizações, mas para o fortalecimento da economia a
nível nacional (TIDD; BESSANT, 2015). Alguns analistas de políticas públicas
Como uma escola é capaz de formar estudantes preparados para enfrentar os novos
paradigmas do Brasil e do mundo se empregar metodologias (técnicas, recursos e
96
processos) que não são condizentes com as necessidades atuais? É preciso inovar
para otimizar os benefícios gerados aos usuários dos serviços públicos de educação.
Uma unidade escolar capaz de criar e implementar esses mecanismos não somente
Assim, a gestão escolar vai, aos poucos, se reinventando para sustentar as mudanças
como um todo.
Como dito, a inovação não está restrita apenas às organizações que utilizam alta
tecnologia. Especialmente no contexto escolar, inovar pode implicar na inserção de
Essa forma de inovar é conhecida como “incremental”, definida como uma série de
alterações nos parâmetros conhecidos ou na introdução de dado serviço de
características técnicas já usadas em outro serviço semelhante (TETHER, 2003).
97
a distância na época em que fora criada, algo visto por muitos como impensável,
lógica seja única, a manifestação da inovação varia de acordo com o setor, região,
país, estado, organização.
educação ou em outras áreas, pode ser descrito como ilustrado na figura a seguir de
autoria de Tidd e Bessant (2015).
98
comunidade escolar, como por exemplo, a tempestade de ideias, que consiste na
problema que precisa ser resolvido. Nesse sentido, a gestão escolar pode envolver
alunos, pais e responsáveis, professores, dentre outros atores relevantes da
comunidade escolar, conforme a situação em análise.
A etapa de priorização objetiva apontar quais dos sinais analisados durante a busca
devem ser explorados prioritariamente. Isto não significa que o diretor e o vice-
diretor devam optar por um deles e descartar os demais. O exercício de priorização
tem como finalidade ordená-los de acordo com a sua importância e urgência. De
acordo com a Lei de Pareto – postulada por Vilfredo Pareto, economista italiano –,
80% dos resultados advém de 20% dos esforços. Isto significa que, para otimizar os
resultados desejados é preciso direcionar os esforços estrategicamente para os
maneira pouco eficiente e eficaz. Desse modo, devem ser priorizadas as inovações
com maior valor agregado (capazes de gerar mais impacto na agenda estratégica
tecnologia etc.).
sólidos, a busca e a priorização tornam-se mais claras, visto que estas ferramentas
existentes, como também facilitarão a análise daquilo que deve ser priorizado a fim
de que a unidade escolar alcance os resultados previamente estabelecidos nesses
planos.
na realidade escolar. Tidd e Bessant (2015) destacam que esta não é uma etapa
elementar, já que é nela que os resultados começarão a se tornar visíveis. É preciso
acessar fontes de conhecimento (metodologias, conhecimentos, técnicas) que
pré-condições, ou seja, se tem requisitos a serem cumpridos pela UEE para que possa
ser colocada em prática.
Por fim, a etapa de avaliação é quando, após implantada, a inovação gera frutos aos
seus beneficiários. Esta etapa possibilita que a unidade escolar consolide sua base
99
de conhecimento e melhore as formas sobre como o processo foi gerenciado, a fim
A inovação sem aplicação prática não é capaz de produzir efeitos (deste modo,
finalidade, a devida maneira de experienciá-la e, por fim, como extrair dela o maior
Para que a inovação seja inserida no dia a dia da unidade escolar e se torne uma
esteja presente nos processos da UEE. Para isso, é imprescindível que haja etapas de
planejamento, ação, controle e avaliação dos efeitos da inovação.
Pode-se citar como exemplo um caso em que se deseja utilizar ferramentas online
implantação, e qual será o impacto gerado e os possíveis riscos, para que possam
ser gerenciados. Após o planejamento e a escolha do que será realizado e como,
parte-se para a etapa da execução. Ou seja, a ferramenta escolhida passa a ser
100
implementada e utilizada no dia a dia da unidade escolar. Após certo tempo
estão sendo gerados pela inovação e se devem manter como está ou se há ajustes
a serem realizados de forma a alavancar os resultados. Por fim, são realizados os
retoques finais e colocados em prática os planos de ação levantados após a
Existe uma frase atribuída ao físico alemão Albert Einstein que diz: “Insanidade é
continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”. Para que
seja possível alcançar novos resultados, é preciso alterar o status quo (forma como
organização e a mudança é, por vezes, um processo árduo, que exige gestão e ações
coordenadas de riscos, de cenarização de impactos e de tratamento de resistências
(GONÇALVES, 2014).
apenas serão aceitas nos médio e longo prazos, como vistas como necessárias para
101
Cada uma delas possui diferentes motivações para a mudança. A motivação para
na mudança desejada.
Como dito anteriormente, mudanças geram desconforto, uma vez que envolvem
mudanças podem criar resistências. Para que esse bloqueio em recepcioná-las seja
minimizado, é necessário que o diretor e o vice-diretor escolares demonstrem às
pessoas quais serão os ganhos tanto individuais quanto organizacionais com aquela
inovação. Para tanto, podem se perguntar: como terão um problema resolvido, como
102
Perspectiva Elementos de Atribuições
Gestão
a) Identificar como a organização se enxerga no
futuro e o alinhamento do projeto de mudança
com essa percepção;
b) Fomentar a compreensão entre os membros da
organização de que o projeto de mudança
Perspectiva de contribui para o alcance da perspectiva de
futuro futuro desejada;
c) Ajustar eventuais aspectos do projeto de
mudança para alinhamento com a perspectiva
de futuro ou revisar a perspectiva de futuro a
partir de novos elementos do projeto de
mudança.
a) Identificar os valores que norteiam a ação da
organização e das suas equipes de trabalho;
b) Divulgar o nivelamento entre os valores
Cultura
organizacionais e o projeto de mudança;
Organizacional
Valores c) Ajustar eventuais aspectos do projeto de
mudança para alinhamento com os valores
organizacionais ou adicionar novos valores, em
sintonia com os demais, a partir de elementos
relevantes do projeto de mudança.
a) Identificar as crenças que norteiam a ação da
organização e das suas equipes de trabalho;
b) Divulgar o nivelamento entre as crenças no
ambiente organizacional e o projeto de
mudança;
Crenças
c) Ajustar eventuais aspectos do projeto de
mudança para alinhamento com as crenças no
ambiente organizacional ou adicionar novos
valores, em sintonia com os demais, a partir de
elementos relevantes do projeto de mudança.
a) Propor a identidade do projeto de mudança;
b) Definir a estratégia de comunicação;
c) Apoiar os demais tipos de gestão na
disseminação de suas ações;
Comunicação d) Assegurar a prontidão para a elaboração de
conteúdo informativo aos beneficiários;
e) Controlar permanentemente a repercussão do
que está sendo comunicado; e
f) Comunicar a visão aos beneficiários.
