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PARA DEFENSORIAS
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SIMULADO - 200 QUESTÕES CEI
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PROFESSORES
André Ribeiro Giamberardino. Professor de Direito Penal e Direito de Execução Penal. De-
fensor Público do Estado do Paraná, Professor da UFPR e da UP, doutor em Direito (UFPR) e
Mestre em Direito (UFPR) e Criminologia (Università di Padova). Coautor com Massimo Pa-
varini do livro “Teoria da Pena e Execução Penal – Uma Introdução Crítica” (Lumen Juris).
Daniel Chiaretti. Professor de Filosofia do Direito e Sociologia Jurídica. Juiz Federal Subs-
tituto em Foz do Iguaçu – PR (aprovado no XVII Concurso do TRF4). Bacharel em Direito e
Filosofia pela USP. Mestre e Doutorando em Ética e Filosofia Política pela USP. Ex-Defensor
Público Federal. Coautor da obra “Comentários ao Estatuto dos Refugiados” (Ed. CEI - 2019).
Felipe Pires Pereira. Professor de Direito Civil e Direito Empresarial. Doutor em Direito
Civil pela PUC/SP. Defensor Público do Estado de São Paulo. Professor da Universidade
Católica de Santos. Autor do livro “O abuso do direito nas relações possessórias” (Lumen
Juris).
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PROFESSORES
Júlio Camargo de Azevedo. Professor de Direito Processual Civil e Direitos Difusos e Cole-
tivos. Mestrando em Direito Processual Civil pela Universidade de São Paulo (USP). Espe-
cialista em Direito Processual Civil e Bacharel pela Universidade Estadual Paulista “Júlio
de Mesquita Filho” (UNESP). Coordenador do Grupo de Estudos de Direito Processual Civil
da Defensoria Pública de São Paulo (GEDPC-DPSP). Membro do Centro de Estudos Avan-
çados de Processo (CEAPRO). Membro colaborador do Núcleo Especializado de Promoção
dos Direitos da Mulher da Defensoria Pública do Estado de São Paulo (NUDEM). Mediador
formado pelo Instituto de Mediação Transformativa. Professor convidado de Cursos Pre-
paratórios para Concurso Público e de Cursos de Pós-graduação. Vencedor do VII Prêmio
“Justiça para Todas e Todos – Josephina Bacariça” na categoria Defensor Público.
Tiago Fensterseifer. Doutor e Mestre em Direito Público pela PUC/RS (Ex-Bolsista do CNPq),
com pesquisa de doutorado-sanduíche junto ao Instituto Max-Planck de Direito Social e
Política Social de Munique, na Alemanha (Bolsista da CAPES). Atualmente, realiza pesquisa
em nível de pós-doutorado junto ao Instituto Max-Planck de Direito Social e Politica Social
de Munique (2018-2019). Conselheiro eleito do Conselho Superior da Defensoria Publica do
Estado de São Paulo (2008-2009). Membro-colaborador do Núcleo de Direitos Humanos da
Defensoria Publica do Estado de São Paulo (2007-2012). Examinador das disciplinas de Direi-
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Francisco Sandrin. Formado pela Universidade Estadual Paulista - Unesp. Ex-Analista do Mi-
nistério Público do Estado de São Paulo. Ex-Juiz do Tribunal de Justiça do Estado de Mato
Grosso. Defensor Público do Distrito Federal.
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APRESENTAÇÃO
Caro(a)s aluno(s),
preparamos o simulado para que ele se aproxime ao máximo da prova real: com 200 questões, contem-
plando todas as matérias do edital. As questões foram retiradas – em sua quase totalidade – das oito
rodadas que tivemos no nosso curso. Preparar questões novas para o simulado não faria sentido e des-
prezaria o esforço que tivemos durante o curso para pensar em temas que podem ser cobrados na prova.
Espero que gostem do simulado e já aproveito para desejar uma excelente prova no domingo! Que possa-
mos, muito em breve, continuarmos juntos na preparação para as fases discursiva e oral, mas, que além
disso, sejamos colegas de Defensoria logo mais!
Caio Paiva
COORDENADOR E PROFESSOR
@caiocpaiva /professorcaiopaiva
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SUMÁRIO
PROFESSORES.................................................................................................................................... 2
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5
QUESTÕES OBJETIVAS SEM O GABARITO COMENTADO........................................................................ 7
DIREITO ADMINISTRATIVO......................................................................................................... 7
DIREITO CIVIL...........................................................................................................................11
DIREITO PENAL E CRIMINOLOGIA..............................................................................................15
DIREITO PROCESSUAL PENAL...................................................................................................17
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE................................................................................19
DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS..............................................................................................23
DIREITO EMPRESARIAL.............................................................................................................25
FILOSOFIA JURÍDICA E SOCIOLOGIA JURÍDICA..........................................................................32
CONHECIMENTOS SOBRE O DISTRITO FEDERAL........................................................................34
GABARITO..........................................................................................................................................36
QUESTÕES OBJETIVAS COMENTADAS.................................................................................................38
DIREITO ADMINISTRATIVO........................................................................................................38
DIREITO CONSTITUCIONAL.......................................................................................................44
DIREITO CIVIL...........................................................................................................................51
DIREITO PENAL E CRIMINOLOGIA..............................................................................................59
DIREITO PROCESSUAL PENAL...................................................................................................65
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE................................................................................69
DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS..............................................................................................80
DIREITO EMPRESARIAL.............................................................................................................85
FILOSOFIA JURÍDICA E SOCIOLOGIA JURÍDICA........................................................................101
CONHECIMENTOS SOBRE O DISTRITO FEDERAL......................................................................106
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🏳🏳 DIREITO ADMINISTRATIVO
QUESTÃO 1. O prazo decadencial para que a Administração anule ato administrativo que afronte
diretamente a Constituição e gere efeitos favoráveis decai em cinco anos, contados da data em
que foram praticados, salvo comprovada má-fé, sendo que no caso de efeitos patrimoniais contí-
nuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 2. O costume não é admitido como fonte do direito administrativo, pois vinculado este
ramo jurídico à estrita legalidade.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 3. O Poder judiciário, que não possui função legislativa, não pode aumentar vencimen-
tos de servidores públicos, salvo se sob comprovado fundamento no princípio da isonomia.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 4. Tanto o STJ quanto o STF vêm afastando o direito à indenização por nomeação tardia
de candidato em concurso público, sendo que o Pretório Excelso excepcionou esse entendimento
para asseverar que caberia indenização apenas em situação de arbitrariedade flagrante.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 5. O pedido de fechamento de uma rua para realização de uma quermesse no dia de
São João pode, adequadamente, ser deferido mediante edição de ato administrativo de autori-
zação de uso.
CERTO ERRADO
CERTO ERRADO
CERTO ERRADO
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QUESTÃO 8. Concedida uma licença ao administrado, na hipótese de extinção daquele ato admi-
nistrativo em virtude do não cumprimento de exigências as quais o licenciado estava obrigado
estaremos diante de uma hipótese de cassação de ato administrativo.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 9. Os agentes políticos estão sujeitos a duplo regime sancionatório, respondendo tanto
por crime de responsabilidade quanto por ato de improbidade, excetuado apenas o Presidente
da República.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 10. Diante de eventual reintegração de servidor que ocupava aquele cargo público an-
teriormente, o atual ocupante, se estável, poderá retornar ao cargo que ele próprio antes ocupa-
va, provimento que se denomina de reversão.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 11. Segundo o STJ, candidato aprovado em concurso público fora do número de vagas
tem direito subjetivo à nomeação, bastando que surjam novas vagas durante o prazo de validade
do certame.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 12. O STF entende constitucional a limitação de juros pagos pela imissão na posse na
desapropriação ao teto de 6% (seis por cento).
CERTO ERRADO
QUESTÃO 13. Considere que uma servidora gestante ocupante de cargo em comissão no governo
do distrito federal, sem outro vínculo com o serviço público, foi exonerada. Neste caso, caso ela
tenha recebido indenização na forma do regulamento, o ato manterá seu efeito.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 14. Determinado ato foi praticado por agente público do distrito federal em excludente
de ilicitude penal. Ainda assim, o DF pode ser responsabilizado civil e objetivamente pelos danos
causados.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 15. Entende o STJ que a teoria da encampação deve ser aplicada no mandado de segu-
rança caso estejam presentes ou o vínculo hierárquico entre a autoridade que prestou informa-
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ções e a que ordenou a prática do ato impugnado, ou haja manifestação a respeito do mérito nas
informações prestadas pela autoridade superior, ou, ainda, na hipótese em que a encampação
não signifique modificar competência estabelecida na Constituição da República.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 16. O princípio da proibição de proteção deficiente ou insuficiente funciona como pa-
râmetro de aferição da constitucionalidade das intervenções nos direitos fundamentais como
proibições de intervenção.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 17. O princípio da proibição de retrocesso social configura-se como um princípio cons-
titucional implícito.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 18. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido pela Defensoria Pública quan-
do a tutela requerida for especialmente relevante para a defesa da ordem jurídica, do regime
democrático ou dos interesses sociais ou individuais indisponíveis.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 19. O Defensor Público-Geral da União e o Defensor Público-Geral dos Estados e o De-
fensor estão legitimados a propor a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula
vinculante.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 20. Segundo a jurisprudência do STF, é vedada a exclusão de sócio de entidade associa-
tiva sem a garantia da ampla defesa e do contraditório, por força da eficácia dos direitos funda-
mentais nas relações privadas (ou horizontal).
CERTO ERRADO
QUESTÃO 21. Os direitos sociais encontram-se consagrados expressamente como clausulas pé-
treas na CF/1988.
CERTO ERRADO
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QUESTÃO 25. O Tratado de Marraqueche para Facilitar o Acesso a Obras Publicadas às Pessoas
Cegas, com Deficiência Visual ou com Outras Dificuldades para Ter Acesso ao Texto Impresso foi
aprovado pelo rito previsto no art. 5º, § 3º, de modo que possui hierarquia de norma constitu-
cional e, assim, pode servir de parâmetro para o controle de constitucionalidade da legislação
infraconstitucional.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 27. O amicus curiae, no âmbito do controle abstrato de constitucionalidade, uma vez
admitido seu ingresso no processo, tem o direito a ter seus argumentos apreciados pelo Tribu-
nal, inclusive com direito a sustentação oral e formulação de pedido ou de aditamento de pedido
complementar àquele feito inicialmente pelo autor da ação.
CERTO ERRADO
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QUESTÃO 28. É constitucional a regra que veda, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a
internação em acomodações superiores, bem como o atendimento diferenciado por médico do
próprio SUS, ou por médico conveniado, mediante o pagamento da diferença dos valores corres-
pondentes.
CERTO ERRADO
🏳🏳 DIREITO CIVIL
QUESTÃO 31. É possível a retificação extrajudicial de registro civil nas hipóteses de erro, inexati-
dão, ausência ou alterações supervenientes em relação ao local de nascimento expressamente
previstos na Lei nº 6.015/73.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 32. Na vigência do Código Civil de 2002, é quinquenal o prazo prescricional para que
o condomínio geral ou edifício (horizontal ou vertical) exercite a pretensão de cobrança da taxa
condominial ordinária ou extraordinária constante em instrumento público ou particular, a con-
tar do dia seguinte ao vencimento da prestação.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 33. Nas hipóteses de lesão previstas no Código Civil, o lesionado não pode optar pela
revisão judicial do negócio jurídico para redução do proveito do lesionador ou do complemento
do preço pelo beneficiado.
CERTO ERRADO
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QUESTÃO 34. Na simulação relativa, o negócio simulado e o negócio dissimulado são nulos de
pleno direito por ofenderem a lei e causarem prejuízos a terceiros, mesmo que válidos na subs-
tância e na forma.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 35. É impenhorável o único imóvel residencial do devedor que esteja locado a terceiros,
desde que a renda obtida com a locação seja revertida para a subsistência ou a moradia da sua
família.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 36. O conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel per-
tencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 37. Constitui abuso do direito a modificação acentuada das condições do seguro de
vida e de saúde pela seguradora quando da renovação do contrato.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 38. É lícita a recusa de cobertura de atendimento, sob a alegação de doença preexis-
tente à contratação do plano, se a operadora não submeteu o paciente a prévio exame de saúde,
independentemente de prova da má-fé do contratante.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 39. A pessoa com deficiência tem assegurado o direito ao exercício de sua capacidade
legal em igualdade de condições com as demais pessoas, sendo-lhe facultada a adoção de pro-
cesso de tomada de decisão apoiada e, apenas quando necessário, será submetida à curatela,
que constitui medida protetiva extraordinária e fundamentada, proporcional às necessidades e
às circunstâncias de cada caso, e durará o menor tempo possível.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 40. Havendo compromisso de compra e venda não levado a registro, a responsabili-
dade pelas despesas de condomínio vincendas pode recair tanto sobre o promitente vendedor
quanto sobre o promissário comprador, dependendo das circunstâncias de cada caso concreto.
CERTO ERRADO
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QUESTÃO 41. O conceito de posse de boa-fé consistente na ignorância do vício não se aplica a
desapropriação judicial.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 42. O condomínio urbano simples tem por objetivo a regularização de um mesmo imó-
vel que contiver construções de casas ou cômodos, discriminando-se, na matrícula, a parte do
terreno ocupada pelas edificações, as partes de utilização exclusiva e as áreas que constituem
passagem para as vias públicas ou para as unidades entre si.
CERTO ERRADO
CERTO ERRADO
QUESTÃO 44. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de
ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 45. O direito à sucessão aberta pode ser objeto de cessão por escritura pública inde-
pendentemente de autorização judicial.
CERTO ERRADO
CERTO ERRADO
QUESTÃO 47. De acordo com a jurisprudência do STJ, possível o sequestro de verbas públicas
para fins de custeio de medicamentos, tratamento de enfermidades graves ou outras razões ur-
gentes de cunho humanitário.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 48. O recurso interposto pela Defensoria, na qualidade de curadora especial, indepen-
de de preparo.
CERTO ERRADO
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QUESTÃO 49. Segundo a jurisprudência do STJ, o rol taxativo previsto para o recurso de Agravo
de Instrumento previsto no artigo 1.015 do CPC/2015 não admite mitigação, salvo em caso de
urgência ou risco de ineficácia do provimento final.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 50. De acordo com a jurisprudência dos tribunais superiores, caso ocorra o falecimento
do impetrante durante a fase de conhecimento de mandado de segurança, o juiz determinará a
suspensão do processo para sucessão do espólio ou dos herdeiros do falecido.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 51. O recebimento da reclamação constitucional ajuizada contra omissão do poder pú-
blico que contraria súmula vinculante independe do esgotamento da via administrativa.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 52. Segundo o STF, é impenhorável o bem de família pertencente a fiador em contrato
de locação comercial.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 53. A Defensoria Pública não pode, em nome próprio, dar início a processo de jurisdi-
ção voluntária.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 54. O negócio jurídico processual é ato que privilegia a autonomia de vontade das par-
tes, não se sujeitando ao controle prévio de validade por parte do juiz.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 55. A citação válida induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o
devedor.
CERTO ERRADO
CERTO ERRADO
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QUESTÃO 57. As tutelas provisórias de urgência e de evidência podem ser requeridas tanto pela
via incidental quanto pela via antecedente.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 58. Caso o réu não se oponha à tutela provisória cautelar requerida na forma antece-
dente no prazo de 2 anos, suportará a estabilização de seus efeitos.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 59. Diferentemente das tutelas provisórias de urgência, a tutela de evidencia não pode
ser deferida liminarmente, sob pena de violação ao princípio do contraditório.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 60. É causa legal para a suspensão do processo o fato de o advogado patrono da causa
tornar-se pai, contando-se da data do parto.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 62. As normas penais em branco de complementação heteróloga são aquelas que exi-
gem complementação por ato normativo equivalente à norma original.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 63. A ação penal é sempre pública condicionada à representação quando o crime atin-
ge a honra de funcionário público em razão de suas funções.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 64. O regime inicial fechado pode ser aplicado ao condenado a pena de detenção, caso
se trate de reincidente.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 65. Se for constatado, após o término do livramento, que houve a prática de novo de-
lito durante o período de prova, considerar-se-á prorrogado o período de prova até julgamento
definitivo do novo delito.
CERTO ERRADO
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QUESTÃO 66. Segundo entendimento do STJ, a inobservância pelo apenado do perímetro ras-
treado pelo monitoramento eletrônico não configura falta grave.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 67. A medida de segurança de internação será por tempo indeterminado, perdurando
enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 68. A unificação de penas não enseja a alteração da data-base para concessão de novos
benefícios executórios.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 69. Responde por roubo simples o agente que pratica assalto com violência ou grave
ameaça exercida com o emprego de arma de fogo devidamente municiada.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 70. O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos até o recebimento da
denúncia obsta o prosseguimento da ação penal, não se aplicando, nesse caso, a figura do arre-
pendimento posterior.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 71. A incidência da atenuante da confissão espontânea no crime de tráfico ilícito de en-
torpecentes exige o reconhecimento da traficância pelo acusado, não bastando a mera admissão
da posse ou propriedade para uso próprio.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 72. O homicídio praticado com dolo eventual não pode ser qualificado.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 73. A falsificação de cartão de crédito ou débito, bem como a falsificação de testamen-
to particular, são condutas tipificadas como falsificação de documento particular.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 74. As teorias críticas ou “do conflito” em criminologia tomam o sistema penal e as po-
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líticas de controle social como objeto de estudo, ao invés do delito, do delinquente ou da vítima.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 75. A diferenciação entre políticas de prevenção primária, secundária e terciária adota
o critério da especificidade do destinatário, construindo alternativas a partir do conceito de pre-
venção integrada.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 77. Cometido o crime durante o exercício funcional, prevalece a competência especial
por prerrogativa de função, ainda que o inquérito ou a ação penal sejam iniciados após a cessa-
ção daquele exercício.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 78. Para o STF, a ampla defesa não abrange o direito de o réu preso ser conduzido ao
juízo deprecado para simplesmente acompanhar audiência de oitiva de testemunhas.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 79. Não é possível a decretação de prisão preventiva pela prática de contravenção pe-
nal.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 80. A identificação criminal de qualquer indiciado que não porte documento de iden-
tidade será, sempre, feita mediante colheita de impressões datiloscópicas, de fotografia e de
material biológico.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 81. É cabível a suspensão condicional do processo em caso de contravenção penal pra-
ticada mediante violência doméstica e familiar contra a mulher.
CERTO ERRADO
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QUESTÃO 82. Quando a decisão de segunda instância não for unânime, a favor ou contrária ao
interesse do réu, são cabíveis embargos infringentes e de nulidade, opostos pelo Ministério Pú-
blico, objetivando o reexame da matéria em órgão colegiado mais amplo (grupo de câmaras ou
turmas), tendo como objeto dos embargos unicamente a matéria alvo de divergência.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 83. A competência especial por prerrogativa de função não se estende ao crime come-
tido após a cessação definitiva do exercício funcional.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 84. O agravo em execução penal adota o mesmo rito do Recurso Especial, em razão de
omissão legislativa, excluindo-se o juízo de retratação.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 85. Não se admite mandado de segurança para atribuir efeito suspensivo para recurso
criminal interposto pelo Ministério Público
CERTO ERRADO
QUESTÃO 86. A ausência de intimação pessoal do Defensor Público de data de audiência para
oitiva de testemunha em carta precatória é motivo de nulidade absoluta.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 87. A jurisprudência dos Tribunais Superiores entende que o interrogatório é ato inau-
gural da instrução em procedimento da lei de drogas.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 88. Em caso de mulher presa em flagrante, o ônus de comprovar que a alegação de ma-
ternidade não é verdadeira é do Ministério Público, conforme julgado do STF.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 89. Em audiência de custódia pode ser decretada a conversão da prisão em flagrante
em preventiva, mesmo sem pedido do Ministério Público neste sentido.
CERTO ERRADO
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QUESTÃO 91. Conforme o STJ, a superveniência da maioridade penal não interfere na apuração
de ato infracional nem na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, inclusive na liber-
dade assistida, enquanto não atingida a idade de 21 anos.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 92. Conforme entendimento do STJ, a despeito de a lei n. 12.594/12 dispor em seu art.
