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15/11/2019 Disciplina Portal

Teoria da Natação

Aula 4: Iniciação à natação – aspectos


didáticos e objetivos
INTRODUÇÃO

Após conhecermos importantes propriedades do meio aquático que têm in uência na natação, chegou a vez de
identi carmos fatores relacionados à iniciação nessa prática, ou seja, aos processos de ensino e aprendizagem de tal
modalidade esportiva.

Você verá que há muitas recomendações para que esse momento seja produtivo e atinja todos os seus objetivos,
culminando com uma excelente adaptação ao meio aquático, o que torna a prática da natação prazerosa e menos
complexa.

Outro aspecto fundamental desse tema – a divisão da iniciação em etapas, com metas e estratégias especí cas para
cada uma – também será objeto de estudo desta aula.

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OBJETIVOS

Objetivo 1 – Reconhecer recomendações didáticas para a condução de aulas de natação.

Objetivo 2 – Listar as etapas da iniciação sugeridas pela literatura especializada.

Objetivo 3 – Identi car os principais objetivos da iniciação nesse esporte.

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RECOMENDAÇÕES DIDÁTICAS

A didática é considerada uma área do conhecimento que tem como objeto de estudo o processo de ensino e os
aspectos a ele relacionados (MARTINS, 2012). Sempre que há algo para ser ensinado, há técnicas e aspectos que
podem ajudar no alcance de objetivos.

Quando re etimos sobre a iniciação à natação, não podemos desconsiderar técnicas de ensino e recomendações
gerais para que nossas aulas sejam adequadas ao nosso público, proporcionando estímulos de aprendizagem
signi cativos.

Fonte: Shutterstock

Vamos conhecer alguns princípios didáticos que devem ser considerados no ensino da natação:

1. A meta principal não deve se resumir ao domínio das técnicas dos nados.

Na primeira aula você tomou conhecimento de algumas estatísticas dos afogamentos, e certamente entendeu que é
importante se ambientar à água e desenvolver estratégias de autopropulsão e autossustentação que possibilitem a
sobrevivência em situações emergenciais.

Além disso, a natação é muito interessante no processo de desenvolvimento de crianças e jovens, e uma estimulação
rica, com movimentos e atividades diversi cadas deve fazer parte das aulas.

2. Planejar as aulas torna o processo mais organizado.

Improvisar ou pensar na hora sobre o que será feito em uma aula é uma atitude arriscada e o planejamento torna o
processo mais organizado.

De acordo com Martins (2012) são elementos do planejamento:

Objetivos a serem alcançados;


Conteúdos que serão trabalhados;
Métodos e técnicas para ensinar os conteúdos;
Formas e critérios de veri cação do progresso (avaliação).

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O professor de natação precisa conhecer sua turma, isto é, saber quem são seus alunos e o seu nível de habilidades
aquáticas para então de nir as metas a atingir.

Um aluno que tem trauma por ter se afogado ou passado por uma situação de perigo na água deverá primeiro se
ambientar, adaptando-se completamente e perdendo o medo do contato com a água.

Já uma pessoa que se sinta confortável na água, realize imersões completas da cabeça e utue, está em um nível mais
adiantado e suas atividades devem ser diferentes, visando ao domínio do corpo no meio aquático.

3. O professor deve estar atento às formas de comunicação verbal e não verbal.

Ao conversar com seus alunos, o professor deve estar atento à linguagem utilizada. Gírias e expressões da moda
costumam aproximar professor e alunos jovens, mas nem sempre são compreendidas e usadas no dia a dia por
pessoas idosas.

Os palavrões não devem ser utilizados, independentemente da faixa etária, assim como é preciso tomar cuidado com o
excesso de termos técnicos e acadêmicos.

O aluno deve compreender claramente as instruções verbais. Por exemplo, usar pés esticados ou pés de bailarina é
mais fácil de entender do que exão plantar.

Ainda pensando sobre a comunicação verbal, é preciso tomar cuidado com a infantilização da linguagem.

Usar palavras no diminutivo com jovens, adultos e idosos não é indicado, e isso acontece frequentemente entre
professores que também dão aulas para bebês e crianças pequenas, de até 2 a 3 anos de idade.

Termos como bracinho, perninha, boquinha devem ser evitados, especialmente a partir do momento em que a criança
domine fonemas e algumas palavras (aquisição da linguagem).

