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SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO MARANHÃO – SEDUC

SECRETARIA ADJUNTA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E INTEGRAL- SAEPI


SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO E SUPORTE À EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL E INTEGRAL

MATERIAL DE APOIO
AO PROGRAMA MAIS INTEGRAL

ABC DE PROTAGONISMO

ENSINO FUNDAMENTAL- ANOS FINAIS


7º ANO

SEGUNDA EDIÇÃO
2023
GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO

Carlos Brandão
Governador do Estado

Leuzinete Pereira da Silva


Secretário de Estado da Educação

André Bello
Secretário Adjunto de Educação Profissional e Integral

Emanuel Denner Lima de Sena Rosa


Superintendente de Gestão e Suporte à Educação Profissional e Integral

Lília Mendes Lobato


Coordenadora Pedagógica do Programa Mais Integral

EQUIPE DO PROGRAMA MAIS INTEGRAL:


Emanuel Denner Lima de Sena Rosa
Emanuelle Ferreira Lobato Pereira
Geysa Adriana Soares Azevedo
Hermínio Benitez Rabello Mendes
Jonny Erick dos Santos Ferreira
Julio Cesar Ferreira da Silva
Kennya Teresa Brito Castro
Lília Mendes Lobato
Marília Danielle Amaral Moreira Aroucha
Ricardo Gonçalves Cardoso
Rômulo Alves
Sérgio Fernandesde Melo

ORGANIZAÇÃO:
Lília Mendes Lobato
AUTORES:

Alex Reis Barroso


Flavia Regina da Silva Correa
Kennya Teresa Brito Castro
Lília Mendes Lobato
Marília Danielle Amaral Moreira Aroucha

Victor Eduardo Gomes Ferreira

EQUIPE DE REVISÃO:
Kennya Teresa Brito Castro
Lília Mendes Lobato
Marília Danielle Amaral Moreira Aroucha

DIAGRAMAÇÃO:
Alex Reis Barroso
Arthur Moreira Aroucha
Flavia Regina da Silva Correa
Lília Mendes Lobato
Marília Danielle Amaral Moreira Aroucha
Olá educadores(as)!

Este ABC de Protagonismo é para uso do professor e está sistematizado


em temas que devem ser abordados no ano letivo de 2023 nas salas do 6º ano
das Unidades Mais Integral.
As aulas estruturadas podem ser executadas conforme o planejamento do
professor(a), sempre respeitando as fases de desenvolvimento de cada turma.
Deste modo, cada tema possui uma sugestão de sequência didática flexível que
permite variações conforme o nível dos estudantes, por exemplo: a aula 01 está
estruturado em um momento para sensibilização e mais 3 momentos didáticos
para desenvolvimento da temática proposta, que podem ser executados em uma
ou várias aulas; as discussões dos textos e vídeos podem ser aprofundadas ou
realizadas de maneira mais ampla etc.
Assim, os temas, os objetivos e a estruturação das aulas são
apresentados em um único formato, porém, o professor pode adotar
metodologias didáticas variadas, conforme a maturidade dos estudantes, bem
como os contextos, tempos e espaços disponíveis na UMI.
Por fim, desejamos bons estudos e boas aulas!

Equipe Pedagógica Mais Integral


SUMÁRIO

1. PROTAGONISMO – PRINCIPAIS CONCEITOS


AULA 1 – UMI que pratica Acolhimento é só sucesso!................................................
AULA 2 – Meio Ambiente Sustentável: o que isso tem a ver comigo?.........................
AULA 3 – O mundo que queremos!..............................................................................
AULA 4 – O adolescente cidadão.................................................................................
AULA 5 – Liderança Servidora é Ação.........................................................................

2. PROTAGONISMO ESTUDANTIL NA PRÁTICA


AULA 6 – Liderança de Turma: participando na gestão da UMI...................................
AULA 7 – Pesquisando sobre os Clubes de Protagonismo na UMI..............................
AULA 8 – #ConexãocomosPresidentes........................................................................
AULA 9 – Nossa prática é servir...................................................................................
AULA 10 – Monitores à obra!.......................................................................................
AULA 11 – A minha voz e a minha vez: Grêmio Estudantil.........................................

3. ESPAÇOS DE PROTAGONISMO
AULA 12 – Protagonismo na prática: por uma escola cada vez melhor!...................
AULA 13 – Dia do Estudante.....................................................................................
AULA 14 – Redes Sociais e Protagonismo...............................................................
AULA 15 – Valorizando as diferenças.......................................................................

