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Seja Um Supervisor de Célula Eficaz
Seja Um Supervisor de Célula Eficaz
“Estou muito grato pelo novo livro de Joel Comiskey e estou adquirindo um para
cada um de meus supervisores de grupos pequenos. Ele comunica os princípios e as
práticas que vão ajudá-los a levar a supervisão deles a um novo nível.”
Jim Egli
Pastor de Grupos Pequenos, The Vineyard Church, Champaign, IL
“O erro mais cometido por pastores de células é pensar que as células vão seguir
seu curso sozinhas. Se os líderes de células devem realmente liderar, guiar e pastorear as
pessoas das suas células, eles precisam ter um supervisor que os estará liderando,
guiando e pastoreando.Da minha experiência sei que os supervisores de células são a
chave para uma estrutura de células eficaz. No entanto, muitas vezes os supervisores
não sabem o que fazer. É disso que trata o livro de Joel. É prático e objetivo. Todo
supervisor que ler este livro se sairá um supervisor melhor.”
Jay Firebaugh
Pastor Geral, Clearpoint Church
1
descobrir que são líderes mais eficazes, mas também que os seus líderes de células e as
células serão mais saudáveis.”
Bob Logan
Diretor Executivo, CoachNet, Inc.
Joel Comiskey
(logo MIC)
Ministério Igreja em Células
2
Copyright © 2006 por Joel Comiskey
Título em inglês: How to Be a Great Cell Group Coach
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida,
armazenada em sistema de recuperação, ou transmitido, de qualquer forma ou por
qualquer meio, eletrônico, mecânico, de fotocópias, gravação, ou outro qualquer, sem a
permissão por escrito dos editores.
Os textos bíblicos são da Nova Versão Internacional, Editora Vida, salvo outra
indicação.
Página na Internet:
http://www.celulas.com.br
Agradecimentos
Também sou muito grato pelo excelente trabalho de Jay Firebaugh na supervisão
de líderes de células e sua generosidade em compartilhar princípios de supervisão
comigo.1
Quero agradecer a Bob Logan por seu abrangente ensino sobre supervisão.
Logan, que sabe mais do que qualquer outra pessoa a respeito de supervisão, tem
ensinado conceitos de supervisão por anos e é hoje o promotor chefe da supervisão
cristã (ele também discipulou Jeff Lodgson).
Conteúdo
3
Introdução..............
Capítulo 1
Receber............
Capítulo 2
Ouvir.............
Capítulo 3
Encorajar...............
Capítulo 4
Cuidar..............
Capítulo 5
Desenvolver/Treinar............
Capítulo 6
Desenvolver uma estratégia.............
Capítulo 7
Desafiar.............
Capítulo 8
Aumentando a autoridade da supervisão.......
Capítulo 9
Diagnosticando problemas.......
Capítulo 10
Passando pelos estágios de supervisão....
Capítulo 11
Encontros de supervisão.........
Capítulo 12
Visitando as células............
Notas.............
Índice..............
Introdução
4
A palavra coach se origina de um termo húngaro antigo que significava “carro
de Kocs”, um vilarejo onde foi desenvolvido esse carro sobre rodas puxado por cavalos.
No extremo oeste norte-americano, o grande carro puxado por cavalos era chamado de
stagecoach — carruagem ou diligência. O uso do termo evoluiu no século XIX,
passando a fazer parte do jargão universitário para se referir a um instrutor ou treinador,
“no sentido de que o aluno é conduzido até o término dos exames pelo tutor como se
estivesse viajando em uma carruagem”.1
Atualmente, a maioria das pessoas usa o termo coach para se referir a uma
pessoa que leva atletas sob sua responsabilidade a realizar aquilo que não poderiam
fazer sozinhos. No mundo esportivo, o alvo de um coach ou treinador é levar a sua
equipe à vitória do campeonato. Mas os métodos usados pelos diferentes treinadores
variam. Len Woods escreve: “Há treinadores esportivos bem-sucedidos de todos os
tipos...Há aqueles durões da escola antiga,... os ‘vulcões humanos’,... ‘professores bem-
educados’,... ‘gurus motivacionais’,... e os ‘favoritos dos jogadores’...”.2
O parágrafo abaixo foi escrito pelo pr. daniel em substituição aos dois parágrafos acima.
temos de optar entre as duas versões.
(Em inglês as igrejas em células têm usado o termo coach para designar seus
supervisores. Esse termo é usado não só para técnicos de esportes, mas também por
orientadores e treinadores profissionais. Em ambos os casos o alvo é levar as pessoas
sob sua responsabilidade ao melhor desempenho possível garantindo ou tornando mais
viável a vitória.)
5
Supervisores de grupos pequenos ou células
A importância da supervisão?3
6
Dwight Marable e Jim Egli confirma isso. Eles pesquisaram grupos pequenos ao redor
do mundo e descobriram que supervisão é o elemento-chave para conseguir sucesso
duradouro nas células. Egli diz, “Nós avaliamos seis elementos de igreja em nossa
pesquisa. Supervisão ultrapassou até mesmo treinamento e oração”.5
“Os propósitos do coração do homem são águas profundas, mas quem tem
discernimento os traz à tona.”
Provérbios 20.5
O propósito deste livro não é dar uma estrutura específica do número de células
ou grupos pequenos que um supervisor deve supervisionar. Esse número varia de igreja
7
para igreja, dependendo da visão da igreja e da capacidade do supervisor. O ponto é que
um supervisor supervisiona pelo menos uma outra célula. Para mais sobre estruturas de
supervisão veja meus livros Groups of Twelve [Grupos de Doze] e From 12 to 3 [De 12
a 3].7
Assim como um líder de célula não deve ficar sozinho, assim também um
supervisor. Ele ou ela também é cuidado por outro líder, normalmente um pastor
(embora em igrejas maiores talvez não seja esse o caso). Igrejas em células bem-
sucedidas desenvolveram pessoas para cuidar tanto de supervisores como de líderes de
célula, para que todas as pessoas sejam cuidadas e protegidas — do pastor geral aos
membros da célula.
É fácil para líderes de igreja ficarem tão apaixonados com a estrutura das células
que eles falham em entender os papéis dentro dessa estrutura. Isso levou muitas pessoas
a me confessarem: “Joel, eu não sei supervisionar! Conheço a estrutura e a logística,
mas não sei o que fazer quando estou realmente supervisionando. Por favor, me ajude!”.
Para tornar as coisas piores, há muito pouco material sobre o papel do supervisor. Há
ótimos recursos sobre como liderar células, como treinar líderes, e como começar um
sistema de células em uma igreja. Mas pouco foi dito sobre o que um supervisor
realmente faz para ajudar seus líderes de célula a se tornarem mais eficientes.
8
“Isso (supervisionar) é diferente de, por exemplo, prestar
consultoria, em que o consultor traz conhecimento especializado e muito
freqüentemente estabelece uma agenda para o relacionamento. O trabalho
do supervisor é ajudar... (pessoas) a esclarecer sua missão, propósito e
alvos, e ajudá-las a alcançar esse resultado.”8
9
Às vezes um supervisor vai dar conselhos, agir como administrador
intermediário, e servir como conselheiro em situações de crise, mas tais papéis não
devem ser o foco. O supervisor é alguém que ajuda outra pessoa a cumprir o chamado
de Deus para ela.
10
Desenvolvem estratégias com o líder de célula (capítulo 6)
Desafiam o líder de célula (capítulo 7)
“Os hábitos são fatores poderosos em nossa vida. Por serem padrões
consistentes, e às vezes inconscientes, eles com freqüência, diariamente,
expressam nosso caráter e nos fazem eficazes... ou ineficazes.”12
Na Parte Dois (capítulos 8 a 12), falo sobre aumentar sua autoridade como
supervisor (capítulo 8), diagnosticar problemas da célula (capítulo 9), os diferentes
estágios de supervisão (capítulo 10), o encontro do grupo de líderes de célula (capítulo
11), e visitando a célula (capítulo 12).
Você pode estar se sentindo muito inadequado para supervisionar alguém. Mas
lembre-se de que Deus não está procurando supervisores perfeitos. Veja a si mesmo
como um catalisador (elemento químico fundamental para que uma reação entre outros
elementos aconteça — NT) para ajudar outros a se desenvolverem (supervisor e não
consultor). Não tenha medo de dar o que você tem. Quando você o fizer, Deus irá
derramar na sua vida novo discernimento e sabedoria para você continuar.
11
Destaques especiais deste livro
Neste livro, como em meu outro How to Lead a Great Cell Group Meeting
[Como liderar um encontro de célula bem-sucedido], você vai encontrar dicas e
conselhos práticos que vão ajudá-lo a compreender e aplicar os princípios de uma boa
supervisão, revelando como implementá-las com seus líderes. Você vai encontrar essas
dicas com os seguintes destaques:
Dicas
Essas são idéias rápidas e fáceis que vão despertar sua própria criatividade.
Idéia
São citações e testemunhos que vão ajudá-lo a melhorar seu ministério de
supervisor.
Estratégia
São estratégias testadas e aprovadas que apresentam maneiras práticas de
supervisionar melhor.
Dicionário
Essas definições ou descrições básicas vão esclarecer questões comuns sobre a
supervisão de células.
Parte Um:
Hábitos de um bom supervisor de células
Capítulo 1
12
Receber
Imagine só: você está no Palácio da Alvorada, esperando para se encontrar com
o presidente do Brasil. Em cinco minutos será sua vez de apertar a sua mão e conhecer
seu escritório. Essa é uma oportunidade única. Você está nervoso, muito preparado e
tentando parecer tranqüilo. Nesse momento a porta se abre e você ouve as palavras:
“Por favor, entre”.
Agora considere o seguinte: O Rei dos Reis, muito mais importante que qualquer
autoridade mundial, está pedindo a sua presença. Ele o está convidando para
comparecer diante dele, e ele não está interessado apenas em uma foto ou um breve
aperto de mão — ele quer se encontrar com você todos os dias.
Renovação de Deus
Deus falou de uma maneira muito linda por meio do profeta Isaías: “Venham,
todos vocês que estão com sede, venham às águas; e vocês que não possuem dinheiro
algum, venham, comprem e comam! Venham, comprem vinho e leite sem dinheiro e
sem custo” (Is 55.1).
13
Os supervisores não têm nada de valor para passar aos seus líderes além daquilo
que eles receberam de Deus. Para que sua supervisão seja eficaz e frutífera, eles
precisam permanecer em contato com a fonte de poder.
É importante gastar tempo com Deus cada dia, mas às vezes circunstâncias
inesperadas impedem que isso ocorra na vida dos supervisores. Nesses dias um
supervisor pode simplesmente dizer: “Deus, eu lhe agradeço por sua graça, e lhe
agradeço que não há condenação para os que estão em Cristo Jesus”.
Jesus disse algo importante em Mateus 6.34: “Basta a cada dia o seu próprio
mal”. Cada dia tem as suas dificuldades e desafios. Alimentar-se diariamente da palavra
de Deus e receber sua força torna possível enfrentar esses desafios e viver uma vida
cristã vitoriosa.
Gastar tempo diariamente com Deus não significa seguir uma fórmula ou manter
uma lista legalista de atividades obrigatórias. Afinal, “variedade é o tempero da vida”;
em geral, é melhor ser flexível ao gastar tempo com Deus. Quando me sinto
sobrecarregado, gosto de derramar meu coração para Deus. Em outras ocasiões, leio
muito mais a palavra. Conhecer a Deus envolve o mesmo tipo de interação espontânea
necessária para desenvolver qualquer relacionamento.
14
pessoa... Por meio desse relacionamento, Deus revela a si mesmo, seus
propósitos e seus caminhos; e ele o convida a se unir a ele naquilo que ele está
fazendo.”
Henry Blackaby2
Quando um marido e sua esposa se sentam juntos para conversar, eles não têm
uma lista de assuntos para discutir. Em vez disso, há um fluxo natural em sua conversa.
Por quê? Porque o alvo é conhecer um ao outro. Da mesma maneira, gastar tempo com
Deus tem o alvo de conhecer a Deus. O propósito é desenvolver um relacionamento
com Jesus Cristo.
Mesmo Jesus, o homem-Deus, iniciava cada dia com o Pai. A Bíblia diz em
Marcos 1.35 que Jesus saía para estar em particular com seu Pai. Marcos diz: “De
madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus levantou-se, saiu de casa e foi para um
lugar deserto, onde ficou orando”. Isso era uma parte natural da vida de Jesus. Jesus
sabia que sua força resultava do tempo gasto com o Pai celestial.
O encontro matinal de Cristo com seu Pai era o seu sustento e renovação, mas
ele não deixava o contato quando esse momento terminava. Pelo contrário, Jesus se
mantinha em constante relacionamento com o Pai durante todo o dia. Jesus entrava em
uma comunhão tão profunda com o Pai que ele podia dizer: “...pois sempre faço o que
lhe agrada” (João 8.29).
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A imagem de Deus em nós
“Deus molda o coração do líder a fim de aumentar o seu próprio coração por
meio do líder.”3
O poder para supervisionar vem do amor transbordante de Deus. A única coisa que
supervisores têm para dar é aquilo que Deus já lhes deu. O tempo devocional é o tempo
de recarregar e ser renovado, a fim de renovar outros.
“A vida espiritual não é algo que acrescentamos à nossa vida já tão ocupada.
Estamos falando de impregnar, infiltrar e controlar o que já estamos fazendo
com uma atitude de serviço a Deus.”
Richard Foster4
Gastar tempo específico com Deus não significa ignorar a necessidade de uma
comunhão com o Pai no decorrer do dia. Na realidade, ambos são essenciais. Um
alimenta o outro. Tempo pessoal com Deus renova e dá aos supervisores poder para
andar no Espírito pelo restante do dia. Após gastarem tempo na presença de Deus, os
supervisores irão notar uma nova sensibilidade à sua presença em suas atividades
diárias.
Frank Laubach, autor de vários livros sobre oração, literatura e justiça, diz:
“Uma hora devocional não substitui o ‘permanecer contínuo’, mas é uma ajuda
indispensável; faz com que o dia comece certo. Mas o dia precisa continuar certo.
Devemos cultivar o hábito de nos voltar para Deus todas as vezes que terminamos
alguma tarefa e nos preparamos para fazer a que vem a seguir”.5
16
O Espírito de Deus é o maior supervisor de todos, é aquele que vai guiá-lo em
toda a verdade. A Bíblia diz: “... Quando o Espírito da verdade vier, ele os guiará a toda
a verdade. Não falará de si mesmo; falará apenas o que ouvir, e lhes anunciará o que
está por vir” (João 16.13). À medida que você caminha com Deus, você irá perceber seu
amor, poder e graça fluindo por meio de você. Você será capaz de ajudar outros, pois
terá sido ajudado por ele. Você saberá discernir quando está “afinado” ou quando está
se arrastando. A diferença está no seu tempo com Deus.
Scott começou a orar por uma de suas líderes de célula, Melissa, quando ela era
ainda um membro de sua célula. Após orar por ela por dois meses, ele abordou Melissa
sobre a possibilidade de um dia liderar uma célula. Ela recusou laconicamente com as
palavras: “Não estou pronta”. Scott continuou a orar por ela, pedindo a Deus que abrisse
o seu coração. Ele esperou por seis meses e então a abordou com a mesma pergunta
sobre tornar-se uma líder de célula. “Claro”, ela respondeu. Agora Melissa lidera com
sucesso a sua própria célula, e Scott continua supervisionando a ela e a seu marido.
