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Bom dia!

Chegamos a mais uma aula de Direito Administrativo! Nossa 6ª e última aula.

Espero que você tenha aproveitado o nosso curso e estudado todos os


assuntos vistos na aula.

Mas ainda não acabou! Hoje veremos o assunto “Servidores Públicos”. Iremos
estudar a Lei nº 8.112/90 uma vez que esta foi recepcionada pelo Distrito
Federal pela Lei nº 197/91, conforme previsão do edital.

O assunto da aula 06 é o seguinte:

Lei nº 8.112/1990, adotada pelo Distrito Federal por meio da


AULA 06 Lei nº 197, de 4/12/1991.

Vamos à aula de hoje?

Bons estudos!!

Patrícia Carla

Twitter - @profapatricia

E-mail: patriciacarla@pontodosconcursos.com.br

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Iniciamos a nossa aula com uma questão acerca da estabilidade. Antes de
comentá-la, vamos fazer uma introdução ao regime jurídico dos servidores
públicos da União, ou seja, a Lei nº 8.112/90.

Agentes Públicos

É todo aquele que exerce algum tipo


de serviço para o Estado, ainda que
Conceito transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer
outra forma de investidura ou vínculo,
mandato, cargo, emprego ou função.

Agentes políticos: São os que


compõem os altos escalões do
Governo, como Presidente da
República, Governador, Prefeito,
Senador, Deputado, Vereador e
Magistrado, com características,
prerrogativas e privilégios próprios,
Espécies em geral estabelecidos pela
Constituição Federal;
Agentes em delegação: São aqueles
particulares que recebem do Estado a
competência para executar
determinada atividade pública, ou
prestação de serviço público ou,
ainda, construção de obra pública.
Citem-se os leiloeiros, peritos,
tradutores, concessionários,
permissionários e autorizatários.
Servidores públicos em sentido
amplo: são todos os que prestam
serviços ao Estado, incluindo a
Administração Pública Indireta, tendo
vínculo empregatício e pagos pelos
cofres públicos. São também
chamados de agentes administrativos.
Nessa classificação estão tanto os
servidores estatutários, sujeitos ao
regime legal (Lei nº 8.112/90), quanto
os empregados públicos, do regime
contratual, além dos temporários,
nos termos do art. 37, IX, da CF/88.
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São os titulares de cargos públicos e
estão sujeitos ao regime legal, ou
estatutário, pois é lei de cada ente da
Servidor estatutário federação (União, Estados-membros,
Distrito Federal e Municípios) que
estabelece as regras de
relacionamento entre os servidores e
a Administração Pública.

São aqueles contratados, seguindo o


regime trabalhista, próprio da
iniciativa privada. Assim, devem
obedecer a Consolidação das Leis do
Empregados públicos Trabalho (CLT), bem como as regras
impostas pela CF/88, como acesso
mediante concurso público (art. 37, II,
CF/88), limitações de remuneração
(art. 37, XI, CF/88) e acumulação
remunerada de cargos e empregos
públicos (art. 37, XVI e XVII, CF/88).

São aqueles contratados para


atividades transitórias, emergenciais,
submetidos a um regime jurídico
especial, como, na esfera federal,
Temporários disciplinado pela Lei nº 8.745/93. A lei
que trate desse tipo de situação não
pode estabelecer hipóteses
abrangentes e genéricas de
contratação temporária, sem a
especificação da contingência fática
que evidencie tal situação
excepcional, sob pena de
inconstitucionalidade. Essa classe
está prevista, como mencionado, no
art. 37, IX, da CF/88, e também tem
seus litígios submetidos à Justiça
Federal, quando contratados por
entidade dessa esfera

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Estabilidade: É uma garantia de ordem constitucional deferida aos ocupantes
de cargos públicos de provimento efetivo, com o intuito de assegurar sua
permanência no cargo, enquanto atendidos os requisitos legais.

Para que o servidor adquirir a sua estabilidade, ele terá que preencher os
seguintes requisitos:

I – Requisitos Objetivos:
a) nomeação para cargo de provimento efetivo em virtude de
concurso público;
b) 03 anos de efetivo exercício (CF/88, art. 41, caput);

II – Requisitos subjetivos:
a) aprovação no estágio probatório, sob pena de exoneração
(art. 20, § 2º);
b) aprovação na avaliação especial de desempenho
efetivada por comissão instituída para essa finalidade (CF/88,
art. 41, § 4º).

O servidor estável poderá perder o seu cargo em 04 situações (artigos 41 e


169, CF/88):

a) Em virtude de sentença judicial transitada em julgado;


b) Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla
defesa;
c) Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho;
d) Para o cumprimento dos limites com a despesa com pessoal ativo e
inativo.

O servidor deverá ter a sua capacidade avaliada todo tempo e não apenas
durante o estágio probatório. Assim, no momento em que ele deixar de atender
às expectativas da Administração, poderá, após um procedimento adequado,
perder o cargo, ainda que seja estável no serviço público.

Não podemos confundir o conceito de estabilidade com estágio probatório:

Estágio probatório: É o período a que se submete todo o servidor nomeado


para cargo de provimento efetivo, durante o qual a sua aptidão e capacidade
serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo (art. 20). No decorrer
desse tempo, será ele constantemente avaliado, a fim de se confirmarem suas
qualidades para o bom desempenho da atividade própria do cargo, qualidades

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essas que, de início, presumem-se existentes com a aprovação em concurso
público.
Durante o efetivo exercício das atribuições do cargo, deverá ele comprovar ser
merecedor da confiança estatal, permanecendo no cargo, se for aprovado, por
tempo indeterminado, só o perdendo diante das situações previstas na
legislação.
Assim, atendidos os requisitos legais, entre eles a aprovação no estágio, o
servidor adquire estabilidade no serviço público, instituto que será amplamente
estudado no tópico seguinte.
Informativo 391, STJ: ESTÁGIO PROBATÓRIO. ALTERAÇÃO. PRAZO. Em
mandado de segurança, discute-se o prazo a ser considerado para inclusão de
procurador federal em listas de promoção e progressão na carreira: se o prazo
para o estágio probatório de dois anos nos termos do art. 20 da Lei n.
8.112/1990 – reproduzido no art. 22 da LC n. 73/1993 (Lei Orgânica da
Advocacia-Geral da União) e em outros estatutos de servidores públicos – ou o
prazo de aquisição de estabilidade no serviço público, de 3 anos, conforme
disposto no art. 41 da CF/1988 (com a redação dada pela EC n. 19/1998). Para
o Min. Relator, o prazo de estágio probatório dos servidores públicos deve
observar a alteração promovida pela EC n. 19/1998, que aumentou para
três anos o prazo para aquisição da estabilidade no serviço público, visto
que, apesar de esses institutos jurídicos (estágio probatório e
estabilidade) serem distintos entre si, de fato, não há como dissociá-los,
ambos estão pragmaticamente ligados. Observa que a finalidade do estágio
é fornecer subsídios para a estabilização ou não do servidor público. Assim,
não faz sentido que o servidor público seja considerado apto para o cargo num
estágio probatório de dois anos e apenas, após três anos do efetivo exercício
vir a ser estabilizado no mesmo cargo. Destaca que segundo a doutrina
quando a EC n. 19/1998 diz que os servidores são estáveis após três anos,
esse prazo só pode ser de estágio probatório. Ademais, no antigo
entendimento, haveria também a circunstância de que, a partir do segundo
ano, o servidor perderia o direito à recondução (art. 29, I, da Lei n. 8.112/1990).
Sendo assim, o estágio probatório é o período compreendido entre o início
do exercício do cargo e a aquisição de estabilidade no serviço público,
que se dá após três anos. Aponta ser também essa a opinião do STF, que
considerou ser a nova ordem constitucional do citado art. 41 imediatamente
aplicável. Ressalta que havendo autorização legal, o servidor público pode
avançar na carreira independentemente de se encontrar em estágio probatório.
No caso dos autos, há a Portaria n. 468/2005 da Procuradoria-Geral Federal
que restringiu a elaboração e edição de listas de promoção e progressão aos
procuradores federais que houvessem findado o estágio probatório entre 1º de
julho de 2000 a 30 de junho de 2002. De modo que, no momento da
elaboração das listas, como o impetrante não concluiu o requisito no lapso
temporal do efetivo exercício para conclusão do período do estado probatório,
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não pode figurar nas listas de promoção e progressão funcional. Com esse
entendimento, a Seção mudou seu posicionamento quanto ao estágio
probatório e denegou o MS. (grifou-se)
Hoje, esse é o entendimento a ser usado em provas de concursos!!!
Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo
ficará sujeito a estágio probatório, pelo período de trinta e seis meses,
durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o
desempenho do cargo, observados os seguintes fatores (art. 20):
I – assiduidade;
II – disciplina;
III – capacidade de iniciativa;
IV – produtividade;
V – responsabilidade.
Em caso de não-aprovação do servidor no estágio probatório, dois caminhos
foram previstos (art. 20, § 2o):
I – se detinha estabilidade no cargo anteriormente ocupado, será
reconduzido a ele.
II – se não se enquadrar na possibilidade anterior, será exonerado.
No primeiro caso, encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será
aproveitado em outro (art. 29).

Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que


preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros,
na forma da lei (art. 37, I, da CF/88).

Cargo:

Lei nº 8112/90, art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e


responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser
cometidas a um servidor.

Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são


criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres
públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.

Requisitos básicos para investidura em cargo público:

I - a nacionalidade brasileira;
II - o gozo dos direitos políticos;
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V - a idade mínima de dezoito anos;
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VI - aptidão física e mental.
A relação dos requisitos é meramente exemplificativa, podendo a lei exigir
outros, de acordo com as atribuições do cargo. Incabível restringir, no Edital do
Concurso, o que a lei não limitou.
Súmula 686, do STF: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a
habilitação de candidato a cargo público.
A exigência de habilitação para o exercício do cargo objeto do certame dar-se-
á no ato da posse e não da inscrição do concurso (STF, RE 392.976/MG, DJ
08/10/2004).

Os cargos em comissão são os de livre nomeação e exoneração, não


necessitam de concurso público e não oferecem qualquer garantia de
permanência ao seu titular, posto que transitórios. Essa característica é dada
pela lei que cria o cargo, nos casos em que é necessário um liame de
confiança entre determinada autoridade e o titular de cargo de direção, chefia
ou assessoria. A lei também indica a autoridade competente para fazer a
nomeação.
É o caso dos assessores ou diretores, onde é fundamental o envolvimento
entre estes e a autoridade que os nomeia.
Apesar de ser livre a nomeação, a lei pode estabelecer certas regras, o que
não desvirtua essa característica do cargo. Assim, pode determinar idade
mínima de vinte e um anos, como no citado caso dos Ministros de Estado (art.
87, CF/88), exigir diploma de bacharel em Direito, para os Diretores de
Secretaria na Justiça Federal, proibir nomeações de determinados parentes
etc.
A exoneração não precisa ser motivada, sendo ato puramente discricionário
da autoridade competente para nomear; diz-se, por isso, que a exoneração é
ad nutum.

Emprego:

Emprego público é um conjunto de atribuições, mas que se diferencia do cargo


pelo vínculo que une seus titulares ao Estado. Assim, o estatutário (regido por
um estatuto que no âmbito federal é a Lei nº 8112/90) será titular de um cargo
(ex. servidor do INSS, TRE), já o empregado (regido pela CLT) será titular de
um emprego (ex. empregado dos Correios, Banco do Brasil, Petrobras).

Função:

Já a função refere-se a uma atribuição específica, pelo poder Público, a um


agente. É o acréscimo de algumas atribuições àquelas já destinadas ao
agente, no que concerne à chefia, direção ou assessoramento. Assim, exige-se
que, para exercê-la, já seja concursado.

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Art. 37, V, da CF/88: As funções de confiança, exercidas exclusivamente por
servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem
preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais
mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia
e assessoramento.

Vamos sintetizar tudo?

1. O gênero agentes públicos abrange todas as pessoas que, de uma


forma ou de outra, mesmo que transitoriamente e sem remuneração,
prestam algum tipo de serviço ao Estado;
2. Entre os agentes, encontram-se três espécies principais, quais sejam, os
agentes políticos, os agentes em delegação e os servidores públicos.
3. A estabilidade é uma garantia de ordem constitucional deferida aos
ocupantes de cargos públicos de provimento efetivo, com o intuito de
assegurar sua permanência no cargo, enquanto atendidos os requisitos
legais.
4. São quatro as possibilidades de perda do cargo do servidor estável: I –
em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II – mediante
processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III –
mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho; IV –
para o cumprimento dos limites com a despesa com pessoal ativo e
inativo.

1. (FCC/DPE-SP/Oficial/2010) Em relação ao servidor público ocupante de


cargo efetivo pode-se afirmar:

(A) adquire estabilidade após dois anos de efetivo exercício no cargo.

(B) perde o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou


mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada a ampla defesa.

(C) perde o cargo após dois anos de efetivo exercício e apenas mediante
decisão administrativa transitada em julgado.

(D) adquire estabilidade com a aprovação no concurso público para provimento


do cargo.

(E) perde o cargo por meio de decisão administrativa somente se já adquiriu


estabilidade.

Gabarito: B

Comentários:

Em relação ao servidor público ocupante de cargo efetivo pode-se afirmar:

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(A) adquire estabilidade após dois anos de efetivo exercício no cargo.

Errado! Após três anos de efetivo exercício no cargo (CF/88, art. 41, caput)

(B) perde o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou


mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada a ampla defesa.

Correto! Além dessas duas hipóteses, o servidor estável poderá perder o seu
cargo também em outras situações (artigos 41 e 169, CF/88):

a) Em virtude de sentença judicial transitada em julgado;


b) Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada
ampla defesa;
c) Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho;
d) Para o cumprimento dos limites com a despesa com pessoal ativo e
inativo.
(C) perde o cargo após dois anos de efetivo exercício e apenas mediante
decisão administrativa transitada em julgado.

Errado! Não existe essa previsão de perda do cargo após dois anos de
efeDecisão administrativa não transita em julgado, apenas decisão judicial.

(D) adquire estabilidade com a aprovação no concurso público para provimento


do cargo.

Errado! Ah, se fosse assim seria tão bom!

Para que o servidor adquirir a sua estabilidade, ele terá que preencher os
seguintes requisitos:

I – Requisitos Objetivos:
a) nomeação para cargo de provimento efetivo em virtude de
concurso público;
b) 03 anos de efetivo exercício (CF/88, art. 41, caput);

II – Requisitos subjetivos:
a) aprovação no estágio probatório, sob pena de exoneração
(art. 20, § 2º);
b) aprovação na avaliação especial de desempenho
efetivada por comissão instituída para essa finalidade (CF/88,
art. 41, § 4º).

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(E) perde o cargo por meio de decisão administrativa somente se já adquiriu
estabilidade.

Errado! Mesmo sem ter adquirido a tão sonhada estabilidade ele poderá perder
o seu cargo.

Portanto, correta a letra B.

2. (FCC/MPE-RN/Agente/2010) Considere as seguintes afirmações:

I. Provimento é o ato de preenchimento de cargo ou função pública vago,


atribuindo-lhe um titular.

II. Transferência e readaptação não são formas de provimento.

III. Promoção e aproveitamento são formas de provimento.

IV. O provimento realiza-se mediante ato da autoridade competente de cada


Poder ou órgão equivalente e só produz efeitos a partir de sua publicação no
jornal oficial, vedada a delegação.

V. As funções são providas mediante nomeação.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I, II e IV.

(B) I e III.

(C) III, IV e V.

(D) III e V.

(E) IV e V.