49, inciso II, que é direito do adolescente submetido ao cumprimento de medida socioeducativa
ser incluído em programa de meio aberto quando inexistir vaga para o cumprimento de medida
de internação no domicílio de sua residência familiar, mencionado direito não é absoluto, poden-
do ser relativizado diante das circunstâncias do caso concreto.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 93. Conforme entendimento do STF, é facultado ao Tribunal de Justiça, mediante reso-
lução editada com fundamento em Lei de Organização Judiciária, estipular ao Juízo da Infância
e Juventude a competência adicional para processar e julgar delitos contra a dignidade sexual,
quando vitimadas crianças e adolescentes.
CERTO ERRADO
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QUESTÃO 96. Conforme jurisprudência do STJ, acaso o magistrado discorde da aplicação de me-
dida socioeducativa cumulada com remissão exclusão, poderá ele, de ofício, excluir a medida
socioeducativa e homologar a remissão de forma pura.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 97. Conforme entendimento sumulado do STJ, a competência para processar e julgar
as ações conexas de interesse de criança e adolescente é, em princípio, do foro do seu domicílio.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 98. Conforme o ECA, na hipótese dos pais aderirem expressamente ao pedido de colo-
cação em família substituta, o consentimento é retratável até a data da realização de audiência
em que se colherá manifestação de concordância com a adoção e, se de acordo, nessa mesma
ocasião o magistrado declarará a extinção do poder familiar. Os pais podem exercer o arrependi-
mento do consentimento no prazo de 10 (dez) dias, contado da data de prolação da sentença de
extinção do poder familiar.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 99. Conforme o ECA, o prazo para interposição do recurso de apelação em meio a pro-
cesso penal juvenil é de 10 dias corridos, contados em dobro para a Defensoria Pública, sendo
que as razões recursais deverão ser apresentadas conjuntamente, sob pena de não conhecimen-
to recursal.
CERTO ERRADO
CERTO ERRADO
QUESTÃO 101. Conforme jurisprudência do STJ, não é possível adoção por ascendentes ou irmãos
do adotando.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 102. Conforme entendimento do STF, não é possível exigir do Poder Público o forneci-
mento de medicamentos e tratamentos experimentais.
CERTO ERRADO
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QUESTÃO 103. Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá, no
mínimo, 1 Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública local, composto de
5 membros, escolhidos pela população local para mandato de 4 anos, permitida recondução por
novos processos de escolha.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 104. Conforme dispõe expressamente o ECA, a criança e o adolescente têm direito a
acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua residência, sendo que a jurisprudência do STJ
garante, em comprovada necessidade familiar, vagas no mesmo estabelecimento a irmãos que
frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da educação básica.
CERTO ERRADO
CERTO ERRADO
QUESTÃO 106. Segundo entendimento do STJ, o CDC não se aplica ao contrato de plano de saúde
administrado por entidade de autogestão.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 107. As instituições financeiras detêm responsabilidade subjetiva pelos danos gerados
por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito das operações
bancárias.
CERTO ERRADO
CERTO ERRADO
CERTO ERRADO
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QUESTÃO 110. Segundo o STJ, a responsabilidade subjetiva do médico não exclui a possibilidade
de inversão do ônus da prova, se presentes os requisitos previstos no CDC, devendo o profissio-
nal demonstrar ter agido com respeito às orientações técnicas aplicáveis.
CERTO ERRADO
CERTO ERRADO
QUESTÃO 112. É enganosa, na modalidade por omissão, a publicidade televisiva que omite o
preço e a forma de pagamento do produto, condicionando a obtenção dessas informações à rea-
lização de ligação telefônica tarifada.
CERTO ERRADO
CERTO ERRADO
QUESTÃO 114. Segundo o STJ, a recusa de cobertura por parte da seguradora devido à doença
preexistente é válida se exigidos exames médicos previamente à contratação do seguro.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 115. É considerada abusiva a cláusula contratual de plano que saúde que preveja al-
gum prazo de carência para utilização dos serviços de assistência médica nas situações de emer-
gência ou urgência.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 116. Após assistir a um comercial de televisão, Júlia adquiriu um cosmético. Seis dias
após receber o produto, resolveu devolvê-lo. Nessa situação hipotética, Júlia tem o direito potes-
tativo de devolver o produto sem a necessidade de apresentar justificativas.
CERTO ERRADO
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bancária em cobrar encargos bancários resultantes de sua própria desídia pode dar origem a
dano moral indenizável por desvio produtivo do consumidor.
CERTO ERRADO
CERTO ERRADO
QUESTÃO 119. O envio de cartão de crédito, ainda que bloqueado, sem pedido pretérito e expres-
so do consumidor, caracteriza prática comercial abusiva segundo o CDC.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 120. De acordo com a jurisprudência do STJ, a morte ocorrida por briga em festividade
denominada “micareta” exclui a responsabilidade do fornecedor, dada a ocorrência de fato ex-
clusivo de terceiro.
CERTO ERRADO
🏳🏳 DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS
QUESTÃO 121. Segundo a Convenção Internacional das Pessoas com Deficiência, o termo defi-
ciência é definido como o resultado de algum impedimento físico ou mental, presente no corpo
ou na mente de determinadas pessoas.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 122. O STF garantiu a titulação das terras ocupadas por remanescentes de comunida-
des quilombolas, aceitando como válido o critério de autoatribuição como meio de identificação
das comunidades tradicionais.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 123. De acordo com jurisprudência do STF, prescrevem em cinco anos as ações de res-
sarcimento ao erário decorrentes de atos dolosos fundados na Lei de Improbidade Administrativa.
CERTO ERRADO
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QUESTÃO 124. Segundo a jurisprudência do STF, a ação popular não pode ser proposta por pes-
soa jurídica.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 125. Segundo a jurisprudência do STF, os honorários advocatícios em sede de ação co-
letiva não podem ser fracionados em se tratando de condenação da Fazenda Pública.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 126. A execução individual da sentença coletiva pode ser intentada tanto no juízo sen-
tenciante quanto no juízo do domicílio do exequente.
CERTO ERRADO
CERTO ERRADO
QUESTÃO 128. Segundo o STJ, o interesse patrimonial da Fazenda Pública identifica-se, per si,
com o interesse público a que se refere a lei quando dispõe sobre a intervenção do MP.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 129. Segundo o STJ, compete à Justiça Federal processar e julgar todas as ações coleti-
vas cujo objeto seja a proteção ao meio ambiente.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 130. Segundo jurisprudência do STF, quando versar sobre direitos individuais homo-
gêneos, a ação civil pública proposta por associação somente poderá beneficiar associados que
expressamente autorizaram a propositura da ação.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 131. De acordo com o STF, não há óbice para que associações privadas façam acordos
ou transações em sede de ações civis públicas.
CERTO ERRADO
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QUESTÃO 132. Segundo a jurisprudência do STF, a Defensoria Pública tem legitimidade para pro-
por ação coletiva quando esta beneficiar grupos hipossuficientes, mesmo que na ação também
sejam beneficiados pessoas não hipossuficientes.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 133. Nas ações coletivas, não se aplica o procedimento de tutela provisória requerida
na forma antecedente.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 134. Se o direito for coletivo strictu sensu, formar-se-á coisa julgada ultra partes para
os integrantes do grupo, categoria ou classe, salvo se o pedido for julgado improcedente por
insuficiência de provas, caso em que qualquer colegitimado poderá propor nova ação coletiva.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 135. Para se beneficiar da sentença coletiva em sede de direitos individuais homogê-
neos, o autor da ação individual terá de requerer a suspensão de sua demanda individual, no
prazo de 30 dias da ciência do ajuizamento da ação coletiva.
CERTO ERRADO
🏳🏳 DIREITO EMPRESARIAL
QUESTÃO 136. Vitor, famoso nas redes sociais por suas publicações, ao perceber o potencial eco-
nômico da atividade passa a exercê-la de forma habitual e profissional, contratando profissio-
nais para auxiliá-lo, como fotógrafo, redator e designer. Nesta condição, se enquadra no conceito
legal de empresário.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 137. Ao abrir uma filial em outro Estado da federação o empresário deverá promover a
inscrição na Junta Comercial deste Estado, sendo obrigatória, também, a averbação no registro
da sede. Caso a inscrição no Estado da filial seja indeferida por ato injustificado do Presidente da
Junta Comercial, caberá mandado de segurança a ser interposto na Justiça Estadual do local da
filial.
CERTO ERRADO
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QUESTÃO 138. O nome empresarial Joana Jacometto e Cia. Ltda. é uma firma social e terá prote-
ção legal apenas nos limites do estado da Junta Comercial onde foi registrado.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 139. O contrato de trespasse inclui os direitos sobre propriedade industrial como mar-
ca e patente.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 140. Pelo princípio da autonomia das obrigações cambiais, o título, ao circular, veicula
direito novo, autônomo e absolutamente desvinculado da relação que lhe deu origem, seja ela
nula ou anulável.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 141. O protesto do título prescrito é admitido, desde que não estejam prescritos todos
os meios de persecução judicial do crédito.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 142. Consideram-se não escritas no título a cláusula de juros, a proibitiva de endosso, a
excludente de responsabilidade pelo pagamento ou por despesas, a que dispense a observância
de termos e formalidade prescritas, e a que, além dos limites fixados em lei, exclua ou restrinja
direitos e obrigações.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 143. O regime constitutivo e dissolutório da sociedade limitada será sempre o do Có-
digo Civil.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 144. As cooperativas são sociedades simples e seus atos constitutivos serão registrados
na Junta Comercial.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 145. Na Sociedade Limitada, não dispondo o contrato social de forma diversa, o sócio
poderá ceder suas quotas a estranho, desde que autorizado por pelo menos um quarto dos de-
mais sócios.
CERTO ERRADO
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CERTO ERRADO
QUESTÃO 147. O contrato de depósito é considerado atividade bancária típica no qual a institui-
ção financeira é detentora dos valores depositados pelo correntista.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 148. Todas as causas nas quais o falido atua como autor ou litisconsorte ativo serão
atraídas pelo juízo universal da falência.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 149. O rol do art. 1.015 do Código de Processo Civil é taxativo, sendo assim, não cabe
agravo de instrumento das decisões interlocutórias proferidas em processo de falência e recupe-
ração judicial.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 150. O crédito decorrente de pensão mensal paga a título de indenização por acidente
de trânsito será equiparado a crédito trabalhista no quadro geral de credores da sociedade em
recuperação judicial.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 151. São considerados como os precedentes ou antecedentes históricos mais impor-
tantes para a internacionalização dos direitos humanos o Direito Humanitário, a Liga das Nações,
a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Tribunal Penal Internacional estabelecido pelo
Estatuto de Roma.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 152. Os direitos humanos são caracterizados pela sua relatividade, não havendo que se
falar em direitos humanos absolutos.
CERTO ERRADO
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CERTO ERRADO
CERTO ERRADO
QUESTÃO 155. O Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos (PIDCP), adotado pela ONU em
1966, conta com dois protocolos facultativos, sendo um destinado a conferir competência ao Co-
mitê de Direitos Humanos para receber e processar petições individuais e outro com o propósito
de abolir a pena de morte. O Brasil aderiu e internalizou o PIDCP, não tendo ainda, porém, sequer
assinado os seus protocolos facultativos.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 156. Sendo o Brasil um país ainda em desenvolvimento, ele pode, levando devidamen-
te em consideração os direitos humanos e a situação econômica nacional, determinar que garan-
tirá direitos econômicos, sociais e culturais em maior extensão aos nacionais em detrimento dos
estrangeiros.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 157. A Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança estabelece que criança é todo
ser humano com menos de 18 anos de idade, admitindo, porém, que a legislação nacional esta-
beleça que a maioridade seja alcançada antes.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 158. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) compõe-se de sete mem-
bros, que devem ser juristas de alta autoridade moral e de reconhecido saber em matéria de
direitos humanos.
CERTO ERRADO
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QUESTÃO 160. “(...) no Brasil, tornou-se uma prática comum que os informes sobre mortes oca-
sionadas pela polícia sejam registrados como ‘resistência seguida de morte’, e que no Rio de Ja-
neiro se usa a expressão ‘autos de resistência’ para se referir ao mesmo fato. De acordo com a
Defensoria Pública, esse é o cenário ideal para os agentes que pretendem dar um aspecto de
legalidade às execuções sumárias que praticam”. É correto afirmar que esse trecho foi extraído
do julgamento pela Corte Interamericana de Direitos Humanos do Caso Favela Nova Brasília vs.
Brasil.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 161. Com a exceção das normas constitucionais, todas as demais podem ser objeto de
controle de convencionalidade pela Corte Interamericana de Direitos Humanos.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 163. Não se exige, para a execução de sentenças da Corte Interamericana de Direitos
Humanos, que estas primeiro passem pelo procedimento de homologação perante o STJ.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 165. Conforme estabelece o ADCT da CF/88, os quilombolas possuem apenas a posse
das terras que estejam ocupando, mas não a propriedade, que fica com a União.
CERTO ERRADO
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QUESTÃO 166. A primeira Constituição brasileira que assegurou expressamente o acesso à justiça
aos necessitados por meio de órgãos especiais que deveriam ser criados para esse fim foi a Cons-
tituição de 1937.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 167. De acordo com a Lei Orgânica do Distrito Federal, incumbe à DPDF prestar ao po-
licial militar, ao policial civil e ao bombeiro militar do DF assistência jurídica especializada no
caso de conduta criminal ou administrativa praticada no exercício da função, exceto na hipótese
de processo por improbidade administrativa decorrente de processo administrativo disciplinar.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 168. Em assuntos de natureza local, os Municípios possuem legitimidade para legislar
sobre assistência jurídica gratuita e Defensoria Pública.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 169. A Defensoria Pública do Distrito Federal conquistou a sua autonomia funcional
e administrativa, além da iniciativa de apresentação da sua proposta orçamentária, com a EC
74/2013.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 170. Considere que o Defensor Público-Geral da DPDF tenha encaminhado ao Gover-
nador do DF a proposta orçamentária anual, atendendo aos princípios, às diretrizes, aos limites
e também ao prazo previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Neste caso, se o Governador do
DF discordar da proposta encaminhada pelo Defensor Público-Geral, ele poderá pleitear à As-
sembleia Legislativa do DF que determinada quantia seja retirada da proposta da DPDF, mas não
poderá reduzir ele mesmo, unilateralmente, a proposta elaborada pela DPDF.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 171. Com o advento da EC 80/2014, que conferiu à Defensoria Pública um novo perfil
constitucional, determinando-lhe a aplicação de parte do regramento jurídico constitucional da
Magistratura, incluindo as garantias dos magistrados, os membros da Defensoria Pública passa-
ram a possuir a garantia da vitaliciedade.
CERTO ERRADO
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QUESTÃO 172. A EC 80/2014 atribuiu à Defensoria Pública uma Seção própria no capítulo das fun-
ções essenciais à justiça, separando-a da advocacia pública e privada.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 173. Uma das novidades trazidas pela EC 80/2014 consiste na universalização do aces-
so à justiça, garantindo a existência de defensores públicos em todas as unidades jurisdicionais
no prazo máximo de dez anos.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 174. A EC 80/2014 assegurou aos membros da Defensoria Pública o porte de arma de
fogo, estendendo-lhe, assim, um direito já garantido aos membros da Magistratura e do Ministé-
rio Público.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 175. A Lei Orgânica do Distrito Federal prevê o Defensor Público-Geral da DPDF como le-
gitimado para ajuizar as ações do controle concentrado de constitucionalidade perante o TJDFT.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 176. Se o defensor público indefere a assistência jurídica gratuita por considerar, por
exemplo, juridicamente inviável a pretensão da pessoa requerente, esta tem direito a ter a sua
pretensão revista, sendo o Corregedor-Geral a autoridade competente para proceder com esta
revisão.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 177. A Defensoria Pública pode atuar em favor de pessoas jurídicas, independente-
mente de estas possuírem ou não finalidade lucrativa, desde que comprovem a insuficiência de
recursos.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 178. A Defensoria Pública não possui legitimidade para ajuizar o mandado de injunção
coletivo.
CERTO ERRADO
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QUESTÃO 179. A prerrogativa do prazo em dobro não incide quando a lei estabelecer, de forma
expressa, prazo próprio para a Defensoria Pública.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 181. A Ciência do Direito, por ser uma ciência humana, possui uma dimensão relativa à
compreensão que envolve o conceito de valor.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 182. De acordo com a teoria de Robert Alexy, é concebível a realização gradual dos
princípios.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 183. Dentro da teoria de Hart, a regra secundária que permite a alteração de outras
regras pode ser aplicada apenas para mudanças de regras primárias.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 184. Dentro da teoria de Hans Kelsen a norma jurídica funciona como um elemento que
determina o sentido subjetivo das condutas humanas, conferindo-lhes significação jurídica.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 185. A concepção contemporânea de princípios foi desenvolvida por Ronald Dworkin a
partir de seu debate com H.L.A. Hart. Dentre as objeções de Dworkin temos a afirmação que Hart
não havia se atentado para o fato de que os juízes aplicam princípios.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 186. A partir da doutrina de Immanuel Kant, pode-se afirmar que a regra moral é aque-
la posta por um agente externo, sendo, desse modo, heterônoma.
CERTO ERRADO
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QUESTÃO 187. O pensamento de Ronald Dworkin possui diversas divergências com o de Herbert
Hart. No entanto, ambos convergem na aceitação de que o direito positivo depende exclusiva-
mente de fatos sociais.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 188. Se uma pessoa se colocar em uma situação mais vantajosa socialmente em razão
de seus talentos naturais não é possível dizer que há qualquer injustiça, de modo que isso não
gera qualquer consequência do ponto de vista da justiça de John Rawls.
CERTO ERRADO
CERTO ERRADO
QUESTÃO 190. Dentro de uma concepção originalista do direito, o juiz está limitado aos valores já
presentes no texto legislativo, os quais estão ligados às intenções do próprio legislador.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 191. Há uma inegável centralidade do Poder Judiciário na resolução dos conflitos, já
que é através do aparato estatal que são obtidas as soluções mais eficientes e menos traumáti-
cas.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 192. O pluralismo jurídico desafia a ideia, típica do capitalismo, de que há uma fonte
exclusiva de produção do Direito.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 193. Dentro de um modelo marxista, as classes sociais estão ligadas à relação das pes-
soas com os meios de produção.
CERTO ERRADO
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QUESTÃO 194. Em que pese os privilégios de classe estejam presentes nas sociedades contempo-
râneas, o surgimento deles decorre sempre de uma contrariedade ao direito.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 195. Em que pese possa se falar da inexistência de violência para a criação e perpe-
tuação de privilégios, podemos dizer que a reprodução destas estruturas depende da “violência
simbólica” tal qual desenvolvida por Pierre Bourdieau.
CERTO ERRADO
CERTO ERRADO
CERTO ERRADO
QUESTÃO 198. A construção de Brasília, ideia historicamente recente, que apenas ganhou força
no começo do séc. XX, decorreu do ideal modernista e da tentativa de afastar a capital do litoral
para fins de defesa militar, pensamento que fundamentou a chamada expedição Cruls, em 1942.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 199. Considerado padroeiro de Brasília ao lado de Nossa Senhora Aparecida, Dom Bos-
co, santo católico fundador da congregação dos salesianos, foi assim nominado em virtude de
um sonho que teve quando previu um local abençoado e berço de uma nova civilização exata-
mente entre os paralelos geográficos em que hoje é localizada Brasília.
CERTO ERRADO
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QUESTÃO 200. Sendo uma cidade projetada, Brasília teve o seu Plano Piloto tombado como pa-
trimônio histórico nacional e a Unesco o inscreveu na lista do Patrimônio Mundial, mérito, dentre
outros, do projeto urbanístico da cidade, elaborado, após vitória em concurso, por Oscar Nieme-
yer.
CERTO ERRADO
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GABARITO
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🏳🏳 DIREITO ADMINISTRATIVO
QUESTÃO 1. O prazo decadencial para que a Administração anule ato administrativo que afronte
diretamente a Constituição e gere efeitos favoráveis decai em cinco anos, contados da data em
que foram praticados, salvo comprovada má-fé, sendo que no caso de efeitos patrimoniais contí-
nuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento.
Ponto do edital: 5.1 Lei nº 9.784/1999 e suas alterações. 15 Jurisprudência dos tribunais superiores.
Assertiva quase toda certa, mas vejamos que o STF entende que atos frontalmente contrários à Constitui-
ção NÃO estão sujeitos ao prazo decadencial do art. 54 da Lei 9.784/99: “O prazo decadencial do art. 54 da
Lei nº 9.784/99 não se aplica quando o ato a ser anulado afronta diretamente a Constituição Federal” – STF.
