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A Atividade Madeireira Na AMAZONIA PRODUÇÃO RECEITA E MERCADOS PDF
A Atividade Madeireira Na AMAZONIA PRODUÇÃO RECEITA E MERCADOS PDF
Amazônia brasileira:
produção, receita e mercados
Organização
Serviço Florestal Brasileiro &
Instituto doHomem e Meio Ambiente da Amazônia
Belém, 2010
Equipe Técnica SFB
Antonio Carlos Hummel
Marcus Vinicius da Silva Alves
Revisão Gramatical
Glaucia Barreto
20p. 21,5x28 cm
ISBN:
CDD: 333.7509811
Sumário
Lista de figuras 4
Lista de tabelas 4
Introdução 5
Coleta de dados primários 6
Produção, empregos e receita bruta do setor florestal em 2009 8
Uso dos resíduos de madeira 10
Zonas de produção madeireira 11
Redução da extração de madeira tora 13
Receita bruta diminui em 2009 15
Aumenta a proporção de madeira serrada em 2009 16
Diminui a participação de madeira nativa amazônica nas exportações 17
Cresce a participação do mercado interno 18
Considerações finais 19
Bibliografia 20
Lista de Figuras
Figura 1. Tipos de empresa e estabelecimento processadores de madeira
nativa na Amazônia Legal: (A) fábrica de compensado, (B) serraria,
(C) beneficiadora, (D laminadora e (E) microsserraria. 6
Figura 2. Usos da madeira nativa amazônica pelo setor madeireiro em 2009
(em milhões de m³ de tora). 9
Figura 3. Destino dos resíduos do processamento madeireiro nos Estados da
Amazônia Legal em 2004 e 2009. 10
Figura 4. Zonas e polos madeireiros na Amazônia Legal em 2009. 12
Figura 5. Evolução do consumo de madeira em tora na Amazônia Legal
em 1998, 2004 e 2009. 13
Figura 6. Número de operações e multas aplicadas pelo Ibama em fiscalizações
de desmatamento e madeira ilegal entre 2003 e 2007 na Amazônia. 14
Figura 7. Evolução da receita bruta (em R$) do setor madeireiro nos Estados da
Amazônia Legal em 1998, 2004 e 2009. 15
Figura 8. Produção de madeira processada na Amazônia Legal, por tipo,
em 1998, 2004 e 2009. 16
Figura 9. Mercados para a madeira processada amazônica em 1998, 2004 e 2009. 17
Figura 10. Destino da madeira processada amazônica em 1998, 2004 e 2009. 18
Lista de Tabelas
Tabela 1. Número de empresas, consumo de toras, produção processada,
empregos e receita bruta da atividade madeireira, na Amazônia em 2009. 8
Tabela 2. Evolução do setor madeireiro na Amazônia entre 1998, 2004 e 2009. 15
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A atividade madeireira na Amazônia brasileira:
produção, receita e mercados
Introdução
A Amazônia brasileira é uma das princi- formando os polos madeireiros. Esses polos
pais regiões produtoras de madeira tropical no tendem a se desenvolver em áreas que concen-
mundo, atrás apenas da Malásia e Indonésia tram serviços, infraestrutura (energia, comuni-
(OIMT, 2006). A exploração e o processamento cação, saúde e sistemas bancários) e mão-de-
industrial de madeira estão entre suas princi- obra disponível. Uma localidade é considerada
pais atividades econômicas – ao lado da mine- um polo madeireiro quando o volume de sua
ração e da agropecuária (Veríssimo et al., 2006). extração e consumo anual de madeira em tora
O setor madeireiro impulsiona de forma direta é igual ou superior a 100 mil metros cúbicos
a economia de dezenas de municípios da Ama- (Veríssimo et al., 1998).