a) Identificar e classificar os conflitos imediatos e
potenciais;
b) Monitorar os conflitos identificados;
Pessoas
c) Identificar tensões nas relações intra e
extraprojeto;
d) Definir atuação de acordo com o tipo de
Conflitos conflito;
e) Alinhar com a Gestão de Resistência a diferença
entre conflito e resistência;
f) Atuar na minimização dos conflitos; e
g) Interagir com a Gestão de Comunicação visando
disseminar informações que ampliem o
entendimento sobre o projeto.
a) Definir estratégia de capacitação alinhada ao
Conhecimento
escopo da mudança;
103
Perspectiva Elementos de Atribuições
Gestão
b) Definir estratégia para conversão do tácito para
explícito e promover compartilhamento;
c) Elaborar Plano de Capacitação necessário à
viabilização da mudança;
d) Definir regras para seleção dos multiplicadores
de conhecimento;
e) Construir base de conhecimento; e
f) Catalogar as lições aprendidas para subsidiar
futuras mudanças.
a) Criar estrutura sistêmica para publicação dos
documentos do projeto de mudança antes,
durante e depois;
b) Manter estreito contato com os demais tipos de
gestão na busca de informações relevantes;
Informação c) Propor, em conjunto com a Gestão de
Comunicação, disseminação dentro do escopo e
objetivos do projeto de mudança;
d) Preservar a memória do projeto; e
e) Apoiar a Gestão da Comunicação no
alinhamento das pessoas à visão.
a) Identificar sinais dos vários tipos de resistência;
b) Conduzir o tratamento de resistência,
independentemente do tipo;
c) Identificar focos de desmotivação;
d) Minimizar resistências com a disseminação de
informações e conhecimento;
Resistência
e) Auxiliar os que são impactados pela mudança
no entendimento do processo;
f) Fomentar a participação visando ampliar o
conhecimento das pessoas sobre o projeto; e
g) Enfrentar com habilidade os resistores que
atrapalham a mudança.
a) Identificar a existência de problemas que
possam comprometer os resultados esperados;
b) Interagir com a Gestão de Resistências se algum
evento identificado se constituir em problema
que dificulte alguma ação do projeto;
c) Interagir com a Gestão de Conflitos quando
Problemas
algum conflito identificado provocar
desdobramentos que se convertam em
problemas para a mudança; e
d) Interagir com a Gestão de Riscos se algum risco
se converter ou apresentar alta probabilidade de
tornar-se um problema sério para a mudança.
Processos
a) Cuidar para que o projeto de mudança
considere a estrutura de processos existentes;
b) Definir e mapear o processo de mudança
alinhado ao padrão dos processos
Processos
organizacionais; e
c) Integrar aos processos organizacionais os
desdobramentos provocados pelo projeto de
mudança.
a) Gerenciar prazos contratuais quanto à entrega
das etapas;
Qualidade
b) Gerenciar prazos internos;
c) Definir indicadores de avaliação das mudanças;
104
Perspectiva Elementos de Atribuições
Gestão
d) Avaliar satisfação pós-mudança via pesquisa
estruturada;
e) Tratar insatisfações pós-mudanças com as áreas
de Gestão de Resistência e Riscos;
f) Gerenciar as entregas em termos quantitativos e
qualitativos;
g) Gerenciar o relacionamento com fornecedores;
h) Gerenciar os custos do projeto de mudança; e
i) Gerenciar a absorção de informações sobre a
unidade por parte do(s) fornecedor(es).
a) Avaliar riscos potenciais à mudança e criados
pela mudança;
b) Avaliar riscos entre fornecedores x usuários; e
Riscos
c) Minimizar riscos avaliando conhecimento do
fornecedor sobre a contratante, seu negócio e
sua cultura.
a) Gerenciar os aspectos quantitativos da
mudança;
b) Acompanhar as operações que mudem a forma
do contexto de mudança;
Configuração c) Assegurar que o desenho definido para o
contexto pós-mudança tenha sido realizado; e
d) Assegurar que os registros de alterações de
configuração tenham sido devidamente
documentados.
a) Assegurar condições necessárias para que a
Tecnologia
mudança transcorra de forma segura;
b) Avaliar, juntamente com a Gestão de Riscos, as
ações que possam mitigar os riscos da mudança;
c) Assegurar, juntamente com a Gestão da
Segurança Qualidade, o cumprimento dos prazos para
manutenção dos compromissos operacionais
pós-mudança; e
d) Atuar de forma preventiva visando evitar
intercorrências que inviabilizem ou dificultem a
mudança.
Quadro 1 – Atribuições dos elementos de gestão de acordo com o Método das Gestões por
perspectiva
chances de que o processo seja realizado sem empecilhos ao seu fluxo ótimo
105
• Apoio eficaz e influente de pessoas reconhecidas na comunidade escolar;
De fato, gerenciar a mudança em uma unidade escolar não é uma tarefa elementar.
pela falta de visão do que virá e pelo receio de perdas. Essa sensação causa
desconforto e, possivelmente, resistência – especialmente quando, na percepção dos
êxito de seus resultados. Por outro lado, se for vista como uma ameaça, o processo
consigam percebê-la como positiva e necessária pode ser decisiva para que seu
propósito seja alcançado. Em outras palavras, a mobilização e o convencimento são
106
• Aprimorar a gestão e auxiliar o diretor e o vice-diretor no exercício de suas
atividades;
As TICs também se configuram como insumo para a inovação, uma vez que são
utilizadas como suporte para que novas ideias e processos possam ser gerados e,
pois além de ter o conteúdo visto tradicionalmente em sala de aula, ele também
poderá ter acesso a vídeos, livros e conteúdos que podem ser compartilhados online
107
pelo professor. Desse modo, é possível que o estudante assimile o conteúdo por
potencializados.
com os professores. Seu uso adequado, pelo contrário, permite o fortalecimento dos
108
Referências
TIDD, J.; BESSANT, J. Gestão da Inovação. 5ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2015.
Elsevier, 2006.
