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Natação
Natação
Teoria da Natação
INTRODUÇÃO
Assim como o nado borboleta, o nado de peito é considerado bastante complexo, e sua coordenação, de difícil
assimilação entre iniciantes.
Com movimentos simultâneos e respiração frontal, este nado também apresenta uma técnica submersa especí ca,
conhecida como lipina. As pernadas são sua principal força propulsiva.
Praticado desde tempos remotos e muito popular na Idade Média, porque a cabeça era mantida fora da água, o nado
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de peito é o mais lento dos quatro estilos o ciais por ter quase que em sua totalidade movimentos submersos.
Apesar de classi cado como difícil e com muitos detalhes para iniciantes, há professores que preferem começar o
ensino dos nados por esse estilo.
Nesta aula, estudaremos sua técnica e sua história, além dos educativos recomendados para correção de erros
comuns de execução.
OBJETIVOS
Identi car erros comuns na execução do nado de peito e sugestões de exercícios para correção.
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O nado de peito é citado na literatura como o mais antigo, e talvez seus movimentos tenham tido a inspiração, em
tempos remotos, nos movimentos dos sapos dentro da água.
Soares (2016) cita que o nado de peito foi bastante popular especialmente ao longo da Idade Média por ser executado
com a cabeça fora da água.
Àquela época, acreditava-se que a água disseminava epidemias e, por isso, evitava-se o contato da face.
Colwin (2000) registra que, no século XVI, Nicolaus Wynman recomendava em seu livro que o nado de peito deveria ser
aprendido por todos.
Já no século XVII, ao publicar seu livro, Thevenot aconselhava a prática da braçada com o indivíduo em pé e imerso até
a linha do quadril.
De acordo com Bíró, Révész e Hidvégi (2015), durante o Renascimento e nas primeiras competições do século XIX,
esse estilo era o preferido, mas foi incluído no programa dos Jogos Olímpicos somente a partir de 1904, em Saint Louis
(Estados Unidos).
Esses autores descrevem muitos estágios evolutivos do nado de peito, como você verá a seguir:
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1880
O nado de peito era muito primitivo e parecia um nado sapo. Conhecidas como técnica ortodoxa, as braçadas e pernadas eram
bastante amplas e resultavam em movimentos desnecessários, gerando um gasto de energia elevado.
Década de 1920
O nado de peito ortodoxo foi substituído pelo nado de peito clássico, o qual apresentou uma mudança nas braçadas: os atletas
empurravam a água também para trás, até que seus braços se estendessem junto às coxas. As pernadas não apresentaram
alterações.
Anos 1930
Neste período, foi a vez do desenvolvimento das pernadas, que começaram a ser puxadas para cima ( exão dos joelhos). Depois,
dava-se um chute para fora com os pés em dorsi exão de cerca de 45° (“V” invertido seria o desenho formado por essa ação de
pernas).
A partir do momento em que a nova pernada proporcionou mais estabilidade e menor velocidade para percorrer determinada
distância, novamente, as atenções se voltaram para o aprimoramento da braçada: surgiu a braçada do nado borboleta (que já
estudamos) e a técnica submersa.
Nessa mesma época, os nadadores perceberam que, se mantivessem mais a cabeça na água, nadariam mais rapidamente.
Saiba Mais
,
A técnica submersa experimentada na época continua sendo usada nos dias atuais, com a permissão de uma única braçada após
a saída (entrada na água) e depois de cada virada.
Inicialmente, essa técnica se caracterizou pela braçada ampla, nalizada com a extensão dos cotovelos e os braços juntos às
coxas.
Década de 1950
De acordo com Massaud (2008), até por volta desta década, prevaleceu uma situação curiosa: em provas desse nado, era comum
atletas desmaiarem por carem muito tempo submersos (forma usual de se competir).
Com a mudança nas regras no nal dos anos 1950, assegurando que os atletas cassem mais na superfície, esse problema
deixou de acontecer.
