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MACROECONOMIA

TOMANDO POR BASE: Frank, Robert H. e Bernanke, Ben S.


Princípios de economia. 4. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012.
PRODUTO INTERNO BRUTO
A medida mais frequentemente utilizada para mensurar a produção
de uma economia é o chamado produto interno bruto, ou PIB. O PIB
pretende medir quanto uma economia produz em determinado
período, como um trimestre ou um ano. Mais precisamente, o
produto interno bruto (PIB) é o valor final de mercado dos bens e
serviços produzidos em uma economia em determinado período.
Uma economia moderna produz muitos bens e serviços diferentes, do
fio dental (um bem) até a acupuntura (um serviço). Os
macroeconomistas não estão preocupados com esse detalhe, pois seu
objetivo é compreender o funcionamento da economia como um todo.
Por exemplo, um macroeconomista pode perguntar: a capacidade
total da economia de produzir bens e serviços tem crescido ao longo
do tempo? Em caso afirmativo, enquanto? (2012, p. 426).

O PIB E OS RENDIMENTOS DO CAPITAL E DO


TRABALHO
O PIB pode ser pensado tanto como um cálculo da produção total
quanto uma medida da despesa total – os dois métodos para o
cálculo do PIB dão a mesma resposta final. Contudo, há uma terceira
forma de calcular, que é pelos rendimentos do capital e do trabalho.
Sempre que um bem ou serviço é produzido ou vendido, o
rendimento da venda é distribuído aos trabalhadores e aos
proprietários do capital envolvidos na produção do bem ou serviço.
Assim, à exceção de alguns ajustes técnicos que ignoraremos, o PIB
também é igual ao rendimento do trabalho mais o rendimento do
capital. O rendimento do trabalho (aproximadamente 2/3 do PIB)
compreende a remuneração, os salários e as rendas dos profissionais
liberais. O rendimento do capital (aproximadamente um terço do PIB)
é composto dos pagamentos aos proprietários do capital físico (como
fábrica, máquinas e prédios de escritório) e de capital intangível
(como as reservas de direito e as patentes). Os componentes do
rendimento do capital incluem itens como os lucros recebidos pelos
empresários, os aluguéis pagos aos proprietários de terras ou
prédios, os juros recebidos pelos investidores e os royalties recebidos
pelos direitos autorais ou patentes. Os dois tipos de rendimento,
rendimento do trabalho e rendimento do capital, devem ser medidos
antes do pagamento dos impostos, pois, é claro, uma parcela deles
será arrecadada pelo governo na forma de cobrança de impostos.
(2012, p. 437).
PIB REAL NÃO É O MESMO QUE BEM-ESTAR
ECONÔMICO
Nem todas as atividades econômicas importantes são compradas e
vendidas no mercado; com algumas exceções, como os serviços
governamentais, as atividades econômicas não destinadas ao
mercado são omitidas do PIB.
O trabalho não remunerado de uma dona de casa, embora tenha
valor econômico, não é vendido no mercado, portanto, seu
pagamento não é contabilizado no PIB (2012, p. 428).
Os serviços voluntários, como os pelotões de bombeiros e resgate
que atendem as cidades pequenas. O fato de esses trabalhos não
remunerados estarem fora do PIB não significa que não sejam
importantes. O problema é que, como não há preços e quantidades
para serviços não remunerados, é muito difícil estimar seu valor de
mercado (2012, p. 443).
O que faz de uma cidade um lugar interessante para morar? Algumas
das características que você pode imaginar estão incluídas no PIB:
casas espaçosas e bem construídas, bons restaurantes e lojas, várias
opções de entretenimentos e serviços médicos de alta qualidade.
Entretanto, outros indicadores de qualidade de vida não são vendidos
no mercado e podem estar fora do PIB. Os exemplos incluem um
baixo índice de criminalidade, menos engarrafamentos no trânsito,
organizações cívicas ativas e áreas de lazer (2012, p.444).
O PIB mede a quantidade total de bens e serviços produzidos e
vendidos em uma economia, mas não transmite informações sobre
quem usa aqueles bens e serviços. Dois países podem ter o mesmo
PIB, mas diferir radicalmente na distribuição do bem-estar econômico
da população. Suponha, por exemplo, que em um país – que
chamaremos de Equália – a maioria das pessoas tenha uma vida de
classe média confortável e onde são raras a pobreza e a riqueza
extremas. Mas, em outro país, Inequália – que tem o mesmo PIB real
de Equália – poucas famílias ricas controlam a economia, e a maioria
da população vive na pobreza. Mesmo que a maioria das pessoas
dissesse que a situação econômica geral de Equália é melhor, esse
julgamento não seria refletido no PIB dos dois países, que é o mesmo
(2012, p.444).

Equação do PIB
Y=(C+I+G+Xbsnf-Mbsnf)
Onde
Y=Produto Interno Bruto (PIB)
C=consumo das famílias
I=Investimento
G=Gastos do Governo
Xbsnf=Exportação de bens e serviços não fatores
Mbsnf=Importação de bens e serviços não fatores

Demanda agregada= (C+I+G+Xbsnf)


Oferta agregada=(Y+Mbsnf)
Demanda agregada=Oferta agregada

EXEMPLOS
1) A seguir são apresentados alguns dados sobre a terra do leite e do
mel.

Ano Preço do Quantidade de Preço do Quantidade de Mel


leite leite (litros) Mel (litros)

2014 $1,0 100 $4,0 10

2015 $1,5 120 $4,5 10

2016 $1,65 110 $5,0 12

2017 $1,20 130 $4,2 9

2018 $1,15 135 $4,0 11

2019 $1,0 145 $5,0 10

2020 $1,25 135 $6,5 9

a) Calcule o PIB nominal; o PIB real usando inicialmente


como ano-base o ano de 2014 e, logo a seguir o ano de
2019 e, em seguida 2020; índice de preço usando como
ano-base 2014 e, logo a seguir usar o ano de 2019 e, em
seguida, 2020; o deflator do PIB para cada ano, usando
inicialmente como ano-base 2014 e, logo a seguir o ano de
2019 para, finalmente, 2020 como ano-base.
Resposta:
PIB nominal
Passo a passo
2014=($1,00 x 100) + ($4,00 x 10)=$140,00
2015=($1,50 x 120) + ($4,50 x 10)=$225,00
2016=($1,65 x 110) + ($5,00 x 12)=$241,50
2017=($1,20 x 130) + ($4,20 x 9)=$193,80
2018=($1,15 x 135) + ($4,00 x 11)=$199,25
2019=($1,00 x 145) + ($5,00 x 10)=$195,00
2020=($1,25 x 135) + ($6,50 x 9)=$227,25

PIB real (ano-base 2014)


2014=($1,00 x 100) + ($4,00 x 10)=$140,00
2015=($1,00 x 120) + ($4,00 X 10)=$160,00
2016=($1,00 X 110) + ($4,00 X 12)=$158,00
2017=($1,00 X 130) + ($4,00 X 9)=$166,00
2018=($1,00 X 135) + ($4,00 X 11)=$179,00
2019=($1,00 X 145) + ($4,00 X 10)=$185,00
2020=($1,00 x 135) + ($4,00 x 9)=$171,00

Índice do deflator do PIB (ano-base 2014)


2014=($140,00/$140,00) x 100=100,00
2015=($225,00/$160,00) x 100=140,625
2016=($241,50/$158,00) x 100=152,8481013
2017=($193,80/$166,00) x 100=116,7469880
2018=($199,25/$179,00) x 100=111,3128492
2019=($195,00/$185,00) x 100=105,4054054
2020=($227,25/$171,00) x 100 =132,8947368

Inflação com base no deflator do PIB (ano-base


2014)
2015=[(140,625 – 100)/100] x 100
2015=40,625% (inflação)
2016=[(152,8481013 – 140,625)/140,625] x 100
2016=8,691983147% (inflação)
2017=[(116,7469880 –152,8481013)/152,8481013] x 100
2017=-23,61894783% (deflação)
2018=[(111,3128492 - 116,7469880)/116,7469880] x100
2018=-4,654628692% (deflação)
2019=[(105,4054054 -111,3128492)/111,3128492] x 100
2019=-5,307063688% (deflação)
2020=[(132,8947368 - 105,4054054)/105,4054054] x100
2020=26,07962210% (inflação)

PIB real (ano-base 2018)


2014=($1,15 x 100) + ($4,00 x 10)=$155,00
2015=($1,15 x 120) + ($4,00 X 10)=$178,00
2016=($1,15 X 110) + ($4,00 X 12)=$174,50
2017=($1,15 X 130) + ($4,00 X 9)=$185,50
2018=($1,15 X 135) + ($4,00 X 11)=$199,25
2019=($1,15 X 145) + ($4,00 X 10)=$206,75
2020=($1,15 x 135) + ($4,00 x 9)=$191,25

Índice do deflator do PIB (ano-base 2018)


2014=($140,00/$155,00) x 100=90,32258065
2015=($225,00/$178,00) x 100=126,4044944
2016=($241,50/$174,50) x 100=138,3954155
2017=($193,80/$185,50) x 100=104,4743935
2018=($199,25/$199,25) x 100=100,00
2019=($195,00/$206,75) x 100=94,31680774
2020=($227,25/$191,25) x 100=118,8235294

Inflação com base no deflator do PIB (ano-base


2018)
2015=[(126,4044944 – 90,32258065)/90,32258065] x 100
2015=39,94783308% (inflação)
2016=[(138,3954155 –126,4044944)/126,4044944] x 100
2016=9,486150913% (inflação)
2017=[(104,4743935 – 138,3954155)/138,3954155] x 100
2017=-24,51022086% (deflação)
2018=[(100,00 -104,4743935)/ 104,4743935] x100
2018=-4,282765710% (deflação)
2019=[(94,31680774 -100,00)/100,00] x 100
2019=-5,683192260% (deflação)
2020=[(118,8235294 -94,31680774)/ 94,31680774] x100
2020=25,98340873% (inflação)