109
7. Técnicas de Priorização de Problemas
A cada ano a sociedade espera por mais e melhores serviços. Não há espaço para
que as instituições públicas desempenhem seu papel insatisfatoriamente. Não há
mais espaço para o amadorismo. Esse aspecto fica ainda mais evidente quando se
trata da educação, maior “ativo” de uma nação. Isso porque é através da educação
constante contato com os desafios impostos pela sociedade (WALKER et al., 2011
A resolução dos problemas vivenciados pela unidade escolar não pode ser
110
melhores soluções e resultados, pois há uma grande probabilidade de as verdadeiras
problemas:
Círculo de Qualidade
que seguem a lógica do famoso ciclo PDCA utilizado no campo de gestão. PDCA é
o acrônimo para Planejar (P), Executar (D), Checar (C) e Agir corretivamente (A). Ou
111
Planejar
Checar
112
PDCA Etapas Objetivo
Definir com precisão qual é o
Identificar o problema problema existente e estipular sua
importância no contexto escolar
Analisar o problema de maneira
Observar holística e ampla, levando em
Planejar consideração vários pontos de vista
Definir quais são as causas para o
Analisar
problema existente
Elaborar plano de Definir um plano estruturado para
ação eliminar as causas do problema
Executar as ações Efetivamente executar o plano para
Executar
planejadas eliminar as causas
Verificar se o plano de ação
Verificar concebido obteve sucesso em
eliminar as causas dos problemas
Checar Caso o plano de ação não tenha
A ação gerou os gerado os resultados esperados,
resultados esperados? deve-se voltar à primeira etapa do
método
Padronizar rotinas e procedimentos
Padronizar para impedir que o problema volte a
Agir ocorrer
corretivamente Revisar o processo de resolução de
Concluir problemas para aprimorá-lo em
novas oportunidades
Método 8D
automotiva. Entretanto, seus princípios vêm sendo cada vez mais aplicados ao setor
indústria.
Isso é possível pelo fato de ser um método que preza pela aplicação em equipe,
trazendo uma série de visões e perspectivas para a resolução do problema; por
113
O Quadro 2 explicita as 8 etapas preconizadas pelo método e suas respectivas
114
que todas elas sejam realizadas, caso contrário o problema e suas causas não serão
devidamente endereçados.
Essa decomposição pode ser visualizada por meio da “Árvore de Problemas”, onde
os maiores são visualizados no topo. A cada nível da árvore, os problemas são
detalhados de forma específica, sendo decompostos em problemas menores.
interessadas.
Toda a análise é conduzida por fatos e dados que ajudam a esclarecer as hipóteses
• Definição do problema;
• Estruturação do problema;
• Desenvolvimento de análises;
• Síntese e recomendações.
Assim como nos outros métodos, é fundamental que a definição do problema seja
feita da maneira mais específica possível, devendo seguir os seguintes critérios: ser
objetivo e concreto; ser mensurável, ou seja, passível de acompanhamento e
medição; ser estruturado de forma que a sua resolução seja possível; ser escrito de
maneira que a sua resolução seja realista e alcançável; e, que possa ser resolvido
tempestivamente.
115
isto é, os aspectos que o originou. Essas causas (intermediárias), por sua vez, podem
responder o “porquê” de uma das causas apontadas, é dito que a causa raiz foi
encontrada.
A Figura a seguir ilustra uma árvore construída para uma escola, onde o problema
“notas dos alunos caíram na última avaliação do Ideb” foi colocado como questão-
116
Quanto melhor for a definição da causa raiz de um problema, mais fácil será resolvê-
lo. Observe que para as causas raízes dispostas no exemplo ilustrado na Figura , a
solução para cada uma delas pode ser facilmente identificada. Por exemplo, para
resolver a questão das mesas, cadeiras e ventiladores quebrados é preciso comprar
mobiliário novo ou reformá-lo para que a qualidade das aulas seja melhor e,
dificulta que todas as causas raízes sejam solucionadas, por isso é preciso priorizar.
precisam ser tratadas primeiro e quais podem ser postergadas. A priorização não
elimina as causas dos problemas, ela apenas os ordena para facilitar seu
gerenciamento.
Ao se definir qual causa raiz deve ser priorizada, é importante que o diretor e o vice-
diretor iniciem um processo de coleta de dados e fatos que comprovem que aquela
inicialmente se acreditava. Nessa situação, deve-se selecionar outra causa raiz para
Com a síntese feita a partir dos dados coletados, é possível ao diretor e vice-diretor
escolares obterem informações que os auxiliem na criação de ideias que possibilitam
enxergar o problema ou a oportunidade por meio de outras perspectivas.
plano de implementação e uma equipe responsável por sua execução, que seja
multidisciplinar e capaz de testar e implementar as soluções de modo correto.
117
Nessa situação, devem possuir clareza de quais problemas são mais importantes e
Para que o diretor e o vice-diretor não incorram nesse erro, existem técnicas que
podem ser utilizadas a partir dos achados da Árvore de Problemas para a priorização
do problema. Duas delas, de fácil compreensão e aplicação são a Matriz de
Aplicabilidade e Impacto e a Matriz GUT.
maneira focada e direcionada nas causas mais significativas para sua solução.
No caso de uma árvore muito grande é necessário cortar as partes menos relevantes.
A visão geral da árvore de problemas normalmente indica por qual caminho começar
Para saber em qual causa investir é necessário priorizar as causas raízes por meio de
Para encontrar quais são as soluções para as causas raízes mais factíveis e que devem
ser priorizadas, o gestor escolar deve atribuir pesos a cada uma das causas possíveis
impacto estratégico. A soma dos pesos atribuídos a cada uma das variáveis irá
impacto estratégico, portanto com menor nível de prioridade. Por outro lado, as
118
causas raízes posicionadas no quadrante verde são aquelas com maior facilidade
configura como uma situação cuja resolução tem um alto impacto na estratégia e
possui certa facilidade de resolução, posicionando-o no quadrante superior direito
(verde).
119
Matriz GUT
O Quadro enumera a escala de notas para atribuição a cada uma das dimensões da
Matriz GUT.
caso ele venha a acontecer. A urgência, por sua vez, é o tempo disponível ou até
mesmo necessário para resolver o problema. Por fim, é medido o quanto o problema
pode vir a se agravar e em que velocidade, resultando na sua tendência a piorar ou
120
Os problemas que aparecerem primeiro são aqueles a serem priorizadas. No Quadro
Figura .
(a queda das notas dos alunos no Ideb) devem ser destinados prioritariamente para
em que a unidade escolar tiver recursos (financeiros, de tempo, de pessoas etc.) para
finalidade.
Vale ressaltar que a Matriz GUT considera problemas quaisquer empecilhos que
impactam a organização, independentemente de serem problemas efetivamente,
causas intermediárias ou causas raízes. Nesse sentido, com vistas à obtenção dos
Essa quantidade de atividades que já fazem parte das atribuições do diretor e vice-
121
Nesse sentido, é fundamental que o diretor e o vice-diretor saibam delegar
Dentre os principais fatores que os levam a não delegar atividades estão o medo de
da gestão de certa maneira (uma vez que não dependem exclusivamente de uma
saberão quais atividades serão melhor desenvolvidas por cada um dos indivíduos,
favorecendo uma delegação adequada de atividades previstas nos planos de ação.
Coates e Breeze (1996) apresentam algumas etapas básicas que devem ser seguidas
122
• Comunicar aos demais professores e funcionários da unidade escolar quem está
responsável pela atividade;
O quadro a seguir pode ser utilizado pelo diretor ou vice-diretor como vistas à
decisão de delegação de atividades.
