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TEORIAS

PSICANALÍTICAS
Complexo de Édipo (Jacques Lacan)
O Seminário, livro 5: as formações do inconsciente

 “Trata-se do que chamo de Nome-do-Pai, isto é, o pai simbólico.


Esse é um termo que subsiste no nível do significante, que, no
Outro como sede da lei, representa o Outro. É o significante que
dá esteio à lei, que promulga a lei. Esse é o Outro no Outro”
(p.152).

 “é precisamente isso que é expresso por esse mito necessário ao


pensamento de Freud que é o mito de Édipo. [...] É necessário
que ele mesmo forneça a origem da lei sob essa forma mítica.
Para que haja alguma coisa que faça com que a lei seja fundada
no pai, é preciso haver o assassinato do pai” (p.152)
O Seminário, livro 5: as formações do inconsciente

 “A virilidade e a feminização são os dois termos


que traduzem o que é, essencialmente, a função do
Édipo. Encontramo-nos, aí, no nível em que o
Édipo está diretamente ligado à função do Ideal do
Eu” (p.171).
O Seminário, livro 5: as formações do inconsciente

 “O pai intervem em diversos planos. Antes de mais


nada, interdita a mãe. Esse é o fundamento, o
princípio do complexo do Édipo, é aí que o pai se
liga à lei primordial da proibição do incesto”
(p.174).
O Seminário, livro 5: as formações do inconsciente

 É o amor pelo pai que proporciona o término do


complexo de Édipo. O amor e a identificação
(p.176).

 “no momento da saída normatizadora do Édipo, a


criança reconhece não ter – não ter realmente
aquilo que tem, no caso do menino, e aquilo que
não tem, no caso da menina” (p.179)
O Seminário, livro 5: as formações do inconsciente

 O falo não é um objeto, é um significante. Ele é o


significante do desejo (p.386).

 O significante do desejo é aquilo que é desejável. Esse


significante é o falo.

 Todos os objetos que atraem a atenção dos pais adquirem


importância para a criança.

 Falo é o nome do desejo


O Seminário, livro 5: as formações do inconsciente

 O que é o pai no complexo de Édipo?

 O pai é o pai simbólico, é uma metáfora. “Metáfora é


um significante que surge no lugar de outro
significante”.

 “A função do pai no complexo de Édipo é ser um


significante que substitui o primeiro significante
introduzido na simbolização, o significante materno”
(p.180)
O Seminário, livro 5: as formações do inconsciente

 O que quer a mãe?

 “Eu bem que gostaria que fosse a mim que ela


quer, mas está muito claro que não é só a mim que
ela quer. Há outra coisa que mexe com ela [...]. E o
significado das idas e vindas da mãe é o falo”
(p.181)
O Seminário, livro 5: as formações do inconsciente

 “De que se trata na metáfora paterna? [...] a


colocação substitutiva do pai como símbolo, ou
significante, no lugar da mãe” (p.186).

 No Édipo, quem é castrado é a mãe (p.191).

 A questão que se coloca para o sujeito é a de ser ou


não ser o falo da mãe (p.192)
O Seminário, livro 5: as formações do inconsciente

 Os três tempos do Édipo:


 1º tempo: a criança busca poder satisfazer o desejo
da mãe, ser o objeto de desejo da mãe. Para agradar
à mãe é necessário ser o falo.
 2º tempo: a mãe se dirige ao Outro, àquele que
possui o objeto de seu desejo.
 3º tempo: o pai pode dar à mãe o que ela deseja
O Seminário, livro 5: as formações do inconsciente

 “O pai se revela como aquele que tem. É a saída do


complexo de Édipo. Essa saída é favorável na
medida em que a identificação com o pai é feita
nesse terceiro tempo, no qual ele intervem como
aquele que tem o falo. essa identificação chama-se
Ideal do Eu” (p.200).
O Seminário, livro 5: as formações do inconsciente

 A mensagem do pai não é simplesmente “não te


deitarás com tua mãe”, mas um “não reintegrarás
teu produto”, que é endereçado à mãe. “Assim, são
todas as conhecidas formas do chamado instinto
materno que deparam aqui com um obstáculo”
(p.209).
O Seminário, livro 5: as formações do inconsciente

Homossexualidade masculina:
 Relação profunda e perpétua com a mãe.

 É a mãe que, no casal, tem a função diretiva. É a mãe

quem mostra ter sido a lei para o pai.


 Supervalorização do objeto, de forma que não se

interessa por quem é privado desse objeto .


 Pai que ama demais a mãe.

 “O sujeito considerou que a maneira certa de aguentar

o tranco era identificar-se com a mãe, porque esta,


por sua vez, não se deixava abalar” (p.217)
O Seminário, livro 5: as formações do inconsciente

Perversão:
 “Sendo preciso que a mãe seja fálica,ou que o falo seja

colocado no lugar da mãe, teremos o fetichismo. Sendo


preciso que ela realize em si mesma, intimamente a junção do
falo com a mãe, sem a qual nada nela poderá satisfazer-se,
teremos o travestismo” (p.298).

 O fetiche é o desmentido da castração materna, é o substituto


do pênis.

 A repetição é para triunfar sobre a falta desmentida.

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