Você está na página 1de 27

© by Poliene Soares dos Santos BicaJho

Márcia Machado
Organizadoras

Editora da PUC Goiás


Rua Colônia, Qd. 240-C, Lt. 26-29
Chácara C2, Jardim Novo Mundo
Cep. 74.713-200- Goiânia - Goiás - Brasil
Secretaria e Fax 62 3946-1814- Revistas 62 3946-1815
Coordenação 62 3946-1816 - Livraria 62 3946-1080
www.pucgoias.edu.br/editora

Comissão Técnica
Biblioteca Central da PUC Goiás
Normalização

Revisão
Juliana Rézio

Editoração Eletrônica
Humberto Melo

Arte Final de Capa


Rogério Borges Santana

Seleção de Imagens
Sarah Amado Ribeiro

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


Biblioteca da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, GO, Brasil

A786 Artes indígenas no Cerrado: saberes, educação e museus/


Poliene Soares dos Santos Bicalho, Márcia Machado,
organizadoras.-- Goiania: Ed. da PUC Goiás, 2018.
216 p.; il. 22 cm. -- (Coleção Tessituras do Cerrado 7 ) --

ISBN 978-85-7103-963-6

1. Arte indígena - Cerrados. I.Bicalho, Poliene Soares


dos Santos. II.Machado, Márcia. III. Título.

CDU: 7.031.3(213.54)

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida,
annazenada em um sistema de recuperação ou transmitida de qualquer forma ou por
qualquer meio, eletrônico, mecânico, fotocópia, microfilmagem, gravação ou outro, sem
escrita permissão do editor.

Impresso no Brasil
SUMÁRIO

7 AGRADECIMENTOS

9 APRESENTAÇÃO

13 PREFÁCIO

19 CAPÍTULO I
A FIGURAÇÃO DO INVISÍVEL: O ENCOJ\!RO DE
WARBURG COM AS ARTES AMERÍNDIAS. O Q t;E
DELE PODEMOS APRENDER HOJE PARA A
ANTROPOLOGIA DA ARTE?
Els Lagrou

51 CAPÍTULO II
PINTURAS TERAPÊUTICAS: CORPOS E TD\TAS
EM ALGUNS GRUPOS JÊ
André Demarchi

83 CAPÍTULO III
A ARTE DE VESTIR-SE NO CERRADO BRASILEIRO:
O INDÍGENA EM TELA
Poliene Soares dos Santos Bicalho
Adriana Aparecida Silva
11 5 CAPfTULO 1V
TAl?UIOS DO CARRE'T'ÂO: HISTÓRIA, CULTURAS
E ARTES DAS MATRIZES t:TNICAS ORIGINARIAS
Márcia Machado
Denise Araújo Bringel
Fernanda A]ves da Silva Oliveira

145 CAPÍTULO V
PROCESSOS EDUCACIONAIS NA TERRA INDÍGENA
AVÁ-CANOEIRO DE GOIÁS: PANORAMA HISTÓRICO
E PERSPECTIVAS FUTURAS
Lorranne Gomes da Silva
Ariel Pheu]a do Couto e Silva

J 69 CAPÍTULO VI
AS ARTES INDÍGENAS NOS LIVROS DIDÁTICOS:
OS INDÍGENAS CERRATENSIS EM PERSPECTIVA
Keyde Taisa da Silva
Fernanda Alves da Silva Oliveira

191 CAPÍTULO VII


ARTES INDÍGENAS NO MUSEU E NO CERRADO:
EXPOSIÇÃO "A ARTE DO POVO KAYAPÓ"
Darlen Priscila Santana Rodrigues
Poliene Soares dos Santos Bicalho
Márcia Machado

211 Nota das Organizadoras


CAPÍTULO V

PR?CESSOS EDUCACIONAIS NA TERRA INDÍGENA


AVA-CANOEIRO DE GOIÁS: PANORAMA HISTÓRICO
E PERSPECTIVAS FUTURAS

Lorranne Gomes da Silva


Ariel Pheula do Couto e Silva2

A história d o p ovo indígena Avá-Canoeiro, como a maioria dos


povos indígenas do Brasil, pressupõe a sua geografia e histó-
ria, marcada p or massacres e quase o extermínio completo da etnia
(PEDRO SO, 1992). Os primeiros registras sobre os "Canoeiro" são
da primeira m etade do século XVIII. Mas, evidências arqueológi-
cas de ancestrais Tupí-Guaraní no Centro-Oeste do Brasil apontam
para a p resença de prováveis ancestrais dos atuais Avá-Canoeiro
no século XI e séculos XIV e XV na região (SCHMITZ; WÜST;
THIES, 1982).
Segundo Pedroso (1992), com a aproximação das frentes de
expansão sobre a sua área de ocupação- o interflúvio das bacias dos rios
Tocantins e Araguaia - , os Avá-Canoeiro passaram a ser perseguidos e,
sucessivamente, massacrados, chegando a ser considerados "extintos"
no fim do século XIX Na atualidade, os Avá-Canoeiro se constituem
de dois grupos, contatados oficialmente na segunda metade do
século XX: os Avá-Canoeiro que vivem no estado do Tocantins
(autodenominados Awã), cujo contato ocorreu em 1973/1974· e os Avá-
Canoeiro que vivem no estado de Goiás, cujo contato ocorreu em 1983.
Os Avá-Canoeiro foram, até a década da 1970, denominados
por "Canoeiros", a partir de sua grande habilidade de navegação com
1 Doutora em Geografia, professora da Umverstdade Estadual de G01~s (U EG), Campus
Cora Coralina, do Programa de Pós-Graduação Stncto Sensu em Lmgua, Lttcratura e
Interculturahdade e do curso Supenor de Tecnologta em Gestão de Tunsmo
- Doutorando em LmguístiCa pelo Programa de Pós-Graduação em Lmguísttca (PPGLI
LIP/lL!UnB, bolsa CAPES) e membro do Laboratóno de Línguas e Ltteraturas Indígenas
- Aryon Dall 'lgna Rodrigues (LALLI/UnB).

145
146 1

suas yagas canoas', de forma emel h·1nt ltro: r \ 'l ~ .


}O 1 ·l ,
u .., ~

que habitam e habitaram a margen n ,' e r -


nação idêntica. Avá foi acre centad n n
dos primeiros estudos linguí tico · realizad .. ·<- ntatc fi ·ia]
(HARRISON, 1974; TORAL, 19 4) nm Y z u i n lnl n tlda,' ,' _
melhanças entre sua língua e língua fan ília Tuf 1- uar;.ln i, ara a ,
quais este termo funciona como autoden n in ~à d ~Tu r')_ u iin-
plesmente constitui-se de um termo genéri p ra ~c11te u ·_I.: :.'oa·.
De acordo com Silva (2005), o Avá-Can eir .. - nsid ra.1n on1o
awa 'gente', em oposição a maira/rnaila. ~nã -incli~cJ1':l c l -lu.ra. r
Este artigo objetiva evidenciar e refletir . . re ,' I r ~c " , edu-
cacionais implementados pelo e/ou para para a -:ln1ilh _-\,~.i - an iro
de Goiás, no âmbito da Terra Indígena Avá-Can eir . di~,_ utind tanto
os processos de Educação Escolar Indígena, in1 lcn1ent·1d ~ dc,'de O"
anos 2000; quanto os processos tradicionais de educa .:1 Av·i- anoei-
ro, com foco nas funções educacionai do e pa. " e aT rc-ndiLa:>em -·.

