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Tratamento Sintomático
Vômito: mecanismo de defesa mediado pelo centro do vômito. É raro em equinos, ou seja, se estiver presente
é uma afecção grave; ausente em ruminantes, roedores, cobaias e coelhos; indicados em carnívoros, primatas
e suínos.
Eméticos: indicados para tratamentos das intoxicações, expulsão de corpo estranho recém ingerido e para
anestesias caso não tenha sido feito jejum. São contraindicados em casos de alterações de consciência (falsa
via), ingestão de corrosivos (podendo lesionar mais ainda estomago e esôfago) e dor abdominal aguda (corpo
estranho).
- Eméticos de ação central: ação direta no centro do vômito no SNC.
Morfina e Apomorfina: ideal para cães, suínos e aves sem resposta e gatos com
intoxicação.
Xilazina: gatos mais sensíveis ao efeito emético; promove sedação moderada.
- Eméticos de ação periférica: irritação da mucosa gástrica – vômito. Via oral: irritação por estimulação
de receptores do estomago e faringe- via vagal e simpática.
Cloreto de sódio (solução hipersaturada)
Peróxido de hidrogênio 3%
Xarope de Ipeca
Sulfato de Zinco 1%
Sulfato de Cobre 1%
Anti-eméticos: usados para prevenir o vômito patológico ou cinetose.
- Ação central: mais usados;
Metoclopramida: bloqueia receptores D2 na Zona quimiodeflagradora do vômito;
estimula motilidade do TGI – Ach -> esvaziamento do TGI; efeitos adversos são
alterações comportamentais e convulsão; cães e gatos
Fenotiazidas e Butirofenonas: “mistos”- ação central e na mucosa gástrica (periférica);
neurolépticos; em baixas doses são anti-eméticos; sedação e hipotensão são efeitos
adversos; cães e gatos
Ondansetrona e Dolassetrona: Bloqueadores seratoninérgicos; possuem ação mista;
indicados para vomito profuso ou repetitivo; cães.
Prometazina (Dramin) e Difenidramina: impulsos histaminérgicos e colinérgicos;
vômitos de origem vestibular (cinetose); Prometazina e Difenidramina
Atropina: bloqueador coliérgico; efeito colateral – taquicardia, midríase, retenção
urinária
Maropitant: antagonistas de receptores de neurocinina-1 (centro do vomito); indicados
para vomito profuso ou repetitivo
- Ação Periférica: Gelo picado ou água gelada que causam vasoconstrição; bebidas gasosas pois fazem
‘massagem’ na mucosa irritada; vitamina B6 e citrato de sódio.
Terapêutica das doenças inflamatórias do TGI: remoção da causa primária, manejo dietético (hipoalergênica),
controle da inflamação.
Drogas: Salicilatos – Subsalicilatos ou Citrato de Bismuto/ Sulfassalazina/ Mesalazina;
Corticosteróides – Prednisona, Dexametasona
Antibióticos com ação antiinflamatória: Metronidazol, Tilosina
Imussupressores: Azatioprina, Clorambucil, Ciclosfofamida.
Insuficiencia renal
- IRA ou IRC
- Diferenciar IR intrínseca (lesão no rim), pré (sistêmico: desidratação-hipovolemia; cirurgia; drogas que
diminuem perfusão renal; ureia e creatinina aumentam) ou pós renal (obstrução uretral por calculo, tumor,
coagulo ou por rompimento de bexiga e uretra)
- Diferenciar IRA de IRC
- Determinar gravidade
- Histórico: poliúria, polidipsia, vomitos, anorexia, perda de peso.
IRA: desidratação; isostenuria; ulceras orais; halitose; hipotermia; vomito e diarreia; dor a palpação renal e
aumentado; hipertensão arterial
IRC: poliuria, polidipsia, letargia, desidratação, vômitos, edema, ulcera oral, ascite, palidez de mucosa,
debilidade, não tem dor a palpação renal.