PIB real (ano-base 2020)


2014=($1,25 x 100) + ($6,50 x 10)=$190,00
2015=($1,25 x 120) + ($6,50 X 10)=$215,00
2016=($1,25 X 110) + ($6,50 X 12)=$215,50
2017=($1,25 X 130) + ($6,50 X 9)=$221,00
2018=($1,25 X 135) + ($6,50 X 11)=$240,25
2019=($1,25 X 145) + ($6,50 X 10)=$246,25
2020=($1,25 x 135) + ($6,50 x 9)=$227,25

Índice do deflator do PIB (ano-base 2020)


2014=($140,00/$190,00) x 100=73,68421053
2015=($225,00/$215,00) x 100=104,6511628
2016=($241,50/$215,50) x 100=112,0649652
2017=($193,80/$221,00) x 100=87,69230769
2018=($199,25/$240,25) x 100=82,93444329
2019=($195,00/$246,25) x 100=79,18781726
2020=($227,25/$227,25) x 100=100,00

Inflação com base no deflator do PIB (ano-base


2020)
2015=[(104,6511628 - 73,68421053)/73,68421053] x 100
2015=42,0261723% (inflação)
2016=[(112,0649652 - 104,6511628)/104,6511628] x100
2016=7,08430007% % (inflação)
2017=[(87,69230769 - 112,0649652)/112,0649652] x 100
2017=-21,74868610% (deflação)
2018=[(82,93444329 -87,69230769 )/87,69230769] x100
2018=-5,425634842% (deflação)
2019=[(79,18781726 - 82,93444329)/82,93444329] x 100
2019=-4,517575426% (deflação)
2020=[(100 -79,18781726)/79,18781726 ] x 100
2020=26,28205128% (inflação)

2) A seguir são apresentados alguns dados sobre a terra do


leite e do café.

Ano Preço do Quantidade de Preço do Quantidade de Café


leite leite (litros) Café (kg)

2018 $3,00 500 $12,00 90

2019 $3,90 480 $11,20 100

2020 $3,50 520 $10,20 95

a) Calcule o PIB nominal; o PIB real usando inicialmente


como ano-base o ano de 2018 e, logo a seguir o ano de
2019 e, finalmente, o ano de 2020; índice de preço usando
como ano-base 2018 e, logo a seguir usar o ano de 2019 e,
finalmente, o ano de 2020; o deflator do PIB para cada
ano, usando inicialmente como ano-base 2018 e, logo a
seguir o ano de 2019 e, finalmente, o ano de 2020 como
ano-base.
Resolução em sala de aula
PIB nominal
2018=($3,00x500)+($12,00x90)
2018=$??????
2019=($3,90x480)+($11,20x100)
2019=$???????
2020=($3,50x520)+($10,20x95)
2020=$???????????

PIB real (ano-base 2018)


2018=($3,00x500)+($12,00x90)
2018=$????????
2019=($3,00x480)+($12,00x100)
2019= $????????
2020=($3,00x520)+($12,00x95)
2020= $???????????

Índice do deflator do PIB (ano-base 2018)


Índice para o deflator do PIB=(PIB nominal/PIB
real)x100,00
2018=($??????/$2.580)x100,00
2018=?????????
2019=($2.992/$2.640)x100,00
2019=?????????
2020=($2.789/$2.700)x100,00
2020=?????????

Inflação com base no deflator do PIB (ano-base


2018)
2018=????????????
2019=[(??????/100,00)-1,00]x100,00
2019=13,3333333%(???????)
Ou
2019=[(??????-100,00)/100,00]x100,00
2019=13,3333333%(???????)
2020=[(103,2962963/????????????)-1,00]x100,00
2020=??????????????

Inflação acumulada no período?????????

Inflação ao ano ?????????????


3) Considere os seguintes dados sobre o PIB dos EUA:

Ano PIB (US$ Índice (ano-


bilhões) base 1996)
2000 9.873 118
1999 9.269 113
Resolução em sala de aula
a) Qual foi a taxa de crescimento do PIB nominal entre 1999 e 2000?
[(9.873-9.269)/9.269] x 100=????????????

b) Qual foi a taxa de inflação medida com base no Deflator do PIB


entre 1999 e 2000?
[(118–113)/113] x 100=?????????

c) Qual era o PIB real em 1999, medido a preços de 1996?


($9.269/113)X100=US$????????

d) Qual era o PIB real em 2000, medido a preços de 1996?


($9.873/118)X100=US$???????

e) Qual foi à taxa de crescimento do PIB real entre 1999 e 2000?


[($8.366,949153-$8.202,654867)/$8.202,654867] x 100
=???????????????

f) A taxa de crescimento do PIB nominal foi maior ou menor do que a


taxa de crescimento do PIB real? Explique.
FV=PV(1,00+i)n
Resposta
Foi maior, pois 6,516344805% são maiores que 2,002940373%. A
causa para isso está na inflação medida com base no deflator do PIB.
{[1+(6,516344805/100)/(1+(2,002940373)/100)] -1} x 100
= [(1,06516344805/1,02002940373) – 1] x 100
=4,4247788%

4) A seguir são apresentados alguns dados sobre a terra da farinha


de mandioca e do feijão.

Ano Preço da Quantidade de Preço do Quantidade de feijão


farinha farinha (kg) feijão (kg)

2018 $2,00 500 $5,00 600

2019 $2,20 480 $4,90 700

2020 $1,90 600 $4,50 800

Calcular o PIB nominal, Real (ano-base 2020), índice do deflator e a


inflação com base no deflator.
Resolução
PIB nominal
2018=($2,00x500)+($5,00x600)
2018=$4.000,00
2019=($2,20x480)+($4,90x700)
2019=$4.486,00
2020=($1,90x600)+($4,50x800)
2020=$4.740,00

PIB real (ano-base 2020)


2018=($1,90x500)+($4,50x600)
2018=$3.650,00
2019=($1,90x480)+($4,50x700)
2019=$4.062,00
2020=($1,90x600)+($4,50x800)
2020=$4.740,00

Deflator do PIB (índice)


2018=($4.000,00/$3.650,00)x100,00
2018=109,5890411
2019=($4.486,00/$4.062,00)x100,00
2019=110,4382078
2020=($4.740,00/$4.740,00)x100,00
2020=100,00

Inflação com base no deflator do PIB (ano-base


2020)
2018=Não temos como calcular porque não temos o índice
do Deflator do PIB de 2017!
2019=[(110,4382078/109,5890411)-1,00]x100,00
2019=0,774864614% (inflação), ocorreu aumento nos
preços em 2019!
2020=[(100,00-110,4382078)/110,4382078]x100,00
2020=-9,451627302%(Deflação), ocorreu queda nos
preços em 2020!
Qual foi a variação acumulada nos preços no período em
análise com base no Deflator do PIB!
Variação nos preços acumulada=[(1,00+0,00774864614)
(1,00-0,09451627302)-1,00]x100,00
Variação nos preços acumulada=[(0,00774864614
x0,905483727)-1,00]x100,00
Variação nos preços acumulada=-8,75% (deflação no
período, ou seja, queda nos preços!)
Ou
Variação nos preços acumulada=[(100,00/109,5890411)-
1,00]x100,00
Variação nos preços acumulada=-8,75% (deflação no
período, ou seja, queda nos preços!)

BACEN
https://www.bcb.gov.br/pec/boletim/banual2012/rel2012p.pdf
https://www.bcb.gov.br/pec/boletim/banual2015/rel2015p.pdf

Com base nos dois links acima:


a) Variação no PIB real em 1981,1985, 2010 e 2015?
Variação do PIB real em 1981=[(R$1.898.802/R$1.983.084)-
1,00]x100,00
Variação do PIB real em 1981=-4,250046897% (ano de forte
contração econômica, recessão forte, isso tem forte correlação com o
aumento no desemprego)!

Variação do PIB real em 1985=[(R$2.112.571/R$1.958.823)-


1,00]x100,00
Variação em 1985=7,848999118% (forte crescimento econômico,
forte correlação com o aumento do emprego)!

Variação em 2010=[(R$4.248.379/R$3.950.743)-1,00]x100,00
Variação em 2010=7,533671514% (forte crescimento econômico,
forte correlação com o aumento do emprego)! O segundo melhor
crescimento do PIB real a partir de 1981 no Brasil!

