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Relação entre prevalência e mortalidade de neoplasias de tireoide em capitais do

Nordeste no período de 2007 a 2017

Deve ter no máximo 500 PALAVRAS

INTRODUÇÃO: O câncer de tireoide, apesar de atualmente considerado raro na


população mundial, correspondendo entre 2 e 5% do total de neoplasias em mulheres e
cerca de 2% em homens, apresenta um número crescente de casos. Para 2018, o
Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimou que 2840 mulheres e 630 homens foram
diagnosticados somente na região Nordeste, aproximadamente 18% a mais em relação
a 2016. Muito se questiona se o aumento do número de casos, associado à maior
disponibilidade de métodos de rastreio, indica uma melhora real na sobrevida da
doença ou representa diagnósticos e tratamentos excessivos, acarretando consumo dos
limitados recursos em saúde dessas regiões. ​OBJETIVOS: Avaliar se as capitais
nordestinas com mais alta prevalência de CA de tireóide, ou seja, onde um maior número
de pessoas tem um diagnóstico da doença, possuem uma menor mortalidade em
decorrência da mesma. ​MÉTODOS: Dados de prevalência foram levantados a partir dos
Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) do INCA, com informações relativas
às 5 capitais nordestinas com dados no sistema, a respeito de neoplasias de tireoide
entre 2007 e 2017. Os dados de mortalidade foram obtidos pelo Sistema de Informação
sobre Mortalidade (SIM) do DATASUS associados a informações do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a população das cidades analisadas no
determinado período. ​RESULTADOS: A prevalência e a mortalidade são medidas de
controle para vigilância epidemiológica que permitem analisar a distribuição e evolução
das doenças. Dessa forma, obtiveram-se os dados seguintes: Aracaju, com 1001 casos
relatados, uma população média de 591095 habitantes, 21 óbitos, prevalência de 169 e
mortalidade de 0,035; Fortaleza, com 860 casos, uma população média de 2526078
habitantes, 154 óbitos, mortalidade de 0,060; João Pessoa, com 435 casos relatados,
uma população média de 747665 habitantes, 51 óbitos, mortalidade de 0,068; Natal,
com 265 casos relatados, uma população média de 832677 habitantes, 50 óbitos,
mortalidade de 0,060; Recife, com 579 casos relatados, uma população média de
1578925 habitantes, 98 óbitos, mortalidade de 0,062. ​CONCLUSÃO: A partir dos
resultados, pode-se chegar às seguintes interpretações: o número total de casos e óbitos foi
flutuante nas 5 capitais, haja vista se tratar de tamanhos populacionais diferentes. A
prevalência (número de doentes na população em determinado período) é maior na cidade
de população menor, enquanto cidades mais populosas apresentam as menores
prevalências. Acreditamos que a detecção do câncer de tireoide é diferente em
determinadas cidades pois aquelas que apresentam serviços de saúde voltados para o
rastreio de estágios precoces têm maiores prevalências. Contudo, a mortalidade chama
atenção (óbitos/população x 1000), pois, apesar de Aracaju, a cidade que mais detecta,
apresentar uma baixa taxa de mortalidade em relação às outras 4 capitais, vê-se também
que 4 capitais, mesmo que com prevalências diferentes, obtiveram valores de mortalidade
próximos, fomentando o questionamento sobre a influência da detecção da doença nos
índices de mortalidade da mesma.

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