Não Delegue
1. É estratégico?
Compartilhe conhecimento e delegue
Sim
em momento futuro
Não Delegue
3. É urgente?
Assuma algumas atribuições mais
Sim
importantes e delegue outras
123
Esse acompanhamento é importante pois permite promover o aprendizado dos
resultados para seus beneficiários. Por isso, é fundamental que os diretores e vice-
esse processo não precisa ocorrer somente com outras unidades escolares estaduais,
sendo possível coletar informações de boas práticas com escolas particulares do
município, assim como com outras organizações que não sejam necessariamente da
variáveis.
124
las em sua realidade, é necessário analisá-las com vistas a compreender se as
Por fim, não necessariamente a aplicação de boas práticas de outro contexto vai
garantir a geração dos mesmos resultados, ainda que as devidas adaptações sejam
realizadas. Nesse momento, a experiência do diretor e do vice-diretor, somada a um
125
identificação de medidas corretivas capazes de auxiliá-los na busca por melhores
resultados.
126
Referências
COATES, J.; BREEZE, C. Delegar tarefas com segurança. Tradução M. Lúcia Leite Rosa.
São Paulo: Nobel, 2000.
LIEDTKA, J.; OGILVIE, T. Design for Growth, A Design tool Kit for managers. Columbia
Business School, 2011.
VRIES, H.; BEKKERS, V.; TUMMERS, L. Innovation in the Public Sector: A Systematic
127
8. Gestão Administrativa e Prestação de Contas
Essas atividades estão sob a responsabilidade dos gestores escolares, que devem
Ainda nesse contexto, é válido lembrar que o papel dos diretores e vice-diretores
que devem ser realizadas pelo diretor e pelo vice-diretor escolares. São elas:
128
Diretor escolar
professor;
Vice-diretor escolar
129
• Substituir o diretor em sua falta e nos seus impedimentos eventuais;
compartilhando com o mesmo a execução das tarefas que lhe são inerentes e
zelando pelo cumprimento da legislação e normas educacionais;
processos que são relevantes à unidade escolar e que demandam uma carga de
contas.
alunos e professores. A escola deve ser um local que apresente condições materiais
favorecendo a resolução de muitos dos problemas das unidades escolares tais como
desse enfoque, os sistemas de ensino têm se esforçado para destinar recursos para
130
mais deficitários ou impactando negativamente no processo de ensino-aprendizado
dos alunos.
Vale ressaltar que a unidade escolar só estará apta a continuar recebendo os recursos
dos diversos programas se o gestor prestar contas adequadamente (o que foi gasto,
quando e quanto). Portanto, outro aspecto de extrema relevância no que diz respeito
prejudicadas.
Embora não seja uma atividade finalística, esse fato não diminui a relevância da
131
Um planejamento bem definido, uma gestão financeira apropriada, o
administrativa.
relacionadas e interdependentes.
um deles.
ao Poder Público, seja ele na esfera estadual ou municipal, está sujeita aos princípios
norteadores da Administração Pública, previstos no artigo 37 da Constituição
Federal:
• Legalidade;
• Impessoalidade;
• Moralidade;
• Publicidade;
• Eficiência.
cumprimento da lei. Qualquer iniciativa na gestão pública deve ser tomada de acordo
com as leis, à parte de interesses pessoais. Esse princípio trata da valorização da lei e
132
da defesa da vontade da sociedade, opondo-se ao favoritismo e ao personalismo que,
lei. Esse princípio torna obrigatório que as atividades da gestão pública atuem em
conformidade com princípios éticos tal como enumerados nas normas jurídicas.
Qualquer conduta cujo fim seja o de confundir ou prejudicar o exercício dos direitos
publicamente, para que todos aqueles a quem interessar possam consultar livremente.
A Lei nº 12.527 de 2011, comumente chamada de Lei de Acesso à Informação (LAI),
exemplo, que no exercício de sua função beneficie um aluno em prol de outro – ferindo
o princípio da impessoalidade – desobedece aos princípios da gestão pública da
133
mesma forma que o gestor de uma unidade escolar que manipula um processo
A gestão democrática, tal como prevista no artigo 14 da LDB, dispõe que “os sistemas
equivalentes.”
escolares para que se engajem na gestão da unidade. Esse aspecto foi abordado no
módulo 2 do Curso de Certificação.
Araújo (2010) sugere que a gestão participativa compreende princípios e ações cujo
Para promovê-la, algumas ações especiais devem ser criadas, tanto pelos gestores
quanto pelos indivíduos envolvidos na unidade escolar. Lück (1996) enumera as
principais delas:
134
• Valorizar as capacidades e aptidões dos participantes;
especial, contabilizados no Censo Escolar do ano anterior, para que suas despesas
relacionadas à:
• Avaliação de aprendizagem; e
135
• Calcular os gastos corretamente: quanto mais detalhado for o planejamento,
• Prestar contas com transparência: a escola tem que prestar contas de seus
136
A etapa de Planejamento refere-se à análise dos recursos financeiros disponíveis para
Esse formato permite que gestores escolares tenham uma visão objetiva das
financiamento.
Cabe destacar que a definição de prioridades da unidade escolar deve estar alinhada
às orientações de todo o sistema educacional estabelecido pelo Ministério da
Educação. A UEE deve obedecer não apenas à legislação e aos normativos, mas
137
A etapa de Execução implica na utilização e no controle dos recursos financeiros sob
Os recursos que financiam a educação no Brasil encontram nos impostos pagos pela
sociedade sua fonte primária. Vale destacar que os impostos são uma modalidade
de tributo, isto é, uma prestação pecuniária obrigatória paga por pessoas físicas ou
jurídicas ao governo, previstas por lei, sem destinação específica. A União, os estados,
União compete destinar, no mínimo, 18% dos impostos recolhidos para a educação,
enquanto aos estados e municípios compete destinar 25% da receita resultante
desses tributos (CF, art. 212).
138
Esses recursos são transferidos após o repasse dos Fundos de Participação dos
o objetivo de torná-lo perene e ampliá-lo, são elas: a PEC 24/2017, a PEC 65/2019 e
a PEC 15/2015.
elaborado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (INEP). Isto significa que
o número de matrículas informado pelas unidades escolares, bem como seu perfil
(educação regular ou integral, urbana ou rural) definem o montante a ser distribuído.
educação;
139
IV – levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas visando precipuamente ao
transporte escolar.
