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Valores e Tabagismo 3
ser alvo apenas de fofocas enquanto nin- lado, a imposição põe ser tarefa de todo
guém fizer uma acusação pública; mas mundo ou, pelo menos, a tarefa de todos
você será levado à morte se a acusação os membros do grupo ao qual se pretende
for feita. O ponto principal é que a res- que a regra se aplique. (12)
posta de outras pessoas tem que ser enca-
rada como problemática. Só porque al- Deduzimos então que as regras são forma-
guém infringiu uma regra não significa das dentro do grupo por elementos que exer-
que os outros reagirão como se isso ti- cem liderança - consensada ou imposta pela
vesse acontecido (inversamente, só por- força - não necessariamente obtendo o sufrá-
que alguém não violou uma regra, não gio universal de seus pares. Assim o compor-
significa que não será ameaçado, em al- tamento considerado desviante poderia ser
gumas circunstâncias, como se o tivesse analisado mais pela ótica da oposição à re-
feito). (10) gra vigente, do que por uma postura malsã.
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da parte dos anti-tabagistas. Em 1995 a Phi- Significa que num maço de Marlboro, ven-
lip Morris acumulou um lucro de 7,2 bilhões dido a 1,70 real, 1,26 real foi recolhido em
de dólares, a partir de vendas no total de tributos.
34 bilhões de dólares em suas operações no Em 1995 foram arrecadados 5,6 bilhões de
mundo todo. Sua marca Marlboro foi apon- reais em impostos. Somente em IPI, a in-
tada pela revista americana Financial World dústria recolheu 3,2 bilhões de reais, o dobro
como a marca mais valiosa do mundo, à do valor desse imposto gerado na venda de
frente da Coca-Cola, ou seja, valendo 44,6 bebidas e cinco vezes o IPI recolhido pela
bilhões de dólares. No segundo trimestre de indústria automobilística. Para completar,
1996, os lucros da Philip Morris cresceram no ano passado o Brasil se tornou o maior
15% em relação ao mesmo período de 1995 exportador mundial de fumo, com vendas
e alcançaram 1,62 bilhão de dólares. Cada de 256 milhões de dólares ao exterior. So-
ação da Philip Morris estava valendo no fi- madas, as exportações de fumo e de cigar-
nal de junho de 1996, 1,97 dólar, contra 1,67 ros renderam ao país 1,17 bilhão de dóla-
um ano antes. (14) res, mais do que a receita obtida pelas expor-
No Brasil, apesar de menores, os núme- tações de suco de laranja e de óleo de soja.
ros contam também uma história de avanço (15)
sob um cerco crescente. A Souza Cruz, Apesar do cerco constante aos fumantes,
pertencente à British & American Tobacco, principalmente nos Estados Unidos, as ven-
lucrou 198,4 milhões de dólares em 1995, das têm se mantido estáveis. Aproximada-
apresentando rendimento mais do que do- mente 25,5% dos americanos continuam fu-
brado em relação a 1994. mando. No Brasil, em 1995, as fábricas
A indústria do fumo fatura mais de 70 bil- produziram 174,6 bilhões de cigarros, sendo
hões de dólares ao ano em todo o mundo. 119 bilhões vendidos no mercado interno. É
Quinze bilhões de cigarros são consumidos quase a mesma produção recorde de 1991:
diariamente por cidadãos de todas as nacio- 176,3 bilhões. O faturamento em 1995 foi o
nalidades. Trinta e cinco milhões de brasilei- maior da história do setor no País: 8,9 bil-
ros contribuem para esse consumo. Estima- hões de dólares.
se que há 2,5 milhões de pessoas, no Brasil, O quadro poderia ser mais expressivo em
envolvidas direta ou indiretamente na pro- números, não fora a atuação dos contra-
dução e venda de cigarros, em atividades que bandistas. Considera-se que o contrabando
vão do plantio do fumo até a confecção de no setor domine 16% do mercado nacional,
publicidade. Só no plantio há 140 mil famí- aproximando-se do montante de 1 bilhão de
lias envolvidas, a maioria no Rio Grande do dólares em impostos sonegados.
Sul e no Paraná. Investimentos já comprometidos, indicam
O governo brasileiro, ao mesmo tempo que a indústria do fumo vai gerar, só no sul
que procura inibir o consumo de cigarros, é o do Brasil, mais de 7 000 empregos diretos.
grande sócio dessa indústria. De cada maço
de cigarros vendido no Brasil, em 1995, 74%
do preço no varejo foram parar nos cofres do
governo federal ou dos governos estaduais.
