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FLETCHER, Banister. F. A History of Architecture on the comparative method.

London: Athlone Press, 1896.

Versão on-line:

FLETCHER, Banister. F. A History of Architecture on the comparative method.


London: Batsford, 1905. Disponível em:
[http://archive.org/details/historyofarchite00fletuoft]

ARQUITETURA DA RENASCENÇA NA EUROPA

INFLUÊNCIAS

i Geográficas

O movimento da Renascença,surgindo na Itália no século XV, se espalhou a


partir de então para a França, Alemanha e Inglaterra e sobre todo o oeste da
Europa — sobre o que havia sido o Império Romano Romano no oeste. O
império do leste, não esteve sob sua influência, porque os gregos no leste, os
quais haviam sido o povo mais civilizado na Europa, estavam agora caindo sob
os turcos.

ii. Geológicas
iii. Climáticas

Se referem a cada país.

iv. Religião

A invenção da prensa, a qual ajudou a espalhar o conhecimento, o espírito da


pesquisa e a difusão da liberdade de pensamento, levaram, entre as raças
teutônicas, a um desejo de romper com a influência católica. Este desejo foi
originalmente fomentado por Wycliffe na Inglaterre (1377) e por Martinho Lutero
na Alemanha (1517), países nos quais a Reforma na religião procedeu lado a
lado com a Renascença na Arquitetura.
Este renovado vigor no pensamento e na literatura foi acompanhado por uma
nova era construtiva no norte europeu. Na Inglaterra, as arquiteturas civil e
doméstica receberam impulso, a partir da difusão, entre os leigos, da riqueza e
das terras dos monastérios, dissolvidos por Henrique VIII.
Na Itália, por outro lado, onde a reforma, não tomou posse, e onde,
comparativamente, poucas igrejas tinham sido construídas à maneira gótica
durante a Idade Média, um “revival” de Arquitetura eclesiástica toma lugar, e
em cada cidade importante igrejas renascentistas foram executadas em grande
escala e de uma maneira mais completa. Os Jesuítas, os quais encabeçaram a
Contra-reforma, carregaram o estilo para todas as partes, ao mesmo tempo,
conferindo um caráter especial.

v. Sociais e Políticas
Um novo movimento intelectual manifesta-se mais cedo na literatura do que na
arquitetura e, assim, a primeira influencia o gosto do público. Dante (1265-
1321), Petrarco (1304-1374), e Bocaccio (1313-1375) se encarregaram de
difundir a recém descoberta literatura clássica, que causou uma revolta contra
a arte medieval e a subsequente queda de Constantinopla em 1453 causa um
influxo de estudiosos gregos para a Itália, cujo aprendizado foi uma importante
influência, em uma época na qual foi amadurecida por uma grande mudança
intelectual.
Novamente, entre os manuscritos de autores gregos e latinos trazidos à luz por
volta desta época, foi o livro de Arquitetura de Vitrúvio, escrito em 50 a.C., o
qual foi traduzido para o italiano em 1521. Erasmo (1467-1536), um dos
poucos estudiosos gregos do período, trabalhou duro para direcionar a atenção
do público ao texto original do novo testamento e aos clássicos gregos, como
um contra-argumento aos escritos dos filósofos medievais, cuja autoridade
havia suportado um domínio exclusivo.
A arquitetura italiana foi naturalmente a primeira a ser afetada, pois o estilo
gótico nunca teve um apoio firme nos italianos, os quais tinham em mãos as
relíquias romanas antigas, como o Panteão, a basílica de Maxentius, o Coliseu,
os restos dos grandes banhos e do Foro Romano. Na Itália, portanto, onde o
feudalismo nunca tinha completamente se estabelecido e onde as
municipalidades tinham desenvolvido um espírito de iniciativa municipal,
praticamente um retorno direto foi feito às formas romanas.

vi. Históricas

No começo do século XVI, houve um agrupamento geral dos estados menores


em reinos independentes, sob poderosos governantes, os quais governaram
com autoridade e mantiveram grandes exércitos de pé. Três grandes invenções
tiveram uma importante: a pólvora, que mudou todo o método de guerra — o
compasso de marinheiro, que levou à descoberta das Índias Ocidentais (1492)
e da América e a fundação de colônias pelos estados europeus — e,
finalmente, a prensa, a qual favoreceu que aquela agitação da mente humana
que causou a reforma na religião e o renascimento da aprendizagem. A
gravação em placas de cobre foi descoberta no terceiro quarto do século XV.
Galileu (1564-1642) provou que a Terra não era o centro do universo, mas
meramente um minúsculo planeta no sistema solar.