Algumas despesas da unidade escolar não podem ser financiadas com recursos do
fora dos sistemas de ensino, que não vise, precipuamente, ao aprimoramento de sua
ou cultural;
(CACS), que são colegiados de representação social, isto é, não substituem os órgãos
140
de controle interno e externo a quem compete a atividade fiscalizatória. A atuação
Os procedimentos relativos aos CACS são regulamentados pela Portaria FNDE nº 481
de 2013. Esses conselhos são criados nos âmbitos da União, estados, Distrito Federal
a) 2 (dois) representantes do Poder Executivo Municipal, dos quais pelo menos 1 (um)
da Secretaria Municipal de Educação ou órgão educacional equivalente;
públicas;
Esses conselhos versam sobre a aplicação dos recursos do Fundeb que, como dito,
devem ser aplicados para custear despesas de financiamento da manutenção e
141
desenvolvimento do ensino. Então como são providas as demais despesas de uma
responsáveis para proceder com a adesão, bem como para a utilização correta dos
recursos.
A gestão financeira nas escolas públicas deve seguir todas as diretrizes estabelecidas
pela legislação do serviço público. Deste modo, a aquisição de bens e a contratação
142
de serviços por unidades escolares estão sujeitas à Lei nº 8.666/93, conhecida como
probidade. Isto significa que as compras “devem ser feitas segundo as normas legais,
ser destinadas à finalidade de interesse público que se contraponha a qualquer
interesse particular, obedecer a critérios éticos, ser divulgadas e zelar pelo bom uso
dos recursos públicos” (LÜCK, 2009, p. 113).
formal de competição entre pessoas jurídicas que desejam vender seus produtos ou
Vale ressaltar que existem diferentes modalidades de licitação. São elas (Lei Nº
8.666/93, art. 22):
143
Via de regra, a opção pela concorrência, tomada de preços ou convite é definida
com base no valor estimado de contratação. A opção pelo concurso ou pelo leilão
Obras e serviços de
Modalidades Compras e demais serviços
engenharia
Concorrência Acima de R$ 3,3 milhões Acima de R$ 1,43 milhões
Tomada de preços Até R$ 3,3 milhões Até R$ 1,43 milhões
Convite Até R$ 330 mil Até R$ 176 mil
Dispensa de licitação por
Até R$ 33 mil Até R$ 17,6 mil
baixo valor
Quando o valor do objeto de contratação é baixo, com base nos termos da Lei, a
licitação pode ser dispensada. Isto não significa que ela não pode ser realizada, mas
que é dispensável, cabendo ao gestor optar pelo procedimento a ser adotado. Além
nacional (inciso IX do art. 24). A relação completa deve ser verificada diretamente no
texto da legislação.
A Unidade Executora (UEx) é uma entidade da comunidade escolar que tem papel
crucial no processo de prestação de contas. As UExs são pessoas jurídicas de direito
144
privado, de fins não econômicos, que apoiam as escolas no que diz respeito ao
escola;
A UEx pode ser constituída sob a égide da Associação de Pais e Mestres (APM), da
Associação de Pais, Alunos e Mestres (Apam) ou do Caixa Escolar (CxE) e deve ser
administrada por uma Assembleia Geral, por sua Diretoria e pelos Conselhos
Deliberativo e Fiscal.
Para o recebimento dos recursos financeiros do PDDE, a UEx deve abrir uma conta
conta deve ser exclusiva. Isto significa que não é permitido que sejam realizadas
Cada unidade escolar, por meio de sua UEx, deverá elaborar a prestação de contas e
145
• Relação de Bens Adquiridos ou Produzidos, onde deverão estar relacionados os
• Extrato da conta bancária específica do PDDE, onde deverá ser comprovada toda
a movimentação dos recursos na conta bancária, com o resumo mensal da
aplicação financeira; e
Para fins de distinção, vale destacar que bens patrimoniais adquiridos compreendem
desses documentos deve atender a alguns critérios para que possam ser aceitos
146
recebimento dos serviços contratados ou dos produtos adquiridos, também
147
Referências
2019.
LÜCK, H. Gestão educacional: estratégia, ação global e coletiva no ensino. In: FINGER,
A. et al. Educação: Caminhos e perspectivas. Curitiba: Champagnat, 1996, p. 37.
148
LÜCK, H. Dimensões da gestão escolar e suas competências. Editora Positivo:
Curitiba, 2009.
149
9. Monitoramento e avaliação de resultados
9.1 A compreensão do ciclo PDCA aplicado à gestão escolar
Diretor e vice-diretor escolares são os responsáveis pela gestão escolar, que
Lück (2009) define o que vem a ser a gestão escolar: “constitui uma dimensão e um
24).
explicam esse desempenho apontam, como uma das mais relevantes, para os
inefetivo.
150
dotado de métodos e ferramentas de gestão que os permitam monitorar e avaliar
corretivamente.
Segundo Werkema (2013), o ciclo PDCA (Figura 8) é um método de gestão que indica
o caminho a ser percorrido para que se alcance as metas estabelecidas. Cada uma
das letras do nome do método indica uma macroetapa do ciclo:
• Planejar (P) consiste em definir metas, que simbolizam “onde se quer chegar”,
etapa anterior e coletar dados sobre a execução para que possam ser utilizados
na etapa seguinte;
151
Figura 8 – Ciclo PDCA de controle de processos (WERKEMA, 2013)
de decisões. Um dos principais papéis desta etapa é antecipar situações que podem
comprometer o desempenho futuro, a fim de que sejam evitadas (SILVA et al., 2019).
No contexto escolar, a etapa de planejamento é embasada pelas diretrizes
Uma unidade escolar que deseja reduzir a sua taxa de reprovação, por exemplo, deve
152
Em seguida, deve-se definir o que será feito para reduzir a taxa de reprovação atual
ao nível da meta estabelecida. Podem ser propostas ações e projetos internos que
meta. Essa etapa é fundamental para que o diretor e o vice-diretor sejam capazes de
nas avaliações após as aulas de reforço. Se for observada uma melhora nos
resultados desses alunos a ponto de garantir-lhes condições de aprovação, o diretor
153
que todos os alunos da escola possam participar das atividades no contraturno a fim
Se, por outro lado, não for observada melhora significativa, podem propor outras
ações para reduzir a reprovação dos estudantes, como um programa de
acompanhamento individual psicopedagógico para a identificação das causas do
Embora essenciais, Lück (2009) ressalta que não são práticas comuns na gestão
escolar tradicional, especialmente se observado o desconforto que causam ao refletir
para orientar a gestão escolar para resultados têm inserido o M&A na agenda dos
líderes escolares.