4. É importante conhecer as atividades que serão aplicadas aos alunos.

Quando o professor de ne os conteúdos, deve pensar em como ensiná-los, ou seja, nas técnicas e métodos de ensino.

Se o objetivo principal do planejamento em determinado mês é o domínio da respiração aquática, o professor precisa
selecionar atividades relacionadas a ele que sejam adequadas ao nível de habilidades aquáticas e de compreensão de
tarefas dos seus alunos.

Experimentar as atividades antes de aplicá-las é muito interessante, pois possibilita que o professor identi que a sua
complexidade. Os estímulos muito difíceis podem gerar sentimentos de frustração, enquanto os muito fáceis são,
geralmente, desmotivantes.

Caso você venha a trabalhar com natação, há muitos livros e materiais com sugestões de exercícios, inclusive no
ambiente virtual. São ótimos recursos para o planejamento das atividades, mas você deve praticá-los para veri car se
serão interessantes para os seus alunos, ou se são indicados para o estágio de aprendizagem em que eles se
encontram.

5. Limitações físicas ou psicológicas devem ser respeitadas.

Não é incomum que a natação seja procurada justamente por pessoas que já vivenciaram situações críticas dentro da
água e que, por isso, querem aprender a nadar. Muitas vezes, essas pessoas têm medo da imersão e demoram em
progredir nas atividades.

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A natação também é bastante procurada por pessoas com de ciências e outras condições que inspiram cuidados na
seleção de atividades. Saber adaptar os exercícios respeitando as características de cada aluno é uma atitude
fundamental do professor comprometido com a sua intervenção pro ssional.

6. O nível de desenvolvimento motor, socioafetivo e cognitivo deve ser considerado.

Como você verá na próxima aula, há na literatura muita informação sobre as etapas do desenvolvimento humano,
incluindo habilidades e características gerais de cada uma.

Estudá-las é muito importante para adequar os objetivos e conteúdos, pois em média, esperam-se determinadas
atitudes e comportamentos para cada idade, e selecionar atividades incompatíveis com a maturação (glossário) do
aluno comprometerá o processo de ensino e aprendizagem.

Especialmente na infância e na adolescência, o professor deve estar atento à idade:

Cronológica – referente ao ano de nascimento;


Biológica – representada pela maturação do indivíduo.

Às vezes, uma criança de 10 anos está mais avançada do que outras da mesma idade na realização de tarefas, o que
exigirá a programação de atividades mais complexas, a m de não a desmotivar e proporcionar estímulos adequados
ao seu nível de desenvolvimento.

7. A ludicidade é uma ferramenta importante no processo de ensino e aprendizagem da natação.

Jogos e brincadeiras são excelentes estratégias para uso na natação infantil, pois o imaginário (glossário) e a fantasia
fazem parte do mundo infantil, especialmente até por volta de 6 anos.

Cada vez mais se utiliza a brincadeira, a fantasia, os jogos e as músicas nas aulas de natação, e atividades recreativas
também podem ser aplicados com adolescentes e adultos.

Jogos como basquete adaptado, voleibol na água, polo aquático e brincadeiras de pique-pega são usados para o
aquecimento por muitos professores, variando as aulas e proporcionando situações de integração social e relaxamento
mental.

Con ra, no vídeo a seguir, uma ótima brincadeira na forma de estafeta:

VÍDEO
Legenda: Vídeo sobre brincadeiras com bolas dentro da piscina.

Com alunos que não sabem nadar, é possível adaptar o momento de deslocamento para caminhada na piscina, em vez
de movimentos rudimentares do nado crawl.

Essas são algumas recomendações importantes para o sucesso do ensino e aprendizagem da natação.

Saiba Mais
, Em 2015, o Instituto de Natação Infantil (INATI) elaborou um cartaz com orientações gerais aos pro ssionais dessa modalidade
para crianças, mas que, certamente, aplica-se a todas as faixas etárias. Conheça, então, as Recomendações ao professor de
natação infantil (http://www.inati.com.br/ les/2015/04/Cartaz_Recomendacoes_Professores.pdf).