Gabarito: B

Comentários:

I. Provimento é o ato de preenchimento de cargo ou função pública vago,


atribuindo-lhe um titular.

Correto! provimento é o ato administrativo pelo qual se preenche o cargo vago,


ou seja, é a atribuição desse conjunto de competências a alguém. A investidura
em cargo público ocorrerá com a posse (art. 7º, 8112/90).

II. Transferência e readaptação não são formas de provimento.

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Errado! A readaptação é uma forma de provimento. A ascensão e a
transferência estavam previstas nos incisos III e IV do art. 8º, da Lei nº
8112/90, revogados pela Lei nº 9527/97, embora já considerados
inconstitucionais há muito pelo STF.

Súmula 685, STF: É inconstitucional toda modalidade de provimento que


propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público
destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual
anteriormente investido.

III. Promoção e aproveitamento são formas de provimento.

Correto!

Art. 8o São formas de provimento de cargo público:

I - nomeação;

II - promoção;

III - ascensão;(Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

IV - transferência; (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

V - readaptação;

VI - reversão;

VII - aproveitamento;

VIII - reintegração;

IX - recondução.

IV. O provimento realiza-se mediante ato da autoridade competente de cada


Poder ou órgão equivalente e só produz efeitos a partir de sua publicação no
jornal oficial, vedada a delegação.

Errado!

Art. 6o O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade


competente de cada Poder.

É possível a delegação do ato de provimento (CF/88, art. 84, XXV e parágrafo


único).

V. As funções são providas mediante nomeação.

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Errado! A função refere-se a uma atribuição específica, pelo Poder Público, a
um agente. Ou seja: é o acréscimo de algumas atribuições àquelas já
destinadas ao agente, no que concerne à chefia, direção ou assessoramento.
Assim, exige-se que, para exercê-la, já seja concursado.

Portanto, correta a letra B.

3. (FCC/MPE-RN/Agente/2010) Forma de provimento quando o Agente, devido


à limitação física, adquirida no exercício das funções do cargo de origem,
passa a exercer atribuições compatíveis com sua situação atual. Trata-se da

(A) reversão.

(B) recondução.

(C) readaptação.

(D) recolocação.

(E) transposição.

Gabarito: C

Comentários:

Provimento originário: é aquele se refere a um vínculo inicial do servidor


ao cargo, este depende de vínculo anterior dele com a Administração Pública.
De acordo com a atual previsão constitucional, a única forma de provimento
originário possível é através da nomeação (ou contratação, se celetistas).
Provimento derivado: há um vínculo prévio entre quem está sendo
investido em novo cargo e a Administração Pública. Diversas são as
hipóteses em que isso pode ocorrer, e o Estatuto, em seu art. 8º, tratou delas:

Art. 8o São formas de provimento de cargo público:

I - nomeação;

II - promoção;

III - ascensão;(Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

IV - transferência; (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

V - readaptação;

VI - reversão;

VII - aproveitamento;
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VIII - reintegração;

IX - recondução.

O acesso, ou ascensão, que seria provimento sem concurso público,


representando a passagem de uma carreira para outra, foi julgado
inconstitucional pelo STF. Exemplo disso seria a ascensão de Analista
Tributário da Receita Federal para o cargo de Auditor Fiscal, pela simples
passagem do tempo, sem concurso externo em igualdade de condições com
todos os candidatos, ou ainda, de Agente da Polícia Federal para Delegado
nas mesmas circunstâncias.
Já a transferência, que é a passagem de servidor de um cargo para outro,
pertencente a quadro de pessoal diverso, sem o indispensável concurso
público, foi também declarada inconstitucional.

NOMEAÇÃO: Como já dito anteriormente, a nomeação é a única possibilidade


de provimento originário de cargo público diante da atual Carta Política,
precedida necessariamente de concurso público, exceto nos casos de cargos
em comissão, preenchidos por pessoas de confiança da autoridade
competente.

PROMOÇÃO: A promoção é forma de provimento pela qual o servidor passa


para cargo de maior grau de responsabilidade e maior complexidade de
atribuições, dentro da carreira a que pertence. Constitui uma forma de
ascender na carreira. Distingue-se da transposição porque, nesta, o servidor
passa para cargo de conteúdo ocupacional diverso, ou seja, para cargo que
não tem a mesma natureza de trabalho. A Emenda Constitucional nº 19 trouxe
uma novidade ao exigir, como requisito para promoção, a participação em
cursos de formação e aperfeiçoamento em escolas de governo.
Segundo o § 2º do art. 39 da CF/88, “a União, os Estados e o Distrito Federal
manterão escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos
servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos
requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de
convênios ou contratos entre os entes federados”.

READAPTAÇÃO: Por readaptação entende-se a investidura do servidor em


cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que
tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção
médica (art. 24).

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Ela se dá quando não é possível ao servidor seguir no desempenho das
atividades do cargo, por alguma limitação que tenha sofrido, que pode ser tanto
física quanto mental. Importante ressaltar que a limitação citada não o impede
de seguir laborando em outro cargo, compatível com ela. Se for de tal
gravidade que torne inviável o exercício de qualquer atividade, deve o servidor
ser aposentado por invalidez (art. 40, § 1º, I, CF/88 e art. 24, § 1º do Estatuto).
É o caso do motorista acidentado que perdeu as pernas, que pode ser
readaptado para agente administrativo ou ascensorista. Esse provimento é
horizontal, ou seja, não pode haver acréscimo de vencimentos nem
responsabilidades, e deve ser precedida de decisão de junta médica
específica para tal fim.
Em não havendo vaga aberta, o readaptado entrará em exercício como
excedente, até que uma desocupe, quando essa vaga temporária do
excedente desaparecerá (art. 24, § 2º).
Exercício como excedente significa que ao servidor será criado uma
espécie de cargo virtual, de existência efêmera, enquanto não vagar um já
existente. O cargo virtual desaparecerá no momento em que surgir uma vaga
entre os cargos legalmente previstos.

REVERSÃO: O aposentado tem duas formas de retorno à ativa por provimento


derivado. A primeira é daquele aposentado por invalidez que deixou de ser
inválido, declarada essa situação por junta médica (art. 25, I). Neste caso,
como é de interesse da Administração Pública, encontrando-se provido o
cargo, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência
de vaga (art. 25, § 3º), da mesma forma que no caso da readaptação
retromencionado. Então, ficando curado o servidor, deverá ele voltar à ativa,
estando obrigado a entrar em exercício se a Administração assim determinar.
Alterou-se a redação do artigo citado através de diversas Medidas Provisórias
reeditadas ao longo do tempo, até a última edição, que levou o número 2.225-
45, em 04/09/2001, ainda válida, e que criou uma segunda hipótese de
reversão. Essa segunda possibilidade de ocorrência de reversão dá-se no
interesse da Administração, desde que sejam atendidos, pelo aposentado, os
seguintes requisitos:
I – tenha solicitado a reversão;
II – a aposentadoria tenha sido voluntária;
III – estável quando na atividade;
IV – a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à
solicitação;
V – haja cargo vago.

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Ressalte-se que os cinco requisitos são cumulativos, ou seja, na falta de
qualquer deles, não será possível a reversão a pedido. Cite-se, em especial, o
último, que exige cargo vago. Para que se evite possível confusão, veja que no
caso de ex-inválido que sofre reversão, não havendo cargo vago, exercerá as
atribuições como excedente. Neste segundo caso, não havendo vaga, não
poderá ser deferido o pedido.
Em ambas as hipóteses, a reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo
resultante de sua transformação (art. 25, § 1º) e não poderá ser efetivada no
caso de aposentado que já tenha completado setenta anos de idade (art. 27).
O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para
concessão da aposentadoria (art. 25, § 2º), podendo, como deverá ocorrer,
complementar o tempo necessário para se aposentar com proventos integrais,
se for servidor ingressado no serviço público antes da EC nº 41/2003.
No que diz respeito à remuneração, o servidor que retornar à atividade por
interesse da Administração perceberá, em substituição aos proventos da
aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com as
vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria,
revertendo os prejuízos financeiros que eventualmente teve com a
aposentadoria (art. 25, § 4º).

APROVEITAMENTO: É o retorno ao serviço público daquele que estava em


disponibilidade. Esta, por sua vez, nada mais é que não trabalhar, mas estar à
disposição do Estado, remunerado, por isso, proporcionalmente ao tempo de
serviço, segundo a nova redação do § 3º, do art. 41, e do § 9º, do art. 40,
ambos da CF/88. A disponibilidade é exclusividade de servidor estável.
O aproveitamento, ou a disponibilidade no caso de não existir vaga, ocorre em

duas situações constitucionalmente previstas:

I – extinção de cargo ou declaração de sua desnecessidade (art. 41, § 3º,


CF/88);
II – reingresso do servidor ilegalmente desligado de seu cargo, quando
não seja possível reconduzir o atual ocupante ao cargo antigo ou
aproveitá-lo em outro cargo (art. 41, § 2º, CF/88).
O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante
aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis
com o anteriormente ocupado (art. 30). Estando em disponibilidade, a qualquer
tempo, o servidor poderá ser convocado para entrar em exercício em vaga que
vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração Pública Federal (art.
31) e, não o fazendo no prazo legal, será tornado sem efeito o aproveitamento
e cassada a disponibilidade, salvo doença comprovada por junta médica oficial
(art. 32). Trata-se de obrigação, tanto da Administração Pública de convocar,
quanto do aproveitando de assumir novo posto que, preferencialmente, será no
mesmo cargo.
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Prevê ainda o Estatuto que, nos casos de reorganização ou extinção de órgão
ou entidade, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade no órgão ou
entidade, o servidor estável que não for redistribuído será colocado em
disponibilidade, até seu aproveitamento (37, § 3º). Assim, com exceção do item
II retro, não pode ser colocado em disponibilidade servidor estável sem que o
respectivo cargo seja extinto ou declarado desnecessário.
Importante ressaltar que o valor recebido pelo servidor em disponibilidade,
como dito, é proporcional ao tempo de serviço, e não ao tempo de contribuição,
como é o caso dos proventos de aposentadoria (art. 40, §§ 1º e 9º, CF/88).

REINTEGRAÇÃO: Quando um servidor é ilegalmente desligado de seu cargo,


deverá ser reintegrado, com o conseqüente ressarcimento de todos os
prejuízos sofridos, inclusive promoções que teria direito se em exercício
estivesse. Segundo o STJ, a reintegração é a reparação integral dos direitos,
posto que é desfazimento de ato ilegal.

RECONDUÇÃO: Duas são as possibilidades de provimento derivado via


recondução (art. 29):
I – inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;
II – reintegração do anterior ocupante.
Suponha-se que determinada pessoa já seja estável no cargo de agente
administrativo. Aprovada em concurso público para Analista do Tribunal de
Contas da União, deverá ser submetida a novo estágio probatório, pois este
visa avaliar a aptidão e capacidade para um cargo específico, ou seja, não é
porque é estável em um cargo que não mais será necessário o estágio
probatório em outros que venha eventualmente a assumir via concurso público.
Assim, no novo cargo de analista, poderá vir a ser reprovada no estágio e não
poderá continuar nele. Nesse caso, será reconduzida ao cargo anterior, onde já
era estável.
A outra possibilidade teórica de recondução ocorre no caso de reintegração do
anterior ocupante, que já foi mencionada no item precedente, ou seja, o atual
ocupante retornará ao cargo anteriormente ocupado, se estável neste. Digo
teórica pois dificilmente ocorrerá, preferindo da Administração manter o
servidor num outro cargo igual vago.
Portanto, correta a letra C.

4. (FCC/TRE-AC/Analista/2010) Em relação ao provimento do cargo público é


correto afirmar que,

(A) a posse e o exercício ocorrerão no prazo de trinta dias contados da


publicação do ato de proclamação dos aprovados no concurso, podendo ser
prorrogado por igual prazo, uma única vez.
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(B) a nomeação far-se-á, dentre outras hipóteses, em comissão, quando se
tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira, inclusive na
condição de interino para cargos de confiança vagos.

(C) o servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido
posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de
prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho
das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o
deslocamento para a nova sede.

(D) pela posse há o efetivo desempenho das atribuições da função de


confiança, sendo de trinta dias o prazo para o servidor aprovado em cargo
público entrar em exercício, contados da data do ato de provimento.

(E) a recondução é a reinvestidura do servidor efetivo ou comissionado no


cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação,
quando invalidada a sua aposentadoria por decisão administrativa ou judicial,
sem ressarcimento de eventuais vantagens.

Gabarito: C

Comentários:

Em relação ao provimento do cargo público é correto afirmar que,

(A) a posse e o exercício ocorrerão no prazo de trinta dias contados da


publicação do ato de proclamação dos aprovados no concurso, podendo ser
prorrogado por igual prazo, uma única vez.

Errado!

Art. 13, § 1o A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação


do ato de provimento.

Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer nesse
prazo.

Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação. Portanto,


não haverá posse nos cargos de provimento derivado, visto que já existe
vínculo anterior do servidor com o serviço público.

Art. 15, § 1o É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo


público entrar em exercício, contados da data da posse.

Decorridos o prazo, o nomeado será exonerado do cargo por não entrar em


exercício nos prazos previstos, observados os casos em que deva ele ter

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exercício em outro município, em razão de remoção, redistribuição, requisição
etc.

(B) a nomeação far-se-á, dentre outras hipóteses, em comissão (o correto


seria: em caráter efetivo), quando se tratar de cargo isolado de provimento
efetivo ou de carreira, (o correto seria: em comissão) inclusive na condição
de interino para cargos de confiança vagos.

Errado!

Art. 9o A nomeação far-se-á:

I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo


ou de carreira;

II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança


vagos.

(C) o servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido
posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de
prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho
das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o
deslocamento para a nova sede.

Correto!

Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter
sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício
provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da
publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do
cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a
nova sede.

(D) pela posse há o efetivo desempenho das atribuições da função de


confiança, sendo de trinta dias o prazo para o servidor aprovado em cargo
público entrar em exercício, contados da data do ato de provimento.

Errado!

(E) a recondução é a reinvestidura do servidor efetivo ou comissionado no


cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação,
quando invalidada a sua aposentadoria por decisão administrativa ou judicial,
sem ressarcimento de eventuais vantagens.

Portanto, correta a letra C.

5. (FCC/TRE-AC/Analista/2010) Quanto aos direitos, vantagens e adicionais


do servidor público civil da União, considere:

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I. Vencimento é a remuneração do cargo efetivo ou comissionado, descontadas
as vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

II. Mediante expressa solicitação do servidor, será pago por ocasião das férias,
um adicional correspondente a um terço da remuneração de férias, sendo que
no caso de cargo em comissão, a respectiva vantagem não será considerada
no cálculo das férias.

III. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior poderão


ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas
como efetivo exercício.

IV. As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para


qualquer efeito, sendo que as gratificações e os adicionais incorporam-se ao
vencimento ou provento, nos casos e condições indicados em lei.

V. O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de cinquenta por


cento em relação à hora normal de trabalho e somente será permitido para
atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de
duas horas por jornada.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I, II e III.

(B) I e III.

(C) II, IV e V.

(D) III, IV e V.

(E) IV e V.

Gabarito: D

Comentários:

Quanto aos direitos, vantagens e adicionais do servidor público civil da União,


considere:

I. Vencimento é a remuneração do cargo efetivo ou comissionado, descontadas


as vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

Errado! Como regra geral, não se presta serviços à Administração Pública de


forma gratuita. Assim, há retribuição pecuniária ao servidor, ou seja,
contraprestação pelos serviços realizados.

Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público,


com valor fixado em lei.
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Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das
vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

II. Mediante expressa solicitação do servidor, será pago por ocasião das férias,
um adicional correspondente a um terço da remuneração de férias, sendo que
no caso de cargo em comissão, a respectiva vantagem não será considerada
no cálculo das férias.

Errado!

Art. 76. Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião


das férias, um adicional correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do
período das férias.

Parágrafo único. No caso de o servidor exercer função de direção, chefia ou


assessoramento, ou ocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem será
considerada no cálculo do adicional de que trata este artigo

III. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior poderão


ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas
como efetivo exercício.

Correto!

IV. As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para


qualquer efeito, sendo que as gratificações e os adicionais incorporam-se ao
vencimento ou provento, nos casos e condições indicados em lei.

Correto! Em face de exigências do trabalho, por vezes os servidores vêem-se


obrigados ao dispêndio de quantias para executá-lo ou para atender ao
interesse público. A compensação ou restituição desses gastos é chamada de
indenização, ou seja, nada mais é do que a devolução dos valores gastos pelo
funcionário para o exercício de suas atribuições.

São quatro as hipóteses de indenização:

Art. 51. Constituem indenizações ao servidor:

I - ajuda de custo;

II - diárias;

III - transporte.

IV - auxílio-moradia. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

Art. 49, § 1o As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento


para qualquer efeito.
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§ 2o As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou
provento, nos casos e condições indicados em lei.

V. O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de cinquenta por


cento em relação à hora normal de trabalho e somente será permitido para
atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de
duas horas por jornada.

Correto! serviço extraordinário é popularmente conhecido como hora extra, e


considera-se como tal aquele realizado após o horário normal de trabalho ou
antes de ele começar. Será permitido apenas para atender a situações
excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de duas horas por
jornada, e será remunerado com acréscimo de 50% em relação à hora normal
de trabalho.

Em não havendo prévia autorização da autoridade competente, o serviço


extraordinário não será remunerado.

Portanto, correta a letra D.

6. (FCC/TRE-AC/Técnico/2010) Quanto à posse do servidor público considere:

I. A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de


provimento.

II. A posse poderá dar-se mediante procuração específica.

III. Haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação e comissão,
dispensada nas hipóteses de acesso.

IV. Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação.

V. A posse em cargo público independerá de prévia inspeção médica oficial,


sendo ela realizada por ocasião do exercício.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I, II e IV.

(B) I, III e V.

(C) I e V.

(D) II e III.

(E) II, III e IV.

Gabarito: A

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Comentários:

Quanto à posse do servidor público considere:

I. A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de


provimento.

Correto!

Art. 13, § 1o A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação


do ato de provimento.

II. A posse poderá dar-se mediante procuração específica.

Correto!

Art. 13, § 3o A posse poderá dar-se mediante procuração específica.

III. Haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação e comissão,
dispensada nas hipóteses de acesso.

Errado! Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação


(art. 13, § 4º). Portanto, não haverá posse nos cargos de provimento derivado,
visto que já existe vínculo anterior do servidor com o serviço público.

IV. Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação.

Correto!

Art. 13, § 4o Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por


nomeação.

Portanto, não haverá posse nos cargos de provimento derivado, posto que já
existe vínculo anterior do servidor com o serviço público. Importante
ressaltar que a posse poderá dar-se mediante procuração específica (art. 13,
§ 3º).

Entre os documentos apresentados no ato da posse, exige-se do servidor


a declaração de bens e valores que constituem seu patrimônio e
declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou
função pública (art. 13, § 5º).
Assim, ao tomar posse, deve o candidato apresentar a relação de bens e
valores de seu patrimônio. Anualmente, e quando de seu desligamento, essa
declaração de bens deverá ser atualizada, para que seja possível um controle
efetivo da evolução patrimonial do servidor, evitando-se enriquecimento ilícito
por conta de condutas vedadas na Administração Pública. Caberá a pena de
demissão para aquele que se recusar a prestar as informações ou as

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prestar falsas, podendo ainda optar por apresentar cópia da relação de
bens fornecida à Receita Federal.
Outro requisito para a posse é a prévia aprovação em inspeção médica oficial,
pois só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e
mentalmente para o exercício do cargo (art. 14). Cada cargo pode ter requisitos
médicos e psicológicos diferenciados, a depender das características de cada
atividade.
Uma vez assinado o Termo de Posse, o agora servidor estará investido
das atribuições do cargo, com todas suas prerrogativas, direitos, vantagens e
deveres.
V. A posse em cargo público independerá de prévia inspeção médica oficial,
sendo ela realizada por ocasião do exercício.

Errado! Cada cargo pode ter requisitos médicos e psicológicos diferenciados, a


depender das características de cada atividade.

Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica


oficial.

Portanto, correta a letra A.

7. (FCC/TRE-AC/Técnico/2010) O retorno à atividade de servidor aposentado,


dentre outras hipóteses, por invalidez, quando junta médica oficial declarar
insubsistentes os motivos da aposentadoria, denomina-se:

(A) Readaptação.

(B) Recondução.

(C) Reintegração.

(D) Reversão.

(E) Transferência.

Gabarito: D

Comentários:

Readaptação: é a investidura do servidor em cargo de atribuições e


responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua
capacidade física ou mental verificada em inspeção médica (art. 24). Ex.
motorista acidentado que perdeu as pernas, que pode ser readaptado para
agente administrativo ou ascensorista.

Recondução: pode acontecer por inabilitação em estágio probatório relativo a


outro cargo ou por reintegração do anterior ocupante.

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Reintegração: quando um servidor é ilegalmente desligado de seu cargo
deverá ele ser reintegrado, com o conseqüente ressarcimento de todos os
prejuízos sofridos, inclusive promoções a que teria direito se em exercício
estivesse. A reintegração é a reparação integral dos direitos, uma vez que é o
desfazimento de ato ilegal. Se o cargo for extinto, o servidor reintegrado ficará
em disponibilidade; caso tenha sido transformado em outro, a reinvestidura dar-
se-á no cargo resultante de sua transformação.

Reversão: acontece a reversão do aposentado por invalidez que deixou de ser


inválido (assim, ficando curado o servidor, deverá ele voltar à ativa, estando
obrigado a entrar em exercício, se a Administração assim o determinar) ou a
pedido (acontecerá no interesse da Administração, desde que sejam atendidos
os seguintes requisitos:1 – tenha solicitado a reversão; 2 – a aposentadoria
tenha sido voluntária; 3 – estável quando na atividade; 4 – a aposentadoria
tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação; 5 – haja cargo vago).

Transferência: passagem de servidor de um cargo para o outro, sem o


indispensável concurso público, declarada inconstitucional pelo STF.

Portanto, correta a letra D.

8. (FCC/TRE-AC/Técnico/2010) É INCORRETO afirmar que a vacância no


cargo público decorrerá, dentre outras hipóteses, de

(A) aposentadoria ou falecimento.

(B) ascensão ou posse em outro cargo acumulável.

(C) exoneração ou promoção.

(D) readaptação ou demissão.

(E) promoção ou aposentadoria.

Gabarito: B

Comentários:

Vacância é a situação do cargo público que está vago, ou seja, sem titular, e
pode acontecer nas seguintes hipóteses:

Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de:

I - exoneração;

II - demissão;

III - promoção;
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IV - ascensão; (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

V - transferência (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

VI - readaptação;

VII - aposentadoria;

VIII - posse em outro cargo inacumulável;

IX - falecimento.

Portanto, correta a letra B.

9. (FCC/TRE-AC/Técnico/2010) Quanto aos direitos e vantagens do servidor


público civil é certo que,

(A) as vantagens pecuniárias serão, em qualquer caso, computadas ou


acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos
pecuniários ulteriores, ainda que sob o mesmo título ou idêntico fundamento.

(B) o vencimento e a remuneração do cargo efetivo, são redutíveis, não


podendo contudo, o servidor receber menos que dois salários mínimos.

(C) a remuneração e o provento poderão ser, em qualquer caso, objeto de


arresto, sequestro ou penhora.

(D) o servidor em débito com o erário, que for demitido, terá que quitar o débito
no ato da exoneração, vedado prazo ou parcelamento da dívida.

(E) não será concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou
reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo.

Gabarito: E

Comentários:

Quanto aos direitos e vantagens do servidor público civil é certo que,

(A) as vantagens pecuniárias serão, em qualquer caso, computadas ou


acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos
pecuniários ulteriores, ainda que sob o mesmo título ou idêntico fundamento.

Errado!

Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes


vantagens:

I - indenizações;
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II - gratificações;

III - adicionais.

§ 1o As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento


para qualquer efeito.

§ 2o As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento


ou provento, nos casos e condições indicados em lei.

Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem


acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos
pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundam

(B) o vencimento e a remuneração do cargo efetivo, são redutíveis, não


podendo contudo, o servidor receber menos que dois salários mínimos.

Errado!

Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público,


com valor fixado em lei.

Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das


vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

...

§ 3o O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter


permanente, é irredutível.

...

§ 5o Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo.

(C) a remuneração e o provento poderão ser, em qualquer caso, objeto de


arresto, sequestro ou penhora.

Errado!

Art. 48. O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de


arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos
resultante de decisão judicial.

(D) o servidor em débito com o erário, que for demitido, terá que quitar o débito
no ato da exoneração, vedado prazo ou parcelamento da dívida.

Errado!

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Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que
tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta
dias para quitar o débito. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45,
de 4.9.2001)

Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua


inscrição em dívida ativa
(E) não será concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou
reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo.

Correto!

Art. 55. Não será concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do
cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo.

Portanto, correta a letra E.

10. (FCC/TRE-AL/Analista/2010) Sérgio exerce o cargo de analista judiciário.


Afastou-se de seu cargo por ter sido eleito deputado federal. Terminado o
mandato eletivo, reassumiu suas funções de servidor público e está pleiteando
ajuda de custo. Nesse caso,

(A) não será concedida a ajuda de custo em ambas as situações, tanto pelo
afastamento como pela reassunção do cargo efetivo.

(B) será concedida essa indenização apenas quanto ao afastamento do cargo


efetivo para o mandato de deputado federal.

(C) será concedida essa indenização apenas quanto à reassunção ao cargo de


analista judiciário.

(D) será concedida uma ajuda de custo em ambas as situações em razão da


mudança de sede.

(E) não será concedida a ajuda de custo, mas sim a de transporte, a critério da
Administração.

Gabarito: A

Comentários:

A licença para atividade política será concedida ao servidor candidato a cargo


eletivo, que tanto pode ser para Vereador, quanto Deputado Estadual ou
Federal, Senador, Prefeito, Governador ou Presidente da República.

A licença será concedida, sem remuneração, durante o período que mediar


entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo,
e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral (art. 86).

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No entanto, a partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte
ao da eleição, a licença será concedida, assegurando-se os vencimentos
do cargo efetivo (art. 86, § 2º).

Porém, o pagamento está garantido durante o período máximo de 03


meses, a partir do que, se tiver direito ainda à licença, não mais haverá
qualquer retribuição pecuniária.

Sérgio exerce o cargo de analista judiciário. Afastou-se de seu cargo por ter
sido eleito deputado federal. Terminado o mandato eletivo, reassumiu suas
funções de servidor público e está pleiteando ajuda de custo. Nesse caso,

(A) não será concedida a ajuda de custo em ambas as situações, tanto pelo
afastamento como pela reassunção do cargo efetivo.

Correto!

(B) será concedida essa indenização apenas quanto ao afastamento do cargo


efetivo para o mandato de deputado federal.

Errado!

(C) será concedida essa indenização apenas quanto à reassunção ao cargo de


analista judiciário.
Errado!

(D) será concedida uma ajuda de custo em ambas as situações em razão da


mudança de sede.

Errado!

(E) não será concedida a ajuda de custo, mas sim a de transporte, a critério da
Administração.

Errado!

Portanto, correta a letra A.

11. (FCC/TRE-AL/Analista/2010) Mélvio, analista judiciário, será reintegrado


no cargo anteriormente ocupado. Porém, esse cargo anterior já encontra-se
provido e ocupado por Isabela, servidora pública estável. Nesse caso, entre
outras hipóteses, Isabela

(A) ficará em disponibilidade, esteja ou não, o cargo de origem provido por


outro servidor.

(B) será nomeada em outro cargo de sua livre escolha, mas compatível com
suas funções.
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(C) será reintegrada no cargo de origem ou ficará em disponibilidade, a critério
da Administração.

(D) será reconduzida ao cargo de origem, sem direito a indenização, ou


aproveitada em outro cargo.

(E) poderá, a critério da Administração, ser readmitida ao cargo de origem ou


transferida para outro órgão público federal.

Gabarito: D

Comentários: Quando um servidor é ilegalmente desligado de seu cargo,


deverá ser reintegrado, com o conseqüente ressarcimento de todos os
prejuízos sofridos, inclusive promoções que teria direito se em exercício
estivesse. Segundo o STJ, a reintegração é a reparação integral dos direitos,
posto que é desfazimento de ato ilegal.
A irregularidade na demissão pode ser reconhecida judicialmente, através de
sentença que anula o ato administrativo de demissão e determina a
reintegração, ou pela via administrativa. A Carta Política prevê expressamente
a primeira hipótese (art. 41, § 2º, CF/88) e o Estatuto prevê ambas as
possibilidades (art. 28). Ainda que assim não o fosse, na ausência de
determinação de reintegração pela via administrativa, caberia à Administração
Pública, em face do princípio da autotutela, rever seus próprios atos, de acordo
com as seguintes Súmulas do STF:
Súmula 346: A Administração pública pode declarar a nulidade dos
seus próprios atos.
Súmula 473: A Administração pode anular seus próprios atos,
quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se
originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial.
Se o cargo foi extinto, o servidor reintegrado ficará em disponibilidade (art. 28,
§ 1º); caso tenha sido transformado em outro, a reinvestidura se dará no cargo
resultante de sua transformação (art. 28, caput).
Na hipótese de estar provido o cargo - afinal, o cargo ficou vago com a
demissão -, aquele que foi nomeado para esse cargo do reintegrado poderá
seguir três caminhos distintos:
I – reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização;
II – aproveitado em outro cargo;
III – posto em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo
de serviço.

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Aqui surge uma preocupação freqüente, em especial entre aqueles que se
preparam para concursos públicos: saber se a vaga para a qual foram
nomeados pertencia a alguém que foi demitido. O que se percebe que
acontece com o eventual ocupante do cargo do reintegrado, em geral, é a sua
recolocação em outro cargo igual, pois na Administração Pública sempre há
vagas abertas. Mas, teoricamente, as três possibilidades são possíveis, desde
que, de acordo com previsão expressa da Constituição, o ocupante seja
estável.
Por fim, veja-se o conteúdo do verbete nº 173 da Súmula do Superior Tribunal
de Justiça, de 31/10/1996:
Compete à Justiça Federal processar e julgar o pedido de
reintegração em cargo público federal, ainda que o servidor tenha
sido dispensado antes da instituição do Regime Jurídico Único.
Portanto, correto letra D.

12. (FCC/TRE-AL/Analista/2010) Encerrada uma sindicância, instaurada em


razão do conhecimento de irregularidades no serviço de um determinado setor
do Tribunal Regional Eleitoral, o relatório conclui que a infração está capitulada
como ilícito penal. Nesse caso, Marcelo, analista judiciário, como autoridade
competente, em conformidade com a Lei no 8.112/90, encaminhará cópia dos
autos ao

(A) Delegado de Polícia local, aguardando-se suas investigações para a


instauração do processo disciplinar.

(B) Ministério Público, independentemente da imediata instauração do


processo disciplinar.

(C) Presidente do Tribunal Regional Eleitoral, para que determine, ou não, a


instauração do processo disciplinar.