Plenário. MS 26860/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 2/4/2014.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 2. O costume não é admitido como fonte do direito administrativo, pois vinculado este
ramo jurídico à estrita legalidade.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 3. O Poder judiciário, que não possui função legislativa, não pode aumentar vencimen-
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💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 4. Tanto o STJ quanto o STF vêm afastando o direito à indenização por nomeação tardia
de candidato em concurso público, sendo que o Pretório Excelso excepcionou esse entendimento
para asseverar que caberia indenização apenas em situação de arbitrariedade flagrante.
Na hipótese de posse em cargo público determinada por decisão judicial, o servidor não faz
jus à indenização, sob fundamento de que deveria ter sido investido em momento anterior,
salvo situação de arbitrariedade flagrante”. STF. Plenário. RE 724347/DF, rel. orig. Min. Marco
Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em 26/2/2015.
A nomeação tardia de candidatos aprovados em concurso público não gera direito à indeni-
zação, ainda que a demora tenha origem em erro reconhecido pela própria Administração
Pública. STJ. 1ª Turma. REsp 1.238.344-MG, Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 30/11/2017.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 5. O pedido de fechamento de uma rua para realização de uma quermesse no dia de
São João pode, adequadamente, ser deferido mediante edição de ato administrativo de autori-
zação de uso.
Ponto do edital: 12 Bens públicos.
O particular pode usar um bem público de modo especial de 2 formas: via título público que lhe conceda
o uso, a autorização, a permissão ou a concessão; ou, ainda, um título de natureza particular, via contrato
quando permitido expressamente em Lei (locação, arrendamento, etc.). A autorização de uso é menos
formal, com maior atenção ao interesse particular e para usos breves (e.g. montagem de barracas p/ festa
de rua). A permissão de uso é mais formal, presume maior grau de interesse público (e.g. permissão para
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instalar uma banca de jornais). Autorização e Permissão, são ATOS administrativos. Já a concessão de
uso é um contrato administrativo, com prazo necessariamente determinado, dependente de licitação (na
modalidade de concorrência) consoante a Lei 8.666/93, art. 23, §3º.
💡💡 GABARITO: CERTO
Consoante o art. 175 da CR/88 a prestação de serviços públicos se dá diretamente, pelo Estado (via Adm.
Direta ou Indireta – havendo doutrina minoritária que coloca a Adm. indireta como prestação indireta),
ou indiretamente por concessão ou permissão, via contrato administrativo, sendo a delegação de serviço
público uma descentralização. A competência dos municípios é local (e inclui o transporte coletivo – art. 30,
V, CR/88), e a dos estados residual, sendo a única competência dos estados-membros mencionada na CR/88
no art. 25, §3º, a distribuição de gás canalizado (cobrada em dezenas de provas). A competência da União
é exaustiva, listada no art. 21 da CR/88.
💡💡 GABARITO: ERRADO
Na lição de Maria Sylvia Zanella Di Pietro, diferenciamos os fatos administrativos dos fatos da administra-
ção tomando por base a existência, ou não, de sua repercussão no mundo jurídico-administrativo. A morte
de um servidor público causa a vacância do cargo que ocupa: é um fato administrativo (repercute juridi-
camente). O servidor estar levemente gripado (ou molhado): mero fato da administração, sem qualquer
repercussão jurídica.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 8. Concedida uma licença ao administrado, na hipótese de extinção daquele ato admi-
nistrativo em virtude do não cumprimento de exigências as quais o licenciado estava obrigado
estaremos diante de uma hipótese de cassação de ato administrativo.
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Ponto do edital: 4 Atos administrativos [...] 4.8 Extinção dos atos administrativos. 4.8.1 Revogação, anulação e
cassação.
José dos Santos Carvalho Filho considera haver três formas de desfazimento volitivo dos atos administra-
tivos: a Anulação, a Revogação e a Cassação, as demais formas de extinção independem de manifestação
expressa da Administração.
A revogação (extinção por mérito administrativo, com análise de conveniência e oportunidade, efeito ex
nunc, constitutivo negativo), é facultada apenas ao Poder que editou o ato, e a anulação (ou invalidação
para alguns, efeito ex tunc, ato declaratório), que cabe tanto à Administração/Poder que praticou o ato
originário quanto ao Poder Judiciário. Havendo cumprimento normal dos efeitos previstos para determi-
nado ato administrativo ele se exaure: é a extinção natural.
Quando uma nova lei fizer cessar os efeitos do ato administrativo, estaremos diante da hipótese de extin-
ção por caducidade. Pode acontecer também a chamada derrubada ou contraposição: editado novo ato
totalmente oposto ao anterior.
Por fim, a Cassação acontecerá quando em determinado ato sua vigência fica condicionada a regras/con-
dições a serem cumpridas pelo administrado, pois, caso descumpridas, haverá extinção.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 9. Os agentes políticos estão sujeitos a duplo regime sancionatório, respondendo tanto
por crime de responsabilidade quanto por ato de improbidade, excetuado apenas o Presidente
da República.
O tema comportou mudanças jurisprudenciais, sendo mais atuais os precedentes do STF (Plenário – Pet.
3240/Agr/DF, Rel. Min Teori Zavascki, rel. p/ ac. Min Barroso, julgado em 10.05.2018 – Informativo 901) E do
STJ (Corte Especial. AgRg na Rcl 12.514-MT, Rel. Min. Ari Pargendler, j. em 16.09.2013 – Informativo 527).
Em síntese: entende o STF que os agentes políticos – exceção: Presidente da República – estão sujeitos a
duplo regime sancionatório: crimes de responsabilidade (sanção político-administrativa) E responsabi-
lização por atos ímprobos pela Lei de Improbidade (civil-administrativa). Ao responder por improbidade
não há prerrogativa de foro (entendimento de STF e STJ).
OBS: MINISTRO DO STF – a Corte decidiu (Pet 3211/DF QO) que cabe à própria Corte Superior seu processo
e julgamento.
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💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 10. Diante de eventual reintegração de servidor que ocupava aquele cargo público an-
teriormente, o atual ocupante, se estável, poderá retornar ao cargo que ele próprio antes ocupa-
va, provimento que se denomina de reversão.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 11. Segundo o STJ, candidato aprovado em concurso público fora do número de vagas
tem direito subjetivo à nomeação, bastando que surjam novas vagas durante o prazo de validade
do certame.
O entendimento do STJ condiciona o direito subjetivo neste caso a três condicionantes, verbis: O candi-
dato aprovado em concurso público fora do número de vagas tem direito subjetivo à nomeação caso surjam
novas vagas durante o prazo de validade do certame, haja manifestação inequívoca da administração so-
bre a necessidade de seu provimento e não tenha restrição orçamentária. STJ. 1ª Seção. MS 22.813-DF, Rel.
Min. Og Fernandes, julgado em 13/06/2018
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 12. O STF entende constitucional a limitação de juros pagos pela imissão na posse na
desapropriação ao teto de 6% (seis por cento).
Recordemos que em 2018 o STF julgou o mérito da ADI 2332/DF em sentido diverso da liminar na ação,
que vigorava desde 2001! O resultado do julgamento foi tratado no Informativo 902 do Pretório Excelso
(leitura recomendada). Sobre a assertiva, o STF decidiu que a limitação dos juros pagos pela imissão na
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posse ao proprietário dos imóveis ao teto fixo de 6% é CONSTITUCIONAL (superando, portanto, as súmu-
las 618 do STF e 408 do STJ), deixando claro que a expressão “até” antes do valor de 6% é inconstitucional,
pois traria insegurança jurídica.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 13. Considere que uma servidora gestante ocupante de cargo em comissão no governo
do distrito federal, sem outro vínculo com o serviço público, foi exonerada. Neste caso, caso ela
tenha recebido indenização na forma do regulamento, o ato manterá seu efeito.
Ponto do edital: 14. Lei Complementar nº 840/2011 e suas alterações (Regime Jurídico dos Servidores Públicos
Civis do Distrito Federal)
Art. 53. A servidora gestante que ocupe cargo em comissão sem vínculo com o serviço público
não pode, sem justa causa, ser exonerada de ofício, desde a confirmação da gravidez até cin-
co meses após o parto, salvo mediante indenização paga na forma do regulamento.
Parágrafo único. Deve ser tornado sem efeito o ato de exoneração, quando constatado que a
servidora estava gestante e não foi indenizada.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 14. Determinado ato foi praticado por agente público do distrito federal em excludente
de ilicitude penal. Ainda assim, o DF pode ser responsabilizado civil e objetivamente pelos danos
causados.
Tema cobrado pelo CEBRASPE em 2019 em certame da prefeitura de Boa Vista-RR (Procurador munici-
pal)! Recordemos que a excludente de ilicitude penal não afasta efeitos cíveis. No âmbito da responsabili-
dade estatal, é nesse sentido a jurisprudência do STJ, há tempos: REsp 1266517/PR, Rel. Ministro MAURO
CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 04/12/2012, Dje 10/12/2012. Em mesmo sentido na
“jurisprudência em teses” do STJ (edição nº 61): “A Administração Pública pode responder civilmente pelos
danos causados por seus agentes, ainda que estes estejam amparados por causa excludente de ilicitude
penal”.
💡💡 GABARITO: CERTO
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QUESTÃO 15. Entende o STJ que a teoria da encampação deve ser aplicada no mandado de segu-
rança caso estejam presentes ou o vínculo hierárquico entre a autoridade que prestou informa-
ções e a que ordenou a prática do ato impugnado, ou haja manifestação a respeito do mérito nas
informações prestadas pela autoridade superior, ou, ainda, na hipótese em que a encampação
não signifique modificar competência estabelecida na Constituição da República.
Assertiva cobra conhecimento da Súmula nº 628 do STJ – que aponta aplicação da teoria da encampação
se, CUMULATIVAMENTE, estiverem presentes três requisitos:
💡💡 GABARITO: ERRADO
🏳🏳 DIREITO CONSTITUCIONAL
QUESTÃO 16. O princípio da proibição de proteção deficiente ou insuficiente funciona como pa-
râmetro de aferição da constitucionalidade das intervenções nos direitos fundamentais como
proibições de intervenção.
Ponto do edital: 4.9 O princípio da proporcionalidade. 4.9.1 Conceito, origem, conteúdo, elementos e
subprincípios. 4.10 O princípio da proibição do excesso. 4.11 O princípio da proibição da proteção insuficiente.
Diferença entre os princípios da proibição de excesso e proibição de proteção deficiente: “no primeiro
caso, o princípio da proporcionalidade funciona como parâmetro de aferição da constitucionalidade das
intervenções nos direitos fundamentais como proibições de intervenção. No segundo, a consideração dos
direitos fundamentais como imperativos de tutela (Canaris) imprime ao princípio da proporcionalidade
uma estrutura diferenciada. O ato não será adequado quando não proteja o direito fundamental de ma-
neira ótima; (...) violará o subprincípio da proporcionalidade em sentido estrito se o grau de satisfação
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do fim legislativo é inferior ao grau de satisfação em que não se realiza o direito fundamental a proteção”
(STF, ADI 3112/DF).
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 17. O princípio da proibição de retrocesso social configura-se como um princípio cons-
titucional implícito.
A doutrina identifica o princípio da proibição de retrocesso social como um princípio constitucional implí-
cito. É extraído com base em diversos dispositivos constitucionais, entre os quais: o princípio do Estado
de Direito, o princípio da dignidade da pessoa humana, (art. 1º, III, CF/1988), o princípio da segurança
jurídica (caput do art. 5º da CF/1988) e dos seus respectivos desdobramentos (e as garantias constitucio-
nais do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada). Também guarda conexão com os
limites à reforma constitucional, não apenas na esfera procedimental do quórum de votação qualificado
das emendas constitucionais (art. 60, § 2º, da CF/1988), mas notadamente no concernente à previsão de
limites materiais à reforma - como, por exemplo, no caso das cláusulas pétreas.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 18. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido pela Defensoria Pública quan-
do a tutela requerida for especialmente relevante para a defesa da ordem jurídica, do regime
democrático ou dos interesses sociais ou individuais indisponíveis.
Ponto do edital: 4.17 Habeas corpus, mandado de segurança, mandado de injunção e habeas data.
A Lei 13.300/2016, que disciplina o processo e o julgamento dos mandados de injunção individual e co-
letivo e dá outras providências, reconheceu a legitimidade da Defensoria Pública para a propositura
de mandado de injunção coletivo. Ocorre que a questão reproduz conteúdo inerente à legitimidade do
Ministério Público, e não da Defensoria Pública. Nesse sentido, dispõe o art. 12 da Lei 13.300/2016:
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 19. O Defensor Público-Geral da União e o Defensor Público-Geral dos Estados e o De-
fensor estão legitimados a propor a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula
vinculante.
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A Lei 11.417/2006, que regulamenta o art. 103-A da Constituição Federal e altera a Lei 9.784/1999, discipli-
nando a edição, a revisão e o cancelamento de enunciado de súmula vinculante pelo Supremo Tribunal
Federal, e dá outras providências, dispõe expressamente, no seu art. 3º que, entre os legitimado a propor
a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante estaa: “VI - o Defensor Pú-
blico-Geral da União”. Defensor Publico-Geral do Estado não se encontra entre os entes legitimados.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 20. Segundo a jurisprudência do STF, é vedada a exclusão de sócio de entidade associa-
tiva sem a garantia da ampla defesa e do contraditório, por força da eficácia dos direitos funda-
mentais nas relações privadas (ou horizontal).
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 21. Os direitos sociais encontram-se consagrados expressamente como clausulas pé-
treas na CF/1988.
Ponto do edital: 4.18 Direitos sociais. 4.18.1 Teoria geral dos direitos sociais.
A CF/1988 não consagrou expressamente os direitos sociais no art. 60, § 4º. No entanto, doutrina ma-
joritária (ex. Ingo Sarlet, Rodrigo Brandão) sustenta que os mesmos estão incluídos no rol das cláusulas
pétreas do nosso sistema constitucional, tendo em vista, especialmente, o reconhecimento do seu status
de direito fundamental reconhecido expressamente pela nossa Lei Fundamental de 1988, ao inclui-los no
seu Título II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais.
💡💡 GABARITO: ERRADO
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A EC 80/2014, conhecida como “PEC Defensoria para Todos”, foi a última e uma das mais importantes. Mas
ela não consagrou as autonomias funcional e administrativa, bem como a iniciativa de sua proposta or-
çamentária das Defensoria Pública da União, da Defensoria Pública do Distrito Federal e das Defensorias
Públicas Estaduais. Elas já haviam sido consagradas anteriormente por outras emendas constitucionais.
As autonomias constitucionais foram consagradas, respectivamente: Defensorias Públicas do Estados
(EC 45/2004-Reforma do Judiciário), Defensoria Pública do Distrito Federal (EC 69/2012) e Defensoria
Pública da União (EC 74/2013).
💡💡 GABARITO: ERRADO
💡💡 GABARITO: ERRADO
O STF, no julgamento da ADI 4.439/DF, declarou a constitucionalidade dos artigos 33, caput e §§ 1º e 2º, da
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Lei 9.394/1996, e do art. 11, § 1º, do Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e a Santa
Sé, relativo ao Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil, e, assim, no sentido de reconhecer a constitu-
cionalidade do ensino religioso confessional como disciplina facultativa dos horários normais das escolas
públicas de ensino fundamental.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 25. O Tratado de Marraqueche para Facilitar o Acesso a Obras Publicadas às Pessoas
Cegas, com Deficiência Visual ou com Outras Dificuldades para Ter Acesso ao Texto Impresso foi
aprovado pelo rito previsto no art. 5º, § 3º, de modo que possui hierarquia de norma constitu-
cional e, assim, pode servir de parâmetro para o controle de constitucionalidade da legislação
infraconstitucional.
A Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo,
assinados em Nova York, em 30 de março de 2007, foram os primeiros tratados internacionais de direitos
humanos submetidos ao rito do art. 5º, § 3º, da CF/1988 (Decreto Executivo nº 6.949, de 25 de agosto de
2009 e Decreto Legislativo nº 186, de 09 de julho de 2008). Assim, ao serem aprovados, em cada Casa do
Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, tornaram equi-
valentes às emendas constitucionais.
💡💡 GABARITO: CERTO
Ao fixar essa tese de repercussão geral (Tema 793), o Plenário, por maioria e em conclusão de julgamen-
to, rejeitou embargos de declaração em recurso extraordinário, opostos a decisão tomada por meio ele-
trônico que reafirmara jurisprudência da Corte no sentido da responsabilidade solidária dos entes federa-
dos pela promoção dos atos necessários à concretização do direito à saúde, tais como o fornecimento de
medicamentos e o custeio de tratamento médico adequado aos necessitados (Informativo 793). Noutro
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ponto, o ministro Edson Fachin observou que o texto, em sua primeira parte, reafirma a solidariedade e,
ao mesmo tempo, atribui poder-dever à autoridade judicial para direcionar o cumprimento. A tese não
trata da formação do polo passivo. Caso se direcione e depois se alegue que, por alguma circunstância, o
atendimento da demanda da cidadania possa ter levado um ente da Federação a eventual ônus excessi-
vo, a autoridade judicial determinará o ressarcimento a quem suportou o ônus financeiro.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 27. O amicus curiae, no âmbito do controle abstrato de constitucionalidade, uma vez
admitido seu ingresso no processo, tem o direito a ter seus argumentos apreciados pelo Tribu-
nal, inclusive com direito a sustentação oral e formulação de pedido ou de aditamento de pedido
complementar àquele feito inicialmente pelo autor da ação.
Ponto do edital: 9 Teoria geral do controle de constitucionalidade. 9.1 O controle difuso de constitucionalidade.
9.2 O controle concentrado de constitucionalidade (ADI, ADI por omissão, ADI interventiva, ADC, ADPF).
O enunciado está incorreto. O amicus curiae, conforme entendimento do STF (AC 1.362, sob a relatoria do
Min. Gilmar Mendes, j. 05.09.2006), não tem direito à formulação de pedido ou de aditamento de pedido
complementar àquele feito inicialmente pelo autor da ação, estando, pelo contrário, limitada a ele.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 28. É constitucional a regra que veda, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a
internação em acomodações superiores, bem como o atendimento diferenciado por médico do
próprio SUS, ou por médico conveniado, mediante o pagamento da diferença dos valores corres-
pondentes.
Segundo entendimento do STF, “é constitucional a regra que veda, no âmbito do SUS, a internação em
acomodações superiores, bem como o atendimento diferenciado por médico do próprio SUS, ou por mé-
dico conveniado, mediante o pagamento da diferença dos valores correspondentes. O procedimento da
“diferença de classes”, tal qual o atendimento médico diferenciado, quando praticados no âmbito da
rede pública, não apenas subverte a lógica que rege o sistema de seguridade social brasileiro, como
também afronta o acesso equânime e universal às ações e serviços para promoção, proteção e recu-
peração da saúde, violando, ainda, os princípios da igualdade e da dignidade da pessoa humana. [RE
581.488, rel. min. Dias Toffoli, j. 3-12-2015, P, DJE de 8-4-2016, Tema 579].
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💡💡 GABARITO: CERTO
Existe decisão recente da 1ª Turma do STF que excepcionou, na hipótese de locação de natureza co-
mercial – e não de locação residencial -, o entendimento formulado pela nossa Corte Constitucional em
sede de repercussão geral e nos precedentes representados pelos RE nos 612.360/SP e 407.688/AC. Não
obstante a questão não tenha sido julgado pelo Plenário do STF, não se trata de tema pacífico na Corte,
de modo que o enunciado da questão está errado. A Ministra Rosa Weber entendeu que a diferença de
natureza da locação representava situação fática distinta, a fim de afastar os precedentes citados do STF,
com base, entre outros argumentos, no direito à moradia inserido no art. 6º da Constituição Federal de
1988 pela Emenda Constitucional n. 26/2000. (STF, RE 605.709/SP, 1ª Turma, Rel. p. Acórdao, Min. Rosa
Weber, j. 12.06.2018).
💡💡 GABARITO: ERRADO
Ponto do edital: 13. 4 Direitos e garantias fundamentais. 9 Teoria geral do controle de constitucionalidade.
9.1 O controle difuso de constitucionalidade. 9.2 O controle concentrado de constitucionalidade (ADI, ADI por
omissão, ADI interventiva, ADC, ADPF).
