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Kathryn Smith
Tradução: Susana
Boa leitura
Comentário da Revisora:
Enredo leve, com um pouco de ação e uma mocinha
amor prevaleça.
Delicie-se ;)
Dedicatória
Para Nathalie:
vi.
Londres....
Capítulo 1
Ele era um daqueles homens que
— Não sei.
— Sir William.
— Senhor?
— Senhorita Lewis.
Sophia.
1
Um modelo de cadeira
2
Lã, com que se produziam tecidos e roupas.
— Não. Você decidiu isso. Eu nunca concordei e
continuo não concordando. Você se engana ao pensar que
seu irmão permitirá que fique sob o mesmo teto que eu.
Sophia grunhiu.
— Oh!
Sophia sorriu.
O sorriso desapareceu.
— Promete responder?
— Sim.
— Sim. — sussurrou.
— É terrível!
— Senhor, creio que saiba tão bem quanto eu, que sua
irmã não está fazendo as malas, é mais provável que esteja
chorando ou lamentando-se no quarto.
— Não.
A governanta sorriu.
— Não. — respondeu.
Letitia sorriu.
Preso!
Era Letitia.
— Sim?
Sua retirada estratégica tinha durado menos do que ele
teria imaginado.
— Em que?
— Não.
— Entre. — disse.
Por que sempre o fazia parecer mal? Por que não podia
ver que ele só desejava o que era melhor para ela? Queria que
sua irmã fosse feliz, que tivesse um marido amoroso e lindos
filhos. Ou acaso ela tinha outros planos? Esse era o momento
certo para formar uma família.
— Sim.
*******
— Saia daqui.
— Como?
— O que?
— Bem...
Ah, não!
— É mesmo?
— De fato, Senhora?
— É mesmo?
— É claro.
— E você?
— Excelente.
Lady Wickford fora uma boa amiga de sua avó por parte
de mãe e estava presente em todas as lembranças de Julian.
— Eu não vou.
— Como? Julian!
— Ele concordou!
— Como é?
— Eu...
— E? — insistiu.
Julian suspirou.
— Bem, espero que a Senhora me ajude a casar minha
irmã antes do final da temporada social em Londres.
— Senhora?
Sua frieza não deveria ter doído, afinal ela também fora
fria com ele, mas doeu, no entanto ela era quem tinha saído
prejudicada no passado. Fora a sua vida que se modificara
para sempre, e ele parecia não se importar em absoluto por
ter sido a causa.
Julian assentiu.
— Solte-me.
Falou em voz baixa. Uma voz tão fria que Sophia sentiu
um calafrio.
Charles sorriu.
— Julian! É linda!
— Sophia!
A Julian.
Sophia.
Quando abriu o livro pela primeira vez
há quase sete anos, sentira-se ultrajado ao
ler essas palavras. Agora o faziam sorrir. Ou
quase. Nunca lera o livro. Talvez agora lesse.
Capítulo 5
Era o tipo de cavalheiro que as mães não gostavam,
— E?
Letitia assentiu.
— Vamos?
— Acabou de fazê-lo.
— É um belo cavalo.
— Por que?
— Mas a domou.
— Oh!
— Meu Deus.
— Obrigada.
— De nada.
— Oh!
Acaso ela acreditava que ele fosse tão tolo? Sophia não o
amava. Se o tivesse amado, não teria se casado com o
Marquês tão rápido.
Não, afinal ela não lhe tinha explicado por que se casou
com Aberley tão rápido. Teria sido para salvar sua reputação
ou não estava enganado com sua teoria de que ela estaria em
busca de fortuna? Não lhe explicara porque passara a viver
do esplendor abastado a uma quase pobreza absoluta, e sem
dúvida não lhe tinha contado que tipo de controle Charles
Morelle tinha sobre ela. Tudo isto era motivo suficiente para
não lhe depositar sua confiança tão apressadamente.
— Entre.
— Quem é, Fielding?
— Estou gorda.
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Que ou aquele que aprecia os prazeres da vida, que ou aquele que gosta de se divertir acima de tudo. Boêmio, estróina, folgazão,
playboy
Sophia não sabia se estava ou não maravilhosa, mas
talvez não estivesse tão bonita quanto gostaria de estar.