4. IDENTIDADE E PERFIL PROTAGONISTA


AULA 16 – Participação social ativa.........................................................................
AULA 17 – Eu, tu, nós nos comunicamos................................................................
AULA 18 – Oratória..................................................................................................
AULA 19 – Argumentar e convencer........................................................................
AULA 20 – A hora e a vez de desenvolver competências socioemocionais............
Boas-vindas ao grupo!

DINÂMICA DA VASSOURA
Passo 1: Peça aos estudantes que formem um círculo. Diga que precisará de um
estudante voluntário para iniciar a dinâmica como acolhedor. Logo em seguida, você
entregará a esse estudante acolhedor uma vassoura e ele se posicionará no centro do
círculo que foi formado. Então ele dará início à dinâmica dizendo seu NOME, IDADE,
SONHO, QUALIDADE e DEFEITO. Logo após a apresentação ser concluída a sua fala,
ele deve apontar um outro estudante e soltar a vassoura. Esse estudante deve pegá-la
antes dela cair no chão. Assim, segue a dinâmica com os demais estudantes que ainda
não se apresentaram até que todos se apresentem.

Atenção: Caso alguém tenha dificuldade para correr ou alguma deficiência que o
impossibilite de correr para pegar a vassoura, esse estudante pode se direcionar ao centro
do círculo com calma. Ou você, professor, juntamente com ajuda da turma podem ajudar
esse estudante a se apresentar.

Passo 2: Após todas as explanações feitas pelos estudantes, leve os estudantes a


refletirem, fazendo as seguintes perguntas:
Com esse ato, leve os estudantes a refletirem em relação ao Acolhimento que
é realizado diariamente. Pois é importante observarem que se a união da equipe ou
da sala responsável por determinado Acolhimento for mantida, as expectativas para
o dia não terão dificuldades de serem alcançadas e os estudantes acolhidos se
sentirão mais capazes de encarar um novo dia.

Professor, os conceitos e definições citados nesta aula sobre a prática


educativa de rotina chamada Acolhimento foram baseadas no Livro Modelo
Pedagógico e Modelo de Gestão Escolar Mais Integral - Anos Finais do Ensino
Fundamental e no ABC de Acolhimento do Programa Mais Integral.
É importante lembrar que há vários tipos de Acolhimentos, o Inicial (dos
estudantes, da equipe escolar e dos pais e/ou responsáveis) e o Diário (individual
e coletivo), porém, iremos enfatizar aqui o Acolhimento Diário Coletivo, pois este
requer um envolvimento dos estudantes protagonistas.

MOMENTO 1 – ENTENDENDO UM POUCO MAIS SOBRE ACOLHIMENTO

Passo 1: Professor (a), você pode apresentar e escolher uma forma em que o
conteúdo abaixo seja explanado aos estudantes sobre o conceito de Acolhimento
Diário (individual e coletivo). As apresentações podem ser feitas por meio de slides,
de cartazes, copiado na lousa ou por alguma outra forma mais acessível e atrativa à
turma.
Mas o que é mesmo essa prática educativa chamada Acolhimento?
Acolher é hospedar, receber (alguém), abrigar, dar acolhida. Alicerçadas
nessas concepções, o Acolhimento é uma prática educativa, com o objetivo de
estabelecer, por meio de diversas ações, a mensagem de receber, aceitar e acolher
distintos públicos que perpassam pela escola, tais como educadores, estudantes,
funcionários, pais e responsáveis. O Acolhimento é considerado o “ponta pé inicial”
do Projeto de Vida. É uma prática educativa de rotina, ou seja, ação que precisa ser
realizada diariamente na Unidade Mais Integral – UMI, trata-se de dar acolhida de
maneira deliberada e intencionada, destinada a diferentes finalidades.
O Acolhimento é de suma relevância para o desenvolvimento do protagonismo
estudantil. Essa prática educativa se destina a distintos públicos que frequentam a
UMI, ocorre em ocasiões específicas e são executadas por diferentes grupos.
Acolhimento Diário Coletivo
O Acolhimento Diário é uma prática educativa que deve ser realizado de modo
planejado, intencional e alicerçado nos princípios da Pedagogia da Presença, sendo
compreendido como ações que ultrapassam a concepção de receber os estudantes.
Pode ocorrer, tanto no início do ano letivo (Acolhimento Inicial dos Estudantes), como
também diariamente, sendo uma ação pedagógica.
Essa prática é pode ser depreendida por muitos como a primeira oportunidade
de a escola fazer sentido, sendo lugar onde finalmente são reconhecidos, ouvidos,
vistos, respeitados e acolhidos.
É a ocasião em que a equipe escolar, encarrega-se de acompanhar a chegada dos
estudantes na Unidade Mais Integral. O Acolhimento Diário se manifesta em
pequenos gestos: o sorriso que acolhe, o bom dia sincero, a troca verdadeira com o
outro, o olhar atento para com o estudante, a fim de perceber se chegou de modo
diferente, naquele dia, na UMI. São ações importantes para que o educando se sinta
realmente visto e acolhido dentro da unidade. É o momento apropriado para que o
tutor se aproxime, acolha o estudante e exerça o importante princípio da presença
pedagógica. Embora as ações do Acolhimento sejam simples, possibilitam um dia de
aula mais tranquilo, leve e produtivo ou, caso necessário, a tomada de novos
encaminhamentos. O Acolhimento Diário pode ocorrer em diferentes espaços da
UMI, tais como: refeitório, auditório, biblioteca, dentre outros.
O Acolhimento Diário Coletivo também é organizado pelo gestor geral, que
poderá inclusive realizar essa ação com os professores e demais profissionais da
escola, a fim de falar sobre conquistas dos estudantes, trazer uma mensagem
importante, ou convidar os próprios protagonistas para utilizar esse momento com
abordagens reflexivas, depoimentos ou podem trazer músicas, poemas, cantos,
dentre outros que lhes parecerem pertinentes à acolhida. É coletivo por não ser
composto de ação intencional direcionada a cada estudante, um a um, mas a todos
eles de maneira mais ampla, contudo não menos afetiva, empática, responsiva e
intencional.