Variação em 2015=[(R$5.904.331/R$6.140.597)-1,00]x100,00
Variação em 2015=-3,847606348% (forte recessão na economia
brasileira, com forte influência no crescimento da taxa de
desemprego até os dias de hoje, 2021!)

b) Com base na variação anual no PIB real no primeiro governo FHC,


calcule a variação acumulada e média anual. Com base na média
anual em quanto tempo dobra o PIB???
1995=4,2%
1996=2,2%
1997=3,4%
1998=0,0%
FV=PV(1,00+i)n
PIB acumulado=(1,00+0,042)(1,00+0,022)(1,00+0,034)(1,00+0,0)
PIB acumulado=[(1,042x1,022x1,034x1,00)-1,00]x100,00
PIB acumulado=????????%
Variação média anual no PIB real no 2º governo FHC
[(1,00+0,101131416)(1/4)-1,00]X100,00
[(1,101131416)0,25-1,00]X100,00=????????%a.a.=?????%a.a.
O PIB real dobra em:
FV=PV(1,00+i)n
PV=1,00
FV=2,00
i=2,44%a.a.
n=?
2,00=1,00(1,00+0,0244)n
(2,00/1,00)=(1,0244)n
2,00=(1,0244)n
n=(ln2,00/ln1,0244)
n=(0,693147181/0,024107075)
n=?????? anos=?????anos!!!

c) Com base na variação anual no PIB real no segundo


governo FHC, calcule a variação acumulada e média anual.
1999=0,3%
2000=4,4%
2001=1,4%
2002=3,1%
FV=PV(1,00+i)n
PIB acumulado=(1,00+0,003)(1,00+0,044)(1,00+0,014)
(1,00+0,031)
PIB acumulado=[(1,003x1,044x1,014x1,031)-1,00]x100,00
PIB acumulado=9,470739529%
Variação média anual no PIB real no 2º governo FHC
[(1,00+0,09470739529)(1/4)-1,00]X100,00
[(1,094707395)0,25-1,00]X100,00=2,287958995%a.a.=2,29%a.a.

d) Em quanto tempo o PIB real dobra com base na variação anual do


segundo governo FHC?
FV=PV(1,00+i)n
PV=1,00
FV=2,00
i=2,29%a.a
n=?
2,00=1,00(1,00+0,0229)n
(2,00/1,00)=(1,0229)n
2,00=(1,0229)n
n=(ln2,00/ln1,0229)
n=(0,693147181/0,022641730)
n=30,61370160 anos=30,61 anos!!!
Qual foi a variação anual média do PIB real nos dois períodos do
FHC???

e) Governo Lula
1º Governo (variação no PIB real)
2003=1,1%
2004=5,7%
2005=3,2%
2006=4,0%
PIB acumulado=(1,00+0,01)(1,00+0,057)(1,00+0,032)(1,00+0,040)
PIB acumulado=[(1,01x1,057x1,032x1,040)-1,00]x100,00
PIB acumulado=???????????%
Variação média anual no PIB real no 2º governo FHC
[(1,00+0,145801530)(1/4)-1,00]X100,00
[(1,145801530)0,25-1,00]X100,00=?????????%a.a.=??????%a.a.
O mesmo deverá ser feito para o segundo governo Lula da Silva.
2007=6,1%
2008=5,2%
2009=-0,3%
2010=7,5%
PIB real acumulado=[(1,00+0,061)(1,00+0,052)(1,00-0,003)
(1,00+0,075)1,00]x100,00
PIB real acumulado=[(1,061x1,052x0,997x1,075)-1,00]x100,00
PIB real acumulado=19,62852453%
Variação média anual=(1,00+0,1962852453)(1/4)-1,00]x100,00
Variação média anual=(1,1962852453)0,25-1,00]x100,00
Variação média anual=4,582419889%a.a.

Em quanto tempo dobra o PIB real com base no segundo governo


Lula?
PV=1,00
FV=2,00
i=4,582419889%a.a.
n=?
FV=PV(1,00+i)n
2,00=1,00(1,00+0,04582419889)n
n=(ln2,00/ln1,04582419889)
n=15,47021174 anos=15,47anos!!

f) Agora, vamos pensar no PIB real supondo um ano qualquer.


Supondo:
1º trimestre=1,00%
2º trimestre=0,95%
3º trimestre=1,25%
4º trimestre=-0,40%
Qual PIB real no ano?
Não pode fazer: 1,00%+0,95%+1,25%-0,40%!!!!
Seguir essa equação:
FV=PV(1,00+i)n
PIB real no ano=[(1,00+0,01)(1,00+0,0095)(1,00+0,0125)(1,00-
0,004)-1,00]x100,00
PIB real no ano=[(1,01x1,0095x1,0125x 0,996)-1,00]x100,00
PIB real no ano=2,821057775%=2,82%

PIB per capita: como calcular? Escolher aleatoriamente dois


períodos, no caso: 2000 e 2010!
No ano de 2000
(PIB real/População)
(R$2.978.755/171.280)x1000=R$17.391,14316

No ano de 2010
(R$4.248.379/193.253)x1000=R$21.983,50866=R$21.984!

Variação anual em dois anos que serão escolhidos aleatoriamente!


Para o ano de 2000
[(17.391/R$16.923)-1,00]x100,00=2,765467116%=2,8%

Outra maneira de calcular a variação anual do PIB per capita!


[(Variação no PIB real/variação na população)-1,00]x100,00
Variação do PIB real em 1981=-4,250046897%
Taxa de variação na população do Brasil em 1981 em relação ao ano
de 1980?
[(121.213/118.563) - 1,00]x100,00=2,235098640%=2,24%
[(1,00–0,04250046897)/(1,00+0,02235098640)-1,00]x100,00
[(0,957499531/1,02235098640)-1,00]x100,00=-6,343365074%=
-6,3%(Bacen)

Ano de 2010
Variação do PIB real em 2010=7,533671514%
Variação da população em 2010
[(193.253/191.481)-1,00]x100,00=0,925418188%
Variação no PIB per capita em 2010
[(1,00+0,07533671514)/(1,00+0,00925418188)-1,00]x100,00
[(1,07533671514/1,00925418188)-
1,00]x100,00=6,547660089%=6,5%(Bacen)

PIB NO PERÍODO DO MILAGRE ECONÔMICO


Ano PIB real
(%)

1968 9,80

1969 9,50
1970 10,40

1971 11,34

1972 11,94

1973 13,97

Fonte: http://www.ipeadata.gov.br/Default.aspx data 09/09/21


PIB acumulado=(1,00+0,098)(1,00+0,095)+(1,00+0,1040)
(1,00+0,1134)(1,00+0,1194)(1,00+0,1397)
PIB acumulado=[(1,098x1,095x1,1040x1,1134x1,1194x1,1397)-
1,00]x100,00
PIB acumulado=88,54394964%
Variação média anual no PIB real no período do milagre econômico
[(1,00+0,885439496)(1/6)-1,00]X100,00
[(1,885439496)0,166666667-
1,00]X100,00=11,14811459%a.a.=11,15%a.a.
Em quanto tempo o PIB real dobra a essa taxa de crescimento média
anual
n=(ln2,00/ln1,1115)
n=6,557035294anos=6,56anos!!!

POPULAÇÃO
Taxa de variação na população do Brasil em 1981 em relação ao ano
de 1980?
[(121.213/118.563)-1,00]x100,00=2,23509864%=2,24%

Taxa de variação na população do Brasil em 2005 em relação ao ano


de 2004?
[(183.383–181.106)/181.106]x 100,00=1,257274745%=1,25%

Taxa de variação na população do Brasil em 2015 em relação ao ano


de 2014?

[(204.469,8/202.782,9)-1,00]x100,00=0,831874877%=0,83%

População em 2018=208,500milhões
População em 2019=210,147 milhões
Taxa de crescimento da população em 2019 sobre 2018?
[(210,147/208,500)-1,00]x100,00=0,789928058%=0,80%

Variação média anual da população entre 1990 e 1980?


[(146.593/118.563)1/(1990-1980)-1,00]x100,00
[(1,236414396)(1/10)-1,00]x100,00
[(1,236414396)0,10-1,00]x100,00=2,14448336%=2,14%
Entre 2000 e 1990?
[(171.280/146.593)1/(2000-1990)-1,00]x100,00
[(1,168405040)(1/10)-1,00]x100,00 =1,568570974=1,57%a.a

Entre 2010 e 2000?


[(193.253/171.280)(1/10)-1,00]x100,00=1,214319379%=1,21%a.a.

Entre 2019 e 2010?


[(210,147/193,253)1/(2019-2010)-1,00]x100,00
[(1,087419083)(1/9)-1,00]x100,00=0,935538777%=0,94%a.a

MEDINDO O CUSTO DE VIDA


COMO SE FORMA A INFLAÇÃO?
Resolução em sala de aula

BACEN
Política Monetária
https://www.bcb.gov.br/controleinflacao

Metas para a inflação


https://www.bcb.gov.br/controleinflacao/
metainflacao

O que é inflação
https://www.bcb.gov.br/controleinflacao/
oqueinflacao

Comitê de Política Monetária (Copom)


https://www.bcb.gov.br/controleinflacao/
copom

Comunicados do Copom
https://www.bcb.gov.br/
controleinflacao/comunicadoscopom
Atas do Comitê de Política Monetária –
Copom
https://www.bcb.gov.br/publicacoes/
atascopom

Relatório de Inflação
https://www.bcb.gov.br/publicacoes/ri

Expectativas de mercado
https://www.bcb.gov.br/
controleinflacao/expectativasmercado

Conceito de moeda
Moeda é o conjunto de ativos na economia que as pessoas usam
regularmente para comprar bens e serviços de outras pessoas. O
dinheiro em sua carteira é moeda porque você pode usá-lo para
comprar uma refeição num restaurante ou uma camisa numa loja de
roupas.
A origem e a evolução da moeda
a) Era da troca de mercadorias
Período do escambo, isto é, período em que ocorria a troca pura e
simples de mercadorias, na verdade período das trocas diretas.

b) Era da mercadoria-moeda
Após o período das trocas diretas ocorre a evolução da sociedade e os
indivíduos passam a eleger um único produto como referencial de
trocas: uma mercadoria que tivesse algum valor e que fosse aceita
por todos. Para que isso ocorresse, a mercadoria eleita como moeda
deveria atender a uma necessidade comum e ser rara o bastante
para que tivesse valor. Nesse período vários tipos de produtos foram
utilizados como o referencial das relações de trocas de mercadorias,
tais como gado, fumo, azeite de oliva, escravos, sal etc.