PROCESSOS DE EDUCAÇÃO E COLAR _-DÍGE.."\!_-\ ~-\ T RR:\


INDÍGENA AVÁ-CANOEIRO

Antes da discussão sobre os proce de Educ ~~l E' - hu In-


dígena implementados para os Avá-Canoeiro e n1ai rçc nh~Olênte p r
eles, se faz necessário apresentar um panoran1a d hL t " ri ~ · educa-
ção escolar na Terra Indígena (T.I) Avá-Canoeiro leY·1nd -'e cln ~ n ,·_
deração as demandas interferência e resultados. desde "eu ini ~i , n s
anos 2000, com o fim de compreender os processos edu ·Ki nai ~ atua.is.

3 Agradecemos aos membros do Grupo de Trabalho sobre a Edu " .._1 Es · Ltr lndt; 1J.
Avá-Canoeiro, pois algumas das questões apre entnda ne-ste- tmP..1 lh cn•n muit .~:
reuniões ocorridas entre 2015 e 2016: as professoras J\Iônü.-:a \"do$ B ~rgc.:: s.1ni L i-
tão; à servidora antropóloga da FUNAI, Ester Sih·eira; aos serYi rt>s Ja ..' E L' E
Va léria Cavalcante da Silva Souza, Francisco Alves Barb s:a. ...,inYul liY ir.t: E\i.me
Cristina Soares Leobas; Gloricia Santos Ramo Arruda e a superint n i nt d Et : iHl)
Fundamental de Goiás, Marcia Rocha de Souza Antune. · e. ~o n-tu j , ~ iw·.1thim.l t'
Trumak Avá-Canoeiro e Kaorewagi e Iranildo Tapirapé. G staríum d ·sr~ ., .tr
nosso pesar pelo falecimento de XiugtL'(awaga Av·ú-C,lnoeiro (hmi) na m t,td _tH;, d t>
deixa um legado de resiliência e re i tência tanto para os A,~.l- an ;:-iro - m r .tr.3 '
seus amigos mais próximos.
O p ltHll ' lll HI nq ui :q)t' ·~t nl n lo í( )i d ahm·( dt> pur ~ ílv, , ~ílvC:Í ­
t'n; <:uclks (.~01 '1), ' O ll \0 p 11'\ (' d'' UIJJ di:lf II ÓI tico ínicíf! l d~ Educ~~n
1
1

/\v;\ ( :ntHwlro, no. n1hilo dt li III Pdt11 ·Ít'O Cr ll p{> de 'l 'nl l>all (' ()<>l,rc a
l•:duCI\':Io 1\v:\ ( :ullotir< >.
( :oni(H·nw r onsln n:1t-: dor utn ·nt n\:<"1 ·f le:vn nl adnh pdw1~ ulorch,
1\ prltl l l'il'tl 1)\l ' ll \' i.I O sohn· ·ducu , ( o c·scolnt· no Am hito da rfcrra
lnd lgl· n ~l Avi\ ( :i.ltHH.' iro S(' deu pot· m ·i<> de: ll tt pedido form al df,
Pnslo lnd lgctw ( PI N) 1\v(l c~III O C Í I'(l ~\' s<:de da PU NA r. cm Bra (.ílía, de
impkttl <.' nl n~· fiO de um progra nw de· (·dlt CH\'( o para doi H j(>VC:I1!1 Avá-
Ci\ not'iro. l ·: m 190H, os tntSt)lOHj(l possuíam ettl rc I() c 12 an on.
n llrnwdu l'tn I ( ()9 um;, parceria ·ntr·e a Fundação Nacional
do fndio (PUNA I)(' a Ur1ivr rsid adt' P<.:dcra l de noí{t ~ (U f .C~), para a
rc:ll i :t.n~; "o de um proj to d · ·ducaçfio <.:scola r para 0 !-1 /\vá Canocíro,
cotn<.\':1 ndo no ii no 2000, '' lo ando o <.: nsi n<> do port ugu é~ c rcgí"-
lrn da llngll í\ 1\ vi\· C ano ·iro: '' Projeto A v{\ Cn no ciro. Uma J>ropot-Jta
de l ·:du ca~ão: vi l tdi zn<r~o da língu a e cultu nt. Participam do projeto
lin guis l ~\ s c an t ropólogos da Un iv(.;rsid adc; Federal de Coi ás c de PUR
NAS Ct•nl rai s l ·:lét ricas S./\.
Dur;Hllc os ano~ de 2000 a 2003 f(-,rarn r<.:a l iza d a~ algumas da<.;
el npas e subprogra m ~1 do supracil ado proj<.:lo, b<.:m como cncam í nhados
~ l·'lJ N 1\ I os r ·latórios t ri mestra is dt ai i v id ades. No entanto, entre
os anos d · 2003 e 20011, o projeto de ed tcação é interrompido pelo
cheíe do PIN 1\v{\-Canociro/io'U NA I. No mcsmo período, foi também
interrompid a n pesquisa de doutorado cm linguística na Terra
I nd ígcna Av6 -Ca noci ro, que busca va descrever c rcgislrar a Iíngu a
1\ vá Cn no i ro.
Em 200!l,foi promul gada a Lei n 111.HI2 de0ódcjulhodc2004,pclo
governo do stado de Coiás, dispondo da "criação ele escolas indígenas,
<k 'ducação hósicn, i ntcgra nlcs do Sistema Estadual de Ensino de Coíás
c dó out ra s provid ê n cia~( Esta lei fornece as bases legais para a criação
de escola diferenciada c especí fica para os povos indígenas do estado de
Croiós, possibilíl·ando a criação na Terra fndigena Avá~ Canoci ro de uma
escola própria.
Jl.m abr il de 2006, foi aprovada lei pela \,ámara Mun icipal
de Mina çu, di spondo el a cr iação da Escola Muni cipal I ndígena, na
1

al i ia vá- ano iro no à1nbito da Educação Básica do "i ' LCill ' l
~Iuni ~ipal d :\ En ino d Mina LL a qual prevê a ot lrat·tção d
un1·1 pr f ..\.'Ora para o ensin de português I ara a aldeia. Ait d·1
n "'-.' ano, a -..'uperint ndencia de Ensino Fu1 dan1 nt·1l cl Minaçu
inf ri 1a a PI vá-Canoeiro da realização de curso de for1 t ' t
-ã d prl f ssot sJ con1 o filn d que a então prof sHora e 1 téc- 1

ni a -.'i ~op dag ga da escola da ald ia tivessen1 a oportuuklad e


·1rti ~i ar. En1 . . . 007, a proD ssora é novan 1 t convida da p -·lu
' r ta ria ~lunicipal a participar en1 evento d fo ·11ação, '' UE P
Itin r·1nt ", n·1 FA ER - Faculdade de Cien ias Edu --uç ão de Ru-
i·ltab·:t/
Ao final do ano d .... 007 iniciaran1 as discussõ s para a cria -
'1 E..· la Indíg._ =-nd vá- anoeir con1o -' t nsão d unu.t unid·\-
l·1r da i iad d 11inaçu portanto devido a 1ou o ntun t'o
alun S, pa S U a ' r da c 111peten ia do stado, onforn1e O fl-
i ~ .... / ....007 d 11 d dez tnbro d .... 007. En1 2009, observa-se qu _,o
ap i in tituci n ·1t qu ra ofer ido pelo n1uni ípio, não s ' on L' -'ti-
z u n·1 sf ra '"'tadual. D ~ , ~ 111 d a ducação continuou i n foi·tnal.
En1 d ~un1ent io Guia para valiação da Educaçfto E~ olar
lan "nin1 }. n ta-se un1 con1entário sobre a falta dt apoio aos profes~
. . re: da Es ~ l·1 Indígena :vá- anoeiro, no que tange ao nsino dii{· ..
r n h1d e ~p -ífic un1a vez qu os n1estnos starüun: "( ...) scn1 ·ts--
.. . . · ri·1 linguí tica ou antr p 1l ' ~i a para a in ~orporaç ão dos n1odos
v1 ·1. v1 de n1undo --itua à . ciolinguisti ~ a da ' ~on1un idade ·