Professor, para enriquecimento dos seus conhecimentos sobre o tema,


sugerimos as leituras e visualizações dos materiais a seguir (reportagem, vídeo e
artigo). Você pode baixar por meio do QR code ou dos links, e é importante que você
baixe antes da ministração da aula.

#FicaADica
Links:
https://blog.portabilis.com.br/escola-acolhedora/

https://www.youtube.com/watch?v=dFdy_GmFTvQ

http://www.editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2020/TRABALHO_EV1
40_MD1_SA19_ID774_23052020132237.pdf
MOMENTO 2 – CONVERSANDO SOBRE O ACOLHIMENTO DIÁRIO
NA UMI
Passo 1: Professor, após as explanações feitas aos estudantes, organize uma Roda
de Conversa para que eles exponham seus entendimentos, suas dúvidas e suas
ideias.

Passo 2: Após a realização dessa prática educativa, e aproveitando que estão


reunidos, solicite-os que organize um Acolhimento Diário a ser realizado em um dia,
que previamente já foi alinhado com a gestão geral.
Nesse momento, é importante lembrá-los de que o Acolhimento Diário pode ser
organizado com recursos materiais ou não. Sendo que se precisarem de alguma
coisa, é necessário que seja solicitado à gestão geral com antecedência. Ou, existem
casos em que se a prática for previamente planejada por toda a equipe de forma
organizada e responsável, nem sempre será necessário algum recurso material.
Portanto, motive-os a usarem a criatividade e colocarem em prática as ideias
que surgirem.
Não esqueça de articular antecipadamente com a gestão geral sobre o dia
e os recursos necessários para o Acolhimento Diário da referida turma.
É importante lembrar também da importância dos registros fotográficos
desse momento, assim, depois você pode apresentá-los. Isso os deixarão mais
motivados a colaborarem sempre que houver necessidade.
Caso a turma ainda não tenha líder de turma, devido está no início do ano
letivo, solicite que alguns estudantes liderem o planejamento feito em sala.
E, durante o planejamento do Acolhimento Diário da turma, esteja atento
aos anseios deles, às dúvidas e às sugestões. Exponha exemplos de cartazes,
músicas, dinâmicas, dentre outras coisas que podem fazer ou usar.

 Exemplo de cartazes:
 Exemplo de lembrancinhas:

REFERÊNCIAS
MARANHÃO. Secretaria de Estado da Educação do Maranhão. Modelo
Pedagógico e Modelo de Gestão Escolar Mais Integral – Anos Finais do Ensino
Fundamental. São Luís: SEDUC, 2022.
RODA DE CONVERSA

PASSO 1: Organizar os estudantes em círculo na sala de aula ou no pátio. Eles


poderão sentar em cadeiras ou no chão, o importante é que estejam confortáveis e
atentos às falas de todos.

PASSO 2: Professor, siga o roteiro abaixo para conduzir a conversa:


 Vocês se interessam pelas questões ambientais? Por quê?
 Que temas ambientais costumam chamar mais a atenção de vocês?
 Onde vocês costumam buscar informações sobre essa temática?
 O que vocês sabem sobre desenvolvimento sustentável e sustentabilidade?
 Já ouviram falar sobre Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)?

