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Economia 09/09/2015 12:09
São Paulo Os maiores "cisnes negros" da economia global hoje são uma China
(http://www.exame.com.br/topicos/china) fraca demais e um Reino Unido
(http://www.exame.com.br/topicos/reinounido) fora da União Europeia, de acordo com o
Société Générale (http://www.exame.com.br/topicos/societegenerale).
O banco francês divulga trimestralmente sua tabela de "cisnes negros", conceito de Nassim
Nicholas Taleb para agrupar eventos inesperados e de alto impacto.
No momento, a chamada "Brexit" é vista como mais provável (45%) mas menos perigosa do
que um pouso forçado chinês (30%). Uma saída da Grécia do euro foi retirada da lista por
enquanto, apesar de continuar possível no médio prazo.
Completam os "cisnes negros" a chance de que os consumidores dos países ricos guardem
(e não gastem) o que economizaram em gasolina (25%), uma nova recessão global (10%) e
um Federal Reserve (banco central americano) atrás demais da curva do mercado ao
manter juros baixos por mais tempo que o necessário (10%).
Há também os "cisnes brancos". O maior, com 20% de chance, é que o bônus obtido pelos
países ricos com a queda do preço do petróleo seja investido para aumentar a
produtividade (20% de chance).
O segundo é que o crescimento surpreenda positivamente na Europa e no Japão (15% de
chance) e o terceiro é que reformas passem rapidamente (10% de chance).
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10/09/2015 China e Reino Unido são os cisnes negros da economia global | EXAME.com
Veja na figura: quanto mais alto na curva, mais provável. Quanto maior o cisne, maior o
impacto.
Société Générale
Reino Unido
Se você nem tinha colocado o referendo para saída do Reino Unido da UE no seu radar,
tudo bem: nem o mercado financeiro está. O SG levanta três hipóteses como explicação:
"Primeiro, os mercados acham que a Brexit não faria grande dano. Segundo, os mercados
veem uma possibilidade muito pequena desse cenário se materializar. Terceiro, está longe
demais no timing e ainda muito vago para se focar".
Para eles, a terceira faz mais sentido, já que o referendo é prometido pelo primeiroministro
David Cameron para até o final de 2017
(http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/modificacaoepropostaparareferendobritanico
sobreaue). Pela primeira vez, uma maioria dos britânicos quer sair
(http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/maioriadosbritanicosapoiasaidadoreino
unidodaue) o que mexeria bastante com o país.
investimento. A Brexit dispararia negociações não só com o resto do continente mas
também com mais de 50 países que tem acordos com o bloco, além de novas tarifas e
barreiras. Receita certa para mais incerteza e custos, especialmente em setores como o
financeiro.
De acordo com um estudo recente do think tank Open Europe
(http://exame.abril.com.br/economia/noticias/sairdauniaoeuropeiaseriabomnegocio
paragrabretanha), no melhor cenário, o país consegue não apenas manter o livre comércio
com a Europa mas também se abre ainda mais para o resto do mundo. Nesse caso, o PIB
seria 1,6% maior em 2030. O pior cenário é de nenhum acordo com a UE e mais
fechamento, o que faria o PIB cair 2,2% até 2030.
China
O SG define pouso forçado da China como uma queda de crescimento para 5% em 2015 e
4% em 2016. Mesmo com as turbulências no mercado
(http://exame.abril.com.br/economia/noticias/oqueachinanaodevefazerparacontero
drama) e dados decepcionantes (http://exame.abril.com.br/economia/noticias/onovoepior
normaldaeconomiachinesaemumdiagrama), a meta por enquanto continua em 7%, bem
abaixo da média das últimas décadas mas ainda vigorosa.
O pouso forçado provavelmente seria menos parecido com uma crise financeira como a de
2008 e mais com uma crise da Ásia como a de 1997, com a diferença de que os
emergentes são muito mais importantes para a economia global hoje do que na época.
Com a China muito fraca, a chance de recessão global é de 1 em 3. A"munição de política
monetária está baixa" e os bancos centrais podem hesitar em agir, já que os programas de
estímulo dão resultados decrescentes e já vêm inflando os ativos para níveis alarmantes.
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