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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA

NÚCLEO DE TECNOLOGIAS DA EDUCAÇÃO - UEMANET


LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

ANTÔNIO REIS DE SOUSA- PROFESSOR


JASSON DE SOUSA SANTOS – TUTOR PRESENCIAL
CAMILA GONÇALVES RIBEIRO – TUTORA À DISTÂNCIA

EDVALCY BARBOSA SOARES

JOSÉ BONIFÁCIO RIBEIRO

MULTIMEIOS APLICADOS Á EDUCAÇÃO: uma breve análise das Metodologias Ativas


aplicadas em sala de aula ou fora dela

Imperatriz

2019
EDVALCY BARBOSA SOARES

JOSÉ BONIFÁCIO CÉSAR RIBEIRO

MULTIMEIOS APLICADOS Á EDUCAÇÃO: uma breve análise das Metodologias Ativas


aplicadas em sala de aula ou fora dela

Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia,


para obtenção da nota na disciplina Multimeios
Aplicados à Educação.

Orientador: Prof. Antônio Reis Sousa

Imperatriz
2019
Sumário

RESUMO-

INTRODUÇÃO-

DESENVOLVIMENTO-

OBSERVAÇÃO-

CONSIDERAÇÕES FINAIS-

REFERÊNCIAS-
RESUMO

Esse texto traz a descrição e análise de uma turma do curso de Pedagogia da Faculdade
Pitágoras-Kroton em Imperatriz-MA. Para fundamentar esse trabalho estudou-se os autores
SANTOS E SOUSA (2011); BERBEL (2011); MARIN (2010) e ARAÚJO E SASTRE (2009),
que versaram sobre as metodologias ativas no processo de ensino e aprendizagem.
A observação se deu com o objetivo de verificar como as alunas interagem entre si e também
com a professora, além de analisar qual das metodologia ativas é aplicada na sala de aula.

Palavras-chave: Metodologia. Sala invertida. Educação.

INTRODUÇÃO

De acordo com Almeida e Valente (2012, apud MORÁN, 2015),

"Os métodos tradicionais, que privilegiam a transmissão de informações pelos


professores, faziam sentido quando o acesso à informação era difícil. Com a Internet
e a divulgação aberta de muitos cursos e materiais, podemos aprender em qualquer
lugar, a qualquer hora e com muitas pessoas diferentes. Isso é complexo, necessário e
um pouco assustador, porque não temos modelos prévios bem sucedidos para
aprender de forma flexível numa sociedade altamente conectada".

A pedagogia sempre se mostrou capaz de adaptar-se a mudanças, fixar novos objetivos


e criar novas estratégias. Todavia, vale lembrar que essas mudanças contemporâneas são
diferentes das do passado que remonta ao fim do século XIX, enfatizando a atuação do professor
com o tradicionalismo pedagógico. Nas primeiras décadas do século XX a Pedagogia Nova
toma corpo, mudando o foco e centralizando o processo de aprendizado no aluno. Na década
de 1920 surge a Escola Nova ou Escola Ativa, um movimento de renovação educacional onde
a aquisição do conhecimento surge da ação da criança.
Hoje, os desafios dos educadores são enormes, visto que vivemos em um mundo
saturado de informações e torna-se mais difícil educar o ser humano neste novo modo de viver.
A tecnologia chegou para influenciar e fazer toda a diferença nos diversos segmentos da
sociedade; afinal, o que seria do mundo sem a tecnologia? A educação precisa se aliar à
modernidade e aos avanços tecnológicos. As novas metodologias utilizadas pelas instituições
educacionais em sala de aula, saindo do modelo tradicional, colocam aluno e professor lado a
lado em uma parceria para o desenvolvimento e assimilação de conteúdo. Sai o modelo
tradicional, entram as metodologias ativas, o EAD. Todos fazendo uso das tecnologias para o
aprimoramento dos conhecimentos e das experiências enriquecedoras tanto para alunos quanto
para professores.

DESENVOLVIMENTO

Algumas instituições de ensino superior buscam minimizar lacunas no processo de ensino


e aprendizagem adotando novas metodologias e organização curricular, na perspectiva de
integrar teoria/prática, ensino/serviço, com destaque para as metodologias ativas de
aprendizagem (MARIN et al., 2010), as quais buscam favorecer a motivação autônoma e têm
o potencial de despertar a curiosidade, à medida que os alunos se inserem na teorização e trazem
elementos novos ainda não considerados nas aulas ou na própria perspectiva do professor
(BERBEL, 2011, P.29).