zônia. De acordo com o Imazon, em 2004 este O setor madeireiro na Amazônia tem
setor gerou quase 400 mil empregos – o equi- sido estudado desde os anos 1960 (Ros-Tonen,
valente a 5% da população economicamente 1993). Entretanto, os estudos empíricos de
ativa da região –, e sua receita bruta foi de US$ maior amplitude foram realizados a partir da
2,3 bilhões. década de 1990, pelo Imazon. Esses estudos,
Por mais de três séculos, a atividade ma- sobre ecologia, manejo florestal, economia e
deireira esteve restrita às florestas de várzea ao política do setor madeireiro, foram sintetizados
longo dos principais rios da Amazônia. Duran- e publicados no livro “A expansão madeireira
te esse período, a extração de madeira era ex- na Amazônia” (Barros & Veríssimo, 1996). Para
tremamente seletiva e seus impactos eram bem entender as dinâmicas de ocupação, produção
pequenos. A partir da década de 1970, com a e tendências da atividade madeireira para toda
construção de estradas estratégicas de acesso a Amazônia, o Imazon realizou dois grandes le-
na Amazônia (BR 010 e BR 230), a exploração vantamentos de campo: em 1998 (Lentini et al.,
madeireira tornou-se uma atividade de grande 2003) e em 2004 (Lentini et al., 2005). Em 2009,
importância na região. Três fatores contribuí- o Serviço Florestal Brasileiro, em parceria com
ram para esse crescimento do setor madeireiro. o Imazon, realizou nova pesquisa de campo. O
Primeiro, a construção das estradas possibili- objetivo foi avaliar o atual cenário madeireiro
tou o acesso a recursos florestais em florestas da região amazônica de modo a subsidiar a for-
densas de terra firme ricas em madeiras de mulação e implementação de políticas públicas
valor comercial. Segundo, o custo de aquisi- capazes de estabelecer uma economia de base
ção dessa madeira era baixo, pois a extração florestal sustentável e duradoura para a Ama-
era realizada sem restrição ambiental e fundi- zônia Legal. Juntos, esses estudos formam a
ária. E finalmente, o esgotamento dos estoques mais completa série sobre a atividade do setor.
madeireiros no Sul do Brasil, combinado com Esta síntese apresenta um comparativo
o crescimento econômico do País, criou uma temporal (1998, 2004 e 2009) da evolução da
grande demanda para a madeira Amazônica produção madeireira em termos de volume
(Veríssimo et al., 1998). de toras e de madeira processada, número de
Na Amazônia, as empresas madeireiras empresas, empregos gerados e receita bruta,
foram aglomerando-se em centros urbanos que bem como do mercado do setor madeireiro da
estavam sendo criados ao longo das rodovias, Amazônia Legal.
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A atividade madeireira na Amazônia brasileira:
produção, receita e mercados
A C
B D
1
Entende-se por madeira processada aquela que se originou da transformação da madeira nativa em toras para produtos semi-
industrializados (tábuas, pranchas, ripas etc.) e industrializados (pisos, assoalhos, madeira compensada, entre outros).
6
A atividade madeireira na Amazônia brasileira:
produção, receita e mercados
Fotos: Imazon
Censo das empresas (empresários) ou gerentes dos estabelecimen-
No levantamento realizado na região em tos madeireiros.
2009 foram identificados 75 polos madeireiros,
que congregam 192 municípios. Nesses polos, Entrevistas
foi feito um trabalho intensivo de campo para Nas entrevistas foi utilizado um questio-
localizar, mapear – com GPS (Global Position nário semiestruturado com questões sobre a
System) – e classificar o tipo e o porte de todas empresa e o empresário, caracterização da ex-
as empresas madeireiras em funcionamento. tração e transporte florestal, situação fundiária,
Em seguida, foram feitas consultas aos repre- consumo de madeira em tora, produção pro-
sentantes de sindicatos, associações de madei- cessada, destinação dos resíduos, empregos
reiras e informantes-chave2 a fim de validar o gerados, mercado da produção processada,
censo. O próximo passo foi amostrar as empre- custos para aquisição e transporte de matéria-
sas, por categoria de processamento, nas quais prima, espécies de madeira, preços médios de
seria aplicado o questionário da pesquisa. Isto madeira, origem da matéria-prima e investi-
foi feito por meio de um sorteio, a partir do mentos realizados pelas empresas. Nos casos
número total de empresas contabilizadas e es- em que as informações básicas sobre produção
tratificadas. O sorteio obedeceu a critérios de não eram satisfatórias (mínimo aceitável de
amostragem mínima estabelecidos pelas ins- dados sobre volume de tora e processado) o
tituições responsáveis por este levantamento: questionário foi descartado e outra entrevista
microsserrarias e serrarias, amostragem míni- foi realizada em campo no mesmo município.
ma de 20%; e beneficiadoras, laminadoras e fá- Os questionários foram digitalizados e arma-
bricas de compensado, 50%. Os questionários zenados em um banco de dados para posterior
foram aplicados somente para os proprietários processamento das informações.