(D) Corregedor Regional Eleitoral, para fins de conhecimento e instauração do


processo disciplinar.

(E) Presidente da Comissão, para que determine o afastamento preventivo e a


instauração da ação penal.

Gabarito: B

Comentários:

No caso de prévia sindicância, seus autos farão parte do processo disciplinar,


como peça informativa da instrução. Como a sindicância, neste caso, é mera
medida preparatória do processo disciplinar, sua realização é dispensável
quando já existirem elementos suficientes para a instauração do processo.

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Art. 154. Os autos da sindicância integrarão o processo disciplinar, como peça
informativa da instrução.

Parágrafo único. Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a


infração está capitulada como ilícito penal, a autoridade competente
encaminhará cópia dos autos ao Ministério Público, independentemente
da imediata instauração do processo disciplinar.

Assim, o inquérito do Ministério Público correrá concomitantemente com o


PAD, podendo as sanções penal e administrativa cumularem-se, exceto no
caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou de sua autoria
(art. 126).

Portanto, correta a letra B.

13. (FCC/TRE-AL/Analista/2010) Silvana atua como instrutora em curso de


formação, regularmente instituído no âmbito da Administração Pública Federal.
Nesse caso, no que se refere à gratificação por encargo de curso, é certo que
essa vantagem

(A) incorpora-se à remuneração da servidora para alguns efeitos como a


aposentadoria e disponibilidade, podendo ser utilizada como base de cálculo
para outras vantagens a que tiver direito.

(B) não se incorpora ao vencimento da servidora para qualquer efeito e não


poderá ser utilizada como base de cálculo dos proventos da aposentadoria.

(C) incorpora-se ao vencimento da servidora para todos os efeitos, mas não


poderá ser utilizada como base de cálculo para as demais vantagens, inclusive
para os proventos da aposentadoria.

(D) não se incorpora aos vencimentos da servidora para qualquer efeito, mas
poderá ser utilizada como base de cálculo dos proventos da aposentadoria.

(E) não se incorpora à remuneração ou salário da servidora, salvo para efeito


da aposentadoria ou disponibilidade, vedada sua utilização como base de
cálculo de outras vantagens e adicionais.

Gabarito: B

Comentários:

Silvana atua como instrutora em curso de formação, regularmente instituído no


âmbito da Administração Pública Federal. Nesse caso, no que se refere à
gratificação por encargo de curso, é certo que essa vantagem

A gratificação por encargo de curso ou concurso é devida ao servidor


que, em caráter eventual:
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1. Atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou
de treinamento regularmente instituído no âmbito da administração
pública federal;
2. Participar de banca examinadora ou de comissão para exames orais,
análise curricular, correção de provas discursivas, elaboração de
questões de provas ou julgamento de recursos intentados por
candidatos;
3. Participar da logística de preparação e de realização de concurso
público envolvendo atividades de planejamento, coordenação,
supervisão, execução e avaliação de resultado, quando tais atividades
não estiverem incluídas entre as suas atribuições permanentes;
4. Participar ou supervisionar a aplicação de provas de exame
vestibular ou de concurso público.

A referida gratificação não se incorpora ao vencimento ou salário do


servidor para qualquer efeito e não poderá ser utilizada como base de
cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de cálculo dos
proventos da aposentadoria e das pensões.

(A) incorpora-se à remuneração da servidora para alguns efeitos como a


aposentadoria e disponibilidade, podendo ser utilizada como base de cálculo
para outras vantagens a que tiver direito.

Errado!

(B) não se incorpora ao vencimento da servidora para qualquer efeito e não


poderá ser utilizada como base de cálculo dos proventos da aposentadoria.

Correto!

(C) incorpora-se ao vencimento da servidora para todos os efeitos, mas não


poderá ser utilizada como base de cálculo para as demais vantagens, inclusive
para os proventos da aposentadoria.

Errado!

(D) não se incorpora aos vencimentos da servidora para qualquer efeito, mas
poderá ser utilizada como base de cálculo dos proventos da aposentadoria.

Errado!

(E) não se incorpora à remuneração ou salário da servidora, salvo para efeito


da aposentadoria ou disponibilidade, vedada sua utilização como base de
cálculo de outras vantagens e adicionais.

Errado!

Portanto, correta a letra B.


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14. (FCC/TRE-AL/Analista/2010) Benedita aposentou-se por invalidez.
Entretanto, junta médica oficial julgou insubsistente os motivos de sua
aposentadoria. Nesse caso, é certo que, dentre outras situações pertinentes,

(A) o tempo de até cento e oitenta dias em que a servidora estiver em exercício
não poderá ser contado para a concessão da aposentadoria.

(B) a servidora poderá reverter em qualquer cargo, a critério da Administração.

(C) a reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua


transformação.

(D) poderá dar-se a reversão, ainda que a servidora tenha completado setenta
anos de idade.

(E) encontrando-se provido o cargo, a servidora ficará em disponibilidade pelo


período de até dois anos.

Gabarito: C

Comentários:

Benedita aposentou-se por invalidez. Entretanto, junta médica oficial julgou


insubsistente os motivos de sua aposentadoria. Nesse caso, é certo que,
dentre outras situações pertinentes,

Há duas formas de retorno do servidor aposentado à ativa por meio da


reversão:

1. A primeira refere-se ao aposentado por invalidez que deixou de ser


inválido (Lei nº 8.112/90, art. 25, I): neste caso, como é do interesse da
Administração Pública, encontrando-se provido o cargo, o servidor
exercerá as suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga
(art. 25, § 3º);

2. A segunda hipótese de reversão ocorre no interesse da


Administração, desde que sejam atendidos, pelo aposentado, os
seguintes requisitos:

a) Tenha solicitado a reversão;


b) A aposentadoria tenha sido voluntária;
c) Estável quando na atividade;
d) A aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação;
e) Haja cargo vago.

Os cinco requisitos são cumulativos, na falta de um deles, não será possível


a reversão a pedido.
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No caso do inválido que sofre a reversão, não havendo cargo vago,
exercerá as atribuições como excedente. Na segunda hipótese, não
havendo vaga, não poderá ser deferido o pedido.

Em ambas as hipóteses, a reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo


resultante de sua transformação (art. 25, § 1º) e não poderá ser efetivada
no caso de aposentado que já tenha completado 70 anos de idade (art.
25).

No que diz respeito à remuneração, o servidor que retornar à atividade por


interesse da Administração perceberá, em substituição aos proventos da
aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive
com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente à
aposentadoria, revertendo os prejuízos financeiros que eventualmente teve
com a mesma (art. 25, § 4º).

Benedita aposentou-se por invalidez. Entretanto, junta médica oficial julgou


insubsistente os motivos de sua aposentadoria. Nesse caso, é certo que,
dentre outras situações pertinentes,

(A) o tempo de até cento e oitenta dias em que a servidora estiver em exercício
não poderá ser contado para a concessão da aposentadoria.

Errado!

(B) a servidora poderá reverter em qualquer cargo, a critério da Administração.

Errado!

(C) a reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua


transformação.

Correto!

(D) poderá dar-se a reversão, ainda que a servidora tenha completado setenta
anos de idade.

Errado!

(E) encontrando-se provido o cargo, a servidora ficará em disponibilidade pelo


período de até dois anos.

Errado!

Portanto, correta a letra C.

15. (FCC/TRE-AL/Analista/2010) Carlos, titular de cargo efetivo junto ao


Tribunal Regional Eleitoral, está sendo responsabilizado por valer-se do
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exercício de suas funções para lograr proveito pessoal em detrimento da
dignidade da função pública. Nesse caso, o servidor estará sujeito à pena de

(A) demissão, incompatibilizando-o para nova investidura em cargo público


federal, pelo prazo de cinco anos.

(B) destituição do cargo público, ficando vedado seu retorno ao serviço público
federal, mas podendo concorrer a cargo estadual ou municipal.

(C) destituição de suas funções e declaração de sua inidoneidade para o


serviço público.

(D) suspensão de noventa dias, vedada a conversão da pena em multa


pecuniária.

(E) demissão, ficando vedada sua investidura em cargo público pelo prazo de
dois anos.

Gabarito: A

Comentários:

O art. 132 relaciona os casos em que a demissão será aplicada:

Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:

I - crime contra a administração pública;

II - abandono de cargo;

III - inassiduidade habitual;

IV - improbidade administrativa;

V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;

VI - insubordinação grave em serviço;

VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima


defesa própria ou de outrem;

VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;

IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;

X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;

XI - corrupção;
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XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

XIII - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em


detrimento da dignidade da função pública;

XIV - participar de gerência ou administração de sociedade privada,


personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade
de acionista, cotista ou comanditário;

XV - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas,


salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de
parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;

XVI - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie,


em razão de suas atribuições;

XVII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;

XIII - praticar usura sob qualquer de suas formas;

XIX - proceder de forma desidiosa;

XX - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou


atividades particulares;

A pena de demissão pode ser transformada em pena de cassação ou de


destituição. Quando o servidor ocupante de cargo efetivo pratica uma
infração grave e está em atividade, se comprovada em processo disciplinar,
este será demitido.

Todavia, acaso o servidor tenha praticado a mesma infração grave


enquanto esteve em atividade e, em data posterior, se aposentou ou
entrou em disponibilidade, a pena de demissão será convertida em
cassação de aposentadoria ou disponibilidade.

Já no caso do ocupante de cargo em comissão, ou seja, aquele que não é


efetivo, cometer infração sujeita às penalidades de suspensão ou de demissão,
será ele destituído daquele cargo (art. 135). Portanto, quem tem cargo em
comissão, nunca será suspenso, sendo diretamente destituído.

Não haverá nova investidura em cargo público federal pelo prazo de 5 anos, o
ex-servidor demitido ou destituído de cargo em comissão, por infringência das
seguintes proibições (art. 137):

Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, por infringência


do art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza o ex-servidor para nova
investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos:

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1 – valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento
da dignidade da função pública;

2 – atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo


quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até
o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro.

Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público federal o servidor


que for demitido ou destituído do cargo em comissão por infringência do art.
132, incisos I, IV, VIII, X e XI:

1 – crime contra a Administração Pública;

2 – improbidade administrativa;

3 – aplicação irregular de dinheiros públicos;

4 – lesão aos cofres públicos;

5 – dilapidação do patrimônio nacional;

6 – corrupção.

Carlos, titular de cargo efetivo junto ao Tribunal Regional Eleitoral, está sendo
responsabilizado por valer-se do exercício de suas funções para lograr proveito
pessoal em detrimento da dignidade da função pública. Nesse caso, o servidor
estará sujeito à pena de

(A) demissão, incompatibilizando-o para nova investidura em cargo público


federal, pelo prazo de cinco anos.

Correto! Art. 132, XIII, Lei nº 8112/90

(B) destituição do cargo público, ficando vedado seu retorno ao serviço público
federal, mas podendo concorrer a cargo estadual ou municipal.

Errado! Destituição apenas para os ocupantes de cargo em comissão ou


função de confiança, Carlos era titular de cargo efetivo.

(C) destituição de suas funções e declaração de sua inidoneidade para o


serviço público.

Errado!

(D) suspensão de noventa dias, vedada a conversão da pena em multa


pecuniária.

Errado!

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(E) demissão, ficando vedada sua investidura em cargo público pelo prazo de
dois anos.

Errado!

Portanto, correta a letra A.

16. (FCC/TRE-AM/Analista/2010) Nos termos do Estatuto do Servidor Público


é INCORRETO que a responsabilidade

(A) penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa


qualidade.

(B) civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte
em prejuízo ao erário ou a terceiros.

(C) civil pela reparação do dano não se estende aos sucessores do servidor.

(D) civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no


desempenho do cargo ou função.

(E) administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que


negue a existência do fato ou sua autoria.

Gabarito: C

Comentários:

Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício


irregular de suas atribuições.

Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo,


doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.

§ 1o A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente


será liquidada na forma prevista no art. 46, na falta de outros bens que
assegurem a execução do débito pela via judicial.

§ 2o Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor


perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.

§ 3o A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra


eles será executada, até o limite do valor da herança recebida.

Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções


imputadas ao servidor, nessa qualidade.

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Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou
comissivo praticado no desempenho do cargo ou função.

Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se,


sendo independentes entre si.

Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no


caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

Nos termos do Estatuto do Servidor Público é INCORRETO que a


responsabilidade

(A) penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa


qualidade.

Correto!

Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções


imputadas ao servidor, nessa qualidade.

(B) civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte
em prejuízo ao erário ou a terceiros.

Correto!

Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso


ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.

(C) civil pela reparação do dano não se estende aos sucessores do servidor.

Errado!

Art. 122, § 3o A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e


contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida.

(D) civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no


desempenho do cargo ou função.

Correto!

Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou


comissivo praticado no desempenho do cargo ou função.

(E) administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que


negue a existência do fato ou sua autoria.

Correto!

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Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso
de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

Assim, resposta letra C.

17. (FCC/TRE-AM/Analista/2010) Quanto às penalidades disciplinares


previstas na Lei no 8.112/90, considere:

I. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e


a causa da sanção disciplinar.

II. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros


cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício,
respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova
infração disciplinar.

III. A destituição de cargo em comissão exercido por ocupante de cargo efetivo


será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de advertência e
suspensão.

IV. O prazo de prescrição da ação disciplinar começa a correr da data em que


o autor se tornou conhecido, não se interrompendo pela abertura de
sindicância, mas apenas pela instauração de processo disciplinar.

V. O cancelamento das penalidades de advertência, suspensão e demissão,


surtirá efeitos retroativos à data da sua aplicação.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I e II.

(B) II e IV.

(C) III e V.

(D) I, III e IV.

(E) II, IV e V.

Gabarito: A

Comentários:

Sempre que um servidor faltar com seus deveres e obrigações, ou praticar


alguma conduta proibida, estará sujeito às penalidades descritas no Estatuto,
seguindo sempre o processo administrativo disciplinar correspondente.
Administrativamente, tem-se que a pena disciplinar é a sanção aplicada pela
autoridade competente ao servidor faltoso, após o devido processo

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administrativo disciplinar, que consiste em advertir, suspender, demitir, cassar
sua aposentadoria ou disponibilidade, ou ainda destituir de cargo em comissão
ou função comissionada, com reflexos variados, como nos vencimentos, tempo
de serviço, progressão funcional e outros, além da possibilidade de se
estenderem às esferas penal e civil, conforme o caso. “A não ser que se trate
de medida extrema (pena de demissão), as sanções disciplinares, desde que
aplicadas com justiça e eqüidade, se preordenam a promover a educação do
punido, a espalhar exemplaridade no seio do funcionalismo e a preservar a
ordem interna do órgão a que pertence o servidor apenado”.
São as seguintes as penalidades disciplinares (art. 127):
I – advertência;
II – suspensão;
III – demissão;
IV – cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V – destituição de cargo em comissão;
VI – destituição de função comissionada;
VII – multa, como substituta da suspensão (art. 130, § 2o).
Tal rol é exaustivo, numerus clausus, ou seja, não poderá o administrador
“criar” ou “aplicar” outras sanções não previstas na lei.
Quando da aplicação das penalidades, serão consideradas a natureza e a
gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço
público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes
funcionais (art. 128). Para garantir o pleno exercício da defesa, o ato de
imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da
sanção disciplinar (art. 128, parágrafo único).
Na aplicação da penalidade, deve a autoridade atentar para as garantias
constitucionais insertas no art. 5º, XLVI, ‘e’, XLVII, ‘b’, e § 2º, da CF/88:
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre
outras, as seguintes:
(...)
e) suspensão ou interdição de direitos;
XLVII - não haverá penas:
(...)
b) de caráter perpétuo;
§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não
excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela
adotados, ou dos tratados internacionais em que a República
Federativa do Brasil seja parte.
Com isso, a jurisprudência não tem admitido penas de caráter perpétuo na
esfera administrativa.