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“Oração não é vencer a relutância de Deus; é assegurar-se de sua
suprema disposição.”
Richard Trench, Arcebispo Anglicano de Dublin6
Tanto aquele líder de célula como sua esposa se dedicaram à oração, declarando
palavras positivas a esse membro, e enviando cartões de estima a ele e à sua família.
Semana após semana as paredes lentamente começaram a cair. Um dia o líder ligou para
o escritório desse homem, e lhe disseram que ele estava em casa, doente. Durante o
intervalo do almoço, o líder foi visitá-lo. Orou por seu membro de célula e lhe deu um
grande abraço na saída. O homem foi quebrantado e confessou seu espírito mesquinho e
seu egoísmo. Desde aquela época, esse membro tem dado a seu líder completa
permissão para desafiá-lo em sua vida. Hoje, eles são muito amigos, e aquele membro
da célula é agora um líder de célula, e está se saindo muito bem.7
Uma noite, pelo telefone, Janet me disse que não podia mais agüentar, e que
estava deixando a igreja. Nós oramos e oramos, sem saber se jamais a veríamos de
novo. Mas Deus estava trabalhando na vida de Janet, e ela finalmente voltou para
continuar sua caminhada em santidade. Janet não foi apenas capaz de vencer seus
problemas, mas está também ajudando outros a vencerem seus problemas por meio de
uma liderança de célula eficaz.
Orar diariamente pelos líderes de célula é uma área na qual supervisores cristãos,
diferentemente de seus semelhantes seculares, podem ter grande sucesso. O Espírito de
Deus continua trabalhando entre os encontros de supervisão.
Proteção de oração
18
recebiam salário para lutar. A estratégia funcionou. Muitos acreditam, na verdade, que
as forças americanas ganharam a guerra por focalizarem em matar os líderes, e não os
soldados voluntários.
Os líderes de célula são guerreiros na linha de frente, e por essa razão, o diabo
aponta para eles sua artilharia pesada. Os supervisores precisam proteger seus líderes,
cobrindo-os com um escudo de oração que pode resistir mesmo ao ataque mais feroz.
Cristo orou pela proteção dos seus discípulos em João 17.15: “Não rogo que os
tires do mundo, mas que os protejas do maligno”. O supervisor oferece proteção
sobrenatural por meio de oração intercessora. À medida que o supervisor eleva seus
líderes de célula a Deus em oração diária, esses líderes vão sentir isso e receber a
transformação de Cristo.
19
Invadindo o território inimigo por meio da oração
“Eu me tornei um líder de célula em setembro de 1997. O lugar onde eu morava e estava
envolvido era cheio de feitiçaria e pobreza. Eu estava desanimado e freqüentemente
pensava em deixar a célula. O Espírito Santo me tocou quanto a certas ações que
deveriam ser tomadas, todas ações espirituais e de oração. Iniciei uma ação de oração em
minha célula, que acabou crescendo para uma supervisão (5 células). Continuei a orar, e
minha supervisão se tornou uma área (25 células, e então duas áreas. O Senhor fez tudo.
As células cresceram de 3 para 30 células em dois anos... Quando os poderes do ar são
quebrados, a luz de Deus brilha de modo magnífico, trazendo cura e redenção a todos os
feridos e desamparados.”
Capítulo 2
Ouvir
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contando uma história após outra de sua própria vida. Você balança afirmativamente a
cabeça, fazendo de conta que está ouvindo, enquanto pensa: “Você deveria estar focado
em mim. Estou pagando pela sua atenção!” O caso é absurdo, pois as pessoas esperam
que os médicos dêem atenção aos problemas pessoais delas.
Ditado Cherokee
(Tribo indígena norte-americana)
A arte de ouvir
21
de compartilhar nossas histórias. Mas os melhores amigos são aqueles que
ouvem atentamente e permitem que os outros contem suas histórias.
Meu conselho é este: Não focalize em como você está se saindo como
supervisor. Focalize em como está o líder. Grandes supervisores buscam entender em
vez de serem entendidos. Eles vêem a supervisão da perspectiva do líder. Para se
conquistar essa perspectiva, ouvir é fundamental.
Benefícios do ouvir
Aumenta a credibilidade.
Aumenta o crédito emocional do líder.
Promove confiança e bem-estar, assim como amizade.
Permite ao supervisor coletar informações corretas.
Existem muitos livros sobre como melhorar a habilidade de ouvir.1 Mas o teste
maior para o bom ouvinte é se a outra pessoa se sente ouvida ou não. Quando as pessoas
sentem que foram ouvidas e compreendidas, houve o ouvir eficaz.
Ouvir envolve concentração intensiva e séria sobre o que o líder está dizendo. A
mente humana processa idéias e pensamentos muito mais rápido do que uma pessoa
pode expressá-los (cinco vezes mais rápido), por isso é fácil divagar ou sonhar acordado
quando alguém está falando.
22
Falta de oração sobre as questões que precisam ser abordadas.
Linguagem corporal desfavorável (por exemplo: não olhar o líder nos
olhos).
Questões pessoais não resolvidas (por exemplo: “o supervisor precisa ser
ouvido”).
Preparar-se para ouvir demanda lição de casa antes do encontro. Essa preparação
envolve pensar sobre as circunstâncias e necessidades de cada líder. Eu mantenho uma
pasta para cada um de meus líderes — anotações que fiz durante períodos de oração ou
em encontros e conversas com eles. Antes de um encontro, procuro revisar essas
anotações e orar pelas necessidades daquele líder. Isso me ajuda a ouvi-lo melhor. Faz
com que meu foco esteja nas necessidades do líder em vez de estar em minhas
necessidades.
Antes de realmente ouvir alguém você precisa preparar seu coração. Já que
enfrenta os mesmos problemas, dificuldades e medos que seus líderes de célula
enfrentam, você precisa de um toque especial de Deus para que possa focalizar nas
necessidades de seu líder e não em suas próprias necessidades. “Quando você se
encontra preso em auto análise — defendendo-se, julgando, sentindo-se irritado... sua
tarefa é libertar-se. Você precisa afastar toda essa confusão interna do caminho...”2 Por
definição, o supervisor é uma pessoa que ajuda outras a se moverem de um lugar para o
próximo, seja nos estudos, esportes ou liderança de célula. Portanto, é impossível ser
um bom supervisor a não ser que o foco permaneça nas pessoas que estão sendo
supervisionadas.
O ouvir na oração transborda para ouvir seus líderes. Prepare uma pasta
ou um arquivo para o líder que está supervisionando (por exemplo, um arquivo
de texto). Acrescente novas idéias que reunir durante os encontros de supervisão
— e também o que Deus lhe mostrar em oração.
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Uma de minhas piores experiências como supervisor aconteceu quando fui
incapaz de me concentrar no líder. Minha família havia perdido seu plano de saúde e eu
estava lutando com sentimentos de ira com a pessoa que havia esquecido de renová-lo.
No dia seguinte, eu tinha um encontro com um dos meus líderes de célula. Eu queria
focalizar nele, mas continuava a voltar para mim mesmo e minhas necessidades, pois
não conseguia me desvencilhar de meus pensamentos e preocupações. O encontro foi
um desastre.
Você já teve um amigo que você considerava um bom ouvinte? Esses amigos
fazem o compartilhar parecer fácil, especialmente quando comparados a pessoas que
não são bons ouvintes. As pessoas ouvem em três níveis diferentes. Ouvir no nível um é
o “ouvir mínimo”. O ouvinte pode estar lidando com seus próprios pensamentos
enquanto alguém mais está falando. Ouvir no nível 1 acontece enquanto ouvimos ao
rádio em meio a um congestionamento. Ouvir no nível 2, por sua vez, envolve ouvir
cada palavra. Um exemplo de ouvir no nível 2 ocorre quando um aluno é aprovado em
um exame baseado na palestra do professor. Ouvir no nível 3 vai além de ouvir as
palavras, prestando atenção também em gestos, emoções e aquilo que o Espírito de
Deus está dizendo por meio da situação.3
24
Ouvir no nível 1
Certa vez, minha filha mais velha Sarah, voltou da casa de uma vizinha dizendo:
“Toda vez que vou a casa dela a TV está ligada, mas ninguém está ouvindo”. Muitas
famílias se acostumaram ao ruído contínuo de TV ou rádio, mas eles ajustaram seus
ouvidos para ignorar o que está sendo dito.
Ao ouvir no nível 1, o supervisor tem uma idéia daquilo que quer dizer, e apenas
quer mais informação para dizer isso melhor. Ouvir no nível 1 é um ouvir de
consultoria, pois o foco está naquilo que o supervisor quer realizar. Na verdade, o
25
supervisor está dizendo ao líder que aquilo que ele tem a dizer como especialista é o que
realmente importa.
Ouvir no nível 2
Quando o supervisor entra no nível 2, o foco está naquilo que o líder está
dizendo. Os comentários ou perguntas do líder vão dirigir o fluxo da conversa. Se, por
exemplo, o líder tem preocupações sobre como lidar com um membro que fala demais
durante a reunião, o supervisor vai ouvir como o líder se sente sobre essa pessoa e então
discutir idéias com o líder sobre como ajudá-lo. Em outras palavras, o supervisor não
estaria praticando o ouvir no nível 2 se imediatamente contasse uma história sobre um
dos falantes do seu grupo, ou se alistasse três maneiras de lidar com falantes em uma
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célula. Ouvir no nível 2 permite ao líder completar sua história sem que o supervisor
ofereça fórmulas instantâneas para situações difíceis.
Ouvir no nível 3
Durante o ouvir no nível 3, você pode sentir que alguma coisa está errada: um
tom de voz, uma pequena perturbação, uma sensação de que a sua criatividade normal
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foi bloqueada. Considere interromper a conversa e examinar mais essa área,
especialmente se você sente que Deus pode estar fazendo alguma coisa.
Preparando as perguntas
A fim de realmente ouvir você precisa fazer com que seus líderes falem. Isso
significa que você precisa preparar algumas perguntas bem pensadas que facilitem que
seus líderes compartilhem. Ter essas perguntas à mão ao começar seu encontro vai
ajudar a manter a conversa andando, e evitar que se perca em assuntos paralelos.
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Boas perguntas de supervisão vão além da informação e alcançam o coração,
estimulando os líderes a refletir e refocalizar. Use perguntas como:
Para onde você vai agora?
Qual o resultado que você deseja?
O que você quer?
Boas perguntas capacitam os líderes a revelar coisas que eles não haviam
percebido. Uma boa pergunta pode fazer um líder parar em sua rotina, portanto espere
um momento de silêncio e permita-lhe algum tempo para responder.
Anote algumas perguntas que você gostaria de discutir com cada líder antes do
encontro. Tenha em vista pontos de necessidade, pedidos de oração passados e alvos
futuros. Ao mesmo tempo, esteja preparado para mudar de rumo, se perceber uma
necessidade ou problema imediato. Não fique preso às suas perguntas, esquecendo-se
das necessidades imediatas do líder. As necessidades do líder, e não as suas, devem
dirigir seu momento de supervisão. A direção da conversa vai gerar novas perguntas,
que você deve explorar completamente.
Aumentar a consciência
Como você está gerando novos líderes?
Como você está alcançando pessoas?
29
Promover ação
O que você vai fazer a respeito?
Qual o seu próximo passo?
Quais são suas prioridades para a próxima semana?
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Falando rápido demais
Como supervisor, é sua função fazer com que os líderes se sentem no banco do
motorista. Faça-lhes perguntas-chave, e eles vão descobrir as respostas sozinhos.
Sempre se pergunte se o que você compartilha contribui para a vida dos seus líderes.
Existem momentos quando sua história seria ótima para orientar um líder, ou para trazer
cura em uma situação difícil, mas pergunte-se: “Contar a minha história será importante
para a aprendizagem do líder?”.
Mantenha o foco nos líderes, os jogadores. Supervisão tem tudo a ver com eles
— não com você. Você pode introduzir uma história aqui e outra ali, mas na maioria das
vezes, saia do caminho. Permita que os seus líderes de célula brilhem.
Confiabilidade
Já que o líder está se abrindo em parte para o supervisor, este deve guardar e
proteger essa confiança. Como o supervisor normalmente tem mais de um líder de
célula sob seu cuidado, ele precisa proteger a privacidade de cada um. O medo de que
um supervisor revele áreas confidenciais para o resto do mundo impede que muitos
líderes se abram completamente. No livro Leader as Coach [O líder como supervisor]
lemos:
31
A tentação de fazer pessoas confiarem em você compartilhando
informações ou críticas sobre outros pode ser muito forte. Em curto
prazo você estabelece um vínculo de confiança com seu ouvinte. Mas
ao fazê-lo, na verdade você vai gerar em seu ouvinte um receio de
compartilhar suas vulnerabilidades, fraquezas e preocupações com
você.7
Capítulo 3
Encorajar
32
Minha esposa e eu supervisionamos um casal que estava realmente enfrentando
dificuldades. A célula que estavam liderando havia começado com vigor, com dez pessoas
participando regularmente. Mas, pouco a pouco, a freqüência vinha caindo, até que uma noite
eles eram os únicos presentes no encontro. Esse casal havia feito todas as coisas certas que
colaboram na formação de uma célula de sucesso — eles oraram, convidaram pessoas, fizeram
contato freqüente com as pessoas que participavam da célula, mas não podiam reverter o que
estava acontecendo.
Após três semanas sem que ninguém aparecesse, Patty me ligou dizendo: “Joel, meu
marido e eu estamos prontos a desistir de tudo. Isso simplesmente não está funcionando. Acho
que não somos os líderes certos”. Eu contestei: “Vocês são líderes excelentes! Deus está
envolvido nisso. Ele chamou vocês. Eu realmente acredito em vocês e no seu ministério. O
inimigo quer desanimar vocês, mas Jesus quer que vocês perseverem e continuem orando, até
que a mudança aconteça”.
Patty tem declarado repetidamente que aquela conversa que tivemos ao telefone naquela
noite foi decisiva para o seu ministério de célula. O diabo queria que Patty e seu marido
desistissem logo no começo, tornando-os inúteis e ineficazes no reino de Deus, e impedindo que
tivessem o sucesso que eles têm experimentado no seu ministério.
A liderança de célula pode ser uma jornada cansativa. Ela não é para os de coração fraco.
O fato é que os membros muitas vezes não comparecem, o evangelismo falha, bebês ficam
doentes, eventos enchem o calendário e os empregos exigem horas extras. A liderança de célula
envolve telefonemas, desenvolver novos líderes, evangelismo e administração. Diante de tantas
tarefas, como é que você mantém o líder de célula vivo, bem disposto, e pronto para seguir a
Deus?
33
potencial de difundir o impacto em muitas pessoas a longo prazo, e não apenas em um líder de
célula individualmente.
“Encontre aquilo que você acredita ser a maior virtude do líder potencial, e então dê
100% de encorajamento naquela área.”