A alternativa está correta. No julgamento da ADPF 54, o STF atuou como uma espécie de legislador positi-
vo, uma vez que a declaração de inconstitucionalidade dos dispositivos do Código Penal referidos acima
produziu um acumulativo ou aditivo, ou seja, acabou por acrescentar mais uma excludente de ilicitude
ao crime de aborto tipificado no Código Penal.
💡💡 GABARITO: CERTO
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🏳🏳 DIREITO CIVIL
QUESTÃO 31. É possível a retificação extrajudicial de registro civil nas hipóteses de erro, inexati-
dão, ausência ou alterações supervenientes em relação ao local de nascimento expressamente
previstos na Lei nº 6.015/73.
A retificação de registro civil nas hipóteses de erro, inexatidão ou alterações supervenientes em relação
ao local de nascimento pode ser feita de ofício ou a requerimento do interessado, mediante petição as-
sinada pelo interessado, representante legal ou procurador, independentemente de prévia autorização
judicial ou manifestação do Ministério Público, nos termos do artigo 110, I a V, da Lei nº 6.015/1973, com
redação dada pela Lei nº 13.484/2017.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 32. Na vigência do Código Civil de 2002, é quinquenal o prazo prescricional para que
o condomínio geral ou edifício (horizontal ou vertical) exercite a pretensão de cobrança da taxa
condominial ordinária ou extraordinária constante em instrumento público ou particular, a con-
tar do dia seguinte ao vencimento da prestação.
Sobre o tema, confira-se a tese firmada pelo STJ no julgamento do Resp repetitivo nº 1483930/DF, jul-
gado em 01/02/20171: “Na vigência do Código Civil de 2002, é quinquenal o prazo prescricional para que o
Condomínio geral ou edilício (vertical ou horizontal) exercite a pretensão de cobrança de taxa condominial
ordinária ou extraordinária, constante em instrumento público ou particular, a contar do dia seguinte ao
vencimento da prestação.”
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 33. Nas hipóteses de lesão previstas no Código Civil, o lesionado não pode optar pela
revisão judicial do negócio jurídico para redução do proveito do lesionador ou do complemento
do preço pelo beneficiado.
1
(REsp 1483930/DF, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 23/11/2016, DJe 01/02/2017)
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Na lesão, espécie de vício de consentimento em que uma pessoa, por inexperiência ou premente necessi-
dade, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta (artigo 157,
caput, CC), pode-se afastar a nulidade relativa pela revisão do negócio jurídico, ocorrer a revisão do negó-
cio jurídico (artigo 157, §2º, CC) (ver ECJF 291, da IV Jornada de Direito Civil).
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 34. Na simulação relativa, o negócio simulado e o negócio dissimulado são nulos de
pleno direito por ofenderem a lei e causarem prejuízos a terceiros, mesmo que válidos na subs-
tância e na forma.
Na simulação absoluta, há apenas um negócio jurídico, sendo este nulo de pleno direito. Na simulação
relativa, existem dois negócios jurídicos: o negócio aparente, simulado, e o negócio escondido, dissimula-
do. De acordo com o artigo 167, caput, do Código Civil, o negócio jurídico dissimulado subsistirá, se válido
na substância e na forma (ver ECJF 153, da III Jornada de Direito Civil).
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 35. É impenhorável o único imóvel residencial do devedor que esteja locado a terceiros,
desde que a renda obtida com a locação seja revertida para a subsistência ou a moradia da sua
família.
O STJ consolidou esse entendimento pela edição da Súmula 486 STJ: “É impenhorável o único imóvel re-
sidencial do devedor que esteja locado a terceiros, desde que a renda obtida com a locação seja revertida
para a subsistência ou a moradia da sua família”.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 36. O conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel per-
tencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas.
O STJ consolidou esse entendimento pela edição da Súmula 364 STJ: “O conceito de impenhorabilidade de
bem de família abrange também o imóvel pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas”.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 37. Constitui abuso do direito a modificação acentuada das condições do seguro de
vida e de saúde pela seguradora quando da renovação do contrato.
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💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 38. É lícita a recusa de cobertura de atendimento, sob a alegação de doença preexis-
tente à contratação do plano, se a operadora não submeteu o paciente a prévio exame de saúde,
independentemente de prova da má-fé do contratante.
O artigo 11 da Lei nº 96.56/1998 veda a exclusão de cobertura às doenças e lesões preexistentes à data de
contratação após vinte e quatro meses de vigência do contrato, cabendo à respectiva operadora o ônus
da prova e da demonstração do conhecimento prévio do consumidor ou beneficiário. A jurisprudência
do STJ posiciona-se nesse sentido, isto é, confirmando a ilicitude da recusa de atendimento por suposta
lesão preexistente, caso o paciente não haja sido submetido ao “exame admissional”, independente de
prova da sua má-fé, que no caso ocorreria pela ciência da doença preexistente.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 39. A pessoa com deficiência tem assegurado o direito ao exercício de sua capacidade
legal em igualdade de condições com as demais pessoas, sendo-lhe facultada a adoção de pro-
cesso de tomada de decisão apoiada e, apenas quando necessário, será submetida à curatela,
que constitui medida protetiva extraordinária e fundamentada, proporcional às necessidades e
às circunstâncias de cada caso, e durará o menor tempo possível.
Conforme artigo 84, §1º a §3º, do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015). A submissão da
pessoa deficiente à curatela reserva-se aos casos de comprovada necessidade, constituindo medida pro-
tetiva de caráter extraordinário e que deve ser fundamentada no caso em concreto. A tomada de decisão
apoiada é uma faculdade da pessoa com deficiência e não pressupõe a sua colocação em curatela, sendo
disciplinada pelo artigo 1.783-A do Código Civil.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 40. Havendo compromisso de compra e venda não levado a registro, a responsabili-
dade pelas despesas de condomínio vincendas pode recair tanto sobre o promitente vendedor
quanto sobre o promissário comprador, dependendo das circunstâncias de cada caso concreto.
No julgamento do REsp repetitivo nº 1.345.331/RS, ocorrido em 08/04/2015 (Tema 886), o STJ firmou a
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referida tese sobre a responsabilidade pelo pagamento das despesas condominiais de unidade objeto de
compromisso de compra e venda não levado a registro.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 41. O conceito de posse de boa-fé consistente na ignorância do vício não se aplica a
desapropriação judicial.
Segundo Enunciado CJF 309, da IV Jornada de Direito Civil, a boa-fé exigida na desapropriação judicial
não é a ignorância do vício ou obstáculo que impede a aquisição da coisa, prevista no artigo 1.201 do
Código Civil, mas a boa-fé objetiva, relacionada a conduta dos envolvidos no caso concreto, ou seja, apro-
priação do bem para uso com função social.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 42. O condomínio urbano simples tem por objetivo a regularização de um mesmo imó-
vel que contiver construções de casas ou cômodos, discriminando-se, na matrícula, a parte do
terreno ocupada pelas edificações, as partes de utilização exclusiva e as áreas que constituem
passagem para as vias públicas ou para as unidades entre si.
O condomínio urbano simples é disciplinado nos artigos 61/63 da Lei nº 13.465/2017, caracterizando-se
pela possibilidade de regularização fundiária de imóveis já loteados, ocupados, em regra, por mais de um
núcleo familiar, inclusive com normas flexibilizadas quando realizada no âmbito de Reurb-S. A instituição
do condomínio urbano simples será registrada na matrícula do respectivo imóvel, na qual deverão ser
identificadas as partes comuns ao nível do solo, as partes comuns internas à edificação, se houver, e as
respectivas unidades autônomas, dispensada a apresentação de convenção de condomínio.
💡💡 GABARITO: CERTO
Conforme entendimento esse encampado pelo Enunciado CJF 607, da VII Jornada de Direito Civil, “A
guarda compartilhada não implica ausência de pagamento de pensão alimentícia”. A guarda comparti-
lhada não impede a fixação de alimentos vez que não significa a alternância de residência da prole em
tempo equânime entre os genitores, o que na prática pode não acontecer até mesmo na guarda alterna-
da, além do que os genitores podem não gozar da mesma situação financeira para o sustento dos filhos,
devendo-se aplicar, no caso, os pressupostos da obrigação alimentar em geral.
💡💡 GABARITO: ERRADO
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QUESTÃO 44. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de
ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil.
O casamento em idade núbil (a partir dos 16 anos) é exigido mediante autorização de ambos os pais, ou
de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil. Havendo divergência entre os
pais, pode o nubente recorrer ao juiz para suprir o consentimento (artigo 1.517, parágrafo único, artigo
1.631, CC).
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 45. O direito à sucessão aberta pode ser objeto de cessão por escritura pública inde-
pendentemente de autorização judicial.
O artigo 1.793, caput, do Código Civil autoriza a cessão do direito à sucessão aberta de forma total ou na
totalidade do quinhão de que disponha o herdeiro cedente, impendentemente de autorização judicial.
Tal autorização judicial só é exigível para a disposição de bem do acervo hereditário, ainda não partilha-
do, sob pena de ineficácia do ato de disposição (artigo 1.793, §3º, CC).
💡💡 GABARITO: CERTO
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 47. De acordo com a jurisprudência do STJ, possível o sequestro de verbas públicas
para fins de custeio de medicamentos, tratamento de enfermidades graves ou outras razões ur-
gentes de cunho humanitário.
Registre-se precedente vinculante do STJ, decidido em regime de recursos repetitivos, admitindo o afasta-
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mento da observância da ordem de preferência de pagamentos de precatórios para fins de custeio de me-
dicamentos, tratamento de enfermidades graves ou outras razões urgentes. Conforme REsp nº 1.069.810-
RS (Tema 84). Referido entendimento é acompanhado no âmbito do STF, conforme RE nº 393.175-RS.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 48. O recurso interposto pela Defensoria, na qualidade de curadora especial, indepen-
de de preparo.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 49. Segundo a jurisprudência do STJ, o rol taxativo previsto para o recurso de Agravo
de Instrumento previsto no artigo 1.015 do CPC/2015 não admite mitigação, salvo em caso de
urgência ou risco de ineficácia do provimento final.
Segundo recente orientação jurisprudencial do STJ, o rol previsto para o Agravo de Instrumento mantém-
-se taxativo, mitigando-se apenas em face da urgência e do risco de ineficácia do provimento final.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 50. De acordo com a jurisprudência dos tribunais superiores, caso ocorra o falecimento
do impetrante durante a fase de conhecimento de mandado de segurança, o juiz determinará a
suspensão do processo para sucessão do espólio ou dos herdeiros do falecido.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 51. O recebimento da reclamação constitucional ajuizada contra omissão do poder pú-
blico que contraria súmula vinculante independe do esgotamento da via administrativa.
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É cabível reclamação contra ato de autoridade administrativa que contrariar os entendimentos firmados
em sede de súmula vinculante pelo STF. Porém, a Lei n. 11.417/2006 exige que as vias administrativas
sejam esgotadas.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 52. Segundo o STF, é impenhorável o bem de família pertencente a fiador em contrato
de locação comercial.
Conforme decisão no RE 605.709: “Eventual bem de família de propriedade do locatário não se sujeitará à
constrição e alienação forçada, para o fim de satisfazer valores devidos ao locador. Não se vislumbra justifi-
cativa para que o devedor principal, afiançado, goze de situação mais benéfica do que a conferida ao fiador,
sobretudo porque tal disparidade de tratamento, ao contrário do que se verifica na locação de imóvel resi-
dencial, não se presta à promoção do próprio direito à moradia”.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 53. A Defensoria Pública não pode, em nome próprio, dar início a processo de jurisdi-
ção voluntária.
A Defensoria Pública encontra-se expressamente legitimada pelo CPC/2015 a provocar a jurisdição volun-
tária. Conforme previsão do artigo 720: Art. 720. O procedimento terá início por provocação do interessado,
do Ministério Público ou da Defensoria Pública, cabendo-lhes formular o pedido devidamente instruído com
os documentos necessários e com a indicação da providência judicial.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 54. O negócio jurídico processual é ato que privilegia a autonomia de vontade das par-
tes, não se sujeitando ao controle prévio de validade por parte do juiz.
As convenções processuais estão previstas nos artigos 190 do CPC/2015. Segundo o parágrafo único: “De
ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas neste artigo, recusan-
do-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em
que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade”. O juiz, portanto, não participa
diretamente do negócio jurídico processual, admitindo o Código apenas o controle jurisdicional posterior
sobre a validade do acordo realizado.
💡💡 GABARITO: CERTO
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QUESTÃO 55. A citação válida induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o
devedor.
A citação é indispensável para a validade do processo, ensejando nulidade absoluta quando não obser-
vada. Quando válida, em regra, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência,
torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor
💡💡 GABARITO: CERTO
Com a distribuição da demanda ocorrem dois efeitos principais. A perpetuatio jurisdictionis implica que
as modificações de fato ou de direito ocorridas posteriormente à distribuição da ação não alteram a com-
petência do órgão jurisdicional. Está prevista no art. 43. Quanto à prevenção do juízo, dispõe o CPC/2015:
“Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo”.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 57. As tutelas provisórias de urgência e de evidência podem ser requeridas tanto pela
via incidental quanto pela via antecedente.
Como se pode observar com base no art. 294, parágrafo único, apenas a tutela provisória de urgência
admite a forma antecedente, o que não ocorre com a tutela provisória de evidência.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 58. Caso o réu não se oponha à tutela provisória cautelar requerida na forma antece-
dente no prazo de 2 anos, suportará a estabilização de seus efeitos.
A tutela provisória de urgência pode ser concedida na forma incidental ou antecedente. Quando, porém,
se estiver diante de tutela provisória de urgência antecipada na forma antecedente, será possível, a de-
pender da inação do réu, observar o fenômeno da estabilização. De outra banda, não se admite a estabi-
lização na tutela provisória de urgência cautelar (seja incidental, seja antecedente).
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 59. Diferentemente das tutelas provisórias de urgência, a tutela de evidencia não pode
ser deferida liminarmente, sob pena de violação ao princípio do contraditório.
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💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 60. É causa legal para a suspensão do processo o fato de o advogado patrono da causa
tornar-se pai, contando-se da data do parto.
A paternidade do advogado enquanto causa de suspensão do processo foi uma inovação trazida pela Lei
nº 13.363/2016. Importante verificar que a contagem do prazo considerando a data do parto: § 7º No caso
do inciso X, o período de suspensão será de 8 (oito) dias, contado a partir da data do parto ou da concessão
da adoção, mediante apresentação de certidão de nascimento ou documento similar que comprove a rea-
lização do parto, ou de termo judicial que tenha concedido a adoção, desde que haja notificação ao cliente.
💡💡 GABARITO: CERTO
Correta, nos termos da segunda parte do art. 70, caput, do Código Penal, que define o conceito de con-
curso formal impróprio como aquele que, não obstante haja uma só ação ou omissão dolosa, produz
resultados típicos para os quais há “desígnios autônomos”. Aplica-se, nesse caso, a regra da cumulação
(soma) das penas.
💡💡 GABARITO: CERTO.
QUESTÃO 62. As normas penais em branco de complementação heteróloga são aquelas que exi-
gem complementação por ato normativo equivalente à norma original.
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As normais penais em branco são aquelas cujo preceito é indeterminado e necessita de integração por ou-
tras fontes. Quando de complementação heteróloga, tais fontes são inferiores: por exemplo, o conteúdo
do preceito é dado por atos administrativos - infra legais, portanto. Para forte corrente crítica, há violação
do princípio constitucional da legalidade. No caso do enunciado, tratar-se-á de norma penal em branco
de complementação homóloga.
💡💡 GABARITO: ERRADA.
QUESTÃO 63. A ação penal é sempre pública condicionada à representação quando o crime atin-
ge a honra de funcionário público em razão de suas funções.
A hipótese é peculiar e muito cobrada em concursos públicos. Trata-se de caso raro de “legitimidade
concorrente” em direito penal. Tanto o ofendido pode exercer o direito de ação mediante queixa, como
também o Ministério Público, mediante denúncia (neste caso, desde que tenha havido representação do
ofendido). Nesse sentido, ver a Súmula 714/STF: “É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante
queixa, e do ministério público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime
contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções.”
💡💡 GABARITO: ERRADO.
QUESTÃO 64. O regime inicial fechado pode ser aplicado ao condenado a pena de detenção, caso
se trate de reincidente.
Ponto do edital: 18 Penas. 18.1 Espécies de penas. 18.2 Cominação das penas. 18.3 Aplicação da pena.
A assertiva está errada, pois a pena de detenção não comporta, em qualquer hipótese, a fixação de regi-
me inicial fechado, conforme o art. 33, caput, do CP. Sem prejuízo, admite-se a regressão ao regime fecha-
do se no curso da execução ocorrer falta grave.
💡💡 GABARITO: ERRADO.
QUESTÃO 65. Se for constatado, após o término do livramento, que houve a prática de novo de-
lito durante o período de prova, considerar-se-á prorrogado o período de prova até julgamento
definitivo do novo delito.
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Não há prorrogação automática do período de prova para o livramento condicional. Se houver a prática
de novo crime durante o período de prova, o benefício deve ser suspenso (art. 145, LEP). Não tendo havi-
do a suspensão ou revogação por lapso de operadores do próprio sistema penal, mesmo assim a punibi-
lidade deverá ser declarada extinta. Nesse sentido: “A ausência de suspensão ou revogação do livramento
condicional antes do término do período de prova acarreta a extinção da punibilidade, pelo cumprimento in-
tegral da pena privativa de liberdade (art. 90 do Código Penal e 146 da Lei de Execução Penal). Precedentes
do STJ e do STF” (STJ, AgRg no HC 398.496/SP, julgado em 22/08/2017, DJe 31/08/2017). Na mesma linha,
atenção para a Súmula 617-STJ: “A ausência de suspensão ou revogação do livramento condicional antes
do término do período de prova enseja a extinção da punibilidade pelo integral cumprimento da pena” (STJ,
Terceira Seção, aprovada em 26/09/2018, DJe 01/10/2018).
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 66. Segundo entendimento do STJ, a inobservância pelo apenado do perímetro ras-
treado pelo monitoramento eletrônico não configura falta grave.
Correta, de acordo com o julgado transcrito no Informativo nº. 595 do STJ: “Diversamente das hipóteses
de rompimento da tornozeleira eletrônica ou de uso da tornozeleira sem bateria suficiente, em que o ape-
nado deixa de manter o aparelho em funcionamento e resta impossível o seu monitoramento eletrônico, o
que poderia até equivaler, em última análise, à própria fuga, na hipótese de inobservância do perímetro de
inclusão declarado para o período noturno detectado pelo próprio rastreamento do sistema de GPS, o ape-
nado se mantém sob normal vigilância, não restando configurada falta grave mas, sim, descumprimento de
condição obrigatória que autoriza sanção disciplinar, nos termos do artigo 146-C, parágrafo único da Lei de
Execuções Penais” (REsp 1519802/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julga-
do em 10/11/2016, DJe 24/11/2016). É de se ponderar, porém, que também a hipótese de perda de bateria
não deveria configurar falta grave por ausencia de previsão legal expressa na LEP.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 67. A medida de segurança de internação será por tempo indeterminado, perdurando
enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade.
Ponto do edital: 19 Direito Penal e saúde mental. 19.1 Medidas de segurança: evolução histórica, conceito,
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espécies, execução.
Ainda que a assertiva transcreva a redação literal do art. 97, § 1º, do CP, é preciso ter em conta que a po-
sição está superada pela vedação constitucional a penas perpétuas e pelo entendimento jurisprudencial
majoritário, expresso pela Súm0ula 527-STJ, segundo a qual: “O tempo de duração da medida de seguran-
ça não deve ultrapassar o limite máximo da pena abstratamente cominada ao delito praticado” – indepen-
dentemente da “cessação de periculosidade”.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 68. A unificação de penas não enseja a alteração da data-base para concessão de novos
benefícios executórios.
Tema de enorme relevância para a Defensoria Pública, a sua posição acabou por prevalecer, após muitos
embates, na jurisprudência do STJ, como se pode ver da uniformização ocorrida na Seção de Turmas, no
final de 2018. Vale a leitura do trecho a seguir: “(...) não se infere que, efetuada a soma das reprimendas
impostas ao sentenciado, é mister a alteração da data-base para concessão de novos benefícios, especial-
mente, ante a ausência de disposição legal expressa” (STJ, ProAfR no REsp 1.753.509-PR, Rel. Min. Rogerio
Schietti Cruz, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 18/12/2018, DJe 11/03/2019 (Tema 1.006).
