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r T it u l o babel (516 a.C.

) e o sistema sacrifical havia sido restabe­


fã - 1 0 título do livro deriva do nome do autor da pro- lecido. Esdras havia regressado em 458 a.C ., seguido de
. fecia, M alaquias. Com essa obra final dos Pro­ Neem ias em 445 a.C. Apenas um século depois, o ritual
fetas M enores, Deus encerra o cânon do AT em term os religioso vazio havia tornado o coração dos judeus insen­
históricos e proféticos. sível ao grande am or de Deus por eles e levado tanto o
povo quanto os sacerdotes a se esquecerem da lei do
A U T O R E DA TA Senhor. M alaquias repreende e condena esses abusos
* Há quem tenha sugerido que o livro foi escrito por de m aneira enérgica, traz a luz os pecados do povo e os
m um autor anônimo, sob a alegação que o seu nome, cham a ao arrependim ento. Ao voltar da Pérsia pela se­
que significa "meu mensageiro" ou "mensageiro do Senhor'' gunda vez (c. 424 a.C .), Neemias repreendeu os judeus
poderia ser, então, um título, e não um nome próprio. É res­ por esses abusos no tem plo e no sacerdócio, pela não ob­
saltado o fato de que o nome Malaquias não ocorre em ne­ servância do descanso sabático e por terem se divorciado
nhuma outra parte do AT nem no contexto fornecido pelo ilegalmente de suas esposas judias para se casarem com
autor. Uma vez, porém, que todos os outros livros proféti­ m ulheres gentias (c f Ne 13).
cos identificam o seu autor historicamente no cabeçalho No encerram ento de mais de dois m ilênios de história
de introdução, podemos supor que Malaquias é, de fato, o veterotestam entária desde Abraão, nenhuma das pro­
nome do último profeta de Israel a registrar a sua profecia. messas gloriosas das alianças abraâmica e davídica e da
A tradição judaica o identifica como um membro da Grande nova aliança havia se cumprido em sua totalidade. Ape­
Sinagoga que reuniu e preservou os escritos da Escritura. sar de alguns lum inares na história de Israel como Josué,
A julgar exclusivamente pelas evidências internas, a Davi e Josias, tudo indicava que os judeus haviam perdi­
profecia foi escrita no final do século 5e a.C., mais prova­ do as oportunidades de receber o favor de Deus, pois,
velmente durante o período que Neemias voltou à Pérsia, m enos de cem anos depois de voltar do cativeiro, já ha­
c. 433-424 a.C. (cf. Ne 5.14; 13.6), Os sacrifícios estavam viam afundado em pecados que excediam as iniquidades
sendo realizados no segundo templo (1.7-10; 3.8), con­ anteriores pelas quais o povo de Israel e Juda tinha sido
cluído em 516 a.C. (cf. Ed 6.13-15). Vários anos haviam se deportado pelos a ssrio s e pelos babilônios. Adem ais, o
passado desde então e os sacerdotes haviam se tornado M essias pelo qual esperavam há tanto tem po não havia
arrogantes e corruptos (1.6— 2.9). A referência de M ala­ chegado e a sua vinda não parecia estar próxima.
quias ao "governador" (1.8) pode ser associada ao perío­ M alaquias escreve, portanto, a profecia conclusiva do
do de domínio persa sobre Judá, quando Neemias estava AT na qual transm ite a mensagem divina de castigo so­
visitando a Pérsia (Ne 13.6). Sua ênfase na lei (4.4) coin­ bre Israel pelo seu pecado contumaz e a prom essa divina
cide com um enfoque sem elhante de Esdras e Neemias de que, num dia futuro, quando os judeus se arrepen­
(cf. Ed 7.14,25-26; Ne 8.18). Outras preocupações em co­ derem , o M essias será revelado e as promessas de Deus
mum são o casamento com esposas estrangeiras (2,11-15; se cum prirão. Depois disso, Deus se calou por mais de
cf. Ed 9 — 10; Ne 13.23-27), a retenção do dízimo (3.8-10; 400 anos, durante os quais as palavras de condenação de
cf. Ne 13.10-14) e as injustiças sociais (3 .5 ; cf. Ne 5.1-13). M alaquias ecoaram nos ouvidos do povo. Só no final des­
Neemias foi a Jerusalém em 445 a.C. com o propósito de se período surgiu outro profeta, João Batista, com uma
reconstruir os muros da cidade e voltou à Pérsia em 443 mensagem de Deus: "Arrependei-vos, porque está próxi­
a.C. Regressou posteriormente para Israel (c. 424 a.C.) mo o reino dos céus" (M t 3.2). O M essias havia chegado.
para tratar dos pecados descritos por Malaquias (Ne 13.6).
É provável, portanto, que M alaquias tenha escrito durante T e m a s h is t ó r ic o s e t e o l ó g ic o s
a ausência de Neemias, quase um século depois que Ageu 0 Senhor se refere repetidam ente à sua alian­
e Zacarias começaram a profetizar. Como em Ap 2—3, ça com Israel (cf. 2.4-5,8,10,14; 3.1) e, com as
onde Cristo dá seu parecer sobre as condições das igrejas, palavras de abertura, lembra Israel da sua infidelida­
aqui Deus escreve por intermédio de Malaquias para reve­ de para com o am or divino e sua relação de m atrim ô­
lar a Israel o que pensa a respeito da nação. nio com Deus (cf. 1.2-5). A tônica do livro é o am or de
Deus pelo seu povo. Ao que parece, as prom essas feitas
Pa n o d e fu n d o por profetas anteriores acerca do M essias vindouro que
Apenas 50.000 exilados haviam deixado a Babí- traria consigo o livram ento definitivo e uma era de bên­
___ _ J _ lônia e regressado para Judá (538-536 a.C .). O çãos e as palavras de encorajamento das promessas mais
templo havia sido reconstruído sob a liderança de Zoro­ recentes (c. 500 a.C.), transmitidas por Ageu e Zacarias, só
haviam servido para tornar o povo e seus líderes ainda (1 .6 — 2.9); (3) desprezar a fidelidade de Deus (2.10-16);
mais obstinados em sua oresunção. Acreditavam que (4) redefinir a justiça de Deus (2 .1 7 —3.6 ); (5) roubar das
podiam manter esse relacionam ento de am or por meio riquezas de Deus (3.7-12); (6) ultrajar a graça de Deus
de meros rituais form ais e, ao mesmo tempo, viver como (3.13-15). Em três interlúdios, o profeta anuncia o castigo
bem entendessem . 0 profeta repreende os sacerdotes divino: (1) sobre os sacerdotes (2.1-9); (2) sobre a nação
(1 .6 —2.9) e o povo (2.10-16) com severidade e lem bra­ (3.1-6) e (3) sobre o rem anescente (3 .1 6 —4.6)
-os de que a vinda do Senhor a qual buscavam (3.1) se
daria por meio do castigo para refinar, purificar e lim par - DIFICULDADES DE INTERPRETAÇÃO
(3.2-3). 0 Senhor não desejava apenas que seguissem a O significado do envio de Elias "antes que ve-
lei exteriorm ente, mas tam bém que a aceitassem inte­ . J nha o grande e terrível Dia do S en h o r " (4.5) é
riorm ente (cf. Mt 23.23). 0 profeta ataca a corrupção, a controverso. A profecia se cum priu em João Batista ou
perversidade e a falsa segurança ao direcionar os castigos ainda está para se cum prir? Elias será reencarnado? Pa­
contra a hipocrisia, a infidelidade, a transigência, o divór­ rece mais apropriado considerar a profecia de Malaquias
cio, a falsa adoração e a arrogância do povo uma referência a João Batista, e não a uma volta literal
M alaquias pronunciou a sua profecia na forma de de­ de Elias. Não apenas o anjo anunciou que João Batis­
bate, empregando o método de perguntas e respostas. ta iria "adiante do Senhor no espírito e poder de Elias"
As acusações do Senhor contra o seu povo são respon­ (Lc 1.17), mas tam bém o próprio João Batista afirmou
didas, com frequência, com perguntas cínicas do povo que não era Elias (Jo 1.21). Assim , João foi sem elhante a
(1.2,6-7; 2.17; 3.7-8,13). Em outras ocasiões, o profeta se Elias interiorm ente em "espírito e poder" e exteriorm en­
apresenta como advogado de Deus num processo legal te em seu modo de vida independente, austero e não
e propõe perguntas retóricas para o povo com base em conform ista. Se os judeus recebessem o M essias, João
suas críticas hostis (1.6 ,8-9; 2 .1 0 ,1 5 ; 3.2). seria o Elias ao qual a profecia se referia (cf. M t 11.14;
M alaquias acusa os sacerdotes e o povo de pelo me­ 17.9-13); se rejeitassem o Rei, outro profeta sem elhante
nos seis pecados deliberados; (1) rejeitar o am or de Deus a Elias seria enviado no futuro, talvez como uma das duas
(1.2-5); (2) recusar dar a Deus a honra que lhe é devida testem unhas (cf. Ap 11.1-19).