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Advertência: as faltas leves serão punidas com a advertência, quando não
justifique imposição de penalidade mais grave. essa pena não era prevista no
estatuto de 1952, que, no entanto, estipulava a pena de repreensão para os
casos de desobediência ou falta no cumprimento dos deveres (lei nº 1.711/52,
art. 204).
Será aplicada em especial nos casos de violação de proibição constante do art.
117, incisos I a VIII e XIX, do Estatuto, e de inobservância de dever funcional
previsto em lei, regulamentação ou norma interna (art. 129).
O servidor terá o registro de sua advertência feito nos seus assentamentos,
que poderá ser consultado para análise quanto à reincidência, situação em que
será aplicada a pena de suspensão (art. 130, primeira parte).
No entanto, após o decurso de 3 (três) anos de efetivo exercício, se o servidor
não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar, haverá o
cancelamento desse registro que, por óbvio, não surtirá efeitos retroativos (art.
131). Os efeitos já produzidos pela penalidade aplicada não são alterados com
esse cancelamento de registro.
A partir da data em que o fato tornou-se conhecido, a ação disciplinar, quanto à
advertência, prescreverá em 180 (cento e oitenta) dias (art. 142, III e § 1º).

Suspensão e multa: a suspensão será aplicada em caso de reincidência das


faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não
tipifiquem infração sujeita à penalidade de demissão, não podendo exceder de
90 (noventa) dias (art. 130). Assim, cabe a suspensão nos casos previstos no
art. 117, XVII e XVIII, do estatuto.
Cabe, ainda, a suspensão por até 15 (quinze) dias do servidor que,
injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada
pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez
cumprida a determinação (art. 130, § 1º).
Ainda que não mencionada expressamente no rol de penalidades do art. 127, é
possível a fixação de multa, como substituta da suspensão, quando houver
conveniência para o serviço. Nessa hipótese, deverá o servidor suspenso
permanecer em serviço, reduzindo-se o vencimento ou remuneração, a título
de multa, à base de 50% (cinqüenta por cento) por dia. Então, se for suspenso
por 30 (trinta) dias, no lugar de ficar afastado de suas funções, permanecerá
em atividade, porém receberá relativamente a apenas metade do valor devido
nesse período (art. 130, § 2o).
A suspensão também será registrada nos assentamentos do servidor. Após 5
(cinco) anos de efetivo exercício, se o servidor não praticar, no período, nova
infração disciplinar, esse registro será cancelado (art. 131). Como no caso da
advertência, aqui também não surtirá efeitos retroativos tal cancelamento da
penalidade. Exemplo de efeito retroativo seria o caso em que o suspenso, que
teve sua pena convertida em multa, requisitasse, após o cancelamento do
registro, a devolução da multa. Claro que isso não é possível. O objetivo desse
cancelamento é proporcionar-lhe incentivo a que não pratique novas infrações,
retornando à primariedade.

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A prescrição da ação disciplinar dar-se-á, quanto à suspensão, em 2 (dois)
anos, contados da data em que o fato tornou-se conhecido (art. 142, II, e § 1º).

Demissão: faltas graves serão punidas com demissão


O art. 132 relaciona os casos em que a demissão será aplicada:
I – crime contra a Administração Pública;
II – abandono de cargo;
III – inassiduidade habitual;
IV – improbidade administrativa;
V – incontinência pública e conduta escandalosa na repartição;
VI – insubordinação grave em serviço;
VII – ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em
legítima defesa própria ou de outrem;
VIII – aplicação irregular de dinheiros públicos;
IX – revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
X – lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
XI – corrupção;
XII – acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
XIII – valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em
detrimento da dignidade da função pública;
XIV – participar de gerência ou administração de empresa privada,
sociedade civil, salvo a participação nos conselhos de administração e
fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou
indiretamente, participação do capital social, sendo-lhe vedado exercer o
comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;
XV – atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições
públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou
assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou
companheiro;
XVI – receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer
espécie, em razão de suas atribuições;
XVII – aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;
XVIII – praticar usura sob qualquer de suas formas;
XIX – proceder de forma desidiosa;
XX – utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou
atividades particulares.
Dá-se o abandono de cargo quando o servidor ausenta-se do serviço,
intencionalmente, por mais de 30 (trinta) dias consecutivos (art. 138). Então, há
o abandono no trigésimo primeiro dia seguido de ausência injustificada. É
também crime previsto no art. 323 do CP.

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Já a inassiduidade habitual é a falta ao serviço, sem causa justificada, por 60
(sessenta) dias, interpoladamente, durante o período de 12 (doze) meses (art.
139). Ímprobo é aquele servidor desonesto, a quem falta integridade, retidão;
portanto, também deve ser expurgado dos quadros públicos. A Lei nº 8.429/92,
conhecida como Lei contra a Improbidade Administrativa, prevê, em seu art.
12, I a III, entre outras penas possíveis, a perda da função pública, repetindo
regra inserta no art. 37, § 4º, CF/88.
A incontinência pública ou a conduta escandalosa na repartição podem ser
observadas nos casos previstos, entre outros, nos arts. 233 e 234 do Código
Penal (ato ou objeto obsceno), ou ainda no art. 62 da Lei de Contravenções
Penais, que se refere ao ébrio habitual.
A quebra da hierarquia na Administração Pública só pode ser justificada pela
manifesta ilegalidade da ordem. Se a insubordinação em serviço for grave,
cabe demissão.
A lesão corporal está tipificada como crime no art. 129 do CP, com previsão de
excludentes de ilicitude no art. 23 do mesmo Código Repressor (I – em estado
de necessidade; II – em legítima defesa; III – em estrito cumprimento do dever
legal ou no exercício regular de direito).
Como se denota da leitura do Estatuto, somente excepcionou da penalidade a
legítima defesa própria ou de outrem, enquanto que a Lei Penal foi mais ampla.
Porém, entendo que a ausência das demais excludentes não as afasta, pois
seria mesmo ilógico e descabido demitir um servidor que ofende fisicamente
outrem em, estado de necessidade.
A aplicação irregular de dinheiros públicos foi criminalizada através do art. 315
do CP, assim como a revelação de segredo do qual se apropriou, em razão do
cargo, nos arts. 325 e 326, também do mesmo CP.
A lesão aos cofres públicos refere-se a qualquer forma de prejudicar o erário no
exercício da função pública, conceito que muitas vezes confunde-se com a
dilapidação do patrimônio nacional, que é seu esbanjamento, má gestão das
rendas públicas etc. Vê-se muito disso nas obras inacabadas e na compra de
equipamentos que nunca são usados, como na Usina Termonuclear de Angra
dos entre outros tantos casos.
Corrupção tanto pode ser ativa, quem a oferece (CP, art. 333), quanto passiva,
quem solicita ou recebe vantagem indevida (CP, art. 317). No caso do servidor
público, este será demitido se praticar a figura da corrupção passiva, que
consiste em solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão
dela, vantagem indevida ou aceitar promessa de tal vantagem.
No item 17.3 desta Aula foram estudadas as possibilidades de acumulação
legal de cargos, empregos ou funções públicas. Fora dessas exceções
constitucionais, a acumulação resultará em demissão de todos os cargos,
empregos ou funções públicas irregularmente acumulados.
Acrescente-se ainda recente decisão do STF, afastando a aplicação da
garantia à grávida prevista no art. 10, II, ‘b’, do ADCT, onde se determina que:
“fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada gestante,
desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.” Nos termos
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da decisão, não é arbitrária a dispensa da servidora grávida se precedida de
processo administrativo disciplinar, garantidos ampla defesa e contraditório.
Ademais, o Ministro Marco Aurélio ressaltou, em seu voto, que o citado art. 10,
II, ‘b’, do ADCT não se aplica às servidoras públicas.
Cite-se também que, no caso específico dos empregados públicos, regidos
pela CLT e pela Lei nº 9.962/2000, assim previu seu art. 3º:
Art. 3o O contrato de trabalho por prazo indeterminado somente será
rescindido por ato unilateral da Administração pública nas seguintes
hipóteses:
I – prática de falta grave, dentre as enumeradas no art. 482 da
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT;
II – acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
III – necessidade de redução de quadro de pessoal, por excesso de
despesa, nos termos da lei complementar a que se refere o art. 169
da Constituição Federal;
IV – insuficiência de desempenho, apurada em procedimento no
qual se assegurem pelo menos um recurso hierárquico dotado de
efeito suspensivo, que será apreciado em trinta dias, e o prévio
conhecimento dos padrões mínimos exigidos para continuidade da
relação de emprego, obrigatoriamente estabelecidos de acordo com
as peculiaridades das atividades exercidas.
Parágrafo único. Excluem-se da obrigatoriedade dos procedimentos
previstos no caput as contratações de pessoal decorrentes da
autonomia de gestão de que trata o § 8o do art. 37 da Constituição
Federal.
A legislação pátria prevê hipóteses de perda do cargo ou função pública como
efeito da condenação na esfera penal, bem assim no caso de condenação pela
Lei contra a Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/92, art. 12, I a III).

Prescrição:
Sobre a prescrição da ação disciplinar, já mencionada, resume-se da forma a
seguir (art. 142):
I – dar-se-á em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com
demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de
cargo em comissão;
II – dar-se-á em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
III – dar-se-á em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
Tais prazos de prescrição começam a correr da data em que o fato tornou-se
conhecido (art. 142, § 1o).
Segundo entendimento do STJ, inicia-se a contagem na data em que qualquer
autoridade da Administração tomar ciência inequívoca do fato imputado ao
servidor, não necessariamente a autoridade competente para a instauração do
processo disciplinar. Como o Estatuto determina que se deva contar o prazo da
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prescrição de quando o fato se tornar conhecido, porém sem especificar por
quem, não há como o intérprete restringir quando o próprio legislador não o fez.
Nas infrações disciplinares capituladas também como crime, aplicam-se os
prazos de prescrição previstos na Lei Penal (art. 142, § 2o). Essa determinação
é baseada no fato de que, na Lei Penal, o prazo prescricional pode chegar a 20
(vinte) anos (CP, art. 109, I), não sendo admissível que o servidor possa ser
apenado criminalmente por uma conduta grave, e não administrativamente, se
já tiver sido prescrita a pretensão punitiva nessa esfera pelo decurso do prazo
normal de 05 (cinco) anos. Dessa forma, se o CP prevê um prazo maior de
prescrição, esse prazo será estendido para a instância administrativa. Para
exemplificar, cite-se o Parecer nº GQ – 164, da Advocacia-Geral da União,
onde ficou consignado que “em decorrência de a ‘lesão aos cofres públicos’
corresponder ao crime de peculato, a respectiva ação corretiva extingue-se em
dezesseis anos”.
Note-se que a regra no ordenamento jurídico é a prescritibilidade, é dizer, os
direitos devem ser exercidos dentro de prazo certo, sendo os casos
imprescritíveis a exceção. O prazo da prescrição penal, como regra, começa a
correr do dia em que o crime se consumou (CP, art. 111, I), enquanto, no caso
do PAD, como visto, o prazo prescricional tem início na data em que o fato
tornou-se conhecido (art. 142, § 1o).
A prescrição será interrompida pela abertura de sindicância ou a instauração
de processo disciplinar, até a decisão final proferida por autoridade competente
(art. 142, § 3o). Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr
a partir do dia em que cessar a interrupção (art. 142, § 4o). Com o reinício,
conta-se novamente o prazo na sua integralidade.
Ocorre que a norma quanto ao reinício da contagem do prazo prescricional
(“...até a decisão final proferida por autoridade competente...”) “está a merecer
moderada interpretação, sob pena de tornar imprescritível”, bastando, para
isso, que o processo se prolongue no tempo, sem decisão final, autorizando a
possibilidade da absurda interrupção da prescrição sem prazo final.
Seguindo a firme jurisprudência do STF, “a interrupção prevista no § 3º do
artigo 142 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, cessa uma vez
ultrapassado o período de 140 dias alusivo à conclusão do processo disciplinar
e à imposição de pena - artigos 152 e 167 da referida Lei - voltando a ter curso,
na integralidade, o prazo prescricional”. Com esse entendimento, o STF passou
a acatar, expressamente, a chamada prescrição intercorrente no Processo
Administrativo Disciplinar.
Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o
registro do fato nos assentamentos individuais do servidor (art. 170).
Note-se que, segundo já decidiu o STF, incumbe ao servidor a comprovação da
incidência do prazo prescricional previsto neste artigo.
Portanto, resposta letra A.

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18. (FCC/TRE-AM/Analista/2010) Nos termos da Lei no 8.112/90, quanto à
posse e ao exercício em cargo público, é correto que

(A) a posse e o exercício poderão dar-se através da nomeação da autoridade


do órgão como procurador do servidor, mediante procuração específica.

(B) a posse ocorrerá no prazo de quinze dias contados da data do ato de


nomeação.

(C) é de trinta dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar
em exercício, contados da data da publicação do ato de provimento.

(D) a promoção interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo


posicionamento na carreira a partir da data da posse do servidor.

(E) à autoridade competente do órgão ou entidade para onde for nomeado ou


designado o servidor compete dar-lhe exercício.

Gabarito: E

Comentários:

Agora que já estudamos o assunto, fica muito fácil responder!!!!

Por tudo já estudado anteriormente, correta a letra E.

19. (FCC/TRE-AM/Analista/2010) Quanto às penalidades aplicáveis aos


servidores públicos civis nos termos da Lei n. 8.112/90, considere:

I. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa


justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze
meses.

II. A demissão de cargo em comissão daquele que se vale do cargo para lograr
proveito pessoal em detrimento da dignidade da função pública, incompatibiliza
o ex-servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5
(cinco) anos.

III. A ação disciplinar prescreverá em 3 (três) anos, quanto à suspensão e em


180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.

IV. As penalidades disciplinares serão aplicadas pelo chefe da repartição e


outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos
casos de advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias.

V. Será cassada a aposentadoria do inativo que houver praticado, na atividade


ou inatividade, falta punível com a suspensão superior a 30 (trinta) dias.

Estão corretas APENAS


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(A) III e V.

(B) II, III e V.

(C) II, IV e V.

(D) I, II e IV.

(E) I e IV.

Gabarito: D

Comentários:

Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver


praticado, na atividade, falta punível com a demissão (art. 134), ou seja, a
aposentadoria e a disponibilidade não têm o condão de isentar o servidor das
faltas cometidas durante a atividade. Então, após a devida apuração, perderá
sua aposentadoria ou disponibilidade, além de outras punições cabíveis no
caso concreto.
Sempre que o ocupante exclusivamente de cargo em comissão, ou seja, que
não é titular de cargo efetivo, cometer infração sujeita às penalidades de
suspensão ou de demissão, será ele destituído daquele cargo (art. 135).
Portanto, quem só tem cargo em comissão, nunca poderá ser suspenso, sendo
diretamente destituído, ou seja, perde o cargo.
Nos casos em que houve exoneração – que não é punição – do ocupante de
cargo em comissão a pedido ou de ofício pela autoridade competente (art. 35),
constatada a existência de infração anterior à sua saída, essa exoneração será
convertida em destituição de cargo em comissão (art. 135, parágrafo único).
Portanto, o que era uma mera exoneração sem qualquer conseqüência extra,
transforma-se em demissão, com todos os prejuízos que uma punição acarreta,
como os previstos nos arts. 136 e 137 do Estatuto.
Para que fique bem claro, a demissão é a perda do cargo efetivo; a
destituição é a perda do cargo em comissão.
Quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade e destituição de cargo em comissão, a ação disciplinar
prescreverá em 5 (cinco) anos da data em que o fato se tornou conhecido (art.
142, I, e § 1º).