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sponsabiliza a Souza Cruz pela morte, em americano. Os argumentos são tão bem apre-
abril de 1995, do mecânico Nelson Cabral sentados que o leitor se sente pecaminosa-
Alves. Ele morreu aos 41 anos, o seu ates- mente inclinado a ficar a favor do fumo e
tado de óbito, assinado pelo médico Pedro contra a horda de moralistas. Numa passa-
Ernesto de Oliveira Costa, apresenta "enf- gem do livro o principal personagem rebate
arto agudo do miocárdio, cardiopatia hiper- a acusação de que o cigarro produz câncer,
tensiva e tabagismo". Nelson Alves fumava lembrando que o governo americano investe
quatro maços de cigarro por dia. A indeni- há décadas em armas nucleares, material te-
zação é de 1,5 milhão de reais mais pensão tricamente cancerígeno.
vitalícia. Lançado no momento em que a indústria
Em 15 de julho de 1996, o Presidente atravessa uma carga pesada de críticas ele re-
da República, Fernando Henrique Cardoso, força o discurso dos executivos do tabaco de
sancionou a lei 9 294 que "Dispõe sobre as que entre as dezenas de milhares de estudos
restrições ao suo e à propaganda de produ- acumulados sobre os malefícios do cigarro,
tos fumígeros, bebidas alcoólicas, medica- ainda não apareceu um único capaz de pro-
mentos, terapias e defensivos agrícolas, nos var, sem nenhuma possibilidade de contes-
termos do parágrafo quarto do artigo 220 da tação, que fumar faz mal à saúde.
Constituição Federal". A indústria do fumo sempre investiu pe-
Fumar faz todo esse mal que se apregoa? sado na media. Sua presença reúne consi-
Uma das razões de a indústria ter sido bem- derável iconografia com imagens de sensua-
sucedida até agora nas ações judiciais é que lidade prazerosa, representando sua fumaça
essa é uma questão muito mais controversa elemento de estética em muitos dos filmes
do que a maioria das pessoas imagina. Há produzidos por Hollywood. Seria possível
um emaranhado de números e de pesquisas imaginar uma Gilda politicamente correta,
que confundem muito mais que elucidam. A dissociando o personagem imortal de Rita
única conclusão 100% segura a que se chega Hayworth da piteira que ela empunha na foto
é que faltam ainda muitos anos de pesquisa famosa? Ou aquele olhar apertado de Hum-
para que a medicina chegue a um consenso phrey Bogart sem a tragada?
sobre o cigarro. "Nunca ficou demonstrado
que fumar dá câncer", escreveu o médico di- Seja quem for o divino designer que o
namarquês Tage Voss em seu livro Smoking aperfeiçoou, imaginou o cigarro como
and Common Sense, de 1992. (16) um complemento capaz de confundir-se
de corpo e alma com quem o fuma.
Tornou-o masculino em mão masculinas;
5 Obrigado por fumar feminino, em mão femininas. Sofisti-
"Obrigado por fumar"é um livro escrito por cado, entre sofisticados; rústico, entre rú-
Christopher Buckley, lobista americano da sticos. Um símbolo de rebeldia, para os
indústria do fumo, recém lançado pela Com- jovens; um instrumento de quietude, para
panhia das Letras, no Brasil. os idosos.
O livro é uma baforada de nicotina lançada Fez dele um caloroso aliado nos momen-
com graça e talento sobre o puritanismo
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"Cada fumante tem a sua opinião: uns vistosos. Isso não é uma forma de induzir
gostam do cheiro, outros têm prazer no sa- as pessoas, principalmente as mais jovens, a
bor, outros ainda se identificam com o ritual, fumar?
com o manuseio e até mesmo com a fumaça "A Souza Cruz dirige sua propaganda ex-
do cigarro. Embora os estudiosos não ten- clusivamente a adultos; jamais incentiva me-
ham chegado a qualquer explicação defini- nores a fumar, seguindo a lei e o Código de
tiva sobre o assunto, a idéia mais aceita é de Auto-Regulamentação Publicitária - Conar".
que fumar traz benefícios psicológicos para - Mas isso não impede o acesso de meno-
determinados indivíduos e supõe-se que isso res ao cigarro...
seja efeito da nicotina". "A Souza Cruz dirige toda sua propa-
- E as denúncias de que a indústria au- ganda exclusivamente para adultos fuman-
menta os teores para evitar que as pessoas tes...a Empresa toma o cuidado de usar so-
deixem de fumar? mente modelos adultos em seus anúncios e,
"A indústria não aumenta o teor de nico- mais, que pareçam fisicamente adultos".
tina do cigarro para manter o hábito de fu- - Por que então os eventos promocionais
mar. Se isso acontecesse, alteraria o gosto da Souza Cruz são dirigidos aos jovens?