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ETAPAS SUGERIDAS PARA O ENSINO DA NATAÇÃO

Muitos autores recomendam passos, ou etapas com objetivos especí cos que ajudam na organização do processo de
ensino da natação. Com a experiência, o professor pode escolher determinada linha de pensamento e segui-la
rigorosamente, ou então estabelecer seus próprios caminhos mesclando as sugestões disponíveis.

Soares (2016) ressalta que as sequências propostas pela literatura não são isoladas e podem existir momentos em
que uma atividade auxilie na aquisição de objetivos de diferentes etapas, e por isso não deve haver rigidez por parte do
professor.

De acordo com a autora (SOARES, 2016, p. 47):

[...] devemos sempre respeitar o ritmo de cada aluno, estando atentos ao modo como ele se relaciona com o meio, às
possibilidades diversas de movimentação, à intimidade (ou repulsa) que ele tem com a água, pois os processos de
ensinar não devem ser rígidos, padronizados, mecânicos.

Machado (2004) e Andries Junior, Wassal e Pereira (2002) têm sugestões muito parecidas para o ensino da natação,
apresentando como diferença principal a metodologia indicada para o alcance dos objetivos de cada etapa.

Para Andries Junior, Wassal e Pereira (2002), o imaginário é a base de todo o processo, pois, para cada etapa, um
animal serve de referência para as ações e atividades.

Exemplo
,
Pulga de nome propulgão – etapa de propulsão, na qual se incentivam movimentos diversi cados com braços e pernas;

Tatu – que aprendeu a utuar acidentalmente, ao ser pego de surpresa por uma chuva quando estava cavando buracos.

Machado (2004) também indica atividades lúdicas em todas as cinco etapas que recomenda, a m de facilitar o
aprendizado, especialmente por parte das crianças.

O autor cita que a piscina é um fator importante, devendo ser rasa, ou seja, o aluno em pé deve tocar no fundo da
piscina e ter a cabeça completamente descoberta pela água.

Os caminhos sugeridos por Machado (2004) são:

1. Adaptação ao meio aquático

Os alunos devem conhecer o ambiente, iniciar os contatos da face com a água, relaxar e
sentir-se à vontade na piscina.

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2. Flutuação

Aqui, trabalha-se a autossustentação em variadas posições. É necessário praticar o bloqueio


respiratório (apneia voluntária), a imersão completa da cabeça e abrir os olhos embaixo da
água.

3. Respiração

Etapa muito signi cativa para o sucesso do processo de ensino e aprendizagem, pois o
aluno deve dominar a mecânica respiratória especí ca da natação para praticar,
futuramente, os nados e, também, para a sobrevivência em situações de emergência.

4. Propulsão

Momento em que são realizadas atividades variadas de deslocamento na piscina, isolados


primeiramente e depois combinados, a m de proporcionar a base para a aprendizagem de
pernadas e braçadas.

5. Mergulho elementar

Etapa que compreende saltos para entrar na água a partir da borda, primeiramente em pé, e
depois a entrada a partir da cabeça, ensinada de acordo com uma progressão pedagógica.

Submersão com olhos abertos – importante para a completa adaptação ao meio.

Disponível em: https://goo.gl/FEJ2qx (https://goo.gl/FEJ2qx). Acesso em: 10 out. 2017.

Veja algumas atividades interessantes para a iniciação à natação no vídeo, incluindo o uso do escorregador para
auxiliar na entrada na água de cabeça:

VÍDEO
Legenda: Vídeo sobre atividades interessantes para a iniciação à natação, incluindo o uso do escorregador para auxiliar
na entrada na água de cabeça.

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A proposta de Machado (2004) não limita faixa etária, mas a ideia de Andries Junior, Wassal e Pereira (2002) tem
aplicação com o público infantil.

Já Santana (2003) recomenda duas etapas para o processo de ensino e aprendizagem da natação com alunos adultos:

Adaptação ao meio aquático

Indicada para adultos que têm aversão da água ou alguma outra dificuldade para a
completa adaptação à água.

As estratégias usadas objetivam ensinar técnicas de sobrevivência, trazendo segurança


durante as atividades aquáticas, e deslocamentos em decúbito ventral e dorsal
culminando com a aprendizagem dos nados crawl e costas.

Aperfeiçoamento da natação

Além do aprimoramento dos nados crawl e costas, nessa etapa os nados peito e
borboleta devem ser ensinados e aprimorados. Ademais, vivências diversificadas como
rolamentos, imersões prolongadas, saltos e viradas devem ser praticados, a fim de
proporcionar benefícios físicos (aptidão física), psíquicos e sociais.