bservan1- ·e ontlito · j t\tn oHjo-


prof ' S r da s ola ' á- ~' noeir à ' po ·n. An
' pr c .... s de ducaçao escolar indig n·\ nn 'l(:rra
íg na v·i- ·1no ir for·1n1 int rr tnpidos. oin ~id , no ·utanto,
·. ·p -a de r str uturaçü int rna da FU N 1, na qunl a tlgura
h f PIN \-á- ano ir ' ria substitukh_\pcdo A10t'dcn·l l H' da
)rd n·1d ri·1 T ' cni ~a o -al TL d" ~1Iinn,.. u. oi ndd , tal 1bt'lll
~ n a ·1us 'nci·1 de pro.' t s d nlitig-açào dt: ilnpa --t d, orand 'S t: tH-
r n inH~nt :: ·1tiY' s na ~ rra Ind ígena. cotuo ttü l "' t\~0 d l,r<Jgr·lll\l\
~\v·í- an i (PA T
Ern- )\ _, '\l ')~ ,, '"~tl'utln\''"' l{\ Ft .\ L t\ \~'H '\t,, h, 1 k\
t'nal r\,, t' ' l'\ l ~lit\,\ '\l,~ t 1n\\· '~\h\l' t'l~\,,~tl'''"'~
r\·:t Ht\.... ut,'t\ "' htnh ~' ~ .\\\\ '.Hh 'tt ' l l ,\nt\n~. ;\ nnh· r
~-L'h 1 ,,t n l u ' l' H l' 't\\ '\..\\ t\\ t' \\\n "\'t 'l t' l' .\~~ ~~ t' \ ·\
1 in~'Ul~ti " \1 _hn1t \ '~ .\\',\ '\th 'it ,'', ''-'"' \' \~ 'n '\,\ t . \ll . ~\ . ()l ·L
\. l r i 'h l ~~n Hit 'H n ,,tu,, H: ,, -.h l' H ,~n ,~tt , ~ ·i -
li~~tn~ti' l' Y\t ~lli i,\ i' t\ ln\'\\,\ ,\\' \ ~ \ \n 'h '1, \, ~F~~ l Hl ~
T_-\ , _o)~~ ~ll \':\, - lH-l ~ utn 1 ri n' 'i r~' '"''l '"''"h' t, l t • 's-
, .. i" .,l r'ndi 7 ~\~ '\\\ tr' H 'i ,n,\i~ t ~ .\\\\ \. \\lh 'tt' , · m v \~ t,\~
a . , ntr\huh n\\ 'l \l )n t,\h) t' ' · ' ·u,-.., l' 1 t\ i 't '~ t' 'tu '\\''''
indi~ 'nd. 'ln 1 ,u· · 'rh\ ·~ tn l ~ pr 1 ri ~ .\\',\ ' .1n ''h' ': l t'lt\\ •\r,\~
bs rY·t -~ '~ n ' r ·~, l' )U '~h\ ~~) ' i,\ i~ ' ' ldt\\l\\\~ \\l' \ '~~H,il\ ..
t·:tri-:nn ·:.I rt'~t ·\\~~-' i' tn 'lh )f ,,~~ '~~ 't'Ü\ Hn!'Ul~ti \ \ ~ F ' N.\1 , t' ,~
apr fu n ~tnn 'nt la i ~ Ti,· ú ' li tH' u t~ti \ \ d ~\ h n.\ \h\ . \\\ \ i\\\\Wlt\),
' '
r r nh.'t) 1~, nrna H~~ 'rtn(ú' i, tn '~tt·~, h,, 'hh,w~' t\, 't\tt' ' . ntJ ('
_01-L \ntituln:i·' "Fl 'ln 'nh'~ l F 'H'\\' ~'\, :\ hwf,~~\nt,\x' 'S\nt~\ Xf
'
da L1n2,n~1... Av·1- ~H1) 'tr ".
Ern - l l-t, ~ I t ii i) ln 'Tl l' ~ \in,,,·u, t\'\ · '"~tittnd \ll\\ ~n1 ·
p d Tral ~1lh' ~ 'b 'n F lu ·n,'ú "~ :\\'\\ '~tth' 'lt '· ""''"1lt..'~h' p H' utn
pesquü~-:1:1 r lin~ui~tn in \. nh, utnn ~ '1'\'\ t )\\\ ~\l\tt 'P~ t~.. t\'' h\ l ~ l .\1
eunY1p;'\~ nisai:-ln\nntt l l ~n~..· )l\b'lt'l\hYt\\ , 't..\\'~'thnd't' '~\li:,\r
un1lcYuntnn1l'nh d 'Utn nt'\l ~' ,,.,.,\ inntl ,,.._ ~ . \\'~\ ~ 'nth' il ''-' dh'
no, ti -:·n )~ 1nr 1n '~ d \n,'u ' "~~ l ~ l' ' '~~ . . ,~ d\t~.'n ' i\'ln.\ i~ t"t\li:a·
do-.' U1tt'fl rnh'rttl'tSll \ ' :\~Sll\'FlR .\ ~ ~ l l F l FS, .nt.n.
Ern _ )13. a Tl d' ;\li nn,·u i nt\wnKnt tl ·h In' 'nt(.' ~' SFl l l 'E/
GO ~~ hre a 11t 'l~~i i-\ k dl' itnll 'Hlt'nt,\,\\t'l d '\\\ ._,,\\' '~'-·~~1\.\t di
feren('iad:t ç ç~r ' ' tt1 -~, l nt\\ )~ .-\"~' ..,n w\1 , utn.\ ,. '' qut' n m '~' "'-'
havia ~i io 1ntc'ITl)rnpi in t'tn _no . ' n~t itt1\ ~{, 'ntú,), un' ~rup~,., dt~
Trah1lho ~obre' a F iu .. ,,,.th'l .-\\'~\- \H'n 'it ), .... "'l
l~h' pt'l~)~ in . .hgt'\\~\~
_-\\'Ú- an 'lc'i rf' ç Tapirap' d' T'rt\\ l nd t,'('n' .\\'\\ \\1\\)(.'tt\)~ ~(.'r\' h.h.)
res da Fl.J t1_-\ l. SF'l U 'F ~\\ Suh~ ' 'l\'t,\ri \ F~t,Hht,\1 dt' Fdu . .·~h;nu dt'
~ linaçu ~ pt'squ is,,dnr(.'~ t' pn'llt'~~~\l't\ · dn ~" '.\ . .t, li lH-\ \1 t~t i. .·,,, dn '' n
tropoh.1l~ia, da n('()l'rnt1~\ t' dn ('dH\.'i\(H) d' tln h't'r:\hlh.k H~t,\dtn\ I . .k
~ e- t'
Goiá: tUEt,)~ llniY 'r~idndt' d Hn\stlin (t lnH) t' t lniv 't's\dndt' h .'. .kt\\1
dç Goins (llF 1),
~\~ ....:~
. - _""\.
OOUC2.Ç2.v .. .. . n:
\ ""'d-'-dilÜtrru 1 a~
-e . . r... - ""r- ;.-- ..~.---
lU.!. ~
--
:-- - ~-, ; ~ _..__~~-
__ -.r, ~:.~ -."';.r;~
-"

diíercndada e espeü.!i(:2 que. de~:.].. · r-~:6":jê; · - er.~.'i10~~ :::· il~.::- ·, _;


