Valores nominais, reais e deflacionamento

• PIB Nominal no ano t ($tYt) é a soma das quantidades de bens e

serviços finais produzidos no ano t vezes os seus preços correntes
(preços do ano t).
• O PIB Real no ano t (Yt) é a soma das quantidades de bens e serviços
produzidos no ano t vezes os preços desses mesmos bens e serviços
em algum ano particular (ano-base, aqui X)
Valores nominais, reais e deflacionamento

• Para calcular (Yt) , devemos, em primeiro lugar, escolher um ano-base.

• Uma vez este escolhido (exemplo, 2000), o PIB Real no ano t é o valor
dos bens e serviços finais nesse ano, medido em preços de 2000.
• O PIB Real é também chamado “PIB em termos de bens”, “PIB em
dólares (Reais) constantes”, “PIB ajustado pela inflação” e “PIB em
Reais de 2000”.
Valores nominais, reais e deflacionamento

• Dois aspectos na economia complicam o cálculo do PIB real:

1. o surgimento de novos bens; e
2. bens, cujas características variam de ano para ano (como, por
exemplo, os computadores pessoais).
• Quando as características de um bem mudam de ano para ano, o preço
daquele bem pode variar de modo a refletir as mudanças em suas
características.
• Os economistas usam uma abordagem chamada de formação hedônica dos
preços para ajustar os preços efetivos às variações nas características dos
produtos.
Deflator do PIB
• O deflator do PIB no ano t (Pt) é definido como a razão do PIB
Nominal para o PIB Real no ano t:

• O deflator do PIB dá o preço médio de todos os bens e serviços

incluídos no PIB.
• Pt = 1 no ano-base. Por quê? No ano-base (exemplo, 2000), $Y00 = Y00.
• Como interpretar o tamanho do Pt? Suponhamos que Pt = 1,25. Isso
indica que o preço médio dos bens e serviços no ano t é 25% maior
do que no ano base.
PIB real e crescimento
• O crescimento do PIB (real) no ano t é definido como:

• Expansões são períodos de crescimento positivo do PIB.

• Recessões são períodos de dois ou mais trimestres consecutivos de
crescimento negativo do PIB.
• No curto prazo, as variações na produção dependem basicamente de
variações na demanda por bens e serviços.
• No longo, as variações na produção dependem de fatores de oferta, tais
como o estoque de capital, o tamanho e a capacitação da força de
trabalho e a tecnologia.
• No médio prazo tanto fatores da demanda como da oferta induzem a
variações na produção.
Exemplo: cálculo do PIB real e nominal
• Considere uma economia hipotética que produz três bens: bifes, ovos e
refrigerantes. As informações se encontram na Tabela a seguir.
• Para essa economia calcule:
a. O PIB Nominal;
b. O PIB real em reais constantes de 2008 (2008 é o ano base);
c. O deflator do PIB;
d. A variação percentual do PIB Real e do deflator do PIB entre 2008 e 2018.
2008 2018
PRODUÇÃO
Bifes (milhões unid.) 10 9
Ovos (milhões unid.) 10 13
Refrigerantes (milhões unid.) 8 11
PREÇOS
Bifes (milhões kg) $2,80 $5,00
Ovos (milhões unid.) $0,70 $0,85
Refrigerantes (milhões unid.) $4,00 $5,50
Exemplo: cálculo do PIB real e nominal

Cálculo do PIB nominal

2008 (10 x $2,80) + (10 x $0,70) + (8 x $4,00) = $67
2018 (9
(7 x $5,00)
$3,10) + (13 x $0,85) + (11 x $5,50)
$4,50) = $116,50
$82,25

Cálculo do PIB real (ano-base 2008)

2008 (10 x $2,80) + (10 x $0,70) + (8 x $4,00) = $67
2018 (9 x $2,80) + (13 x $0,70) + (11 x $4,00) = $78,30

Cálculo do deflator do PIB

2008 ($67/$67)= 1,00 ou ($67/$67) x 100 = 100
2018 ($116,50/78,30)= 1,4885 ou ($78,30/$67)= 148,85
 Variação percentual do PIB Real e do deflator do
PIB

• Variação percentual do PIB real

• Variação percentual do deflator do PIB:

Índices de Preços
• O índice de preço avalia uma mesma cesta de mercadorias em dois
períodos diferentes: a cesta avaliada é mantida constante em relação
à qualidade e às quantidades de mercadorias, atribuindo a variação
de valor observada à variações de preços.
• Índice de Laspeyres: toma as quantidades do período inicial como base de
ponderação.
• Índice de Paasche: toma as quantidades do período final como base de
ponderação.
• No Brasil, os diferentes índices de preços podem ser consultados no
site do BCB.
 Exemplo: cálculo do índice de preços
2008 2018
PRODUÇÃO
Bifes (milhões unid.) 10 9
Ovos (milhões unid.) 10 13
Refrigerantes (milhões unid.) 8 11
PREÇOS
Bifes (milhões kg) $2,80 $5,00
Ovos (milhões unid.) $0,70 $0,85
Refrigerantes (milhões unid.) $4,00 $5,50

∑ 𝑃 2018 𝑖 × 𝑞 2008 𝑖
( 5 × 10 ) + ( 0,85 × 10 ) + ( 5 , 50 × 8 )
𝑖 =1
𝐿𝑎𝑠𝑝𝑒𝑦𝑟𝑒𝑠 2008 − 2018 = × 100 = × 100 =152,98
3
( 2,80 × 10 ) + ( 0,70 × 10 ) + ( 4 × 8 )
∑ 𝑃 20 0 8 𝑖 × 𝑞 2008 𝑖
𝑖=1

∑ 𝑃 2018 𝑖 × 𝑞 2018 𝑖
( 5 × 9 ) + ( 0,85 × 1 3 ) + ( 5 , 50 × 11 )
𝑖 =1
𝑃𝑎𝑎𝑠𝑐h𝑒 2008 − 2018= × 100 = × 100 =148,85
3
( 2,80 × 9 ) + ( 0,70 × 1 3 ) + ( 4 × 11 )
∑ 𝑃 20 0 8 𝑖 × 𝑞2018 𝑖
𝑖=1
Agregados macroeconômicos

• A partir da identidade macroeconômica básica, podemos

obter as seguintes relações (economia fechada e sem
governo):
destino que as famílias dão à renda
destino que é dado aos produtos da economia
Onde Y é a renda agregada, S a poupança agregada, DA á
despesa agregada e I o investimento agregado (IA).
• O IA é a soma de investimento em bens de capital e variação
de estoques.
• Sabemos que Y=DA, consequentemente:

Ou seja, poupança se iguala aos investimentos.

Agregados macroeconômicos: poupança e
investimento
• A partir da identidade macroeconômica básica,
podemos obter as seguintes relações (economia
fechada e sem governo):
destino que as famílias dão à renda
destino que é dado aos produtos da economia
Onde Y é a renda agregada, S a poupança agregada, DA á
despesa agregada e I o investimento agregado.
• Sabemos que Y=Da, consequentemente:

Ou seja, poupança se iguala aos investimentos.

Agregados macroeconômicos : depreciação

• Em relação ao investimento, podemos diferenciar entre

Investimento Bruto (IB) e Investimento Líquido (IL),
sendo que:

• Depreciação: é a parcela dos bens de capita que é consumida

a cada período produtivo.
Agregados macroeconômicos: governo

• Por governo entendemos apenas as funções típicas do

Estado: administração direta, judiciário, legislativo,
provisão de segurança nacional, entre outras, que
dependem de dotação orçamentária.
• Governo tem por função prover os “bens públicos”, com os
recursos que provêm da arrecadação de impostos.
• Bem público: bens que não podem ser providos pelo
mecanismo de mercado, como justiça, segurança nacional,
defesa.
• Impostos podem ser classificados em duas categorias: diretos
e indiretos.
Agregados macroeconômicos: governo

• Ao incluir o governo, criamos um novo destino para a

renda das famílias, os impostos (T) e um novo tipo de
despesa agregada, o gasto público (G):

• Como Y=DA, temos que:

ou rearranjando a equação:

• Sempre que houver déficit público (G>T), deverá ocorrer

excesso de poupança no setor privado (S>I).
Agregados Macroeconômicos: resto do mundo

• Resto do mundo: todos os agentes (famílias, empresas e governos) de

outros países (não residentes), que transacionam com os residentes
do pais.
• Transações com bens e serviços;
• Exportações
• Importações
• Transações com bens de capital.
• Renda líquida enviada ao exterior (RLEE)
Agregados Macroeconômicos: resto do mundo

Oferta global Demanda global

Oferta interna Demanda interna

Lembrando que: , podemos igualar para obter:

• Em caso de superávit comercial (X-M)>0 deve ocorrer superávit no

setor privado (S-I)>0 ou no governo (T-G)>0.
• Em caso de déficit comercial (X-M)<0, este corresponde a um
déficit no setor privado (S-I)<0 ou no governo (T-G)<0.
Agregados da economia brasileira
• Os agregados da economia brasileira podem ser consultados no
Sistema de Contas Nacionais do IBGE.