c) Era da moeda metálica


De maneira geral, pode-se dizer que os metais foram as mercadorias
cujas características intrínsecas mais se aproximavam daquelas que
se exigem dos instrumentos monetários.
Inicialmente, os metais empregados como instrumentos monetários
foram o cobre, o bronze e, em especial, o ferro. Com o passar do
tempo, entretanto, esses metais foram deixados de lado, pois não
serviam como reserva de valor. Em outras palavras, a existência em
abundância desses metais, associada à descoberta de novas jazidas e
ao aperfeiçoamento do processo industrial de fundição, fez que tais
metais perdessem gradativamente seu valor.
Por essas razões, os metais chamados não nobres foram pouco a
pouco substituídos pelos metais nobres, como o ouro e a prata. Esses
dois metais são definidos como metais monetários por excelência,
uma vez que suas características se ajustam adequadamente àquelas
que a moeda deve ter.
A utilização do ouro e da prata nas transações comerciais acabou
trazendo grandes vantagens. No tocante às moedas cunhadas com
esses metais, elas eram pequenas e fáceis de carregar, além de
serem padronizadas e terem um valor intrínseco, ou seja, seu
poder de compra era equivalente ao valor do material utilizado na sua
fabricação.
Apesar das grandes vantagens apresentadas pela moeda metálica,
existia na época um inconveniente: o transporte a longas distâncias,
em função do peso das moedas e dos riscos de assalto a que estavam
sujeitos os comerciantes durante suas viagens.

d) Era da moeda-papel
A moeda representativa ou moeda-papel veio eliminar, portanto, as
dificuldades que os comerciantes enfrentavam em seus
deslocamentos pelas regiões europeias, facilitando a efetivação de
suas operações comerciais e de crédito.
Em vez de partirem carregando moeda metálica, levavam apenas
pedaço de papel denominado certificado de depósito, que era emitido
por instituições conhecidas como “Casas de Custódia”, e onde os
comerciantes depositavam as suas moedas metálicas, ou quaisquer
outros valores, sob garantia. No seu destino, os comerciantes
recorriam às casas de custódia locais, onde trocavam os certificados
de depósito por moedas metálicas. Estava assim criada a nova
moeda, 100% lastreada e com garantia de plena conversibilidade, a
qualquer momento, pelo seu detentor, e que se tornou, ao longo do
tempo, o meio preferencial de troca e de reserva de valor.

d) Era da moeda fiduciária (ou papel-moeda)


Com o passar do tempo “as Casas de Custódia”, que recebiam o
metal e forneciam certificados de depósito (ou moeda-papel)
totalmente lastreados, começam a perceber que os detentores desses
certificados não faziam a reconversão ao mesmo tempo. Além disso,
enquanto alguns faziam a troca de moeda-papel pelo metal, outros
faziam novos depósitos em ouro e prata, o que acabava por ensejar
novas emissões.
Assim é que, gradativamente, as “Casas de Custódia” passaram a
emitir certificados sem lastro em metal, dando origem à moeda
fiduciária (baseada na fidúcia, na confiança) ou papel-moeda. Passou-
se, então, da moeda-papel (ou moeda representativa) para o papel-
moeda (moeda fiduciária).
Em uma primeira etapa, o papel-moeda apresentou as seguintes
características:
● Lastro inferior a 100%;
● Menor garantia de conversibilidade;
● Emissão feita por particulares.
A emissão de papel-moeda por particulares, entretanto, acabou por
conduzir esse sistema à ruína. Em decorrência disso, o Estado foi
levado a assumir o mecanismo de emissões, passando a controlá-lo.
No início, as emissões eram lastreadas em ouro (padrão-ouro). De
acordo com o mecanismo do padrão-ouro, a emissão de moeda
estava atrelada à quantidade de ouro existente em cada país.
Hoje, a maioria dos sistemas é fiduciária, a presentando as seguintes
características:
● Inexistência de lastro metálico;
● Inconversibilidade absoluta; e
● Monopólio estatal das emissões.

d) A moeda Bancária (ou escritural)


Com a evolução do sistema bancário, desenvolveu-se outra
modalidade de moeda: a moeda bancária, ou escritural. Ela é
representada pelos depósitos à vista e em curto prazo nos bancos,
que passam a movimentar esses recursos por cheques ou ordens de
pagamento. Ela é chamada escritural, uma vez que diz respeito aos
lançamentos (débito e crédito) realizados nas contas correntes dos
bancos.
Fonte: Nogami Otto, Passos, Carlos Roberto Martins. Princípios
de economia. 7ª edição, São Paulo: Cengage Learning, 2016.

AS FUNÇÕES DA MOEDA
A moeda tem três funções na economia: é um meio de troca, uma
unidade de conta e uma reserva de valor.
Um meio de troca é algo que os compradores dão aos vendedores
quando compram bens e serviços. Quando você compra uma camisa
numa loja de roupas, a loja lhe entrega a camisa e você entrega
moeda à loja. Essa transferência de moeda do comprador para o
vendedor permite que a transação ocorra. Quando entra numa loja,
você está confiante de que ela irá aceitar sua moeda em troca dos
itens que estão à venda, porque a moeda é o meio de troca
comumente aceito.
Uma unidade de conta é um padrão de medida que as pessoas
usam para anunciar preços e registrar débitos. Quando você vai às
compras, pode observar que uma camisa custa R$200,00 e um par
de sapatos, R$150,00.
Uma reserva de valor é algo que as pessoas podem usar para
transferir poder de compra do presente para o futuro. Quando um
vendedor aceita moeda hoje em troca de um bem ou serviço, ele
pode ficar com a moeda e tornar-se comprador de outro bem ou
serviço em outro momento. É claro que a moeda não é a única
reserva de valor da economia, já que uma pessoa também pode
transferir poder de compra do presente para o futuro mantendo
outros ativos como ações e títulos. O termo riqueza é usado para
fazer referência ao total de reservas de valor, incluindo tanto a
moeda quanto os ativos não monetários.
Fonte: Mankiw, N. Gregory. Introdução à economia. São Paulo: Cengage Learning,
2009.

O SISTEMA MONETÁRIO
Oferta de moeda é a quantidade de moeda disponível na economia,
ou seja, moeda corrente mais os depósitos à vista.
Reservas são os depósitos recebidos pelos bancos, mas que não são
emprestados.
Sistema de reservas fracionárias é um sistema bancário no qual
os bancos mantêm apenas uma parte de seus depósitos como
reserva.
Razão de reservas é a fração dos depósitos que os bancos mantêm
como reserva.
Exemplos:
1) Suponhamos um mundo em que não haja bancos. Nesse mundo
simples, a moeda corrente é a única forma de moeda. Em termos
concretos, suponha que a quantidade total de moeda corrente seja
$1.000,00. Nesse caso qual o valor da oferta de moeda nessa
economia?
Resolução
Oferta de moeda nessa economia=$1.000,00
2) Vamos supor que na economia mencionada no exemplo n°1 surja
um banco (Banco A) monetário, ou seja, um banco que opera com
depósitos à vista e que nesse banco sejam depositados o total da
moeda corrente de $1.000,00. Inicialmente, vamos supor que o
“Banco A” mantenha 100% dos depósitos a vista como reserva. Qual
será o efeito sobre a oferta de moeda dos depósitos à vista do “Banco
A” quando esse banco opera com 100% de reservas?
Resolução:
Banco A
Ativo Passivo

Reservas $1.000 Depósitos à vista $1.000

Como o Banco A deixa todo o depósito à vista como reservas o banco


não está disposto a emprestar dinheiro para seus clientes, com isso a
oferta de moeda continua igual a $1.000 como no exemplo n°1.

3) Supondo que o Banco A ao invés de manter 100% dos seus


depósitos à vista como reservas ele resolve manter 90% como
reservas e emprestar 10% dos depósitos à vista, como irá ficar o
balanço do Banco A em termos de Reservas, Empréstimos e Depósito
à vista? O que o empréstimo irá propiciar ao cliente recebedor do
empréstimo? Para quanto foi a Oferta de Moeda nessa economia?
Resolução:
Nesse caso o banco irá emprestar para um de seus clientes 10% de
$1.000,00, ou seja, $1.000 x (10/100) = $100,00. Com isso o valor
das reservas do Banco A ficarão: $1.000,00 - $100 = $900,00

Banco A

Ativo Passivo

Reservas $900,00 Depósitos à vista $1.000

Empréstimos $100,00

O cliente tomador do empréstimo está de posse de $100,00 com isso


ele poderá, por exemplo, fazer compras em algum supermercado, ou
quem sabe, pagar algum credor.
A oferta de moeda nessa economia passou de $1.000,00 para
$1.100,00. Nesse caso podemos perceber que o “Banco A” acabou de
criar $100,00 de moeda na economia. Isso só foi possível porque ao
invés de deixar 100% dos depósitos à vista como reservas o “Banco
A” ficou com 90%, podendo emprestar 10% dos seus depósitos à
vista. Mas, se os $1.000,00 ao invés de serem depositados no “Banco
A” ficassem no bolso ou no colchão das famílias, ou ainda no caixa
das empresas não seria possível o aumento da oferta de moeda na
economia. Isso só está sendo possível porque o dinheiro foi
depositado num banco e esse banco não está deixando 100% do
depósito à vista como reservas, ou seja, está deixando menos que
100%.

4) O cliente (estamos supondo que se trata de uma empresa) que irá


receber o empréstimo (exemplo n°3) tem uma dívida com um
fornecedor de insumos (uma outra empresa) e irá pagar esse
fornecedor com um cheque no valor de $100,00. O fornecedor irá
depositar o cheque no valor de $100,00 no “Banco B”, que também
opera com 90% de reservas dos seus depósitos à vista.
Como ficará o Balanço do Banco B em termos de Ativo e Passivo
considerando Reservas, Empréstimos e Depósitos à vista? O que irá
acontecer com a oferta de moeda nessa economia?
Resolução:
O “Banco B” recebe um depósito à vista de $100,00, como o banco
opera com 90% de seus depósitos à vista em reservas, isso significa
que o “Banco B” terá como reservas: $100,00 x 0,90 = $90,00
(reservas), com isso o banco irá emprestar: $100,00 - $90,00 =
$10,00.