• .J - C . T .. ~
- ....-. .. - - , .- . .. , _ _ . .' r . . ,......" ,..,. . ..
~
e an "'a · u · :\.\'"2.- 2.n a "'e t2p~;.-;:e. .:-:2. .ó... ·.. ---~ge. -~ . ~ ~\.. '--'.::.... --- 'J
\-ári - temas toram di.~.0:1.tidu -. ~ m 2.: · " "'pe:2.ci .e::::.ili .e~ :7.~ .::·t::v r-~.;
participes na dabo~c:~ú JG. p:- . --; ~2.~ -:u. ~ -:-. ni,e:-D -: "'~-~-r
1 - • ~ L:
.,

P edaoóoi:o
t:' ~
e aatencão'
esp~2.L~ ( :~:~xt ---- ·~ ~- c.2 -e?. _r .:..~o~-: ___ . :7'-·"
da comurudadc indígena. '-'
0"':n id.rr"Les d~ _-\.~i---C-2..::!') :.. A-.,á-S:_. "~-- (''
e Portugues· Tapirdpe e Porrugu~ c d~ .~v~-~-~-- ~-;:r. Á2: ·r2..--;-!:. ~
Portugues.
Em maio de _016 a Extensá E -ro:a.. " ri:~eT ; ~iot~ :m
criada na Terra Indígena Avá-Canoeiro3 • Do:.= doc..:l"i.e-L,., ~ !'ffiarr~
importantes norteadore em relação à educação :o;ma: cr._re o.· ir!-
dias Avá-Canoeiro quais se_iam a Lei n 4.8:1 .e CS d.e juJ k!J de
2004 e o Ofício de no. 015/2005 da SED'CCE. O !irr~~:Io ~ra:a dE! Ji.

criacão da Escola Avá-Canoeiro na T. I. . .-\ -ã-Ca ..... oe-:. o. O ~c;un-


do informa que a escola Avá-Canoeiro não · a s·do :rnoJarLada,
alegando que a população se resumia a 06 (seis) r: es.s.oas, "endo 02
(dois) jovens que eram atendidos por proje os desenvo] ido-- pela
UCG e a FUNAI. Novamente, não fora possível a criação de uma
escola nesse momento por conta do quantitativo de aJunos e fun-
cionários insuficientes, apesar de ser esse um dos anseios maiores
do Grupo de Trabalho.
É interessante notar que, nesse momento, o público escolar 6
bastante diferente de duas décadas atrás. Os jovens Avá-Canoejro da-
quela época possuem entre vinte e trinta anos, e uma nova geração,

4 Ikatuté significa, na língua indígena Avá-Canoeiro, algo que é bonito, bom. O nome da
escola foi escolhido por Niwatxima.
5 Uma extensão escolar funciona de acordo com a Unidade Escolar que a rege, no caso
da extensão da Escola Indígena Avá-Ca noeiro é a Escola Estadual Ministro Santiago
Dantas, sediada na cidade de Minaçu a aproximadamente 30km da aldeia. Porta nto, a
extensão tem Projeto Político Pedagógico, bem como uma proposta de Educação Escolar
especifica para o povo indígena; só que quem rege os elementos financeiros, presta con-
tas, redi reciona os valores, emite documentação de secretaria, como, por exemplo, trans-
ferência, matrícula, entre outros, é a unidade escolar n a qual a extensão está vinculada.
J, I• li '' rt rr' (, f Hf t, uu ( I:Jfl' AliO <;/, HFRES. FDUCAÇÃO E MV~EUS llSl

~ ~· ia~~â la ~J
tensão Escolar Ikato-
ac tnpanhamento dos
1 á- anoeiro, buscando
ta á-Canoeiro e elabo-
,- l r llll Projeto Político Pe-
l rir 'pi s de u1na educação
ltural e transdisciplinar.
~, "' \ r ini ia la 111 201 partiu d di-
o Tapirapé
la da ald ia,
ríod s da ma-
mai ', lkatoté
iad , buscando
t âmbit da aldeia
ular n iní io e

\ i
::.:1~:i:-:::l :~.:-:-
i rrt':cntt , , .. n1 ) ~1 Vl..l Al, F RNA , as Secretarias de
:- Tcl.:trl. Sl '- ci~1l dt- "\ ni i I 'ES.. L
_ · n ~r.1n . ~' l T\':1-,'c: que nru it do 'u sso de Ikatoté se deu
-='elo ".!~""'
-
c-:trJtC'gi· : l1 l dn ---~l(~l{) tr~1 ii ~i nal no cotidiano escolar.
....
0i~ -ure- ~t\ · ~C'.~uir, ,' hrc: t_ ~ t. Sf a . . ) S d~ apr 'ndizag 111, os quais cons-
:::i~;:>n1-Se .:jen1~t fund:1n1 nt~1l d ~ 1 rotuoçao e n1anutenção da edu-
~a :ão :_:'adi-·onal_\Ya- a nociro.

_-\: ti'id· de: e_-xc- - ut·1d~1s n~l cs -ola, elaboradas pelos professo-
res, reí"l,r-aJn · in1J or tún ~i a t"k s espaços d aprendizagetn, os quais
contemplan1 o cotid i~1no da 'ida indíg ~n a, seus n1últiplos saberes e
Íormas d e aprender.
Para Jar,-i;:- (.... 007) a aprendizac:r 111 é un1 processo que ocorre ao
longo da vida o indh íduos nos difc rentes espaços da sua existên-
cia. Des:e n1odo o diferentes spaços ten1pos educativos, para os
.~-\.vá - Canoeiro e~ tão alén1 do paço/t n1po escolar disciplinar, com-
põem tambén1 espaço d apr ndizagens o caçar na mata, pescar, co-
letar, preparar a roça onfe cionar ·utesa natos, fazer a pintura corpo-
ral participar de pale tras, oficinas e eventos dentro e fora da aldeia,
brincar desenhar, rea 1izar passeios na casa. dos 1noradores vizinhos,
realizar viagens, na rodas de conversa e reuniões, entre outros.
Na língu a Avá-Canoeiro, diferentemente do Português, não
há um verbo para aprender/ensina r. Na língua portuguesa, há a
ênfase tanto no processo do 'aprendizado', como no protagonismo
do 'aprend iz' para con1 o conteúdo 'aprendido'. Há ainda o proces-
so do 'ensino', pautado pelo ensinado' e o 'ensinador', ou professor,
que trad icionaln1ente vê o estudante de forn1a passiva no processo
de aprendizagem.
Na língua Avá-Canoeiro, o conhecünento de alguém é expres-
so pela palavra -kway, enquanto que -momae 'fazer ver' é o principal
verbo para a aprendizagetn. É por 1neio da prática de um conhecimen-
to que, na interação, ele é repassado, mostrado aos demais, e então
atualizado, individualn1ente ou coletivamente. Desta forma se dá o
l l ,.J l< ( ''l P ,nt c interagen e6;
Hl;)t:~, 1~~ 1 lã xp 'rim )nta ao poste--
l'
' L <'hn< nt ( <) pr t\ li Z'l lo, d sta mancjra,
, 11 i ' ~' < l"~\d ":) lc) J 1 t óri a.
: l ~ 1' . nh<<'ln) Hto sol rc o rnundo se dá
' '1 ' ~·'-'' " i.' :\~, l"là 'i<n·uldo . . se o tempo de
, l :' ' ''llninhar, .. áta, onsUtui-se
. lr< ~' ' r< tin·ls d ·u1irnais, por meio
n ll :H)l tll< s l pl·1ntas e relação entre
. ~ ·.,. · ,' · 'r' .' :\.' <\ ' t:) . ) s h ' a agypykáto e chuva
·' ' áta tra lu7 tanto o conceito
rt·1n ia lo atn inhar para a
·1 s1 '\ o d o upação é também
,' • 1 f .. ) \1~~ r~HlÍ) • mo no caso dos Avá-

