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A Estrada de Anacrivés

Capítulo 1

Sim, andava preocupado com todas as coisas em sua volta e cada vez se tornava mais
sombrio em seus pensamentos e suas escolhas, não porque apetecia ao próprio, entretanto,
havia aquele que dominara sua mente de forma tão profunda que as dores psicológicas se
transferiam para o físico, seu andar era difícil e a cada passo era perturbado pelas piores
alucinações.

Era uma noite nada iluminada, sem lamparinas externas ligadas e sendo tarde da noite
não poderia trazer um guia para os próprios olhos, nada além de uma grama que sentia com
seus pés descalços que quase falavam por eles mesmos – e quase era possível ouvir - que não
tinham mais a esperança de encontrar uma única direção; tal situação seria assustadora para
muitos, contudo, tratando-se do Humano era amedrontador de formas inefáveis para quaisquer
seres que existiam. É certo que não há nada pior que a dor psicsológica, pois mesmo sendo
simplista para a mente de alguns, é como a tortura para outros – sendo que verbos podem ser
interpretados de diferentes maneiras para as diferentes inteligências em quaisquer mundos,
como é bem analisado por qualquer ser pensante - e assim as experiências moldaram Humano
para que fosse esse.

Caiu ele, com o rosto em grande paixão pela grama, passou horas caído em devaneios
de um perturbado que você encontraria em esquinas de bares, e assim foi tratado por quem
passou no dia posterior, como qualquer bêbado que não soube medir a dose de sua bebida. Mal
sabiam – e teriam dó se soubessem, talvez assim fosse melhor para menor preocupação,
poderiam seguir a impureza de suas vidas sem lembrar daquele que estava no chão, poderiam
comer sua comida sem se preocupar com todos os doentes de espírito, conversar sobre frívolos
e gananciosos assuntos sem mais ou menos.

Não só caiu, como também as lágrimas eram evidentes em seus olhos que quase
reviravam de tamanha dor interna, e talvez por sorte – ou propósito maior – um homem de
muitas rugas e aparentemente poucas amizades foi atrapalhado pelos pequenos gemidos ao
chão vindos de Humano:

- A dor dura a quanto tempo, senhor? – perguntou o homem nada preocupado com o
estado do que fora requisitado resposta, sem ao menos conseguir ver o rosto do Humano que
ainda estava trancafiado ao chão puxou uma garrafa de sua bolsa de couro – veja, não é bom
que chore por tanto tempo, seus olhos estão inchados.

- Por que é importante? – disse como quem não levantaria do chão, e mostrando ainda
maior desprezo, também não levantaria o rosto.

- Porque devo me importar, a importância que darei a esse evento trará aquilo que não
posso mostrar por palavras ou expressões; apenas saiba, és importante para formações futuras.
Por mais pobre que sejam minhas palavras, de um estranho em um caminho na rua – disse ele
com um certo tom de ironia, como se já soubesse cada palavra antes mesmo de começar a frase
– não tenha você que minha conduta e minha abordagem nada comum sejam pontos relevantes
para não aceitar minhas palavras, pois no fundo você sabe, precisa levantar.

O homem idoso trouxe a garrafa a sua visão e deu a garrafa, com os dizeres “Torá” ao
Humano e complementa o visual da garrafa com palavras:
- Uma bebida que te levará além das hierarquias humanas e suas designações de importância,
talvez a devida visão.

Deitado, ao conforto das palavras do que parecia ser um sábio homem, bebeu sem mais
temores, sem mais receios, conquanto sentia que não havia caminhos pelos quais andar que o
levariam a fora do momento.

E então aconteceu, ao tomar, um imenso calor tomou regiões de seu corpo, tomou os
seus globos oculares de tal forma que pensara que saltariam de sua face, a dor era repugnante
e fez com que o mesmo tivesse pequenas convulsões no chão, deitando assim, novamente com
o rosto no chão.

Não havia estado de lucidez.