Professor, mostre o quadro com os 17 Objetivos de Desenvolvimento


Sustentável (ODS) estabelecidos pela Cúpula da Nações Unidas. O Brasil se
comprometeu com essa agenda ambiental.
AGENDA 2030 PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Em 2015, os 193 países membros das Nações Unidas adotaram uma nova política
global: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que pretende elevar o
desenvolvimento do mundo e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Para isso,
foram estabelecidos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) com 169
metas – a serem alcançadas até 2030 por meio de uma ação conjunta agregando
governos, iniciativa privada e a sociedade como um todo nos âmbitos internacional,
nacional e local.
Essa agenda está pautada em cinco áreas de importância (ou chamados 5 Ps):
pessoas, planeta, prosperidade, paz e parcerias.

(Fonte: http://www.ods.cnm.org.br/agenda-2030)
Erradicar a pobreza e a fome de todas as maneiras e garantir
a dignidade e a igualdade.

Proteger os recursos naturais e o clima do nosso planeta para


as gerações futuras.

Garantir vidas prósperas e plenas, em harmonia com a


natureza.

Promover sociedades pacíficas, justas e inclusivas.

Implementar a agenda por meio de uma parceria global sólida


MOMENTO 1 - EXIBIÇÃO DE VÍDEO

Passo 1: Projetar o vídeo para os estudantes.

#FicaADica
Vídeo: O que é sustentabilidade?
Tempo: 3’27’’

Link: https://www.youtube.com/watch?v=UjU0RlTzP4Y

O vídeo explica de forma dinâmica e didática o que é sustentabilidade. Além do


conceito são dados exemplos do que é ser sustentável para facilitar o entendimento
do tema. A sustentabilidade é algo cada vez mais comentado no mundo todo, sua
importância fica cada dia mais evidente diante de tanta devastação ambiental e
poluição, além de alertas de cientistas renomados sobre as consequências que isso
pode causar no futuro e até mesmo no presente.
Passo 2: Após a exibição do vídeo, para estimular uma rápida discussão com os
estudantes, faça as seguintes perguntas:

1. O que você entendeu sobre o termo sustentabilidade?


2. O que você pode fazer para reduzir a poluição do planeta?
MOMENTO 2 - ATIVIDADE EM GRUPO
Painel: ESTUDANTES DA UMI ENGAJADOS COM OS ODS

Professor, solicite aos estudantes que realizem uma pesquisa prévia sobre os
Objetivos e Metas de Desenvolvimento Sustentável (ODS) proposto pela Cúpula
das Nações, em 2015. Solicite que levem para a aula materiais que abordem o
tema da Sustentabilidade e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS),
como livros, revistas, panfletos etc.

ATIVIDADE PRÉVIA

Passo 1: Sistematização das equipes e das tarefas


A sala será dividida em grupos com até 5 integrantes para desenvolver a
atividade:
1. Cada grupo deve escolher 1 (um) dos 17 Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) proposto pela Cúpula das Nações;
2. Os motivos da escolha serão esclarecidos durante a apresentação oral;
3. Aprofundar a pesquisa sobre os objetivos escolhidos e as metas
relacionadas a ele.
4. Neste momento, os estudantes podem fazer uso de materiais como
revistas, livros e celulares (smartphones)
5. Discussão em grupo para propor ações que podem ser realizadas por
movimentos juvenis para auxiliar no alcance do objetivo escolhido.

Observação: Caso os alunos e/ou a escola tenham acesso à internet


(celulares ou sala de informática), permita que os grupos utilizem para
pesquisa. Incentive que os grupos troquem materiais e informações entre si.

#FicaADica
Sugestão de site: <https://odsbrasil.gov.br/objetivo1/indicador111>.
Os estudantes poderão pesquisar sobre os Indicadores atuais Brasil para os
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Passo 2: Confecção de cartaz
Cada grupo deve confeccionar um cartaz com as seguintes informações:
1. Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
2. Ações para alcançar o objetivo

Observação: Os estudantes podem usar a criatividade na confecção dos


cartazes. Lembrando que os cartazes serão utilizados para compor um
grande painel na sala de aula ou nos corredores da Unidade Mais Integral (UMI).

Passo 3: Apresentação
Em sala de aula, o grupo deve apresentar o cartaz para os colegas, enfatizando
o objetivo selecionado, os motivos dessa escolha, as ações possíveis para o alcance
do ODS escolhido e as reflexões e discussões da equipe sobre essa atividade.

REFERÊNCIAS

Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável. Confederação Nacional dos


Municípios. 2023. Disponível em: <http://www.ods.cnm.org.br/agenda-2030>.
Acesso em: Acesso em: 05 de jan. de 2023.

BRASIL. Ministério da Educação. Programa Parâmetros em Ação: Meio Ambiente na


escola. Brasília: MEC; SEF, 2001.

CRUZ, Ângela. Waldhelm, Mônica. Ser em Foco. São Paulo: Editora do Brasil, 2020.