1960
Uma importante inovação foi apresentada, principalmente nos Jogos Olímpicos de Roma: a respiração começou a ser realizada
com a inspiração, ocorrendo a partir do início da fase propulsiva da braçada.
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No nal desta década, o treinador James Counsilman provou que a pernada em “V” invertido não era muito propulsiva e
desenvolveu com seu atleta Chet Jastremski um novo movimento, adotado pela maioria dos atletas (praticamente por todos): a
ação se assemelha a uma chicotada estreita.
Anos 1970
A posição corporal passou a ser variável pela realização de movimentos mais ondulatórios e com exão do quadril.
2005
Desde esse período, outro novo elemento faz parte desse nado: a execução de uma única gol nhada na fase submersa do nado,
tanto após a saída quanto depois das viradas.
O nado de peito é o mais lento dentre os quatro o ciais e tem nos movimentos de pernadas sua principal força
propulsiva e a execução da respiração frontal em todos os ciclos de braçadas (movimento completo de ação e
recuperação).
VÍDEO
Fonte: SPORTS – Swimming: breaststroke. Produção: AnyBody Technology. Publicação: 9 jan. 2008.
Você conhecerá as bases técnicas desse nado para a posição do corpo, a respiração, as braçadas, as pernadas, a
coordenação geral do nado, a virada e a técnica submersa ( lipina) – exclusiva desse nado. A saída (entrada na água a
partir do bloco) é exatamente como no nado crawl (nado livre).
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Nado de peito
Disponível em: https://goo.gl/LpJyn8 (glossário). Acesso em: 3 jan. 2018.
VÍDEO
POSIÇÃO DO CORPO
Até o início da década de 1980, principalmente, a posição corporal era mais plana: somente a cabeça era retirada da
água para a inspiração na fase propulsiva da braçada e era submersa novamente na etapa de recuperação dos braços
(quando eram levados à frente do corpo com as mãos unidas).
De acordo com Massaud (2008), essa característica da posição corporal fazia parte do estilo plano ou convencional.
Como você viu anteriormente, no nal dos anos 1980, começou a ser praticado o nado de peito europeu ou nado de
peito gol nho, retirando os ombros da água na inspiração, bem como tornando a posição do corpo ondulatória e,
portanto, variável.
Nesse estilo, os quadris afundam um pouco e os braços são levados à frente na recuperação logo abaixo da superfície,
podendo, inclusive, tirar os antebraços e as mãos da água nessa etapa para tentar minimizar sua resistência.
RESPIRAÇÃO
Atletas especialistas nesse nado executam a inspiração após o agarre, ao longo da varredura para dentro das
braçadas.
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Entretanto, alunos iniciantes preferem tirar a cabeça da água na fase da varredura para fora, anterior à varredura para
dentro, por poderem aproveitar a força de sustentação gerada pelo movimento para trás dos braços.
A expiração é realizada na fase de recuperação das braçadas. As regras o ciais determinam que a respiração seja feita
em todas as braçadas, mas, na aprendizagem do nado, isso não é obrigatório.
PERNADAS
As pernadas são fundamentais nesse nado, e sua técnica é descrita nas seguintes fases:
Recuperação
Quando a varredura para dentro da braçada termina, é iniciada a recuperação das pernas,
através dos movimentos de exão dos joelhos e exão dos quadris.
Após esse movimento, os quadris são exionados, visando aproximar os pés das nádegas.
Em seguida, realiza-se uma eversão – aponta-se os dedos dos pés para fora –, e os joelhos
são afastados até um pouco mais do que a largura dos ombros.
A exão dos quadris não pode ser muito exagerada para não haver aumento do arrasto.
Além disso, é fundamental ter uma boa exibilidade na articulação tíbio-társica. Modal:
(Combinação de movimentos de dorsi exão e eversão para a etapa do agarre).
Agarre
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Com os pés tanto em dorsi exão quanto em eversão – apontados para fora –, esta etapa se
caracteriza pelo posicionamento dos pés para trás contra a água. Os joelhos estão
exionados em cerca de 60° a 70°, e os quadris, em 40° a 50°.