' l ·l "·l 'p·i o por meio das cami-


• · '1 1 n~ i s ' I a o" d ntro da Terra Indí-
., : ' 1l i ) a à oleta. Uma vez que
." "· n ·in ' nã ) ti nHninai ·a oportunidade
.· , i r· 1·· , r· li i 11al para povos Tupí-Gua-
( i·à d' ·1d·1d 1960 até o contato em
·ulti o d' tubérculos somente
·1 ' ini iativas da FUNAI.
r '\duzid , a roça possui um
rimi iad da aldeia. No
taba o - , a preferência é

ventos e coisas
novas geraçoes
us pais, tios e
nh i mento sobre o
1541

Como a ocupação do espaço e o con hed mento dcJ mesmo pos-


sui diversas descontinuidades, a atuaUzação do conhecimento vai de-
pender das experiências de vida de cada pessoa. Os quatro Avá-Ca-
noeiro que fizeram o contato em 1983 viveram cqntextos e situações,
majoritariamente, de três tempos e espaços - o tempo pré-massacre
da Aldeia da Mata do Café; Sobrevivência em cavernas e leTra Indíge-
na Avá-Canoeiro no pós-contato.
Já as duas gerações nascidas após o contato vívenciaram ape-
nas o tempo e espaço da Terra Indígena, sendo que a primeira ge-
ração, nascida após o contato, teve a possibj1idade de locomoção e
ocupação do espaço maior, uma vez que seus pais e avós dispunham
de maior mobilidade. Essas diferentes trajetórias de vida produziram
e produzem lembranças, ressignificações culturais, aprendizagens e
experiências diferentes, pautadas nas vivências de cada geração.
A casa constitui-se de um espaço fundamental para a atuali-
zação da vida Avá-Canoeiro, uma vez que ela consoHda as relações
mais íntimas e de longa duração para o processo de criação de pes-
soas (SILVA, 2017). Observa-se que, em lugares específicos, dentro da
casa e fora dela, diversas atividades são relacionada~ à determinados
espaços: como o conserto e fabricação de ferramentas e utensílios; o
tear e a fiação; o preparo de alimentos; o plantio e cultivo; bem como
as primeiras orientações para a caçada de passarinhos referentes ao
aprendizado infantil sobre a caça com projétil, no caso com pequenos
arco-e-flechas e/ou estilingues.
No próximo tópico, apresenta-se os espaços de aprendizagens,
observados em campo, junto aos Avá-Canoeiro, no ambito de sua al-
deia atual, o antigo Posto Indígena (PIN) fundado na década de 1990.

ARREDORES DAS CASAS

Nos arredores das casas, ocorre o aprendizado e a atualização do


conhecimento sobre os afazeres da cultura material, como a feitura e
o reparo de instrumentos para caça, pesca e coleta, cabos de enxada,
artesanatos e adornos, processamento de alimentos etc. ,Q quintal é um
espaço bastante ocupado pelos Avá-Canoeiro) com diversas ativ idades.
~AHEH.ES, H U ÇAO E ~I USEUS 1155

\ x' \ 1 i l\\lil àSl ''a ' ati idades, práticas e confec-


\ -~ \lt ra 1 ~at rial ~ã l asendus en1 atualizações
\ \ I -.:\ ' \' tll t à 1 artir d conhedn1ento dos 1nais
\'lr à l ~ ul k' c bi l ' elementos da cultura
\ 1\ ~{\1 lil ' - nfe i nnd se utilizados no

l \ \ '\· ~ } ~\ ~\\\ ~\\l ta ·IJ\tura lrl.al rlal Avá- anocito Jc Goiús


'S

\· \\\ u· \ ~~t\ '. i t ~/ q to,

\ \ ,\ ' \ ,., ,·\ l .t n ·a~ 11 - llài


1
ar · ; spingarJ a; borl.i una, lado
. e
~~\ ·é_; nt \'I \.Ü l '.

\'h\ : '~l ~ \ . palha; [acn; facões; fo ices; capanga; etc


J

Hn. à là ~ 1\/adã , Inachado; matraca; regador; car·


t'h\h \.t mâ ; l ald tc

l ün \à~ J bal'r ; adorno s~ c starias; bolsas; co ·ar·


l\\j_ l ~~ <ll\Í lll rU~ l (cri.\ J c al dha; cocar; ·ol,lr;
l 1·in ·( '' ptd$ i ras~ \ cn iras; ' 'assou ras; et ·
lhl Hi: \H )\ 0 -r\l- ~ lll <.U'a · ú - t' ·itos de madeir.r aba·
\ t\1 ·hirr l<'P<\ lo.

,\ nt , utt~ntnseobj Lu ·qut: ~ tnpõen1 ·


,· 1-'1\l

ultHl' tn· t 't' . l t ~ 1\ \'· -Ca l\ i t\ t r t'( ~ tidhnan1~nt<.: e e1n dif .-


t' ' t'· \ h ~\ l l ia; l n s · '.) '.)sl ud~ , são ~on~idl'r·ldos
\\tn ,-p{ ' '~ l \ üpl'< 1h\ J· \ lll ru n 'll1l -ntais p:.H''\ l i~)l·takdrn~nh~
h ultut t lin o·\ h lt~ n·t, ;-\I "' 1 las 1lantaçõcs d fun1 ), frutas,
'
. _' 1n·~ll ' ln div - ' rs·ts atividnJ s nos qu\n
\

\' t ittt ,\,\ ,: .\v\ \ ' H\ , t\


' ~ , 11 ',' •\\' t • l \{\' h · t,'·\ • tu 111 't l'~\ a t\gur·l 01:
1561

Figura 1: Da esquerda para direita: Parazinho confeccionando uma lança - Fonte: Lorranne
Gomes da Silva, 2015; Parazinho ensinando Paxe'ó a flechar - Fonte: Lorranne Gomes da Sil-
Ya, 20 15; Nak'""\vaxta olhando Parazinho preparar a tinta de jenipapo para fazer a pintura cor-
poral - Fonte: Lorranne Gomes da Silva, 2015; Nakwaxta preparando sua comida- Fonte:
Lorranne Gomes da Silva, 2009; Iawi confeccionando cabo de enxada - Fonte: Ariel Pheula
do Couto e Sil\·a, 2012; Iawi reciclando velas- Fonte: Ariel Pheula do Couto e Silva, 2014.