Segundo SANTOS E SOARES (2011), ao longo das últimas décadas é crescente a percepção
difundida entre os professores de que os alunos estão cada vez menos interessados pelos estudos
e reconhecendo menos a sua autoridade e, desta forma, a mera transmissão de informação sem
a adequada recepção não caracterizaria um eficiente e eficaz processo de ensino-aprendizado.
Os autores afirmam que a evolução tecnológica, junto a mudanças sociais, faz com que a
organização escolar atual não atenda à necessidade real dos alunos, provocando falta de
interesse pelos conteúdos e pela forma como os professores conduzem suas aulas.

A despeito do que dizem SANTOS E SOARES (2011) a respeito do uso da tecnologia


que para os mesmos ainda não conseguiu a tão sonhada transformação dos processos
educacionais, vale citar a obra Aprendizagem Baseada em Problemas (2009), de Genoveva
Sastre e Ulisses Ferreira que alerta para um aspecto importante: conforme os autores, somente
10% do que é lido é assimilado pelo aluno, aumentando para 20% a capacidade de reter o
conhecimento quando o aluno escuta sobre o assunto. Já o conteúdo vivenciado,em simulação,
compartilhamento, sistema das metodologias ativas, esse o aluno retém 90% do que foi
vivenciado.

OBSERVAÇÃO.

A observação realizou-se em uma faculdade privada de Imperatriz, numa sala de aula com
estudantes de Pedagogia.

Nome da instituição: Faculdade Pitágoras

Nível de ensino: Superior de Pedagogia

Nome do gestor: Profa. Valéria

Ano/série de ensino: 3° e 4° períodos de Pedagogia

Disciplina: Alfabetização e letramento

Assunto do dia: Revisão para provas

Metodologia Ativa: A professora (Conceição) aplica a metodologia sala de aula invertida,


seguindo tendência de todos os cursos da Faculdade Pitágoras.

Objetivo: Realizar uma avaliação, através de questionário no telão e respostas no caderno. O


assunto foi estudado em casa previamente.

Critério de avaliação: A professora verifica se as alunas acessam o portal para participar dos
fóruns e responder questionários.

Desempenho dos alunos: Todas se mostraram empenhadas em estudar o assunto previamente


e interesse em responder aos questionários em sala de aula. No entanto, algumas alunas não
estão conseguindo acompanhar o ritmo pois fariam 3 provas na mesma semana, além de não
ter muita intimidade com o ambiente virtual da Faculdade.

Relação professor-aluno: A professora mantém uma relação de respeito com as alunas,através


do diálogo, da troca de ideias, da interação quanto a orientar na solução dos problemas sem,
no entanto, perder o controle da situação dentro da sala de aula.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

As metodologias ativas chegaram e trouxeram um novo jeito de aprender e ensinar. No


entanto, não eliminam o modelo padrão, visto que há, ainda, uma resistência tanto de
professores que não estão acostumados às tecnologias e também de alunos que não têm
intimidade com as ferramentas tecnológicas. A falta de recursos financeiros ainda é o fator que
distancia a sala de aula das novas tecnologias e metodologias, sobretudo no sistema público
haja vista que algumas prefeituras mal conseguem manter as escolas funcionando. Já no setor
privado, é perceptível a migração de universidades e escolas para o sistema de metodologias
ativas pois além de fazer uso dos avanços tecnológicos, o aluno se torna ativo no processo de
aprendizagem. O professor continua lá, na sala, não como o detentor de todo o conhecimento
mas sim como mediador, facilitador e, quando necessário, fazendo intervenções pontuais e,
claro, aprendendo junto.

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, U. F.; SASTRE. Aprendizagem baseada em problemas. Editora Summus editorial


2009.
MORAN, JOSÉ. Mudando a educação com metodologias ativas. Disponível em:
http://rh.newwp.unis.edu.br/wp-content/uploads/sites/67/2016/06/Mudando-a-Educacao-com-
Metodologias-Ativas.pdf
MARIN, et al. Aspectos das fortalezas e fragilidades no uso das Metodologias Ativas na
Aprendizagem. Revista Brasileira de Educação Médica, 34 (1): 13–20; 2010.
SANTOS, C. P. & SOARES, S. R. Aprendizagem e relação professor-aluno na
universidade: duas faces da mesma moeda. Est. Aval. Educ., São Paulo, v. 22, n. 49, p.353-
370, maio/ago. 2011.
BERBEL,N.AN. As metodologias ativas e a promoção da autonomia de estudantes. Semina:
Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 32, n. 1, p. 25-40, jan./jun. 2011

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