Educação Ambiental. Significados. 2023. Disponível em:


<https://www.significados.com.br/educacao-ambiental/> Acesso em: 04 de jan. de
2023.

Indicadores Brasileiros para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Instituto


Brasileiro de Geografia e Estatística. 2023. Disponível em: <
https://odsbrasil.gov.br/home/NewHome>. Acesso em: 10 de jan. de 2023.

LEROY, Jean Pierre et alli. Tudo ao mesmo tempo agora: desenvolvimento,


sustentabilidade, democracia: o que isso tem a ver com você? Petrópolis, RJ:
Vozes, 2002.
Vamos pensar o mundo que queremos?

Passo 1: Dividir a turma em 6 grupos. Cada grupo deve pensar e refletir sobre o que
consideram indispensável para a construção do mundo ideal para viver. Deixe todos
bem livres para anotar no caderno ou folha de papel sulfite A4 o que quiserem, por
exemplo: amor, paz, saneamento básico, sustentabilidade, igualdade, dinheiro,
justiça, respeito etc.

Passo 2: Após esse momento de registro, os estudantes podem ler as respostas e


iniciar uma discussão reflexiva em uma grande plenária.
MOMENTO 1 – O MUNDO QUE TEMOS E O MUNDO QUE QUEREMOS

ATIVIDADE PRÉVIA

Professor, solicite aos estudantes que realizem uma pesquisa prévia em


sites de notícias sobre fatos problemáticos que acontecem no mundo, em diversos
aspectos (social, ambiental e econômico, por exemplo).

Passo 1: Nesta aula, os estudantes serão estimulados a refletir sobre o mundo que
vivem e a perceber aspectos que precisam ser melhorados para que tenhamos
uma sociedade melhor para se viver. Ao passo que, ao levantarem estas
problemáticas, serão levados a refletir de que maneira cada um deles poderá atuar
para transformar essa realidade.
Desta forma, serão estimulados a “diagnosticar” problemáticas mundiais e, ao
mesmo tempo, refletir sobre possíveis soluções, de modo que, perceberão a
importância de identificar, refletir e agir sobre os problemas que assolam a sociedade
atual.

#FicaADica
Para saber mais.
Texto: O FUTURO QUE QUEREMOS: Economia verde, desenvolvimento
sustentável e erradicação da pobreza.
Link: <http://www.inpe.br/noticias/arquivos/pdf/RIO+20-web.pdf>
... “é fundamental reduzir a pobreza no mundo, para dar condições aos
povos menos desenvolvidos de também encontrar caminhos para se adaptar e
sobreviver”.
(SCARPA; SOARES, 2014, p. 14)
MOMENTO 2: ATIVIDADE EM GRUPO

Professor, os questionamentos podem ser xerocopiados e distribuídos aos


grupos, ou, na ausência desse recurso, você pode escrever no quadro para que os
estudantes copiem no caderno.

Passo 1: Sistematização das equipes e das tarefas


A sala será dividida em grupos para desenvolver a atividade (podem ser os
mesmos organizados para a tarefa de socialização).

Passo 2: Cada grupo deve escolher um dos problemas que detectaram na fase de
pesquisa.
Passo 3: Em seguida, os grupos devem responder aos questionamentos abaixo:

REFERÊNCIA

COSTA, A. C. G. Protagonismo Juvenil: O que é e como praticá-lo. Belo


Horizonte: Modus Faciendi, 2007.

COSTA, A. C. G.; VIEIRA, M. A. Protagonismo Juvenil: adolescência, educação


e participação democrática. São Paulo: FTD, 2006.

SÃO PAULO. Secretaria de Estado da educação-SEDUC. Protagonismo Juvenil –


Anos Finais. São Paulo: SEDUC, 2014.

SCARPA, Fabiano. SOARES, Ana Paula. O FUTURO QUE QUEREMOS Economia


verde, desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza. 2014. Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE. Disponível em:
<http://www.inpe.br/noticias/arquivos/pdf/RIO+20-web.pdf>. Acesso em: 05 de dez.
de 2022.
ATIVIDADE PRÉVIA

 Levantamento (junto à biblioteca da escola, professores e estudantes) de


exemplares da Constituição Federal de 1988 e dicionários para distribuir entre
os grupos de estudantes;
 Caso os alunos e/ou a escola tenham acesso à internet (celulares
ou sala de informática), permita que os grupos utilizem para
pesquisa. Incentive que os grupos troquem materiais entre si.

Vamos conhecer um pouquinho da Constituição do Brasil promulgada em 1988?

PASSO 1: Organizar os estudantes em pequenos grupos (3 ou 4 integrantes) e


entregar um enunciado da Constituição Federal de 1988 para cada um. (Professor(a),
recorte os enunciados abaixo e distribua um para cada grupo).