154
• Assegurar que as ações sejam realizadas de acordo com o planejamento,
planejamento;
outros pretendidos.
específico, pode variar quanto ao momento. Nesse sentido, existem quatro tipos de
avaliações possíveis:
155
• Intermediária: analisa o processo de implementação, afere os resultados
ciclo da iniciativa;
intervenção;
escolar, a sua realidade e quais são os objetivos, com vistas a selecionar a avaliação
156
Na etapa de definição do desempenho, os objetos de mensuração no contexto da
unidade escolar que possa ser medido. Alguns exemplos de objetos de mensuração
escolares são a alimentação escolar, o desempenho dos alunos e os níveis de
absenteísmo de professores e estudantes. A Agenda Estratégica Escolar apoia a
diretor e vice-diretor deve ter ao menos um indicador relacionado. É por meio dos
lo, mas não obtêm informações relevantes para subsidiar os esforços de melhoria
prejudicado e ineficaz.
157
Elementos Perguntas norteadoras
contexto das unidades escolares. Tem-se uma visão errônea sobre esse campo da
gestão, pois em geral M&A é visto como algo que pode restringir e controlar a
158
• Efetividade das ações educacionais realizadas no âmbito da UEE no sentido da
159
Coleta de dados
Registro e sistematização de
dados
Análise e interpretação de
dados
Compartilhamento e
disseminação dos resultados
Desenvolvimento de planos
de ação
interpretação dos dados são realizadas pelo diretor e vice-diretor, como forma de se
definir os entendimentos e as causas para o desempenho atual.
160
efetivamente qual é o seu nível/patamar de desempenho. Quando o diretor e vice-
por consequência, eles também não sabem quais aspectos devem ser tratados
prioritariamente.
• Distorção idade-série;
Distorção Idade-Série
anos de atraso escolar. Para delimitação desse indicador, a coleta de dados é feita
por meio do Censo Escolar, a partir da captura das informações das matrículas dos
alunos, incluindo a sua idade.
No Brasil, a criança inicia o ensino fundamental (EF) no 1º ano com 6 anos de idade,
sendo previsto que finalize o EF no 9º ano, com 14 anos de idade. Um aluno que
reprove ou abandone a escola por dois anos ou mais, durante seu processo de
e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para 2018, o resultado para esse
indicador é de 20%. Ou seja, para cada 100 alunos, aproximadamente 20 estão com
etapa de ensino e que por algum motivo pararam de frequentar a unidade escolar
durante o ano letivo.
161
Para que o aluno compute nesse indicador, ele deve voltar a se matricular no ano
seja, indica os alunos que cursaram todo o ano letivo na mesma unidade escolar e,
ano seguinte.
unidade escolar para cada um dos indicadores citados anteriormente, além de outros
que julgarem relevantes. Se não possuírem essa informação, não saberão o estágio
162
Nesse sentido, tanto o diretor quanto o vice-diretor escolares devem manter um
unidade escolar para mensurar aspectos do interesse da gestão. Para isso, eles
devem se preocupar em definir os seguintes elementos, que constituem a criação de
todo e qualquer indicador:
• Metas;
desempenho.
163
9.3 O fortalecimento de ações que estão dando certo e a redefinição de
prioridades para os casos de insucesso
Os processos de monitoramento e avaliação são capazes de gerar informações sobre
os resultados obtidos e, mais do que isso, delimitar quais são os planos de ação
necessários para a sua manutenção ou melhora. O êxito desse procedimento está na
Uma ação, por si só, não pode ser tida como bem ou malsucedida. É necessário que
existam parâmetros para balizar a avaliação, que estão definidos na estratégia da
unidade escolar e nas suas metas. Com base nelas, é possível apontar quais são as
iniciativas que dão certo, e que devem ser fortalecidas, e quais precisam ter as suas
Ações bem-sucedidas, portanto, são aquelas que contribuem com o alcance dos
resultados estratégicos. Uma escola que tem como meta o aumento do Ideb pode
(2008), uma vez identificadas as lições aprendidas é preciso registrá-las a partir, por
exemplo, em uma planilha eletrônica e deve conter as seguintes informações:
164
O registro dessas informações possibilita a disseminação das lições aprendidas e a
As ações bem-sucedidas, por sua vez, devem ser fortalecidas. Para isso, o diretor e
vice-diretor escolares podem padronizá-las, isto é, torná-las um procedimento
165
Os dados serão obtidos de forma
tempestiva? A relação de custo
Modelo de coleta benefício da coleta é positiva? A coleta
dos dados é manual ou automatizada?
Há modelos alternativos de coleta?
Existem premissas/cuidados para evitar
Premissas e cuidados na coleta
o viés na coleta de dados?
Os dados são coletados com acurácia e
qualidade? Existem mecanismos de
Verificação dos dados coletados
verificação da fidedignidade dos
dados coletados?
Quem recebe e analisa os dados? A
Responsável pela análise análise técnica dos dados é realizada
sem viés (com neutralidade)?
Existem recomendações ou cuidados
para a análise? Quais são os
Recomendações para a análise elementos necessários para atribuir
valor ao dado mensurado pelo
indicador?
Quais lições/constatações podem ser
obtidas a partir dessas informações?
Possíveis lições/constatações Essas informações propiciam o
aprendizado e subsidiam o processo
decisório?
Existem evidências ou fontes
Fontes complementares e evidências complementares que possam auxiliar a
fundamentar as análises?
resultados posteriormente.
realizará.
166
O Quadro 9 apresenta um modelo de ficha de controle utilizado por uma das escolas
Como já apresentado, é por meio das iniciativas ou planos de ação que é possível
sair do desempenho atual (onde se está) e alcançar ao desempenho desejado (onde
escolar).
167
É possível identificar na unidade escolar alguns projetos que estão consumindo
projetos devem passar por uma análise, pois a melhor opção pode ser o seu
encerramento, uma vez que não se vislumbrou a sua contribuição para os objetivos
acordados para a UEE. Essa lógica é bem representada visualmente pela figura a
seguir.
168
mais facilidade quais são as principais barreiras e, dessa forma, tomarem melhores
decisões.
Outro erro comum com relação à construção dos cronogramas relativos aos planos
de ação diz respeito à construção de um plano genérico, sem considerar a realidade
da unidade escolar, que não produzirá efeito e, muito menos, direcionará os esforços
169
Referências
ELLIOTT, J. Action research for educational change. Milton Keynes: Open University,
Press, 2004.
SILVA, R. O.; et al. O ciclo PDCA como proposta para uma gestão escolar eficiente.
Elsevier, 2013.
170
10. Elaboração do Plano de Gestão
10.1 Os requisitos e procedimentos legais para admissão nos cargos de diretor e
vice-diretor
O Decreto nº 16.385 de 2015 dispõe a respeito dos critérios e procedimentos para que
sejam preenchidos os cargos de diretor e vice-diretor escolares do Estado da Bahia. O
Decreto regulamenta o que está previsto no artigo 18 da Lei nº 8.261/02, que explicita que
realizado pela respectiva unidade escolar, após certificação dos candidatos aprovados na
comunidade escolar, a ser realizado nas unidades escolares da Rede Pública Estadual de
Ensino, em período e calendário a serem definidos pela Secretaria da Educação.