Brito e Coelho (2000) ressaltam que, no Brasil, quintal é o termo


utilizado para se referir ao terreno situado ao redor da casa, definido,
na maioria das vezes, como a porção de terra próxima à residência, de
acesso fácil e cômodo, na qual se cultivam ou se mantêm múltiplas
espécies, que fornecem parte das necessidades nutricionais da família;
bem como outros produtos, como lenha e plantas medicinais. Oakley
(2004) enfatiza a função dos quintais domésticos como reservatórios
de biodiversidade de \ ários lugares do mundo.
-
~'"; -
-- - -
rr...c
......, -
~~
.__I-..
r 41
J
-
1-~ rJ
. ~
rJ
;lo-
j .
...-#
1-
)I.
r /1fi,. rr,
._

Cc:i..-..:.::::L'E.é.·rr::rr..r)~ pr, ,r,~ ír;r.iígr:níi':. ~ r.:n;,.ç6r,cfr;;, dr 1~i !. rcfltt ·,


-€ . 2. prr) Jrfíj_ ft;jf.IJ rf:Z~ cj ç, r(; IíiÇnf>
, W.J!. __et~:3. p:r.11...c..trl.!i.Z--: I 7.
t JJt. rc 6f~ éM:()~1 S
<:i>hrr: a.crí:ii;?1f> r1-t íinírfiíi.Í.C! . (4<>fJ{() de Mt1ga lh ã ·s
_y..:.~~!2.:-'0 . ~ z.::tra;;.!~,
~271J; p. 6 J wn.r:irlen.i. qu.t:;

(Jur:m ví.~ÍI.íi uma. a.fd(:í(l ':dV<if~trr, vlt:lta qtHt.'C um


m u .eu víva dt- 7.ót>lc>f~Íf.i dil r ·gí~() cr que · t,, 1
~rdr:í~.: a.ra.ra~ í ptlpagíií(>!. de t(>do .. ü F: tan, 111f > •
core~~ ma.caco'! de dívc;r (1 , c~ p éc í ·.., porco· qu 1
tír:. mulun ., vcadüt. avc..trur.c~. $C rí crrh s c· utc
~ucu rí.ju«~ jíb6ía.. c J ac~ réf. ( ... ) O xerimbdbo do
índio (o aníma l que ele c r í ~) 6 quase t1n1a posso,,
de fiua f~m ílí a.

Segundo Silva (2005, p 150-- 152), para o povo /\vá- "ano 'iro:

Os c. paço!l de criação de anim, is don1 \ li os tra·


duzcm as diversas etapa$ de cri aç( o ele p ·riqnitos,
papagaios, cachorros, ga lOS, nalos · galit1hns Oll·
tros anim ais são fund ament ais paro a atunlizn fio de
tma cosmovisão, bem como paro o ntu·di%ação d )s
processos tradicion ais de riação.
;\ ttrJtt ,, ~,b;li 'O 1n<)~ d r'' ,. d p- un ~ c paços de criação de animais
\ ' H \ ) s t \ \' ,'\ ~ : \ \ ll O ·i I ():

Figurn 02: rvtosni o sobre os cspRços de criações de aniinais


p ,, ·~qu 't\l.l I' \n\ lin:it ~t N ~tkwrvta '\lim ntando-sc e dando con1ida para os animais - Fonte:
1 \t, ,\llt\ · ;\.li\H'~ l' ~ i l vn, 4.01 !': Periquitos sendo alimentados por Nakwaxta - Fonte: Lorranne
.
\ ~\'ll\t'~ t \ ~il"''' 01 ~: LOt.' \iS onde Nnkwntxtn guarda os periquitos- Fonte: Lorranne G01nes da
~ i h\t ~l\ ~) ~ Nhv\\t:xitnn nlirrwntnn lo um p riquito - Fonte: Ariel Pheula do Couto e Silva, 2014;
P ·d tuih)~ n tplu ntdos por lnwi Fonte: .Lorranne Gon1es da Silva, 2015.
ARTES INDÍGENAS NO CERRADO: SABERES, EDCCAÇÃO E ~.. ~ (;Sr,c:, f51J

Os diferentes espaços de criação de animais se constituem


tanto pelas rotinas de ocupação do espaço pelos próprios animais,
quanto pela disposição estratégica de um determinado animal em
un: lugar da casa ou da aldeia; ou ainda, quando, por exemplo, um
animal recebe os cuidados iniciais logo após o nascimento. O inte-
rior da casa, os arredores da casa, bem como o galinheiro e outros,
são os espaços fundamentais aonde o conhecimento relacionado
às ~tividades de criação são atu alizados e possibilitados para os
mais novos.

ESPAÇOS DE CAÇA, PESCA, COLETA

Os espaços de caça, pesca e coleta retratam os contextos de


atualização da obtenção de alimentos nas rotinas do camin har na TI
Avá-Canoeiro. Estes espaços compreendem desde a confecção, reparos
e ajustes nos instrumentos utilizados para cada atividade, bem como
os espaços referentes à cada uma.
Ao caçar, pescar ou coletar, muitas possibilidades de aprendi-
zagem e de conhecimento de técnicas específicas do povo sobre essas
práticas se expressam. É certo que, com a chegada de mais pessoas
na TI Avá-Canoeiro, as caminhadas foram facilitadas, uma vez que é
fundamental que hajam parceiros para as mesmas.
Normalmente as caminhadas são feitas por um casal, para as
coletas (de frutos, lenhas, animais etc); enquanto cunhados, tios e so-
brinhos, entre outros, se ocupam das outras atividades que envolvem
o caminhar. No entanto, crianças normalmente não acompanham
as caminhadas de caça. A coleta de frutas, plantas med icinais, le-
nha, raízes, entre outros, é praticada mais pelas mulheres, segundo
o observado. O consumo de peixes segue a sazonalidade das cheias
dos rios durante a piracema, sendo mais dificilmente encontrados
durante a época de seca. O rio é um espaço de muitas fu nções para
os Avá-Canoeiro e possibilita diferentes atividades, como a pesca; o
banho; lavar roupas; entre outras.
HJ I

A figura abaixo tnostra alguns espaço de caça pe ca, coleta


t1zer:

Figura 03: Mosaico sobre os espaços de caça, pesca, coleta e lazer


I a esquerda para a direita: Nakwaxta saindo para coletar- Fonte: Lorranne Gome · da ih-a.
2011 ; lawi coletando 1nel - Fonte: Ariel Pheula do Couto e Silva, 20 15; Trumak t01nando
banho no rio - Fonte: Lorranne Gomes da Silva, 201 4; Marynoo brincando com Pa_" ' ' no
rio - Fonte: Lorranne Gomes da Silva; Nakwaxta coletando lenha - Fonte: Lorranne ome ·
da Silva, 2014; Tuia coletando lenha.
Fonte: Lorranne Gomes da Silva, 2014.