Esb o ç o II. Declaração de castigo e bênção


1. Denúncia dos pecados de Israel (1 .1 — 2.16) para Israel (2.1 7—4.6)
A . Lembrete do am or de Deus por Israel (1.1-5) A. A vinda de um mensageiro (2 .1 7 —3.5)
B. Repreensão dos sacerdotes (1 .6 — 2.9) B. Chamado ao arrependim ento (3.6-12)
1. Desprezo pelo altar de Deus (1.6-14) C. A crítica de Israel contra o Senhor
2. Desprezo pela glória de Deus (2.1-3) (3.13-15)
3. Desprezo pela lei de Deus (2.4-9) D Consolo para o rem anescente
C. Repreensão do povo (2.10-16) fiel (3 .1 6 - 4 .6 )

O a m o r do S e n h o r p o r Ja có nos tens amado? Não foi Esaú irmão de Jacó? — dis­


^ 1Sentença pronunciada pelo S e n h o r contra se o S e n h o r ; todavia, *amei a Jacó, 3porem aborre­
1 Israel, por intermédio de Malaquias. 2"Eu vos ci a F.saú; e ‘ fiz dos seus montes uma assolação e dei
tenho amado, diz o S e n h o r ; mas vós dizeis: Em que a sua herança aos chacais do deserto. 4Se Edom diz:
CAPITULO) 2 ni 4.3>;/.8; 23.5; Is-tl.t»; [Jrjl.J-.Jo 15,12 •■RmlUj 3 «.18: Ez 33.9,15
1.1—2.16 s,a primeira dc- duas seções principais (cf. 2.17—4.6) modo absolutamente incondicional e independentemente dc todas
Malaquias transmite a mensagem de üeus que denuncia os peca- as considerações de mérito humano para serem os herdeiros de
dos do povo de Israel. sua promessa (cí. Rm 9.6-29). Ninguém deve concluir que Deus
1.1 Sentença. Lit., "peso", ü termo se reíere à sentença severa não ama o seu povo pelo íalo de o haver afligido. Antes, os judeus
pronunciada pelo profeta. Vója n o ta s p in Is 1 3 .1 ; >Va 1.7; 1 l c 1 .1 ; devem se lembrar que Deus os ama porque os elegeu.
7 .c 9 .1 ; 12.1. 1.3 aborreci a Esaú. Conquanto o Gênesis não menciono ne-
1.2 Eu vos tenho amado. De modo eníálico, o protela apresenta nhuma aversão divina em relação a Esaú, a profecia dc Obadias,
o grande privilégio de Israel como povo amado de Deus ao com- pronunciada mais de mil anos depois (veja OI) 1-21) indica que
parar a nação com tdom. Em resposta à declaração do amor de Deus odiava os descendentes idólatras de Esaú. Do mesmo modo.
Deus por eles, os judeus olham apenas para o que haviam perdi- o amor do Senhor por Jacó se refere aos seus descendentes, o seu 1
do desde o cativeiro e para a Íraque7a de sua nação, expressam povo eleito soberanamente por meio do qual ele enviaria o keden-
de maneira incrédula a dúvida a respeito do amor de Deus e o tor. Os termos amar/aborrecer nao indicam um amor eomparatKu.
questionam com insolência. Nào obstante. Deus reafirma o seu Deus não amou a |acó mais do que a Esaú. Ames, o contexto indic,
amor por eles. lembra que escolheu ía/er aliança com |ac:ú o não que amar, nesse caso, significa "escolher para ter comunhão ínlima
Esaú, pai dos edomitas (cí. Gn 25.23). Nesse último livro do AT, o e aborrecer é "não escolher para ter comunhão intima no âmbito
amor elelivci. soberano, imerecido e persistente de Deus para com da redenção. Ve/a n o ta s c m R m 9 .6 -1.i. fiz dos seus montes uma
Israel (cf. Km 9.13) é reiterado de modo veemente e explicito pelo assolação... herança. Uma referência á destruição de Cdom (naçãc
próprio Senhor e ilustrado pelo fato de ele haver escolhido Jacó o chamada posteriormente dt; Idumeia), primeiro por' Nabucodoin
seus descendentes. Deus escolheu jacó e seus descendentes do sor e, posteriormente, por povo;. vizinhos como, por exemplo.
Fomos destruídos, porém tornaremos a edificar as Em que te havemos profanado? Nlisto, que pen­
ruínas, então, diz o S e n h o r dos Exércitos: Eles sais:- A mesa do S f .n t h o r é desprezível. 8*Quando
edifkarão, mas eu ‘'destruirei; c Edom será chama­ trazeis animal cego para o sacriíicardcs, nâo é isso
do Terra-De-Perversidade e Povo-Contra-Quem- mal? E, quando trazeis o coxo ou o enfermo, não
-O-SENHOR-Está-Irado-Para-Semprc. sOs vossos é isso mal? Ora, apresenta-o ao teu governador;
olhos o verão, e vós direis: 'Grande é o S e n h o r acaso, terá ele agrado em ti e te ‘será favorável? —
também fora dos Limites de Israel. diz o S e n h o r dos Exércitos. 9 Agora, pois, supli­
cai o favor de Deus, que nos conceda a sua graça;
O S e n h o r rep rov a os sa cerd o tes '"mas, com tais ofertas nas vossas mãos, aceitará
eO filho-'honra o pai, e o servo, ao seu senhor. ele a vossa pessoa? — diz o S e n h o k dos Exércitos.
sSe eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu 10 Tomara houvesse entre vós quem feche as por­
sou senhor, onde está o respeito para comigo? — tas, 'para que não acendêsseis, debalde, o fogo
diz o S e n h o r dos Exércitos a vós outros, ó sacer­ do meu altar. Eu nâo tenho prazer em vós, diz o
dotes que desprezais o meu nome. "Vós dizeis: Em S e n h o r dos Exércitos, "nem aceitarei da vossa
que desprezamos nós o teu nome? 7 Ofereceis so­ mão a oferta.11 Vias,■'desde o nascente do sol até
bre o meu altar pão imundo e ainda perguntais: ao poente, é grande ?entre as nações o meu nome;