PASSO 2: Agora, é a hora de desafiá-los a encontrar o erro, tendo por referência a


base normativa constitucional. Uma vez encontrado o erro, os estudantes devem
corrigi-lo, reescrevendo no caderno o texto correto. O uso do dicionário pode ser
necessário neste momento, pois a constituição, como instrumento normativo, está
escrita em linguagem culta, além de conter termos e expressões jurídicas (fora do
vocabulário usual dos estudantes).

PASSO 3: Reflexão coletiva (expressa por um representante do grupo): destacar um


dos direitos e deveres descritos no artigo 5º da Constituição Federal de 1988 que não
é respeitado em sua plenitude.

PASSO 4: Reflexão individual (expressa por alguns estudantes): qual dos enunciados
apresentado você considera mais importante para a democracia?

“O que dá consciência crítica ao homem é a apreensão de sua


história, de sua cultura, de seus valores, da participação da vida
em sociedade, enfim, da percepção de seus direitos e deveres”.
(Paulo Freire)
TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

Homens e mulheres são diferentes em direitos e obrigações, nos termos


desta Constituição;

----------------------------------------------------------------------------------------------------

Algumas pessoas podem ser obrigadas a fazer ou deixar de fazer alguma


coisa em virtude de lei;

----------------------------------------------------------------------------------------------------

Será submetido a tortura e a tratamento desumano ou degradante aquele


que cometer crimes;

----------------------------------------------------------------------------------------------------

É livre a manifestação do pensamento, sendo permitido o


anonimato;

----------------------------------------------------------------------------------------------------

São violáveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das


pessoas públicas (como os artistas de televisão), assegurado o direito a
indenização pelo dano material ou moral decorrente dessa violação
apenas para as pessoas anônimas;

----------------------------------------------------------------------------------------------------
A casa é lugar violável do indivíduo, todos podem nela penetrar sem
consentimento do morador, principalmente em caso de flagrante delito ou
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação
judicial;

----------------------------------------------------------------------------------------------------

É violável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas,


de dados e das comunicações telefônicas, por ordem judicial, nas
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação
criminal ou instrução processual penal;

----------------------------------------------------------------------------------------------------

É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão por qualquer


pessoa, independente das qualificações profissionais que a lei
estabelecer;

----------------------------------------------------------------------------------------------------

Todos podem reunir-se com armas, em locais abertos ao público,


independentemente de autorização, desde que não frustrem outra
reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas
exigido prévio aviso à autoridade competente;

----------------------------------------------------------------------------------------------------

As empresas promoverão, na forma da lei, a defesa do


consumidor;

----------------------------------------------------------------------------------------------------
MOMENTO 1 - Leitura e reflexão

Texto: Educação, democracia e cidadania

O sujeito consciente da sua cidadania só existe quando o indivíduo


participa dos desígnios da sua nação. Portanto a cidadania requer que o
indivíduo, sobretudo, participe da construção e defesa de seus direitos. Não basta
conhece-los, é preciso atuar na dinâmica que os edifica e os transforma.
Se unirmos o pensamento dos principais educadores do Brasil, podemos concluir
que:
1. a educação transforma a realidade social;
2. a educação é um instrumento de revolução;
3. a educação deve contribuir para a conscientização;
4. a conscientização leva o indivíduo a participação e ao exercício da cidadania;
5. o indivíduo consciente exerce a sua cidadania e é agente transformador da
realidade social;
6. a conscientização do homem é a fonte da educação para a cidadania em uma
sociedade democrática.
De tudo que aprendemos, constatamos que a escola é decisiva na construção da
cidadania. É o local onde desde cedo a criança trabalha o coletivo, o que posteriormente
deve embasar os conceitos de coisa pública e de interesse público. Interesse público não
como o somatório de interesses individuais, mas como um espírito coletivo cujo sentimento
é o que é bom para todos.
A escola deve, portanto, não somente se limitar a ensinar os saberes e habilidades
técnico-científicos como forma de capacitar os indivíduos para exercer uma profissão. Seu
papel vai muito além! Cabe à escola transformadora, acima de tudo, a preparação das
pessoas para o exercício e a reivindicação de seus direitos e para a tomada de consciência
de seus deveres para com a sociedade.
O maior desafio das novas gerações é ter sonhos além do possível. É fundamental que
o jovem ouse, atreva-se, atire-se me busca do que almeja. E cabe a escola estimular os
sonhos, orientar os caminhos de obtê-los. O grande “lance” dos jovens é poder ter grandes
sonhos, impossíveis que sejam, pois têm uma vida pela frente para tentar realizar suas
aspirações.