John Maxwell1
Embora todo técnico queira ganhar o jogo, um bom técnico sabe que jogadores
renovados e animados fazem um trabalho muito melhor.
O autor de Hebreus diz: “Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo costume de
alguns, mas procuremos encorajar-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se
aproxima o Dia” (Hb 10.25). O desânimo vem naturalmente para todo mundo. A introspecção
assombra as pessoas; elas se comparam com outras e sentem que não atingem o mesmo nível.
Uma palavra de encorajamento pode, com freqüência, fazer uma grande diferença.
Destaque realizações:
Elogie diante do grupo.
Ao encontrar uma pessoa fazendo algo certo, diga isso a ela.
Expresse confiança:
Verbalmente: “Você consegue fazer isso!”.
Na prática: pelo modo como você permite que eles liderem.
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A esposa de um dos líderes que estou supervisionando me contou em particular que seu
marido facilmente se torna introspectivo e desanimado quando não é elogiado. “O
encorajamento é a sua linguagem de amor”, ela me disse. “E agora ele está recebendo muito
pouco disso.” “Mas ele está se saindo tão bem com sua célula”, pensei comigo. Percebi de novo
que mesmo o mais bem-sucedido dos líderes precisa de bastante encorajamento.
A maioria dos gerentes no mundo de negócios pensa que a falta de encorajamento vai
motivar as pessoas a trabalhar com mais empenho. Um executivo de marketing de uma grande
companhia de alimentos observou o excelente trabalho de uma de suas diretoras regionais.
Quando perguntado se ele havia dito a ela que estava feliz com seu progresso, o executivo
respondeu: “Não, ela está apenas a um terço do caminho, e não gostaria que ela pensasse que já
chegou lá”. Essa diretora estava ansiosa por apoio ou mesmo uma dica de que seus esforços
estavam fazendo diferença. Mas o executivo acreditava que um tapinha nas costas poderia fazê-
la relaxar. Na verdade, uma boa sessão de encorajamento teria mostrado a ela que estava na
direção certa, encorajando-a a continuar seu bom trabalho3.
O supervisor deve ser o líder de torcida de seus líderes de célula. Os líderes que são
apoiados e encorajados servirão acima e além de seu dever. Aqueles que não têm certeza se
estão fazendo o certo, ou se são sequer notados, eventualmente vão terminar sem gás. Sempre
há alguma coisa para encorajar. Celebre qualquer progresso, mesmo se parecer pequeno. À
medida que os líderes progridem, reconheça seu progresso. O sucesso deve ser recompensado.
Supervisão inspirativa
O levantador estava horrível no jogo. Ele piorou as coisas por levantar mais uma bola
direto no bloqueio. Quando o técnico pediu tempo e veio falar com ele, pensou: “Pronto,
ele vai me tirar da equipe”. Em vez disso, o técnico disse: “Não se preocupe, filho, você
ainda vai ser o herói desse jogo”. Com energia renovada, o levantador jogou
brilhantemente os sets seguintes, fazendo inclusive o ponto da vitória. Durante a
entrevista após o jogo, o levantador compartilhou essa história, dando todo o crédito ao
encorajamento que recebeu de seu técnico.4
35
Comece os encontros com encorajamento
Os líderes têm uma tendência de se depreciar, de sentir que eles não atingem o padrão.
Muitos líderes aumentam desproporcionalmente uma ou duas fraquezas, até se sentirem
condenados e deprimidos. Martinho Lutero, um dos maiores líderes de todos os tempos, sofria
períodos de obscuridade e desespero nos quais ele se trancava por dias, o que levou sua família
a remover todos os objetos perigosos da casa.5 Charles H. Spurgeon, um dos maiores pregadores
do mundo, disse à sua igreja de 5000 membros, em 1866: “Sou sujeito a uma depressão de
espírito tão assustadora, que espero nenhum de vocês jamais chegue a tais extremos de miséria
que tenho de enfrentar”.6 Se grandes heróis da fé se sentiram assim, quanto mais irão se sentir
nossos líderes de célula?
O inimigo da alma busca acusar líderes e esvaziar sua energia por meio de mentiras que
desanimam. Ele sussurra coisas como: “Ninguém respeita sua liderança” ou “Você não pode
liderar o encontro amanhã, você não conhece a Bíblia o suficiente”. Satanás sabe que se ele
desanimar o líder, ele desanima toda a célula.
36
“O encorajamento é a parte mais importante da supervisão, porque ser líder de
célula é um trabalho ingrato, especialmente se existem pessoas carentes na
célula. Creio que a principal razão para a desistência dos líderes vem da falta de
encorajamento. A maioria dos novos líderes começa com um alto nível de
motivação. À medida que o tempo passa, esse nível vai caindo, e se isso não for
mudado, o líder logo desanima, depois se desilude, em seguida a depressão se
instala, e finalmente ele diz que está desistindo.”
Um supervisor da Austrália7
O desânimo também vem do mundo no qual os líderes vivem todos os dias. Os norte-
americanos, em sua maioria, vivem debaixo de uma constante culpa por sentir que não fizeram
o suficiente. Edward Stewart, um especialista em antropologia, referindo-se ao norte-americano
comum, disse: “inquieto e incerto, ele tem uma repetida necessidade de provar a si mesmo, e
assim atingir identidade e sucesso por meio de suas realizações”.8 O escritor e pesquisador
francês Alexis de Tocqueville disse algo semelhante:
Ouvir abre a porta para o encorajamento. Sintonize seus ouvidos para qualquer detalhe
que dê razão para elogiar. Se houver mesmo uma dica de excelência, identifique-a e reconheça-
a.
37
Uma coisa que você pode fazer para encorajar seu líder de célula
é escrever-lhe uma carta de encorajamento. Kent Hughes diz: “Há alguns
anos, li que Phillips Brooks mantinha um arquivo de bilhetes e cartas de
encorajamento para dias deprimentes, e nesses dias ele tirava esses
bilhetes e cartas e os lia novamente. Então comecei o meu próprio
arquivo. Guardo cada carta encorajadora que recebo, e há ocasiões em
que as leio novamente. Mas, o mais importante, comecei a escrever
muito mais bilhetes de encorajamento aos outros, especialmente aos
meus colegas de ministério”.10
Quando um dos seus líderes começar a falar sobre falta de fruto, desânimo e
dificuldades, você precisa ouvi-lo em primeiro lugar. Tenha compaixão dele. Lembre-o daquilo
que Deus já fez. Talvez você possa lembrá-lo do crescimento pessoal que ele já experimentou
por meio da liderança na célula.
Por que essa palestra sobre spoude é tão bem recebida? Porque ela encoraja os líderes a
não focalizar em áreas que estão além de seu controle (como talento, dons, cultura ou
personalidade), mas a focalizar em esforço, o que qualquer um pode fazer. Provérbios 14.23 diz:
“Todo trabalho árduo traz proveito, mas o só falar leva à pobreza”. Os participantes dessa
38
palestra são lembrados que persistência e diligência conseqüentemente trarão resultados.
Spoude!
As estratégias falham e os times perdem. Ponto. Nem todo jogo é um tremendo sucesso.
“Algumas vezes, o único modo de ver nossos talentos de modo objetivo é por
meio dos olhos de outros.”11
Um líder de célula forte sabe como se levantar e continuar em frente — apesar dos
obstáculos. Um bom supervisor lembra seus líderes que a nossa corrida é uma maratona. Por
exemplo:
Abraham Lincoln faliu duas vezes como homem de negócios e foi derrotado em
seis eleições estaduais e federais antes de ser eleito presidente dos EUA.
O herói do beisebol Babe Ruth errou ao rebater 1.330 vezes. Apesar disso,
mandou 714 bolas para fora do estádio.
O primeiro livro infantil de Theodor S. Geisel (Dr. Seuss) foi rejeitado por 23
editoras. Na 24.ª editora, vendeu mais de 6 milhões de cópias.12
George Mueller orou por toda a sua vida para que cinco amigos conhecessem a
Jesus. O primeiro converteu-se a Cristo após cinco anos. Num período de dez
anos, dois outros receberam a Cristo. Mueller orou constantemente por mais de
25 anos para que o quarto amigo finalmente fosse salvo. Pelo seu quinto amigo,
ele orou até o dia de sua morte, e esse amigo também veio a Cristo alguns meses
após a morte de Mueller. Por este último amigo, Mueller orou por quase 52 anos.
39
Elas querem um amanhã melhor, portanto mostre-lhes esperança.
Elas desejam direção, portanto mostre-lhes o caminho.
Elas são egoístas, portanto fale das necessidades delas primeiro.
Elas ficam desanimadas, portanto encoraje-as.
Elas desejam o sucesso, portanto ajude-as a vencer.”
John Maxwell13
“Em todas as muitas amizades que fiz durante a vida, conhecendo muitas
e importantes pessoas de várias partes do mundo”, declara Schwab, “ainda não
encontrei uma pessoa, não importa quão grande ou exaltada fosse sua posição,
que não fizesse um trabalho melhor ou que não se esforçasse mais sob um
espírito de aprovação do que jamais faria sob um espírito de crítica.”14
O supervisor Barnabé
Existia uma razão para que os apóstolos dessem o nome Barnabé (que significa “filho do
encorajamento”) a José, um levita de Chipre (Atos 4.36). Barnabé preencheu as expectativas dos
apóstolos ao apresentar Saulo aos discípulos em Jerusalém quando estes estavam morrendo de
medo dele (Atos 9.26, 27). Então os apóstolos enviaram Barnabé para uma nova e dinâmica
igreja em Antioquia. A Bíblia diz: “Este, ali chegando e vendo a graça de Deus, ficou alegre e
os animou a permanecerem fiéis ao Senhor, de todo coração” (Atos 11.23). Seu zelo pelo
encorajamento o levou a pedir ao apóstolo Paulo para unir-se a ele na tarefa de encorajamento
da igreja de Antioquia.
40
Capítulo 4
Cuidar
Scott Kellar desenvolve fortes relacionamentos com seus líderes de célula; é por
isso que ele multiplicou sua célula tantas vezes. Aqueles que estão sob a autoridade de
41
Scott o amam e respeitam. Quando lhe perguntei sobre o segredo do seu sucesso, ele me
disse: “O ingrediente mais importante é amar as pessoas, e eu amo pessoas!”.
A maioria das pessoas gosta de realizar tarefas. Elas são boas nisso. Muitos
supervisores, na verdade, entendem supervisão como um modo de realizar mais. O
supervisor precisa lembrar, no entanto, que os líderes são seres humanos, e não
“fazeres” humanos.
“Os supervisores lembram que todo líder é uma pessoa; eles oferecem
cuidado para os líderes ao mostrar amor por quem eles são, e não simplesmente
por aquilo que fazem.”
Bill Donahue2
42
Certa vez, tive de sugerir fortemente a um dos meus líderes de célula que tirasse
um dia de folga para estar com sua família. Sua família estava em terceiro lugar, atrás
de trabalho e esportes, pois o líder supostamente “não tinha tempo” para gastar com sua
família. O seu lado “fazer humano” estava superando o lado “ser humano” dele. Ele
podia realizar mais a curto prazo sem gastar tempo com sua família, mas a longo prazo
sua família iria sofrer em decorrência disso, e logo seu ministério também.
Seu trabalho é ajudar os líderes em sua jornada de vida. Você pode descobrir,
por exemplo, que seu líder está fora de controle em seus gastos financeiros, na bebida
ou pornografia. Ou talvez existam questões de orgulho, rebelião, dedicação excessiva ao
trabalho, ignorar filhos ou esposa, faltar à celebração ou não contribuir. Importe-se o
suficiente para confrontá-lo. Encontre a ajuda que o seu líder precisa. É um curso de
treinamento? Um retiro de libertação espiritual? Aconselhamento profissional? Os
líderes que você está supervisionando precisam de vida íntegra, e isso deve ser
prioridade máxima.
43
As pessoas desejam atenção e cuidado. Mas normalmente os líderes de célula
têm dificuldade em dizer: “Eu preciso de atenção. Por favor, ajude-me.”. Na verdade, na
maior parte do tempo eles não pedem ajuda, pois não querem desapontar seu supervisor.
É responsabilidade do supervisor “ler nas entrelinhas”.
Supervisor, sua tarefa é edificar os seus líderes, acalmar seus medos e ajudá-los
a descobrir a direção certa a seguir. Sua experiência é importante — e será muito útil
em momentos chave — mas a chave da supervisão é o cuidado. É fazer as pequenas
coisas. É estar presente nos momentos de crise.
“Fala sério!”
Você vai falhar como supervisor. Às vezes você vai se sentir miserável,
desanimado e incapaz de ajudar qualquer um — apesar das suas melhores intenções de
estar sempre alerta e disponível.
E haverá momentos em que você vai se desconectar do seu líder. Admita! Diga-
lhe que você sente muito por não ouvir, por ter deixado sua mente vagar. Ao fazer isso,
você estará sendo um modelo da vida que você quer que o seu líder viva e demonstre à
célula que ele lidera.
Para criar confiança, você tem de ser real. As pessoas percebem quando alguém
é superficialmente positivo em todos os assuntos. É melhor dizer: “Eu não sei”, do que
fazer de conta que sabe. No livro Leader as Coach [O líder como supervisor] lemos:
“As pessoas podem perdoar os seus erros, mas elas vão acusá-lo por fazer de conta que
nada está errado... eliminem as tensões e aprendam juntos com os erros. Seja honesto o
44
suficiente para admitir para você mesmo que estava errado e seja corajoso para dizer:
‘Sinto muito’.”4.
“Conte a sua história primeiro. Com freqüência cometemos o erro de fazer uma
pergunta à outra pessoa, colocando-a em uma situação constrangedora. Ao abrir
algo pessoal sobre si mesmo, você dá o passo inicial para o desenvolvimento de
confiança.”
Shirley Peddy5
Jesus, o supervisor por excelência, revelou esse princípio simples em João 15.15,
quando disse aos seus discípulos: “Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o
que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que
ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido”.
Jesus desenvolveu amizade com doze seres humanos pecadores, os quais ele
mentoreou por três anos. Ele comeu com eles, dormiu com eles e respondeu todas as
suas perguntas. O evangelista Marcos descreve o chamado dos doze desta maneira:
“Escolheu doze, designando-os apóstolos, para que estivessem com ele...” (Marcos
3.14). Jesus priorizou estar com eles em vez de um conjunto de regras ou técnicas.
45
Eu aprendi essa lição da maneira mais difícil. Supervisionei sete líderes durante
um período de três anos. Eles vinham com freqüência à minha casa para treinamento,
avaliação de alvos e cuidado pastoral. Quando nos reuníamos, eu conectava meu
computador à minha TV, usava apresentações de slides bem preparadas e tentava
impressioná-los com meu ensino.
Use o telefone
Resultados de pesquisa
46
Isso significa que o encontro de supervisão não é importante? Isso significa que
não precisamos visitar os grupos ou promover treinamento? Não. O que significa é que
você precisa primeiro ganhar seus líderes, por meio de uma amizade que se importa.
Tudo o mais fluirá naturalmente.
Você provavelmente não é tão lerdo como eu era, e com certeza já sabia que
amizade é a chave. Senão, quero encorajá-lo a começar agora a desenvolver
relacionamentos sinceros de cuidado com os líderes que você está supervisionando.
