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26 Quinta-feira
Feb 2015 Arcano Onze do Tarot – Por
Gabriel Marcos
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COMENTÁRIO
Corresponde à letra KAPH do alfabeto hebraico.
Guilgamesh, o herói sumério, evitou estrangular o leão contra o peito depois de tê-lo
aturdido com uma pancada desferida com um saco de pele cheio de areia. Isso quer
dizer que o herói não desdenhou o que é inferior, antes estimou como sagrados até
os instintos menos nobres, por serem o estimulante necessário à acção. O domínio
da energia vital exige que as forças tendentes para o mal-fazer sejam consumidas
pela transformação em forças salutares de bem-fazer. O que é vil não deve ser
destruído mas enobrecido pela transformação, à maneira da Alquimia elevando o
chumbo à categoria de ouro. Esta regra é aplicável a todos os terrenos. É inútil exigir
do homem comum a virtude desinteressada, o austero cumprimento do dever, pois o
egoísmo, em todas as suas formas, permanece o príncipe deste mundo. O homem
sábio aceita que assim seja, e conta com o Diabo obrigando-o a colaborar, malgrado
seu, na Grande Obra. Assim o ensina este Arcano XI.
Tudo isso correlaciona-se aos dois factores internos originadores dos impulsos
humanos, com sejam as tendências e desejos, ou por outra, as skandhas
(representadas pela Rainha) e as nidhanas (simbolizadas pelo Leão). As primeiras
representam-se pelo bem, pela moralidade, pelas virtudes que no conjunto são as
tendências positivas do Homem. As segundas marcam-se pelo mal, pela
imoralidade, pelos vícios que no conjunto são as tendências negativas do Homem.
Skandhas e nidhanas formam um conjunto de 78 energias vitais que debatem-se
entre si como tendências e desejos inteiramente embaralhados, em guisa de um
baralho de cartas cujas pintas marcam o valor da jogada com que se joga o destino.
O equilíbrio entre essas forças traz a saúde, enquanto o desequilíbrio acarreta a
doença. A vida do Homem na Terra é como um verdadeiro jogo de xadrez entre
skandhas e nidhanas, como resultado da combinação de cada uma dessas energias
onde ao início tudo é indefinido, não sabendo qual das partes fará o xeque e o mate.
Feliz daquele que no período de vida diária desenvolve as skandhas, pois que assim
cria os seus próprios meios de evolução; e infeliz daquele que alimenta as nidhanas,
indo dificultar a sua evolução e as quais, depois de morrer, poderão assombrar a
sua alma tomando formas astrais hediondas posto que o vício enfeia, enquanto a
virtude embeleza.
Tal Trabalho, Labor ou Opera Magna cabe a Virgo realizar, efectuando assim o
programa da Iniciação Masculina ou Dórica. O seu nome: Inteligência, Mente
Superior. Vem a ser retratada na simbólica fada Melusina a quem se deve as
conquistas da ciência e os progressos da civilização, mas as maravilhas que opera
ocultamente são ainda mais admiráveis que aquelas constatadas pelos sentidos
físicos. Está activa em cada organismo, sem ela as células inconscientes não
poderiam concorrer para a consciência do corpo. Ela repercute na alma de toda a
colectividade, porque a vida só é individual de maneira relativa: até o ser que se vê
como o mais simples é de uma complexidade assombrosa.
Há nisso também uma analogia com o processo pelo qual Virgo (Arcano III) impõe-
se a Leo (Arcano XI): o Outono húmido dominando o Verão quente, é uma imagem
adequada para o que a psicanálise chamou de “sublimação” por oposição à
“repressão”, para nós sendo a transmutação da energia da líbido em força da mente
intuitiva.
Cabe à MÃE a ALMA no TEATRO da Vida, pelo que no geral toda a mulher é
sagrada. Toda a mãe deve ser mantenedora do Fogo Universal na lareira do lar,
neste onde deve arder brilhante a chama do Amor abnegado. Dela depende a
formação do carácter do filho desde o momento que a habita no ventre materno.
De maneira que é através da MÃE DIVINA – encoberta pelo véu cerúleo do Akasha
– que a Natureza inteira se desenvolve e evolui. Intermediária entre o Espaço
Incondicionado e o Espaço Condicionado, Ela transforma aquele e desenvolve este,
posto ser a Suprema Actividade impulsionando todas as formas de vida em
evolução.
Os valores dos Arcanos II, III, VIII estão retidos no próprio valor deste Arcano XI,
como sejam: 3+8 = 11, e 1+1 = 2. O número 11 aparece como valor capital em
Iniciação (tanto que é a metade do valor número canónico de SHAMBALLAH, 22),
sobretudo nos seus múltiplos 22, 33 e 77, do mesmo modo que na sua
decomposição em 5 e 6, algarismos afins à natureza do Pentalfa e do Hexalfa, ou
seja, aos símbolos indicativos do Microcosmos (Homem) e do Macrocosmos
(Universo). A reunião desses dois signos constitui o pentáculo da força mágica
exercida pelo Espírito Humano (Pentagrama) assim se tornando o centro da acção
da Alma Universal (Hexagrama). O domínio humano afirma-se no domínio limitado
do Microcosmos mas englobado no Macrocosmos donde emana (Arcano I), em
sintonia com o qual são dispensados todos os esforços (Arcano XI).
O Arcano XI assinala neste ponto o ideal que é possível alcançar. O homem sábio
poderá dispor de uma força imensa, se pensar judiciosamente e o seu querer
particular identificar-se à Vontade Suprema. Ele irá domar a violência pela doçura ,
que é mais “violenta” que a própria violência por se tratar da sua antítese: a não-
violência (ahimsa). Nenhuma brutalidade lhe resistirá, desde que se saiba exercer o
poder mágico – a PERSUAÇÃO de que fala Cagliostro – que afinal distingue todo o
verdadeiro Adepto.
Cabe a todo o homem, se quer ser sábio, domar nele mesmo o leão das paixões
ferozes e dos instintos animalescos, para que efectivamente além de esperar possa
alcançar a Força realmente forte superior a todas as forças.
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