do produto, que seria recusado pelo consu- "Qualquer evento promocional patro-
midor". cinado pela Souza Cruz está relacionado a
- A Souza Cruz nunca muda as caracterí- um estilo de vida e não a uma faixa etária".
sticas de determinada marca, inclusive os - O que a Souza Cruz tem a dizer sobre
seus teores de nicotina e alcatrão? as denúncias de contaminação de agriculto-
"Atenta às preferências dos consumido- res por agrotóxicos?
res, a Souza Cruz tem reduzido os teores da "O uso de agrotóxicos não é exclusiva-
maioria de suas marcas e passou a publicá- mente da fumicultura. Graças aos controles,
los nas embalagens". treinamentos e campanhas da Souza Cruz, os
- Os aditivos colocados no fumo durante produtores de fumo têm cada vez mais cons-
o processo de fabricação de cigarros não são ciência da necessidade de proteção".
perigosos? - E sobre as denúncias de resíduos no
"Os aditivos dos cigarros são extratos e fumo?
essências naturais que funcionam como aro- "Todas as análises, feitas inclusive por cli-
matizantes ou agentes de sabor, bastante uti- entes internacionais, não indicam haver no
lizados também na indústria alimentícia". fumo da Souza Cruz qualquer tipo de resí-
- O fato de trazerem cláusulas de advertên- duo que possa causar problemas".
cia nas embalagens e na publicidade não si- - E quanto às denúncias de que os fumi-
gnifica que os cigarros são perigosos à saúde cultores provocam desmatamento para usar
das pessoas? a lenha na cura do fumo?
"As embalagens de cigarros trazem adver- "A Souza Cruz incentiva o reflorestamento
tências por determinação do governo e não nas propriedades dos fumicultores. Nos últi-
porque a indústria concorde com elas". mos anos, o plantio de árvores nas áreas de
- Muitos consideram que a propaganda de fumo ultrapassou em mais de 40% o volume
cigarros é sensual, com modelos bonitos e consumido".
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- O plantio do fumo também tem sido acu- mudanças decisivas que ocorrem na mo-
sado de tirar espaços de culturas alimentares. ral com a passagem da sociedade escra-
Isso é correto? vista à feudal e desta à sociedade bur-
"Em média, o produtor usa apenas 2 de guesa. Vemos também que numa mesma
cada 20 hectares para a cultura do fumo. A sociedade, baseada na exploração de uns
Souza Cruz também o incentiva a desenvol- homens pelos outros ou de uns países por
ver culturas como milho e feijão e a diversi- outros, a moral se diversifica de acordo
ficar atividades". com os interesses antagônicos fundamen-
tais. (21)
6 O direito dos desviantes Se a moral, tida por algum autores como
Temos de considerar que "o Direito não é núcleo formador da convivência humana,
o único instrumento responsável pela har- pode apresentar um processo evolutivo, re-
monia da vida social. A Moral, Religião e conhecemos no desvio o elemento impulsio-
Regras de Trato Social são outros processos nador de tal processo, a ponto de interpretá-
normativos que condicionam a vivência do lo não apenas por seu aspecto divergente,
homem na sociedade". (19) Por tais pressu- mas também convergente, na medida em que
postos e em consonância com o Princípio de depura as relações.
Utilidade de Jeremy Bentham compreende- A polêmica tabagista não poderá ser so-
mos o processo evolutivo da sociedade, atra- lucionada sem um amplo exercício de alteri-
vés das inter-relações da Religião, do Di- dade, quando as partes preservam-se no res-
reito, da Moral e da Ética. peito recíproco.
Observando tal processo evolutivo pode- Muitas organizações têm levado a seus co-
mos compreender que o desvio à regra pode laboradores a discussão do direito ao prazer
representar novas idealizações do escambo de fumar. Consideram a maioria delas que
social, criando pontos referenciais para sua não podem cercear a liberdade individual,
atualização na contemporaneidade: "...o des- ainda que tenha de preservar a coletividade.
vio tinha um caráter político, que o que é de- Antes que a recente legislação fosse
finido como desviante freqüentemente acaba sancionada, a Valessul Aluminio, empresa
por ser formalizado numa lei". (20) controlada pela Companhia Vale do Rio
Dentre os elementos formadores da regras, Doce, levou a questão a seus funcionários,
leis e acordos, o que mais interage com o que em conjunto com sua direção editaram
meio social, influenciando e por este sendo um Código de Ética, com capítulo específico
influenciado, é a moral, que evolui com o de- sobre o direito ao fumo:
senrolar do processo histórico.
