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Papel do terapeuta cognitivo-comportamental diante das disfunções

sexuais.
Em muitas ocasiões, as disfunções sexuais decorrem da falta de
repertório social ou das contingências que selecionaram respostas inadequadas
ao relacionamento interpessoal das pessoas, ou seja, de um repertório social
inadequado. No âmbito social, as contingências encontram-se inter-
relacionadas, de forma que estímulos reforçadores são mediados por outros
indivíduos.
Na realidade, quaisquer dos três termos das contingências dos indivíduos
se comportando em dado grupo podem ser parte das contingências de outro;
dessa forma, as contingências se entrelaçam, fazendo com que os estímulos
assumam virtualmente quaisquer funções naquele momento, ou mesmo
posteriormente.
O diagnóstico dos quadros de disfunção sexual são de grande relevância,
uma vez que interferem na qualidade de vida, além de estarem geralmente
associados a questões de saúde geral.
O diagnóstico é eminentemente clínico, a queixa do paciente aliada a
alguns elementos da anamnese é fundamental. Considera-se um mínimo de seis
meses de sintomatologia para se caracterizar a disfunção. Também é necessário
investigar as condições do parceiro, se está havendo estimulação inadequada,
debilitação psicofisiológica, sofrimento ou prejuízos interpessoais.
O tratamento deve ser iniciado nas primeiras sessões, no momento da
avaliação o terapeuta deve verificar como se dá o relacionamento entre o
paciente e sua parceria. Deve ser verificado o padrão de comunicação existente
entre os parceiros, as diferenças quanto as queixas, o grau de comprometimento
afetivo entre o casal.
O terapeuta deve incentivar o paciente com sua parceria à dinâmicas de
autoconhecimento e aprofundamento da intimidade do casal e também ajudá-lo
a desconstruir o bloqueio psicológico causado por eventuais crenças distorcidas.
As crenças distorcidas com o passar do tempo vão se fortalecendo, reforçando
os pensamentos automáticos.
A psicoterapia da abordagem cognitivo-comportamental objetiva
promover alterações cognitivas, mudanças de atitude e consequente redução da
ansiedade em relação a disfunção a ser defrontado, nesses casos, são utilizados
diversos exercícios comportamentais prescritos para serem realizados em casa,
como tarefa.
Quando existe intimidade entre o casal é importante priorizar a avaliação,
e, na terapia como casal se colhe muitas informações úteis, é uma oportunidade
do terapeuta observar a interação do casal e também, com a parceria fica
possível um melhor cumprimento do tratamento. Quando não existe
relacionamento íntimo o foco será a Psicoeducação, Reestruturação cognitiva e
Técnicas comportamentais que possam ser feitas individualmente.

REFERÊNCIAS
FARIAS, A. C. R. e Cols. Análise comportamental clínica: aspectos teóricos
e estudos de caso, Porto Alegre: Artmed, 2010.

ABDO, C. H. N.; FLEURY, H. J. Aspectos diagnósticos e terapêuticos das


disfunções sexuais femininas. Rev. Psiq. Clín. 33 (3) 2006 Disponível em: <
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-
60832006000300006> Acesso em 20 fev. 2019.

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