Xavier Filho e Manoel (2002) apresentam um interessante modelo, explicando como o movimento dentro da água pode
evoluir, conforme monstra a gura a seguir:

De acordo com eles, a sequência do desenvolvimento motor deve ser a base para a escolha dos conteúdos e do
momento em que são trabalhados. Independentemente da faixa etária, a adaptação ao meio aquático estaria
relacionada ao desenvolvimento do controle postural.

Adquirir essa habilidade é importante tanto para a respiração aquática, graças ao domínio de movimentos corporais
associados a ela, como para facilitar a aquisição de habilidades locomotoras que futuramente serão combinadas para
a realização dos nados.

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Além da adaptação ao meio, Xavier Filho e Manoel (2002) explicam que as demais etapas constituintes do processo de
ensino e aprendizagem precisam se basear nos níveis de desenvolvimento apresentados no modelo de
desenvolvimento do comportamento motor aquático.

Exemplo
,
Cachorrinho;
Nado humano elementar;
Crawl rudimentar;
Nados especializados;
Competência aquática.
Como você veri cou, há semelhanças e diferenças entre as propostas de alguns autores brasileiros para o ensino da
natação. O professor precisa ler fontes diferentes, participar de cursos de atualização e experimentar os caminhos
indicados para escolher sua metodologia de trabalho.

Não é preciso se xar a uma única metodologia, ou seguir rigidamente as etapas indicadas, pois nem todos os alunos
aprendem no mesmo ritmo e o processo de ensinar não têm receitas prontas que se encaixem perfeitamente a todos
os grupos com os quais se trabalha.

Ter sensibilidade para perceber os caminhos que funcionam melhor e exibilidade para alterar aqueles que não
apresentam resultados satisfatórios é vital para que as aulas sejam produtivas e os objetivos traçados, alcançados.

Atenção
,
Vimos a importância do planejamento para o sucesso da arte de ensinar. Seguir algumas etapas a partir da identi cação das
fragilidades e potencialidades do aluno facilita a condução e organização das aulas de natação.

OBJETIVOS DA INICIAÇÃO À NATAÇÃO

Quando você começar a ler livros e artigos sobre a natação, especialmente abordando as etapas iniciais, verá que há
muitas sugestões acerca dos conteúdos que devem ser trabalhados.

Como objetivo geral, a iniciação à natação visa à autossustentação e a autopropulsão, com o domínio da respiração
aquática, possibilitando que o indivíduo use a água para ns recreativos, para aprimorar sua aptidão física ou para
competir, caso se torne atleta de natação.

Para que o aluno consiga utuar, deslocar-se e respirar e cientemente dentro da água, objetivos especí cos devem
constar do planejamento do professor, tais como:

1. O aluno deve se sentir confortável dentro da piscina, sem tensões musculares.

2. O aluno não deve se incomodar com a água tocando seu rosto.

3. O aluno deve realizar imersões da face e da cabeça, primeiro rapidamente e com o tempo, mais prolongadas.

4. O aluno deve ser capaz de bloquear a respiração.

5. O aluno deve submergir com os olhos abertos.

6. O aluno deve apresentar bom controle postural dentro da água.

7. O aluno deve ser capaz de realizar rotações e inversões do corpo (como os rolamentos).

Langendorfer e Bruya (1995 apud BARBOSA, 2001) sugeriram um modelo progressivo para as habilidades motoras
aquáticas, baseado na proposta desenvolvimentista de Gallahue, que, em 1982 propôs um esquema representativo da
aquisição de habilidades motoras de um indivíduo.

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Após analisar as sugestões dos outros autores, Barbosa (2001) resume os objetivos da adaptação ao meio aquático da
seguinte forma:

1. Equilíbrio, que inclui as rotações (base para as viradas) e a utuação;

2. Propulsão, com deslocamentos e saltos (de fora para dentro da piscina);

3. Respiração, sempre com o movimento inspiratório realizado pela boca;

4. Manipulações, seja de objetos comumente usados na natação como as pranchas, seja de bolas para a posterior
prática de jogos como o polo aquático.