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 69. Responde por roubo simples o agente que pratica assalto com violência ou grave
ameaça exercida com o emprego de arma de fogo devidamente municiada.
Correta, porque se trata efetivamente de roubo simples com a majorante correspondente ao emprego de
arma de fogo. Importante atentar ao erro comum de se “denominar” esta situação como “roubo quali-
ficado”, o que é evidentemente equivocado. O roubo será qualificado apenas nas hipóteses do art. 157,
§3º, CP.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 70. O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos até o recebimento da
denúncia obsta o prosseguimento da ação penal, não se aplicando, nesse caso, a figura do arre-
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pendimento posterior.
Está correto, pois é a interpretação a contrario sensu da Súmula 554 do STF, segundo a qual: “O pagamen-
to de cheque emitido sem provisão de fundos, após o recebimento da denúncia, não obsta ao prosseguimen-
to da ação penal”. Em outra oportunidade, os Tribunais já entenderam que a posterior criação do instituto
do arrependimento posterior (art. 16, CP) não anula ou impede a aplicação da referida Súmula, pois se
interpreta o pagamento do cheque como ausência de justa causa para a ação penal.
💡💡 GABARITO: CERTO.
QUESTÃO 71. A incidência da atenuante da confissão espontânea no crime de tráfico ilícito de en-
torpecentes exige o reconhecimento da traficância pelo acusado, não bastando a mera admissão
da posse ou propriedade para uso próprio.
A assertiva corresponde ao exato teor da Súmula 630-STJ, de abril de 2019, publicada no Informativo STJ
de número 646 – bastante recente, portanto, merecendo toda atenção.
💡💡 GABARITO: CERTO.
QUESTÃO 72. O homicídio praticado com dolo eventual não pode ser qualificado.
A compatibilidade do dolo eventual com hipóteses de homicídio qualificado é tema bastante controverso
na doutrina e jurisprudência e encontra soluções distintas, conforme a qualificadora. Pode-se dizer que
o entendimento majoritário dos Tribunais Superiores é pela possibilidade de homicídio qualificado por
motivo torpe ou motivo fútil ser praticado com dolo eventual (por exemplo: STF, RHC 92.571; STJ, RESP
912904/SP), mas há precedentes contrários (STJ, HC 307.617/SP – Informativo 583). De outro lado, a ten-
dência da jurisprudência é rejeitar a possibilidade de dolo eventual quando a qualificadora se refere aos
incisos III ou IV (relativas, ambas, à forma de cometimento do homicídio) (STF, HC 111.442/RS – Informa-
tivo 677).
💡💡 GABARITO: ERRADO.
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QUESTÃO 73. A falsificação de cartão de crédito ou débito, bem como a falsificação de testamen-
to particular, são condutas tipificadas como falsificação de documento particular.
A alternativa está errada, parcialmente. O crime de falsificação de cartão de crédito ou débito é conside-
rado, de fato, falsificação de documento particular, consoante a previsão expressa do art. 298, parágrafo
único, do CP: “Art. 298. Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular
o cartão de crédito ou débito”. Por outro lado, muito cuidado com a peculiar equiparação do art. 297, §2º,
do CP, tratando o testamento particular como documento público: “Art. 297. § 2º - Para os efeitos penais,
equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissí-
vel por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular”.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 74. As teorias críticas ou “do conflito” em criminologia tomam o sistema penal e as po-
líticas de controle social como objeto de estudo, ao invés do delito, do delinquente ou da vítima.
Ponto do edital: 1.3 Objetos da criminologia. 1.3.1 Delito, delinquente, vítima, controle social.
De fato, desde os primeiros estudos empíricos realizados no âmbito da Escola de Chicago até o intera-
cionismo simbólico e a teoria do etiquetamento, e mais tarde às perspectivas das criminologias críticas,
é o próprio conceito de controle social e as políticas públicas de controle sociopenal que são abordadas
como objeto de estudo da criminologia. Diferencia-se assim, da criminologia tradicional positivista, para
quem o delito e o delinquente seriam os principais objetos de análise.
💡💡 GABARITO: CERTO.
QUESTÃO 75. A diferenciação entre políticas de prevenção primária, secundária e terciária adota
o critério da especificidade do destinatário, construindo alternativas a partir do conceito de pre-
venção integrada.
Ponto do edital: 3.2 Prevenção da infração penal no Estado democrático de direito. 3.3 Prevenção primária. 3.4
Prevenção secundária. 3.5 Prevenção terciária.
“Prevenção integrada” é um dos temas mais atuais nas discussões sobre prevenção no Estado Democrá-
tico de Direito. O conceito sugere, a partir da combinação de elementos da prevenção situacional e social,
a elaboração de uma série de modalidades de prevenção com base em dois grupos de critérios ou duas
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diferentes dimensões que se intercruzam. A primeira dimensão recuperaria uma distinção já utilizada em
medicina entre prevenção (a) primária, (b) secundária e (c) terciária, referentes à especificidade dos des-
tinatários e indicando respectivamente políticas dirigidas (a) à generalidade dos cidadãos ou situações,
(b) aos grupos ou áreas consideradas mais propriamente “de risco” e sujeitos à incidência da criminali-
dade; e (c) àqueles já incursos em uma sequência de comportamentos desviantes ou de vitimização. Já
o segundo grupo de critérios diferencia a prevenção conforme orientada especificamente (a) aos autores
de comportamentos desviantes, (b) às situações/áreas de risco e (c) às vítimas em potencial ou concretas.
Combinando-se as duas perspectivas, tem-se nove combinações que compõem o que se chama de polí-
ticas de prevenção integrada.
Políticas orientadas aos autores podem ser primárias, quando aplicadas de forma genérica a toda a popu-
lação – através de campanhas educativas e pela paz, por exemplo –; secundárias quando focadas em um
determinado grupo considerado como “de risco”, por exemplo através da recuperação de toxicodepen-
dentes; ou terciárias, se voltadas diretamente à readaptação de egressos do sistema prisional, programas
com menores infratores, reincidentes em geral, e assim por diante. Políticas de prevenção orientadas às
situações ou áreas de risco também podem ser primárias, secundárias ou terciárias conforme se refiram,
respectivamente, a uma área genérica, a regiões de risco ou a zonas específicas nas quais já se tenha a
incidência de uma alta taxa de criminalidade.
Por fim, a prevenção orientada às vítimas é primária quando se tem por destinatário toda a população
tomada como vítima em potencial – exemplo recorrente neste ponto é a cartilha para “evitar assaltos” –,
é secundária quando considera grupos de pessoas sob risco concreto de vitimização – por exemplo, mu-
lheres sozinhas à noite, e é terciária quando trabalha com aqueles que já passaram por tal experiência.
💡💡 GABARITO: CERTO
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justificativa prévia conforme o direito, é arbitrária. Não será a constatação de situação de flagrância, pos-
terior ao ingresso, que justificará a medida”.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 77. Cometido o crime durante o exercício funcional, prevalece a competência especial
por prerrogativa de função, ainda que o inquérito ou a ação penal sejam iniciados após a cessa-
ção daquele exercício.
A assertiva está errada, pois reproduz o teor da Súmula 394 do STF, que foi cancelada.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 78. Para o STF, a ampla defesa não abrange o direito de o réu preso ser conduzido ao
juízo deprecado para simplesmente acompanhar audiência de oitiva de testemunhas.
O entendimento do STF é o de que é direito do réu preso ser conduzido ao juízo deprecado para acompa-
nhar audiência de oitiva de testemunhas, garantindo, assim, o direito de presença (STF, HC nº 93503, Rel.
Min. Celso de Mello, 2ª Turma, DJE 06.08.2009).
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 79. Não é possível a decretação de prisão preventiva pela prática de contravenção pe-
nal.
O art. 313 do CPP prevê as hipóteses em que o magistrado pode decretar a prisão preventiva. Nele consta
apenas a expressão “crime”. Logo, por força do princípio da legalidade, não se pode decretar a custódia
cautelar a quem se imputa a prática de contravenção penal.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 80. A identificação criminal de qualquer indiciado que não porte documento de iden-
tidade será, sempre, feita mediante colheita de impressões datiloscópicas, de fotografia e de
material biológico.
A Lei nº 12.037/2009, que regulamenta a identificação criminal, prevê que o identificado criminalmente
será, sempre, submetido a colheita de impressões digitais e também será fotografado. Porém, a colheita
de material biológico somente se dará em hipóteses excepcionais.
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💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 81. É cabível a suspensão condicional do processo em caso de contravenção penal pra-
ticada mediante violência doméstica e familiar contra a mulher.
Segundo a súmula 536 do STJ, “A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam
na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha”.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 82. Quando a decisão de segunda instância não for unânime, a favor ou contrária ao
interesse do réu, são cabíveis embargos infringentes e de nulidade, opostos pelo Ministério Pú-
blico, objetivando o reexame da matéria em órgão colegiado mais amplo (grupo de câmaras ou
turmas), tendo como objeto dos embargos unicamente a matéria alvo de divergência.
Os embargos infringentes e de nulidade, consoante previsão do art. 609, parágrafo único, do CPP, são
recurso exclusivo da defesa, não podendo ser opostos pelo Ministério Público.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 83. A competência especial por prerrogativa de função não se estende ao crime come-
tido após a cessação definitiva do exercício funcional.
A assertiva está correta, pois reflete o entendimento do STF, cristalizado no enunciado 451 de sua súmula.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 84. O agravo em execução penal adota o mesmo rito do Recurso Especial, em razão de
omissão legislativa, excluindo-se o juízo de retratação.
Diante da ausência de previsão legal para rito processual do agravo em execução penal, houve divergên-
cia doutrinária. Parte majoritária entende que deve ser adotado o rito do RESE e a minoria do agravo de
instrumento do processo civil. Os tribunais superiores adotam a corrente majoritária, indicada pela sú-
mula 700 do STF, inclusive com a possibilidade de juízo de retratação.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 85. Não se admite mandado de segurança para atribuir efeito suspensivo para recurso
criminal interposto pelo Ministério Público
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Diante do disposto no art. 584 do Código de Processo Penal, o efeito suspensivo do Recurso em Sentido
Estrito é restringido a rol taxativo. Neste sentido, por vezes o Ministério Público pretende o efeito suspen-
sivo em outras situações, com exemplo mais notório o caso da concessão de liberdade provisória. Para
estes casos, o STJ tem o seguinte entendimento: Súmula 604: “Mandado de segurança não se presta para
atribuir efeito suspensivo a recurso criminal interposto pelo Ministério Público”.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 86. A ausência de intimação pessoal do Defensor Público de data de audiência para
oitiva de testemunha em carta precatória é motivo de nulidade absoluta.
Apesar da prerrogativa de intimação pessoal em todos os atos processuais, o STJ consolidou entendimen-
to de que, se intimado da expedição de carta precatória, desnecessária a intimação da data de audiência
em juízo deprecado (Súmula 273/STJ: Intimada a defesa da expedição da carta precatória, torna-se des-
necessária intimação da data da audiência no juízo deprecado.), não havendo nulidade neste caso.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 87. A jurisprudência dos Tribunais Superiores entende que o interrogatório é ato inau-
gural da instrução em procedimento da lei de drogas.
Conforme consta do Informativo 609, do STJ, decidiu-se que depois do julgamento pelo STF do HC 127.900/
AM, todos os procedimentos especiais devem aplicar o disposto no art. 400 do Código de Processo Penal,
ou seja, o interrogatório deve ser o último ato da instrução.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 88. Em caso de mulher presa em flagrante, o ônus de comprovar que a alegação de ma-
ternidade não é verdadeira é do Ministério Público, conforme julgado do STF.
Conforme constou do julgamento do HC Coletivo 143.641/SP pelo STF, caso haja necessidade de compro-
vação da veracidade de informação acerca de maternidade ou guarda, deverá o magistrado determinar
a elaboração de laudo social, demonstrando a presunção de veracidade de afirmação da mãe, fazendo
recair o ônus da prova sobre o Ministério Público.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 89. Em audiência de custódia pode ser decretada a conversão da prisão em flagrante
em preventiva, mesmo sem pedido do Ministério Público neste sentido.
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De acordo com o § 2º, do art. 282, do Código de Processo Penal, as medidas cautelares poderão ser de-
cretadas, no curso de investigação criminal, mediante representação de Autoridade Policial ou pedido do
Ministério Público.
Sendo assim, não cabe decretação de prisão preventiva de ofício em audiência de custódia.
💡💡 GABARITO: ERRADO
Com a implantação das audiências de custódia, a prisão em flagrante se exaure diante da apresentação
do réu em juízo. Neste sentido, ainda que haja ilegalidade na prisão em flagrante, caso haja pedido e
fundamento para a decretação de prisão preventiva, não há vedação para tanto, exceto no caso em que a
situação não for um caso de flagrante, pois nesta circunstância é incabível a conversão em preventiva de
flagrante inexistente.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 91. Conforme o STJ, a superveniência da maioridade penal não interfere na apuração
de ato infracional nem na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, inclusive na liber-
dade assistida, enquanto não atingida a idade de 21 anos.
Ponto do edital: 13 Ato infracional. Medidas socioeducativas. Remissão. Direitos individuais. Proteção Judicial
aos interesses individuais. Garantias processuais. 20 Jurisprudência dos tribunais superiores.
O enunciado é o teor da Súmula 605 do STJ, publicada no começo de 2018, a qual entendemos ser contra
legem, principalmente no que tange às medidas em meio aberto, por ferir o art. 2º, §ún., do ECA que veda
a aplicação do Estatuto a pessoas maiores de 18 anos, salvo em situações excepcionais e expressas em lei
para aqueles entre 18 e 21 anos de idade (jovens-adultos até 21 anos de idade).
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💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 92. Conforme entendimento do STJ, a despeito de a lei n. 12.594/12 dispor em seu art.
49, inciso II, que é direito do adolescente submetido ao cumprimento de medida socioeducativa
ser incluído em programa de meio aberto quando inexistir vaga para o cumprimento de medida
de internação no domicílio de sua residência familiar, mencionado direito não é absoluto, poden-
do ser relativizado diante das circunstâncias do caso concreto.
Ponto do edital: 13 Ato infracional. Medidas socioeducativas. Remissão. Direitos individuais. Proteção Judicial
aos interesses individuais. Garantias processuais. 18 Lei nº 12.594/2012 (Sistema Nacional de Atendimento
Socioeducativo). 20 Jurisprudência dos tribunais superiores.
O STJ de forma reiterada vem decidindo, a nosso ver de forma claramente equivocada, pela não aplicação
do art. 49, II, da lei 12.594/12 (SINASE) em situações específicas, como se pode exemplificar, por todos, o
julgamento do HC 398.114/SP.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 93. Conforme entendimento do STF, é facultado ao Tribunal de Justiça, mediante reso-
lução editada com fundamento em Lei de Organização Judiciária, estipular ao Juízo da Infância
e Juventude a competência adicional para processar e julgar delitos contra a dignidade sexual,
quando vitimadas crianças e adolescentes.
💡💡 GABARITO: CERTO
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Assim se decidiu no CC 119.318, do STJ, eis que “3. Embora seja compreendido como regra de competência
territorial, o art. 147, I e II, do ECA apresenta natureza de competência absoluta, nomeadamente porque
expressa norma cogente que, em certa medida, não admite prorrogação”.
💡💡 GABARITO: CERTO
Ponto do edital: 7 Direito à convivência familiar e comunitária. Poder familiar. Parentesco. Família natural e
família substituta. Família substituta nacional e estrangeira. Espécies de família substituta e regras especiais.
Guarda; tutela e adoção. Alternativas de acolhimento familiar.
Trata-se da nova redação do art. 19, §2º, do ECA, conforme alteração pela recente lei 13.509/17. Ante-
riormente o prazo estipulado pelo Estatuto era de 2 anos, salvo comprovado necessidade, devidamente
fundamentada. Sugere-se a leitura do artigo: http://emporiododireito.com.br/leitura/o-caminho-neces-
sario-do-processo-de-adocao-pela-protecao-integral-dos-direitos-da-crianca-e-do-adolescente-por-
-giancarlo-silkunas-vay-mathias-vaiano-glens-peter-gabriel-molinari-schweikert-e-safira-bonilha-de-oli-
veira-1508421774.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 96. Conforme jurisprudência do STJ, acaso o magistrado discorde da aplicação de me-
dida socioeducativa cumulada com remissão exclusão, poderá ele, de ofício, excluir a medida
socioeducativa e homologar a remissão de forma pura.
Ponto do edital: 13 Ato infracional. Medidas socioeducativas. Remissão. Direitos individuais. Proteção Judicial
aos interesses individuais. Garantias processuais. 20 Jurisprudência dos tribunais superiores.
O entendimento do STJ consta do REsp 1392888/MS (por todos): “3. Em caso de discordância parcial quan-
to aos termos da remissão, não pode o juiz modificar os termos da proposta do Ministério Público no ato da
homologação, para fins de excluir medida em meio aberto cumulada com o perdão”, mas sim encaminhas
os autos ao Procurador-Geral de Justiça na forma do art.28 do CPP.
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💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 97. Conforme entendimento sumulado do STJ, a competência para processar e julgar
as ações conexas de interesse de criança e adolescente é, em princípio, do foro do seu domicílio.
Ponto do edital: 12 O acesso à Justiça na defesa dos interesses individuais, coletivos e difusos. A atuação do Juiz
da Infância e da Juventude. 20 Jurisprudência dos tribunais superiores.
Conforme a Súmula 383 do STJ, a competência é a do foro do domicílio do detentor de sua guarda. O ECA,
em seu art. 147, estipula que a competência será determinada, em primeiro lugar, pelo domicílio dos pais
ou responsável. Apenas à falta dos pais ou responsável é que a competência se determinará pelo lugar
onde se encontre a criança ou adolescente.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 98. Conforme o ECA, na hipótese dos pais aderirem expressamente ao pedido de colo-
cação em família substituta, o consentimento é retratável até a data da realização de audiência
em que se colherá manifestação de concordância com a adoção e, se de acordo, nessa mesma
ocasião o magistrado declarará a extinção do poder familiar. Os pais podem exercer o arrependi-
mento do consentimento no prazo de 10 (dez) dias, contado da data de prolação da sentença de
extinção do poder familiar.
Ponto do edital: 7 Direito à convivência familiar e comunitária. Poder familiar. Parentesco. Família natural e
família substituta. Família substituta nacional e estrangeira. Espécies de família substituta e regras especiais.
Guarda; tutela e adoção. Alternativas de acolhimento familiar. 11 A Justiça da Infância e da Juventude. Aspectos
processuais e procedimentos especiais. Recursos.
Eis o que se extrai do constante no art. 166 do ECA, recém alterado pela lei 13.509/17, ao que se sugere
sua leitura na íntegra.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 99. Conforme o ECA, o prazo para interposição do recurso de apelação em meio a pro-
cesso penal juvenil é de 10 dias corridos, contados em dobro para a Defensoria Pública, sendo
que as razões recursais deverão ser apresentadas conjuntamente, sob pena de não conhecimen-
to recursal.
Ponto do edital: 13 Ato infracional. Medidas socioeducativas. Remissão. Direitos individuais. Proteção Judicial
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aos interesses individuais. Garantias processuais. 11 A Justiça da Infância e da Juventude. Aspectos processuais
e procedimentos especiais. Recursos.
Quanto à contagem dos prazos em dias corridos, essa é a nova determinação do Estatuto em razão de seu
art. 152, §2º, incluído pela Lei nº 13.509/17. No que concerne à apresentação conjunta de interposição e
de razões, o art. 198 do ECA dispõe que nos procedimentos afetos à Justiça da Infância e da Juventude
adotar-se-á o sistema recursal do CPC. Portanto, razões e interposição devem ser apresentadas em con-
junto, em atenção aos arts. 1.010 e 1.014 do CPC.
💡💡 GABARITO: CERTO
Ponto do edital: 7 Direito à convivência familiar e comunitária. Poder familiar. Parentesco. Família natural e família
substituta. Família substituta nacional e estrangeira. Espécies de família substituta e regras especiais. Guarda;
tutela e adoção. Alternativas de acolhimento familiar. 8 A infância e a adolescência no contexto internacional –
Convenção Internacional dos Direitos da Criança (ONU, 1989) e principais documentos internacionais.