Portanto, correta a letra D.

20. (FCC/TRE-AM/Técnico/2010) São formas de provimento de cargo público,


dentre outras,

(A) a ascensão.

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(B) o aproveitamento.

(C) a transferência.

(D) a disponibilidade.

(E) a inscrição.

Gabarito: B

Comentários:

Aproveitamento é o retorno ao serviço público daquele que estava em


disponibilidade. Esta, por sua vez, nada mais é que não trabalhar, mas estar à
disposição do Estado, remunerado, por isso, proporcionalmente ao tempo de
serviço, segundo a nova redação do § 3º, do art. 41, e do § 9º, do art. 40,
ambos da CF/88. A disponibilidade é exclusividade de servidor estável.
O aproveitamento, ou a disponibilidade no caso de não existir vaga, ocorre em

duas situações constitucionalmente previstas:

I – extinção de cargo ou declaração de sua desnecessidade (art. 41, § 3º,


CF/88);
II – reingresso do servidor ilegalmente desligado de seu cargo, quando
não seja possível reconduzir o atual ocupante ao cargo antigo ou
aproveitá-lo em outro cargo (art. 41, § 2º, CF/88).
O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante
aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis
com o anteriormente ocupado (art. 30). Estando em disponibilidade, a qualquer
tempo, o servidor poderá ser convocado para entrar em exercício em vaga que
vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração Pública Federal (art.
31) e, não o fazendo no prazo legal, será tornado sem efeito o aproveitamento
e cassada a disponibilidade, salvo doença comprovada por junta médica oficial
(art. 32). Trata-se de obrigação, tanto da Administração Pública de convocar,
quanto do aproveitando de assumir novo posto que, preferencialmente, será no
mesmo cargo.
Prevê ainda o Estatuto que, nos casos de reorganização ou extinção de órgão
ou entidade, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade no órgão ou
entidade, o servidor estável que não for redistribuído será colocado em
disponibilidade, até seu aproveitamento (37, § 3º). Assim, com exceção do item
II retro, não pode ser colocado em disponibilidade servidor estável sem que o
respectivo cargo seja extinto ou declarado desnecessário.
Importante ressaltar que o valor recebido pelo servidor em disponibilidade,
como dito, é proporcional ao tempo de serviço, e não ao tempo de contribuição,
como é o caso dos proventos de aposentadoria (art. 40, §§ 1º e 9º, CF/88).

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Portanto, correta a letra B.

21. (FCC/TRE-AM/Técnico/2010) Armando, Técnico Judiciário do Tribunal


Regional Eleitoral do Amazonas (estável), foi reinvestido no cargo
anteriormente ocupado, diante da invalidação da sua demissão por decisão
administrativa, com ressarcimento de todas as vantagens. Nos termos da Lei
no 8.112/90, ocorreu a

(A) readaptação.

(B) reversão.

(C) recondução.

(D) reintegração.

(E) ascensão.

Gabarito: D

Comentários:

No caso de provimento derivado, é necessária a existência de um vínculo


anterior do servidor com a Administração Pública. Pode ser por promoção,
readaptação, recondução ou reingresso. Este compreende as modalidades de
reintegração, aproveitamento ou reversão, pois são casos em que o servidor
não está em atividade e a ela retorna.
Em resumo, temos as seguintes situações:
I – Readaptação: de quem sofreu limitação física ou mental;
II – Reversão: do aposentado por invalidez que deixou de ser inválido ou
a pedido;
III – Aproveitamento: daquele que está em disponibilidade;
IV – Reintegração: do injustamente demitido;
V – Recondução: do reprovado em estágio probatório em outro cargo ou
de quem ocupava o cargo do reintegrado.

Portanto, correta a letra D.

22. (FCC/TRE-AM/Técnico/2010) A Ação disciplinar prevista na Lei no


8.112/90, prescreverá, dentre outras hipóteses, em

(A) 24 (vinte e quatro) meses, quanto às infrações puníveis com destituição de


cargo em comissão.
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(B) 90 (noventa) dias, quanto à advertência.

(C) 2 (dois) anos, quanto à suspensão.

(D) 03 (três) anos, quanto às infrações puníveis com cassação de


aposentadoria.

(E) 180 (cento e oitenta) dias, quanto à disponibilidade.

Gabarito: C

Comentários:

Como já estudado anteriormente, a prescrição da ação disciplinar, já


mencionada, resume-se da forma a seguir (art. 142):
I – dar-se-á em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com
demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de
cargo em comissão;
II – dar-se-á em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
III – dar-se-á em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
Tais prazos de prescrição começam a correr da data em que o fato tornou-se
conhecido (art. 142, § 1o).
Portanto, correta a letra C.

23. (FCC/TRT8/Analista/2010) Considere as assertivas abaixo, relacionadas


ao vencimento e a remuneração do servidor público.

I. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito não poderão, em qualquer


caso, ser compensadas, não sendo assim consideradas como efetivo exercício.

II. Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao do


processamento da folha, a reposição será feita imediatamente, em uma única
parcela.

III. O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto,


sequestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante
de decisão judicial.

IV. É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais


ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos três Poderes,
ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao
local de trabalho.

V. Vencimento é a remuneração do cargo efetivo, acrescido das vantagens


pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

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Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I, III e V.

(B) I e IV.

(C) I e V.

(D) II, III e IV.

(E) II, IV e V.

Gabarito: D

Comentários:

Considere as assertivas abaixo, relacionadas ao vencimento e a remuneração


do servidor público.

I. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito não poderão, em qualquer


caso, ser compensadas, não sendo assim consideradas como efetivo exercício.

Errado!

Art. 44, Parágrafo único. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou


de força maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo
assim consideradas como efetivo exercício. (Incluído pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)

II. Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao do


processamento da folha, a reposição será feita imediatamente, em uma única
parcela.

Correto!

Art. 46, § 2o Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao


do processamento da folha, a reposição será feita imediatamente, em uma
única parcela. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

III. O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto,


sequestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante
de decisão judicial.

Correto!

Art. 48. O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de


arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos
resultante de decisão judicial.

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IV. É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais
ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos três Poderes,
ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao
local de trabalho.

Correto!

Art. 41, § 4o É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de


atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos
três Poderes, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à
natureza ou ao local de trabalho.

V. Vencimento é a remuneração do cargo efetivo, acrescido das vantagens


pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

Errado!

Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público,


com valor fixado em lei.

Portanto, correta a letra D.

24. (FCC/TRT8/Analista/2010) A Lei nº 8.112/90 estabelece que a


reintegração

(A) quando provido o cargo do servidor estável objeto desta, o seu eventual
ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou
aproveitado em outro cargo, ou ainda, posto em disponibilidade.

(B) é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades


compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou
mental verificada em inspeção médica.

(C) será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação


exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de
inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como
excedente, até a ocorrência de vaga.

(D) é o retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez, quando junta


médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria.

(E) é o retorno à atividade de servidor, mediante aproveitamento obrigatório em


cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.

Gabarito: A

Comentários:

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A Lei nº 8.112/90 estabelece que a reintegração

(A) quando provido o cargo do servidor estável objeto desta, o seu eventual
ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou
aproveitado em outro cargo, ou ainda, posto em disponibilidade.

Correto!

(B) é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades


compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou
mental verificada em inspeção médica.

Errado. É readaptação.

Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e


responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua
capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.

(C) será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação


exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de
inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como
excedente, até a ocorrência de vaga.

Errado! Se o cargo foi extinto, o servidor reintegrado ficará em disponibilidade


(art. 28, § 1o); caso tenha sido transformado em outro, a reinvestidura dar-se-á
no cargo resultante de sua transformação (art. 28, caput).

(D) é o retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez, quando junta


médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria.

Errado! É a reversão.

Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado:

I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos


da aposentadoria; ou

II - no interesse da administração.

(E) é o retorno à atividade de servidor, mediante aproveitamento obrigatório em


cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.

Errado!

Portanto, correta a letra A.

25. (FCC/TRT8/Analista/2010) Quanto às férias e às licenças do servidor


público, considere:

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I. A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante de
cargo efetivo ou em estágio probatório, licenças para tratar de assuntos
particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, com ou sem
remuneração.

II. O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, perceberá


indenização relativa ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto,
na proporção de um doze avos por mês de efetivo exercício, ou fração superior
a quatorze dias.

III. As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim
requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública.

IV. A licença concedida dentro de sessenta dias do término de outra da mesma


espécie não será considerada como prorrogação.

V. O servidor terá direito a licença, com remuneração, durante o período que


mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo
eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.

Está correto o que se afirma APENAS em:

(A) I, III e V.

(B) I e IV.

(C) II e III.

(D) II, IV e V.

(E) III e V.

Gabarito: C

Comentários:

Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença:

I - por motivo de doença em pessoa da família;

II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;

III - para o serviço militar;

IV - para atividade política;

V - para capacitação; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

VI - para tratar de interesses particulares;


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VII - para desempenho de mandato classista

Como regra para todas as licenças, aquela que for concedida dentro de 60 dias
do término de outra da mesma espécie será considerada como prorrogação
(art. 82).

Ressalte-se que essas licenças serão deferidas apenas aos titulares de cargos
efetivos, não abrangendo os cargos em comissão.

Além dessas aqui relacionadas, ainda estão previstas as licenças para


tratamento da própria saúde, à gestante, à adotante, paternidade e por
acidente em serviço.

I. A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante de


cargo efetivo ou em estágio probatório, licenças para tratar de assuntos
particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, com ou sem
remuneração.

Errado!

Art. 91. A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor


ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório,
licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos
consecutivos, sem remuneração. (Redação dada pela Medida Provisória nº
2.225-45, de 4.9.2001)

Parágrafo único. A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a


pedido do servidor ou no interesse do serviço. (Redação dada pela Medida
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

II. O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, perceberá


indenização relativa ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto,
na proporção de um doze avos por mês de efetivo exercício, ou fração superior
a quatorze dias.

Correto!

Art. 78. § 3o O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão,


perceberá indenização relativa ao período das férias a que tiver direito e ao
incompleto, na proporção de um doze avos por mês de efetivo exercício, ou
fração superior a quatorze dias.

III. As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim
requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública.

Correto!

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Art. 77, § 3o As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que
assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública.

IV. A licença concedida dentro de sessenta dias do término de outra da mesma


espécie não será considerada como prorrogação.

Errado!

V. O servidor terá direito a licença, com remuneração, durante o período que


mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo
eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.

Errado!

Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período
que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a
cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça
Eleitoral.

Portanto, correta a letra C.

26. (FCC/TRT8/Analista/2010) Nos termos da Lei no 8.112/90, é assegurado


ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou
interesse legítimo. Diante disso,

(A) não caberá recurso das decisões sobre os recursos sucessivamente


interpostos.

(B) o prazo para interposição de pedido de reconsideração é de quinze dias, a


contar da intimação do interessado ou do seu representante legal.

(C) não cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o


ato ou proferido a primeira decisão.

(D) o pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, não suspendem


ou interrompem a prescrição.

(E) o prazo de prescrição do direito de requerer será contado da data da


publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o
ato não for publicado.

Gabarito: E

Comentários:

Art. 104. É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos,


em defesa de direito ou interesse legítimo.

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O direito de petição é o direito que todo servidor tem de pedir, requerer aos Poderes
Públicos, em defesa de direitos ou interesse legítimo, seja férias, licença, reintegração,
reversão, horário especial de estudante, cópias de um processo administrativo,
promoção etc.

Art. 105. O requerimento será dirigido à autoridade competente para


decidi-lo e encaminhado por intermédio daquela a que estiver imediatamente
subordinado o requerente.

Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver


expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado.
(Vide Lei nº 12.300, de 2010)

Parágrafo único. O requerimento e o pedido de reconsideração de que


tratam os artigos anteriores deverão ser despachados no prazo de 5 (cinco)
dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias.

Art. 107. Caberá recurso: (Vide Lei nº 12.300, de 2010)

I - do indeferimento do pedido de reconsideração;

II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.

§ 1o O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que


tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente, em escala
ascendente, às demais autoridades.

§ 2o O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a que


estiver imediatamente subordinado o requerente.

Art. 108. O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de


recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo
interessado, da decisão recorrida. (Vide Lei nº 12.300, de 2010)

Art. 109. O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da
autoridade competente.

Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou


do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado.

Art. 110. O direito de requerer prescreve:

I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de


aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e
créditos resultantes das relações de trabalho;

II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro
prazo for fixado em lei.

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Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da data da
publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o
ato não for publicado.

Art. 111. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis,


interrompem a prescrição.

Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela
administração.

Ser a prescrição de ordem pública significa que o interesse do Estado em manter a


ordem pública prevalece, não podendo abrir mão dos prazos, recebendo recurso a
destempo. Por isso, são fatais e improrrogáveis os prazos aqui estabelecidos, salvo
motivo de força maior, que são acontecimentos imprevisíveis e estão fora do alcance
das partes.

Art. 113. Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do


processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a procurador por ele
constituído.

Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo,


quando eivados de ilegalidade.

Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste


Capítulo, salvo motivo de força maior.

Nos termos da Lei no 8.112/90, é assegurado ao servidor o direito de requerer


aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo. Diante disso,

(A) não caberá recurso das decisões sobre os recursos sucessivamente


interpostos.

Errado!

Art. 107 - Caberá recurso

...

II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.

(B) o prazo para interposição de pedido de reconsideração é de quinze dias, a


contar da intimação do interessado ou do seu representante legal.

Errado!

Art. 108. O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de


recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo
interessado, da decisão recorrida. (Vide Lei nº 12.300, de 2010)

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(C) não cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o
ato ou proferido a primeira decisão.

Errado!

Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o


ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado. (Vide Lei nº
12.300, de 2010)

(D) o pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, não suspendem


ou interrompem a prescrição.

Errado!

Art. 111. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis,


interrompem a prescrição.

(E) o prazo de prescrição do direito de requerer será contado da data da


publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o
ato não for publicado.

Correto!

Art. 110. O direito de requerer prescreve:

Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da data da publicação do


ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for
publicado.

Portanto, correta a letra E.

27. (FCC/TRT8/Analista/2010) Nos termos da Lei no 8.112/90, a prática de


determinado ato considerado irregular por servidor público em face de suas
atribuições, implica na

(A) inafastabilidade da responsabilidade administrativa do servidor no caso de


absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

(B) obrigação de reparar o dano estendida aos sucessores e contra eles


executada, até o limite do valor da herança recebida.

(C) responsabilização civil-administrativa, somente se resultante de ato


comissivo e não omissivo, praticado em razão da qualidade de funcionário
público e não em razão da sua função.

(D) inaplicabilidade das sanções civis, penais e administrativas


cumulativamente, por serem independentes entre si.

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(E) não responsabilização do servidor perante a Fazenda Pública, em ação
regressiva, tratando-se de dano causado a terceiros.

Gabarito: B

Comentários:

(A) inafastabilidade da responsabilidade administrativa do servidor no caso de


absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

Errado! A responsabilidade será afastada.

Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso


de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

(B) obrigação de reparar o dano estendida aos sucessores e contra eles


executada, até o limite do valor da herança recebida.

Correto!

Art. 122, § 3o A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e


contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida.

(C) responsabilização civil-administrativa, somente se resultante de ato


comissivo e não omissivo, praticado em razão da qualidade de funcionário
público e não em razão da sua função.

Errado! Na qualidade de servidor público ocupante de um cargo ou função.

Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou


comissivo praticado no desempenho do cargo ou função.

(D) inaplicabilidade das sanções civis, penais e administrativas


cumulativamente, por serem independentes entre si.

Errado! As sanções poderão cumular-se.

Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se,


sendo independentes entre si.

(E) não responsabilização do servidor perante a Fazenda Pública, em ação


regressiva, tratando-se de dano causado a terceiros.

Errado!

Art. 122, § 2o Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor


perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.

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A ação regressiva se dará nos moldes do art. 37, § 6º, CF/88.

Portanto, correta a letra B.

28. (FCC/TRE-AL/Técnico/2010) Antonia, servidora pública federal, recebeu


R$ 1.000,00 (um mil reais) a título de diárias. Entretanto, atendendo a ordens
superiores, não houve necessidade de afastar-se da sede. Nesse caso, no que
se refere às diárias, Antonia

(A) ficará obrigada a restituí-las, integralmente, no prazo de cinco dias.

(B) deverá restituí-las, pela metade, no prazo de cinco dias.

(C) não deverá restituí-las, por ter cumprido ordens superiores.

(D) poderá compensar um terço do valor como dias trabalhados, mas


restituindo o saldo.

(E) deverá restituí-las, de imediato, no valor de dois terços e o restante até


trinta dias.

Resposta: A

Comentários:

Em havendo necessidade de deslocamento do servidor da sede, em caráter


eventual ou transitório, para outro ponto do território nacional ou para o
exterior, por razões do serviço, receberá indenização relativa a todos os
custos do afastamento, ou seja, passagens e diárias destinadas a fazer face
às parcelas de despesas extraordinárias com pousadas, alimentação e
locomoção urbana, conforme se dispuser em regulamento.

Se o servidor receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer


motivo, ficará obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 5 dias.

Havendo deslocamento, porém retornando à sede em prazo menor do que o


previsto para o seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em
excesso, no mesmo prazo (Lei nº 8112/90, art. 59).

Se não houver devolução, poderá haver desconto na remuneração do


servidor (Lei nº 8112/90, art. 49).

Antonia, servidora pública federal, recebeu R$ 1.000,00 (um mil reais) a título
de diárias. Entretanto, atendendo a ordens superiores, não houve necessidade
de afastar-se da sede. Nesse caso, no que se refere às diárias, Antonia

(A) ficará obrigada a restituí-las, integralmente, no prazo de cinco dias.

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Correto!

(B) deverá restituí-las, pela metade, no prazo de cinco dias.

Errado!

(C) não deverá restituí-las, por ter cumprido ordens superiores.

Errado!

(D) poderá compensar um terço do valor como dias trabalhados, mas


restituindo o saldo.

Errado!

(E) deverá restituí-las, de imediato, no valor de dois terços e o restante até


trinta dias.

Errado!

Portanto, pode-se dizer que as diárias servem para:

1 – compensar o afastamento da sede em caráter eventual ou transitório para


outro ponto do território nacional ou para o exterior;

2 – servem para indenizar despesas extraordinárias com pousada,


alimentação, locomoção etc;

3 – dependem de regulamento (a regulamentação veio através do Decreto nº


5992/2006, que dispõe sobre a concessão de diárias no âmbito da
administração federal direta, autárquica e fundacional).

29. (FCC/TRE-AL/Técnico/2010) Eduardo, técnico judiciário do Tribunal


Regional Eleitoral teve duas faltas, posteriormente justificadas, durante o mês
de dezembro de 2009, em razão de enchentes provocadas por chuvas
intensas. Nesse caso, é correto afirmar que as faltas justificadas decorrentes
de

(A) casos fortuitos não poderão ser compensadas, face a continuidade do


serviço público, mas serão consideradas como efetivo exercício.

(B) força maior devem ser compensadas pela autoridade, mas não poderão ser
consideradas como efetivo exercício.

(C) caso fortuito ou de força maior poderão ser compensadas a critério da


chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercício.

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(D) caso fortuito ou de força maior poderão ser compensadas, desde que assim
entenda o Presidente do Tribunal Regional Eleitoral, mas não consideradas
como efetivo exercício.

(E) força maior serão obrigatoriamente compensadas pelo Presidente do


Tribunal Regional Eleitoral e consideradas como efetivo exercício.

Resposta: C

Comentários:

Lei nº 8112/90, Art. 44. O servidor perderá:

I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado;

II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências


justificadas, ressalvadas as concessões de que trata o art. 97, e saídas
antecipadas, salvo na hipótese de compensação de horário, até o mês
subseqüente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata.

Parágrafo único. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de


força maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo
assim consideradas como efetivo exercício.

Assim, na hipótese de atrasar-se, ausentar-se ou sair mais cedo, poderá o


servidor, de acordo com as regras estabelecidas pela chefia, compensar até o
mês seguinte. Se não o fizer, poderá perder a sua remuneração.

Além disso, as faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior


poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim
consideradas como efetivo exercício. Ex. ausência ao trabalho motivadas por
greve no transporte público coletivo.

Eduardo, técnico judiciário do Tribunal Regional Eleitoral teve duas faltas,


posteriormente justificadas, durante o mês de dezembro de 2009, em razão de
enchentes provocadas por chuvas intensas. Nesse caso, é correto afirmar que
as faltas justificadas decorrentes de

(A) casos fortuitos não poderão ser compensadas, face a continuidade do


serviço público, mas serão consideradas como efetivo exercício.

Errado!

(B) força maior devem ser compensadas pela autoridade, mas não poderão ser
consideradas como efetivo exercício.

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Errado! Não é um dever, mas um ato discricionário da autoridade superior e
esse período é considerado de efetivo exercício.

(C) caso fortuito ou de força maior poderão ser compensadas a critério da


chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercício.

Correto!

(D) caso fortuito ou de força maior poderão ser compensadas, desde que assim
entenda o Presidente do Tribunal Regional Eleitoral, mas não consideradas
como efetivo exercício.

Errado!

(E) força maior serão obrigatoriamente compensadas pelo Presidente do


Tribunal Regional Eleitoral e consideradas como efetivo exercício.

Errado!

30. (FCC/TRE-AL/Técnico/2010) Analise as penalidades previstas para as


condutas abaixo, praticadas por servidores públicos federais.

I. Milton está sendo responsabilizado por incontinência pública.

II. Vânia está sendo responsabilizada por retirar, sem prévia anuência da
autoridade competente, vários documentos da secretaria do órgão público.

Nesses casos, serão passíveis, respectivamente, das penas de

(A) suspensão e advertência.

(B) demissão e suspensão.

(C) suspensão e multa.

(D) destituição do cargo e multa.

(E) demissão e advertência.

Resposta: E

Comentários:

Suspensão e multa: a suspensão será aplicada em caso de reincidência das


faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não
tipifiquem infração sujeita à penalidade de demissão, não podendo exceder de
90 dias (art. 130).

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Cabe, ainda, a suspensão por até 15 dias do servidor que, injustificadamente,
recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade
competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a
determinação (art. 130, § 1º).

Ainda que não mencionada expressamente no rol de penalidades do art. 127, é


possível a fixação de multa, como substituta da suspensão, quando houver
conveniência para o serviço. Nessa hipótese, deverá o servidor suspenso
permanecer em serviço, reduzindo-se o vencimento ou remuneração, a título
de multa, à base de 50% por dia. Se for suspenso 30 dias, no lugar de ficar
afastado de suas funções, permanecerá em atividade, porém receberá
relativamente a apenas metade do valor devido nesse período (art. 130, § 2º).

Advertência: As faltas leves serão punidas com a advertência, quando não


justifique imposição de penalidade mais grave. Será aplicada em especial nos
casos de violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, do
Estatuto, e de inobservância de dever funcional previsto em lei,
regulamentação ou norma interna (art. 129).

Art. 117. Ao servidor é proibido:

I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização


do chefe imediato;

II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer


documento ou objeto da repartição;

III - recusar fé a documentos públicos;

IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo


ou execução de serviço;

V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da


repartição;

VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em


lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu
subordinado;

VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação


profissional ou sindical, ou a partido político;

VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança,


cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;

IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em


detrimento da dignidade da função pública;

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X - participar de gerência ou administração de sociedade privada,
personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade
de acionista, cotista ou comanditário;

XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas,


salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de
parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;

XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer


espécie, em razão de suas atribuições;

XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;

XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;

XV - proceder de forma desidiosa;

XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou


atividades particulares;

XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa,


exceto em situações de emergência e transitórias;

XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o


exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;

XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.

A advertência aplicada nos casos de violação de proibição constante do art.


117, incisos I a VIII e XIX, do Estatuto, e de inobservância de dever funcional
previsto em lei, regulamentação ou norma interna (art. 129).

Demissão: penalidade disciplinar, cabível nas hipóteses descritas no art. 132,


configura desligamento do servidor do cargo que ocupa em razão da prática de
uma infração funcional grave.

O art. 132 relaciona os casos em que a demissão será aplicada:


I – crime contra a Administração Pública;
II – abandono de cargo;
III – inassiduidade habitual;
IV – improbidade administrativa;
V – incontinência pública e conduta escandalosa na repartição;
VI – insubordinação grave em serviço;
VII – ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em
legítima defesa própria ou de outrem;
VIII – aplicação irregular de dinheiros públicos;
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IX – revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
X – lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
XI – corrupção;
XII – acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
XIII – valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em
detrimento da dignidade da função pública;
XIV – participar de gerência ou administração de empresa privada,
sociedade civil, salvo a participação nos conselhos de administração e
fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou
indiretamente, participação do capital social, sendo-lhe vedado exercer o
comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;
XV – atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições
públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou
assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou
companheiro;
XVI – receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer
espécie, em razão de suas atribuições;
XVII – aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;
XVIII – praticar usura sob qualquer de suas formas;
XIX – proceder de forma desidiosa;
XX – utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou
atividades particulares.
Analise as penalidades previstas para as condutas abaixo, praticadas por
servidores públicos federais.

I. Milton está sendo responsabilizado por incontinência pública – a


penalidade a ser aplicada deverá ser a de demissão (art. 132, V)

II. Vânia está sendo responsabilizada por retirar, sem prévia anuência da
autoridade competente, vários documentos da secretaria do órgão
público – a penalidade a ser aplicada deverá ser a advertência (art. 117, II).

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Bem, terminamos, aqui, o nosso curso online de exercícios comentados de
questões para o concurso da PGDF.

Agradeço a você pelo respeito dedicado ao meu modesto trabalho, e espero –


sinceramente – que ele seja útil na sua aprovação no concurso.

Conseguimos comentar as questões mais representativas aplicadas nos


últimos dois anos, e isso é muito importante para você conhecer como os
temas são cobrados nas provas de concurso.

Um grande beijo, bons estudos, muito sucesso no seu concurso e que Deus te
abençoe.

Patrícia Carla

@profapatricia

Twitter - @profapatricia

E-mail: patriciacarla@pontodosconcursos.com.br

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QUESTÕES VISTAS NA 6ª AULA

1. (FCC/DPE-SP/Oficial/2010) Em relação ao servidor público ocupante de


cargo efetivo pode-se afirmar:

(A) adquire estabilidade após dois anos de efetivo exercício no cargo.

(B) perde o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou


mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada a ampla defesa.

(C) perde o cargo após dois anos de efetivo exercício e apenas mediante
decisão administrativa transitada em julgado.

(D) adquire estabilidade com a aprovação no concurso público para provimento


do cargo.

(E) perde o cargo por meio de decisão administrativa somente se já adquiriu


estabilidade.

2. (FCC/MPE-RN/Agente/2010) Considere as seguintes afirmações:

I. Provimento é o ato de preenchimento de cargo ou função pública vago,


atribuindo-lhe um titular.

II. Transferência e readaptação não são formas de provimento.

III. Promoção e aproveitamento são formas de provimento.

IV. O provimento realiza-se mediante ato da autoridade competente de cada


Poder ou órgão equivalente e só produz efeitos a partir de sua publicação no
jornal oficial, vedada a delegação.

V. As funções são providas mediante nomeação.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I, II e IV.

(B) I e III.

(C) III, IV e V.

(D) III e V.

(E) IV e V.

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3. (FCC/MPE-RN/Agente/2010) Forma de provimento quando o Agente, devido
à limitação física, adquirida no exercício das funções do cargo de origem,
passa a exercer atribuições compatíveis com sua situação atual. Trata-se da

(A) reversão.

(B) recondução.

(C) readaptação.

(D) recolocação.

(E) transposição.

4. (FCC/TRE-AC/Analista/2010) Em relação ao provimento do cargo público é


correto afirmar que,

(A) a posse e o exercício ocorrerão no prazo de trinta dias contados da


publicação do ato de proclamação dos aprovados no concurso, podendo ser
prorrogado por igual prazo, uma única vez.

(B) a nomeação far-se-á, dentre outras hipóteses, em comissão, quando se


tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira, inclusive na
condição de interino para cargos de confiança vagos.

(C) o servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido
posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de
prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho
das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o
deslocamento para a nova sede.

(D) pela posse há o efetivo desempenho das atribuições da função de


confiança, sendo de trinta dias o prazo para o servidor aprovado em cargo
público entrar em exercício, contados da data do ato de provimento.

(E) a recondução é a reinvestidura do servidor efetivo ou comissionado no


cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação,
quando invalidada a sua aposentadoria por decisão administrativa ou judicial,
sem ressarcimento de eventuais vantagens.

5. (FCC/TRE-AC/Analista/2010) Quanto aos direitos, vantagens e adicionais


do servidor público civil da União, considere:

I. Vencimento é a remuneração do cargo efetivo ou comissionado, descontadas


as vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

II. Mediante expressa solicitação do servidor, será pago por ocasião das férias,
um adicional correspondente a um terço da remuneração de férias, sendo que
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no caso de cargo em comissão, a respectiva vantagem não será considerada
no cálculo das férias.

III. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior poderão


ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas
como efetivo exercício.

IV. As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para


qualquer efeito, sendo que as gratificações e os adicionais incorporam-se ao
vencimento ou provento, nos casos e condições indicados em lei.

V. O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de cinquenta por


cento em relação à hora normal de trabalho e somente será permitido para
atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de
duas horas por jornada.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I, II e III.

(B) I e III.

(C) II, IV e V.

(D) III, IV e V.

(E) IV e V.

6. (FCC/TRE-AC/Técnico/2010) Quanto à posse do servidor público considere:

I. A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de


provimento.

II. A posse poderá dar-se mediante procuração específica.

III. Haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação e comissão,
dispensada nas hipóteses de acesso.

IV. Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação.

V. A posse em cargo público independerá de prévia inspeção médica oficial,


sendo ela realizada por ocasião do exercício.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I, II e IV.

(B) I, III e V.
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(C) I e V.

(D) II e III.

(E) II, III e IV.

7. (FCC/TRE-AC/Técnico/2010) O retorno à atividade de servidor aposentado,


dentre outras hipóteses, por invalidez, quando junta médica oficial declarar
insubsistentes os motivos da aposentadoria, denomina-se:

(A) Readaptação.

(B) Recondução.

(C) Reintegração.

(D) Reversão.

(E) Transferência.

8. (FCC/TRE-AC/Técnico/2010) É INCORRETO afirmar que a vacância no


cargo público decorrerá, dentre outras hipóteses, de

(A) aposentadoria ou falecimento.

(B) ascensão ou posse em outro cargo acumulável.

(C) exoneração ou promoção.

(D) readaptação ou demissão.

(E) promoção ou aposentadoria.