-Tratamento:
hidratacao- reverter a desidratação e promover filtração renal; ringer lactato (paciente com
insuficiência renal normalmente tem acidose, por isso prefere usar ringer lactato) ou nacl 0,9%;
reposição- grau de desidratação (reposição, perdas - vômitos e diarreia 60 ml/kg/h, velocidade 10 a 20
ml/kg/h)
Correção da oligúria: produção de urina menor que 0,25 ml/kg/h; faz primeiro a expansão de volume
(fluidoterapia) com ringer lactato ou nacl, se não aumentar a produção utiliza manitol (diurético) 10 a
20% - 0,5 a 1 mg/kg em 15 a 20 min e se após uma hora não surtir efeito pode repetir o procedimento
em uma dose menor, se não puder usar o manitol usa Furosemida 2 a 8 mg/kg. Paciente renal crônico
pode entrar varias vezes em quadro de oligúria
Vomito: antieméticos; Bloqueadores de hidrogênio (cimetidina) (omeprazol é mais eficiente que os de
hidrogenio); Sucralfato- não usa em animais que estão vomitando pois ele é VO ( 0,25 a 1g VO);
lidocaína (ulceras bucais - alivio). Quando não consegue controlar o vomito usa Ondansetrona que é
mais forte.
*Acidose metabólica: causa - não excreção de hidrogênio; SC: taquipneia, depressão miocárdica, morte;
bicarbonato de sódio 1 a 2 mEq/kg IV ( 8,4% 1 ml= 1mEq) e 8 a 12 mg/kg; gatos: 15 mg de bicarbonato ou 30
mg de citrato de potássio
*Hipocalemia: Sinal Clinico- fraqueza, anorexia, poliuria, polidipsia, arritmia cardíaca; cloreto de potássio 1
a 2 mEq/kg IV (10% 1 ml= 15 mEq) - V (0,5mEq/kg/h) e em gatos: 2 a 4 mEq/dia 2x ou 2 a 8 mEq gluconato de
potássio na ração.
*Hipercalemia: indica oliguria grave; SC: fraqueza, arritmia cardíaca; fluido e glicose 50%.
*Hipocalcemia: IRC; SC: tremores, taquipneia, marcha rígida, taquicardia, convulsão; gluconato de calcio a
10% 0,5 a 1ml/kg IV
*Hipercalcemia: baixa excreção de urina - reidratação; rara.
*Hiperfosfatemia: indica baixa filtração glomerular (80% néfrons); agrava lesões renais; quelantes de
fósforo- hidróxido de alumínio ou carbonato de cálcio 30 mg/kg 3x/dia; dietas balanceadas - inicio 0,5% fósforo
por 2 a 4 semanas; calcitriol 2,5 a 5 mg/kg/dia - hiperfosfatemia persistente, monitorar hipercalcemia.
Restrição de proteína: ureia maior que 75 mg/dl e creatinina maior que 2,5 mg/dl; melhora
sintomatica; excessiva- ma nutrição e perda de peso; necessidade proteica (cão: 4 a 5% de 4,4
mg/kg/dia e gato: 26 a 32%)
Manejo da anorexia: aumenta metabolismo endógeno e agrava doença renal; dieta de alta
palatabilidade; estimulantes de apetite (diazepam, oxazepam, flurazepam, cipro-heptadina- menos
efeito colateral em gatos)
Manejo da anemia: corrigir deficiência de ferro (sulfato de ferro 50 a 100 mg pra gato e de 100 a 300
mg pra cão); eritropoetina (utiliza a humana): utiliza quando ht ta menor que 25%, inicio 100 U/ kg SC
3x/dia, manutenção 50 a 100U 2 a 3x/ semana; transfusão sanguinea (ht menor que 17%).
Urolitiase
Formação de cálculo no TU
Ocorrência de 3%
Maior em machos (63%)
Tratamento clinico e/ou cirúrgico
Prevenção
Urólitos de cistina
Dieta: baixa proteína, restrição de sódio, alcalinizante; ração úmida ou seca com adição de água -
diurese.