Conforme o art. 51 do ECA, alterado pela lei nº 13.509/17, “considera-se adoção internacional aquela na
qual o pretendente possui residência habitual em país-parte da Convenção de Haia, de 29 de maio de 1993,
Relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional, promulgada pelo
Decreto no 3.087, de 21 junho de 1999, e deseja adotar criança em outro país-parte da Convenção”. Dessa
forma, não é determinante para se caracterizar adoção internacional a nacionalidade das partes, mas o
local de residência habitual deles.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 101. Conforme jurisprudência do STJ, não é possível adoção por ascendentes ou irmãos
do adotando.
Ponto do edital: 7 Direito à convivência familiar e comunitária. Poder familiar. Parentesco. Família natural e
família substituta. Família substituta nacional e estrangeira. Espécies de família substituta e regras especiais.
Guarda; tutela e adoção. Alternativas de acolhimento familiar.
Embora essa realmente seja a regra, conforme art. 42, §1º, do ECA, o STJ já excepcionou as duas vedações.
Sobre adoção por ascendentes: REsp 1.635.649/SP. Sobre adoção por irmãos: REsp 1.217.415/RS.
💡💡 GABARITO: ERRADO
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QUESTÃO 102. Conforme entendimento do STF, não é possível exigir do Poder Público o forneci-
mento de medicamentos e tratamentos experimentais.
Ponto do edital: 5.1 Direito à vida e à saúde. 20 Jurisprudência dos tribunais superiores.
No RE 1.165.959 o STF decidiu que pode, atendidos os seguintes requisitos: (i) existência de pedido de
registro do medicamento no Brasil (salvo no caso de medicamentos órfãos para doenças raras e ultrar-
raras) e em que a ANVISA esteja em “mora irrazoável”; (ii) a existência de registro do medicamento em
renomadas agências de regulação no exterior (trata-se, portanto, dos “medicamentos novos” e não dos
“experimentais”); e (iii) a inexistência de substituto terapêutico com registro no Brasil.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 103. Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá, no
mínimo, 1 Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública local, composto de
5 membros, escolhidos pela população local para mandato de 4 anos, permitida recondução por
novos processos de escolha.
Ponto do edital: 15 Conselhos tutelares. Conselhos de Direito da Criança e do Adolescente. Estrutura. Atribuições.
A assertiva está contida no art. 132 do ECA, sendo que conforme o art. 133 do ECA, para a candidatura a
membro do Conselho Tutelar, serão exigidos três requisitos: I - reconhecida idoneidade moral; II - idade
superior a vinte e um anos; III - residir no município, sendo possível, conforme jurisprudência do STJ, a
exigência de novos requisitos, desde que previstos em lei municipal/distrital.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 104. Conforme dispõe expressamente o ECA, a criança e o adolescente têm direito a
acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua residência, sendo que a jurisprudência do STJ
garante, em comprovada necessidade familiar, vagas no mesmo estabelecimento a irmãos que
frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da educação básica.
Não é a jurisprudência que garante a proximidade, mas a própria lei. O ECA foi recentemente alterado
pela Lei nº 13.845, de 2019, modificando o inciso V do seu art. 53 ao acrescentar ao direito de acesso à
escola pública e gratuita, próxima de sua residência, a garantia de vagas no mesmo estabelecimento a
irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da educação básica.
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💡💡 GABARITO: ERRADO
A assertiva se encontra inserida no art. 53-A do ECA, recém introduzido pela Lei nº 13.840, de 2019, que
trata do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas e as condições de atenção aos usuários ou
dependentes de drogas e para tratar do financiamento das políticas sobre drogas.
💡💡 GABARITO: CERTO
DIREITO DO CONSUMIDOR
QUESTÃO 106. Segundo entendimento do STJ, o CDC não se aplica ao contrato de plano de saúde
administrado por entidade de autogestão.
Não há dúvidas que o CDC se aplica aos contratos de planos de saúde. Cristalina, neste sentido, a Súmu-
la 608 do STJ. No caso dos planos de saúde de autogestão (também chamados de planos fechados), os
quais são criados por órgãos, entidades ou empresas para beneficiar um grupo restrito de filiados com a
prestação de serviços de saúde, o STJ acena pela não aplicabilidade do CDC, conforme REsp 1.285.483/PB.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 107. As instituições financeiras detêm responsabilidade subjetiva pelos danos gerados
por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito das operações
bancárias.
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💡💡 GABARITO: ERRADO
O superendividamento pode ser conceituado como um fenômeno causado pelo acesso irrestrito ao cré-
dito, pelo estímulo agressivo ao consumo e pela falta de uma política pública de educação financeira.
Na prática, resulta na impossibilidade fática de adimplemento de dívidas (atuais e futuras), superando
o patrimônio do devedor (bens e rendas). As causas elencadas na assertiva são apontadas pela doutrina
especializada como as principais motivações para sua ocorrência.
💡💡 GABARITO: CERTO
Segundo a atual jurisprudência do STJ, ilegal a cobrança de “taxa de conveniência” pelo simples fato de a
recorrida oferecer a venda de ingressos na internet. Conferir REsp 1737428/RS, Rel. Ministra NANCY ANDRI-
GHI, j. em 12/03/2019)
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 110. Segundo o STJ, a responsabilidade subjetiva do médico não exclui a possibilidade
de inversão do ônus da prova, se presentes os requisitos previstos no CDC, devendo o profissio-
nal demonstrar ter agido com respeito às orientações técnicas aplicáveis.
Conforme entendimento do STJ sobre a matéria: “A responsabilidade subjetiva do médico (CDC, art. 14,
§4º) não exclui a possibilidade de inversão do ônus da prova, se presentes os requisitos do art. 6º, VIII, do
CDC, devendo o profissional demonstrar ter agido com respeito às orientações técnicas aplicáveis. Prece-
dentes deste Tribunal. AgRg no Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em 7/4/2011.
💡💡 GABARITO: CERTO
Segundo o STJ: Para a responsabilização do fornecedor por acidente do produto não basta ficar evidenciado
que os danos foram causados pelo medicamento. O defeito do produto deve apresentar-se, concretamente,
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como sendo o causador do dano experimentado pelo consumidor. Em se tratando de produto de periculo-
sidade inerente (medicamento com contraindicações), cujos riscos são normais à sua natureza e previsíveis,
eventual dano por ele causado ao consumidor não enseja a responsabilização do fornecedor. Isso porque,
neste caso, não se pode dizer que o produto é defeituoso.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 112. É enganosa, na modalidade por omissão, a publicidade televisiva que omite o
preço e a forma de pagamento do produto, condicionando a obtenção dessas informações à rea-
lização de ligação telefônica tarifada.
Na publicidade enganosa por ação, há um dolo positivo, uma atuação comissiva do agente. Na publicida-
de enganosa por omissão há um dolo negativo, com atuação omissiva. A questão levantada foi discutida
no plenário do STJ: “A hipótese em análise é exemplo de publicidade enganosa por omissão, pois suprime
algumas informações essenciais sobre o produto (preço e forma de pagamento), as quais somente podem
ser conhecidas pelo consumidor mediante o ônus de uma ligação tarifada, mesmo que a compra não ve-
nha a ser concretizada. (...) Logo, se a informação é adequada, o consumidor age com mais consciência;
se a informação é falsa, inexistente ou omissa, retira-se-lhe a liberdade de escolha consciente” (STJ – REsp
1.428.801/RJ – Rel. Min. Humberto Martins – j. 27.10.2015 – DJe 13.11.2015).
💡💡 GABARITO: CERTO
Havendo prescrição do débito correspondente, o nome do devedor deve ser retirado imediatamente do
cadastro, sob as penas da lei. Se o prazo prescricional do débito for maior do que os cinco anos, mesmo
assim deve ocorrer o cancelamento, pelo respeito ao teto temporal quinquenal estabelecido na norma
consumerista. Conforme Súmula 323 do STJ: “A inscrição do nome do devedor pode ser mantida nos ser-
viços de proteção ao crédito até o prazo máximo de cinco (5) anos, independentemente da prescrição da
execução”.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 114. Segundo o STJ, a recusa de cobertura por parte da seguradora devido à doença
preexistente é válida se exigidos exames médicos previamente à contratação do seguro.
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Conforme a súmula do STJ: Súmula 609-STJ. A recusa de cobertura securitária, sob a alegação de doença
preexistente, é ilícita se não houve a exigência de exames médicos prévios à contratação ou a demonstração
de má-fé do segurado.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 115. É considerada abusiva a cláusula contratual de plano que saúde que preveja al-
gum prazo de carência para utilização dos serviços de assistência médica nas situações de emer-
gência ou urgência.
Segundo o STJ, Enunciado 597 do STJ: A cláusula contratual de plano de saúde que prevê carência para
utilização dos serviços de assistência médica nas situações de emergência ou de urgência é considerada
abusiva se ultrapassado o prazo máximo de 24 horas contado da data da contratação.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 116. Após assistir a um comercial de televisão, Júlia adquiriu um cosmético. Seis dias
após receber o produto, resolveu devolvê-lo. Nessa situação hipotética, Júlia tem o direito potes-
tativo de devolver o produto sem a necessidade de apresentar justificativas.
O direito de arrependimento expresso no art. 49 do CDC constitui um direito potestativo colocado à dis-
posição do consumidor, contrapondo-se a um estado de sujeição existente contra o fornecedor ou pres-
tador. Como se trata do exercício de um direito legítimo, não há a necessidade de qualquer justificativa,
não surgindo da sua atuação regular qualquer direito de indenização por perdas e danos a favor da outra
parte. Logo, Júlia tem o direito de devolver o produto porque transcorrido prazo inferior ao estabelecido
pela lei consumerista (sete dias).
💡💡 GABARITO: CERTO
A assertiva retrata hipótese de dano indenizável pela teoria do desvio produtivo, a qual foi acolhida pelo
STJ: “Adoção, no caso, da teoria do Desvio Produtivo do Consumidor, tendo em vista que a autora foi privada
de tempo relevante para dedicar-se ao exercício de atividades que melhor lhe aprouvesse, submetendo-se,
em função do episódio em cotejo, a intermináveis percalços para a solução de problemas oriundos de má
prestação do serviço bancário”.
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💡💡 GABARITO: CERTO
O enunciado traz à tona o posicionamento do STJ em torno da chamada venda casada. Neste sentido:
“A venda casada ocorre em virtude do condicionamento a uma única escolha, a apenas uma alternativa, já
que não é conferido ao consumidor usufruir de outro produto senão aquele alienado pelo fornecedor. 2. Ao
compelir o consumidor a comprar dentro do próprio cinema todo e qualquer produto alimentício, o estabe-
lecimento dissimula uma venda casada (art. 39, I, do CDC), limitando a liberdade de escolha do consumidor
(art. 6º, II, do CDC), o que revela prática abusiva”.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 119. O envio de cartão de crédito, ainda que bloqueado, sem pedido pretérito e expres-
so do consumidor, caracteriza prática comercial abusiva segundo o CDC.
O enunciado traz à tona o posicionamento do STJ em torno do envio de produtos sem autorização prévia.
Neste sentido: “O envio do cartão de crédito, ainda que bloqueado, sem pedido pretérito e expresso do
consumidor, caracteriza prática comercial abusiva, violando frontalmente o disposto no artigo 39, III, do
Código de Defesa do Consumidor. 2. Doutrina e jurisprudência acerca do tema”. (RECURSO ESPECIAL Nº
1.199.117 - SP (2010/0110074-0) Terceira Turma, Relator Min. Paulo de Tarso Sanseverino. Publicado em
04/03/2013).
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 120. De acordo com a jurisprudência do STJ, a morte ocorrida por briga em festividade
denominada “micareta” exclui a responsabilidade do fornecedor, dada a ocorrência de fato ex-
clusivo de terceiro.
Segundo definiu o STJ, o evento morte causado por briga em micareta sujeita o fornecedor de serviços à
indenização: “Nos termos do art. 14, § 1º, CDC, considera-se defeituoso o serviço que não fornece a seguran-
ça que o consumidor dele pode esperar. Nas micaretas, o principal serviço que faz o associado optar pelo
bloco é o de segurança, que, uma vez não oferecido da maneira esperada, como ocorreu na hipótese dos au-
tos, em que não foi impedido o ingresso de pessoa portando arma de fogo no interior do bloco, apresenta-se
inequivocamente defeituoso. Recurso especial não conhecido” (STJ – REsp 878.265/PB – Terceira Turma – Rel.
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💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 121. Segundo a Convenção Internacional das Pessoas com Deficiência, o termo defi-
ciência é definido como o resultado de algum impedimento físico ou mental, presente no corpo
ou na mente de determinadas pessoas.
Segundo a Convenção indicada: Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo pra-
zo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas.
Logo, diferentemente do modelo médico, a Convenção adota o modelo social, o qual atribui ao próprio
ambiente a causa das restrições experimentadas pelas pessoas com deficiência
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 122. O STF garantiu a titulação das terras ocupadas por remanescentes de comunida-
des quilombolas, aceitando como válido o critério de autoatribuição como meio de identificação
das comunidades tradicionais.
O STF referendou a idoneidade da aplicação do critério de autoatribuição fixado no Decreto para iden-
tificação das populações remanescentes de quilombos, segundo o qual cabe às próprias comunidades
a atribuição da condição de populações tradicionais. O entendimento vai ao encontro da ADPF nº 186,
referente às ações afirmativas envolvendo a população negra.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 123. De acordo com jurisprudência do STF, prescrevem em cinco anos as ações de res-
sarcimento ao erário decorrentes de atos dolosos fundados na Lei de Improbidade Administrati-
va.
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💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 124. Segundo a jurisprudência do STF, a ação popular não pode ser proposta por pes-
soa jurídica.
A ação popular consubstancia um remédio constitucional que instrumentaliza o controle popular de atos
administrativos lesivos e ilegais. Por não deter direitos políticos, a pessoa jurídica não pode propor ação
popular. Tal entendimento foi solidificado em súmula pelo STF: Súmula n.º 365 do STF, “pessoa jurídica
não tem legitimidade para propor ação popular”.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 125. Segundo a jurisprudência do STF, os honorários advocatícios em sede de ação co-
letiva não podem ser fracionados em se tratando de condenação da Fazenda Pública.
Em decisão no Recurso Extraordinário 1.038.035, definiu-se que: “o fato de o advogado ter atuado em
causa plúrima [múltipla] não torna plúrimo seu crédito à verba advocatícia, pois ela é única, visto que é
calculada sobre o montante total devido, ainda que esse montante consista na soma de vários créditos uni-
tários”. Logo, em sede de ação coletiva que tenha a Fazenda Pública como sujeito passivo, impossível o
fracionamento dos honorários advocatícios.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 126. A execução individual da sentença coletiva pode ser intentada tanto no juízo sen-
tenciante quanto no juízo do domicílio do exequente.
A execução individual no processo coletivo pode ser realizada no foro de domicilio do exequente: A eficá-
cia das decisões proferidas em ações civis públicas coletivas não deve ficar limitada ao território da compe-
tência do órgão jurisdicional que prolatou a decisão. STJ. Corte Especial. EREsp 1134957/SP, Rel. Min. Laurita
Vaz, julgado em 24/10/2016. Prevalece, portanto, que a parte pode ajuizar a execução individual tanto no
foro do juízo da condenação, quanto no domicílio próprio, espécie de forum shopping (escolha de foro).
💡💡 GABARITO: CERTO
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Conforme jurisprudência do STJ: A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça entende que, no campo
ambiental-urbanístico, vale a norma mais rigorosa vigente à época dos fatos, e não a contemporânea ao
julgamento da causa, menos protetora da Natureza: o «direito material aplicável à espécie é o então
vigente à época dos fatos». (STJ - REsp: 1725202 SP 2018/0031546-6, Relator: Ministro HERMAN BENJAMIN,
Data de Publicação: DJ 28/06/2018).
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 128. Segundo o STJ, o interesse patrimonial da Fazenda Pública identifica-se, per si,
com o interesse público a que se refere a lei quando dispõe sobre a intervenção do MP.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 129. Segundo o STJ, compete à Justiça Federal processar e julgar todas as ações coleti-
vas cujo objeto seja a proteção ao meio ambiente.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 130. Segundo jurisprudência do STF, quando versar sobre direitos individuais homo-
gêneos, a ação civil pública proposta por associação somente poderá beneficiar associados que
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A associação é parte legitima para ingressar com ação civil pública, conforme inciso V do art. 5° da lei da
ACP. Todavia, no RE nº 573.232 julgado em 2017, o STF entendeu que as ações propostas por associações
somente poderiam beneficiar associados que expressamente autorizaram a propositura da ação (valida-
de do artigo 2-A, Lei 9.494-97).
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 131. De acordo com o STF, não há óbice para que associações privadas façam acordos
ou transações em sede de ações civis públicas.
As associações não podem firmar termos de ajustamento de conduta. Isso não impede, contudo, acordos
coletivos ou transações. Nesse sentido, em recente julgado de relatoria do ministro Ricardo Lewandows-
ki, o STF reconheceu a legitimidade da associação para referido ato consensual: O art. 5º, § 6º da Lei nº
7.347/85 (Lei da Ação Civil Pública) prevê que os órgãos públicos podem fazer acordos nas ações civis públi-
cas em curso, não mencionando as associações privadas. Apesar disso, a ausência de disposição norma-
tiva expressa [na Lei da Ação Civil Pública] no que concerne a associações privadas não afasta a viabilidade
do acordo. Isso porque a existência de previsão explícita unicamente quanto aos entes públicos diz respeito
ao fato de que somente podem fazer o que a lei determina, ao passo que aos entes privados é dado fazer
tudo que a lei não proíbe. STF. Plenário. ADPF 165/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 1º/3/2018
(Info 892).
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 132. Segundo a jurisprudência do STF, a Defensoria Pública tem legitimidade para pro-
por ação coletiva quando esta beneficiar grupos hipossuficientes, mesmo que na ação também
sejam beneficiados pessoas não hipossuficientes.
Em jurisprudência, o STF reconheceu que a Defensoria deve atuar em casos onde houver interesses de
necessitados: A Defensoria Pública tem legitimidade para a propositura de ação civil pública em ordem a
promover a tutela judicial de direitos difusos e coletivos de que sejam titulares, em tese, as pessoas neces-
sitadas. STF. Plenário. RE 733433/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 4/11/2015 (repercussão geral) (Info
806). Logo, mesmo quando incluídos interesses de grupos não hipossuficientes, permite-se a atuação
da Defensoria Pública com fulcro nos princípios da economia processual e da máxima efetividade das
demandas coletivas.
💡💡 GABARITO: CERTO
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QUESTÃO 133. Nas ações coletivas, não se aplica o procedimento de tutela provisória requerida
na forma antecedente.
Em relação às tutelas provisórias de urgência, estas poderão ser requeridas tanto pela via incidental,
quanto na forma antecedente. Tal entendimento se aplica à tutela coletiva. Neste sentido o Enunciado
503 do FPPC: “o procedimento da tutela cautelar, requerida em caráter antecedente ou incidente, previsto
no Código de Processo Civil é compatível com o microssistema do processo coletivo”.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 134. Se o direito for coletivo strictu sensu, formar-se-á coisa julgada ultra partes para
os integrantes do grupo, categoria ou classe, salvo se o pedido for julgado improcedente por
insuficiência de provas, caso em que qualquer colegitimado poderá propor nova ação coletiva.
Em relação ao regramento, à coisa julgada coletiva aplica-se secundum eventum litis, de modo que o re-
sultado da demanda impede a propositura de outras ações coletivas, surtindo efeitos erga omnes em re-
lação aos direitos difusos e individuais homogêneos e ultra partes no tocante aos direitos coletivos strictu
sensu. Será, entretanto, secundum eventum probationis, admitindo a repropositura da demanda, quando
concorrerem três requisitos: i) julgamento improcedente por falta de provas; ii) tratar-se de direito difuso
ou coletivo strictu sesu; iii) basear-se em prova nova. Tais preceitos se encontram no art. 16 da lei da ACP
e no art. 103 do CDC.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 135. Para se beneficiar da sentença coletiva em sede de direitos individuais homogê-
neos, o autor da ação individual terá de requerer a suspensão de sua demanda individual, no
prazo de 30 dias da ciência do ajuizamento da ação coletiva.
Possível que os litigantes singulares se valham do chamado transporte in utilibus da coisa julgada coletiva.