O fumo
A moral vivida realmente na sociedade Fumar é um direito que lhe assiste e,
muda historicamente de acordo com as como tal, deve ser respeitado. Da mesma
reviravoltas fundamentais que se verifi- forma considere o direito de quem não
cam no desenvolvimento social. Daí as gosta da fumaça do seu cigarro. É cada
vez maior o número de pessoas que não
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fumam, porque se preocupam com sua próprio deleite e por derivação um pressupo-
saúde. sto de felicidade?
Portanto, tenha a gentileza de não fu- Se a primeira proposta é a verdadeira, por
mar em locais públicos, auditórios, re- que a sociedade não atua mais eficazmente
uniões, transportes coletivos, ambientes no combate às drogas mais viciantes?
fechados ou perto de quem não fuma. Estaríamos protagonizando uma histeria
Desfrute o seu prazer mas não polua o ar coletiva, de caráter transferidor? Ou seja,
alheio. Isto é uma verdadeira questão de se não podemos hostilizar as drogas pesa-
civilidade". (22) das, investimos contra as menores, num re-
curso de "cortina de fumaça", embaçando a
Destacamos a importância da postura ado- crítica numa pretensa atuação de rigor.
tada pela Valesul. Em momento algum os Curioso notar que os institutos de pesquisa
direitos foram cerceados. Não houve qual- ainda não puderam, cientificamente, com-
quer crítica ao hábito de fumar ou alegado provar um possível malefício do hábito do
malefício na saúde das pessoas. Não houve fumo, o que não permite aos tribunais efe-
mesmo uma proibição. Houve sim uma reco- tivar uma ação punitiva legal.
mendação "tenha a gentileza". Assim sendo Enquanto perdurarem tais dúvidas, o ta-
não se instaura a punição, quando tanto, uma baco - com todos os seus derivados - deverá
censura informal. A convivência social po- tão somente ser considerado um desvio e não
derá instaurar a queda do hábito e não o po- uma infração legal. Cabendo àqueles inter-
der coercitivo do Estado, mesmo que por de- essados no com-viver o estabelecimento de
legação democrática. posturas que permitam o espaço para a ma-
nifestação das individualidades.
7 Conclusão
O ser humano tem o direito ao desvio, já que
8 Referências bibliográficas
sua manifestação pode representar o ponto (1) NIETZSCHE, Friedrich. Para a Ge-
de acionamento de um processo de evolução nealogia da Moral. In obras incompletas,
social. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril
O tabagismo ao longo da história encontra Cultural, 1983.p.78
momentos de consentimento e reprovação.
Ao glamour é contraposta a perversão. Ao (2) KOSOVSKI, Ester. Ética, Imprensa e
prazer, a moléstia. Responsabilidade Social. Ética na Comuni-
Tal dualismo nos faz questionar o objeto cação / organizadora, Ester Kosovski. Rio
da censura. O cigarro - representante de to- de Janeiro: Mauad,1995.p.31
das as derivações do fumo - é julgado porque
faz mal à saúde, ou porque é um prazer? (3) NIETZSCHE, Friedrich. Para a
Há, de fato, uma preocupação com o Genealogia da Moral. p.85
bem-estar social, ou condena-se o fumo
como punição àqueles que ousam buscar o (4) VÃSQUEZ, Adolfo Sãnchez.
Ética. Rio de Janeiro: Civilização Bra-
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12 Sebastião Amoêdo de Barros
(12) Idem.
9 Bibliografia
(13) ASTRO, Antônio Monteiro. Pa-
lavras do Presidente. Rio de Janeiro: in BECKER, Howard S. Outsiders. New York:
Relatório Anual da Companhia de Cigarros The Free Press. 1993. Versão em por-
Souza Cruz, 1992. p.6 tuguês: Uma Teoria da Ação Coletiva,
cópia xerox. Rio de Janeiro. 1976.
(14) REVISTA EXAME. É proibido
fumar. São Paulo.a.30,n16,julho1996.p.83 BECKER, Howard S. Uma Teoria da Ação
Coletiva. Citação do artigo de Irving
(15) Idem.p.84 Louis Horowitz e Martin Liebowitz.
Rio de Janeiro, 1976.p.26
(16) Ibidem. COMPANHIA DE CIGARROS SOUZA
CRUZ. Relatório Anual. Rio de Ja-
(17) CASTRO, Ruy. Atitudes. Rio de neiro, 1992.
Janeiro: in Relatório Anual da Companhia
de Cigarros Souza Cruz, 1992. p.17 COMPANHIA DE CIGARROS SOUZA
CRUZ. Fumo & Sociedade. Rio de Ja-
neiro, 1996.
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COSTA, Jurandir Freire. A Ética e o Espelho WEIL, Pierre. A nova Ética. Rio de Janeiro:
da Cultura. Rio de janeiro: Rocco, Rosa dos Tempos, 1994.
1994.
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