4 J | r 4 ') . lb l» 5 - S M 5 .2 7 ; M q 6 - 1Èx JÜ .1 2|; P v 3 0.11 .1 7: M I1 3 .-1 -8 : Ei G. 2-31* (Is 03.16: 64.8]: ? J 13 : »t -k Ml 2. ?4 7 'I 15.21 • tz 41.22 8 14Lv 22.22:
Dl 1 3 .1 9 -2 3 -'[lú -I2Ü| 9 0 = 1 3 . 9 1 0 " I C o 9 .1 3 " l i 1.1 111 f Is 5 9 . Í 9 <l is ív
Fgiln, Amom e Moabe, liem corno pelos nahateus. Veja Introdução 1.8 apresenta-o ao teu governador. Os sacerdotes tinham a
a Obadias: Pano de undo; Temas Históricos e teológicos. ousadia de oíerecor a Deus aquilo que o governador deles jamais
t.4-5 Os edomitas tentariam reconstruir as ruínas, mas Deus consideraria aceitável como pagamento de tributo. Mostravam
frustraria seus esforços. Israel, por outro lado, havia sido restaurada. mais medo de ser rejeitados pelo governador do que por Deus.
Apesar de a restauração completa ser adiada, um dia ela se concre­ Isso deve ler acontecido durante o tempo em que Neemias estava
tizará e a nação dará testemunho do governo bondoso dc: Deus, na Pórsia (cí. Ne 13.6;, quando ele teria se ausentado do cargo por
tanto dentro quanto além do suas fronteiras (cl. Gn 12.3; Ml U U. algum tempo.
1.6—2,9 A afirmação do amor incondicional do Senhor (vs. 2.5) 1.9 O convite ao arrependimento deve ser entendido como um
não absolve o povo da culpa. Assim, Malaquias começa acusando os comentário irônico. Como poderiam esperar que Deus lhes ofere­
sacerdotes, os líderes espirituais de Israel e ressalta o descaso deles cesse a sua graça quando o insultavam com sacrifícios inaceitáveis?
para com os sacrifícios (vs. 6-14), a glória {2.1-3) e a lei (2.4-9) de Deus. 1.10 feche as portas. Falando na primeira pes>soa. Deus quer que
1.6 sacerdotes, O profeta se dirige primeiramente aos sacerdo­ alguém feche as portas do templo «, desse modo, impeça a apre­
tes porque deveriam liderar o povo na devoção justa a Deus, mas sentação inútil e fingida de sacrifícios (cf. Is 1.11-1 Sj. Seria melhor in­
eslava m se destacando por d«spre?ar o nome de Deus, apesar de terromper todos os sacrifícios do que apresentar ofertas hipócritas.
a pergunta deies se constituir numa negação dessa atitude perversa 1.11 desde o nascente do sol até ao poente. tJma expressão
em relação ao Senhor [d. Lc 6.46). que abrange toda a terra (cf. 51 50.1; 103.12; ís 45.6; 59.19; 7c 8.7),
1.7 pão imundo. Como o v. 8 deixa claro, trata-se de uma refe­ como sugerem as palavras "em rodo lugar", mais adiante no versí­
rência ao sacrifício de animais. Os sacerdotes estavam oferecendo culo (cf. 1.5). Apesar de não haver nenhuma indicação do tempo em
sacrifícios cerimonialmente impuros ou imperfeitos (cí. v. 13), rigo* que o louvor a Deus encherá a terra, isso não pode ser uma referen­
rosamente proibidos pelo Senho» ícf I v 22.120-2>; L>i 15.211. Mais da ao culto judaico fora das fronteiras de Israel. O zelo de .Malaquias
uma vtff, questionam com hipocrisia a acusação dó profeta. O tato pelos sacrifícios de Israei, juntamente com sua atitude negativa em
de separarem apenas os animais ce^os, coxos ou enfermos (v. 8) relação aos estrangeiros e seus deuses (vs. 2.5; 2.11) apontam para a
mostra o desprezo total dotes polo Senhor, mesa do S e n h o r. Urna era do milênio, quando os judeus adorarão ao Senhor no templo re­
reíercncia ao aliar dos sacrifícios (cf. tz 41.22). construído e haverá incenso e ofertas (cx Ez 40—48). Nesse período,

n o m ê s d e D e u s n o a n t íg © %
■■ —— ...............^ .......................................................... ...... .............. .
1, Elohim , "D eus', ou seja, seu poder e força Gn 1.1; Sl 19.1
2. El-Eliom, "Deus Altíssimo" Gn 14,17-20; Is 14.13-14
3. El-Olam, "Eterno Deus" Is 40.28-31
4. El-Roi, "Deus que vê" Gn 16.13
5. El-Shaddai, "D eus Todo-Poderoso" Gn 17.1; Sl 91.1
6. A d o ra i, "Senhor dos Exércitos"; ou seja, o senhorio de Deus Ml 1.6
7. Javé (Yahweh), “0 Sen h o r Deus"; ou seja, a natureza eterna de Deus Gn 2.4
8. Javé-Jiré, " 0 S en hor Provera" Gn 22.13-14
9. Javé-M acadessem , ' 0 S en hor que vos santifica" Êx 31.13
10. Javé-Nissi, " 0 SENHOR É Minha Bandeira” Êx 17.15
11. Javó-Rafa, " 0 S en h o r que te sara” Èx 15.26
12. Javs-Roí, " 0 S e n h o r é meu pastor" Sl 23.1
13. Javé-Sabaote, " S e n h o r dos Exércitos" Is 6.1-3
14. Javé-Shalom , " 0 S en h o r É Paz" Jz 6.24
15. Javé-Sham mah, " 0 S e n h o r Está A li" E í 48.35
16. Javé-Tsidkenu, "S e n h o r Justiça Nossa” Jr 23.6
e ' em todo lugar ’lhe é queimado incenso e trazidas enviei este mandamento, para que a minha aliança
ofertas puras, porque o meu nome é grande enrre continue com Levi, diz o S e n h o r dos Exércitos.
as nações, diz o S e n h o r dos Exércitos. 12Mas vós ^‘Minha aliança com ele foi de vida e de paz; am­
o profanais, quando dizeis: "A mesa do S e n h o r é bas lhe dei eu spara que me temesse; com efeito, ele
imunda, e o que nela se oferece, isto é, a sua comi­ me temeu e tremeu por causa do meu nome. 6ÍIA
da, é desprezível. 13E dizeis ainda: Que 'canseira! verdadeira instrução esteve na sua boca, e a injusti­
E me desprezais, diz o S e n h o r dos Exércitos; vós ça não se achou nos seus lábios; andou comigo em
ofereceis o dilacerado, e o coxo, e o enfermo; assim paz e em retidão e ‘da iniqüidade apartou a mui­
fazeis a oferta. "Aceitaria eu isso da vossa mão? — tos. 7 Porque 'os lábios do sacerdote devem guardar
diz o S e n h o k . 14Pois maldito seja *o enganador, o conhecimento, e da sua boca devem os homens
que, tendo um animal sadio no seu rebanho, pro­ procurar a instrução, 'porque ele é mensageiro do
mete e oferece ao S e n h o r -vum defeituoso; porque S e n h o r dos Exércitos. 8 Mas vós vos tendes desvia­
'eu sou grande Rei, diz o S e n h o r dos Exércitos, o do do caminho e, por vossa instrução, 'tendes feito
meu nome é terrível entre as nações. tropeçar a muitos;violastes a aliança de Levi, diz
o S e n h o r dos Exércitos. 9 Por isso, "também eu vos
O castigo dos sacerdotes fiz desprezíveis e indignos diante de todo o povo,
1 Agora, ó "sacerdotes para vós outros é este visto que não guardastes os meus caminhos e vos
2 mandamento. 2i,Se o não ouvirdes e se não
propuserdes no vosso coração dar honra ao meu
mostrastes "parciais no aplicardes a lei.