Drogas que aumentam solubilidade a cistina
Alcalinizantes: aumenta solubilidade da cistina.
Urolitos de silica: dieta com pouca proteína vegetal; indução da diurese; indicação: cirurgia; prevenção: evitar
acidificação urinaria, evitar dietas proteína vegetal, ração úmida ou seca com água - diurese.
SISTEMA TEGUMENTAR
- A pele apresenta secreções, ceratinócitos, bactérias e fungos, sendo importantes banhos regulares (a cada 7-
15 dias) para evitar doenças dermatológicas.
- Cuidados pré- banho Escovação do animal, inspeção do animal, corte de unhas, tricotomia de pelame e
tampar pavilhões auriculares com algodão.
- Shampoos Remove sujidades, torna o pelo macio, brilhante e penteável. Usar pH neutro de preferência.
- Condicionadores Reduzem a eletricidade estática, encorpa e suplementa o pelame com óleos e ácidos
graxos.
Tópicos de uso terapêutico:
- Shampoos
- Pós
- Soluções
- Loções
- Emulsões, pomadas, unguentos e cremes
- Produtos manipulados
PRINCÍPIOS ATIVOS:
- ADSTRINGENTES:
- Usados em infecções bacterianos em que há muita exsudação, pois além de reduzi-las e secam a área. Podem
causar irritação.
- Indicada para dermatoses agudas, subagudas e crônicas.
- Podem ser de origem vegetal; sais (permanganato de potássio, nitrato de prata); ácidos (acido acético- 10%).
-EMOLIENTES E UMECTANTES
- Os primeiros amaciam, lubrificam e suavizam a pele e os umectantes aumentam o teor hídrico da pele,
corrigindo a secura. Pode ter origem vegetal, origem animal, ser hidrocarbonetos ou cera de abelha.
DESSEBORRÉICOS
- Controlam a produção das glândulas sebáceas. Podem estar na forma de unguentos, cremes, loções e
shampoos.
- A maioria é a base de enxofre.
ANTIPRURIGINOSOS
- Minimizam o processo pruriginoso não substitui o tratamento sistêmico
- Prurido é um sinal clínico de dermatopatias.
- Shampoos: Agem contra os mediadores Remoção, inativação e depleção de mediadores inflamatórios.
- Removem substancias irritantes da pele e podem estar associados a adstringentes (desnaturam proteínas) e
corticoides tópicos (agem nos mastócitos).
- Alguns substiruem a sensação de prurida por outra, como frio ou calor Cânfora, pasta d´água, aveia.
- Usada para evitar traumatismos e deve estar associado a colar elisabetano e roupas.
ANTIBACTERIANOS TÓPICOS
- Antibióticos X antsépticos
- Clorexidina É o mais usado na clínica. Age como antisséptico e desinfetante. São bons para tratar fungos,
vírus e bactérias. Usado em 2 a 3 % em shampoos. É pouco irritante e bom poder residual podendo ser usado
em gatos.
- Triclosan (irgasan) Usado em shampoos, sabonetes e soluções alcoólicas ou cremes. Considerado
bacteriostático e é usado mais para grandes animais.
-Oxidante mais usado O peróxido de benzoíla é muito usado, pois tem ação secatica, antibacteriana,
descamaticva., desengordurante e comedolítca. Bastante usado em tratamento de demodicose, piodermites e
seborreias. São formulados nas formas de shampoos, sabonetes, cremes e géis. Podem causar descoloração de
pelo escuro.
- Outros oxidantes A água oxigenada é germicida pela liberação de O2, oxidando as membranas lipídicas. É
ruim como bactericida sendo melhor como esporocida, tem baixo poder de penetração (não alergênico),
podem retardar a cicatrização. O permanganato de potássio tem ação bactericida, adstringente e fungicida
(cândida sp), são bem usados em quadros exsudativos e pode machar a pele e mucosas, sendo inativado com
matéria orgânica. Não pode passar por muito tempo, podem causar irritação.