2
São considerados informantes-chave empresários do setor madeireiro, sindicatos do setor florestal, escritórios do Ibama e órgãos
ambientais estaduais (Oemas).
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A atividade madeireira na Amazônia brasileira:
produção, receita e mercados
Em 2009 foram identificadas 2.226 em- R$ 4,94 bilhões. Desse total, o Estado do Pará
presas madeireiras em funcionamento na representou 43%, seguido de Mato Grosso,
Amazônia Legal. Nesse ano, essas madeireiras com 33% e Rondônia, com 15% (Ver tabela 1).
extraíram em torno de 14,2 milhões de metros Por sua vez, a indústria madeireira ge-
cúbicos3 de madeira em tora nativa, o equiva- rou aproximadamente 204 mil empregos, dos
lente a 3,5 milhões de árvores4. Aproximada- quais 66 mil empregos diretos (processamen-
mente 47% dessa matéria-prima foi extraída no to e exploração florestal) e 137 mil empregos
Estado do Pará. O volume de madeira em tora indiretos. Ou seja, em média, cada emprego
extraída em Mato Grosso correspondeu a 28% direto gerou 2,06 postos de trabalho indire-
do total, enquanto em Rondônia, representou tos, na própria Amazônia, nos segmentos de
16%. O restante (9%) ocorreu nos Estados do transporte de madeira processada, revenda
Acre e Amazonas (3% cada), seguido do Ama- de madeira processada, lojas de equipamen-
pá, Maranhão e Roraima (com cerca de 1% cada tos e maquinário para o setor madeireiro,
um). Não houve produção madeireira estatisti- consultoria florestal (elaboração de planos
camente significativa no Estado de Tocantins de manejo florestal), consultoria jurídica, e
(Tabela 1). no beneficiamento da madeira processada
A receita bruta estimada da indústria para a fabricação de móveis em movelarias
madeireira em 2009 foi de aproximadamente (Ver tabela 1).
Tabela 1. Número de empresas, consumo de toras, produção processada, empregos e receita bruta da
atividade madeireira, na Amazônia em 2009i.
Consumo Produção
Receita bruta
Número de de toras processada empregos
Estados (milhões
empresasii (milhares (milhares (diretos+indiretos)
de R$)
de m³) de m³)
Acre 24 422 193 4.641 181,96
Amapá 48 94 41 1.516 32,10
Amazonas 58 367 142 6.525 115,19
Maranhão 54 254 90 3.975 59,00
Mato Grosso 592 4.004 1.795 56.932 1.598,36
Pará 1.067 6.599 2.550 92.423 2.177,61
Rondônia 346 2.220 925 34.825 713,49
Roraima 37 188 70 2.865 62,66
Amazônia Legal 2.226 14.148 5.806 203.702 4.940,39
Fonte: Dados da pesquisa.
i
Inclui as microsserrarias.
ii
O detalhamento de pólos e localidades madeireiras de cada Estado encontra-se nos anexos.
3
Os cálculos de volume desta pesquisa referem-se ao volume geométrico, em vez do Francon, que é mais usado nas áreas de extração
madeireira. O volume Francon equivale a aproximadamente 77% do volume geométrico.
4
Considerando que cada árvore explorada tem em média 4 metros cúbicos (Lentini et al., 2005).
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A atividade madeireira na Amazônia brasileira:
produção, receita e mercados
Por sua vez, o processamento dos 14,2 to médio de processamento de 41%. Os 8,3 mi-
milhões de metros cúbicos de madeira em tora lhões de madeira em tora foram categorizados
resultou na produção de 5,8 milhões de me- como os resíduos do processamento (Figura 2).
tros cúbicos de madeira processada. A maio- Cerca de 1,6 milhão de metros cúbicos desses
ria (72%) era madeira serrada com baixo valor resíduos foram aproveitados na produção de
agregado (ripas, caibros, tábuas e similares). carvão; outros 2,7 milhões, na geração de ener-
Outros 15% foram transformados em madeira gia; e 2,0 milhões, em usos diversos. Os 2,1 mi-
beneficiada com algum grau de agregação de lhões restantes foram considerados resíduos
valor (pisos, esquadrias, madeira aparelhada sem nenhum aproveitamento, os quais foram
etc.); e o restante (13%), em madeira laminada queimados ou abandonados como entulho (Fi-
e compensada. Isso representou um rendimen- gura 2).