PLANTIO E ROÇA

Após o contato permanente com a sociedade envolvente p 1


sforço da FUNAI, os Avá-Canoeiro retomaram a prática da agricul-
tura, passando a atualizar este conhecimento e fazendo os mai nov "
aprenderen1 sobre o plantio por meio da interação.
Após a chegada dos Tapirapé na aldeia, diverso elementos da
roça d coivara foram reintroduzidos, como a derrubada e queimada
ARTES INDÍGENAS NO CERRADO: SABERES, ED UCAÇÃO E ~I USE SI L61

antes do plantio. A roça dos Avá-Canoeiro, na atualidade, é feita pelo ·


hon1ens, desde a derrubada do mato; no entanto, observa-se o papel
das tnulheres na ajuda com a manutenção e colheita. A figura 04 n1os-
tra algun1as atividades nas roças:
A escolha do que plantar, em qual tempo, referente à quanli-
dad de chuva/água no solo, depende do conhecin1ento dos mais ve
lhos quanto às relações já estabelecidas. Ym exemplo interessante é
a relação entre o tamanho relativo do fruto do pequi e o te1npo de
plantio, uma vez que o pequi estará em tamanho mediano sotnentc
após já terem caído uma quantidade razoável de água no solo, con1 as
chuvas, o que possibilita o plantio de outros gêneros, como o n1ilho,
corn sucesso.

Figura 04: Mosaico sobre plantio e roça


. ·t . Trumak e Iawi indo para a roça- Fonte: Lorranne Gomes da
Da esquerd a para dlfel a. . . .
SilYa, 2011 ; Pa_"{e'ó brincando na roça de milho - Fonte: Lorranne Gomes da Sdva, 201 5,
Iaw1· p1antand o 1e1Jao
c ··-
-
Fonte· Lorranne Gomes da Silva, 2011; Nakwatxa plantando fumo
· . · 1
_Fonte: Ariel Pheula do Couto e Silva, 2014; Parazi~ho plan~ando m1lho - Fon~e: An e
Pheula do Couto e Silva, 2015; Niwabúma, Paxeo e Parazmho plantando rmlho.
Fonte: Ariel Pheula do Couto e Silva, 2015.
1 -1

A varanda-e cola é tllll cs a- de aprendizado que surgiu por


iniciativa dos A\ á-C·u1 eiro, en1 interaçào om a primeira implantação
da escola no PIN AYá- an eir . no ano _000, e permaneceu
con1o um espaço in1p rt1nte e di" u --ão e interação entre os Avá-
Canoeiro e pesqui ad re para a aprendizagem colaborativa, até a
implantação da exten ão e alar Ikatoté em 2016, quando a mesma
passou a ter essa função. O e pa . o po ui o intuito de buscar a difusão
de conhecimento sobre a Hnaua e ultura entre os Avá-Canoeiro,
pesquisadores, funcionário da FU ~AI que por ventura, façam
trabalho junto a eles.
Essas novas concepçõe de e cola e de aprendizagens vão aos
poucos sendo incorporadas no conhecimento e práticas dos professo-
res, dos Avá-Canoeiro e não indígenas que com eles trabalham e tem
possibilitado novos olhares e compreensões sobre uma educação espe-
cífica e diferenciada indígena distintos do modelo de escola outrora
implantada na aldeia. A eÃ'tensão escolar Ikato té se utiliza dos diversos
espaços citados nesta pesquisa, fazendo com que o estudante-pesqui-
sador descubra novos espaços e1n caminhadas dinâmicas pela aldeia,
em entrevistas com os mais velhos, aonde o registro multimídia é in-
centivado, visando a sistematização das descobertas em oportunidade
posterior no espaço escola.
Além das atividades da escola, a varanda, de modo geral, é
ainda espaço de lazer, descanso, reuniões, alimentações, conver-
sação, atividades da escola indígena, entre outras. Desse modo, o
espaço da varanda se compõe de diferentes funções e funcionali-
dades, segundo a demanda das atividades cotidianas. A figura 05
mostra algumas atividades e momentos no espaço de aprendizagem
da varanda-escola:
ARTL~ JNDfGENA~ NO CERRADO· ~A BERF.S, EDUCAÇÃO I~ MUSEUS j l63

Figura 05: Mosaico sobre o espaço de aprendizagem varanda da escola


Da esquerda para direita: Iawi, leitura. Fonte: Ariel Pheula do Couto c Silva, 20 12; Para-
zinho Tapirapé, Paxe'ó, Niwatxima e Trumak. Atividades da escola indígena. Fonte: Ariel
Pheula do Couto e Silva, 201 4; Niwaxima escrevendo/estudando. Fonte: Ariel Phcula do
Couto e Silva, 2015; Jawi escrevendo. Fonte: Lorranne Gomes da Si lva, 20 16; Niwatxima
e Trumak. Fonte: Lorranne Gomes da Silva, 201 6; lawi mostrando os desenhos para Tu ia.
Fonte: Lorranne Gomes da Si lva, 20 16.

Portanto, estas atividades, como outras descritas, e os espaços


de aprendizagem aqui referenciados, foram presenciadas durante as
idas a campo, uma vez que as atividades dos Avá-Canoei ro, por indi-
víduo, não se limitam a estas, bem como os espaços de aprendizagem
discutidos a seguir.

FORTALECIMENTO LINGUÍSTICO E CULTURAL: PERSPECTIVAS


FUTURAS

A educação indígena diferenciada e especifica, que levasse em


consideração o estudo de sua língua em sala de aula, somente foi possível
1641

para os Avá-Canoeiro a partir de 2015. Observa-se, neste aspecto, que


esta possibilidade, além de garantir o exercício de um direito constitu-
cional, constitui-se de elemento importante de fortalecimento da língua
e da cultura Avá-Canoeiro, além de ser lugar de empoderamento frente
à vulnerabilidade cultural e populacional frente à sociedade envolvente.
Pensar o fortalecimento linguístico deste grupo, neste sentido,
é elaborar, conjuntamente, medidas para que os Avá-Canoeiro pos-
sam se expressar por meio de sua língua, fortalecer os contextos de
uso da língua em que não mais o Avá-Canoeiro é falado, além de
possibilitar o seu estudo, registro e valorização em simetria com os
demais conhecimentos trabalhados pela escola e nos diversos espaços
de aprendizagem.
Além do mais, busca-se, com isso, fortalecer também o uso da
língua Tapirapé entre seus falantes na Terra Indígena Avá-Canoeiro,
almejando uma relação simétrica entre as três línguas que são
utilizadas na aldeia. É fundamental buscar uma relação simétrica
entre línguas e contextos de uso, urna vez que nota-se a força da língua
portuguesa em relação assimétrica, frente ao uso das línguas indígenas
no contexto da aldeia (BORGES; LEITÃO, 2003; SILVA, 2014).
Contudo, nota-se que as atividades realizadas na escola tem esti-
mulado os diversos espaços de aprendizagem tradicionais, fundamen-
tais tanto para a manutenção do uso da língua Avá-Canoeiro, quanto
para a manutenção dos conhecimentos tradicionais relacionados ao
meio em que viveram e vivem, aos seus rituais e festas, bem como a
elaboração e feitura de elementos culturais característicos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A mudança de perspectiva da Educação Escolar Indígena na