2. Caráter Arquitetônico

O Renascimento do século XV na Itália, e o do Séc. XVI em outras partes da


Europa ocidental, foi uma ruptura naquela ordenada evolução da arquitetura a
qual é baseada na natureza e necessidade dos materiais.
Em lugar de tal evolução houve a adoração do estilo, ou seja, dos produtos do
passado, da natureza dos materiais como formulados em sistemas. Tais
produtos foram adorados por seus próprios fins e, frequentemente, em grande
extensão aplicados independentemente dos materiais de sua execução.
As principais características do estilo foram as ordens clássicas, isto é, a
Dórica, a Jônica e a Coríntia, as quais foram frequentemente utilizadas
decorativamente, como pelos romanos, e em outros tempos com sua
verdadeira significância construtiva, edifícios projetados para requisitos mais
modernos foram vestidos no clássico traje da Roma antiga, mas não se deve
supor que neste desenvolvimento nenhum avanço foi feito. É verdade que o
precedente romano foi a base, mas colunas e pilastras, tanto planas,
caneladas ou revestidas, com entablamentos e detalhes, foram aplicadas em
muitas novas e aprazíveis formas, um sistema em suas aplicações sendo
gradualmente evoluído e um estilo construído o qual tornou-se a base de todos
os estilos modernos.
A Itália, o quartel general do novo movimento, no século XV, possuía
habilidosos joalheiros e excelentes medalhistas e foi por sua ajuda que o
Renascimento começou e se expandiu. A partir do seu bem conhecido bom
gosto, arquitetos os consultaram e, frequentemente, de fato, foram seus
pupilos, como Ghiberti, Donatello e Brunelleschi. Homens, portanto, que eram
até então pintores, escultores, arquitetos, prateiros, joalheiros e ourives de
algum modo, naturalmente apenas olhavam para os resultados finais como a
meta a ser buscada e não se incomodavam com os meios para tal fim. O
desenvolvimento das escolas de pintura também teve sua influência na
arquitetura e providenciou a tendência que fez as estruturas serem vistas com
obras de arte, em vez de serem dependentes, principalmente por suas formas
e efeitos, de necessidades estruturais. Pelas mesmas razões, o período pode
ser visto como a era dos acessórios, no qual o trabalho em ferro, em ouro e
prata e tumbas, monumentos, altares, fontes e chafarizes foram projetados em
grande número, e, por capricho e extravagância do projetista foram
características especiais do estilo.
A arquitetura deixou de ser, à uma certa extensão, sujeita à considerações de
uso, tornando-se amplamente independente das exigências construtivas, e a
uma maior extensão, uma arte de livre expressão na qual a beleza do projeto
era buscada.
Falando em geral, houve um desejo de reconciliar os métodos góticos e
romanos, isto é, o corpo e a fachada era uma e a mesma coisa
construtivamente, porque os arquitetos do período, atraídos pela mera
aparência externa da arte romana antiga, mas percebendo que essa forma era
meramente um envelope, continuaram no modo de construção, de uma
maneira geral, seguindo as tradições da Idade Média, as quais não separavam
a estrutura da decoração.
Devido, portanto, a ignorância dos métodos romanos, a maneira romana de
formar a parede principal de concreto e cobrí-la com mármore, pedra ou tijolo
não foi seguida.
No período gótico, cada pedra era acabada, moldada e esculpida nos ateliês
antes de serem assentadas — um método o qual produziu pedreiros e
aparadores de pedra habilidosos e inteligentes e obrigou o escultor à fazer a
decoração se ajustar à cada peça de pedra. No período renascentista as novas
molduras e gravuras podiam ser executadas com mais exatidão e menos
gasto, in situ, e daí por diante a necessidade de fazer a junção de acordo com
as várias características arquitetônicas não eram mais sentidas
imperiosamente, frequentemente resultavam em um desejo de harmonia entre
a junção e as características arquitetônicas.
Um edifício, observa-se, era considerado mais como uma pintura com
combinações de linhas e massas do que como uma estrutura de utilidade
sendo frequentemente projetada por homens treinados como pintores,
escultores ou ourives. Tais estruturas frequentemente tem uma dignidade
esplêndida, como em muitos dos palácios romanos, onde a coluna, pilastra,
friso e cornija foram empregados como elementos de composição com especial
consideração ao efeito artístico e com considerável originalidade.
O espaçamento amplo e estreito das pilastras no Palazzo Giraud é uma forma
nova.
Seria um grande engano, portanto, afirmar que a arquitetura era meramente
imitativa, graças às novas e deliciosas combinações de características que
foram introduzidas e a arquitetura tornou-se, em grande extensão, uma arte
pessoal devido ao capricho de arquitetos individuais, muitos dos quais
fundaram escolas de design, nas quais seus princípios foram seguidos por
seus pupilos e seguidores.
No detalhe decorativo, também, um avanço foi feito. Em metalurgia os portões
de bronze do batistério em Florença foram vencidos na competição pelo
escultor Ghiberti, em 1404, e são os melhores exemplos de uma classe de
trabalho para a qual estes arquitetos-artesãos eram famosos.
Esses acessórios de arquitetura foram erguidos, ou adicionados à muitos
velhos edifícios, tanto na Itália como em todos os lugares.
Os arquitetos do Renascimento seguiram o tratamento bizantino da cúpula,
mas aumentaram-na em importância por terem-na erguido audaciosamente a
partir da sua subestrutura e a dispondo em um “tambor”, no qual janelas eram
formadas, assim tornando-o um grande atributo dominante no exterior.
Deste modo, foram os primeiros a introduzir como um “motif” arquitetônico a
parede de alvenaria rusticada massiva com aberturas arcadas, como no
Palazzo Ricardi, em Florença, o Palazzo Pesaro, em Veneza e em todos os
lugares, nos quais as paredes dos edifícios eram francamente tratadas como
arquitetura e eram, de modo algum, imitações dos edifícios romanos antigos.