Banco B

Ativo Passivo

Reservas $90,00 Depósitos à vista $100,00

Empréstimos $10,00

O empréstimo de $10,00 feito pelo “Banco B” está dando condição ao


tomador do empréstimo fazer o quê? Por exemplo, pagar algum tipo
de compromisso no valor de $10,00. Com isso a oferta de moeda
nessa economia passa a ser de quanto:
$1.000,00 (depósito à vista inicial) + $100,00 (valor do primeiro
empréstimo) + $10,00 (valor do segundo empréstimo) = $1.110,00.

5) Qual será o multiplicador da moeda supondo um depósito à vista


igual a $1.000,00 com reservas bancárias de: inicialmente de 100%,
depois de: 90%, 80%, 60%, 30%, 25% e 10%?
Resolução:
O multiplicador da moeda é a recíproca da razão de reserva. Seja R à
razão de reserva de todos os bancos da economia (no nosso exemplo
inicialmente temos o Banco A, logo a seguir temos o Banco A e o
Banco B), então cada real de reserva gerará 1/R reais de moeda. No
exemplo n°1 temos 100% de reservas (R):
Multiplicador=(1,00/R)
Multiplicador = 1,00/(100,00/100,00)
Multiplicador = (1,00/1,00)
Multiplicador = 1,00
Oferta de moeda = (1,00 x $1000)
Oferta de moeda= $1.000,00 (não temos aumento na oferta de
moeda, ou seja, a oferta de moeda continua igual ao valor dos
depósitos à vista = $1.000,00).

Supondo reservas de 90%:


Resolução em sala de aula
Multiplicador=1,00/(90/100)
Multiplicador=(1,00/0,90)
Multiplicador=1,11111111
Oferta de moeda=($1.000,00 x1,11111111)
Oferta de moeda=$1.111,11

Supondo reservas de 80%:


Resolução em sala de aula
Multiplicador=1,00/(80/100)
Multiplicador=(1,00/0,80)
Multiplicador=1,25
Oferta de moeda=($1.000,00 x1,25)
Oferta de moeda=$1.250,00

Supondo reservas de 60%:


Resolução em sala de aula
Multiplicador=1,00/(60/100)
Multiplicador=(1,00/0,60)
Multiplicador=1,6666666667
Oferta de moeda=($1.000,00 x1,666666667)
Oferta de moeda=$1.666,67

Supondo reservas de 30%:


Resolução em sala de aula
Multiplicador=1,00/(30/100)
Multiplicador=(1,00/0,30)
Multiplicador=3,333333333
Oferta de moeda=($1.000,00 x3,333333333)
Oferta de moeda=$3.333,33

Supondo reservas de 25%:


Resolução em sala de aula
Multiplicador=1,00/(25/100)
Multiplicador=(1,00/0,25)
Multiplicador=4,00
Oferta de moeda=($1.000,00 x4,00)
Oferta de moeda=$4.000,00

Supondo reservas de 10%:


Resolução em sala de aula
Multiplicador=1,00/(10/100)
Multiplicador=(1,00/0,10)
Multiplicador=10,00
Oferta de moeda=($1.000,00 x10,00)
Oferta de moeda=$10.000,00

6) A economia do país Alpha tem 2 mil notas de $1,00.


a) Se a população mantiver toda a moeda como moeda corrente, qual
será a quantidade de moeda existente no país Alpha?
Resposta: (2.000 x $1,00) = $2.000,00 (oferta de moeda)
b) Se as pessoas mantiverem toda a moeda como depósitos à vista e
os bancos mantiverem reservas de 100%, qual será a quantidade de
moeda existente no país Alpha?
Resposta:

Bancos

Ativo Passivo

Reservas $2.000 Depósitos à vista $2.000

Como as reservas são de 100%, o multiplicador da moeda será:


Multiplicador = (1,00/R)
Multiplicador = 1,00/(100/100)
Multiplicador = (1,00/1,00)
Multiplicador = 1,00
Oferta de moeda = (1,00 x $2.000,00)
Oferta de moeda= $2.000,00 (não temos aumento na oferta de
moeda, ou seja, a oferta de moeda continua igual ao valor dos
depósitos à vista = $2.000,00).

c) Se as pessoas mantiverem quantidades iguais de moeda corrente e


de depósitos à vista e os bancos mantiverem reservas de 100%, qual
será a quantidade de moeda existente no país Alpha?
Resposta:
Moeda corrente = $2.000 x 0,50 = $1.000,00
Depósito à vista = $2.000 x 0,50 = $1.000,00

Bancos

Ativo Passivo

Reservas $1.000 Depósitos à vista $1.000

Como as reservas são de 100%, o multiplicador da moeda será:


Multiplicador=(1,00/R)
Multiplicador=1,00/(100/100)
Multiplicador=(1,00/1,00)
Multiplicador=1,00
Oferta de moeda=(moeda corrente + depósitos à vista)
Oferta de moeda=($1.000,00 + $1.000,00)
Oferta de moeda=$2.000,00

d) Se as pessoas mantiverem toda a moeda como depósito à vista e


os bancos mantiverem razão de reserva de 10%, qual será a
quantidade de moeda existente no país Alpha?
Resposta:

Bancos

Ativo Passivo

Reservas $200,00 Depósitos à vista $2.000

Valor das reservas = $2.000,00 x (10/100)


Valor das reservas = $200,00
Como as reservas são de 10%, o multiplicador da moeda será:
Multiplicador = (1,00/R)
Multiplicador = 1,00/(10/100)
Multiplicador = (1,00/0,10)
Multiplicador = 10
Oferta de moeda = (10 x $2.000)
Oferta de moeda= quantidade de moeda = $20.000,00

e) Se as pessoas mantiverem quantidades iguais de moeda corrente


e depósitos à vista e os bancos mantiverem razão de reservas de
10%, qual será a quantidade de moeda existente no país Alpha?
Resposta:
Moeda corrente = ($2.000 x 0,50) = $1.000,00
Depósito à vista = ($2.000 x 0,50) = $1.000,00

Bancos

Ativo Passivo

Reservas $100,00 Depósitos à vista $1.000

Empréstimo $900,00

Valor das reservas = $1.000,00 x (10/100)


Valor das reservas = $100,00
Como as reservas são de 10%, o multiplicador da moeda será:
Multiplicador = (1,00/R)
Multiplicador = 1,00/(10/100)
Multiplicador = (1,00/0,10)
Multiplicador = 10
Oferta de moeda = (10 x $1.000,00)
Oferta de moeda para os depósitos à vista = $10.000,00
Oferta de moeda no país Alpha = $1.000,00 (moeda corrente) +
$10.000,00 (efeito do multiplicador para depósitos à vista)
Oferta de moeda no país Alpha = $11.000,00 (quantidade de moeda
no país Alpha).

A TEORIA QUANTITATIVA DA
MOEDA (TQM)
Viceconti e das Neves escrevem: “A TQM é uma das primeiras
tentativas da ciência econômica de estabelecer uma correlação entre
a quantidade de moeda em circulação no sistema econômico e o nível
geral de preços. A sua origem remonta ao século XVI, quando foi
observado que o ouro descoberto na América e trazido para a
Espanha provocou uma inflação sem precedentes naquele país”
(1996, p. 311).
Voltando a Mankiw temos: a TQM é a teoria que afirma que a
quantidade de moeda disponível determina o nível de preços e
que a taxa de crescimento na quantidade de moeda disponível
determina a taxa de inflação.
Equação
O ponto de partida da TQM é a chamada equação quantitativa:
MV=PY
Essa equação foi desenvolvida pelo professor Irving
Fisher!
Onde:
M=quantidade de moeda, ou seja, a oferta monetária
V=velocidade da moeda
P=preço da produção
Y=quantidade total produzida ou o produto real da economia
A equação quantitativa mostra que um aumento na quantidade de
moeda em uma economia deve se refletir em uma das outras três
variáveis: o nível de preços deve subir, a quantidade
produzida deve subir ou a velocidade da moeda deve cair.
A essência da TQM:
a) A velocidade da moeda ou velocidade-renda da moeda
costuma ser relativamente estável ao longo do tempo.
b) Como a velocidade é estável, quando o banco central altera a
quantidade de moeda (M), ele causa alterações proporcionais no
valor nominal da produção (P x Y), ou seja, no PIB nominal.
c) A produção de bens e serviços da economia (Y) é determinada,
principalmente, pela oferta de fatores (trabalho, capital físico, capital
humano e recursos naturais) e pela tecnologia de produção
disponível. Em particular como a moeda é neutra, ela não afeta a
produção.
d) Sendo a produção (Y) determinada pela oferta de fatores e pela
tecnologia, quando o banco central altera a oferta de moeda (M) e
induz alterações proporcionais no valor nominal da produção (P x Y),
essas alterações se refletem em alterações no nível de preços (P).
e) Portanto, quando o banco central aumenta rapidamente a
oferta de moeda, o resultado é uma alta taxa de inflação.
Exemplos
1) Admitindo-se que a economia esteja no pleno-emprego (situação
em que todos os fatores de produção estão plenamente ocupados,
significando que o produto real da economia está no seu máximo, não
podendo ser expandido), e que V (velocidade da moeda) seja
também constante. Suponha que em determinada economia seja
observado:
M=$100.000,00; V=5; P=$10,00; Y=50.000. Caso M sofra um
aumento de10% pelo banco central, o que irá ocorrer com P já que V
e Y são constantes?
Resolução:
A equação da TQM mostra:
MV=PY
Inicialmente percebemos:
($100.000,00 x5) =($10,00 x 50.000)
$500.000,00=$500.000,00 (PIB nominal)
A nova oferta de moeda será de:
$100.000,00 (1+10/100)=$110.000,00
Com isso:
($110.000,00x5)=(Px50.000)
$550.000,00=50.000P
($550.000,00/50.000)=P
P=$11,00
Ou seja:
[($11,00-$10,00)/$10,00] x100=10%
Ou
[(11,00/10,00)-1,00]x100,00=10%
Conclusão: 0 aumento de 10% na quantidade de moeda irá provocar
um aumento de 10% nos preços.