Figura 2. Usos da madeira nativa amazônica pelo setor madeireiro em 2009 (em milhões de m³ de tora).
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(QWXOKR
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'LYHUVRV L SURFHVVDGR
(QHUJLD
&DUYmR
i
Inclui o aproveitamento dos resíduos como adubo, em aterros, lenha, entre outros.
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produção, receita e mercados
&DUYmR 4XHLPD (QWXOKR 2ODULD (QHUJLD 'LYHUVRV LLL
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A atividade madeireira na Amazônia brasileira:
produção, receita e mercados
O conceito zonas madeireiras foi criado leste, oeste e sul), três em Mato Grosso (centro,
a partir das pesquisas desenvolvidas pelo noroeste e norte) e três em Rondônia (centro,
Imazon sobre a atividade madeireira. Con- norte e sudeste) (Lentini et al., 2003). Os polos
siste num aglomerado de polos madeireiros madeireiros dos demais Estados (Amazonas,
com produção madeireira significativa para Acre, Amapá, Maranhão e Roraima) são insu-
a região ou Estado, seguindo padrões geo- ficientes para a formação de zonas madeireiras
gráficos com as seguintes características em (Lentini et al., 2003).
comum: Em 2009, a zona leste do Pará consumiu
em torno de 21% da madeira em tora extraída
• Histórico de colonização e tempo (anos) da na Amazônia. Seus polos madeireiros mais
exploração madeireira; significativos foram Paragominas, Tailândia,
• Tipos de floresta (terra firme e várzea) e Tomé-Açú e Ulianópolis. Em seguida, está
abundância dos recursos florestais dispo- a zona do Estuário Paraense, cujo consumo
níveis na região (influenciada direta- atingiu aproximadamente 13% do volume de
mente pela proporção de floresta re- madeira (principalmente o polo Belém). No
manescente na região); e Estado de Mato Grosso, a atividade madei-
• Condições de acesso (terrestre ou fluvial) reira foi mais significativa na zona noroeste
e os custos de transporte de cada zona. Os (12% do consumo de toras), cujos principais
custos de transporte são influenciados polos foram Colniza, Aripuanã e Juara; e na
pela qualidade das estradas e pela dis- zona centro (11%), com Sinop e Feliz Natal
tância da zona madeireira em relação como os polos mais importantes. Finalmen-
aos centros consumidores de madei- te, no Estado de Rondônia, a atividade ma-
ra. deireira foi mais significativa na zona norte,
com 10% de todo o consumo de madeira da
A partir das características acima foram Amazônia. Seus polos madeireiros mais im-
definidas 11 zonas madeireiras na Amazônia portantes foram Ariquemes, Porto Velho e
Legal: cinco no Estado do Pará (centro, estuário, Cujubim (Figura 4).
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A atividade madeireira na Amazônia brasileira:
produção, receita e mercados
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A atividade madeireira na Amazônia brasileira:
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Figura 5. Evolução do consumo de madeira em tora na Amazônia Legal em 1998, 2004 e 2009.
0LOK}HVGHPWRUDDQR
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0XOWDV5PLOK}HV
1~PHURGH2SHUDo}HV
1GHRSHUDo}HV
860LOK}HV
i
Fonte: Ibama (2008).
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produção, receita e mercados
Entre 1998 e 2004, a receita bruta5 do setor O Estado do Acre foi o único a registrar
madeireiro na Amazônia Legal aumentou de R$ um aumento significativo na receita bruta
2,9 bilhões (US$ 2,50 bilhões) para R$ 6,7 bilhões do setor madeireiro entre 1998 e 2009; pas-
(US$ 2,31 bilhões). Em 2009, entretanto, ela de- sando de R$ 21 milhões para R$ 182 milhões
cresceu para R$ 4,9 bilhões (US$ 2,48 bilhões) (Figura 7).