Assim como eu, você vai descobrir como uma simples verdade pode ter um impacto tão
grande na vida das pessoas.
Convide os líderes à sua casa para uma refeição. Deixe-os verem sua
família, seu cachorro, sua vida.
Envie para seus líderes cartões de aniversário, bilhetes de melhoras ou e-
mails engraçados.
47
Conheça as histórias de seus líderes.
Pergunte-lhes sobre sua infância.
Conheça o nome de seus filhos.
Lembre o aniversário de seus filhos.
Saia para tomar café com eles.
Convide-os para praticar esportes com você, ou alguma outra atividade
normal da vida.
Ore diariamente pelos seus líderes (o que vai fortalecer a sua amizade
espiritual).
O supervisor servo
Supervisores não precisam ser perfeitos. Eles existem para fazer os líderes
brilharem. Isso significa desistir da necessidade de aparecer ou de estar certo todo o
tempo. Supervisores com egos muito grandes, que exigem o centro do palco, não serão
bons supervisores.
Serviço é grandeza
“‘Se alguém quiser ser o primeiro, será o último e servo de todos’. E, tomando
uma criança, colocou-a no meio deles. Pegando-a nos braços, disse-lhes: ‘Quem
receber uma destas crianças em meu nome, está me recebendo; e quem me
recebe, não está apenas me recebendo, mas também àquele que me enviou’.”
Marcos 9.35-37
48
Capítulo 5
Desenvolver/ Treinar
Tiger Woods e sucesso no golfe são muitas vezes considerados sinônimos. Mas
muitas pessoas não sabem como Woods trabalhou duro para ser tão bom como é.
Woods é um estudioso obsessivo do jogo, revê vídeos de campeonatos antigos para
observar dicas de como acertar cada buraco, buscando todas as possibilidades para
aperfeiçoar as suas tacadas. Ele possui um ímpeto incansável para o contínuo
aperfeiçoamento. Woods aceitou o conselho de seu amigo Michael Jordan, que uma vez
disse a ele: “Não importa quão bom eles digam que você é, continue sempre
melhorando o seu jogo”.1
Assim como foi com Tiger Woods, a “busca por desenvolvimento” precisa vir do
fundo da alma do líder de célula. O supervisor pode ter um papel fundamental guiando
o desenvolvimento do líder, mas a busca precisa vir do próprio líder. É trabalho do
supervisor acender o fogo visionário que vai se desenvolver no coração do líder. Como
disse William Butler Yeats, “educação não é encher um balde, mas acender uma
fogueira”.2
49
Descubra a visão que seu facilitador já tem e molde-a. Embora você queira
expandir a visão, você precisa primeiro descobrir com o que o seu facilitador já está
sonhando. Então agite essa visão, encoraje-a e faça-a crescer.
Confissões de um supervisor
“Pensei que meus líderes de célula teriam a mesma paixão por grupos
pequenos que eu tinha... Aprendi que é minha responsabilidade como
supervisor deles despertar fome e sede nos líderes de grupos pequenos.”
Eric Wishman3
Um dos meus líderes tem uma paixão por dons espirituais. Para ajudá-lo,
providenciei recursos e informações para capacitá-lo a descobrir e fortalecer os dons
espirituais de cada membro da célula dentro dos grupos que ele supervisiona. Outro
líder ama o evangelismo. Para ele, arranjei materiais extras e treinamento em como
alcançar os não cristãos por meio das células. Os supervisores devem ajudar os líderes a
melhorar em todas as áreas (por exemplo: como liderar uma célula, como multiplicar
uma célula etc.), com também devem providenciar informação extra e treinamento para
desenvolver as paixões únicas que cada líder tem. David Owen diz, “Um bom
supervisor reconhece as diferenças entre os líderes, e ele ou ela ajusta o estilo de cada
um de acordo com isso. Nós estamos lidando com pessoas!”.4
50
Fertilize a grama
As pessoas não podem fazer a grama crescer. Podem, no entanto, fertilizá-la e regá-la
para que ela cresça sozinha.
Desenvolvimento natural
51
“As melhores pá e enxada do mundo não podem garantir uma boa
colheita. Elas só fazem com que seja mais provável que o crescimento
não será impedido. O mistério do amadurecimento está no coração da
semente e o resultado da plantação depende grandemente das mudanças
do clima. Ainda assim, as ferramentas são importantes para ajudar a
garantir que as sementes plantadas darão fruto.”
Marjorie J. Thompson7
Ver crescer um carvalho requer uma vida; muitas plantas, por outro lado, crescem
e murcham rapidamente. Sou a favor de supervisão de longo prazo porque mudanças de
valor levam tempo e precisam de encorajamento.
52
Características de um pai
Por ter um compromisso de longa data com esse líder, fui capaz de discernir
apropriadamente suas necessidades. O melhor desenvolvimento demora. Permaneça na
batalha, seja um supervisor de longo prazo.
Pensando nos meus dias de basquete na escola, ainda posso lembrar dos exercícios
pelos quais o técnico Seymour nos fazia passar: apoios, passes, bloqueios, rebote,
apoios, passes... Nós fazíamos as mesmas coisas de novo e de novo, mas a prática fazia
a diferença. É preciso praticar as mesmas jogadas de novo e de novo até que as pessoas
realmente as aprendam.
Bons supervisores sabem que a prática leva à perfeição. Eles não hesitam em
repetir as mesmas jogadas de novo, de novo e de novo. Bons supervisores, na verdade,
são implacáveis em prática, prática e mais prática.
53
Jeromy Smith, um líder de célula de fala mansa, disse-me que seu supervisor
Timothy tinha de lembrá-lo constantemente de falar mais alto no grupo. Jeromy disse:
“Isso vinha de novo e de novo enquanto eu lutava — e ainda luto — para assumir o
controle e falar mais alto em um grupo. Isso era particularmente problemático no verão
quando o ar condicionado estava ligado... As pessoas tinham dificuldade em ouvir o que
eu estava dizendo. É difícil mudar, sendo que eu dificilmente noto que estou falando
muito baixo”. Seu supervisor persistiu em falar dessa fraqueza, e Jeromy melhorou
consideravelmente nessa área.
Informação é coisa barata quando não é misturada com experiência. Ler um livro,
participar em um seminário etc. não faz as coisas acontecerem. As pessoas precisam de
mais do que isso para serem verdadeiramente eficazes. Elas precisam de prática
constante.
54
Por meio de experiência própria, descobri que depender das informações sobre
célula — em vez de praticar os princípios que aprendi — geralmente leva ao fracasso.
As informações somente terão impacto por meio de repetição constante. Jesus usou esse
método com seus discípulos. Ele os ensinava, dava exemplos práticos de seus
ensinamentos, permitia que eles falhassem e os ensinava de novo. Jesus os preparou
para que tivessem sucesso no futuro ministério.
Sugestões de desenvolvimento
55
Eleve o nível. — O desenvolvimento ocorre quando o supervisor tira os líderes de
sua zona de conforto para aprender. Se você mantiver seus líderes em um nível por
muito tempo, eles irão parar de aprender, e talvez até regredir. Não vão mais se
desenvolver. Elevar o nível gradativamente encoraja o progresso contínuo. Aumente
passo a passo o desenvolvimento, para que você consiga colocá-los no ponto de
desconforto que não ultrapasse os limites deles.
Elevando o nível
56
“O maior erro que alguém pode cometer na vida é viver com
medo de cometer um.”
Elbert Hubbard
Lembre seus líderes de que há uma grande diferença entre fracassar em algo e ser
um fracasso. Todos vão fracassar em várias coisas na vida. As pessoas simplesmente
precisam usar o fracasso para avançar.
Quando Jesus andava com seus doze discípulos há mais de 2000 anos atrás, eles
tinham acesso imediato a ele e podiam fazer-lhe perguntas em tempo real. A forma mais
imediata de interagir hoje é por meio do telefone, que também pode ser usado pelos
líderes para ter acesso a seus supervisores. Certifique-se de que seus líderes de célula
sabem que podem entrar em contato com você a qualquer hora com suas dúvidas e
preocupações. A melhor aprendizagem ocorre quando o líder tem uma necessidade ou
sente falta de alguma coisa. É seu trabalho tirar vantagem de momentos tão oportunos
de supervisão.
57
“Assim como o ferro afia o ferro, o homem afia o seu
companheiro.”
Provérbios 27.17
58
Crescimento Explosivo da Igreja em Células*, de Joel
Comiskey
Fazendo as células funcionarem [Making Cell Groups
Work], de Scott Boren
Nove Chaves para a Liderança Eficaz de Grupos
Pequenos [Nine Keys to Effective Small Group
Leadership], de Carl George
Manual do Líder de Célula*, de Ralph Neighbour, Jr.
O Grande Livro sobre Grupos Pequenos [The Big Book
on Small Groups], de Jeff Arnold
25 Segredos para Derrotar a Crise na Comunhão**, de
Lowell Bailey
A Igreja em Células**, de Larry Stockstill
Bons recursos vão ajudar você e seus líderes de célula a criar estratégias melhores.
Cabe a você, supervisor, colocar seus líderes em contato com os recursos de que eles
precisam para ter êxito. Boas fontes vão encher suas mentes com as sementes
necessárias para fazer o trabalho. Torne-se uma pessoa de recursos, e você vai
aperfeiçoar-se e proporcionar o aperfeiçoamento dos líderes sob sua supervisão.
Conecte-se
Entro em contato on-line com meus líderes o tempo todo. Estou constantemente
enviando artigos, citações e encorajamento por meio de e-mails.
Comunicar-se on-line com seus líderes é uma maneira rápida e eficaz de prover
recursos. Você pode enviar pedidos de oração urgentes, atualizações do ministério de
células em tempo real, e material útil que vai encorajá-los a perseverar em momentos de
desânimo. A informação enviada por e-mails é ótima porque seus líderes podem
59
processar a informação em particular e tê-la em mãos para uso futuro. Para aqueles que
têm prática na internet, outra opção on-line são programas de comunicação instantânea
como o “Messenger”. Ainda assim, acredito que uma simples ligação telefônica é a
forma mais pessoal e eficaz.15
Vinícius é uma pessoa automotivada que dirige seu próprio negócio. Ele e sua
esposa Patrícia desejam seguir a Jesus acima de tudo e são ótimos líderes. Aprendi que
Vinícius responde melhor a um estilo de liderança mais distante. Eu delego muito a
Vinícius, sabendo que ele é um discípulo maduro. Eu falharia terrivelmente com
Vinícius e Patrícia se interviesse demais ou exigisse que eles cumprissem certas tarefas.
60
Michael, por outro lado, é um líder que não cumpre seus compromissos. Embora
seja espiritualmente maduro, falta-lhe motivação para muitas tarefas na vida. Descobri
que a melhor aproximação para a liderança com Michael é a aproximação direta.
Preciso dizer exatamente o que eu quero que ele faça e então supervisioná-lo de perto
para ter certeza de que ele o fará.
É importante usar o estilo que mais se adapta a cada um de seus líderes. A única
forma de você saber a diferença é conhecendo intimamente cada líder e o que ele
precisa.
Dons naturais.........................10%
Resultado de crises................ 5%
Influência de outro líder........ 85%
Capítulo 6
61
Desenvolver uma estratégia
Minha família adora o filme Duelo de Titãs1. Baseado em uma história real
sobre tensões raciais, fim da segregação e amizade inesperada, esse filme é focado em
uma coisa — a estratégia do técnico Boone. O técnico Boone, representado pelo ator
Denzel Washington, é um técnico de futebol americano negro que precisa desenvolver
mais que uma estratégia para vencer no campo — ele precisa transformar um time
branco e um time negro em um só time.
Estratégia da visão
Um animado líder de célula tinha a visão de uma escola de ensino médio cheia
de grupos pequenos. Esse sonho o estimulou a fazer planos práticos para a
multiplicação da célula. Sua visão era contagiante, e ele motivou outros a apoiá-la.
Encoraje seus líderes de célula a sonhar sobre seus grupos, a perguntar a Deus
sobre a direção que ele deseja para a célula. Ajude seus líderes a desenvolver uma visão
do crescimento espiritual dos membros da célula, os possíveis novos líderes e a
multiplicação do grupo. Eric Johnson escreveu:
62
O primeiro elemento ao criar nossa estratégia é visão. Esse é o
elemento que torna nossa estratégia dinâmica. Muitos grupos param ou
decidem ser só um grupo social devido à falta de uma visão clara. Inclua
seus líderes e gaste muito tempo orando para buscar a visão de Deus para
o seu grupo. Lembre-se de que esse é um ministério de Deus, não seu. Ao
incluir seus líderes, eles se tornarão mais donos da visão e aprenderão a
fazer o mesmo quando se tornarem supervisores.2
Então qual é a visão estratégica para as células? Jesus deixa isso claro em
Mateus 28.18-20: faça discípulos. O ministério de células é uma das melhores maneiras
de cumprir a ordem de Cristo de fazer discípulos. Os líderes de célula estarão
cumprindo Mateus 28.18-20 quando começarem a supervisionar os novos líderes que
deixaram suas células para começar seus próprios grupos.3
Ampliando a visão
63
estratégia geral era multiplicar as células. Os subobjetivos eram boas dinâmicas de
grupo pequeno, evangelismo eficiente na célula, melhor comunhão entre os membros,
treinamento de liderança etc.
Cuidado na multiplicação
Multiplicação = Saúde
64
os participantes da pesquisa...sobre planos concretos para seu próprio
grupo [multiplicação]. Praticamente nenhum outro aspecto da vida da
igreja tem tamanha influência tanto no índice de qualidade como no de
crescimento de uma igreja”.6
Para que a multiplicação aconteça, o líder deve fazer algumas coisas certas. É
função do supervisor ajudar o líder com cada uma dessas coisas.
O conceito PCDE7
Há vários outros detalhes que são essenciais e que um supervisor precisa tratar
com seus líderes. Os líderes precisam melhorar as dinâmicas da célula, discipular os
65
membros da célula e evangelizar novas pessoas para a multiplicação da célula. Focalizar
em um detalhe à custa de outros vai diminuir o ritmo de crescimento e até mesmo pará-
lo.
66
Bons líderes delegam tarefas o máximo possível, estimulando outros no grupo a
visitar, fazer telefonemas e participar na célula. Os líderes de célula precisam
simplesmente ter certeza de que alguém está cuidando desses detalhes.
O supervisor e o líder de célula devem sonhar juntos sobre uma data concreta
para multiplicar a célula. A data deve ser distante o suficiente para garantir a saúde da
célula-mãe e das células-filhas, mas próxima o suficiente para garantir urgência. Os
líderes devem discutir o alvo de multiplicar com os membros da célula. Considerando
que a reprodução da célula envolve todos os membros do grupo, e também que um ou
dois dos membros serão até líderes do novo grupo, é importante ser direto e aberto. O
alvo da multiplicação começa com os membros da célula.
67
Estabelecer uma data de multiplicação ajuda a guiar os vários elementos da
célula a um único propósito. Sem uma data, não há preparação. Uma mãe grávida sabe
aproximadamente quando será o nascimento. Ela prepara seu mundo todo para o
nascimento da criança — a casa, seus hábitos, o futuro. A data do nascimento enche a
agenda da mãe e domina suas atividades. Tudo flui a partir disso.