Ao acordar, estava ele só, em outra região em outro local, onde agora era uma estrada
de pedras com uma lua cheia e árvores em ambos dos seus lados; toda informação que tinha
era um placa, dizendo “Estrada de Anacrivés – Siga ao rumo alvo ou rumo destacado”.

E a placa não mentia, pois caminho que andava o Humano, entendia que os pedregulhos
do chão se tornavam neve, enquanto outros se tornavam mais dourados e preciosos, os quais
exatamente o Humano seguiu; era um caminho lindo, apesar da noite escura e das grandes
trevas que o perseguia, toda a razão era descontada em um único pensamento, do quão
precioso era aquele chão e do quão valoroso era.

Foi interrompido, pelo o que ele entendeu, ser a personificação do próprio caminho,
mostrava-se com cor forte e tinha aparência de grande deleite; toda a cena estranha foi deixada
pelo momento, antes de qualquer pergunta, o caminho disse ao Humano:

- Você era um rio.

- Como?

Então o humano passava de seu estado sólido, para o líquido, onde o desespero
novamente predominava sobre a situação, pois não havia nada que pudesse fazer.

*Narciso olha para o rio.

*Homem volta ao estado sólido

Para onde olhou humano?

- Como assim?

- Como observou narciso?

- Pelos próprios olhos – disse o humano – apenas admirava o rio o qual eu era.

O caminho personificado, traz um olhar de decepção:

- Volte ao caminho, humano.

Por mais bonito que antes fosse o caminho, as pedras perdiam seu brilho a cada passo
do Humano; até chegar novamente para a ramificação.

Onde dessa vez, encontrara dois pontos ao ar, um preto e um branco.

Onde os dois discutiam ferozmente para saber qual rumo tomar.


 Discutiam enquanto outro Humano de mesma aparência passava pelo
caminho dourado novamente, enquanto outro, com membros quebrados e
sangue em todo o corpo, estava perto do fim ao caminho Alvo.

O humano então disse:

- Sigam o caminho dourado, esse sim trará uma experiência recordante para vós,
olhem para aquele humano, ele passa pelo caminho alvo e está extremamente
machucado.

Os pontos se entreolham e calam por algum momento:

- Aquele humano é você.

- Aqui está o seu passado, presente e futuro. Coexistindo de múltiplas formas.


Aquele homem que segue o alvo, não se machucou no caminho alvo,
machucando-se o bastante no caminho dourado, discernir o caminho que
segues, és o melhor para continuar.

O Humano embasbacado, agora repensara em qual caminho seguir, pois agora


havia o próprio testemunho de que as experiências trazidas pelo caminho
dourado, não seriam boas e o levariam a seguir o caminho alvo.

 Segue o caminho alvo.

 Pensava que agora seria melhor

 Estrada de cravos

Não se sabe até hoje por que o Humano chorava, ele apenas chorava, toda dor era
despedaçada por suas próprias forças, porém, após a raposa que o esperava além dos cravos,
tudo chegava até a raposa, era seu verdadeiro porto-seguro.

Ele já não questionava a raposa, ele já não queria abandonar a raposa, mesmo já não
entendendo quem era a raposa, ele simplesmente sabia, que a raposa existia.

O Humano ia todos os sábados para a escola sabatina, e talvez entendia, onde estava a
Raposa, e onde estava o Humano do outro caminho, porque ele viu cada um de vocês aqui, e
desprezou no caminho, porém hoje, ele não despreza, ele alerta para eles, sabendo que vocês
são ele; seguir o caminho alvo sempre olhando adiante, sem julgar, pois saberia que faria o
mesmo.

Vocês seguiriam qual caminho primariamente?

- Assim como o povo no deserto não entendeu o agir de Deus.

Humanos alertam os humanos sobre os caminhos quais devem seguir

Os quais levam para um bom caminho e os quais não levam para um bom caminho –
Histórias bíblicas, assim como ver o Humano machucado no caminho Alvo – nos levam a ter um
testemunho passado para andar pelo caminho certo.

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