9. (FCC/TRE-AC/Técnico/2010) Quanto aos direitos e vantagens do servidor


público civil é certo que,

(A) as vantagens pecuniárias serão, em qualquer caso, computadas ou


acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos
pecuniários ulteriores, ainda que sob o mesmo título ou idêntico fundamento.

(B) o vencimento e a remuneração do cargo efetivo, são redutíveis, não


podendo contudo, o servidor receber menos que dois salários mínimos.

(C) a remuneração e o provento poderão ser, em qualquer caso, objeto de


arresto, sequestro ou penhora.

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(D) o servidor em débito com o erário, que for demitido, terá que quitar o débito
no ato da exoneração, vedado prazo ou parcelamento da dívida.

(E) não será concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou
reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo.

10. (FCC/TRE-AL/Analista/2010) Sérgio exerce o cargo de analista judiciário.


Afastou-se de seu cargo por ter sido eleito deputado federal. Terminado o
mandato eletivo, reassumiu suas funções de servidor público e está pleiteando
ajuda de custo. Nesse caso,

(A) não será concedida a ajuda de custo em ambas as situações, tanto pelo
afastamento como pela reassunção do cargo efetivo.

(B) será concedida essa indenização apenas quanto ao afastamento do cargo


efetivo para o mandato de deputado federal.

(C) será concedida essa indenização apenas quanto à reassunção ao cargo de


analista judiciário.

(D) será concedida uma ajuda de custo em ambas as situações em razão da


mudança de sede.

(E) não será concedida a ajuda de custo, mas sim a de transporte, a critério da
Administração.

11. (FCC/TRE-AL/Analista/2010) Mélvio, analista judiciário, será reintegrado


no cargo anteriormente ocupado. Porém, esse cargo anterior já encontra-se
provido e ocupado por Isabela, servidora pública estável. Nesse caso, entre
outras hipóteses, Isabela

(A) ficará em disponibilidade, esteja ou não, o cargo de origem provido por


outro servidor.

(B) será nomeada em outro cargo de sua livre escolha, mas compatível com
suas funções.

(C) será reintegrada no cargo de origem ou ficará em disponibilidade, a critério


da Administração.

(D) será reconduzida ao cargo de origem, sem direito a indenização, ou


aproveitada em outro cargo.

(E) poderá, a critério da Administração, ser readmitida ao cargo de origem ou


transferida para outro órgão público federal.

12. (FCC/TRE-AL/Analista/2010) Encerrada uma sindicância, instaurada em


razão do conhecimento de irregularidades no serviço de um determinado setor
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do Tribunal Regional Eleitoral, o relatório conclui que a infração está capitulada
como ilícito penal. Nesse caso, Marcelo, analista judiciário, como autoridade
competente, em conformidade com a Lei no 8.112/90, encaminhará cópia dos
autos ao

(A) Delegado de Polícia local, aguardando-se suas investigações para a


instauração do processo disciplinar.

(B) Ministério Público, independentemente da imediata instauração do


processo disciplinar.

(C) Presidente do Tribunal Regional Eleitoral, para que determine, ou não, a


instauração do processo disciplinar.

(D) Corregedor Regional Eleitoral, para fins de conhecimento e instauração do


processo disciplinar.

(E) Presidente da Comissão, para que determine o afastamento preventivo e a


instauração da ação penal.

13. (FCC/TRE-AL/Analista/2010) Silvana atua como instrutora em curso de


formação, regularmente instituído no âmbito da Administração Pública Federal.
Nesse caso, no que se refere à gratificação por encargo de curso, é certo que
essa vantagem

(A) incorpora-se à remuneração da servidora para alguns efeitos como a


aposentadoria e disponibilidade, podendo ser utilizada como base de cálculo
para outras vantagens a que tiver direito.

(B) não se incorpora ao vencimento da servidora para qualquer efeito e não


poderá ser utilizada como base de cálculo dos proventos da aposentadoria.

(C) incorpora-se ao vencimento da servidora para todos os efeitos, mas não


poderá ser utilizada como base de cálculo para as demais vantagens, inclusive
para os proventos da aposentadoria.

(D) não se incorpora aos vencimentos da servidora para qualquer efeito, mas
poderá ser utilizada como base de cálculo dos proventos da aposentadoria.

(E) não se incorpora à remuneração ou salário da servidora, salvo para efeito


da aposentadoria ou disponibilidade, vedada sua utilização como base de
cálculo de outras vantagens e adicionais.

14. (FCC/TRE-AL/Analista/2010) Benedita aposentou-se por invalidez.


Entretanto, junta médica oficial julgou insubsistente os motivos de sua
aposentadoria. Nesse caso, é certo que, dentre outras situações pertinentes,

(A) o tempo de até cento e oitenta dias em que a servidora estiver em exercício
não poderá ser contado para a concessão da aposentadoria.
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(B) a servidora poderá reverter em qualquer cargo, a critério da Administração.

(C) a reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua


transformação.

(D) poderá dar-se a reversão, ainda que a servidora tenha completado setenta
anos de idade.

(E) encontrando-se provido o cargo, a servidora ficará em disponibilidade pelo


período de até dois anos.

15. (FCC/TRE-AL/Analista/2010) Carlos, titular de cargo efetivo junto ao


Tribunal Regional Eleitoral, está sendo responsabilizado por valer-se do
exercício de suas funções para lograr proveito pessoal em detrimento da
dignidade da função pública. Nesse caso, o servidor estará sujeito à pena de

(A) demissão, incompatibilizando-o para nova investidura em cargo público


federal, pelo prazo de cinco anos.

(B) destituição do cargo público, ficando vedado seu retorno ao serviço público
federal, mas podendo concorrer a cargo estadual ou municipal.

(C) destituição de suas funções e declaração de sua inidoneidade para o


serviço público.

(D) suspensão de noventa dias, vedada a conversão da pena em multa


pecuniária.

(E) demissão, ficando vedada sua investidura em cargo público pelo prazo de
dois anos.

16. (FCC/TRE-AM/Analista/2010) Nos termos do Estatuto do Servidor Público


é INCORRETO que a responsabilidade

(A) penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa


qualidade.

(B) civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte
em prejuízo ao erário ou a terceiros.

(C) civil pela reparação do dano não se estende aos sucessores do servidor.

(D) civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no


desempenho do cargo ou função.

(E) administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que


negue a existência do fato ou sua autoria.
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17. (FCC/TRE-AM/Analista/2010) Quanto às penalidades disciplinares
previstas na Lei no 8.112/90, considere:

I. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e


a causa da sanção disciplinar.

II. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros


cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício,
respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova
infração disciplinar.

III. A destituição de cargo em comissão exercido por ocupante de cargo efetivo


será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de advertência e
suspensão.

IV. O prazo de prescrição da ação disciplinar começa a correr da data em que


o autor se tornou conhecido, não se interrompendo pela abertura de
sindicância, mas apenas pela instauração de processo disciplinar.

V. O cancelamento das penalidades de advertência, suspensão e demissão,


surtirá efeitos retroativos à data da sua aplicação.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I e II.

(B) II e IV.

(C) III e V.

(D) I, III e IV.

(E) II, IV e V.

18. (FCC/TRE-AM/Analista/2010) Nos termos da Lei no 8.112/90, quanto à


posse e ao exercício em cargo público, é correto que

(A) a posse e o exercício poderão dar-se através da nomeação da autoridade


do órgão como procurador do servidor, mediante procuração específica.

(B) a posse ocorrerá no prazo de quinze dias contados da data do ato de


nomeação.

(C) é de trinta dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar
em exercício, contados da data da publicação do ato de provimento.

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(D) a promoção interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo
posicionamento na carreira a partir da data da posse do servidor.

(E) à autoridade competente do órgão ou entidade para onde for nomeado ou


designado o servidor compete dar-lhe exercício.

19. (FCC/TRE-AM/Analista/2010) Quanto às penalidades aplicáveis aos


servidores públicos civis nos termos da Lei n. 8.112/90, considere:

I. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa


justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze
meses.

II. A demissão de cargo em comissão daquele que se vale do cargo para lograr
proveito pessoal em detrimento da dignidade da função pública, incompatibiliza
o ex-servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5
(cinco) anos.

III. A ação disciplinar prescreverá em 3 (três) anos, quanto à suspensão e em


180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.

IV. As penalidades disciplinares serão aplicadas pelo chefe da repartição e


outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos
casos de advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias.

V. Será cassada a aposentadoria do inativo que houver praticado, na atividade


ou inatividade, falta punível com a suspensão superior a 30 (trinta) dias.

Estão corretas APENAS

(A) III e V.

(B) II, III e V.

(C) II, IV e V.

(D) I, II e IV.

(E) I e IV.

20. (FCC/TRE-AM/Técnico/2010) São formas de provimento de cargo público,


dentre outras,

(A) a ascensão.

(B) o aproveitamento.

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(C) a transferência.

(D) a disponibilidade.

(E) a inscrição.

21. (FCC/TRE-AM/Técnico/2010) Armando, Técnico Judiciário do Tribunal


Regional Eleitoral do Amazonas (estável), foi reinvestido no cargo
anteriormente ocupado, diante da invalidação da sua demissão por decisão
administrativa, com ressarcimento de todas as vantagens. Nos termos da Lei
no 8.112/90, ocorreu a

(A) readaptação.

(B) reversão.

(C) recondução.

(D) reintegração.

(E) ascensão.

22. (FCC/TRE-AM/Técnico/2010) A Ação disciplinar prevista na Lei no


8.112/90, prescreverá, dentre outras hipóteses, em

(A) 24 (vinte e quatro) meses, quanto às infrações puníveis com destituição de


cargo em comissão.

(B) 90 (noventa) dias, quanto à advertência.

(C) 2 (dois) anos, quanto à suspensão.

(D) 03 (três) anos, quanto às infrações puníveis com cassação de


aposentadoria.

(E) 180 (cento e oitenta) dias, quanto à disponibilidade.

23. (FCC/TRT8/Analista/2010) Considere as assertivas abaixo, relacionadas


ao vencimento e a remuneração do servidor público.

I. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito não poderão, em qualquer


caso, ser compensadas, não sendo assim consideradas como efetivo exercício.

II. Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao do


processamento da folha, a reposição será feita imediatamente, em uma única
parcela.

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III. O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto,
sequestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante
de decisão judicial.

IV. É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais


ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos três Poderes,
ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao
local de trabalho.

V. Vencimento é a remuneração do cargo efetivo, acrescido das vantagens


pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I, III e V.

(B) I e IV.

(C) I e V.

(D) II, III e IV.

(E) II, IV e V.

24. (FCC/TRT8/Analista/2010) A Lei nº 8.112/90 estabelece que a


reintegração

(A) quando provido o cargo do servidor estável objeto desta, o seu eventual
ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou
aproveitado em outro cargo, ou ainda, posto em disponibilidade.

(B) é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades


compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou
mental verificada em inspeção médica.

(C) será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação


exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de
inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como
excedente, até a ocorrência de vaga.

(D) é o retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez, quando junta


médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria.

(E) é o retorno à atividade de servidor, mediante aproveitamento obrigatório em


cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.

25. (FCC/TRT8/Analista/2010) Quanto às férias e às licenças do servidor


público, considere:
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I. A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante de
cargo efetivo ou em estágio probatório, licenças para tratar de assuntos
particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, com ou sem
remuneração.

II. O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, perceberá


indenização relativa ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto,
na proporção de um doze avos por mês de efetivo exercício, ou fração superior
a quatorze dias.

III. As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim
requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública.

IV. A licença concedida dentro de sessenta dias do término de outra da mesma


espécie não será considerada como prorrogação.

V. O servidor terá direito a licença, com remuneração, durante o período que


mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo
eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.

Está correto o que se afirma APENAS em:

(A) I, III e V.

(B) I e IV.

(C) II e III.

(D) II, IV e V.

(E) III e V.

26. (FCC/TRT8/Analista/2010) Nos termos da Lei no 8.112/90, é assegurado


ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou
interesse legítimo. Diante disso,

(A) não caberá recurso das decisões sobre os recursos sucessivamente


interpostos.

(B) o prazo para interposição de pedido de reconsideração é de quinze dias, a


contar da intimação do interessado ou do seu representante legal.

(C) não cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o


ato ou proferido a primeira decisão.

(D) o pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, não suspendem


ou interrompem a prescrição.
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(E) o prazo de prescrição do direito de requerer será contado da data da
publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o
ato não for publicado.

27. (FCC/TRT8/Analista/2010) Nos termos da Lei no 8.112/90, a prática de


determinado ato considerado irregular por servidor público em face de suas
atribuições, implica na

(A) inafastabilidade da responsabilidade administrativa do servidor no caso de


absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

(B) obrigação de reparar o dano estendida aos sucessores e contra eles


executada, até o limite do valor da herança recebida.

(C) responsabilização civil-administrativa, somente se resultante de ato


comissivo e não omissivo, praticado em razão da qualidade de funcionário
público e não em razão da sua função.

(D) inaplicabilidade das sanções civis, penais e administrativas


cumulativamente, por serem independentes entre si.

(E) não responsabilização do servidor perante a Fazenda Pública, em ação


regressiva, tratando-se de dano causado a terceiros.

28. (FCC/TRE-AL/Técnico/2010) Antonia, servidora pública federal, recebeu


R$ 1.000,00 (um mil reais) a título de diárias. Entretanto, atendendo a ordens
superiores, não houve necessidade de afastar-se da sede. Nesse caso, no que
se refere às diárias, Antonia

(A) ficará obrigada a restituí-las, integralmente, no prazo de cinco dias.

(B) deverá restituí-las, pela metade, no prazo de cinco dias.

(C) não deverá restituí-las, por ter cumprido ordens superiores.

(D) poderá compensar um terço do valor como dias trabalhados, mas


restituindo o saldo.

(E) deverá restituí-las, de imediato, no valor de dois terços e o restante até


trinta dias.

29. (FCC/TRE-AL/Técnico/2010) Eduardo, técnico judiciário do Tribunal


Regional Eleitoral teve duas faltas, posteriormente justificadas, durante o mês
de dezembro de 2009, em razão de enchentes provocadas por chuvas
intensas. Nesse caso, é correto afirmar que as faltas justificadas decorrentes
de

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(A) casos fortuitos não poderão ser compensadas, face a continuidade do
serviço público, mas serão consideradas como efetivo exercício.

(B) força maior devem ser compensadas pela autoridade, mas não poderão ser
consideradas como efetivo exercício.

(C) caso fortuito ou de força maior poderão ser compensadas a critério da


chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercício.

(D) caso fortuito ou de força maior poderão ser compensadas, desde que assim
entenda o Presidente do Tribunal Regional Eleitoral, mas não consideradas
como efetivo exercício.

(E) força maior serão obrigatoriamente compensadas pelo Presidente do


Tribunal Regional Eleitoral e consideradas como efetivo exercício.

30. (FCC/TRE-AL/Técnico/2010) Analise as penalidades previstas para as


condutas abaixo, praticadas por servidores públicos federais.

I. Milton está sendo responsabilizado por incontinência pública.

II. Vânia está sendo responsabilizada por retirar, sem prévia anuência da
autoridade competente, vários documentos da secretaria do órgão público.

Nesses casos, serão passíveis, respectivamente, das penas de

(A) suspensão e advertência.

(B) demissão e suspensão.

(C) suspensão e multa.

(D) destituição do cargo e multa.

(E) demissão e advertência.

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GABARITO

01 B 11 D

02 B 12 B

03 C 13 B

04 C 14 C

05 D 15 A

06 A 16 C

07 D 17 A

08 B 18 E

09 E 19 D

10 A 20 B

84

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21 D

22 C

23 D

24 A

25 C

26 E

27 B

28 A

29 C

30 E

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