Lançar a visão.
Consolidar o líder e seu auxiliar.
Participar no processo (ir a encontros que levem ao nascimento do
novo grupo).
Acompanhar de perto (estar em constante contato com o líder
durante o processo).
Administrar (prover recursos e treinamento para o líder).
68
Lamaze da célula8
Pré-natal (semanas 1, 2 e 3)
Procure auxiliares e um novo anfitrião dentro da célula.
Conversem sobre o futuro nascimento e porque ele é
importante.
Divida partes do encontro entre o líder e o auxiliar. Separe o
grupo para o tempo de ministração. Leve o líder e parte do
grupo a se reunirem em um ambiente da casa, e o auxiliar e a
outra parte do grupo se reunirem em outro.
Ministre às pessoas durante a semana. É importante que
ambos, líder e auxiliar, ministrem (telefonemas, visitas etc.)
às pessoas que fizeram parte do seu grupo quando se reuniram
em ambientes separados da casa durante o tempo de
ministração.
Nascimento (semana 4)
Encontrem-se como células separadas, mas na mesma casa.
Pós-natal
Semanas 5, 6 e 7. Encontrem-se como duas células separadas
em dois locais diferentes.
Semana 8 (um mês depois do nascimento): Encontrem-se
novamente para uma reunião todos juntos. Isso não deve ser
um encontro formal, mas um tempo de comunhão.
Semanas 9, 10 e 11: Encontrem-se como duas células
separadas em dois locais diferentes.
Semana 12 (dois meses depois do nascimento): Encontrem-se
juntos novamente para uma reunião. Geralmente, a essa altura
os membros da célula gostam de estar juntos, mas fizeram
bem a transição e sua nova célula é realmente onde estão
conectados!
69
Ajudar o líder de célula a dar à luz é um papel fundamental do supervisor. Isso
envolve ensino que em geral vem de experiência pessoal. O supervisor eficaz é aquele
que já esteve lá e que simplesmente lembra o líder que o processo dará certo — que a
célula recém-nascida vai sobreviver e que a célula-mãe não vai morrer no processo.
70
Erros comuns na multiplicação
Delegar as várias partes dos encontros semanais a outros uma vez por
mês e vê-los aprender conforme o fazem. Peça a alguém do grupo para
ficar encarregado de um lanchinho, oração, louvor e período de
edificação.
Estabelecer no grupo relacionamentos de discipulador-discípulo (ou
duplas para prestação de contas) e supervisioná-los.
Encontrar-se com os auxiliares toda semana e decidirem juntos quais os
próximos passos para o grupo. Então, deixar os auxiliares ganharem
experiência prática ao liderar as células. Isso vai reduzir a carga de
trabalho sobre o líder e dará aos novos líderes uma visão do futuro.
71
Jim Egli identificou quatro valores-chave que formam células
saudáveis e resultam em novos grupos: oração,comunhão, evangelismo
relacional e discipulado. Ele desenvolveu o seminário “Melhorando as
dinâmicas da célula” para o qual a célula inteira se reúne e identifica o
nível de cada um desses valores em sua célula. Então cada grupo pode
trabalhar junto para criar um plano para desenvolver cada um desses
valores. Os membros da célula têm a oportunidade de contribuir com
idéias para a estratégia e podem até mesmo vir a executá-las. Quando as
células usam essa ferramenta para desenvolver uma estratégia, os
membros da célula enxergam como eles mesmos podem contribuir para a
visão e até se tornarem líderes.9
Passe o bastão
Capítulo 7
Desafiar
72
Decidi que tinha de confrontar um de meus líderes em um assunto
particularmente complicado e delicado. O problema estava profundamente escondido —
até que conheci intimamente esse líder. Era um daqueles problemas que eu jamais teria
notado a não ser no contexto de uma supervisão pessoal, embora estivesse afetando os
líderes ao redor dele e impedindo-o de exercer uma liderança efetiva. Para ser franco, eu
não queria falar com ele sobre isso. Ele explodiria? Iria me rejeitar? O amor me disse
que precisava confrontá-lo. Quando então lhe falei a verdade em amor, ele aceitou meu
conselho, comprometeu-se a mudar, e me agradeceu por aquilo.
73
Fuga: “Preciso evitar conflitos porque dói demais”. Reação: Vou fugir.
Certo ou errado: “Preciso expor o seu erro”. Reação: Desisto.
Diferença mútua: “Eu vou até certo ponto para resolver o conflito”.
Reação: Cedo até certo ponto.
Natural, normal: “Tenho diferenças genuínas que podem ser resolvidas”.
Reação: Amo o suficiente para confrontar.
A Bíblia diz que Jesus era cheio de graça e de verdade (João 1.14). João 1.17
diz: “Pois a Lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por
intermédio de Jesus Cristo”. Supervisores às vezes pensam que supervisionar significa
balançar a cabeça concordando com tudo o que o líder diz. Mas supervisionar é mais
que responder com um ouvir empático.
A maioria das pessoas tende a enfatizar a graça em vez da verdade. Elas querem
que os outros gostem delas. Querem dar uma boa impressão. Jesus, no entanto, era
cheio de graça e de verdade. O bom supervisor vai equilibrar graça (por exemplo, ouvir,
encorajar, cuidar) e verdade (por exemplo, estratégia, desafio).
Você pode imaginar um técnico que não diz aos jogadores quando eles precisam
melhorar? Um bom técnico vai focalizar as fraquezas dos jogadores para melhorá-los.
Os jogadores esperam isso de seus técnicos.
Ouvir passivamente
74
Cliente: “Sim, pensei em acabar com tudo isso”.
Psiquiatra: “Sim, você está pensando em acabar com tudo
isso”.
Cliente: “Posso até fazer isso agora”.
Psiquiatra: “Certo, então você pode até fazer isso agora”.
A maioria das pessoas vive sob o lema: “Evite conflitos a qualquer custo”. Mas
conflitos e desentendimentos vão acontecer, não importa o que as pessoas façam ou
quão bem o façam. Um provérbio chinês afirma: “O diamante não pode ser polido sem
atrito, nem o homem ser aperfeiçoado sem lutas”.
Conter-se e ser “bonzinho” quando você deveria compartilhar a verdade não vai
ajudar o seu líder. Desafie seu líder e ele vai agradecê-lo por isso. A Bíblia inclusive diz
em Hebreus 3.13: “Encorajem-se uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se
chama ‘hoje’, de modo que nenhum de vocês seja endurecido pelo engano do pecado”.
75
1. Confronte assim que possível.
2. Separe a pessoa da ação errada.
3. Confronte apenas o que a pessoa pode mudar.
4. Dê à pessoa o benefício da dúvida (comece com a hipótese de que
a motivação dela está correta).
5. Seja específico.
6. Não use de sarcasmo.
7. Evite palavras como “sempre” e “nunca”.
8. Diga à pessoa como você se sente sobre o erro cometido.
9. Dê à pessoa um plano para resolver o problema.
10. Afirme-a como pessoa e como amiga.
76
Considero a idéia da interrupção muito libertadora. Quando estou
supervisionando líderes, tento ouvir no nível 3, sintonizando com o líder e o Senhor.
Meu alvo é prestar atenção a todas as coisas que estão acontecendo ao meu redor — a
voz do líder, dicas não-verbais, conversas anteriores, e especialmente o Espírito de
Deus. Às vezes, sinto o Espírito me dizendo para explorar uma área diferente, então
interrompo e pergunto algo ao líder, como: “Você ainda está tendo dificuldade com o
Antonio falador?” ou “Você teve algum progresso em gastar tempo regular com
Jesus?”.
O feedback eficaz é:
77
Ajude-os a mudar aspectos do comportamento que eles possam
controlar (por exemplo, eles podem aprender a falar menos, mas é
impossível pedir a uma pessoa extrovertida que se torne introvertida.
— NT).
Durante um encontro com um líder, Deus pode escolher revelar alguma coisa. O
mundo chama isso de intuição, mas os cristãos sabem que Deus lhes fala diretamente
por meio de uma voz suave e tranqüila.
Talvez no meio de um encontro o supervisor pode dizer “Sinto que você está
incomodado com alguma coisa. É verdade?” Se o líder estiver em dificuldade, ele o
confessará. Senão, o supervisor não perdeu nada. O supervisor deve se deixar guiar pelo
Espírito.
78
O primeiro capítulo, sobre Receber, falava sobre a necessidade de estar
sintonizado com o Espírito Santo e pronto para ouvir o líder. Quando o supervisor
recebe, o Espírito de Deus vai mostrá-lo como proceder.
A palavra “impressão” é a que melhor define a forma como Deus fala comigo.
Ele “imprime” na minha mente e espírito a vontade e os desejos dele para minha vida.
Conforme fui gastando tempo na sua presença, familiarizei-me com seus gentis
cutucões.
É difícil descrever esses gentis cutucões. Simplesmente sei quando Deus está
falando. É evidente, claro, gentil e certo. Minha reação interior é “Sim, é isso mesmo”.
Essas impressões podem me mostrar para quem devo ligar, aonde devo ir ou o que devo
fazer.
Quando Deus fala sempre há paz. Paulo diz: “Que a paz de Cristo seja o juiz em
seu coração, visto que vocês foram chamados para viver em paz, como membros de um
só corpo. E sejam agradecidos” (Cl 3.15). A frase “seja o juiz em seu coração” significa
tomar decisões como um juiz em uma partida. A paz de Deus vai ajudar as pessoas a
saberem quais as decisões dele para sua vida, como um juiz em uma partida.
Ao mesmo tempo, Deus nunca nos fala de um jeito que nos leve a confrontar as
pessoas de um modo agitado ou com medo. Tiago descreve essa distinção:
79
Contudo, se vocês abrigam no coração inveja amarga e ambição
egoísta, não se gloriem disso, nem neguem a verdade. Esse tipo de
‘sabedoria’ não vem dos céus, mas é terrena; não é espiritual, mas é
demoníaca. Pois onde há inveja e ambição egoísta, aí há confusão e toda
espécie de males. Mas a sabedoria que vem do alto é antes de tudo pura;
depois, pacífica, amável, compreensiva, cheia de misericórdia e de bons
frutos, imparcial e sincera (Tg 3.14-17).
Mesmo quando Deus está falando sobre pecado, ele fala de forma direta, mas
carinhosa. Satanás, ao contrário, perturba e incomoda. Ele é um ladrão, assassino e
mentiroso, que choca, causa tristeza e ama deixar as pessoas indefesas e confusas.
Quando você sentir que o Espírito de Deus falou com você e quiser interromper
seu líder, poderá dizer:
Sinto que...
Você me permite dizer minha impressão? ...
Posso checar algo com você? ...
Veja como isso soa para você...
Pedindo permissão
80
O supervisor deve pedir a permissão dos líderes para confrontá-los em um nível
mais profundo. Embora haja aquelas interrupções espontâneas quando o supervisor
intervém intencionalmente, é melhor perguntar ao líder antes de intervir em áreas
privadas da vida dele. Uma forma de pedir seria: “Jane, posso compartilhar algo que
vejo sobre sua vida?”.
81
Desafie seu líder a cumprir a visão que ele tem
Deus disse a Abraão que ele seria o pai de muitas nações. É verdade, Abraão
teve suas dúvidas. Mas em última análise, seu testemunho, conforme escrito na Bíblia, é
de que ele se manteve firme à visão de Deus:
A visão cativou Abraão, e mesmo na sua idade avançada ele deu glória a Deus,
crendo que Deus cumpriria sua Palavra. Assim como a visão de Abraão, a visão dos
líderes será testada e desafiada. O supervisor está ali para encorajar o líder a cumprir a
visão de Deus.
82
É muito fácil deixar a visão malograr ou até morrer. Você, supervisor, pode
guiar seus líderes a cumprirem suas visões dadas por Deus. Gentilmente ajude-os a ver
o quadro maior e a continuar persistindo em direção à linha de chegada.
Parte Dois:
Melhorando sua supervisão
Capítulo 8
Com cada batalha enfrentada, cada quilômetro percorrido, cada lição aprendida,
os supervisores de célula vão aumentando sua autoridade de supervisão. À medida que a
autoridade aumenta, também aumenta a unção para ministrar, aumentando assim o
número de pessoas sendo tocadas pela vida do supervisor.
83
Autoridade de posição
A posição traz uma certa autoridade, sim. Sua posição como supervisor
automaticamente dá a você certa autoridade sobre os líderes de célula. Eles olharão para
você de uma forma especial simplesmente porque você é o supervisor deles.
Autoridade de especialista
84
e informação técnica para orientar seu time a levantar o bloqueio e aproveitar os pontos
fracos do adversário.
Meu conselho é este: devore livros e artigos sobre o ministério em células. Entre
na Internet e descubra as excelentes informações sobre célula disponíveis ali. Converse
com colegas supervisores sobre o que fizeram e estão fazendo. Pergunte. John Kotter,
professor na Harvard Business School, diz que “eternos aprendizes freqüentemente
pedem a opinião e idéias de outros. Eles não pensam que sabem tudo ou que a maioria
das outras pessoas tem pouco a contribuir. Exatamente o contrário, ele acreditam ... que
podem aprender de qualquer pessoa sob quase qualquer circunstância”.1 À medida que
você cresce como especialista, vai notar uma confiança maior e os outros darão a você
mais autoridade. Os outros começarão a reconhecê-lo como alguém que conhece as
opções e consegue resolver situações difíceis.
85
Leia muito sobre o ministério de células.
Pratique suas habilidades de supervisão.
Reflita sobre sua própria experiência.
Absorva conhecimento de outros supervisores, inclusive o seu
supervisor.
Autoridade espiritual
86
A autoridade espiritual vem do seu relacionamento com o Deus vivo. Os
melhores supervisores são aqueles que gastam tempo na presença de Deus, obtendo
assim discernimento renovado para oferecer aos seus líderes.
Os líderes que estão sob seu cuidado precisam saber que Deus fala com você.
Eles precisam acreditar que você ouve a Deus, o que por sua vez lhe trará credibilidade
e autoridade.
Autoridade relacional
87
Encontre paixões e interesses comuns (incluindo áreas que não
estão ligadas ao ministério).
Priorize os interesses delas mais que os seus.
Procure atender a necessidade e agenda delas antes das suas.
Feedback
Eu estava em uma farmácia popular certa tarde para buscar uns remédios. Os
atendentes estavam enrolando enquanto uma grande fila se formava do lado de fora.
Aqueles funcionários atrás do balcão pareciam tão incompetentes. Procurei por um
formulário de sugestões, porque queria expressar minha frustração. Saí frustrado porque
não havia nenhuma maneira de ser ouvido. Em outras ocasiões, quando quis elogiar um
funcionário, usei os formulários da empresa para fazê-lo.
Gosto de pedir aos líderes que supervisiono para avaliarem como estou me
saindo. Peço a eles que preencham uma avaliação (veja a seguir). Quero que meus
líderes tenham a oportunidade de me dizer o que eles pensam, o que gostam e o que não
gostam. Pedir — não forçar — aos seus líderes para preencher uma avaliação dá a eles
uma chance de se expressar, e também diz a você as áreas em que precisa melhorar.
Jesus disse: “E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará” (João 8.32).