De acordo com Barbosa (2001), esses quatros objetivos proporcionam o desenvolvimento de habilidades motoras
aquáticas básicas que futuramente possibilitarão que o indivíduo adquira e incorpore habilidades especí cas
relacionadas aos esportes aquáticos.

O autor ressalta que todos os objetivos são igualmente importantes para a adaptação, não devendo haver ênfase em
nenhum deles.

Saltos para dentro da água – um dos conteúdos da iniciação.


Disponível em: https://goo.gl/qZC9eD (glossário). Acesso em: 10 out. 2017.

Xavier Filho e Manoel (2002) tecem algumas recomendações para a de nição de objetivos e a seleção de conteúdos
na iniciação à natação, resumidas a seguir:

1. A seleção de conteúdos deve se basear nas fases de desenvolvimento dos indivíduos, evitando enfatizar atividades
destinadas somente à aprendizagem dos nados o ciais.

2. Habilidades de estabilidade postural, ou de equilíbrio na água são fundamentais para iniciantes de todas as idades.

3. A metodologia adotada pode se inspirar na solução de problemas motores, permitindo que os alunos explorem
possibilidades e tenham um pouco de liberdade para se movimentarem na piscina.

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4. Saber nadar é uma das habilidades pertencentes ao domínio da competência aquática, pois muitas outras atividades
são executadas dentro da água. Nas aulas, conteúdos diversos podem ser incluídos, relacionados a outros esportes
aquáticos.

Como você veri cou, a literatura é bastante vasta e as concepções relativamente parecidas.

Atualmente, o modelo tecnicista, voltado somente ao ensino dos nados o ciais, vem sendo substituído por uma
pedagogia da natação mais abrangente, preocupada em respeitar as etapas de desenvolvimento e proporcionar
experiências diversi cadas no processo de ensino e aprendizagem.

ATIVIDADES PROPOSTAS

1. Imagine o seguinte exercício:

Os alunos devem correr ao redor da piscina – podendo segurar na borda ou barra – e perceber a profundidade e a
resistência da água, o formato da piscina e sua estrutura (escadas, desníveis e rampas).

Seguindo a metodologia proposta por Machado (2004), qual é a etapa que está sendo trabalhada com essa prática?
Por quê?

Resposta Correta
ATIVIDADE
2. Assista ao vídeo a seguir:

Legenda: Brincadeira de pegar o pé um do outro com alunos adultos, dentro da piscina.

Em seguida, associe-o às recomendações de Barbosa (2001) sobre os objetivos da adaptação ao meio aquático e
indique o conteúdo que está sendo desenvolvido com o exercício:

a) Equilíbrio
b) Propulsão
c) Respiração
d) Manipulações
e) Mergulho

Justi cativa
EXERCÍCIOS

1. Ao planejar uma aula de natação para crianças de 5 anos, o professor X seleciona atividades voltadas à propulsão,
independentemente do comportamento motor aquático. Esse tipo de conduta gera estímulos:

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a) Adequados para todo o grupo.


b) Inadequados para todo o grupo.
c) Relevantes rumo ao domínio da técnica.
d) Importantes para a perfeição nos nados.
e) Inadequados para alunos não adaptados.

Justi cativa

2. Observe a imagem a seguir:

Disponível em: https://goo.gl/rfYhr4 (glossário). Acesso em: 22 nov. 2017.

É possível a rmar que o bebê está adaptado ao meio aquático devido ao (à):

a) Tensão corporal.
b) Rigidez muscular.
c) Abertura dos olhos.
d) Afastamento dos braços.
e) Rigidez facial e soltura muscular.

Justi cativa

3. Analise as seguintes sentenças:

I. O domínio da utuação, da respiração e de formas básicas de propulsão é fundamental na iniciação à natação.

II. Esses fatores se relacionam exclusivamente ao domínio da técnica de nados.

A respeito destas asserções, assinale a opção CORRETA:

a) As duas são falsas.


b) A primeira é verdadeira, e a segunda é falsa.
c) A primeira é falsa, e a segunda é verdadeira.
d) As duas são verdadeiras, mas a segunda não justi ca a primeira.

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e) As duas são verdadeiras, e a segunda justi ca a primeira.

Justi cativa

Glossário
MATURAÇÃO

Processo de desenvolvimento de um indivíduo, do nascimento à vida adulta.

IMAGINÁRIO

Fantasioso, que existe apenas na imaginação, que não é real.

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