Abóbada renascentista

No início do século XV os princípios góticos de abóbadas nervuradas foram


abandonados, dando lugar ao ressurgimento do método clássico da abóbada
sólida semicircular. Este tipo de abóbada foi muito usado nos corredores,
passagens e escadarias dos palácios e igrejas renascentistas e foram, apesar
de frequentemente construídas de esqueleto de madeira, rebocada e pintada
com decoração colorida, frequentemente de destacada riqueza e beleza, como
no Palácio do Vaticano, por Rafael. Em casos de abóbadas cruzadas, com
vãos estreitos e amplos, parece que as arestas eram agora formadas por meio
de “ordenadas”, com intra-dorsos elípticos, arestas formando linhas retas em
um plano, em vez da linha ondulada produzida pela intersecção de uma
abóbada semicircular com uma artificial sobre os seus saltos.

Nota: Tendo agora feito uma rápida pesquisa das causas as quais levaram ao
ressurgimento da arquitetura clássica pela Europa, e antes do prosseguimento
à consideração do desenvolvimento em cada país, é feita uma comparação de
algumas das mais proeminentes características do estilo com o tratamento
obtido na arquitetura gótica.
3. Exemplos (referentes a cada país)

Apesar de importantes tipos de projetos de igreja terem evoluído ainda, nas


principais, os mais característicos monumentos foram os edifícios municipais,
palácios, casas de campo e fachadas elaboradas de edifícios da cidade. Além
disso, capelas, tumbas, portões, oratórios e fontes públicas foram criações
especiais.