Fonte: FARIAS, M. G. B.; CUSTÓDIO NETO, V. Educação Fiscal e Cidadania. Coleção


Educação Fiscal e Cidadania. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2014, p. 26-27.)
Professor, esse texto aprofunda uma discussão iniciada no 6º ano sobre
Ética, Cidadania e Democracia. Alguns conceitos foram estudados e reflexões
foram feitas, mas de forma ampla e superficial. Aqui, no 7º ano, sugerimos uma
abordagem mais aprofundada.
O texto possibilita ao estudante relacionar o conceito de cidadania com
participação social e compreender o espaço escolar e seu entorno como
catalisador de mudança social, além de incentivar a participação democrática.
A reflexão sobre tema dos sonhos pode levar a construção de uma
sociedade mais justa e igualitária. E para que isso aconteça, precisamos sair do
comodismo e tomarmos decisões.

Vale destacar a frase de Paulo Freire:

“Não corte as asas dos seus sonhos na tentava de fazê-


los possíveis. O mundo está cheio de pessoas com
tesouras cortando as asas dos sonhos”.

Professor, levante uma discussão sobre a participação de cada um na


construção de mundo mais justo e democrático. É preciso lembrar da
responsabilidade de cada um de nós para transformar ou manter a ordem social
vigente, seja por ação ou omissão. Quando não agimos diante de uma realidade
que discordamos, estamos contribuindo para mantê-la. Já quando agimos como
cidadãos (votar de forma consciente, preservar o patrimônio da escola, não jogar
lixo na rua, por exemplo), estamos participando do processo de construção de
uma sociedade democrática.
Na medida que participam das causas sociais, os jovens estão exercendo
a cidadania, além de estarem praticando um ato político.
Observação: O texto pode ser reproduzido ou projetado (com projetor multimídia
ou na televisão) para leitura compartilhada com os estudantes.
MOMENTO 2 - Atividade em grupo

Que tal começar a exercer o papel de cidadão na comunidade escolar?

1. Em grupo, criem uma lista de sonhos/desejos para a sua comunidade. Primeiro,


pensem nos principais problemas da comunidade onde a escola está localizada,
depois definam as soluções (sonhos/desejos) e quem pode responsabilizar-se pela
realização.

PROBLEMA DO SOLUÇÃO RESPONSÁVEIS


BAIRRO SONHO/DESEJO PELA SOLUÇÃO

Professor, o ideal é que algum desses “sonhos” sejam passíveis de realização


pelos próprios estudantes.

REFERÊNCIAS

CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000.

FARIAS, M. G. B.; CUSTÓDIO NETO, V. Educação Fiscal e Cidadania.


Coleção Educação Fiscal e Cidadania. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha,
2014.

FREITAS, Paulo. Educação como prática da liberdade. 17º ed. Rio de


Janeiro: Paz e Terra, 1983.

UNICEF. O que é cyberbullying? Disponível em:


<https://www.unicef.org/brazil/cyberbullying-o-que-eh-e-como-para-
lo#:~:text=O%20que%20%C3%A9%20cyberbullying%3F,envergonhar%20aqueles%
20que%20s%C3%A3o%20v%C3%ADtimas> Acesso em: 13 nov. 2022.
Passo 1: Para iniciar a aula sobre Liderança Servidora, sugere – se a transmissão de
um trecho retirado do filme “Procurando Nemo” aos estudantes. Neste vídeo, um
peixinho frágil, ao vê-se diante de um grande desafio (os pescadores estavam
pescando todo o cardume em redes), pensou em uma solução para a problemática e,
enfaticamente, entoou seu “grito de guerra” pedindo aos demais peixes para “nadar
para baixo”. Nemo, que era um exemplo para a equipe, gritava e nadava junto aos
demais, até que juntos alcançaram o objetivo comum de se livrar das redes dos
pescadores.

#FicaADica
Link:
https://www.youtube.com/watch?v=g56y33QU90w

Passo 2: Após a exibição do vídeo, para estimular uma rápida discussão com os
estudantes, faça as seguintes perguntas:

1. O que você entendeu sobre a cena do vídeo?


2. Vendo-se diante de um grande desafio, Nemo pensou em uma
solução para a problemática naquele momento. O que ele fez?
3. Nemo deu ordens sobre o que fazer ou estava junto aos demais tentando
alcançarem o objetivo comum, que era se livrar das redes dos pescadores?
4. Você acha que Nemo foi um exemplo para a equipe?
Professor, para um entendimento melhor quanto a Liderança Servidora,
sugere-se a leitura do texto a seguir:

Mas, afinal o que é liderança servidora?