Jenny, sua criada, fizera um penteado muito elaborado e até
frisara algumas mechas de seus cabelos para adornar seu
rosto e colo. Inclusive fizera uso de alguns cosméticos na face
e nos lábios, não muito. Não queria parecer uma mulher
leviana.
— Obrigada.
Julian sorriu ligeiramente como resposta. Era possível
que lamentasse tanto quanto ela a discussão que tinham tido
na noite anterior? Teria sido por isso que ordenara a seu
mordomo que não deixasse Charles entrar na casa? Era por
isso que estava tão solícito com ela?
— A primeira.
— E a última.
Sophia não sabia muito bem por que, mas o fato de que
queria começar e terminar a noite com ela nos braços fez seu
coração bater com força.
— Sophia!
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Julian a observou brevemente, antes de servir
embutidos aos dois.
Será?
— Meia hora.
Encolheu os ombros.
Sorriu.
Julian riu.
— Sophia.
Letitia assentiu.
— Tudo bem.
Letitia sorriu.
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lembrava, Julian soube de imediato que a tinham aceitado
em seu pequeno círculo.
— Como sabia?
Ela riu.
— E estamos?
— Eu também não.
— Suponho...
Sophia se deteve.
— Amigos.
Julian sorriu.
— Não acredito.
— Como?
— É mesmo?
— É muito fiel!
— O que ia fazer?
— Chegamos em casa.
— Sim.
na escuridão?
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importaria. Nesse momento, aceitaria qualquer coisa que
afastasse seus pensamentos sobre Sophia.
— O herdeiro de Penderthal?
Leu o título:
A Julian.
Cordialmente, Sophia.
Cadela.
— Não!
— Fiz o que?
O empregado voltou.
— Sophia.
―Por favor, meu Deus não deixe que ele veja o quão
assustada estou.‖
— Da próxima vez?
Sophia assentiu.
Por dentro, estava cheio de ira, pois ele sabia muito bem
com quem Letitia tinha estado nas últimas horas. Mas queria
ouvir dos lábios dela, para que pudesse libertar a emoção que
tinha em seu interior.
— Sophia?
— Comigo mesmo?
— Está louca!
Não podia parar de pensar que tudo isto poderia ter sido
evitado se Sophia tivesse confiado nele.
Certamente não.
— Entre.
— Sophia.
— Olá, mamãe.
— Querida!
Parece que sua mãe entendia que ela pedia perdão por
algo mais que por não ter vindo antes. A mãe segurou uma
das mãos de Sophia entre as suas e a conduziu para um
pequeno sofá azul que se encontrava perto das janelas
enormes.
— Sim.
— E também é o responsável por esta... — Maria movia
os dedos no ar como tentado encontrar a palavra correta. —
Desta novela da qual ouvi falar?
— Do que precisa?
— Olá, papai.
— Como?
— E o que é?
— Amor. — respondeu Sophia. — E apoio. Agora vejo
que não estou no lugar certo. Não é capaz de me dar uma
coisa nem outra.
— Tampouco.
Capítulo 9
— Algumas senhoritas se esforçam tanto em ir às compras
Um novo marido.
cair.
— Julian.
— Você poderia nos dar licença? Lady Aberley e eu
precisamos conversar.
— Aí está, querida!
Julian se aproximou.
— A segui.
— Quero me desculpar.
— Não me culpa?
— Bem.
— Sim?
— Como?
— Todas?
— Sim! Todas!
Sorrindo, Sophia se perguntou se realmente queria
perder ou ganhar. Se Julian viesse, como uma parte dela
tanto queria, o que faria então? Sua recente liberdade
acabaria, por mais aterradora que fosse, gostou de viver sua
vida exatamente como queria e sem se submeter às normas
de outra pessoa.
Teu,
Charles.
— Que arrogante!
— Wolfram?
— Mande-o entrar.
— A Senhora sabia que ele viria? — Sophia acusou
quando ficaram sozinhas.
A verdade doeu.
— Nosso comportamento?
— Quero você pelo que você é, não pelo que deveria ser.
— Sim, aceito.
Capítulo 10
— Não quer se casar com ele!
vazias.
Sophia sorriu.
— Eu...
“Eu adoro.”
Para sempre.
— Entre.