- Álcoois Precipita proteína e desidrata protoplasma, porém podem ser irritantes em áreas lesadas. Usada
antes de procedimentos invasivos.
- Ácido acético Podem matar stafilococos, pseudomonas, malassezia e age como ceruminolítico.
- Fenóis e cresóis Desnatura proteínas e tem ação moderada como antifúngico e antipruriginoso, porém é
irritante em alta concentração. O hexaclorofeno não deve ser usado em felinos.
- Halogenados O iodo pode estar na forma de lugol ou tintura de iodo. São bactericidas, viricida, fungicida e
esporocida. O iodo povidine é a forma mais usada, pois é menos alergênico. O cloro tem baixo custo, ação
rápida e baixa toxicidade, porém podem causar irritação ocular e nasal.
- Propilenoglical Geralmente já vem em algum shampoo, pois são forte e pouco usados diretamente na
clínica. Podem agir como antimicrobianos e acaridica.
- Lactato de etila Diminui o pH da pele, agindo como bactericida. Há controvérsia contra sua eficácia.
ANTIBACTERIANOS SISTÊMICOS:
- Cefalexina (primeira geração)- Cefalosporina
- Ceftiofur (quarta geração)- Cefalosporina
- Enrofluoxacina ( quinolona de 2 geração) Evitar em filhotes, pois pode causar problemas articulares.
- Amoxicilina + clavulanato ( aminopenicilina)
ANTIINFLAMATÓRIOS
- Tópico: Corticoides: Triancinolona, betametasona, clobetasol. Tem baixos efeitos colaterais e penetram na
pele para circulação. Indicados para dermatoses alérgicas, sendo recomendado em casos agudos os cremes e
em casos crônicos as pomadas (fazer oclusão com gaze). Pode ser usado shampoos.
- Sistêmico: Prednisona e cortisona.
Antifúngicos:
- Hipossulfito de sódio Usado para malassezia, porém tem odor sulfúreo.
- Imidazólicos Cetoconazol, clotrimazol, miconazol. São os mais usados.
- Ácido benzoico Pomadas, tinturas e talcos, sendo contra- indicado para gatos. Pouco usado em vet, sendo
a apresentação humano.
- Ácidos carboxílicos Fungistático na forma de pós, solução e cremes. Apresentação humana e são pouco
usados. Apresentaçã: Micoz ou adriodermol.
- Iodo Solução ou pomada de 2 a 3%. A presentação: Fungol ou hebrin.
- Iodocloro Não usar em felinos e são menos potentes, sendo pouco usados pois mancham os pelos dos
animais e fômites.
- Nistatina Dermodex ou panalog. Lesão localizada e circunscrita.
- Tratamento sistêmico Griseofulvina (só hospitalar), cetoconazol ( 2 opção, pois é mais barato e deve ter
cuidado com gatos, pois é mais forte), iodeto de potássio e itraconazol (mais usado).
ANTIPARASITÁRIOS:
Amitraz Ação escabicida, otocaricida, demodecida, ixodicida e queileticida. Apresentação: Triatox ou butox.
Pode ser usado para banhos semanais (2 a 4ml/L) e em casos otológico usar 1ml em 10 a 30ml de óleo mineral.
Usar com muita cautela, pois causa intoxicação. É inativado pela luz. Pode ser usado para ambiente. A
temperatura pode potencializar seu efeito tóxico. A intoxicação pode ser revertida com iombina.
Enxofre Ação escabicida, ceratoplástico e ceratolítico, fungicida. Apresentação em pomada, suspensão ou
creme. Pode causar irritação, ter odor desagradável e manchar pelames e jóias. Apresentação: Catamin;
Dermic e Salisoap.
Deltametrina Ação escabicida,pediculicida, ixodicida. Shampoos, coleira, sabonetes. Apresentação: Deltacid
e Scalibor (contra leishmaniose). São bem usados.