4. Comparativo

Renascença Gótico
A. Plantas A. Plantas

Simetria e proporção de parte a parte O pitoresco e a beleza das


cuidadosamente estudadas. características individuais são mais
Grandiosidade adquirida pela particularmente buscadas.
simplicidade. Grandiosidade adquirida pela
A pouca quantidade e a grandeza multiplicidade. Em consequência do
das partes têm uma tendência a grande número das partes, o edifício
fazer o edifício aparentar ser menor aparenta ser maior do que realmente
em tamanho do que ele realmente é. é.
Torres são raramente usadas e Torres são um atributo geral e são,
quando ocorrem são dispostas frequentemente, coroadas com um
simetricamente. Na Inglaterra pináculo.
àquelas da Catedral de São Paulo e Pequenas torres e florões ajudam a
da Bow Church são excessivamente enfatizar a tendência vertical. A torre
finas. A cúpula é um atributo e o pináculo são atributos
predominante. Interiores das igrejas predominantes. Os interiores são
foram planejados em princípios mais irregulares e são cobertos com
romanos e cobrem com cúpulas e abóbadas de pedra ou telhados com
pendentes. estrutura exposta. As partes são
As partes são poucas, a nave é muitas, uma nave do mesmo
dividida em 3 ou 4 compartimentos, comprimento de uma igreja
pelos quais um efeito geral de renascentista, provavelmente, seria
grandeza é produzido. dividia em duas vezes o número de
compartimentos.
Comparar St. Paul, Londres. Comparar Catedral de Colônia.

B. Paredes B. Paredes

Estas eram construídas em alvenaria Estas eram frequentemente


de pedra ashlar de face lisa, a qual, construídas de pedregulhos
nos pavimentos inferiores, era, irregulares ou de pequenas pedras,
ocasionalmente, rusticada não construídas em camadas
pesadamente. horizontais, também de tijolos e
Os materiais são grandes, e trabalho em pedra bruta. Os
cumprem a ideia clássica de ter materiais são pequenos em tamanho
pouca quantidade de partes. e cumprem a ideia gótica de
multiplicidade. A alvenaria era
Estuque ou gesso eram trabalhada de acordo com a natureza
frequentemente utilizados como um do material a uma nova e significante
material de revestimento em lugares extensão.
onde a pedra não podia ser obtida. O Não é exagero dizer que, como em
uso do material de acordo com sua um mosaico, cada peça em uma
natureza foi perdido, sendo o design parede tem o seu valor neste estilo.
(projeto) soberano. Os cantos dos edifícios
Os cantos dos edifícios frequentemente de alvenaria ashlar
frequentemente eram rusticados, isto com pedras, de face lisa, sendo o
é, construídos em blocos de pedra resto das paredes de materiais
não lisas, como em Florença, ou brutos, como sílex ou pedregulho.
cuidadosamente dentadas, As empenas são íngremes,
reentrantes com padrões. ocupadas por janelas e coroadas
Empenas das igrejas e edifícios tanto com parapeitos inclinados ou
geralmente eram formados como pranchas abarcadas de vigas de
frontões, com baixa inclinação ou em madeira ornamentada.
forma semicircular. Arrojo e riqueza de silhuetas e
Simplicidade de tratamento e largura complexidade do conjunto são
do conjunto são características características do estiolo.
proeminentes do estilo.
C. Aberturas C. Aberturas

Abertura de portas e janelas são Portas e janelas usualmente


semi-circulares ou quadradas. A apontadas e de tamanho
influência do clima nisto foi considerável, são divididas por
importante. Na Itália, com uma montantes, mas não
atmosfera brilhante, as janelas são necessariamente. Este tratamento
pequenas. No norte da Europa, com era em função da introdução do vidro
um clima opaco, janelas do período pintado, o uso ou não uso de quais
anterior são grandes e meios de decoração influenciou o
frequentemente tem montantes de tamanho e o número de aberturas.
pedra ou montantes sólidos dividindo Frequentemente pequena atenção foi
o espaço da janela verticalmente. As dada aos alinhamentos, isto é, a
aberturas geralmente recobrem colocação de aberturas umas sobre
umas as outras e são simetricamente as outras. Janelas e portas foram
dispostas com referencia à fachada. colocadas onde se quisessem, sem
O sistema clássico de arquitrave muita preocupação com simetria da
moldada projetando a partir da face composição.
da parede foi revivido. Portais e As aberturas formavam, em planos
outras aberturas são envoltos por recuados e com molduras de grande
tais arquitraves, frequentemente, riqueza, foram frequentemente
ricamente esculpidas. providas com pequenos fustes
circulares (torcidos) e capitéis
esculpidos.
D. Tetos D. Tetos