nome, diz o Sen h o r dos Exércitos, enviarei sobre Advertência contra a infidelidade conjugal
vós a maldição e amaldiçoarei as vossas bênçãos; lOANão temos nós todos o mesmo Pai? ?Não
‘já as tenho amaldiçoado, porque vós não pro- nos criou o mesmo Deus? Por que seremos
pondes isso no coração. 3 Eis que vos reprovarei a desleais uns para com os outros, profanando a
descendência, atirarei ''excremento ao vosso rosto, aliança de nossos pais? 11 Judá tem sido desleal,
excremento dos vossos sacrifícios, e 'para junto e abominação se tem cometido em Israel e em
deste sereis levados. 4Então, sabereis que eu vos Jerusalém; porque Judá ’ profanou o santuário do

1 !Tm 2.a sA p * U l k66.1ft.1<5 12-M J1.7 13 y Ss 43.22 «'l.v 22.20 1 4 XM! t.ft • lv 22.16-20 '$• 47.2 C APÍTULO 2 1 f MI 1.6 2 ^ I v 26.14-15: Ot 28.15|
c Ml 3.9 3 ^tx2<M4s IRs 14.10 5 r Nm 2 S. 12; f/ 34.25 *.Dl 33.9 6 n Dt 31.10 ‘ k 2 3.22; fTjj 5.201 7 »Nm 27.21: Dl 17*11; Jr lfl.18* JGI 4.14J 8')r1fl.15
Nm 25.1 J-l y, Ne 13.29; i z 44.10 9 n ISm 2.M) 0 \)r 1.17; Mq 3. I I ; I Tm 5.21 10 ° Jr 3 1.9; IC \n 3.6: 'Kf 4.6] * Jó 1Í.1S 1 1 ’ td 9.1-2; Nft 13.23
e não antes, o Senhor será adorado com pureza ao redor do mundo com o sacerdócio foi definido claramente na aliança levítica
e o seu nome será honrado em toda parte (cí. Is 2.24; 19.19-21; (Nm 3.44-48; 18.8-24; Dt 33.8-11). Constituía uma aliança de res­
24.14-16; 45.22-24; 66.18-21; Mq 4.1 -3. Zc 8.20-23; 14.16-19). ponsabilidade mútua, na qual Deus esperava ser reverenciado o.
1.12-13 A repreensão dos vs. 7-8 e repetida aqui. Os sacerdotes em troca, ofereceria vida e paz aos sacerdotes. Essa aliança, bastan­
consideravam enfadonhas as exigências rigorosas para a oferta de sa­ te parecida com a feita com Fineias acerca da linhagem do sumo
crifícios. Não diHam com todas as letras que a mesa do Senhor fo local sacerdote (cf. Nm 25.10-13), foí firmaria com Arão, da linhagem
onde as ofertas eram apfesentadas) era desprezível, mas o faziam com de Levi, o seus doscondonies. Os sacerdotes judeus do tempo de
sua recusa em instruir o povo quanto à importância da reverencia a de Malaquias haviam se iludido com a ideia de que poderiam arrogar
oferecer ao Senhor o que tinham de melhor. Sua atitude e seus atos os privilégios da aliança e, ao mesmo tempo, negligenciar suas con­
profanavam o altar e ultrajavam ao Senhor (cí. te 43.22-24; Mq 6.3), do dições, como se Deus tivesse a obrigação de abençoá-los apesar dc
modo que ele rejeitava as ofertas que eles apresentavam. não estarem cumprindo com suas responsabilidades.
1.14 defeituoso. O ofertante havia feito o voto de entregar um ma­ 2.4 Então, sabereis. Os sacerdotes descobririam o preço da de­
cho sem defeito (cf. lv 22.19) e. portanto, mais valioso. Em seu lugar, sobediência ao experimentarem suas conseqüências terríveis.
porem, oferecia uma fêmea defeituosa. O falo de o voto ser voluntário 2.6 Ao contrário dos sacerdotes do tempo de Malaquias, Arão te­
torna o ato ainda mais incongruente (cf. At 5.1-5). grande Rei. í>e era meu e reverenciou a Deus. Também cumpriu suas responsabilidades
apropriado apresentar o animal de maior valor para o governador (v. 8), ao praticar a piedade que ensinava (Lv 8-9). Veja nofa nos vs. 4-j.
quanto mais não o seria para o Rei do universo (cí. Sl 48.2; Mt 5.35)1 2.7 Os sacerdotes eram mensageiros de Deus em tsrael. Além
2.2 enviarei... a maldição. Se não glorificasse a Deus, o povo do representarem o povo diante de Deus, também representavam
seria amaldiçoado. Trata-se de um tema fundamental do AT; bêri- Deus dianle do povo mediante o ensino da lei de Moisés à naçao
çãos como resultado da obediência e maldições como resultado rta (cf. Lv 10.9-11; DL33.10; Ed7.1U; Os 4.6).
desobediência (c.f. 1.14; IX 27.15-26; 28.15-68). vossas bênçãos. 2.8-9 Os sacerdotes do tempo de Malaquias haviam se distanciado
Estas não se restringiam apenas d bênçãos materiais icf. Nm 18.21 do padrão de Deus, apresentado inicialmente a levi e, com seu mau
abrangiam todos os benefícios concedidos pela mão bondosa de exemplo, estavam levando ouiros a tropeçar. Fm decorrência disso
Deus (c.f. v. S). inclusive as bênçãos pronunciadas pdos sacerdotes sobreveio-lhes a pior vergonha e degradação (cf. v. 3; Ne 13.29}.
sobre o povo ícf. Nm 6.23-27). 2.10-16 Os líderes espirituais de Israel cometeram pecados he­
2.3 excremento. A linguagem vivida mostra como Deus conside­ diondos (1.6—2.9} c levaram o povo a fazer o mesmo. Também
rava os sacerdotes infiéis merecedores da mais terrível desgraça. As­ transgrediram os preceitos da lei dc; Deus e profanaram a instituição
sim como os excrementos do animal sacrificado eram levados para do sacerdócio levítica ao se casarem com mulheres estrangeiras
fora do arraial e queimados (d. Fx 29.14; l.v 4.11-12; 8.17; 16.27), (vs.. 10-12} e se divorciarem da esposa de sua mocidade {vs. 13-1 b
também os sacerdoies seriam expulsos, humilhados e exonerados. 2.10 o mesmo Pai? Apesar de I )eus ser Pai de todos por meio da
O propósito do Senhor ao fazer essa advertência era despertá-los criação (ct. At 17.29; Cf 3.14-15), o enfoque nesse caso é sobre Deus
de sua indolência presunçosa. como Pai de Israel por causa da aliança com seu povo {veja "pai" em
2.4-5 minha aliança... com Levi. O relacionamento de Deus 1,6, o versículo onde essa acusação tem início; também cí. Jr 2.2 7).
S e n h o r , o qual ele ama, e se casou com adora­ e ninguém seja infiel para com a mulher da sua
dora de deus estranho. 120 S e n h o r eliminará mocidade. 16 Porque *o S e n h o r , Deus de Israel,
das tendas de Jacó o homem que fizer tal, seja diz que odeia o repúdio e também aquele que co­
quem for, e ‘ o que apresenta ofertas ao S e n h o r bre de violência as suas vestes, diz o S e n h o r dos
dos Exércitos. Exércitos; portanto, cuidai de vós mesmos e não
13Ainda fazeis isto: cobris o altar do S e n h o r sejais infiéis.
de lágrimas, de choro e de gemidos, de sorte que
ele já não olha para a oferta, nem a aceita com A v in d a do S e n h o r
prazer da vossa mão. 14E perguntais: Por quê? p re c e d id a p e lo seu A n jo
Porque o S e n h o r foi testemunha da aliança entre 17* Enfadais o S e n h o r com vossas palavras; e ain­
ti e ‘a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste da dizeis; Em que o enfadamos? Nisto, que pen­
desleal, "sendo ela a tua companheira e a mulher sais: 2Qualquer que faz o mal passa por bom aos
da tua aliança. 1s‘Não fez o S e n h o r um , mes­ olhos do S e n h o r , e desses é que ele se agrada; o u :
mo que havendo nele um pouco de espírito? E por Onde está o Deus do juízo?
1Eis que aeu envio o meu mensageiro, quebpre­
que somente um ? Ele buscava wa descendência
que prometera. Portanto, cuidai de vós mesmos, 3 parará o caminho diante de mim; de repente,
125Se 13,29 14 *Pv 5.18: Jf 9.2; Ml 3.5 11Pv 2.17 15 ''Cn 2.24; Ml 19.4-5 wEd9J; |lCo 7.14J 16 *Dt 24.1; {Mt 531; 19.681 17 * Is 43.22,24 z fc 5.20; Sf 1.12
C APÍTU LO 3 1 J Mt 11.10; Mc 1 2\ Lc 1.76; 7.27; |o 1.23; 2.14-15 11>-10.3i
2,1 O11 seremos desleais. Essa expressão-chave (vs. 10*1 1,14-16} insiste para que nenhum marido seja infiel à sua esposa. Ve/a nofa em