2) Suponha que Y cresça, em determinado ano, à taxa equivalente à


5,5%, M cresça 40% e V se mantenha constante. Qual será a taxa de
variação no preço (P)?
Resolução em sala de aula
A equação da TQM mostra:
MV=PY
3) Suponha que a economia produza 100 telefones celular em um
ano, que cada telefone celular seja vendido por $100,00 e que a
quantidade de moeda na economia seja de $500. Qual o valor da
velocidade da moeda nessa economia naquele ano? O que isso
significa?
Resolução:
A equação da TQM mostra:
MV=PY
Nesse exemplo temos:
M=$500,00; Y=100 telefones; P=$100,00 por telefone; V=?
V=(PY)/M
V=($100x100)/$500
V=$10.000/$500
V=20
Isso significa que o estoque de moeda de $500 girou vinte
vezes no período, criando $10.000,00 de renda e produto
(PIB). Cada unidade monetária criou vinte unidades de renda.

4) Suponha que M=$144,8 bilhões; o PIB nominal=$2.157,52


bilhões, portanto qual o valor da velocidade renda da moeda?
Resolução
MV=PY
($144,8bilhões x V)=$2.157,52 bilhões
V=($2.157,52bilhões/$144,8bilhões)
V=14,9
Isso significa que o estoque de moeda de $144,8 bilhões girou
14,9 vezes no período, criando $2,157 trilhões de renda e
produto (PIB). Cada unidade monetária criou 14,9 unidades
de renda.

5) Suponha que M=$174,3 bilhões; o PIB nominal=$2.370,48


bilhões, portanto qual o valor da velocidade renda da moeda?
Resolução em sala de aula
MV=PY

6) Exercício n° 1 do Mankiw Capítulo 30 página 655.


Suponha que a oferta de moeda deste ano seja de $500 bilhões, o
PIB nominal de $10 trilhões e o PIB real de $5 trilhões.
a) Qual será o nível de preços? Qual será a velocidade da moeda?

b) Suponha que a velocidade seja constante e que a produção de


bens e serviços da economia aumente em 5% ao ano. O que
acontecerá com o PIB nominal e com o nível de preços do ano que
vem se o Fed mantiver a oferta de moeda constante?
c) Qual oferta de moeda o Fed deveria estabelecer para o próximo
ano se quiser manter o nível de preços estável?

d) Qual oferta de moeda o Fed deveria estabelecer para o próximo


ano se quiser uma inflação de 10%?
Resolução:
A equação da TQM mostra:
MV=PY
Onde:
M=$500 bilhões; PIBNOMINAL=$10 trilhões; PIBREAL=$5 trilhões
a) Preços = PIBNOMINAL/ PIBREAL
Preços = $10 trilhões/$5 trilhões
Preços = $2,0
Velocidade da moeda?
MV=PY
V=($10 trilhões/$500 milhões)
V=20
Isso significa que o estoque de moeda de $500 bilhões girou
20 vezes no período, criando $10 trilhões de renda e produto.
Cada unidade monetária criou 20 unidades de renda.

b) Suponha que a velocidade seja constante e que a produção de


bens e serviços da economia aumente em 5% ao ano. O que
acontecerá com o PIB nominal e com o nível de preços do ano que
vem se o Fed mantiver a oferta de moeda constante?
MV=PY
($500 bilhões x 20) =P x [5 trilhões x (1 + 0,05)]
$10 trilhões=P x (5 trilhões x 1,05)
$10 trilhões=P x 5,25 trilhões
$10 trilhões/5,25 trilhões = P
P=$1,904761905
Isso significa que teremos queda nos preços, de quanto?
[($1,904761905-$2,00)/$2,00] x 100=-4,761904762% (Deflação)
Ou
[($1,904761905/2,00)-1,00]x100,00=-4,761904762%(Deflação)

c) a pergunta “c” supõe: V=20; P=$2,00 (situação inicial); PIB REAL =


$5,25 trilhões; M=?; PIBNOMINAL= $?
Com isso temos:
PIBNOMINAL= $2,0 x $5,25 trilhões
PIBNOMINAL= $10,5 trilhões
MV=PIBNOMINAL
M=$10,5 trilhões/20
M=$0,525 trilhões x 1000
M=$525 bilhões
d) Inflação de 10%, ou seja, aumento nos preços de 10%, com isso,
supondo a situação inicial temos: V=20; M=$500 bilhões; P=$2,0;
PIBREAL=$5 trilhões; PIBNOMINA=$10 trilhões
Os preços deverão crescer 10% ou seja: $2,0x(1 + 0,10)=$2,20
Com isso
PIBNOMINAL=$2,20 x $5 trilhões
PIBNOMINAL=$11 trilhões
MV=PIBNOMINAL
M x20=$11 trilhões
M=$11 trilhões/20
M=0,55 trilhões x 1000
M=550 bilhões
Ou seja:
[($550 bilhões - $500 bilhões)/$500 bilhões] x 100=10%
Observa-se que a produção não aumentou, ou seja, ela se manteve
em $5 trilhões (PIB real), o aumento de 10% nos preços foi
determinado pelo aumento de 10% na oferta de moeda.

7) Admitindo-se que a economia esteja no pleno-emprego (situação


em que todos os fatores de produção estão plenamente ocupados,
significando que o produto real da economia está no seu máximo, não
podendo ser expandido), e que V (velocidade da moeda) seja
também constante. Suponha que em determinada economia seja
observado:
M=$200.000,00; V=4; P=$10,00; Y=80.000. Caso M sofra um
aumento de12% pelo banco central, o que irá ocorrer com P já que V
e Y são constantes?
Resolução em sala de aula
MV=PY

8) Suponha que Y cresça, em determinado ano, à taxa equivalente à


2,50%, M cresça 13% e V se mantenha constante. Qual será a taxa
de crescimento do preço (P)?
Resolução
Supondo:
M=1,00; V=1,00; P=1,00; Y=1,00
MV=PY
(1,00x1,00)=(1,00x1,00)
1,00=1,00
Y aumenta 2,50%, logo:
Y=1,00(1,00+0,025)
Y=(1,00x1,025)
Y=1,025
M aumenta em 13%, logo:
M=1,00(1,00+0,13)
M=(1,00x1,13)
M=1,13
MV=PV
(1,13x1,00)=(Px1,025)
(1,13/1,025)=P
P=1,102439024
Variação em P?
Variação em P=[(1,102439024/1,00)-1,00]x100,00
Variação em P=10,2439024%
Ou, fazer o cálculo direto:
Variação em P=[(1,13/1,025)-1,00]x100,00
Variação em P=10,2439024%
9) Suponha que a economia produza 10.000 automóveis em um ano,
que cada automóvel seja vendido por $50.000,00 e que a quantidade
de moeda na economia seja de $100.000.000. Qual o valor da
velocidade da moeda nessa economia naquele ano? O que isso
significa?
Resolução
MV=PY
($100.000.000 x V)=($50.000 x 10.000)
V=($50.000 x 10.000)/$100.000.000
V=$500.000.000/$100.000.000
V=5,00
PIB nominal nesse exemplo=$500.000.000
Isso significa que o estoque de moeda de $100.000.000 girou
cinco vezes no período, criando $500.000.000 de renda e
produto (PIB). Cada unidade monetária criou cinco unidades
de renda.

10) Suponha que a economia produza 20.000 aparelhos de televisão


em um ano, que cada aparelho de televisão seja vendido por
$2.000,00 e que a quantidade de moeda na economia seja de
$10.000.000. Qual o valor da velocidade da moeda nessa economia
naquele ano? O que isso significa?
Resolução
MV = PY
$10.000.000 x V =$2.000 x 20.000
V = ($2.000 x 20.000)/$10.000.000
V = $40.000.000/$10.000.000
V=4
PIB nominal = $40.000.000
Isso significa que o estoque de moeda de $10.000.000 girou
quatro vezes no período, criando $40.000.000 de renda e
produto (PIB). Cada unidade monetária criou quatro unidades
de renda.

M = quantidade de moeda, ou seja, a oferta monetária


V = velocidade da moeda
P = preço da produção
Y = quantidade total produzida ou o produto real da economia

11) Em determinado ano em determinado país a


quantidade de moeda (oferta monetária) aumentou
25,00%; e a quantidade total produzida ou o produto real
da economia aumentou 6,50%. Supondo que V se
mantenha constante, o que acontece com o Preço.
TQM
MV=PY
Resolução em sala de aula
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

O IMPOSTO INFLACIONÁRIO
Suponha que em determinado país ocorra:
T = $100
G = $110
Sabemos que (T–G)=poupança do governo. Sabemos também
que se T for menor que G teremos déficit público, caso T seja maior
que G teremos superávit público. Em nosso exemplo temos:
$100 - $110=-$10,00 (déficit público).
Se o governo conseguir emitir títulos para bancar o déficit não irá
ocorrer aumento de moeda na economia, mas sim aumento da dívida
pública. Como toda dívida, seja ela privada ou pública, em algum
momento no futuro terá que ser paga. Mas a nossa hipótese é que o
governo não irá emitir títulos para cobrir o déficit de $10,00, nesse
nosso exemplo o governo irá emitir moeda, com isso teremos
aumento da oferta de moeda, ou seja, incentivo para o aumento no
nível dos preços (inflação).
Quando o governo aumenta sua receita por meio da emissão de
moeda, diz-se que está arrecadando um imposto inflacionário. O
imposto inflacionário não é como os outros impostos, porque
ninguém recebe uma cobrança governamental para pagá-lo. Em vez
disso, o imposto inflacionário é mais sutil. Quando o governo emite
moeda, o nível de preços se eleva e os reais em sua carteira perdem
valor. Portanto, o imposto inflacionário é como um imposto sobre
todas as pessoas que têm moeda.

