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Maria Bethania Costa RA

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7. O Sistema básico de contas nacionais

Várias podem ser as maneiras de se apresentar as informações do sistema de contas nacionais sem que sejam
desrespeitados os conceitos básicos que lhes dão origem.

Apenas para contextualizar como são distribuídas as contas de mensuração da atividade econômica de um país,
imaginemos uma economiasimples, onde os únicos agentes são as famílias (consumidores/trabalhadores) e as
empresas (produtores/empregadores). Nesse sistema não há governo e nem comércio com o resto do mundo.

Considerando esta simplificação, três contas são adotadas. A conta de produção, de apropriação e de capital.
Em cada conta segue-se sempre um lado do crédito e outro do débito de suas transações. Pelo sentido das
partidas dobradas, o débito de uma conta é compensado como crédito em outra conta, mostrando que os fluxos
monetários sempre têm uma partida contrária, a depender da ótica de mensuração do produto.

A conta de produção nos mostra o resultado do esforço conjunto da economia de um país em um determinado
período de tempo, bem como a participação dos fatores de produção na distribuição do produto/renda assim
gerado. No lado do débito, encontram-se os as remunerações aos fatores de produção (salários, lucros, juros e
aluguéis), subtraídos da depreciação do capital. No lado do crédito estão o consumo pessoal, variação de estoques
e a formação bruta de capital fixo.
A conta de apropriação mostra de que maneira as famílias alocaram a renda que receberam pela cessão de seus
fatores de produção (trabalho). Trata-se de uma “conta-espelho” da conta de produto. Nesta conta, as famílias
são consideradas unidades de dispêndio a partir da renda recebida. Logo, no lado do crédito da conta de
apropriação encontram-se a remuneração dos fatores de produção, enquanto no lado do débito se situam o
consumo pessoal e a poupança líquida das famílias.

A conta de capital, por sua vez, é a conta que “fecha” o sistema de contas nacionais, garantindo o equilíbrio
contábil entre todas as contas. Por ser uma conta que equilibra o sistema, no seu lado do crédito encontram-se a
poupança líquida e a depreciação do capital, enquanto no lado do débito estão a variação dos estoques e a
formação bruta do capital fixo, que representam o investimento da economia. Por essa razão, esta conta permite
demonstrar a identidade entre poupança e investimento na economia, assunto a ser tratado nos capítulos seguintes
desta disciplina.

Por fim, cabe ressaltar que esta é uma representação simplificada, muito aquém da complexidade dos sistemas de
contas nacionais (no Brasil sob a responsabilidade do IBGE). Uma representação real e completa deve
considerar, ainda, a participação do governo (arrecada tributos, gasta com investimento, remuneração aos fatores
de produção, investe, transfere renda e subsídios) e do setor externo (importações, exportações, receitas enviadas
e/ou recebidas do exterior, investimento externo).

8. ATIVIDADE III: Lista de questões: Contabilidade Social

1) Dada uma economia com os seguintes valores da sua Contabilidade Social: PNB = R$ 700,00; as
depreciações anuais são de 10 % do PNB; os tributos indiretos somam R$ 200,00 e os diretos R$
100,00.

a) Indique o valor do Produto Nacional Líquido a preços de mercado:

i. R$ 630,00
ii. RR$ 500,00
iii. RR$ 730,00
iv. RR$ 430,00

b) Indique o valor da Renda Disponível:

i. R$ 630,00
ii. R$ 330,00 -

iii. R$ 430,00
iv. R$ 730,00

2) Em uma economia os níveis de rendimentos são: salários = R$ 100,00; lucros = R$ 100,00; juros = R$
130,00, sendo que estes são todos os tipos de rendimentos pagos nessa economia e que nesses
rendimentos não foram descontados os tributos diretos. Os tributos indiretos somam R$140,00 e os
diretos R$ 150,00. Pede-se:

a) Indique o valor do Produto Nacional Líquido a custo de fatores:

i. R$ 500,00
ii. R$ 630,00
iii. R$ 330,00
iv. R$ 620,00

b) Indique o valor do Produto Nacional Líquido a preços de mercado:

i. R$ 620,00
ii. R$ 330,00
iii. R$ 180,00
iv. R$ 470,00

3) Em uma economia com as seguintes informações de sua Contabilidade Social: valor bruto da produção =
R$ 800,00; depreciações = 50,00; transações intermediárias = 400,00; tributos indiretos = R$ 50,00,
pede-se:

a) Identifique o valor do Produto Nacional Líquido a preços de mercado:

i. R$ 450,00
ii. R$ 400,00
iii. R$ 750,00
iv. R$ 350,00

b) Identifique o valor do Produto Nacional Líquido a custo de fatores:

i. R$ 450,00
ii. R$ 600,00
iii. R$ 500,00
iv. R$ 300,00

4) A diferença entre Produto Nacional Bruto e Produto Nacional Líquido de um país está dada:

a) pelo valor das exportações


b) pelos tributos indiretos
c) pelo valor da renda nacional
d) pelo valor das depreciações
e) pelo valor das transações intermediárias

5) A diferença entre Produto Nacional Líquido a preços de mercado e Produto Nacional Líquido a custo de
fatores está dada:

a) pelos tributos indiretos


b) pelo valor das remunerações dos fatores da produção
c) pelo valor das transações intermediárias
d) pelo valor das depreciações
e) pelo valor das exportações

6) Como se chega do Valor Bruto da Produção à Renda Nacional no Modelo de Economia Simples?

a) descontando do valor bruto da produção, o valor das transações intermediárias e as


depreciações;
b) descontando do valor bruto da produção, o valor dos tributos indiretos e as depreciações; c)
descontando do valor bruto da produção, o valor das depreciações e o valor das exportações; d)
descontando do valor bruto da produção, o valor da renda nacional e as depreciações; e)
descontando do valor bruto da produção, o valor do produto nacional líquido e as depreciações.

Maria Bethania costa RA


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7) A política econômica possui ferramentas que podem ser classificadas em:

a) política fiscal, monetária, cambial e de rendas


b) política nacional, monetária, cambial e de rendas
c) política nacional e internacional
d) política restritiva e política liberal
e) intervencionista e liberal

8) O que é que o cálculo do PIB não registra?

a) a economia informal, as despesas com tributos indiretos e os custos sociais do crescimento (ex.
impactos ambientais);

b) a economia informal, os lucros vindos das operações com o resto do mundo, os impactos
ambientais e as externalidades;
c) a economia informal, os custos sociais do crescimento, as diferenças na distribuição da renda e as
externalidades;
d) a economia informal, as externalidades, as quedas na renda nacional e os gastos das famílias; e) a
economia informal, as despesas com tributos diretos e os custos sociais do crescimento (ex.
impactos ambientais).

7. Referências Bibliográficas

BENEVIDES PINTO, D ; VASCONCELLOS, M A S (Org.). Manual de economia. Equipe dos


professores da USP. SP: SARAIVA, 2004. Cap. XIV.

VASCONCELLOS, M A S ; GARCIA, M E. Fundamentos de economia. SP: SARAIVA, 2004. Cap. IX.

Bethania RA 221587
Maria Costa
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