se refere a u fato dc os homens dc* Israel terem desobedecido a /Rs 11.1-6 para mais detalhes sobre a poligamia.
Deus ao se divorciarem de suas esposas judias e se casarem com 2.16 o S e n h o r... odeia o repúdio. Com essa declaração enér­
mulheres estrangeiras. Deus é o Pai que deu vida a Israel (cf. Is 43.1; gica, o Senhor enfatiza o que vem dizendo até aqui. Na verdade.
60.21}, e, no entanto, por meio dos casamentos mistos com idó­ Deus considera o divórcio sem justificativa um pecado hediondo
latras, os judeus haviam causado divisão ao transgredir a aliança que deixas marcas da sua perversidade como o sangue de uma víti­
feita por Deus com seus pais, aliança essa que tinha o objetivo de ma que mancha as roupas de seu assassino. Para um comentário so­
assegurar a preservação de um povo separado (cf, Éx 19.5; 24.8; bre o divórcio que, aliás. Deus ordenou aos judeus no caso dessas
34.14-16; Lv 20.24; Dt 7,1-4). esposas idólatras, ve/a nora,? em Ed 10.10-18 e a Introdução a Esdras:
2.11 se casou com adoradora de Deus estranho. A idólatra era Dificuldades de interpretação. Apesar de Deus odiar o divórcio, há
considerada filha do deus a quem adorava ()r 2.27). É comum os pro­ ocasiões em que é o menor dos males e evita tragédias espirituais
fetas combinarem os conceitos de adultério e idolatria ou adultério ainda mais graves. Ve/a notas em Mt 5.32; 19.3-12; 7Co 7.10-16.
físico e espiritual. Quando não se tornavam prosélitas sinceras do ju­ 2.17-4.6 A denúncia dos pecados de Israel é seguida de uma
daísmo, as mulheres pagas conduziam seus maridos à idolatria e. des­ declaração de castigo sobre os impenitentes e de bênçãos para o
se modo. contaminavam o culto em Israel (cf. Jz >.5-7). Os judeus que remanescente fiel. O v. J7 serve de introdução para o restante do
se casavam com mulheres idólatras profanavam o templo de Deus e a livro. O povo e os sacerdotes incrédulos e desobedientes haviam
comunidade da afiança (1 Rs 11.1-6). Tanto Esdras (Ed 9.2-15) quanto esgotado a paciência de Deus com seu ceticismo e suas desculpas,
Neemias (Ne 13.23-29) tiveram de tratar desse pecado. de modo que a punição estava a caminho.
2.12 eliminará. Esse termo comum geralmente se reteria à mor­ 2.17 Enfadais o Senh o r. A reconstrução do templo foi seguida
te. Os atos adúlteros de divórcio e casamento misto os desqualifica­ de desilusão. A presença de Deus não voltou a habitar no novo
vam como participantes dos direitos e privilégios da comunidade de santuário. Os judeus se tornaram indiferentes para com o Senhor.
Israel e tornavam suas ofertas inaceitáveis. Insensíveis e desprovidos de discernimento espiritual, insistiam em
2.13 cobris o altar... de lágrimas. Chorar e lamentar-se nao expressões cínicas de inocência, Não tinham nenhuma intenção de
adiantaria nada, pois o pecado havia fechado a poria que dava levar a sério a distinção entre cerio e errado. A hipocrisia presunço­
acesso a Deus. Os judeus havram rompido seus laços matrimoniais sa estava tão arraigada no coração deles que ousavam questionar o
e desobedecido à instrução dc Deus para se manterem separados Senhor com insolência, dando a entender que ele parecia favorecer
dos ídolos. Por causa dessa deslealdade dupla, suas oierias não pas­ os perversos e não se importar com os justos. O profeta os con­
savam de escárnio hipócrita. Uma vez que somente os sacerdotes fronta com o castigo iminente e lhes diz que Deus está vindo para
tinham acesso aos altares, sua culpa era maior e sua hipocrisia era refinar e purificar (cf. 3.1,5).
ainda mais inadmissível para Deus. 3.1 meu mensageiro. No Antigo Oriente Próximo, era costume o
2.14 a mulher da tua aliança. O profeia destaca a iniqüidade ao rei enviar mensageiros adiante de si para remover obstáculos à sua
mencionar o compromisso legal do contrato de casamento, uma visira. Fazendo um trocadilho com o nome de Malaquias ("mensagei­
aliança firmada diante de Deus como testemunha {cf. Gn 31.50; ro do Senhor"), o próprio Senhor anuncia gue está enviando alguém
Pv 2.17). As moças se casavam bastante jovens, às vezes antes dos que "preparará o caminho diante [dele]". É a 'Voz do que clama no
15 anos (cf. Pv 5.18; Is 54.6). deserto" (Is 40,3) e o Elias de 4.5 que precede o Senhor. O NT o iden­
2.15 Malaquias chama a atenção para a instituição original do ca­ tifica claramente como João Batista (cf. Ml 3.3; 11,10/14; 17.12ss.;
samento (Cn 2.24), por meio do qual Deus lorna duas pessoas uma Mc 1.2; Lc 1.17; 7.26-27; Jo 1.23). de repente, virá. Vir "de repente"
só carne e lembra o povo que Deus criou apenas uma mulher para o não significa de imediato, mas sim de modo súbito e sem aviso. A
homem. Apesar de ter o poder vivificador do Espírito e a capacidade expressão costuma ser usada para calamidades (cf. Is 47.11; 48.3; Jr
de criar várias esposas para Adão, Deus fez apenas uma compa­ 4.20, etc.). Quando todos os preparativos tiverem sido concluídos, o
nheira para o primeiro homem a fim dc* gerar a "descendência que Senhor virá. não para o templo de Zorobabel, nem «m cumprimen­
promelera". A poligamia, o divórcio e o casamento com mulheres to parcial para o templo de Herodes (ve/a nora em jo 2.13-24),
idólatras eram práticas destrutivas para a geração de um remanes­ mas para o tempio do milênio, descrito por Ezequiel em Ez 40—48. A
cente tiel na linhagem do Messias prometido. A segurança que serve vinda inesperada de Cristo, cumprida parcialmente em seu primeiro
de base para a vida piedosa dos íilhos só pode ser encontrada no lar advento, se concretizará de modo pleno em seu segundo advento
em que pai c mãe são fiéis aos votos matrimoniais. Tendo em vista as (cf. Mt 24.4042J. Anjo da Aliança, Provavelmente não se trata dn
ameaças ã instituição divina fundamental do casamento, Malaquias mensageiro mencionado há pouco. Uma vez que esse Anjo "virá
virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, do estrangeiro, e não me temem, diz o S e n h o r
co Anjo da Aliança, a quem vós desejais; eis que dos Exércitos.
"ele vem, diz o S e n h o k dos Exércitos. 2 Mas quem
poderá .suportar *'o dia da sua vinda? E 'quem po­ O roubo no tocante aos dízimos
derá subsistir quando ele aparecer? Porque sele e às ofertas
é como o fogo do ourives e como a potassa dos 5Porque eu, o S e n h o r , “não mudo; "por isso,
lavandeiros. 3í,Assentar-se-á como derretedor e vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos. 7Desde
purificador de prata; purificará os filhos de Levi os dias de ^vossos pais, vos desviastes dos meus
e os refinará como ouro e como prata; eles tra­ estatutos e não os guardastes; ?tornai-vos para
rão ao S e n h o r justas ofertas. 4 Então, 'a oferta de mim, e eu me tornarei para vós outros, diz o
Judá e de Jerusalém será agradável ao S e n h o r , S e n h o r dos Exércitos; '"mas vós dizeis; Em que
como nos dias antigos e como nos primeiros havemos de tornar? 8 Roubará o homem a Deus?
anos. 5Chegar-me-ei a vós outros para juízo; serei Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te rou­
testemunha veloz contra os feiticeiros, e contra bamos? !Nos dízimos e nas ofertas. 9 Com maldi­
os adúlteros, e ‘ contra os que juram falsamente, e ção sois amaldiçoados, porque a mim me roubais,