O EFEITO FISHER
A taxa de juros tem um papel estratégico dos mais variados nos
agentes econômicos. Para as empresas, as decisões dos empresários
quanto à compra de máquinas, equipamentos, aumentos ou
diminuições de estoques, de matérias-primas ou de bens finais, e de
montantes de capital de giro serão determinados não só pelo nível
atual, mas também pelas expectativas quanto aos níveis futuros das
taxas de juros. Se as expectativas quanto à trajetória das taxas de
juros se tornarem pessimistas, os empresários deverão manter níveis
baixos de estoques e mesmo de capital de giro no presente, uma vez
que o custo de manutenção desses ativos poderá ser extremamente
oneroso no futuro. O nível da taxa de juros também vai afetar as
decisões de investimento em bens de capital: se as taxas estiverem
elevadas, isso inviabilizará muitos projetos de investimentos, e os
empresários optarão por aplicar seus recursos no mercado financeiro.
Os consumidores, por sua vez, exercerão um maior poder de compra
à medida que as taxas de juros diminuem, e o contrário, se as taxas
de juros aumentarem.
Quando pensamos em taxa de juros se faz necessário entendermos
dois conceitos importantes de taxas de juros: taxa nominal de juros e
taxa real de juros.
A taxa nominal de juros é o ganho monetário que se obtém em
determinada aplicação financeira (quando você aplica seu dinheiro
num banco, por exemplo, no Bradesco), ou o custo monetário de
determinado empréstimo (quando você toma dinheiro emprestado,
por exemplo, no Banco Itaú Unibanco).
A taxa real de juros é a taxa nominal de juros descontada a taxa de
inflação.
A relação entre a taxa nominal de juros, a taxa real de juros e a
inflação é dada pela equação de Fisher
(1,00 + i)=(1,00 + r)(1,00 +∏)
em que:
i=taxa nominal de juros
r=taxa real de juros
∏=taxa de inflação
Tem-se, então, que:
(1,00+r)=(1,00+i)/(1,00+∏)
e:
r=(1,00+ i)/(1,00+ ∏) -1,00
Exemplos
1) Considerando-se uma inflação de 4,25% ao ano e a taxa nominal
de juros (com base na Selic) de 5,00% ao ano, pode-se dizer que a
taxa real de juros será de:
Resolução em sala de aula
Equação de Fisher
(1,00+r)=(1,00+i)/(1,00+∏)
2) Considerando-se uma inflação de 4,00% ao ano e a taxa real de
juros de 10,00% ao ano, pode-se dizer que a taxa nominal de juros
será de:
Resolução em sala de aula
Equação de Fisher
(1,00+r)=(1,00+i)/(1,00+∏)

3) Considerando-se uma taxa real de juros de 9,00% ao ano e a taxa


nominal de juros de 18,00% ao ano, pode-se dizer que a Inflação
será de:
Resolução em sala de aula
Equação de Fisher
(1,00+r)=(1,00+i)/(1,00+∏)

4) Você acabou de aplicar $150.000,00 no Bradesco pelo prazo de


um ano. O Bradesco irá pagar para você uma taxa de juros de 6,00%
ao ano. Suponhamos que a inflação nos próximos doze meses seja de
3,70%, qual a taxa real de juros nessa aplicação financeira feita por
você? Observação: estamos supondo o ganho sobre o valor de
resgate bruto.
Resolução em sala de aula
Equação de Fisher
(1,00+r)=(1,00+i)/(1,00+∏)

5) Suponha que a empresa Alpha acabou de fazer um empréstimo no


valor de $20.000,00 no Banco do Brasil pelo prazo de um ano. O
Banco do Brasil irá cobrar pelo empréstimo uma taxa de juros de
22% ao ano. Suponhamos que a inflação nos próximos doze meses
seja de 4,10%, qual a taxa real de juros anual nessa operação de
empréstimo bancário?
Resolução
Equação de Fisher
(1,00+r)=(1,00+i)/(1,00+∏)
i=22,00%a.a.
∏=4,10%a.a.
r=?
(1,00+r)=(1,00+0,22)/(1,00+0,041)
r=[(1,22/1,041)-1,00]x100,00
r=(1,171950048-1,00)x100,00
r=17,1950048%a.a.=17,20%a.a.
Em quanto tempo dobra essa dívida com base na taxa real
de juros?
FV=PV(1,00+i)n
PV=1,00
FV=2,00
i=17,20%a.a
n=?
2,00=1,00(1,00+0,1720)n
(2,00/1,00)=(1,1720)n
n=(ln2,00/ln1,1720)
n=(0,693147181/0,158711691)
n=4,367335358 anos=4,37anos!!

Princípios de Condução da Política


Monetária no Brasil
Missão e objetivos
O Banco Central do Brasil (BC) tem por objetivo
fundamental assegurar a estabilidade de preços. Sem
prejuízo de seu objetivo fundamental, o BC também tem
por objetivos zelar pela estabilidade e pela eficiência do
sistema financeiro, suavizar as flutuações do nível de
atividade econômica e fomentar o pleno emprego. O
cumprimento do objetivo de assegurar a estabilidade de
preços se dá por meio do regime de metas para a inflação,
as quais são estabelecidas pelo Conselho Monetário
Nacional (CMN).
A experiência, tanto doméstica quanto internacional,
mostra que a melhor contribuição da política
monetária para que haja crescimento econômico
sustentável, desemprego baixo e melhora nas
condições de vida da população é manter a taxa de
inflação baixa, estável e previsível.
A literatura econômica indica que taxas de inflação
elevadas e voláteis geram distorções que levam
a aumento dos riscos e impactam negativamente
os investimentos. Essas distorções encurtam
os horizontes de planejamento das famílias,
empresas e governos e deterioram a confiança de
empresários. Taxas de inflação elevadas subtraem
o poder de compra de salários e de transferências,
com repercussões negativas sobre a confiança e
o consumo das famílias. Além disso, produzem
dispersão ineficiente de preços e diminuem o valor
informacional que os mesmos têm para a eficiente
alocação de recursos na economia.
Inflação alta e volátil tem, ainda, efeitos
redistributivos de caráter regressivo. As camadas
menos favorecidas da população, que geralmente
têm acesso mais restrito a instrumentos que as
protejam da perda do poder de compra da moeda,
são as mais beneficiadas com a estabilidade de
preços.
Em resumo, taxas de inflação elevadas reduzem
o potencial de crescimento da economia, afetam
a geração de empregos e de renda, e pioram a
distribuição de renda.
Implementação
A política monetária tem impacto sobre a economia
com defasagens longas, variáveis e incertas,
usualmente estimadas em até dois anos. Devido
à substancial incerteza associada a projeções de
inflação no horizonte relevante para a condução da
política monetária, em grande medida decorrente
da incidência natural de choques favoráveis e
desfavoráveis na economia ao longo do tempo, é de se
esperar que, mesmo sob condução apropriada
da política monetária, a inflação realizada oscile em
torno da meta. O Copom deve procurar conduzir a
política monetária de modo que suas projeções de
inflação apontem inflação convergindo para a meta.
Dessa forma, é natural que a política monetária seja
realizada olhando para o futuro.
O arcabouço de metas para a inflação no Brasil é
flexível. O horizonte que o BC vê como apropriado
para o retorno da inflação à meta depende tanto da
natureza dos choques que incidem sobre a economia
quanto de sua persistência.
O BC entende que uma comunicação clara e
transparente é fundamental para que a política
monetária atinja seus objetivos de maneira eficiente.
Assim, regularmente o BC publica avaliações sobre os
fatores econômicos que determinam a trajetória da
inflação, além de riscos potenciais a essa trajetória.
Os Comunicados e Atas do Copom e o Relatório de
Inflação são veículos fundamentais na comunicação
dessas avaliações.
Relatório de Inflação
As projeções para a inflação são apresentadas em
cenários com condicionantes para algumas variáveis
econômicas. Tradicionalmente, os condicionantes
referem-se às trajetórias da taxa de câmbio e da
taxa do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia
(Selic) ao longo do horizonte de projeção. Além do
cenário de referência, cenários alternativos também
podem ser apresentados. É importante ressaltar que
os cenários apresentados no Relatório de Inflação são
alguns dos instrumentos quantitativos que servem
para orientar as decisões de política monetária do
Copom e que seus condicionantes não constituem
e nem devem ser vistos como previsões do Comitê
sobre o comportamento futuro dessas variáveis.
As projeções condicionais de inflação divulgadas neste
Relatório contemplam intervalos de probabilidade
que ressaltam o grau de incerteza envolvido. As
projeções de inflação dependem não apenas dos
condicionamentos feitos para as taxas de juros e de
câmbio, mas também de um conjunto de pressupostos
sobre o comportamento de outras variáveis.
O Copom utiliza um conjunto amplo de modelos e
cenários, com condicionantes a eles associados, para
orientar suas decisões de política monetária. Ao expor
alguns desses cenários, o Copom procura dar maior
transparência às decisões de política monetária,
contribuindo para sua eficácia no controle da inflação,
que é seu objetivo precípuo.
Fonte: file:///C:/Users/S%C3%A9rgio%20Silveira/Downloads/ri202303p.pdf <13/05/2023>

SETOR EXTERNO
Economia fechada é uma economia que não interage
com outras economias do mundo. Nesse caso a equação da
demanda agregada será:
Y=(C+I+G)