Supervisão
Formulário de avaliação
Quero me esforçar para lhe oferecer uma supervisão eficiente. Você pode me
ajudar a melhorar com seus comentários e seu feedback. Por favor, complete as questões
a seguir e devolva esta folha para mim. Sua avaliação será útil para me ajudar no
preparo de nosso próximo encontro.
88
Excelente Muito bom Bom Adequado Pobre
1. Avalie a
supervisão 5 4 3 2 1
nesse último
mês.
Comentário?
2.Avalie o(s)
encontro(s) 5 4 3 2 1
um-a-um.
Comentário?
3. Avalie o
encontro 5 4 3 2 1
mensal em
grupo
Comentário?
Diga mais!
Se você quiser compartilhar comigo mais algum comentário, por favor, use o verso.
89
Capítulo 9
Diagnosticando problemas
Notei pequenas áreas do gramado que não estavam recebendo água suficiente.
Então pedi aos jardineiros para reposicionar os pontos de irrigação. Foram necessárias
várias tentativas por meses até que o sistema de irrigação automática estivesse
corretamente posicionado.
90
Tirar conclusões precipitadas: Informação limitada ou porque o
supervisor vivenciou um problema semelhante (mas não igual)
antes.
Errar ao definir o problema: O supervisor pode não ter uma
definição clara do problema e fazer sugestões gerais que não
atendem às necessidades específicas do problema.
Exagero na ação: Pressa em tomar uma providência rapidamente,
resultando em fazer muitas coisas ao mesmo tempo.
Diagnostique os problemas
Para realmente ver o problema, o supervisor precisa interagir com o líder, sua
família e a própria célula. O supervisor precisa observar o líder em uma variedade de
circunstâncias para saber realmente o que está acontecendo. Nesta seção, vou falar
brevemente sobre alguns dos problemas comuns e situações nas quais os supervisores se
encontram. As seções a seguir não cobrem todos os problemas possíveis.
Identifique os problemas.
Determine prioridades — distribua-as em ordem de importância
ou urgência.
Explore e verifique possíveis causas.
Investigue possíveis soluções.
Avalie a aplicabilidade de soluções (NT?).
91
Desencorajamento
Satanás vem carregado com sua aljava para atirar flechas de desencorajamento e
dúvida no coração dos líderes de célula. “Você não é bem-sucedido”, ele diz. “Você
nunca vai multiplicar a sua célula. Você tem problemas demais para cuidar dos outros.
Liderança de célula é para pessoas talentosas, e você não é uma delas.” Essas são
mentiras comuns que Satanás lança contra líderes de célula.
A melhor coisa que você pode fazer por um líder desencorajado é ouvir (capítulo
2) e encorajar (capítulo 3). Dê uma olhada nesses capítulos de novo. Depois de uma
dose dupla de ouvir e encorajar, há outras coisas que você pode fazer:
92
Pense nas várias maneiras de afirmar o valor do líder (por exemplo,
relembrando-o de suas realizações anteriores).
Deficiência de Nutrientes
Talvez você tenha notado que seu líder prioriza falar em vez de ouvir. Fale com
seu líder sobre isso. Recomende, com graça, que o líder leia mais sobre como “ouvir”
melhor as pessoas. (Leia o capítulo 6 de meu livro How to Lead a Great Cell Group
Meeting [Como Liderar um Excelente Encontro de Célula]).
Estimule seus líderes dando-lhes livros, enviando a eles recados por e-mail e
dizendo-lhes onde conseguir os recursos que eles precisam.
Problemas pessoais
No capítulo 4, falei muito sobre cuidado e o fato de que um líder de célula não é
um “fazer” humano, e sim um “ser” humano. Problemas pessoais podem estar
relacionados com a família (com pais ou esposa), dificuldades no emprego, problemas
de dinheiro e saúde pessoal. Já que Deus fez as pessoas holísticas, tais problemas
afetarão a liderança na célula.
93
Um supervisor disse: “O primeiro mito que eu
tinha sobre supervisão era que supervisionar envolve principalmente
desenvolvimento das habilidades de liderança. Pensei que tudo o que
tinha de fazer era passar adiante tudo o que sabia sobre liderar um grupo
pequeno, como facilitar uma reunião, como ter um tempo de oração ou
como multiplicar a célula. Embora o desenvolvimento das habilidades de
liderança seja uma parte importante da supervisão, não é só isso. O que
aprendi é que supervisionar é principalmente desenvolvimento pessoal.
Como supervisor, não posso me preocupar apenas com as habilidades de
liderança de uma pessoa. Preciso também me certificar de que a vida
espiritual e pessoal do líder estão sendo desenvolvidas ao mesmo tempo
que estão se desenvolvendo suas habilidades de liderança. Enquanto eu
visava apenas o desenvolvimento de suas habilidades, negligenciava seu
desenvolvimento pessoal e espiritual, e os líderes estavam começando a
se sentir usados e desvalorizados. Descobri que ter um plano para
desenvolver todas as áreas da vida do líder me ajudou a ter certeza de que
nenhuma área estava sendo enfatizada demais.”
Eric Wishman4
É por isso que amizade é um fator tão importante na supervisão. Jesus chamou
seus discípulos para “estar” com ele, e naquele processo de “estar com” ele “fez” muitas
coisas com eles.
Se o problema é pessoal, você precisará orientá-lo em outras áreas que vão além
de células, tais como:
94
Como encontrar um emprego (por exemplo, oferecendo informações
de contatos, indicando um site na Internet, recomendando um livro ou
um programa de administração financeira).
Como lidar com finanças (por exemplo, mostrando ao seu líder o que
você sabe, recomendando um curso sobre finanças).
Como melhorar o casamento (por exemplo, aconselhamento pessoal,
recomendando um conselheiro ou outro recurso).
Pecado escondido
Às vezes, você pode notar que alguma coisa está errada com o líder, mas você
não consegue identificá-la. Há um certo aborrecimento, uma certa distância. Lembro-me
de um líder que parou de compartilhar coisas profundas, mantendo nosso
relacionamento em um nível superficial. Esse comportamento era estranho para este
líder em particular. Mais tarde descobri que ele estava tendo um caso, e ele teve de
deixar sua posição de liderança.
95
se conseguir um grama de ouro. Mas você não entra na mina
procurando por sujeira. Você entra procurando por ouro.”
Dale Carnegie5
Pecados passados podem ser usados pelo inimigo para atacar um novo líder de
célula. Em vez de resistir, o líder pode decidir se entregar ao pecado. O supervisor
precisa abordar a situação com o conselho de Paulo em Gálatas 6.1-5:
Você sabe que Satanás quer que seus líderes de célula passem por crises
emocionais. Se pecar não é suficiente, Satanás e seu exército de demônios querem que
os líderes se sintam condenados pelo pecado, impuros e incapazes de servir. Satanás
adora quando líderes renunciam todo envolvimento com a célula.
96
Espírito de Absalão
Absalão era o filho rebelde do rei Davi que conseguiu conquistar os corações de
Israel para si mesmo (2 Samuel 15). Alguns pastores rejeitam o ministério em células
porque têm medo que um Absalão possa surgir.
O espírito de Absalão pode ser evitado quando cada líder estiver sob o olho
alerta de um supervisor. Um bom supervisor percebe os sintomas de rebeldia e os
confronta antes que eles afetem negativamente a outros. Nesse sentido, o supervisor
preenche o papel de um pastor, cuidando daqueles sob sua responsabilidade.
Diagnosticando problemas
97
Em qualquer estrutura de células vão surgir problemas típicos (um membro da
célula que controla o encontro, um líder de célula que fala o tempo todo, falta de
evangelismo etc.). Esses são problemas normais que supervisores vão encontrar quando
visitarem as células (capítulo 12) ou escutar dos líderes nos encontros um-a-um e de
grupo (capítulo 11).
Na realidade, muitos membros de célula têm necessidades que vão além das
habilidades ministeriais dos líderes de célula. Os membros da célula podem precisar de
aconselhamento, de uma ministração especial de oração por um grupo de cristãos
experientes, ou de um programa de recuperação. Os líderes de célula não têm de fazer
tudo por seus membros. Supervisores precisam ajudar os líderes a processar as
98
necessidades de seus membros e então encontrar a solução de Deus para suprir essas
necessidades.
Encontre soluções
Os remédios são para quem está doente. A medicina preventiva procura evitar
que as pessoas fiquem doentes. Os supervisores focalizam em usar técnicas de medicina
preventiva. Aqui estão alguns recursos onde você poderá encontrar soluções:
Uma rede de supervisores — Fale com outros supervisores que você conhece. Eles já
enfrentaram algo semelhante ao seu problema específico? Como o resolveram? Talvez
eles possam lhe indicar algum recurso, pessoa ou material. Lembre-se das palavras de
Provérbios 11.14: “Sem diretrizes a nação cai; o que a salva é ter muitos conselheiros”.
Livros e artigos — Mensalmente passo junto com os líderes que supervisiono materiais
sugeridos no site www.cellchurchsolutions.com. Além destes, há muitos outros ótimos
livros sobre o ministério de células.
99
Experiência — É muito provável que você já tenha liderado uma célula e já tenha
lidado com pessoas e situações problemáticas. Aproveite bem suas próprias
experiências e soluções, mesmo que sejam apenas um ponto de partida. Deus, em sua
soberania, colocou você em situações específicas e deu a você experiências únicas.
Capítulo 10
Depois de dar muitos seminários sobre células ao redor do mundo, descobri que
algumas sessões têm mais impacto que outras. Durante um seminário, um participante
100
comentou: “A explicação que você acabou de dar sobre o processo de mudança valeu o
preço do seminário inteiro”. Ele se referia ao meu estudo sobre como líderes passam por
uma “noite escura da alma” ao desenvolverem células. Esse participante do seminário
expressou seu alívio quando soube que essa experiência é normal enquanto as pessoas
aprendem a liderar células eficazes. Saber que há estágios previsíveis a serem
enfrentados enquanto as pessoas aprendem a trabalhar em equipe na célula traz
esperança.
Estágios de supervisão
O estágio do romance
Minha amiga Trish me contou que seu marido, um médico, foi convidado a uma
posição de destaque em um ótimo hospital em um outro estado do país. Ele recusou.
Quando perguntaram a ele porque ele queria ficar no hospital Baltimore, ele respondeu:
“Eu conheço os defeitos deste hospital. Não conheço os problemas de lá”.
Para a maioria das atividades na vida, a grama realmente parece mais verde do
outro lado. Por quê? Porque as manchas marrons só são visíveis de perto.
101
No estágio do romance de um relacionamento de supervisão, tudo é novo,
estimulante, e verde. As manchas marrons ainda não apareceram. O líder de célula está
apenas começando uma nova aventura. Ele quer ganhar o mundo e multiplicar sua
célula em poucas semanas! Ele pensa que você é o melhor supervisor no mundo, que
você não faz nada de errado. Ele está pronto para absorver cada palavra que você disser.
Use esse tempo para investir em seu líder e prepará-lo para os próximos estágios.
Estágio do romance
102
O estágio da realidade
O diabo, é claro, fará de tudo para frustrar um novo líder. Pedro diz: “O diabo, o
inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa
devorar. Resistam-lhe, permanecendo firmes na fé” (1 Pe 5.8,9).
No capítulo anterior, falei sobre problemas comuns que exigem atenção. Esses
problemas podem indicar que o seu líder de célula entrou no estágio da realidade.
Siga na graça. Ame o líder. Escute-o com atenção. Lembre o líder de que
a reação dele é esperada nesse estágio de liderança da célula.
Faça algo especial para o líder de célula que demonstre seu amor por ele.
Gentilmente lembre o líder do compromisso estabelecido no primeiro
estágio.
Continue a oferecer treinamento para suas habilidades, aperfeiçoando as
áreas deficientes. Novas habilidades darão nova confiança.
Estágio da realidade
Estratégia: seja um
canal de graça.
Lembre o líder que
vocês estabeleceram
um compromisso.
Continue a ensinar o líder, dando a ele maior segurança na liderança da
célula.
103
O estágio da resistência
Alguns chamam essa fase de “não tenho certeza se posso confiar em você”. O
líder está vendo grama marrom em todo lado e pode querer escapar — talvez para outra
igreja, outro programa, ou para férias do ministério.
Atualmente, compromissos de longo prazo são raros. “Por que não gastar ‘tempo
livre’ assistindo TV ou alguma outra atividade menos exigente?”, pode pensar o líder. A
tentação sempre é viver para si mesmo e fazer menos para Jesus, e não mais. O líder
pode subitamente se sentir tentado a desistir. Ir para algum outro lugar. Qualquer lugar.
Contanto que seja longe de você e da célula.
A boa notícia é que isso fará você se ajoelhar. Você orará mais fervorosamente
do que nunca antes. Você entrará na guerra de oração em favor de seu líder e da célula
dele. Agüente firme. É sexta-feira, mas o domingo está chegando.
Ore fervorosamente.
Ande em graça e verdade. Peça permissão para falar à vida da pessoa.
Aproveite as oportunidades para supervisioná-lo. No estágio romântico,
o líder estava aberto para receber informação; agora o líder está na
batalha, e pode estar mais interessado em aplicar aquela informação.
Estágio da resistência
104
O estágio da resistência normalmente irá se mover de modo pacífico para o
estágio da resolução, mas nem sempre funciona assim. Às vezes o relacionamento com
o líder não vai progredir. “Ninguém quer se sentir derrotado. Mas a melhor forma de
agir — e a mais profissional — em alguns casos é terminar o relacionamento”.2 Talvez
suas personalidades sejam totalmente diferentes ou filosoficamente não haja conexão.
Em tais casos, confie na graça soberana de Deus. Não se sinta um fracassado. Deus está
usando a situação para guiá-lo e direcioná-lo.
O estágio da resolução
A ótima notícia é
que a persistência e a
continuidade no processo normalmente acabam em resolução. O líder de célula
aprendeu a confiar em Deus. Ele dedicou mais tempo para Deus e sente a presença de
Deus em sua vida de uma forma nova e empolgante. Ele pensa agora em um
envolvimento de longo prazo no ministério de liderança de célula.
105
Prepare o líder para a hora em que ele supervisionará e discipulará novos
líderes de célula.
Aproveite a amizade que se aprofundou por meio das difíceis batalhas
enfrentadas.
Você vai gostar dessa fase. Você experimentará alívio das pressões. Você sentirá
um brilho de esperança. Você sentirá recuperação emocional. É hora de seguir em frente
para o estágio da recompensa.
Estágio da resolução
O estágio da
recompensa
A recompensa
é ver os frutos do seu
trabalho. O ganho
vem depois da dor. Mas ele vem. O líder de célula passou pela noite escura da alma.
Ele enfrentou as tempestades e possui agora um novo líder, que “deu à luz” a uma nova
célula com sucesso. Você agora é um supervisor com um “neto”, sentindo uma doce paz
na sua alma.
Supervisionar seu próprio líder para “dar à luz” a uma nova célula é uma das
maiores alegrias da terra. Você sentirá que realmente está participando da grande
comissão de Jesus Cristo para ir e fazer discípulos (Mt 28.18-20).3
Mas a maior recompensa de todas é trazer glória e honra a Jesus Cristo e ver sua
igreja fortalecida porque você supervisionou fielmente aqueles que estão
supervisionando outros. De uma forma bem real, você receberá a mesma recompensa do
106
pastor a que Pedro se refere: “Pastoreiem o rebanho de Deus que está aos seus cuidados.