contra os que ‘defraudam o salário do jornaleiro, vos, a nação toda. ^.Trazei todos os dízimos “à
e oprimem ”’a viúva e o órfão, e torcem o direito casa do Tesouro, para que haja mantimento na
( Is 63.9 Hr. 2.7 2 Jr Hl. 10; Jl 2.11; N* 1.6: |MI 4.1 !' h 3S. 14: Zt i 1 14; ApO.17# !•> 1.1; Li. 13.ft ;Ml 3.10-12: ICo 3.13-13| 3 1 Is 1.25; l>. 12.10; Z c U .9
lIPo 2.5' 4 *Ml 1.T| 5 * tv 19:12: Zc 5.1; T i; 5.12f; Lv 19.13; -Tr 'jA ' Éx 22.22 6 ■ *|Nm 2.U :■ >;Rm 11.M: í% 1.17| ° |Lm A.22\ 7 ? .At 7.51 :I Z c ? 3 ' Ml 1,f>
8 •*Ne 1.11012 10 ! W 3.S-1Q“ K.r 2ft.2í!
ao seu templo", c mais provável que seja uma referência ao Senhor, 3.6-12 Esses versículos formam um parêntese entre as duas men­
Aquele que tem autoridade para recompensar ou julgar o seu povo sagens acerca da justiça do castigo de Deus, Na verdade, o que os
com base na fidelidade à aliança firmada por Deus com Israel. O titu* judeus consideravam injustiça da parte de .Deus não íoi uma de­
Io pode reíleiir menções anteriores no Al ao "Anjo", lit., "mensageiro" monstração de maldade ou parcialidade, mas sim, de sua paciência
(cf. Êx 23.20-23; 32.34; Is 63.9). a quem vós desejais. Provavelmen­ misericordiosa. Na seqüência, o profela chama o povo ao arrependi­
te uma observação sarcástica. Csse povo repleto de pecados nao se mento sincero (v. 7) e descreve o fruto desse arrependimento {v. 10).
agradava de Deus então e nem desejaria que ele viesse para castigar 3.6-7 Deus não se tornou injusto e deixou de intervir em favor de
a adoração hipócrita e purificar o templo \d. Jo 2.13-251. Quando ele Israel. Pelo conirário: lendo em visia o histórico de rebelião do povo.
voltar, todos os ímpios serão destruídos (cf. Ap 19. 11ss.). a existência de Israel se devia exclusivamente ao caráter imutável
3.2 o fogo do ourives... a potassa dos lavandeiros. Em vez dc: do Senhor e ao seu compromisso inabalável com as promessas da
scr para recompensar, a vinda do Senhor é comparada com dois aliança firmada com os patriarcas (cf. Nm 23.19; 1Sm 15.29: Tg 1.17
agentes de purificação: o fogo que queima a escória e a potassa em geral; Jr 3 1.35-37; 33.14-22 especificamente). Israel pode voltar
que branqueia, uma indicação do verdadeiro estado do coração do a experimentar a bondade de Deus e ser abençoado caso se arre­
povo. O fogo queimará a escória da iniqüidade e a potassa removerá penda. Tendo em vista a vinda do Senhor para refinar e purificar.
a mancha do pecado. O Senhor virá para remover todas as impu­ Malaquias insiste energicamente com o povo para que se arrependa
rezas. Ninguém escapará dessa purificarão. E importante observar (d. Zc 1,13). Os judeus não se mostram dispostos a reconhecer seus
que ele virá com o propósito de purificar r. limpar, mas não, neces­ pecados (cf. também v. 8b) e respondem ao convite com outra per­
sariamente, para destruir (ci Is 1.25; 48.10; Jr 6.29-30; Ez 22.1 7-22}. gunta cínica. Perguntam como poderão voltar se, como eles veem.
3.3 purificará os-filhos de Levi. Uma vez que os sacerdotes le- não foram eles que se aíastâram. mas sim.Deus. Na verdade. Deus
víticos haviam sido instrumentais em afastar o povo de Deus, será não havia mudado e nem elesj o Senhor continuava sendo justo e o
preciso criar um novo grupo de sacerdotes puros para Servir no seu povo continuava sendo injusto como sempre haviam sido.
icmplo do milênio ícf. Ez 44.1—45.8). A purificação de Israel come­ 3.8-12 Km resposta à pergunta sobre o modo como se des­
çará com eles (ct E7 9.6). Então, '"trarão ao SlNHOK" os sacrifícios viaram dos caminhos do Senhor e a necessidade de voltarem, o
justos a serem oferecidos no templo do milênio (cr. £z 45.9-46.24). profeta escolhe, uma ilustração da deserção espiritual de Israel que
justas ofertas. As ofertas serão "justas” porque serão apresentadas era muito visível e inegável. O Senhor lembra os judeus que não
com um coração puro e uma situação correta dianie de Dous. Os estavam levando os dízimos e ofertas exigidos pela lei e necessários
sacrifícios oferecidos no milênio servirão de memorial para a nação para a manutenção da teocracia, usados para sustentar os levitas
remida de Israel, em celebração ao sacrifício de Cristo no Calvário. (cf. Lv 27.30-33; Nm 10.8*28; Dl 12.18; Ne 13.10), realizar as fes­
Vtya notas em Ezequiel 44-46. tas religiosas nacionais (Dt 12.6-17; 1.4.22-27) e socorrer os pobres
3.4 dias antigos. Depois que o sacerdócio for purificado o o (Dt 14.28-29). Ao deixarem de pagar o que deviam e, portanto,
povo limpo, então poderão oferecer sacrifícios agradáveis ao Se­ roubarem dc Deu*, também estavam roubando de si mesmos, pois
nhor como nos dias de Salomão (2Cr 7.8-10). Ezequias (2 0 30.26).. Deus havia retido suas bênçãos. Para comentários sobre a respon­
Josias (2Cr 35.18) e Esdras (Ne 8.7). sabilidade dos cristãos de pagar impostos, veja notas em Mt 22.21:
3.5 Para o remanescente judeu arrependido que reconhecer R/n 13. 1-7. Para as orientações acerca de ofertas voluntárias no NT
o Messias, o castigo divino será um processo de refinamento ve/a ICo 16.1-2; 2Co 8-9.
(cf. Zc 12—14; Rm 11.25-27} em preparação para entrar no reino 3.8-9 vós me roubais. O pecado era explícito e generalizado
e adorar no templo do milênio. Para os impenitentes, será aiíi- o povo havia deixado de en[regar a Deus o que lhe era devido
quilação total. Os comportamentos iníquos descritos nesse ver­ segundo a lei divina.
sículo comprovam que essas pessoas não temem ao Senhor. As 3.10-12 provai-me. Ao conirário fJo padrão bíblico normal, o
palavras: "Chegar-me-ei a vós outros para juízo" respondem à povo é convidado a provar a Deus (cf. is 7.11 -12; 1Rs 18 20-46). Se o
pergunta feita em 2.1 7. As práticas ocultas eram expressamente honrassem ao deixar de roubar dele e mostrassem arrependimento
proibidas (cí. Êx 22.18: Dt 18.10-121, mas persistiram no tempo do sincero entregando-lhe o q u e era devido, o Senhor derramaria sobre
NT ícf. At 8.9). ü adultério transgredia a lei de Deus Í2.16) do mesmo eles bênçãos ern grande abundância (cf. Pv 11.24-25). os protegeria
modo q u e o perjúrio (cf. Êx 20,16; Lv 19.12; Dl 19.10-20), a extorsão dos gafanhotos ("o devorador") e os tornaria bem-aventurados aos
e a opressão. olhos das nações ícf. Is 62.4). Vuja notas em i.ç (j.33; 2Co 9.6-10.
minha casa; e provai-me nisto, diz o S e n h o r dos ‘ falavam uns aos outros; o S e n h o r atentava e ou-
Exércitos, se eu não vos abrir vas janelas do céu viaj^havia um memorial escrito diante dele para os
e não "derramar sobre vós bênção sem medida. que temem ao S e n h o r e para os que se lembram
11 Por vossa causa, repreenderei 'o devorador, do seu nome. ^ E le s serão para mim ''particular
para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa tesouro, naquele dia que prepararei, diz o S e n h o r
vide no campo não será estéril, diz o S e n h o r dos dos Exércitos; ‘poupá-los-ei como um homem
Exércitos. 12 Todas as nações vos chamarão feli­ poupa a seu filho que o serve. ,8 'Então, vereis ou­
zes, porque vós sereis -'uma terra deleitosa, diz o tra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre
S e n h o r dos Exércitos. o que serve a Deus e o que não o serve.