(Tabela 2). Essa queda relativa foi consequencia Nos Estados com maior importância eco-
principalmente da redução da produção de ma- nômica para a atividade florestal amazônica
deira da Amazônia. Porém, analisando os pre- (Pará, Mato Grosso e Rondônia) houve queda
ços médios da madeira processada neste perío- geral da receita bruta entre 2004 e 2009. O Pará
do, houve um aumento no valor de R$ 644 m3 teve a maior retração (-34%), seguido de Rondô-
em 2004, para R$ 845 m3 em 2009. nia (-34%) e Mato Grosso (-18%) (Ver figura 7).
Figura 7. Evolução da receita bruta (em R$) do setor madeireiro nos
Estados da Amazônia Legal em 1998i, 2004ii e 2009iii.
50LOK}HV
$FUH $PDSi $PD]RQDV 0DUDQKmR 0DWR*URVVR 3DUi 5RQG{GLD 5RUDLPD
i
Fonte: Lentini et al. (2003); ii Lentini et al. (2005); iii Dados da pesquisa.
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Figura 8. Produção de madeira processada na Amazônia Legal, por tipo, em 1998i, 2004ii e 2009iii.
3URGXomRSURFHVVDGD
6HUUDGDEUXWD /DPLQDGR FRPSHQVDGR %HQHILFLDGD
Fonte: i Lentini et al. (2003); ii Fonte: Lentini et al. (2005); iii Dados de pesquisa.
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produção, receita e mercados
Em 2009 houve mudanças importantes no exportada para 36%. Em 2009, porém, a partici-
mercado de madeira processada da Amazônia. pação da madeira nativa da região no mercado
Em 1998, apenas 14% do volume total produzi- externo diminuiu para 21% da produção total
do era exportado. Em 2004, fatores como câmbio (Figura 9). A crise econômica em 2009 e a valori-
favorável e o aumento da demanda por madeira zação do Real frente ao Dólar americano e o Euro
amazônica no mercado europeu, norte-america- no período foram os principais motivos para a
no e asiático elevaram a proporção de madeira queda nas exportações.
3URGXomRSURFHVVDGD
([SRUWDomR 0HUFDGRQDFLRQDO $PD]{QLD/HJDO
Fonte: i Lentini et al. (2003); ii Fonte: Lentini et al. (2005); iii Dados de pesquisa.
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A atividade madeireira na Amazônia brasileira:
produção, receita e mercados
O mercado nacional aumentou sua par- Região Sul também manteve estável o seu con-
ticipação na compra de madeira tropical em sumo de madeira entre 2004 e 2009, com apro-
2009, absorvendo 79% da madeira processada ximadamente 15%. E por fim, o Centro-Oeste
na Amazônia. O Estado de São Paulo ainda é o (excluindo-se Mato Grosso) manteve seu con-
principal mercado, com 17% do consumo em sumo em 4% entre 2004 e 2009.
2009, era 20% em 1998 e 15% em 2004. A Re- Finalmente, a participação do mercado
gião Nordeste manteve estável o seu consumo regional (Amazônia Legal) na demanda por
de madeira em 2009 (12%) comparado a 1998 madeira processada na própria região au-
(13%). Já o Sudeste consumiu 14% da madei- mentou de, 11% em 2004 para 16% em 2009
ra amazônica em 2009, contra 18% em 1998. A (Figura 10).
3URGXomRSURFHVVDGD
([SRUWDomR 6XGHVWH 6mR3DXOR 6XO 1RUGHVWH &HQWUR2HVWH $PD]{QLD
H[FOXL63 H[FOXL0$ H[FOXL07 /HJDO
Fonte: i Lentini et al. (2003); ii Fonte: Lentini et al. (2005); iii Dados da pesquisa.
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Considerações Finais
19
Bibliografia
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20
A atividade madeireira na Amazônia brasileira:
produção, receita e mercados
ANEXOS
Anexo 1
21
A atividade madeireira na Amazônia brasileira:
produção, receita e mercados
22
A atividade madeireira na Amazônia brasileira:
produção, receita e mercados
ANEXO 2
23
A atividade madeireira na Amazônia brasileira:
produção, receita e mercados
24
A atividade madeireira na Amazônia brasileira:
produção, receita e mercados
ANEXO 3
25
A atividade madeireira na Amazônia brasileira:
produção, receita e mercados
ANEXO 4
26