Selamectina Ótima, porém com custo elevado. Ação escabicida, otocaricida, ixodicida. Apresentação:
Revolution. Seguro para cães jovens e felinos (1, 5 meses).
Bezeno-y-hexaclorado Ação escabicida e pediculicida. Não usar nunca em felinos, fêmeas prenhes e animais
jovens. São pouco usados. Apresentação: Escabin
Benzoato de benzila Ação escabicida e pediculicida. Não usar nunca em felinos. Apresentação: Acarsan. São
pouco usados.
Sistêmicos Ivermectinas (demodex), moxidectina.Ex: ivomec, vetmax
SHAMPOOS:
- Shampoos desseborréicos, antibacterianos, antimicóticos e antiparasitários com microesferas que se rompem
durante o banho e fixam na pele. Importante: Permanência de tempo necessário para ação do princípio ativo e
massagem correta.
TERAPÊUTICA OTOLÓGICA
OTITE:
- A otite pode ser externa, média ou interna e ter etiologia multifatorial, devendo-se detectar os agentes
presentes para iniciar o tratamento.
- Fatores primários Ácaros, corpos estranhos, atopia, hipersensibilidade, fungos, neoplasia e trauma.
- Fatores secundários Conformação do conduto, síndrome de banho e tosa, falhas em tratamentos passados,
obstrução de conduto e enfermidade sistêmica.
- Fatores perpetuantes Bactérias, fungos, otite média, hiperplasia do conduto, hiperceratose do conduto.
- Tratamento tópico e/ou sistêmico 21 dias. Deve ser instituído após swab de cultura (resultado de avaliação
clínica).
MEDICAÇÃO:
MALASSEZIA- LEVEDURA:
- Cetocinazol, isoconazol, miconazol, tiabeldazol
BACTÉRIAS:
- Staphylo, proteus, pseudomonas e escherichia.
- Eritromicina, clindamicina, penicilinas e lincomicina
ATOPIA- HIPERSENSIBILIDADE:
- Clemastina (alergovet) ou hidroxizina (hixizine) de uso oral que inibem o receptor H1 da histamina.
Tratamento de 21 a 30 dias.
- Corticóides Reduzem a resposta inflamatória intensa Admnistração tópica terá ação sistêmica. Pode ser
associado com antibióticos e antifúngicos dependendo do grau da infecção.
AGENTES ACARICIDAS:
- Piretrinas; diazinon, monossulfiram, organosfosforados e avermectinas.
- Tratamento tópico e/ou sistêmico
- Mais usados: Ivermectina e fipronil ( frontiline).
FITOTERÁPICOS:
- Ginkgo biloba antioxidante e otoprotetor
- Óleo de Neen Ação antiparasitária, inseticida e antisséptica.
- Óleo de melaleuca.
CERUMINOLÍTICOS:
- Agentes limpadores que dissolvem o cerúmem, surfactantes, emulsificantes e acidifica o conduto auditivo.
São usados para limpeza e não como remédio. Não utilizar em caso de rompimento timpânico.
LAVAGEM AUDITIVA:
- Indicação: Presença de exsudato grave nos condutos, presença de cerúmen acentuado, presença de bactérias
negativas, deformidades de conduto ou obstrução parcial do meato acústico externos. Fazer com anestesia
(jejum alimentear de 12h e hídrico de 6 horas).
- Benefícios: Remove excesso de sujidades, melhora epitelização, reduz população bacteriana, permite maior
ação de produtos otológios e alívio ao paciente.
- Riscos: Maceração excessiva do epitélio auditivo (trauma ou irritação) e ototoxidadde.
- Soluções de lavagem: Soro ficiológico, solução de limpeza com soro fisiológico e detergentes, soluções
emulsificantes ou soluções espumantes (reagem com pus formando bolhas de oxigênio). Procedimento
cirúrgico.