Olhem por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. (...) Quando
se manifestar o Supremo Pastor, vocês receberão a imperecível coroa da glória” (1 Pe
5.2,4).
Estágio da recompensa
Capítulo 11
Encontros de supervisão
O papel do supervisor1
107
O princípio básico para o relacionamento do supervisor com seus líderes é o
contato consistente. Concordo totalmente com o comentário de Steve Web:
Supervisão individual
Com quanta freqüência você deve se encontrar com seu líder? Creio que é sábio
se encontrar pessoalmente pelo menos uma vez por mês, enquanto procura manter
contato semanalmente em conversas pelo telefone, se encontrando na igreja ou em outro
evento.
108
vai começar perguntando sobre a família, o trabalho e a vida espiritual do líder. Ele vai
ouvir, encorajar e demonstrar cuidado — o que demandará mais ou menos a metade do
tempo gasto no encontro individual.
O supervisor então ora com o líder pelas necessidades que apareceram durante
seu tempo juntos.
Encontros em Grupo
109
O tempo individual deve ser equilibrado com encontros em grupo. Os líderes de
célula são ajudados com as experiências de outros líderes e ministram uns aos outros,
assim como membros da célula ministram às necessidades de outros membros.
Os sete hábitos também devem ser aplicados no contexto de grupo. Aqui está um
exemplo de encontro que facilita a prática desses hábitos:
110
Planeje e desafie. Encerre o encontro com um desafio visionário de persistir na
multiplicação das células para alcançar um mundo perdido para Jesus. Isso é
muito parecido com o momento de anunciar a visão em uma célula. Desafie seus
líderes a irem em frente para fazerem uma colheita ainda maior.
Lembre-se de ser flexível com a agenda. Permita que o Espírito Santo o guie
durante cada encontro de grupo. “É preciso planejamento e visão para fazer um
encontro valer a pena. Ótimos encontros exigem criatividade, comunicação que
prenda a atenção, e uma aptidão acima da média para cuidado e estímulo
espiritual”.5
Onde se encontrar?
Um outro horário muito bom para ter um encontro de grupo é antes ou depois da
celebração da igreja. Como os líderes já estarão lá no domingo de manhã ou à noite, é
111
mais fácil ter seu encontro antes ou depois da reunião de celebração. Uma igreja em
células em Sidney, Austrália, pede às equipes de supervisão para se encontrarem antes
da celebração da noite. Como as equipes de supervisão são grupos fechados de líderes,
não é necessário para eles se encontrarem fora do prédio da igreja, como as células.
112
semanas muito mais eficaz. O encontro mensal funciona desde que o supervisor se
encontre individualmente com cada líder ao menos uma vez por mês e tenha contato
regular pelo telefone.
Todos os dias.
Ore! pelos líderes sob seu cuidado (por exemplo, ore por três
líderes às três da tarde por três minutos).
113
Capítulo 12
Visitando as células
“Papai, queria que você estivesse lá. É tão difícil descrever!” Cada uma das
minhas três filhas pinta um quadro incrível com palavras sobre as coisas que elas fazem,
mas ultimamente elas querem que eu experimente suas atividades com elas. Elas
querem que eu vá a uma aula de dança, a um recital de piano, ou a eventos esportivos.
Elas sabem que palavras são apenas um leve murmúrio quando comparadas à realidade.
O supervisor pode entender algumas coisas sobre seus líderes por meio do
contato individual e dos encontros em grupo. Mas o supervisor também precisa ver seus
líderes em ação para compreender o quadro maior. David Owens disse: “Uma figura
realmente vale mil palavras, e eu descobri que ao participar de uma reunião da célula
posso aprender mais sobre dinâmicas, saúde do grupo e o estilo do líder do que com
dezenas de descrições verbais. Fico assim em uma posição muito melhor para saber
como ajudar aquele líder quando nos encontrarmos”.1
Medicina preventiva
114
Alternância regular
Minha recomendação é que você estabeleça como alvo visitar cada célula sob
seu cuidado uma vez por trimestre, ou seja, quatro vezes por ano. Se você estiver
supervisionando três líderes, irá visitar uma célula diferente a cada mês. Isso também
lhe permitirá liderar sua própria célula, mantendo-o conectado à realidade desse
ministério. Quando você precisar visitar uma célula de sua supervisão, peça a um dos
membros de sua célula para liderar seu grupo naquela noite (essa é uma ótima maneira
de preparar novos líderes!). Você provavelmente desejará visitar uma célula nova com
maior freqüência no início para ter certeza de sua sobrevivência e crescimento.
Avise seus líderes com antecedência sobre sua visita — isso dará tempo a eles
para acalmarem seus medos.2 Quando você falar com o líder, procure reunir o máximo
de detalhes possível (por exemplo, hora do encontro, lugar do encontro, quantas pessoas
irão etc.).
Se você sente que o líder de célula não conduz apropriadamente algum aspecto
do encontro da célula (por exemplo, adoração ou edificação), peça permissão com
antecedência para demonstrar aquela parte do encontro durante sua visita. Em geral, no
entanto, você simplesmente participará da célula como qualquer outro membro.
Chegue à célula antes dos outros do grupo para estar com o líder alguns
momentos antes do encontro, para orar com ele.
115
Seu objetivo principal durante o encontro é encorajar. Afirme e apóie o líder de
célula diante dos membros do grupo. Bill Donahue diz:
Enquanto
estiver na célula, tente
se misturar o máximo
possível. Se você não
participar, a maioria
dos membros do
grupo o verá como
alguém de fora
tomando nota do que acontece. Descobri que quando compartilho de forma
transparente, as pessoas se sentem mais relaxadas. Transparência é uma parte muito
importante do encontro da célula e você pode demonstrar aos outros como fazê-lo ao
compartilhar pessoalmente.
Por participar não quero dizer dominar. Certifique-se de não tomar a liderança
da célula! Se você notar que os membros do grupo estão dependendo de você para a
resposta, tente olhar para a ponta do seu pé em silêncio até que alguém mais participe.
116
Regras de visitação
117
Os membros da célula se relacionaram bem durante o encontro?
O que produziu transformação de vida?
Como é o relacionamento entre o líder e os membros da célula?
Evangelizar é uma parte da estratégia da célula?
A oração foi significativa?
Como Deus agiu no encontro?
Depois do encontro
118
Davi estava acostumado com pedras e uma atiradeira, mesmo que humanamente
falando ele estaria melhor com a armadura de Saul.
Assim como Davi, siga corajosamente na direção para a qual Deus chamou
você. Desenvolva líderes que irão ofuscar as suas próprias habilidades e dons de
liderança. Receba de Deus e sirva seus líderes com o alvo de que eles continuem o
processo com outros homens e mulheres fiéis.
Notas
Agradecimentos
1
Jay Firebaugh, Pastor geral de Clearpoint Church em Pasadena, Texas, ensinou muitos
seminários sobre supervisão de líderes de células. Ele gravou uma série em áudio e
publicou um guia de estudo com o título The Key Is the Coach [A Chave é o
Supervisor] (Houston, TX: TOUCH Publications, 1999).
2
Steven L. Ogne e Thomas P.Nebel, Empowering Leaders through Coaching
[Capacitando Líderes por meio da Supervisão] (Carol Stream, IL: ChurchSmart
Resources, 1995), fitas de áudio.
Introdução
1
John Ayot, Dictionary of Word Origins [Dicionário das Origens da Palavra] (New
York: Arcade Publishing, 1990), palavra “coach”.
2
Len Woods, “Successful Coaching” [Supervisão Bem-sucedida], Small Group
Network http://smallgroups.com/secure/dynamics/022002news/feature5.html, (18 de
janeiro de 2003).
3
David Owen, “Successful Coaching” [“Supervisão Bem-sucedida”] (The Best of
Smallgroups.Com 1995-2002).
4
Yoido Full Gospel Church em Seul, Coréia (Pastor geral David Yonggi Cho) tem
25.000 células e aproximadamente 250.000 pessoas que participam dos cultos de
celebração. A Igreja Elim em San Salvador, a terceira maior igreja no mundo (Pastor
geral Mario Vega), tem 11.000 células, 115.000 pessoas que participam das células, e
35.000 que freqüentam os cultos de domingo. Para o Pastor Vega, o seu sistema de
supervisão é fundamental para o sucesso das células.
5
Jim Egli, 16 de dezembro de 2002, e-mail pessoal.
6
David B. Peterson e Mary Dee Hicks, Leader as Coach: Strategies for Coaching and
Developing Others [Líder como Supervisor: Estratégias para Supervisão e
Desenvolvimento de Outros] (Minneapolis, MN: Personnel Decisions International,
19960, 14.
7
Groups of Twelve [Grupos de Doze] (Houston, TX: TOUCH Publications, 1999), 182;
From 12 to 3 [De 12 para 3] (Houston, TX: TOUCH Publications, 2002), 178.
119
8
Laura Whitworth, Henry Kimsey-House e Phil Sandahl, Co-Active Coaching
[Supervisão Co-Ativa] (Palo Alto, CA: Davies-Blake Publishing, 1998), 5. Mais do que
qualquer outra coisa, o supervisor fornece continuamente ferramentas para que as
pessoas que ele supervisiona sejam mais eficazes.
9
Se você estiver supervisionando um líder de uma célula que se originou da
multiplicação da sua própria célula, gostaria de encorajá-lo especialmente para
continuar a liderar o seu grupo. O líder sob seu cuidado irá respeitar o seu conselho de
uma nova maneira, sabendo que vem de alguém que “vive isso”.
10
Ogne e Nebel.
11
Bob Logan e seus associados desenvolveram uma nova ordem de supervisão de cinco
frases: Relacionamento — construindo o relacionamento de supervisão; Reflexão —
analisando a situação; Reajustar o foco — visualização e planejamento; Recurso —
suprindo a necessidade de recursos; Revisão — avaliando a execução de um plano.
12
Steven Covey, The Seven Habits of Highly Effective People [Os Sete Hábitos de
Pessoas Extremamente Eficazes] (New York: Simon and Schuster, 1989), 46.
Capítulo 1
1
A.W. Tozer, The Pursuit of God (Harrisburg, PA: Christian Publications, Inc., 1998),
11, [À Procura de Deus] (Editora Betânia).
2
Henry T. Blackaby and Claude V. King, Experiencing God [Conhecendo a Deus]
(Nashville: Broadman & Holman, 1994), 2.
3
Reggie McNeal, A Work of Heart: Understanding How God Shapes Spiritual Leaders
[Uma Obra do Coração: Compreendendo como Deus Forma Líderes Espirituais] (San
Francisco: Jossey-Bass Publishers, 2000), 75.
4
Como citado em Willow Creek Coach’s Handbook [Manual do Supervisor de Willow
Creek] (South Barrington, IL: Willow Creek, 1995), 18.
5
Frank C.Laubach, Channels of Spiritual Power [Canais de Poder Espiritual] (Los
Angeles: Fleming H. Revell, 1954), 95.
6
Citado em Paul Lee Tan, Encyclopedia of 7700 Illustrations [Enciclopédia de 7700
Ilustrações] (Rockville, MD: Assurance, 1979), 1045.
7
Daljit Gill (Waverly Christian Centre em Melbourne, Austrália) é um dos líderes e
supervisores de célula mais bem-sucedidos que eu conheço.
8
Godfrey Kahangi, 11 de dezembro de 2002, e-mail pessoal. Godfrey passou de líder de
célula a supervisor de células e a pastor de células na Igreja Pentecostal Kampala em
Kampala, Uganda. O Pastor Geral é Gary Skinner.
Capítulo 2
1
Veja Steven Covey, The Seven Habits of Highly Effective People [Os Sete Hábitos de
Pessoas Extremamente Eficazes], Capítulo 5; veja também Joel Comiskey, How to Lead
a GREAT Cell Group Meeting [Como Liderar um Excelente Encontro de Célula]
(Houston, TX: TOUCH Publications, 2001), Capítulo 6.
2
Withworth, et. Al., 99.
3
Li em Whitworth, et. al, a primeira vez algo a respeito dos três níveis do ouvir.
4
Robert E. Fisher, Quick to Listen, Slow to Speak: Living out the Language of Love in
Your Family Relationships [Rápido no Ouvir, Lento no Falar: Praticando a Linguagem
do Amor em Seus Relacionamentos Familiares] (Wheaton, IL; Tyndale House
Publishers, Inc., 1987), 29.
5
Adaptado de Ogne e Nebel.
120
6
Mantenho um registro contínuo de cada um dos meus líderes para manter-me
atualizado e orar com mais efetivamente por eles. Oro pelas fraquezas de cada líder e
destaco os aspectos positivos em meio às fraquezas.
7
Peterson e Hicks, 43.
8
Ogne e Nebel.
Capítulo 3
1
John Maxwell, como citado no Manual do Supervisor de Willow Creek, 36.
2
Stephen H. Cordle, “Developing Home Group Leader Coaches at Crossroads United
Methodist Church” [Desenvolvendo Supervisores de Grupos nas Casas na Igreja
Metodista de Crossroads United] (Dayton, OH, Ph.D. diss. United Theological
Seminary, 1999), 104.
3
Peterson e Hicks, 101.
4
Ogne e Nebel.
5
Kent e Bárbara Hughes, Liberating Ministry from the Success Syndrome [Liberando o
Ministério da Síndrome do Sucesso] (Wheaton, IL: Tyndale House Publishers, 1998),
143.
6
Ibid, 143
7
Daljit Gill, 29 de dezembro de 2002, e-mail pessoal.
8
Edward Stewart, American Cultural Patterns: A Cross-Cultural Perspective [Padrões
Culturais Americanos: Uma Perspectiva Trans-Cultural] (Chicago: Intercultural Press,
Inc., 1972), 39.
9
Robert N. Bellah, et. al., Habits of the Heart [Hábitos do Coração] (Berkley, CA:
University of California Press, 1996), 117.
10
Hughes, 149.
11
Bill Thrall, et. al., The Ascent of a Leader: How Ordinary Relationships Develop
Extraordinary Character and Influence [A Ascensão de um Líder: Como
Relacionamentos Comuns Desenvolvem de Maneira Extraordinária o Caráter e a
Influência(?)] (San Francisco: Jossey-Bass Publishers, 1999), 79.
12
James M. Kouzes e Barry Z. Posner, The Leadership Challenge [O Desafio da
Liderança] (San Francisco: Jossey-Bass, 1996), 69.
13
John Maxwell, The 21 Indispensable Qualities of a Leader [As 21 Qualidades
Indispensáveis de um Líder] (Nashville: Thomas Nelson Publishers, 1999), 106-107.
14
Dale Carnegie, How to Win Friends and Influence People (New York: Simon &
Schuster, 1936), 54; [Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas] (Editoras IBEP-
Nacional).
Capítulo 4
1
John Maxwell, Developing the Leaders Around You [Desenvolvendo os Líderes ao
Seu Redor] (Atlanta, GA: Thomas Nelson Publishers, 1995), 184.