Nesta fase, os joelhos e quadris são estendidos, e as pernas, levadas para trás e mais ou
menos para fora. Um pouco antes da extensão completa, movimentam-se os pés para baixo
e para dentro, a m de dar início à fase seguinte.
Com os pés em inversão (pontas dos dedos voltadas umas para as outras), as pernas são
direcionadas para dentro até a largura dos ombros.
Logo depois, os pés são projetados em direção à superfície, as pernas são unidas com os
tornozelos em exão plantar, e os dedos dos pés, ainda voltados para dentro (inversão). A
partir desse momento, inicia-se a fase propulsiva da braçada.
BRAÇADAS
Agarre
Momento intermediário entre a varredura para fora e a varredura para dentro, caracterizado por uma exão dos
cotovelos entre 30° a 40° e com os braços afundados entre 50 a 80 cm em relação à linha da superfície.
Recuperação
Após a união das mãos, os membros superiores são estendidos de três diferentes maneiras (escolha pessoal do
nadador): com as mãos abaixo da superfície, na linha da superfície ou acima dela (mantendo os cotovelos submersos).
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Para cada ciclo de braçadas (fase aquática e fase aérea completa), executamos uma pernada.
Os movimentos entre braços e pernas são alternados, pois quando os braços efetuam as varreduras propulsivas, as
pernas estão estendidas. Quando terminamos a recuperação da braçada, as pernadas estão na fase propulsiva.
A virada desse nado é igual ao nado borboleta quanto ao toque e apoio na parede para a impulsão. Entretanto, o nado
de peito apresenta uma técnica submersa (executada, também, após a saída) e exclusiva, conhecida como lipina.
Braçada ampla (primeiro movimento após o deslize): As palmas das mãos são voltadas para fora, e os membros
superiores vão para os lados e para trás com os cotovelos estendidos, até que haja, praticamente, um alinhamento das
mãos, dos cotovelos e dos ombros em um prolongamento lateral da linha desses últimos.
A partir desse momento, os cotovelos são aduzidos e exionados até que se unam ao tronco – momento no qual os
antebraços e as mãos são direcionados para trás e para cima até a extensão dos cotovelos.
Gol nhada: A partir do início da braçada ampla, é permitida a realização de uma única gol nhada.
Pernada do nado: Após a braçada ampla com a gol nhada, temos de executar, obrigatoriamente, uma pernada do nado
com o corpo ainda submerso.
Durante a pernada, as mãos são levadas por baixo do corpo para frente, pois após a fase propulsiva da pernada, os
braços devem estar unidos e estendidos, rompendo a linha da superfície para que iniciem a braçada anteriormente
descrita.
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Saiba Mais
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Para saber mais sobre o assunto, assista ao vídeo e entenda melhor a técnica da Filipina no nado peito (com ondulação)., ,
Agora, você vai conhecer erros que são comuns na aprendizagem do nado de peito e sugestões de exercícios para
corrigi-los, que são chamados de educativos. Veja:
ERROS EDUCATIVOS
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ATIVIDADES
Assista ao vídeo a seguir e indique o tipo de posição corporal adotada por Michael Phelps.
Fonte: A TÉCNICA perfeita de Phelps no nado peito. Produção: Natação em 1 minuto. Publicação: 18 fev. 2017.
Resposta Correta
EXERCÍCIOS
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Questão 1: O nado sapo, que caracterizava o nado de peito por volta de 1880, é conhecido como:
a) Cuneiforme.
b) Técnica submersa.
c) Técnica ortodoxa.
d) Nado de peito clássico.
e) Nado de peito-borboleta.
Justi cativa
EXERCÍCIOS
Como você percebeu, há um erro relativamente comum em iniciantes na execução da pernada. Assinale a opção que o
indica:
Justi cativa
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Questão 3: Considerando, ainda, a imagem anterior, a posição das mãos aponta a realização de qual movimento da
braçada?
a) Apoio
b) Agarre
c) Deslize
d) Recuperação
e) Varredura para fora
Justi cativa
Glossário
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