A diferença entre o justo e o perverso O sol da justiça e seu precursor


13 As zvossas palavras foram duras para mim, diz 1 Pois eis que “vem o dia e arde como forna­
o S e n h o r ; mas vós dizeis: Que temos falado con­
tra ti? 14“Vós dizeis: Inútil é servir a Deus; que nos
4 lha; todos ''os soberbos e todos os que come­
tem perversidade serão 'como o restolho; o dia que
aproveitou termos cuidado em guardar os seus vem os abrasará, diz o S e n h o r dos Exércitos, de
preceitos e em andar de luto diante do S e n h o r sorte que ‘'não lhes deixará nem raiz nem ramo.
dos Exércitos? 15Ora, pois, ''nós reputamos por 2Mas para vós outros que ‘ temeis o meu nome
felizes os soberbos; também os que cometem im­ nascerá o-fsol da justiça, trazendo salvação nas suas
piedade prosperam, sim, eles ‘ tentam ao S e n h o r asas; saireis e saltareis como bezerros soltos da es­
e escapam. 16Então, dos que temiam ao S e n h o r trebaria. 3íPisareis os perversos, porque se farão

v C in 7.11 ^ C r . í l . l O 1 1 * A m 4 .y 1 2 ^ ü n S .S 13 ^ Ml.2 . 17 14*|Ú21.14 1 5 <>Sl 73.12 <■51 95.9 16 " Sl 66.16 ' Hb 3 .U ‘ 51 ífv f l 17 S !x 19.5; D l 7.6; Is 41.21;
|1 f e 2.9| * Is 6 2 .3 ' S l 103.1 3 1 8 1 [SI 5 8 . 1 11 CAPÍTULO 4 1 ‘ S 1 I , * | H | 1.5-6; Ml S.l-i: 2Pe. Í.7J <>M| 1.18 ‘ Is 5.24: Oh 10 rfAm 2.9 1 * Ml 3.16 'M l 4.1 b: U. 1.78;
A I 10.43; 2C<J 4.í>; Ef 5 .1 4 3 8 M q 7.1U