2
Bill Donahue, Building a Church of Small Groups [Edificando uma Igreja de Grupos
Pequenos] (Grand Rapids, MI: Zondervan Publications, 2001), 146.
3
Whitworth, et. al., 8.
4
Peterson e Hicks, 47.
5
Shirley Peddy, The Art of Mentoring: Lead, Follow, and Get Out of the Way [A Arte
de Mentorear: Lidere, Acompanhe e Saia do Caminho] (Houston, TX: Bullion Books,
1998, 46.
6
Encarta World English Dictionary, s.v. “free”.
121
7
De acordo com a edição de maio de 1991 da revista Executive Female, como citado
em Maxwell, The 21 Indispensable Qualities of a Leader [As 21 Qualidades
Indispensáveis de um Líder], 106.
Capítulo 5
1
Como citado em “Tiger: How the Best Got Better” [Tiger: Como o Melhor Melhorou]
Time Magazine, 14 de agosto de 2000.
2
Como citado em Peterson e Hicks, 14.
3
Eric Wishman, “Confessions of a Coach” [Confissões de um Supervisor], Small
Group Network http://smallgroups.com/secure/dynamics/022002news/feature6.html.
4
Owen.
5
Como citado em Firebaugh, 21.
6
Peterson e Hicks, 55.
7
Marjorie J. Thompson, Soul Feast [Festa da Alma] (Louisville, KY: Westminster John
Knox Press, 1995), 10.
8
Como citado em “Darryl’s Dilemma Responses” [Respostas aos Dilemas de Darryl],
Small Group Network <http:smallgroups.com/dynamics/022002news/darresp.html>,
(29 de janeiro de 2003).
9
Werner Kniesel, conversa pessoal, maio de 2002.
10
Dave Earley, Oito Hábitos do Líder Eficaz de Grupos Pequenos (Curitiba, PR:
Ministério Igreja em Células, 2005).
11
Peterson e Hicks, 105.
12
Como citado em Peterson e Hicks, 122.
13
Peterson e Hicks, 122.
14
Donahue, Building a Church of Small Groups [Edificando uma Igreja de Grupos
Pequenos], 146
15
Pessoalmente, prefiro o e-mail à mensagem instantânea. Posso ponderar sobre o e-
mail, mantê-lo em minha caixa de entrada para voltar a ele mais tarde, e respondê-lo no
meu tempo.
16
Peterson e Hicks, 81.
17
Maxwell, The 21 Irrefutable Laws of Leadership: Follow Them and People Will
Follow You [As 21 Leis Irrefutáveis de Liderança: Siga-as e as Pessoas Seguirão Você]
(Nashville: Thomas Nelson Publishers, 1998), 133.
Capítulo 6
1
Remember the Titans [Duelo de Titãs], prod. Jerry Bruckheimer, dir. Boaz Yakin,
1h53min., 2000, videocassete ou DVD.
2
Eric B. Johnson, “Creating a Dynamic Coaching Strategy” [Criando uma Estratégia
Dinâmica de Supervisão], Small Group Network
http://smallgroups.com/secure/dynamics/022002news/feature2.html>, (18 de janeiro de
2003).
3
Pode ser que você esteja lendo este livro para descobrir como supervisionar os líderes
sob seu cuidado que também estão, por sua vez, supervisionando outros (líderes de
células que se multiplicaram sob o cuidado deles). Se você está nessa situação, quero
encorajá-lo a treinar os supervisores sob seu cuidado nos princípios destacados neste
livro, o que os ajudará a supervisionar mais eficazmente os seus próprios líderes.
4
Gwynn Lewis, “Time Bombs that Kill a Cell” [Bombas Relógio que Matam uma
Célula] CellChurch Magazine, Verão 1995, 10.
5
Christian A. Schwarz, Natural Church Development [O Desenvolvimento Natural da
Igreja] (Curitiba, PR: Editora Evangélica Esperança), 32.
122
6
Ibid., 68.
7
David Limero, “Lifting the LIDS: A Model for Developing Apprentice Leaders” [O
Conceito PCDE: Um Modelo para o Desenvolvimento de Líderes Auxiliares], Small
Group Network, (Janeiro de 1997).
8
Jay Firebaugh praticou a multiplicação em muitas ocasiões. Ele oferece as seguintes
orientações adicionais:
“Não espere que os membros na sua célula QUEIRAM gerar outra célula. Na
verdade, se quisessem ficar longe uns dos outros, você teria um problema!
Provavelmente, o valor e o amor entre eles devem ter aumentado. Essas pessoas
ansiavam por comunidade em sua vida e agora uma multiplicação pode parecer
como uma ameaça de perder isso. SEJA EMPÁTICO! No entanto, você
aprendeu que a maior ameaça à comunidade é o grupo se tornar grande demais
e/ou que crescer para dentro.
Capítulo 7
1
David Augsburger, Caring Enough to Confront [Importe-se o Suficiente para
Confrontar], (Ventura, CA: Regal Books, 1981), 9-10.
2
Ibid., 11-12.
3
Ogne e Nebel.
4
Maxwell, Developing the Leaders Around You [Desenvolvendo os Líderes ao Seu
Redor], 128.
123
5
Withworth, et. al., 24.
6
Ed. Lawrence Khong, Zone Supervisor Intern Training Trainer’s Manual [Manual do
Treinador para o Treinamento do Auxiliar de Supervisor de Área] (Cingapura: TOUCH
Ministries International Pte Ltd., 1998), C-TN15-20, C-TN16-20.
7
Blackaby, et. al., 138.
Capítulo 8
1
John Kotter, Leading Change [Liderando a Mudança] (Boston, MA: Harvard Business
School Press, 1996), 182.
2
Robert J. Clinton, The Making of a Leader [A Formação de um Líder] (Colorado
Springs, CO: NavPress, 1988), 127.
3
Ibid, 69.
4
Firebaugh, 41.
5
Peterson e Hicks, 62.
Capítulo 9
1
Khong, B-TN20-55.
2
Ibid., B-TN18-55.
3
Maxwell, Developing the Leaders Around You [Desenvolvendo os Líderes ao Seu
Redor], 80.
4
Wishman.
5
Como citado em Firebaugh, 21.
Capítulo 10
1
Os estágios apresentados nesse capítulo ainda não foram inteiramente pesquisados,
porque a supervisão é um fenômeno relativamente recente no mundo celular. Ogne e
Nebel oferecem os fundamentos para esses estágios. Adaptei, mudei a ordem e eliminei
alguns dos que eles recomendam, adequando-os à minha experiência dos estágios
NORMAIS de supervisão. Os estágios mencionados têm muita coisa em comum com o
ciclo de vida dos grupos pequenos, o qual estudei a fundo. Veja em How to Lead a
GREAT Cell Group Meeting [Como Liderar um Excelente Encontro de Célula]
(Capítulo 9).
2
Withworth, et. al., 103.
3
Alguns relacionamentos de supervisão terminam quando o líder compreende como ser
um supervisor e começa a supervisionar outros. Na igreja em células, isso envolve a
multiplicação de líderes que multiplicam líderes. Em Co-Active Coaching [Supervisão
Co-Ativa] lemos: “Em certo momento a pessoa que recebe supervisão atinge um ponto
de satisfação — um ponto em que está pronta para ir além da supervisão. É quando as
perguntas não surgem mais desse relacionamento. Ela encontrou uma voz que busca e
pergunta, uma voz para a verdadeira expressão própria”. Withworth, et. al., 162.
Capítulo 11
1
Adaptado de Willow Creek Coach’s Handbook [Manual do Supervisor de Willow Creek],
13.
2
Steve Webb, comentários a Darryl’s Dilemma [Dilema de Darryl], Small Group Network
http://smallgroups.com/dynamics/022002news/darresp.html> (19 de janeiro de 2003).
3
Bobb Biehl, Mentoring: Confidence in Finding a Mentor and Becoming One [Mentoreamento:
Confiança para Encontrar um Mentor e Tornar-se Um] (Nashville: Broadman & Holman
Publishers, 1996), 162.
4
Maxwell, Developing the Leaders Around You [Desenvolvendo os Líderes ao Seu Redor], 69.
124
5
Bill Donahue, “Building a Great Coaching System” [Desenvolvendo um Excelente Sistema de
Supervisão], Small Group Network http://www.smallgroups.com.
6
Cordle, 112.
7
Donahue, “Building a Great Coaching System”.
8
Jay Firebaugh criou o plano 1-2-3:
1. Visita social com um membro do grupo.
2. Encontro (um encontro semanal no grupo pequeno e um encontro de treinamento
quinzenal; na semana em que não ocorre esse treinamento, os líderes se encontram com
seus auxiliares, embora isso freqüentemente possa ser feito pelo telefone).
3. Telefonemas ou recados para membros do grupo.
9
Len Woods, “Coaching Tools: A Sample Minimal Coaching Plan, A Coaching Check-Up, and
a Coaching Appointment Checklist” [Ferramentas de Supervisão: Um Modelo de Plano Mínimo
de Supervisão, Uma Avaliação de Supervisão e uma Lista de Conferência do Encontro de
Supervisão], Small Group Network
<http://smallgroups.com/secure/dynamics/022002news/feature7.html>, (18 de janeiro de 2003).
Capítulo 12
1
Owen.
2 A exceção a essa regra: “É uma boa idéia aparecer a maioria das vezes sem aviso ou com
pouca antecedência. Isso dará a você uma melhor compreensão de como está o grupo e evita
que haja ‘preparativos especiais’ para recebê-lo. Zone Supervisor Seminar [Seminário para o
Supervisor de Área] (Houston, TX: TOUCH Outreach Ministries, 1997), C-4.
3 Donahue, “Building a Great Coaching System” [Desenvolvendo um Excelente Sistema de
Supervisão].
4 Donahue, Building a Church of Small Groups [Edificando uma Igreja de Grupos Pequenos],
146.
Índice
Alvo(s) 14, 36, 65, 72-73, 76, 82, 89, 112, 137
Amizade, 30, 55-57, 71, 82, 105, 115, 141
Amor que confronta, 81-82
Arnold, Jeffrey, 67
Augsberger, David, 81
Autoridade de especialista, 94-95
Autoridade de posição, 94
Autoridade relacional, 96-97
Autoridade espiritual, 96
Autoridade da supervisão, 10, 16, 91, 93-96, 98
Avaliação, 85, 98-99, 112, 122, 125, 130
Barnabé, 48-49
Bethany World Prayer Center, 96
Beauregard, Susan, 51
Biehl, Bob, 118, 134
Blackaby, Henry, 22, 86
Boren, Scott, 139
125
CellGroup Journal, 1, 68, 142
Cho, David Yonggi, 12, 97, 129, 137
Clinton, Robert J., 96, 134
Conceito PCDE, 74, 132
Confiabilidade, 38, 112
Consultor, 7, 14, 17, 33, 57
Coréia, 129, 137
Covey, Stephen, 137
Cuidado, 9, 51-54, 56, 81-82, 89, 93, 102, 104, 117, 133
Geisel, Theodor, 47
George, Carl, 67
Gill, Daljit, 25, 130-131
Grupo pequeno (ou célula), 1-2, 12, 25, 55, 60, 67-68, 73, 104, 108-109, 121, 125, 129, 132-
135, 138-141
Grupos de Doze, 10, 13, 16, 44, 46-47, 77, 107, 124, 126, 129-133, 137-139
Guia da jornada, 60, 139
126
Jackson, Phil, 11
Johnson, Eric, 72
Jordon, Michael, 59
Lamaze, multiplicação, 77
Laubach, Frank, 24, 130
Líder de célula / Liderança, 1-2, 7, 13, 15, 25-27, 32, 34, 36-37, 42, 45-46, 52-53, 56, 61, 63-64,
69, 71-75, 78, 80, 85, 95-96, 103-104, 106-108, 112-116, 123-126, 129-130, 137, 139-141, 142
Líder de seção, 13
Lincoln, Abraham, 47
Lodgson, Jeff, 7
Logan, Bob, 2, 7, 130
Luther, Martin, 44
Oikos, 137
Ogne, Steven L., 7, 16, 129-131, 133-134
Oração intercessora, 27
Orar sem cessar, 123
Ouvir, 7, 9, 23, 29-36, 38, 46, 54-55, 68, 74, 82-83, 89, 103-105, 113, 117, 119, 130, 137, 141
Ouvir, nível 1, 32, 34
Ouvir, nível 2, 32, 34
Ouvir, nível 3, 33-35
Ouvir, obstáculos, 31, 89
Ouvir a voz de Deus, 23, 31-34, 36, 105
Owen, David, 60, 123, 129, 132, 135
127
Roosevelt, Teddy, 66
Ruth, Babe, 47
Serviço, 57
Seymour, Supervisor, 62
Smith, Jeromy, 63
Spoude, 46-47
Spurgeon, C. H., 45
Schwarz, Christian, 73, 132, 138
Stewart, Edward, 45, 131
Suíça, 63
Supervisão, definição, 17
Supervisão online, 67-68, 139-142
Supervisor, 13, 133, 135, 138
Telefone, uso de na supervisão, 26, 36, 41-42, 55, 66, 68, 75, 77, 117-118, 121-122, 135
Tempo devocional, 23-24, 96, 137
Tocqueville, Aléxis de, 45
TOUCH Ministries, 5-6, 133, 135, 138-140, 142
Tozer, A.W., 130
Transparência, 46, 54, 125, 138
Treinamento da célula, 1-2, 12-14, 60-61, 67-68, 73, 75, 80, 95, 123, 132, 139, 141
Treinamento de habilidades, 55-56, 96, 113
Treinamento de líderes, 53, 60, 62-63, 67, 76, 80, 88, 95, 113, 119, 122-123, 135, 139
Visão, 2, 6, 12-13, 39, 60, 71-72, 74-76, 79, 89, 120, 126, 138
Visita ao encontro da célula, 16, 125, 138
Washington, Denzel, 71
Web, Steve, 117
Wesley, John, 138
Willow Creek Community Church, 130-131, 134, 138
Wooden, John, 11, 42
Woods, Tiger, 59, 131
Zurique, 63
(contra-capa)
128
A pesquisa comprova que o que mais contribui para o sucesso das células é a
qualidade da supervisão que é oferecida aos líderes de células. Muitos estão servindo na
posição de supervisor, mas não compreendem completamente o que devem fazer nessa
posição. Joel Comiskey identificou sete hábitos de supervisores de células eficazes:
Receber de Deus.
Ouvir as necessidades do líder de célula.
Encorajar o líder de célula.
Cuidar dos múltiplos aspectos da vida de um líder.
Desenvolver o líder de célula em vários aspectos de liderança.
Desenvolver com o líder de célula estratégias para criar um plano que leve a
célula a cumprir sua visão.
Desafiar o líder de célula para o crescimento.
Dicas práticas de como desenvolver esses sete hábitos estão descritas na primeira
parte deste livro. A segunda parte aborda os aspectos: como polir suas habilidades de
supervisão com instruções para o diagnóstico de problemas em uma célula, como liderar
reuniões de supervisão e o que fazer quando visitar um encontro de célula de sua
supervisão.
Este livro vai preparar você para ser um supervisor de células eficaz, que
mentoreia, apóia e guia lideres de célula para um ministério eficaz.
129