Produtos otológicos mais usados:
- Zelotril--. Atb + corticoide
- Natalene antiparasitário, atb
- Otodem
- Aurivet
TERAPÊUTICA DE INTOXICAÇÕES
- É uma conduta de urgência Instituir terapia de emergência
- Determinação do diagnóstico clínico Emprego de medicamentos necessários para manter o animal estável
- Determinação da fonte de exposição ao agente tóxico tentar eliminação
- Verificar se é realmente uma intoxicação Questionar se o animal foi visto com possível agente tóxico, a via
de exposição, sinais clínicos apresentados e tempo de surgimento e se outros animais apresentam o mesmo
quadro (intoxicação ambiental ou alguma doença viral que causa convulsão).
MEDIDAS DE URGÊNCIA:
- Manutenção das funções vitais
1- Respiração O animal chega com o quadro de taquipnéia/ dispneia ou cianose. Nesse caso, desobstruir vias
aéreas e iniciar a oxigenioterapia com 30 a 40% de fluxo de 10l/min e umidificação de vias aéreas. Depois,
entrar com estimulantes de respiração como cloridrato de doxapran e broncodilatadores como aminofilina em
casos agudos (evitar em cardiopatas).
2- Convulsões Administrar diazepan ou associar diazepan com xilazina ou usar barbitúricos de ação ultra-
curta- tiopental (causa depressão respiratória) .Em equinos, geralmente, usa-se o glicerilguaiacolato 110mg/kg
(50g em 500ml de soro).
3- Reposição hidroelétrica Identificar se há choque hipovolêmico, vasculogênico ou cardiogênico. Verificar a
condição do animal e analisar qual o melhor expansor de volemia: Transfusão sanguínea (perde muito sangue),
expansores plasmáticos (plasma , albumina) ou fluidoterapia (solução de NaCl ou solução de ringer lactato).
Dose de fluido para choques : 90ml/
4- Estabilizadores de volemia Utilização de corticoides como hidrocortisona (vasculogênico ou
metilprednisolona).
5- Cardiovascular O animal pode apresentar arritmias, taquicardia/bradicardia ou parada. Em caso de parada
cardíaca, usar adrenalina que tem ação cardioestimulante e vasopressor. Em caso de bradicardia, usar em
atropina. Se o pulso estiver fraco e o coração fraco, usa-se o gluconato de cálcio, que prolonga a contração do
miocárdio. Em caso de arritmia usar propranolol e aminofilina (ação broncodilatadora e aumenta a FC). Fazer a
ventilação adequada, hidratação e equilíbrio ácido-básico.
6- Controle da dor e outros Analgésicos ( dipirona, codeína, meperidina, morfina), controlar hemorragias (vit.
K sempre IM para evitar efeitos colaterais, hemoblock) e hipotermia ( cobertor, aquecedores, ringer ou enemas
aquecidos), hipetermia ( gelo, dipirona) e se for associada a convulsão, então controla convulsão e a T°
normaliza. Cuidado com dipirona, pois pode causar
AVALIAÇÃO INICIAL DO PACIENTE INTOXICADO:
- ANAMNESE: Informações do paciente, ambiente e circunstâncias envolvidas.
- EXAME FISICO: odores, hálito, úlcera.
- Retardar ou impedir absorção de agente tóxico:
- Em caso de exposição cutânea, dar banho ( sempre com proteção do proprietário e do paciente , protegendo
olhos, focinho e cavidade nasal) e não usar água quente pois causa vasodilatação e aumenta absorção.
- Em caso de exposição ocular, lavagem imediata do olho por 20 a 30 minutos com soro ou água corrente e
auxílio de colírio anestésico se necessário e depois fazer avaliação oftálmica.
- Em caso de exposição inalatória, retirar o animal do local de risco com manutenção em local arejado e
suporte respiratório, caso necessário.