Contudo, para a viabilização do instituto, a lei estabelece requisitos específicos com base nas diferentes
espécies de direitos transindividuais. Assim, tratando-se de direito difuso, o transporte será incondicio-
nado, não cumprindo à parte qualquer exigência específica. Já no caso dos direitos coletivos strictu sensu
e individuais homogêneos, o transporte será sempre condicionado à suspensão da pretensão individual,
no prazo máximo de 30 (trinta) dias, a partir da ciência do ajuizamento da ação coletiva. A regra está pre-
vista no artigo 104 do CDC.
💡💡 GABARITO: CERTO
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🏳🏳 DIREITO EMPRESARIAL
QUESTÃO 136. Vitor, famoso nas redes sociais por suas publicações, ao perceber o potencial eco-
nômico da atividade passa a exercê-la de forma habitual e profissional, contratando profissio-
nais para auxiliá-lo, como fotógrafo, redator e designer. Nesta condição, se enquadra no conceito
legal de empresário.
1 Fundamentos do direito empresarial. 1.1 Teoria da empresa. 1.2 Empresário. 1.2.1 Conceito, caracterização,
inscrição, capacidade.
O Código Civil exclui do conceito de empresário os profissionais intelectuais ou liberais, mesmo que es-
tes exerçam suas atividades de forma organizada, profissional e com intuito de lucro, ainda que com o
concurso de auxiliares, exceto se o exercício da profissão constituir “elemento de empresa” (art. 966, pa-
rágrafo único).
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 137. Ao abrir uma filial em outro Estado da federação o empresário deverá promover a
inscrição na Junta Comercial deste Estado, sendo obrigatória, também, a averbação no registro
da sede. Caso a inscrição no Estado da filial seja indeferida por ato injustificado do Presidente da
Junta Comercial, caberá mandado de segurança a ser interposto na Justiça Estadual do local da
filial.
Ponto do edital: 1 Fundamentos do direito empresarial. 1.1 Teoria da empresa. 1.2 Empresário. 1.2.1 Conceito,
caracterização, inscrição, capacidade. 2 Registro de empresa.
O Superior Tribunal de Justiça tem jurisprudência firme no sentido de que, em regra, as ações contra as
Juntas Comerciais devem ser promovidas na justiça comum estadual, sendo de competência da Justiça
comum federal “somente nos casos em que se discute a lisura do ato praticado pelo órgão, bem como nos
mandados de segurança impetrados contra seu presidente, por aplicação do artigo 109, viii, da constituição
da república, em razão de sua atuação delegada” (STJ - REsp 678.405/RJ).
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💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 138. O nome empresarial Joana Jacometto e Cia. Ltda. é uma firma social e terá prote-
ção legal apenas nos limites do estado da Junta Comercial onde foi registrado.
Ponto do edital: 1 Fundamentos do direito empresarial. 1.4 Nome empresarial, estabelecimento empresarial,
escrituração. 2 Registro de empresa.
A primeira afirmação está correta, o nome Joana Jacometto e Cia. Ltda é uma firma social; o que permite
esta conclusão é a falta de descrição da atividade desempenhada pela empresa, pois, na denominação,
a menção ao objeto da empresa é obrigatória.
A proteção ao nome empresarial se limita ao estado federativo da Junta Comercial onde o nome foi
registrado (art. 1.166, CC).
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 139. O contrato de trespasse inclui os direitos sobre propriedade industrial como mar-
ca e patente.
Contrato de trespasse é o instrumento pelo qual se aliena o estabelecimento empresarial, sendo este o
complexo de bens materiais e imateriais reunidos pela vontade do empresário ou sociedade empresária
para o desenvolvimento de atividade desta natureza. Por incluir os bens imateriais e, não havendo qual-
quer ressalva, o contrato de trespasse inclui sim os direitos sobre propriedade industrial como marca e
patente, sendo correto o enunciado da questão.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 140. Pelo princípio da autonomia das obrigações cambiais, o título, ao circular, veicula
direito novo, autônomo e absolutamente desvinculado da relação que lhe deu origem, seja ela
nula ou anulável.
Ponto do edital: 3 Títulos de crédito. 3.1 Conceito de títulos de crédito, características e princípios informadores.
Dizer que o título de crédito é autônomo significa que, ao circular, o título não se impregna dos vícios de-
correntes das relações obrigacionais que deram causa à sua criação ou transmissão, sendo direito novo,
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autônomo e absolutamente desvinculado da relação que lhe deu origem, como afirmado no enunciado
da questão, sendo irrelevante, ao terceiro de boa-fé, se a causa é nula ou anulável.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 141. O protesto do título prescrito é admitido, desde que não estejam prescritos todos
os meios de persecução judicial do crédito.
Ponto do edital: 5 Protesto de títulos e outros documentos de dívida. 5.1 Legislação, modalidades, procedimentos,
efeitos, ações judiciais envolvendo o protesto.
Em decisão da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, de relatoria da Ministra Nancy Andrighi,
decidiu-se que o cheque prescrito poderá sim ser protestado, desde que ainda não estejam prescritas as
demais ações de satisfação do crédito (ação monitória, ação de locupletamento ilícito e ação ordinária),
pois, neste caso, o protesto ainda teria utilidade, já que a dívida permanece exigível.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 142. Consideram-se não escritas no título a cláusula de juros, a proibitiva de endosso, a
excludente de responsabilidade pelo pagamento ou por despesas, a que dispense a observância
de termos e formalidade prescritas, e a que, além dos limites fixados em lei, exclua ou restrinja
direitos e obrigações.
Ponto do edital: 3 Títulos de crédito. 3.2.1 Letra de câmbio, nota promissória, cheque, duplicata, endosso e aval.
Esta é a exata redação do art. 890 do Código Civil: Art. 890. Consideram-se não escritas no título a cláusula
de juros, a proibitiva de endosso, a excludente de responsabilidade pelo pagamento ou por despesas, a que
dispense a observância de termos e formalidade prescritas, e a que, além dos limites fixados em lei, exclua
ou restrinja direitos e obrigações.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 143. O regime constitutivo e dissolutório da sociedade limitada será sempre o do Có-
digo Civil.
Ponto do edital: 6 Direito societário. 6.1 Sociedade empresária. 6.1.1 Conceito, terminologia, ato constitutivo. 6.9
Sociedade limitada. 6.10 Dissolução, liquidação e extinção das sociedades.
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Mesmo havendo cláusula no contrato social optando pela regência supletiva pelas regras da sociedade
anônima a sociedade limitada não deixará de ser contratual, mantendo regime constitutivo e dissolutório
do Código Civil, como ensina Fábio Ulhôa Coelho “Por fim, relembre-se que, em razão da natureza contra-
tual das limitadas, a constituição e dissolução de sociedades deste tipo seguem sempre as regras do Código
Civil de 2002. Mesmo que a regência supletiva seja da LSA, porque assim quiseram os sócios no contrato
social, o regime constitutivo e dissolutório da limitada será o das sociedades contratuais” 2.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 144. As cooperativas são sociedades simples e seus atos constitutivos serão registrados
na Junta Comercial.
Ponto do edital: 6 Direito societário. 6.1 Sociedade empresária. 6.1.1 Conceito, terminologia, ato constitutivo. 6.2
Sociedades simples e empresárias.
A sociedade cooperativa é sempre uma sociedade simples (Art. 982, parágrafo único). Em regra, as so-
ciedades simples serão registradas no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas, enquanto as so-
ciedades empresárias serão inscritas no Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Co-
merciais, entretanto, as sociedades cooperativas, por expressa disposição legal (art. 18 da Lei 5.764/71)
apesar de simples, serão inscritas na Junta Comercial.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 145. Na Sociedade Limitada, não dispondo o contrato social de forma diversa, o sócio
poderá ceder suas quotas a estranho, desde que autorizado por pelo menos um quarto dos de-
mais sócios.
Ponto do edital: 6 Direito societário. 6.1 Sociedade empresária. 6.8 Regime jurídico dos sócios. 6.9 Sociedade
limitada.
Para a cessão de quotas a terceiro estranho à sociedade, basta que não haja oposição de mais de um
quarto do capital social (art. 1.057, CC). Importante não confundir sócios com capital social, pois um dos
sócios ou a minoria deles pode concentrar maioria do capital social, o qual se divide em quotas iguais ou
desiguais. Está errado, portanto, o enunciado, tanto ao afirmar que é necessária autorização de um quar-
to quanto ao se referir a sócios e não ao capital social.
2
COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial, De acordo com a nova Lei de Falências, 17º edição, revista e atualizada,
São Paulo: Saraiva, 2006, p. 155/156.
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💡💡 GABARITO: ERRADO
Ponto do edital: 6 Direito societário. 6.1 Sociedade empresária. 6.8 Regime jurídico dos sócios. 6.9 Sociedade
limitada.
O sócio que apresenta conduta temerária, colocando em risco a continuidade da empresa, poderá ser
excluído da sociedade por voto da maioria absoluta do capital social (mais de 50% das quotas), em as-
sembleia especialmente convocada para este fim, resguardado seu direito de defesa, mediante cientifi-
cação em tempo hábil a permitir o comparecimento na assembleia e o exercício do direito de defesa. É
necessário, porém, que tal instrumento de exclusão por justa causa do sócio minoritário esteja previsto
no contrato social (art. 1.085, CC).
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 147. O contrato de depósito é considerado atividade bancária típica no qual a institui-
ção financeira é detentora dos valores depositados pelo correntista.
Ponto do edital: 7 Contratos mercantis. 7.1 Características. 7.2 Contratos bancários. 7.2.1 Depósito bancário,
mútuo bancário, desconto bancário, abertura de crédito.
São típicas as operações bancárias relacionadas com o crédito e atípicas as prestações de serviços aces-
sórios aos clientes, como a locação de cofres ou a custódia de valores. Então, sim, é correto afirmar que o
contrato de depósito é atividade bancária típica na qual a instituição assume posição passiva. Entretanto,
pelo contrato de depósito bancário, o banco não será mero detentor dos valores depositados pelo corren-
tista, já que este contrato transfere a propriedade, razão pela qual o enunciado está ERRADO.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 148. Todas as causas nas quais o falido atua como autor ou litisconsorte ativo serão
atraídas pelo juízo universal da falência.
Ponto do edital: 8 Direito falimentar. 8.1 Lei nº 11.101/2005 e suas alterações. 8.3 Processo falimentar. 8.4 Pessoa
e bens do falido.
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A Lei de Recuperação Judicial e Falência - LRF prevê que “todas” as ações do falido serão atraídas pela
competência do juízo falimentar após a decretação da falência, a isso se chama aptidão atrativa do juízo
falimentar ou vis attractiva. Quando se tratar de ação na qual a massa falida está no polo ativo, a regra
não é absoluta, pois apenas nas ações reguladas pela lei de falências valerá a força atrativa do juízo
universal.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 149. O rol do art. 1.015 do Código de Processo Civil é taxativo, sendo assim, não cabe
agravo de instrumento das decisões interlocutórias proferidas em processo de falência e recupe-
ração judicial.
Ponto do edital: 8 Direito falimentar. 8.1 Lei nº 11.101/2005 e suas alterações. 8.3 Processo falimentar. 9
Jurisprudência dos tribunais superiores
O STJ, decidiu que a regra do parágrafo único do art. 1.015, do CPC se aplica ao processo falimentar e
recuperacional, já que possuem natureza processual de execução coletiva e negocial. Para o STJ caberá
agravo de instrumento: a) nas hipóteses expressamente previstas na LRF, por ser lei especial que se so-
brepõe à taxatividade da lei geral; b) nas hipóteses previstas no CPC e não na LRF, pois a lei geral se aplica
supletivamente à lei especial; e c) nas hipóteses em que não há previsão específica nem na lei especial
(LRF) nem na lei geral (CPC), por incidência do disposto no parágrafo único do art. 1.015 do CPC.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 150. O crédito decorrente de pensão mensal paga a título de indenização por acidente
de trânsito será equiparado a crédito trabalhista no quadro geral de credores da sociedade em
recuperação judicial.
Ponto do edital: 8 Direito falimentar. 8.1 Lei nº 11.101/2005 e suas alterações. 8.2 Teoria geral do direito
falimentar. 8.6 Regime jurídico dos credores do falido. 8.7 Recuperação judicial.
Para o STJ o crédito de natureza alimentar será equiparado ao crédito trabalhista para fins de preferên-
cia em ordem de pagamento de credores, mesmo que não tenha origem em relação desta natureza (tra-
balhista). Sendo assim, entrará no inciso I do art. 83 da Lei nº11.101/2005. Este entendimento foi adotado
pela 3ª Turma do STJ no julgamento do REsp 1.799.041-PR, em 02/04/2019, cuja relatora foi a Ministra
Nancy Andrighi e publicado no Informativo nº 645.
💡💡 GABARITO: CERTO
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🏳🏳 DIREITOS HUMANOS
QUESTÃO 151. São considerados como os precedentes ou antecedentes históricos mais impor-
tantes para a internacionalização dos direitos humanos o Direito Humanitário, a Liga das Nações,
a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Tribunal Penal Internacional estabelecido pelo
Estatuto de Roma.
Os precedentes históricos da internacionalização dos direitos humanos são os fatores que propiciaram
mais diretamente a) a superação do conceito tradicional e do alcance ilimitado da soberania estatal e
b) a redefinição do status do indivíduo como sujeito de Direito Internacional. Os precedentes históricos
mais importantes para a internacionalização dos direitos humanos foram o Direito Humanitário, a Liga
das Nações e a OIT. O TPI estabelecido pelo Estatuto de Roma não pode ser considerado um precedente
histórico da internacionalização dos direitos humanos, mas sim um resultado deste movimento, já que
veio a ser adotado somente em 1998.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 152. Os direitos humanos são caracterizados pela sua relatividade, não havendo que se
falar em direitos humanos absolutos.
A primeira parte do enunciado está correta, pois a maioria dos direitos humanos realmente pode ser rela-
tivizada, como a liberdade de expressão, a liberdade de locomoção, os direitos políticos etc. No entanto,
existem, sim, direitos humanos absolutos, e isso não decorre de uma construção doutrinária ou teórica,
mas do texto de alguns tratados. Cito como exemplo o direito de não ser torturado (Convenção da ONU
contra a Tortura, art. 2.2).
💡💡 GABARITO: ERRADO
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Ponto do edital: 6. Interpretação e aplicação dos tratados internacionais de proteção dos direitos humanos
O enunciado está correto. A Corte IDH, assim como outros órgãos internacionais de proteção dos direitos
humanos, adota o princípio da interpretação evolutiva ou dinâmica dos tratados, segundo o qual os trata-
dos de direitos humanos devem ser considerados “instrumentos vivos”, de modo que a sua interpretação
deve se dar em conformidade com o momento da sua aplicação no caso concreto, e não em conformida-
de com o momento da sua adoção.
💡💡 GABARITO: CERTO
Ponto do edital: 11. A incorporação dos tratados internacionais de proteção de direitos humanos ao direito
brasileiro
A entrada em vigor do tratado de direitos humanos na ordem jurídica interna ocorre, segundo o entendi-
mento majoritário, adotado inclusive pelo STF, somente com a quarta fase, quando é editado pelo Pre-
sidente da República o decreto de promulgação. O enunciado acerta ao prever que o tratado de direitos
humanos entra em vigor na ordem jurídica internacional na terceira fase, consistente na ratificação.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 155. O Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos (PIDCP), adotado pela ONU em
1966, conta com dois protocolos facultativos, sendo um destinado a conferir competência ao Co-
mitê de Direitos Humanos para receber e processar petições individuais e outro com o propósito
de abolir a pena de morte. O Brasil aderiu e internalizou o PIDCP, não tendo ainda, porém, sequer
assinado os seus protocolos facultativos.
Apenas a parte final do enunciado é que está equivocada, pois o Brasil não somente aderiu e internalizou
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o PIDCP, como também já ratificou os seus dois protocolos facultativos, não tendo apenas os internaliza-
do ainda mediante o decreto de promulgação.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 156. Sendo o Brasil um país ainda em desenvolvimento, ele pode, levando devidamen-
te em consideração os direitos humanos e a situação econômica nacional, determinar que garan-
tirá direitos econômicos, sociais e culturais em maior extensão aos nacionais em detrimento dos
estrangeiros.
Ponto do edital: 20. Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC)
Vejamos o que estabelece o art. 2.3 do Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais
(PIDESC): “Os países em desenvolvimento, levando devidamente em consideração os direitos humanos e
a situação econômica nacional, poderão determinar em que garantirão os direitos econômicos reconhe-
cidos no presente Pacto àqueles que não sejam seus nacionais”.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 157. A Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança estabelece que criança é todo
ser humano com menos de 18 anos de idade, admitindo, porém, que a legislação nacional esta-
beleça que a maioridade seja alcançada antes.
A Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança prevê em seu art. 1º que considera-se criança todo ser
humano com menos de 18 anos de idade, a não ser que, em conformidade com a lei aplicável, a maiori-
dade seja alcançada antes.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 158. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) compõe-se de sete mem-
bros, que devem ser juristas de alta autoridade moral e de reconhecido saber em matéria de
direitos humanos.
A CADH estabelece que “A Comissão Interamericana de Direitos Humanos compor-se-á de sete membros,
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que deverão ser pessoas de alta autoridade moral e de reconhecido saber em matéria de direitos huma-
nos” (art. 34). Portanto, atenção: diversamente do que consta na assertiva, a CADH não exige a condição
de jurista nem mesmo a formação jurídica para que a pessoa concorra ao cargo de membro da CIDH.
💡💡 GABARITO: ERRADO
A CADH prevê em seu art. 55.1 que “O juiz que for nacional de algum dos Estados Partes no caso subme-
tido à Corte, conservará o seu direito de conhecer do mesmo”. No entanto, a Corte IDH interpretou este
dispositivo na sua Opinião Consultiva nº 20/2009 e restringiu a possibilidade de o juiz nacional do Estado
demandado atuar no caso, somente admitindo nas demandas interestatais (um Estado processando
outro Estado). Assim, nas demandas iniciadas por meio de petição da vítima, o juiz que for nacional do
Estado réu não poderá atuar no caso.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 160. “(...) no Brasil, tornou-se uma prática comum que os informes sobre mortes oca-
sionadas pela polícia sejam registrados como ‘resistência seguida de morte’, e que no Rio de Ja-
neiro se usa a expressão ‘autos de resistência’ para se referir ao mesmo fato. De acordo com a
Defensoria Pública, esse é o cenário ideal para os agentes que pretendem dar um aspecto de
legalidade às execuções sumárias que praticam”. É correto afirmar que esse trecho foi extraído
do julgamento pela Corte Interamericana de Direitos Humanos do Caso Favela Nova Brasília vs.
Brasil.
Ponto do edital: 30.2.2. Corte Interamericana de Direitos Humanos. Decisões envolvendo o Brasil.
A assertiva está correta, pois o trecho destacado realmente se refere ao julgamento do Caso Favela Nova
Brasília vs. Brasil pela Corte IDH. Os temas mais relevantes deste precedente são os seguintes: a) atuação
como amicus curiae das Defensorias Públicas da União e do Estado de SP; b) repúdio aos denominados
“autos de resistência à prisão”; c) incompetência da Polícia Civil para investigar crimes praticados por
seus agentes; d) participação da vítima na investigação; e) parâmetros relativos à devida diligência e pra-
zo razoável em casos de violência sexual; dentre outros.
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💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 161. Com a exceção das normas constitucionais, todas as demais podem ser objeto de
controle de convencionalidade pela Corte Interamericana de Direitos Humanos.
Diversamente do que consta no enunciado, todas as normas internas podem ser objeto de controle de
convencionalidade pela Corte IDH e pelos demais órgãos internacionais de proteção dos direitos huma-
nos. Neste sentido, estabelece a Convenção de Viena sobre Direitos dos Tratados que “Uma parte não
pode invocar as disposições de seu direito interno para justificar o inadimplemento de um tratado” (art.
27).
💡💡 GABARITO: ERRADO
Para a Corte IDH, todo e qualquer funcionário público – e não apenas os juízes, portanto – deve exercer o
controle de convencionalidade, procedendo com o exame de compatibilidade entre a legislação interna
e os tratados de direitos humanos dos quais o Estado seja parte. Neste sentido, o entendimento da Corte
Interamericana no julgamento do Caso Gelman vs. Uruguai.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 163. Não se exige, para a execução de sentenças da Corte Interamericana de Direitos
Humanos, que estas primeiro passem pelo procedimento de homologação perante o STJ.
Ponto do edital: 32. A execução de decisões oriundas de tribunais internacionais de direitos humanos no Brasil.
Sentença internacional não deve ser confundida com sentença estrangeira; esta, de acordo com a CF (art.