3.10 todos os dízimos. Veia nota nos vs. 8-12. Quando o povo deveriam ser recompensados no futuro (p. ex., Er 6.1-2). O salmista
não levava os dízimos, os sacerdotes se viam desprovidos de susten­ também tinha conhecimento desse livro (Sl 56.8).
to e eram obrigados a deixar o ministério e trabalhar nos campos. 3.17 serão para mim particular tesouro. O termo traduzido
A vida religiosa do povo era prejudicada e os pobres e estrangei­ como "para mim" é enfático no hebraico. O remanescente fiel per­
ros sofriam (ct. Ne 13.10-11). A verdadeira iniqüidade, porém, tencerá a Deus e será o seu tesouro especial (cf. o mesmo termo em
encontrava-se no fato de que essa desobediência correspondia a ÉX 19.5; Dt 7.6; 14.2; 26.18; Sl 135.4). Serão poupados por Deus
roubar de Deus, o verdadeiro Rei da teocracia de Israel, casa d o em meío ao castigo (cf. Sl 103.13).
Tesouro. Um local do templo usado para armazenar os dízimos 3.18 A distinção entre os justos e os perversos ficará clara quan­
das colheitas e os animais ofertados pelo povo (cf. 2Cr 31.11; do o Senhor justo estiver presente, reinando no trono de Davi em
Ne 10.3H-39; 12.44; 13.12). Era a tesouraria do templo. Uma das lerusalém.
tarefas de Neemias era assegurar que não faltassem provisões para 4.1 eis que vem o dia. Os três primeiros versículos do cap.
o ministério no templo, como havia acontecido durante a sua au­ 4 dão continuidade à ideia dos versículos finais do capítulo an­
sência (cf. Ne 13.10-13). terior, ou seja, o castigo dos ímpios e o livramento dos justos
3.13 Além de questionar Deus (2.17), serem desleais à aliança com (cf. 3.1-5). As palavras finais do profeta (3.17; 4,t,3,5) trazem
Deus (2.11), desobedecer à sua lei (2.9), profanar o seu altar [1.7,12) quatro referências escatológicas ao Dia do Senhor (cf. Is 13.6;
e desprezar o nome dele (1.6), o povo e os sacerdotes corrompi­ Jl 2.11,31; Sf 1.14] que prenunciam a vinda do Senhor Jesus
dos haviam falado abertamente contra o Senhor. Apesar de tudo o para castigar (cí. Ap 19.11-21). arde como fornalha. Malaquias
que Deus havia prometido (vs. 10-12), o povo se queixava de que a acrescenta essa imagem à do fogo do ourives (3.2) para falar
obediência à lei de Deus não trazia nenhuma recompensa (v. 14) e do castigo de Deus como um fogo destruidor que consome os
afirmou que somente os arrogantes e perversos prosperavam (v. 15). soberbos dc modo rápido e* cabal com seu calor extraordinário
3.14 andar de luto. O povo fingia se entristecer por causa dos (cf. os soberbos em 3.15). A destruição da raiz, normalmente
seus pecados e andava vestido em panos de saco ou mesmo com protegida por ficar debaixo da terra, fornece um retrato vivido
o rosto escurecido por cinzas para dar a aparência de contrição e proverbial da totalidade da destruição, Todos os tmpenit«?ntes
(cf. Is 58.5; Jl 2.13; Mt 6.16-18) e depois se queixava de que toda serão lançados no fogo do inferno (cf. Ap 20.11-15).
essa atividade religiosa não surtia efeito. 4.2 sol da justiça. Os ímpios serão consumidos pelo fogo da
3.15 tentam ao SENHOR, o s arrogantes e perversos, aparente­ ira de Deus, mas aqueles que temem ao Senhor sentirão o seu
mente impunes, tentam a Deus ao testar até onde podem ir na prá­ calor salvador (cf, Is 30.26; 60.1,3). Trata*se de uma referência
tica do mal (cf. 51 73.2-14). No v. 10, Deus convida seu povo a ver ao Messias. Ele é o "Senh o k , Justiça Nossa" (Sl 84,11; Jr 23.5-6;
até onde ele vai na concessão de bênçãos. 1Co 1.30) salvação. Os justos serão salvos nâo apenas da cruel­
3.1 fr—4.6 Malaquias encerra com uma palavra de encorajamen­ dade dos perversos (cf. 3.5), mas, sobretudo, do mal associado
to para o remanescente fiel. inextricavelmente ao pecado e que só poder ser sanado pelo
3.16 memorial. Ao ouvirem as advertências acerca do castigo, sofrimento do Servo (cf. Sl 103.3; Is 53.5; 57.18-19; 1l*e 2.24).
os adoradores justos e sinceros que amavam e serviam ao üeus de como bezerros soltos da estrebaria. Depois de passarem longo
Israel temeram ser aniquilados quando viesse a ira de Deus. Para tempo confinados na estrebaria, os bezerros saltavam de alegria
encorajar o remanescente piedoso, Malaquias observa que Deus quando eram soltos ao ar livre. A imagem retrata uma vida de
não sc esquecia daqueler que "temem ao SENHOR e [...] se lem­ alegria, vigor e tranqüilidade.
bram do seu nome". O memorial pode ser uma referência ao "livro 4.3 cinzas debaixo... de vossos pés. A destruição dos ímpios é
da vida" no qual os nomes dos filhos de Deus estão registrados uma boa notícia para aqueles que sofreram em suas maos. Era cos­
(p. ex., Êx 32.32-.34; Ne 13.14; Sl 69.28; Dn 12.1 J. Os persas linham tume jogar cinzas em trilhas para evitar que ficassem escorregadias
o costume de registrar num livro todos os atos de uma pessoa que na época das chuvas. Aqui, os perversos são comparados às cinzas
cinzas debaixo das plantas de vossos pés, naquele 5Eis que eu vos enviarei 'o profeta Elias, 4antes
d ia que prepararei, diz o S e n h o k dos Exércitos. que venha o grande e terrível Dia do S e n h o r ; 6ele
“^Lembrai-vos da "Lei de Moisés, meu servo, a qual converterá o coração dos pais aos filhos e o cora­
lhe prescrevi em Horebe para todo o Israel, a saber, ção dos filhos a seus pais, para que eu não venha e
'estatutos e juízos. ■'fira a terra com '"maldição.

4 ' t x 2 0 .3 ■D l 4 .1 0 5 '1 *1 1 11 .1 I; 1 7.10 -]!) M c 9.11 -1 3; L c 1.171; Jo 1 . 2 1 ' i l ? . 3 1 6 ' Z c 1 4 .1 2 13 Z c 5.3

resultantes do togo do castigo de Deus (cf. v. 1), sobre as quais os pregar a reconciliação com Deus para que almas possam crer e ser
justos pisarao. O profeta deseja, como todos os cristãos devem de­ poupadas da maldição divina. Seu ministério sérá ettcaz (v. (>).
sejar, qur? n arrependimento soja amplo, pois os impe*menres não 4.6 converterá o coração. Um fenômeno exatamente oposto
poderão escapar da cíestruição. ao ocorrido na primeira vinda de Cristo (ct. Mt 10.34-36) prenuncia
4.4 Tanto a lei quanto os profetas ajudam a preparar o povo para a o arrependimento em massa (cf. M l 25.31-46; Ap 7,9-17; 20.4-61a
choçada do Dia do Senhor. Primoiro, o povo deve so lembrar do que fim dc evitar a destruição total. A terra será restaurada ao seu esta­
havia sido dado no Sinai (Horebe), ou seja, a lei de Moisés que focaliza do edênico maravilhoso, a maldição será revogada, o reino será es
principalmente as obrigações de obediência definidas quando D«us tabelecido com o Messias como o seu soberano e os justos gentio?
firmou essa aliança com o seu povo 'tx 24.1 ss.; Js 8.32; 2.V6; 1Rs 2..3). p. judeus c.omo súditos, maldição. Não se trata do termo comum
4.5 Elias. A menção de Elias serviria para anunciar a chegada do para maldição; essa palavra se refere à prática de consagrar coisa>
Messias (veja Introdução: Dificuldades de interpretaçãol- João Batista ou pessoas irrevogávelmente a Deus, com frequência por meio da
foi um tipo de Hlias na primeira vinda de Cristo (cf. Lc 1.17). Moisés o destruição total. As cidades de Canaã foram colocadas sob "maldi­
Elias apareceram juntos no moftie da Transfiguração (cf. MM 7.1 -4) e eal- ção", daí a necessidade de exterminar o seu povo (cí. Dt 13.12-18
vez sejam as duas testemunhas da Grande Tribulação (ct. Ap 11.1 -3j. 10.16ss.)- O uso do termo nessa passagem sugere que, se nao hou­
É mais provável, porém, que se trate de uma figura semelhante a F.iias. vesse um remanescente arrependido, Deus transformaria a terra
como foi João Batista [vaja no/a em .3.0- Nesse dia, sua tarefa será roda num grande holocausto.

C O N T R O L E R O f a A N Q D A P A LE STflsJ*
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CtPérgamo
MAR
CÁSPIO

Àntioquia

I M P É R I O PÀlmA

S id o m y é / O a m a !

MAR • S e lê u e la
MEDITERRÂNEO
(• Babilínf!

Pelúsio

Mênfis'

Q u ilí metros
MAR VERMELHO

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