Terras Indígenas caracterizou-se como a efetivação da luta dos sujeitos
indígenas ao direito à educação bilíngue, intercultural e transdisciplinar,
buscando-se exercer o direito à uma educação indígena diferenciada
do modelo regular de ensino e específica para os Avá-Canoeiro.
A oferta do ensino da língua oficial - Português - e das línguas
indígenas - Avá-Canoeiro e Tapirapé - aponta para a construção de
ARTE, lND{GEN:\,

processos de autonornia cada' z 1nai significativos para os indígenas


na sociedade n1oderna.
Por um lado a aprendizagen1 da língua portuguesa baUza certo
grau de independência ao pennitir a con1preensão e a comunicação
com a sociedade
, não indígena e por outro, o estudo da línauab
n1a-
terna e na l 1ngua materna pod tanto aprofunda r as raízes culturais,
como tarnbérn revitalizar I u f rtal era pectos singulares da cultu-
ra material e in1aterial que ara t rizan1 a identidade étnica de cada
povo indígena.
Neste sentido, a forn1açà de profe ores e de gestores indíge-
nas constitui-se ternática in1p rtante de discussão para quem pes-
quisa ou se envolve de al aun1a n1aneira, on1 educação indígena.
O desenvolvirnento e a capa itação d s indígenas para assumir, con1o
protagonistas, a escola pela quallutaran1 ten1 con1o um dos pilares de
sustentação a fon11ação de profess res tant inicial como continuada.
As conquistas legai que n1arc,u··ln1 avanç s para a qualidade da edu-
cação escolar indígena representan1 apen'lS o início de un1 processo de
efetivação dessa escola e nã un1 fiin .
Acredita-se que a leitura a scrita, enquanto habilidades
básicas na sociedade não ind1 cr na tetn id vistas con1o competências
cada vez rnais in1portantes para assegurar, por 111eio do registro,
a cultura material e ünateri·1l d s povos indígenas considerados
ágrafos. Outro pro c s o ilnp rt-:1 nte já ocorre na produção de
material didático-peda <:>aócri
b
de livros d literatura, incluindo a
infantil e infanta-·uvenil.
Constitui-se portanto, a apropriação da cultura do outro (aso-
ciedade letrada) a favor das sin0 tÜaridad s culturais que caracterizan1
cada povo indígena no Brasil. ssi111 o diálogo intercultural surge
como básico na educação scolar en1 países coino o Brasil, caracteriza-
do pelo n1ulticultura lisn1o.
Os espaços de aprendizag n stin1ulados pelas atividades
cotidianas e da escola indíg na p sibil itan1 atualizações de men1ória,
assim corno a confe ção r pr du a da cultura n1aterial dos Avá-
Canoeiro. Compreende-s que n s s spaços, é possível visualizar
traços da cultura 111 ilenar desse p v que r sistiu ao ternpo histórico
s 1 1a ' . a res e a traietória de vida subsequente. A escola indígena,
1 , .. ~ nt xto é un1 ~len1ento fundamental para estimular as práticas

'.ultur~i" dar 1110\ imento e acão às atividades realizadas nos espaços


)

1 a1 r n iizagen1 e sobretudo, fortalecer a língua desse povo.


P rtanto a luta para as conquistas almejadas pelos Avá-Cano-
ir nã ce a, logo é importante, do ponto de vista dos recursos fi-
nau -eir s e da garantia da continuação da educação dos Avá-Canoei-
r ue a escola se efetive enquanto escola e não apenas uma extensão.
É 1 r ciso que a equipe técnica ofereca apoio na formação e aprimora-
Iuent d s professores e atividades desenvolvidas, conforme a proposta
d Pro·eto Político Pedagógico que está sendo, ainda, desenvolvido. Es-
' ·1-.' entre outras den1andas, dependem de recursos que, como já descrito,

sã dificeis de ser captados. Sobre a efetivação da escola, esse já foi um dos


edidos feitos pelos Avá-Canoeiro ao Estado no encerramento do ano de
_Ql e espera-se, que pelo menos isso se efetive nos próximos anos.

REFERÊ CIAS

B.ARBO A .A. S. et al.; O piar da furiti pequena: narrativa ecológica da ocu-


pacão hun1ana do Cerrado. Goiânia: PUC Goiás, 2014.

BORGE M. \ ( ; LEITÃO, R. M. O papel da Etnografia e da Linguística em


projetas de educação indígena: o caso Avá-Canoeiro. Comunicação apre-
entada no Se1ninário do Grupo de Estudos sobre Relações Interétnicas,
realizado na Universidade de Brasília, no Departamento de Antropologia,
(111in1eo) en1 17 de ·aneiro de 2003 .

BRIT M. A.; COELHO, M. de F. Os quintais agroflorestais em regiões


tropicais - unidades auto-sustentáveis. Agricultura Tropical, Cuiabá, v. 4, n .
1 p. 7-35, 2000.

COUTO DE 1v1AGALILL\ES, J. V. S. Rio de Janeiro: Typ. da Reforma [1876].


Salvador: Centro de Documentação do Pensamento Brasileiro (CDPB),
2013. Disponível em: <http: //wwvv.cdpb.org.br/selvagem.pdf>. Acesso em:
out. 201 7.
AIITES L 'DfGE!'\AS NO CERRADO: SABERES, EDUCAÇÃO E MUSEUS j l67

G /-. r r~JA, C. Kaã •Natá, "andar na flo resta": caça e território em um gr upo
Tupi d4 f. m27J)nia.ltfedíaçôes, Londrina, v. 17, n . 1, p. 172-190,201 2.

H f, PP IS(J-:, C, P.elatórío Avá-Canoeíro. Brasília: SIL, (Arquivo Linguístico


r('()2CJJ, 1974,

J!.P l JCJ, P. Globalísatíon, Lifelong Learning and the Learníng Society. Socio-
kJgícal Perf;pectives. London & New York.: Ro utledge, 2007.

0/. .KLE 1} E. Q uíntaí:s Doméstícos: um a responsabi1idade cultural. Agricul-


turas, Pio de Ja neiro, v. 1, n . 1, p. 37-39, 2004.

PEfJPOSO, D. .M. R. Avá-Canoeíro: A história do povo invisível - Sécu-


lo~ XV I fJ e XIX.. I 992. Dissertação (Mestrado em História das Sociedades
/·_grári::t..SJ - f nstituto de Ciéncias Humanas e Let ras, Universidades Fed eral
de Gníás, Goíání~ 1992.

C. T. Cativando Maíra: a sobrevivência Avá-Canoeiro no Alto Rio


~ f L/A ,
Tocantins. Te~ ( Doutorado) - Brasília. Faculdade de Antropologia Social,
Gntversl(iade de Brasíli~ Brasília, 2005.

SJLVA, Aríel Phtula d o Couto e.; SILVEIRA, E. M. d e 0.; GUEDES, L.


Díagnóstíco da Educação Avá-Canoeíro: relatório de atividad es e h istóri-
Cll do percurso educacíonal dos Avá-Canoeiro. (Relatório m anuscrito, não

publicad(J J. 2014.

'iTJ, vA, A. E C. Relatórío Anual (20 12/20 13) do projeto Assessoria Linguísti-
ca Junto aos Avá-Canoeíro. BrasíHa~ 2014.

~Cf f lfJTZ, E I. ct al. Arqueologia do Centro-Sul de Goiás. Orna fronteira de


h(Jrtícu l trJ re~ indígenas no Centro do Brasil. Pesquisas, São Leopoldo, n. '3 1,
p. 2k0- 3CJ6, J 982. (Série Antropologia).

'JOHAL, A. A. Vocabulário Avá-Canoeíro (mimeo) , 1984.

Você também pode gostar