105, I, i), deve passar pelo procedimento de homologação perante o STJ porque consiste em ato emanado
de outro Estado. E a sentença internacional tem natureza de decisão proferida por órgão internacional (e
não estrangeiro).
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💡💡 GABARITO: CERTO
A assertiva está errada porque embora não exista uma lei – nem tratado – específico sobre população em
situação de rua, há, sim, um documento normativo muito importante, que é o Decreto nº 7.053/2009, que
Institui a Política Nacional para a População em Situação de Rua e seu Comitê Intersetorial de Acompanha-
mento e Monitoramento. Recomendo, aliás, uma leitura deste Decreto.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 165. Conforme estabelece o ADCT da CF/88, os quilombolas possuem apenas a posse
das terras que estejam ocupando, mas não a propriedade, que fica com a União.
Prevê o art. 68 do ADCT: “Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando
suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos”.
Temos aqui, portanto, um regime jurídico da terra diverso do aplicável aos povos indígenas, que, nos ter-
mos da CF, possuem apenas a posse das terras, ficando a propriedade com a União.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 166. A primeira Constituição brasileira que assegurou expressamente o acesso à justiça
aos necessitados por meio de órgãos especiais que deveriam ser criados para esse fim foi a Cons-
tituição de 1937.
A primeira Constituição brasileira que assegurou expressamente o acesso à justiça aos necessitados
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por meio de órgãos especiais que deveriam ser criados para esse fim foi a de 1934. Vejamos o que dis-
punha o art. 113, § 32, da CF/34: “A União e os Estados concederão aos necessitados assistência judiciá-
ria, criando, para esse efeito, órgãos especiais e assegurando a isenção de emolumentos, custas, taxas e
selos.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 167. De acordo com a Lei Orgânica do Distrito Federal, incumbe à DPDF prestar ao po-
licial militar, ao policial civil e ao bombeiro militar do DF assistência jurídica especializada no
caso de conduta criminal ou administrativa praticada no exercício da função, exceto na hipótese
de processo por improbidade administrativa decorrente de processo administrativo disciplinar.
Ponto do edital: 3. Defensoria Pública na Constituição Federal e na Lei Orgânica do Distrito Federal.
A assertiva está correta, porque em conformidade com o art. 115 da LODF, alterado em 2017 pela Emenda
nº 105.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 168. Em assuntos de natureza local, os Municípios possuem legitimidade para legislar
sobre assistência jurídica gratuita e Defensoria Pública.
Ponto do edital: 4. Estatuto Constitucional da Defensoria Pública. Competência para legislar sobre a Defensoria
Pública.
A CF estabeleceu uma competência concorrente da União com os Estados e o DF para legislar sobre De-
fensoria Pública e assistência jurídica (art. 24, XIII). A União edita as normas gerais e os Estados e o DF a
complementam a partir da realidade local. Os Municípios não possuem competência legislativa na maté-
ria.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 169. A Defensoria Pública do Distrito Federal conquistou a sua autonomia funcional
e administrativa, além da iniciativa de apresentação da sua proposta orçamentária, com a EC
74/2013.
Ponto do edital: 4. Estatuto Constitucional da Defensoria Pública. Autonomias da Defensoria Pública. Funcional.
Administrativa. Financeira.
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💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 170. Considere que o Defensor Público-Geral da DPDF tenha encaminhado ao Gover-
nador do DF a proposta orçamentária anual, atendendo aos princípios, às diretrizes, aos limites
e também ao prazo previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Neste caso, se o Governador do
DF discordar da proposta encaminhada pelo Defensor Público-Geral, ele poderá pleitear à As-
sembleia Legislativa do DF que determinada quantia seja retirada da proposta da DPDF, mas não
poderá reduzir ele mesmo, unilateralmente, a proposta elaborada pela DPDF.
Ponto do edital: 4. Estatuto Constitucional da Defensoria Pública. Autonomias da Defensoria Pública. Funcional.
Administrativa. Financeira.
De fato, conforme, inclusive, já assentou o STF, o Poder Executivo não tem competência para reduzir uni-
lateralmente a proposta orçamentária elaborada pela Defensoria Pública, cabendo-lhe apenas pleitear
ao Poder Legislativo a pretendida redução (ADI 5.287).
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 171. Com o advento da EC 80/2014, que conferiu à Defensoria Pública um novo perfil
constitucional, determinando-lhe a aplicação de parte do regramento jurídico constitucional da
Magistratura, incluindo as garantias dos magistrados, os membros da Defensoria Pública passa-
ram a possuir a garantia da vitaliciedade.
O advento da EC 80 não trouxe consigo a extensão da garantia da vitaliciedade aos membros da Defenso-
ria Pública, pois esta garantia está prevista no art. 95, I, da CF, enquanto que a EC 80 determinou a aplica-
ção à Defensoria Pública somente dos artigos 93 e 96, II, da CF.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 172. A EC 80/2014 atribuiu à Defensoria Pública uma Seção própria no capítulo das fun-
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O enunciado está correto, pois uma das grandes novidades trazidas pela EC 80/2014 foi a inserção da
Defensoria Pública em Seção própria e exclusiva no Capítulo das funções essenciais à justiça, separada,
agora, da advocacia pública e privada.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 173. Uma das novidades trazidas pela EC 80/2014 consiste na universalização do aces-
so à justiça, garantindo a existência de defensores públicos em todas as unidades jurisdicionais
no prazo máximo de dez anos.
O equívoco da assertiva está no prazo de universalização do acesso à justiça por meio de defensores pú-
blicos, que, nos termos do art. 98, § 1º, da EC 80/2014, é de oito, e não de dez anos. Decorem, portanto,
esse prazo, que vem sendo cobrado reiteradamente nas provas.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 174. A EC 80/2014 assegurou aos membros da Defensoria Pública o porte de arma de
fogo, estendendo-lhe, assim, um direito já garantido aos membros da Magistratura e do Ministé-
rio Público.
O enunciado está errado. A EC 80/2014 não assegurou aos membros da Defensoria Pública o porte de
arma de fogo. Tomem cuidado, pois isso já caiu em provas.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 175. A Lei Orgânica do Distrito Federal prevê o Defensor Público-Geral da DPDF como le-
gitimado para ajuizar as ações do controle concentrado de constitucionalidade perante o TJDFT.
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Diversamente do que aponta o enunciado, a LODF não prevê o DPG da DPDF como legitimado para ajuizar
as ações do controle concentrado de constitucionalidade perante o TJDFT.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 176. Se o defensor público indefere a assistência jurídica gratuita por considerar, por
exemplo, juridicamente inviável a pretensão da pessoa requerente, esta tem direito a ter a sua
pretensão revista, sendo o Corregedor-Geral a autoridade competente para proceder com esta
revisão.
Os assistidos da Defensoria Pública têm direito de ter sua pretensão revista no caso de recusa de atuação
pelo defensor público. Temos nesse dispositivo – art. 4º-A, III, da LC 80 – uma interessante previsão de
garantia do duplo grau no processo administrativo para concessão ou indeferimento da assistência jurí-
dica integral e gratuita. A autoridade competente para revisar o ato de recusa de atuação é o Defensor
Público-Geral, nos termos do art. 4º, § 8º, da LC 80.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 177. A Defensoria Pública pode atuar em favor de pessoas jurídicas, independente-
mente de estas possuírem ou não finalidade lucrativa, desde que comprovem a insuficiência de
recursos.
O art. 4º, V, da LC 80, com nova redação imposta pela LC 132/2009, prevê como função institucional da
Defensoria Pública “exercer, mediante o recebimento dos autos com vista, a ampla defesa e o contraditó-
rio em favor de pessoas naturais e jurídicas, em processos administrativos e judiciais, perante todos os
órgãos e em todas as instâncias, ordinárias ou extraordinárias, utilizando todas as medidas capazes de
propiciar a adequada e efetiva defesa de seus interesses”. Assim, fica evidenciado que também as pessoas
jurídicas – com fins lucrativos ou não – podem fazer jus ao benefício da assistência jurídica prestada pela
Defensoria Pública, desde que, é claro, comprovada efetivamente a insuficiência de recursos financeiros.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 178. A Defensoria Pública não possui legitimidade para ajuizar o mandado de injunção
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coletivo.
Ponto do edital: 6. Lei Complementar Federal nº 80/1994, com as alterações da Lei Complementar nº 132/2009.
Segundo o art. 12, IV, da Lei 13.300/2016, que disciplina o processo e o julgamento dos mandados de
injunção (individual e coletivo), o mandado de injunção coletivo pode ser promovido “pela Defensoria
Pública, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a promoção dos direitos humanos e
a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º da Cons-
tituição Federal”.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 179. A prerrogativa do prazo em dobro não incide quando a lei estabelecer, de forma
expressa, prazo próprio para a Defensoria Pública.
Ponto do edital: 6. Lei Complementar Federal nº 80/1994, com as alterações da Lei Complementar nº 132/2009.
A LC 80 estabelece que todos os prazos devem ser contados em dobro para os membros da Defensoria
Pública. Esta previsão se aplica quando a lei estabelece prazo próprio para a Defensoria Pública? O NCPC
responde a esse questionamento: “Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabe-
lecer, de forma expressa, prazo próprio para a Defensoria Pública” (art. 185, § 4º).
💡💡 GABARITO: CERTO
Ponto do edital: 9. Estrutura organizacional e o Regime Jurídico dos membros da Defensoria Pública na
Constituição Federal, na Lei Orgânica do Distrito Federal e na legislação institucional.
O enunciado está equivocado, pois a decisão do Defensor Público-Geral em matéria de conflitos de atri-
buições entre membros da DPDF é, sim, recorrível, sendo o Conselho Superior o órgão competente para
apreciar o recurso. Neste sentido, prevê o art. 21, VIII, da LCDF nº 828/2010, como competência do De-
fensor Público-Geral: “dirimir conflitos de atribuições entre membros da Defensoria Pública do Distrito
Federal, com recurso para seu Conselho Superior”.
💡💡 GABARITO: ERRADO
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QUESTÃO 181. A Ciência do Direito, por ser uma ciência humana, possui uma dimensão relativa à
compreensão que envolve o conceito de valor.
Tercio Sampaio Ferraz Jr. esclarece que ao contrário das ciências da natureza, que envolvem uma di-
mensão explicativa, as ciências humanas envolvem também um ato de compreensão, o que traz ainda o
conceito de valor.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 182. De acordo com a teoria de Robert Alexy, é concebível a realização gradual dos
princípios.
Princípios e valores estão relacionados de forma estreita na obra de Robert Alexy, sendo possível falar em
sopesamento entre princípios e valores, bem como em uma realização gradual dos mesmos.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 183. Dentro da teoria de Hart, a regra secundária que permite a alteração de outras
regras pode ser aplicada apenas para mudanças de regras primárias.
Assertiva incorreta, já que as normas secundarias de alteração também podem alterar normas secunda-
rias. Seria, por exemplo, uma norma que altera o próprio sistema legislativo ou o modo de julgamento
pelo Poder Judiciário.
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💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 184. Dentro da teoria de Hans Kelsen a norma jurídica funciona como um elemento que
determina o sentido subjetivo das condutas humanas, conferindo-lhes significação jurídica.
A norma jurídica confere sentido objetivo às condutas humanas. Isso significa que o ato de um congres-
sista levantar a mão só vai se tornar um voto para certa proposição jurídica se houver uma norma que
garanta esse sentido objetivo.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 185. A concepção contemporânea de princípios foi desenvolvida por Ronald Dworkin a
partir de seu debate com H.L.A. Hart. Dentre as objeções de Dworkin temos a afirmação que Hart
não havia se atentado para o fato de que os juízes aplicam princípios.
De fato, uma as objeções de Dworkin parte da constatação de que os juízes aplicam princípios, de modo
que a descrição de um sistema jurídico apenas a partir de regras seria falha.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 186. A partir da doutrina de Immanuel Kant, pode-se afirmar que a regra moral é aque-
la posta por um agente externo, sendo, desse modo, heterônoma.
Do ponto de vista kantiano, a regra moral é autônoma, sendo posta pelo próprio indivíduo.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 187. O pensamento de Ronald Dworkin possui diversas divergências com o de Herbert
Hart. No entanto, ambos convergem na aceitação de que o direito positivo depende exclusiva-
mente de fatos sociais.
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Na verdade, Dworkin admite que o direito é determinado também por fatos morais, contrariando o câno-
ne positivista.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 188. Se uma pessoa se colocar em uma situação mais vantajosa socialmente em razão
de seus talentos naturais não é possível dizer que há qualquer injustiça, de modo que isso não
gera qualquer consequência do ponto de vista da justiça de John Rawls.
Considerando que um talento natural é imerecido, ou seja, surge arbitrariamente, não seria justo com
relação aos demais uma vantagem em razão de uma vantagem dessa natureza. Daí porque ela tem conse-
quências do ponto de vista da justiça rawlsiana, já que é justamente esse tipo de desvantagem arbitrária
que vai motivar toda a edificação de uma teoria com foco nos mais desfavorecidos.
💡💡 GABARITO: ERRADO
De fato, para a sociologia tradicional, emprego e renda são os principais critérios para a estruturação de
grupos sociais. No entanto, autores mais recentes têm buscado outros critérios, como questões culturais,
estilo de vida, padrões de consumo etc. Esta abordagem “embaralha” um pouco os conceitos tradicionais
de classe.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 190. Dentro de uma concepção originalista do direito, o juiz está limitado aos valores já
presentes no texto legislativo, os quais estão ligados às intenções do próprio legislador.
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💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 191. Há uma inegável centralidade do Poder Judiciário na resolução dos conflitos, já
que é através do aparato estatal que são obtidas as soluções mais eficientes e menos traumáti-
cas.
É muito importante termos em mente que, do ponto de vista da sociologia jurídica, os modos de solução
de conflitos feitos no âmbito do Poder Judiciário são sempre colocados sob crítica. Trata-se, afinal, de
um sistema lento, burocrático e que nem sempre consegue efetivamente compor os conflitos. Daí porque
há um progressivo reconhecimento da importância de meios alternativos de solução de conflitos, em
especial junto às comunidades. Estas formas de solução de conflito tendem a acomodar de forma mais
eficiente as tensões do tecido social e, desse modo, propiciar uma maior pacificação social.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 192. O pluralismo jurídico desafia a ideia, típica do capitalismo, de que há uma fonte
exclusiva de produção do Direito.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 193. Dentro de um modelo marxista, as classes sociais estão ligadas à relação das pes-
soas com os meios de produção.
Como explica Antônio Sergio Spagnol, “para os marxistas, a classe social está ligada às relações dos ho-
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mens com os meios de produção. Estas relações determinam a existência de classes sociais, as quais fa-
zem parte do sistema e não existem isoladamente, mas só em relação umas com as outras. Marx aponta
que a história sempre foi uma representação da luta de classes e as relações entre elas determinam seus
interesses de classe” (Sociologia jurídica. São Paulo: Saraiva, 2013, p. 120).
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 194. Em que pese os privilégios de classe estejam presentes nas sociedades contempo-
râneas, o surgimento deles decorre sempre de uma contrariedade ao direito.
A partir de uma interpretação marxista, temos o direito como uma mera reprodução da superestrutura
econômica. Neste sentido, é um instrumento de dominação. Mas mesmo uma interpretação não marxis-
ta, ou seja, que admita que o direito pode ser utilizado para alterar estruturas sociais injustas (e daí até
mesmo a função da Defensoria Pública), temos que o direito com frequência é usado para legitimar desi-
gualdades. O erro decorre, portanto, da palavra “sempre”.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 195. Em que pese possa se falar da inexistência de violência para a criação e perpe-
tuação de privilégios, podemos dizer que a reprodução destas estruturas depende da “violência
simbólica” tal qual desenvolvida por Pierre Bourdieau.
Como explica Jessé de Souza, a violência simbólica “é uma noção do sociólogo francês Pierre Bourdieu
para se diferenciar da noção de “ideologia” em Marx e enfatizar o trabalho da dominação social como
tendo seu núcleo na tentativa de fazer o dominado aceitar por “convencimento” as razões da própria
dominação”.
💡💡 GABARITO: CERTO
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Ponto do edital:1 Realidade étnica, social, histórica, geográfica, cultural, política e econômica do Distrito
Federal e da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE), instituída pela Lei
Complementar nº 94/1998 e suas alterações.)
A RIDE materializa competência constitucional da União (art. 21, IX) e foi criada pela LC 94/1998, sendo
plenamente viável a extensão de seus limites, o que já ocorreu (via LC 163/2018). De fato, a RIDE engloba
hoje municípios de GO e de MG(!), como é o caso das cidades mineiras de Arinos, Buritis, Cabeceira Grande
e Unaí.
💡💡 GABARITO: ERRADO
Ponto do edital:1 Realidade étnica, social, histórica, geográfica, cultural, política e econômica do Distrito
Federal e da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE), instituída pela Lei
Complementar nº 94/1998 e suas alterações.)
Trata-se de previsão formal da LC 94/1998, em seu artigo 1º, §2º: Art. 1º [...] § 2º Os Municípios que vierem a
ser constituídos a partir de desmembramento de território de Município citado no § 1º deste artigo passarão
a compor, automaticamente, a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 198. A construção de Brasília, ideia historicamente recente, que apenas ganhou força
no começo do séc. XX, decorreu do ideal modernista e da tentativa de afastar a capital do litoral
para fins de defesa militar, pensamento que fundamentou a chamada expedição Cruls, em 1942.
Ponto do edital:1 Realidade étnica, social, histórica, geográfica, cultural, política e econômica do Distrito
Federal e da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE), instituída pela Lei
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Já no Brasil Colônia do século XVIII o governo português cogitava a possibilidade de transferir a capital
do Brasil para o interior. A primeira Constituição da República (1891) estabeleceu, em seu artigo 3º, a área
de 14 mil Km² no planalto central, a ser demarcada para a transferência da futura capital (a mudança
seguiu prevista nas Constituições de 34 e 46!). Em 1892 o presidente Floriano Peixoto determinou que
uma comissão de cientistas explorasse o Planalto Central e demarcasse a área que seria destinada ao DF:
a Comissão Exploradora do Planalto Central, chefiada pelo astrônomo e geógrafo belga Louis Ferdinand
Cruls, conhecida como “Missão Cruls”, que demarcou 14.400 Km² considerados adequados para a futura
capital, o “Quadrilátero Cruls”, tendo apresentado seu relatório final em 1894.
💡💡 GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 199. Considerado padroeiro de Brasília ao lado de Nossa Senhora Aparecida, Dom Bos-
co, santo católico fundador da congregação dos salesianos, foi assim nominado em virtude de
um sonho que teve quando previu um local abençoado e berço de uma nova civilização exata-
mente entre os paralelos geográficos em que hoje é localizada Brasília.
Ponto do edital:1 Realidade étnica, social, histórica, geográfica, cultural, política e econômica do Distrito
Federal e da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE), instituída pela Lei
Complementar nº 94/1998 e suas alterações.)
Em 1883, o italiano São João Bosco, ou “Dom Bosco”, fundador da Congregação dos Salesianos viu, em
sonho, o surgimento de uma nova civilização, entre os paralelos 15° e 20° do hemisfério sul, descrevendo
a região com um lago. Brasília está localizada no mesmo espaço geográfico delimitado pelo sonho, ergui-
da às margens do Lago Paranoá (criado artificialmente e previsto desde a missão Cruls a fim de aumentar
a umidade da cidade, localizada numa região bastante seca boa parte do ano). É por tal razão que Dom
Bosco é o padroeiro da cidade, ao lado de Nossa Senhora Aparecida.
💡💡 GABARITO: CERTO
QUESTÃO 200. Sendo uma cidade projetada, Brasília teve o seu Plano Piloto tombado como pa-
trimônio histórico nacional e a Unesco o inscreveu na lista do Patrimônio Mundial, mérito, dentre
outros, do projeto urbanístico da cidade, elaborado, após vitória em concurso, por Oscar Nieme-
yer.
Ponto do edital:1 Realidade étnica, social, histórica, geográfica, cultural, política e econômica do Distrito
Federal e da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE), instituída pela Lei
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Todos os fatos narrados na assertiva são reais, exceto a autoria do projeto urbanístico da cidade, que é
de LÚCIO COSTA (após vencer concurso público, em 1957). OSCAR NIEMEYER foi o responsável pelo plano
ARQUITETÔNICO de Brasília.
💡💡 GABARITO: ERRADO