— Olá, Letitia.
— Sophia!
Sophia sorriu.
— E não é.
Sophia riu. Havia coisas que jamais contaria a Letitia e o
que Julian nela despertava era uma delas.
— O que aconteceu?
Sorriu.
— Saúde!
— Aonde vai?
As senhoras riram do seu tom possessivo, mas Sophia
se limitou a sorrir.
Gabriel assentiu.
Julian queria lhe dizer que devia ser sincera com ele
pois do contrário pagaria as consequências, mas não o fez.
Compreendeu suas palavras. Ela confiaria nele se ele
confiasse nela.
Sério?
— Quando?
Sophia não o olhou nos olhos.
Deus! Será que ela não tinha notado seu cheiro? Tinha
suado bastante ao lutar com Harper.
— Não.
— Diga?
— Eu adorei.
Beijou-a lentamente, provocando-a com a língua
enquanto sua outra mão subia pelas costelas até alcançar o
seio esquerdo. Encontrou o mamilo duro e o esfregou com a
ponta do polegar.
— Como é?
— Sim vamos.
Julian sorriu.
— Nem eu.
— Eu mesmo.
— Por que?
— Obrigada.
— Apago as velas?
— Bem...
— Sim, um pouco.
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deixou descoberta a extensão de seu abdômen e a dura
amplitude peluda de seu peito. Deixou-a no chão e a olhou
com nada mais que as calças.
— Toque-me.
— Permita-me.
— Fui aprovado?
— Verdade?
— Sim!
Julian sorria.
Julian assentiu.
— Ele a machucava?
— Obrigada.
— Sinto muito.
— Você ficou triste por ele não ter lhe dado um filho?
— Talvez.
De fato era assim quando havia amor, mas esse não era
o momento para reconhecê-lo.
— E se for malvada?
Sorrindo de maneira sedutora, Sophia também se
sentou e deixou que ele a ajudasse a levantar-se.
— O que eu desejar?
— Sim.
— O que quiser?
Lilith sorriu.
— Excelente.
— Muito bem.
— Eu também.
— Tem razão.
Lilith sorriu.
— Olá, Sophia.
— Charles.
— Do que se trata?
Por um momento Letitia permaneceu em silêncio, como
se estivesse escolhendo as palavras. Finalmente, levantou a
cabeça.
Julian suspirou.
— O que aconteceu?
— A casar? Não!
E se já o amasse.
— Que tolice!
— E nem você.
— E eu também.
— Obrigado.
— Perdoe-me.
Sophia sorriu.
— Encontrei Charles.
— Julian.
— Muitíssimo.
— Ficou excitada?
Não viu a pessoa que estava aos pés das escadas até
que foi muito tarde. A desconhecida emitiu um gemido e
Sophia abafou um grito.
— Sophia?
— De casamento?
— Do nosso futuro.
— Influenciada?
— Invejosa?
Letitia assentiu.
— Oh Sophia, me perdoe.
— Prometo.
Fez a promessa rápido demais, mas Sophia se deu por
satisfeita no momento.
— E Letitia?
Capítulo 14
Há poucas coisas que doam tanto quanto um amor não
correspondido.
— E o que seria?
— E?
— Cheiram mal.
— Sim, sei.
— E eu também.
— O que fez?
— Com Aberley.
Julian assentiu.
— Sim.
Sophia suspirou.
— Não.
— Aberley a insultou.
— E isso me inclui.
— Sim.
— Só precisa querê-los.
Julian insistiu.
— Você me ama.
Julian a seguiu.
— Poderia discutir esse ponto, mas creio que é só um
estratagema inteligente para não ter de dizer que me ama
outra vez.
— Não posso.
Não sabia por que, mas não podia. Não diria só para ter
um silêncio como resposta. Ou ainda pior, para que ele a
beijasse como se a amasse realmente, não sem que ele
pronunciasse as palavras. Não voltaria a repetir o erro. Não
podia se permitir tal insensatez agora, não quando temia que
o que sentiu por ele há sete anos atrás não fora mais que
teimosia comparado ao que sentia por ele agora.
Julian se aproximou novamente, com a sobrancelha
arqueada com preocupação.
— Sophia...
de alguém.
— Como assim?
— Sophia...