II. pais ou responsáveis por estudantes com frequência regular, inscritos no Sistema
de Gestão Escolar – SGE;
171
Educação Profissional do Estado da Bahia e os professores contratados sob o
Regime Especial de Direito Administrativo – REDA;
por meio do voto direto, secreto e facultativo, não podendo ocorrer o voto por
representação. É coordenado pela Comissão Seletiva Central, pelas Comissões de
meio de Portaria, sendo facultado à unidade escolar agregar outras metas de acordo com a
sua identidade;
V - ter experiência docente de, no mínimo, 02 (dois) anos na rede pública ou privada;
seletivo;
que exerceu o respectivo cargo, na hipótese de inscrição em novo processo seletivo interno;
172
VIII - apresentar atestado comprovando frequência mínima de 94% (noventa e quatro) na
unidade escolar durante o ano letivo, ficando assegurados os dispositivos constantes nos arts.
o seu mandato (4 anos). Possui o registro das estratégias e ações a serem adotadas pela
iniciativas que estejam em consonância com o Plano Nacional de Educação (PNE), o Plano
Estadual de Educação (PEE), o Plano Plurianual (PPA), a Base Nacional Comum Curricular
possam ser alcançados, operacionalizando o que está previsto no PPP. Deve estar
atualizado, ou seja, todas as ações da unidade escolar deverão ser registradas no Plano de
Gestão Escolar, com vistas a auxiliar na organização das atividades. Além disso, o
documento deve ser flexível para que, caso seja necessário, mudanças possam ser
173
De acordo com o artigo 21, § 2º, do Decreto nº 16.385/15, o Plano será acompanhado e
avaliado tanto pela Secretaria de Educação quanto pelo Colegiado Escolar, sendo um pré-
requisito para a participação no processo seletivo interno e futura ocupação nos cargos
de diretor e vice-diretor escolares.
está adequado ou inadequado e, com base nisso, traçar planos de ação, com suas
respectivas metas. O detalhamento de cada uma das dimensões é imprescindível para que
O modelo a seguir deve orientar a elaboração do Plano de Gestão Escolar pelos candidatos,
174
Plano de Gestão
Escolar
175
Novembro/2019
GOVERNADOR
Rui Costa
VICE-GOVERNADOR
SECRETÁRIO DA EDUCAÇÃO
SUBSECRETÁRIO
Danilo de Melo Souza
CHEFE DE GABINETE
176
Paulo Cézar Lisboa Cerqueira
Equipe de sistematização:
Luanda Machado
Maria de Fatima Costa
Carla Nogueira
José Carlos
Ivana Silva Santana da Cruz (estagiária)
Guiomar Florence de Carvalho
Sonia Freitas
Josane
177
PROCESSO SELETIVO INTERNO DE ELEIÇÃO PARA OS PLANO DE GESTÃO
CARGOS DE DIRETOR E VICE DIRETOR DE UNIDADE
ORIENTAÇÃO SEC Nº _______ / 2019
ESCOLAR DA REDE ESTADUAL DE ENSINO
O presente modelo de PLANO DE GESTÃO tem por objetivo precípuo atender ao que dispõe o artigo
_____ do Decreto nº ____/2019, bem como proporcionar que o candidato apresente à Secretaria da
Educação do Estado da Bahia - SEC propostas de ações a serem implementadas na Unidade Escolar
Estadual – UEE após o certame. A apresentação deste plano é pré-requisito para sua participação no
processo seletivo interno para os cargos de Diretor e Vice-diretor, no quadriênio 2019/2023.
A SEC publicou a Orientação nº ____/2019 que norteará a elaboração do PLANO DE GESTÃO da chapa
candidata e que deverá ser discutido com a comunidade escolar. Este plano será elaborado
178
considerando-se as dimensões: Gestão Escolar Democrática, Pedagógica e Administrativa / Financeira
subsidiado pelo diagnóstico da realidade escolar, realizado pelo candidato, onde serão identificadas as
potencialidades, necessidades e dificuldades com proposições de ações interventivas, pelos
conhecimentos acadêmicos já adquiridos e pelo curso preparatório de formação para os candidatos.
O PLANO DE GESTÃO deverá estar em consonância com o Plano Nacional de Educação – PNE, o Plano
Estadual de Educação – PEE, o Plano Plurianual – PPA, a Nova Base Nacional Comum Curricular - BNCC
e o Currículo Bahia.
TEL ( ) ...................................
PORTE: Situação do Imóvel: CÓD. MEC: CÓD. SEC: ANEXO (QUANTOS) ____
179
➢ CHAPA (CANDIDATOS)
11......... DIRETOR
VICE 1
VICE 2
180
Bibliotecário(a)
Coordenador
Vice-Diretor
Apoio Adm.
Pedagógico
1º emprego
Merendeira
cozinheira
Secretária
Estagiário
Professor
Vigilante
Servente
Diretor
Outros
Tipo servidor
Apoio
Total
Estatutário
REDA
Terceirizado
Estagio
1º Emprego
Total
Bibliotecário(a)
Coordenador
Vice-Diretor
Apoio Adm.
Pedagógico
1º emprego
Merendeira
cozinheira
Secretária
Estagiário
Professor
Vigilante
Servente
Outros
Tipo servidor
Apoio
Total
Estatutário
REDA
Terceirizado
Estagio
1º Emprego
Total
Escola ............
Anexo ............
➢ RECURSOS RECEBIDOS
PNAE OUTROS RECURSOS
FAED
PDDE
ALIMENTAÇÃO
Manutenção
ESCOLAR
181
182
2 – DIMENSÃO ADMINISTRATIVA/FINANCEIRA
comunidade escolar que viabilize a execução e prestação de contas dos recursos financeiros (receita,
aplicação e despesas) disponíveis para a unidade escolar com vistas a ofertar uma educação de
qualidade.