- Exposição gastrointestinal O tempo de exposição é importante. Se o tempo for imediato, reduzir
abosorção do agente por indução de êmese em carnívoros e suínos, lavagem gástrica, transformação do agente
tóxico em forma não absorvível, catárticos (aumenta motilidade) e eliminação direta do agente tóxica. Não
induzir êmese em caso de
Eméticos: Apomorfina (depressão respiratória) e xilazina ( depressão respiratória, sedação e bradicardia, sendo
mais indicado para felinos), xarope de ipeca ( não usar com carvão ativado para não perder a função) e
peróxido de hidrogênio- água oxigenada (irritação gástrica). Não induzir vômito quando a ingestão foi há mais
de 2h e quando foi ingerido substâncias cáusticas, destilados de petróleo, substancias voláteis, agente
desconhecido..
Lavagem gástrica: Dilui substancias cáusticas ingeridas, remoção rápida de não exposição da mucosa ao agente
tóxico, permite administração de carvão ativado. Não tem muito efeito em grandes animais. Indicada em até
2h após a ingestão, com intubação endotraqueal e sedação, sonda gástrica de grande calibre para evitar falsa
via, grande volume de água morna e usar 5 a 10ml/kg por 10 a 15x. O carvão ativado pode ser usado de 2 a
8ml/kg ( 1g/5 a 10ml de soro) como última lavagem. Desvantagens: Anestesia geral em pacientes intoxicados
pode não ser bom, traumatismo esofágico e se for partículas sólidas ou grandes volumes ingeridos, ela será
ineficaz.
Transformação em composto insolúvel:
Feita por vários métodos. Pode ser feito por meio da complexação, em que se precipita o agente ou forma
complexo insolúvel com o tóxico com agentes quelantes como D-penicilamina e EDTA ( para metais pesados
como chumbo, zinco, cadmio ou mercúrio orgânico). Pode ser feito também por ionização, em que se altera o
pH do agente tóxico, reduzindo sua absorção pela membrana. O método mais usado é o de adsorção, em que
há a captação física das moléculas tóxicas por meio de incorporação a um carreador não absorvível e posterior
eliminação ( ex: carvão ativado, caulim, pectim). O carvão ativado é diluído em água e administrado por
seringa grande ou tubo estomacal (inconsciente) 3x ao dia po 2-3 dias.
Catárticos Os catárticos são usados para acelerar a eliminação do resto de agente tóxico do TGI. Os
catárticos podem ser salinos, como o sulfato de sódeio; magnésio e sorbitol ou laxantes emolientes, como óleo
mineral (lesões da mucosa TGI). Em ruminates, a rumenotomia é mais indicado. Os catárticos são contra-
indicado em casos de diarreia, desidratação ou obstrução intestinal. Em insuficientes renais não usar o sulfato
de magnésio.
Enemas Eliminação de resíduos tóxicos da porção final do TGI.
Eliminação direta Gastrotomia; enterotomia em casos graves.
Inativação e eliminação de agente tóxico absorvido:
- Antagonismo competitivo: Atropina age contra organosfosforados e carbamatos
- Competição por receptores essenciais: Vitamina K
- Aceleração da excreção do agente tóxico: íon sulfato acelera eliminação de cobre em ruminantes
- Complexação com agente tornando-o inerte
- Diuréticos Aumenta a diurese com manitol ( 0,25-0,5mg/kg IV por 30 min), furosemida. Monitorar
desidratação, hipotensão e desequilíbrio eletrolítico.
- Modificação do pH da urina Aumento da excreção da urina, alcalinização da urina ( bicarbonato de cálcio,
ringer lactato ou lactato de sódio), acidificação (cloreto de amônio, ácido ascórbico- vitamina C- 2ou 3x ao dia).
- Diálise peritoneal Indicado em casos de agente tóxico de baixo peso molecular, agente tóxico hidrossolúvel
e baixa ligação a proteínas. Problema: Peritonite.
EXAMES COMPLEMENTARES:
- Hemograma
- Doasgens séricas
- ECG- RX
- Urinálise
- Prova de coagulação