Julian esperou até que ela levantou o olhar para
prosseguir.
Julian riu.
Julian continuou.
— Obrigada.
— Como?
— Sim.
— Levante os quadris.
— Como?
— N.... não.
— Você gosta?
— Eu...
— Você me ama?
Por que era tão importante para ele ouvir essas palavras
de sua boca? Ele nada tinha declarado. Como esperava que
ela o fizesse tornando-a tão vulnerável diante ele. Não, não o
faria uma segunda vez, por mais que estivesse tentada.
— Claro.
8
Um lago artificial no centro de Londres, criado em 1730 Caroline, esposa de George II.
outra pessoa, ignoraria o comentário, mas a irmã de Letitia
tinha se suicidado dessa maneira e evidentemente a ferida
que tinha deixado sua morte ainda estava aberta.
— Céus!
Capítulo 16
Todos cometemos enganos, só que alguns são mais fáceis de
— Quem é, Fielding?
— Sim, senhor.
— Não.
— Às vezes sim.
Julian acreditou.
— Não, creio que não sabe. Penso que ela esperava que
fosse você.
— Não me importo.
— Conte tudo.
Sophia se levantou.
Bateu.
— Letitia?
Não obteve resposta. Tampouco ouviu choro no interior.
Com o coração pulsando violentamente, Sophia girou a
maçaneta, abriu a porta e olhou no interior.
Sumiram.
Voltou a descer as escadas correndo, tão rápido quanto
seus pés permitiram. Quase caiu a meio caminho, mas
conseguiu recuperar o equilíbrio bem a tempo. Chocou-se
com Fielding aos pés da escada.
fantasma.
Fugir. Letitia não podia ter fugido. Ela não faria algo tão
estúpido quanto fugir com Marcus Wesley, certo?
— Você sabia.
Julian.
— Sinto muito.
— Descontrolado?
Ela sabia que era tolice dizer isso para ele, mas foi a
única coisa que pensou em dizer.
— Eu não o traí.
— Julian.
— Isso é ridículo!
Julian assentiu.
Estendeu-lhe a mão.
— O que houve?
Gabriel corrigiu.
Tolos.
— Obrigado.
— Julian.
— Sophia.
— Gabe!
— Eu levo você.
Capítulo 19
Não importa o quão rápido corra,
querida.
— É minha responsabilidade.
Sophia sorriu.
Encontrei a escuridão,
A tentação,
— Sophia?
— Tudo bem?
Houve um silêncio.
— Eu sei.
— Entre.
Capítulo 20
A verdadeira felicidade sempre se revela diante dos que
— Não me afastei...
— Sério?
Julian teria rido das palavras se não fosse pela dor que
havia em seus olhos. Ele e sua irmã tinham chegado a um
acordo e acabaram por resolver a desavença entre eles. Agora
tinha que fazer o mesmo com sua esposa.
— E como se sente?
— Sophia...
— Pode me perdoar?
— Sempre.
— Eu o am....
Podia sentir o corpo dela ficar cada vez mais tenso com
cada investida. O corpo de Julian se deleitava e também se
tencionava em resposta.
Sophia foi primeira a chegar ao clímax, arqueando a
coluna enquanto estremecia sobre ele. Com a cabeça
inclinada para trás, gritou. Foi o som de maior satisfação que
Julian tinha ouvido. Foi tão incrível que provocou seu
orgasmo imediato, o que lhe deixou sem ar nos pulmões, a
vista turva enquanto uma explosão de prazer indizível o
alcançava. O mundo deixou de existir.
Sorriu prazerosamente.
— Indescritível.
— Amo você.
— Eu também a amo.
— Não me deixou.
— Estou aqui.
— Pelo que?
— Por tudo.
— Bem-vinda.
— Se quiser, podemos.
— Prometo.
E Sophia o fez.
Epílogo
Todos somos autores de nossa própria
história.
Condessa Wolfram.
— Eu também te amo.
Cair na tentação.
Segundo a autora: Para esta novela me inspirei na
história do Caroline Lamb e lorde Byron. Sua aventura
foi muito mais escandalosa que a de Julian e Sophia,
mas quis escrever sobre um casal de amantes que se
unem sob a névoa do escândalo que eles mesmo
provocaram.