Abóbadas são de simples formas Abóbadas foram desenvolvidas por


romanas sem constelas. Domos tem meio de arcos apontados e
usualmente um intradorso rebocado dependiam, para efeito da riqueza
ou forro e são pintados em afrescos das saliências esculpidas, do
coloridos, dos quais dependem para estabelecimento de nervuras nas
sua beleza. O domo sobre um quais o painel da abóbada repousa e
grande espaço era, geralmente da graça e beleza destas curvas.
construído com uma cobertura Tetos de madeiramento exposto são
interna e externa, como em São uma bela característica do estilo,
Paulo, Londres. Telhados de sendo o mais perfeito espécime na
estrutura de vigas exposta ocorrem, Inglaterra o hall de Westminster.
como nos halls Jacobinos, mas a Coberturas externas são um
tendência era gradualmente de importante elemento no projeto e em
rebocá-los. Todos as coberturas conjunção com chaminés, devem ser
outras que não cúpulas eram considerados como um meio de
escondidas na Itália, mas eram mais efeito.
exploradas na França e Alemanha.
E. Colunas E. Colunas

As colunas clássicas e ordens foram Onde eram utilizadas, eram


revividas e utilizadas inteiramente estruturais ou
decorativamente em fachadas, de expressavam as pressões sobre os
acordo com a maneira romana e pilares aos quais, às vezes, eram
estruturalmente em pórticos. Os anexadas. A relativa proporção de
fustes eram frequentemente altura por diâmetro não existe, e os
rusticados, canelados, espiralados capitéis e bases eram tanto molduras
ou trançados com talas de folhagem como esculturas pesadas com
ou de frutas. folhagens convencionais.
F. Molduras F. Molduras

A cornija principal é uma parte A platibanda frequentemente


importante no estilo, e em palácios fortificada, ou perfurada com
florentinos é espessa e rendilhados abertos, tomava o lugar
impressionante. Cornijas, no entanto, da cornija, e era menos marcada que
frequentemente marcam cada a espessamente projetada cornija
pavimento. clássica.
Os contornos das molduras seguem Os contornos e molduras são
as linhas romanas, como pode-se ver porções de círculos juntados por
na arquitrave, mas muitas novas filetes, inclusos em recuos
combinações de molduras foram retangulares nos períodos iniciais, ou
projetadas. em épocas posteriores baseados na
Cornijas e outros atributos de origem diagonal.
clássica ocorrem em cada edifício e Tabletes e encordoamentos de
são belamente esculpidos, sendo o ornamento esculpido ocorrem
refinamento uma qualidade variando em delineamento e
essencial. tratamento em séculos diferentes. As
Cornijas, balcões, frisos, e atributos molduras dependem principalmente
horizontais geralmente são do efeito de luz e sombra.
fortemente ressaltados e por sua Atributos verticais, como contrafortes
frequência e importância produzem projetando uma profunda sombra,
um efeito de horizontalidade. pináculos numerosos, torrezinhas,
tetos altos com torres e pináculos,
produzem um efeito de verticalidade.
G. Ornamento G. Ornamento

A figura humana é abandonada A figura humana aderida como uma


como escala, sendo a estatuária escala, assim auxiliando a dar
frequentemente muito maior do que o relativo valor às partes.
tamanho real. Vitrais eram extensivamente
Vidro pintado foi muito pouco utilizados, sendo a principal glória da
utilizado, sendo obtidos todos os decoração interna e parcialmente a
esforços em cor por meio de razão de ser das imensas janelas
decoração opaca, como afrescos ou desenhadas, as quais atuavam como
mosaicos, os quais eram ricamente uma moldura para sua recepção.
aplicados aos interiores, como na A cor para os exteriores era
Capela Sistina, em Roma, por dependente dos materiais reais,
Michelângelo. Decoração em como mármores coloridos da Itália
Sgraffito, isto é, reboco colorido central.
raspado era às vezes aplicado aos Esculturas eram frequentemente
exteriores, como no Palazzo del grotescas e rudemente executadas,
Consiglio, de Fra Giocondo em mas nos melhores exemplos
Verona. possuem um caráter decorativo em
Grande eficiência no artesanato é harmonia com a arquitetura.
notável no trabalho dos arquitetos do Isso era efetivado pelos elementos
Renascimento inicial, os quais eram construtivos, como pináculos,
frequentemente pintores e contrafortes e arcos, por si mesmos
escultores, como por exemplo, enriquecidos.
Donatello, Ghiberti e Della Robbia,
os quais tem exemplos de suas
obras no Victoria and Albert
Museum.

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