Economia aberta é uma economia que interage


livremente com outras economias do mundo. Nesse caso a
equação da demanda agregada será:
Y=(C+I+G+XBSnf–MBSnf)
BALANÇO DE PAGAMENTOS
Segundo Nogami e Passos (2016), o campo das relações
econômicas internacionais não se restringe apenas ao fluxo
de comércio, serviços e rendas, mas sim a uma série de
outras transações econômicas, tais como empréstimos,
financiamentos, investimentos, donativos etc. E todos estes
aspectos estão retratados no Balanço de Pagamentos de
um país.
Tradicionalmente, o Balanço de Pagamentos de um país é
definido como o registro sistemático das transações
econômicas, ocorridas em um certo período de tempo,
entre residentes e não residentes.
Por registro sistemático entende-se a escrituração das
transações econômicas de um país com o resto do mundo.
Isso é viabilizado por um sistema contábil, pelo método das
partidas dobradas (débito e crédito), e obedecendo a um
determinado plano de contas. Os dados do balanço de
pagamentos são normalmente divulgados em dólares
norte-americanos, a valores correntes, sem ajustamento
sazonal. Compreendem as transações realizadas por todo o
país com o resto do mundo, e estão compilados de acordo
com os critérios estabelecidos na sexta edição do Manual
de Balanço de Pagamentos e Posição de Investimento
Internacional (BPM6) do Fundo Monetário Internacional.
As transações econômicas podem ser agrupadas em três
grandes itens:
● Transações correntes
● Conta de capital
● Conta financeira
Vamos focar nas Transações Correntes
As transações correntes são compostas, com base na BPM6
em vigor desde 2015 no Brasil:
Balança Comercial
Balança de Serviços
Renda primária
Renda Secundária
O Brasil faz parte dos países que operam com saldo
negativo nas transações correntes, isto é, predomina o
déficit. É importante observar que com base na BPM6 no
primeiro mandato do Presidente Lula da Silva, entre 2003 e
2006, o Brasil experimentou quatro anos consecutivos de
superávit na balança de conta corrente do balanço de
pagamentos.
O Brasil é um país que historicamente, pelo menos desde
1947, apresenta déficit na Balança de Serviços, o mesmo
será válido para a Renda Primária, como a Renda
Secundária costuma apresentar valor residual, se faz
necessário que a Balança Comercial apresente superávit na
maior parte do tempo.
Balança Comercial
A Balança Comercial é composta pelas exportações de bens
FOB e das importações de bens FOB. Logo, a balança
comercial poderá alcançar:
Superávit: quando o valor das exportações de bens for
maior que o valor das importações.
Déficit: quando o valor das exportações de bens for menor
que o valor das importações.
Equilíbrio: quando o valor das exportações de bens for
igual ao valor das importações.
Comportamento da balança comercial do Brasil em anos
selecionados (US$ bilhões):
Ano Exportação Importação Saldo
1995 46,416 50,987 -4,571
1999 48,197 50,260 -2,063
2000 55,188 56,976 -1,788
2005 118,414 74,692 43,722
2010 201,197 182,839 18,358
2014 223,971 230,710 -6,739
2019 225,800 199,253 26,547
2020 210,707 178,337 32,370
2022 340,328 296,175 44,153
Fonte: https://www.bcb.gov.br/estatisticas/tabelasespeciais em 22/05/23
Percebe-se pelas informações acima que nos anos de 1995,
1999, 2000 e 2014 o Brasil experimentou déficit na balança
comercial, porque nesses anos o valor das exportações de
bens foi inferior ao valor das importações de bens.
Por sua vez anos de 2005, 2010, 2019, 2020 e 2022 a
balança comercial experimentou superávit porque o valor
das exportações de bens foi maior que o valor das
importações de bens.
POLÍTICA CAMBIAL
As políticas cambiais em cada país dependem do tipo de
regime cambio adotado pelo país.
Regimes de câmbio
a) Regime de câmbio fixo
Nesse regime de câmbio a taxa de câmbio será
determinada pelo banco central. Para que o mercado de
câmbio funcione sem grandes sustos se faz necessário que
o país disponha de reservas em divisas externas
conversíveis elevadas.

b) Regime de câmbio flutuante


Nesse regime de câmbio a taxa de câmbio é determinada
pela oferta e demanda por divisa externa no mercado de
câmbio. Ocorre que existe muita interferência dos bancos
centrais na maior parte dos países no dia a dia dos
negócios envolvendo a taxa de câmbio. Quando o banco
central de um país intervém no mercado de câmbio
(comprando ou vendendo divisa externa), ocorre a
chamada flutuação suja “Dirty Floating”. Nesse regime,
teoricamente a necessidade de reservas externas ocorre
somente para o atendimento das necessidades de curto
prazo do país. A base para essa afirmação se localiza na
crise do Sudeste da Ásia em meados de 1997 onde a Coréia
do Sul foi atingida pela crise mesmo adotando o regime de
câmbio flutuante.
Olhando para o Brasil: desde fevereiro de 1999 o regime de
câmbio em vigor é o regime de câmbio flutuante.
Mercado de câmbio
O mercado de câmbio funciona 24 horas por dia.
No mercado de câmbio encontramos:
Câmbio manual: dólar por real; euro por real; libra
esterlina por real. Cheque de viagem por real.
Câmbio sacado: troca de divisas através de conta
corrente bancária. O grosso das operações de câmbio no
mundo ocorre através do câmbio sacado.
O assunto a seguir foi extraído do livro: Economia
brasileira. Autor: Jobson Monteiro de Souza. Pearson
Education do Brasil, 2009.
Divisas são as moedas estrangeiras, ou os títulos, cheques
e ordens de pagamento diretamente conversíveis em
moeda estrangeira.
Taxa de câmbio nominal, ou simplesmente taxa de
câmbio, nada mais é do que a quantidade de determinada
moeda que um agente econômico precisa entregar para
obter uma unidade de outra moeda. Assim, a taxa de
câmbio “real/dólar” – que, para simplificar, chamaremos de
taxa de taxa de câmbio do dólar – é a quantidade de reais
que um agente econômico precisa entregar, no mercado de
divisas, para receber uma unidade de dólar dos EUA. Se
essa taxa for, por exemplo de 5,00, isso significa que você
precisa entregar R$5,00 para obter US$1,00.
A taxa de câmbio é um preço como qualquer outro na
economia, logo, depende da oferta e da procura (demanda)
por divisas externas.
Em um momento em que muitos agentes econômicos
demandam, por exemplo, dólar dos EUA, o preço do dólar
sobe – de R$5,00 para, por exemplo, R$5,20 -, ou, para
usar os termos técnicos, o real sofre uma depreciação (se
o regime de câmbio for o flutuante) ou desvalorização (se
o regime de câmbio for fixo) diante do dólar. Isso significa
que os agentes econômicos no Brasil precisam de mais
reais para comprar um dólar. O inverso, será verdadeiro,
ou seja, se muitos agentes econômicos ofertarem dólar dos
EUA, o preço do dólar irá cair no mercado de câmbio no
Brasil podendo com isso passar, por exemplo, de US$1,00
= R$5,00 para US$1,00 = R$4,80. Nesse caso o que está
ocorrendo com o real? Ele irá experimentar uma
apreciação (se o regime de câmbio for flutuante) ou
valorização (se o regime de câmbio for fixo) em relação
ao dólar dos EUA, isto é, os agentes econômicos no Brasil
irão precisar de menos reais para comprar um dólar dos
EUA.
Quem oferta divisa estrangeira no Brasil? Os
exportadores brasileiros porque eles enviam para o resto do
mundo bens e serviços e, em contrapartida, recebem dos
seus compradores (compradores de bens e serviços) divisas
externas. O turista estrangeiro quando visita o Brasil. Os
bancos residentes no Brasil quando resolvem buscar
dinheiro no resto do mundo via, por exemplo, emissão de
dívidas. O investidor estrangeiro quando resolve aplicar em
ações na Bovespa, ou quando resolve comprar títulos do
Tesouro brasileiro. As empresas estrangeiras quando
resolvem se instalar no Brasil, por exemplo, Fiat, Volks,
GM, Toyota, Santander etc. As empresas residentes no
Brasil quando resolvem captar dinheiro no resto do mundo
via, por exemplo, emissão de dívida.
Quem demanda divisa estrangeira no Brasil? Os
importadores brasileiros porque eles compram bens e
serviços no resto do mundo e, em contrapartida, terão que
pagar essas compras com divisas externas. O turista
brasileiro em viagem para o resto do mundo. Os bancos
residentes no Brasil quando do pagamento do serviço da
dívida decorrente de dinheiro tomado emprestado no resto
do mundo. Os investidores estrangeiros quando resolvem
resgatar suas aplicações feitas no Brasil e remeter o
resultado dessas aplicações (ações, títulos do Tesouro etc.)
para o resto do mundo. As multinacionais instaladas no
Brasil quando precisam remeter para suas casas matriz os
“lucros/dividendos” auferidos no Brasil etc.

Exportação de feijão soja em grão!


Importação de gasolina e diesel!
Turistas brasileiros viajando pelo resto do mundo!

VARIAÇÃO NA TAXA DE CÂMBIO


Em 01/07/1994
US$1,00=R$1,00

Em 03/07/2000
US$1,00=R$1,8072

Em 01/07/2005
US$1,00=R$2,3459002

Em 01/07/2010
US$1,00=R$1,7998

Em 01/07/2015
US$1,00=R$3,1191

Em 01/07/2020
US$1,00=R$5,3646

Em 12/05/2023
US$1,00=R$4,9233993
Fonte: https://www.bcb.gov.br/conversao <em 13/05/2022>

Resolução em sala de aula

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