DIAGNÓSTICO
Condições de Uso e Oferta
Adequad Inadequad
Espaço Observação
o o
Almoxarifado
Área de serviço
Auditório
Circulações internas
Cozinha
Dispensa
Diretoria
Refeitório
Sala de aula
183
Sala de leitura ou biblioteca
Sala de professores
Sala de TV e vídeo
Secretaria
Alimentação escolar
Livros didáticos
Fardamento
Transporte Escolar
SITUAÇÃO
DIFICULDADES OBSERVADAS
DIMENSÃO
ADMINISTRATIVA
/ FINANCEIRA POTENCIALIDADES
184
AÇÃO(ÕES) ENVOLVIDOS PÚBLICO- RECURSOS PERÍODO RESPONSÁVEIS AVALIAÇÃO
ALVO
SITUAÇÃO
DIFICULDADES OBSERVADAS
DIMENSÃO
ADMINISTRATIVA
/ FINANCEIRA POTENCIALIDADES
SITUAÇÃO
DIMENSÃO
ADMINISTRATIVA DIFICULDADES OBSERVADAS
/ FINANCEIRA
POTENCIALIDADES
185
META ESTABELECIDA CARACTERIZAÇÃO DA META MÉTRICA(%) PERIODICIDADE
O Plano Nacional de Educação – PNE Lei 13.005/14, na Meta 19, propõe “assegurar condições para a
O Capítulo XII da Constituição do Estado da Bahia, promulgada em 1989, traz no seu Artigo 249 que “a
gestão do ensino público será exercida de forma democrática, garantindo-se a representação de todos
2.3.1 DIAGNÓSTICO
ÀS Observação
INDICADORES SIM NÃO
VEZES
186
2.3.1 DIAGNÓSTICO
ÀS Observação
INDICADORES SIM NÃO
VEZES
As informações circulam de
maneira rápida e precisa entre a
comunidade escolar?
187
2.3.1 DIAGNÓSTICO
ÀS Observação
INDICADORES SIM NÃO
VEZES
Os professores participam de
formações?
Os funcionários participam de
capacitações?
O número de funcionários é
suficiente para atender a UEE
A alimentação escolar é de
qualidade e satisfatória?
SITUAÇÃO
DIFICULDADES OBSERVADAS
DIMENSÃO
GESTÃO
ESCOLAR
POTENCIALIDADES
DEMOCRÁTICA
188
AÇÃO(ÕES) ENVOLVIDO PÚBLICO- RECURSOS PERÍODO RESPONSÁVEIS AVALIAÇÃO
S ALVO
SITUAÇÃO
DIFICULDADES OBSERVADAS
DIMENSÃO
GESTÃO
ESCOLAR
POTENCIALIDADES
DEMOCRÁTICA
DIMENSÃO
GESTÃO
SITUAÇÃO
ESCOLAR
DEMOCRÁTICA
189
DIFICULDADES OBSERVADAS
POTENCIALIDADES
190
4.0 – DIMENSÃO PEDAGÓGICA
Quando se fala em qualidade, logo vem à mente um padrão a ser seguido e metrificado. No entanto
quando tratamos da qualidade na educação, é necessário saber que não existe um padrão ou receita
única, pois qualidade nessa seara é dinâmica, processual e depende dos contextos socioculturais e da
própria comunidade escolar, nas suas reflexões, autonomia e proposições para atingir a qualidade.
➢ ENSINO PROFISSIONAL
Estudantes Total
A Educação Profissional (EPI, EPITI, PROEJA Médio, Proeja Fundamental e Subsequente) deverá ser reproduzida de
forma a contemplar as informações pertinentes.
191
4.2 INDICADORES DO IDEB
MÉDIA MÉDIA
META PROJETADA META PROJETADA
OBSERVADA OBSERVADA
IDEB IDEB
ANO ANO
2015 2017 2019 2021 2015 2017 2019 2021
CRÍTICO CRÍTICO
Brasil Brasil
Rede Rede
Estadual Estadual
Rede Rede
Municipal Municipal
Da Escola Da Escola
Distorção Distorção
Reprovad Abandon Reprovad Abandon Distorção
ANO Aprovado ReprovadoAbandono Idade- ANO Aprovado Idade- ANO Aprovado
o o o o Idade-Série
Série Série
2015
2017
192
4.3.2 Distribuição do percentual dos alunos do 5º ano do ensino fundamental por nível de proficiência de Língua Portuguesa/2017
Abaixo
Disciplina do Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 Nível 6 Nível 7 Nível 8 Nível 9 Nível 10
Nível 1
Língua
Portuguesa
Matemática
4.3.4 Distribuição do percentual dos alunos do 9º ano do ensino fundamental por nível de proficiência de Língua Portuguesa –
2017
Abaixo do
Disciplina Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 Nível 6 Nível 7 Nível 8 Nível 9
Nível 1
Língua
Portuguesa
Matemática
ÀS Observação
INDICADOR SIM NÃO
VEZES
A AC é realizada semanalmente?
193
4.4 DIAGNÓSTICO PEDAGÓGICO
ÀS Observação
INDICADOR SIM NÃO
VEZES
Os professores e estudantes
desenvolvem atividades para resolução
dos problemas da comunidade local?
Os professores respeitam e
compreendem o tempo de aprender de
cada estudante?
194
4.4 DIAGNÓSTICO PEDAGÓGICO
ÀS Observação
INDICADOR SIM NÃO
VEZES
195
Visando facilitar o acompanhamento das metas e indicadores das Unidades Escolares
Estaduais – UEE, a SEC indica os temas geradores constantes no Currículo Bahia e na BNCC,
facilitando, desse modo, o acompanhamento, o monitoramento e a avaliação desses
indicadores, para posterior replanejamento das ações executadas pelas UEE. Na busca de
melhores resultados no ensino e na aprendizagem de seus estudantes deve-se apresentar no
mínimo 3 (três) ações.
196
SITUAÇÃO: Relações de Gênero e Sexualidade
DIMENSÃO
PEDAGÓGICA DIFICULDADES OBSERVADAS
POTENCIALIDADES
DIFICULDADES OBSERVADAS
DIMENSÃO
PEDAGÓGICA
POTENCIALIDADES
197
1
DIFICULDADES OBSERVADAS
DIMENSÃO
PEDAGÓGICA
POTENCIALIDADES
DIFICULDADES OBSERVADAS
DIMENSÃO
PEDAGÓGICA
POTENCIALIDADES
198
META ESTABELECIDA CARACTERIZAÇÃO DA META MÉTRICA( PERIODICIDA
%) DE
DIMENSÃO
PEDAGÓGICA POTENCIALIDADES
199
SITUAÇÃO: Permanência do Estudante na Unidade Escolar
DIFICULDADES OBSERVADAS
DIMENSÃO
PEDAGÓGICA POTENCIALIDADES
DIMENSÃO
PEDAGÓGICA POTENCIALIDADES
200
AÇÃO(ÕES) ENVOLVIDO PÚBLICO- RECURSOS PERÍODO RESPONSÁVEIS AVALIAÇÃO
S ALVO
DIMENSÃO
PEDAGÓGICA POTENCIALIDADES
201
SITUAÇÃO: Distorção idade-série na Unidade Escolar
DIFICULDADES OBSERVADAS
DIMENSÃO
PEDAGÓGICA POTENCIALIDADES
202
203
Ações de Intervenção
Prazo Recurso
Ação / Atividade Responsável
Início Fim Capital Custeio Fonte
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Observações
Intervenções
204
REGISTRO FOTOGRÁFICO
( )-
, / /
205
DIMENSÃO Ação a ser Data de
Etapas Responsável Produtos
ADMINISTRATIVA implementada Início Fim
206