A Liderança Servidora foi proposta por Robert Greenleaf, no ano de 1977


através do livro The Servant as Leader, tornando-se popular no Brasil em “O Monge
e o Executivo”, escrito por James C. Hunter. Na referida obra, a base da liderança
é defendida não como poder e sim como autoridade, conquistada com amor,
dedicação e sacrifício. É defendido também que o respeito, a responsabilidade e o
cuidado com as pessoas são virtudes indispensáveis de um grande líder. Assim
dizendo, é preciso estar disposto a servir. (Hunter, 2004).

Na obra, ressalta-se também que a autoridade é construída “sempre que servirmos


aos outros e nos sacrificamos por eles. Lembre-se, o papel da liderança é servir, isto
é, identificar e satisfazer as necessidades legítimas” (Hunter, 2004, p. 70).

É importante salientar que as práticas de uma liderança servidora podem e devem


se dar por meio das ações de todos os estudantes.
“O exercício planejado e executado por todos, mediante alinhamento com
o modelo pedagógico, destacando-se as práticas de vivências em
protagonismo, faz surgir a liderança como um aprendizado de atitudes e
convivências, contribuindo assim na construção de valores e
competências não só escolares, mas aquelas que influenciarão para a
vida. Logo, na essência da prática da Liderança Servidora é
desenvolvido o Protagonismo.”
(Modelo pedagógico e modelo de gestão escolar mais integral:
anos finais do ensino fundamental, 2022,p. 123)
Não importando as atribuições, conhecimentos e experiências, o respeito e a
humildade fazem parte das práticas do Líder Servidor. Ele é uma pessoa presente,

que escuta atentamente o outro, demonstra postura de aprendiz, procura ser


referência como pessoa, como estudante e, futuramente, como profissional. Dessa

forma, o processo de liderança será conduzido com tranquilidade, adquirindo uma


autoridade saudável e autêntica.O “servir” da liderança significa procurar entender
e atender as necessidades dos liderados, sejam essas de recursos, de informações,
de apoio ou de desenvolvimento da capacidade para cumprir com excelência sua
missão, e não significa se sujeitar às vontades nem conceder privilégios.
Em outras palavras, um líder servidor prioriza as ideias dos liderados,
fomenta a colaboração e alimenta uma cultura de confiança e respeito no
ambiente. Tudo isso enquanto o líder coloca as necessidades dos outros acima
das suas próprias. Afinal, em uma liderança servidora, o foco na equipe é aquilo
em que se tem de mais importante: as pessoas.
O líder servidor lidera pelo exemplo e coloca as pessoas que estão liderando
em primeiro lugar, ao invés de usá-las para alcançar seus próprios objetivos. Assim
como foram, por exemplo: Jesus Cristo, Nelson Mandela e Martin Luther King.
A liderança servidora é um estilo de liderança atraente para muitos, porque
vai contra a visão hierárquica tradicional dos líderes autocratas, como aqueles
no topo que dão ordens e são obedecidos sem questionar. Em uma hierarquia, o
líder está no topo e tem todo o poder, enquanto todos os outros estão abaixo deles
e devem fazer o que lhes é dito. Isso pode muitas vezes levar a um sentimento
de desconexão entre os líderes e aqueles que eles estão liderando, bem
como ressentimento e frustração.
A liderança servidora vira essa dinâmica ao contrário, colocando as
necessidades dos outros em primeiro lugar.
Conquistar essa autoridade requer do líder uma série de qualidades, mas
principalmente atitudes. O líder, além de ser capaz de influenciar é dotado de
habilidades de comunicação, empatia, senso de justiça, serve de exemplo e acima
de tudo é ético. Um bom líder é um grande servo, serve as pessoas atendendo seus
interesses e necessidades.
Quais são as qualidades de um líder servidor?

MOMENTO 1 – AFINAL, O QUE É A LIDERANÇA SERVIDORA?

Passo 1: Após a explicação que você fará aos estudantes sobre o conceito de
Liderança Servidora, segundo o que já foi explanado aqui nas páginas anteriores,
peça que leiam e reflitam sobre as afirmações abaixo.

As afirmações, que foram retiradas da obra “O monge e o executivo”, podem


ser copiadas na lousa ou em um cartaz.
Passo 2: Após esclarecimentos e reflexões sobre a relação das afirmações
citadas e da liderança servidora, solicite aos estudantes a escreverem sobre
o que entendem sobre “o que é ser um líder servidor”.
As repostas podem ser escritas em post its ou em um pedaço de papel
cortado por eles mesmos. Logo após, eles podem apresentar para a turma as
suas opiniões.

Professor, é importante observar se os estudantes apresentaram a


atividade anterior com clareza sobre o que é ser um líder servidor. Dê atenção a
todas as respostas oferecidas por eles.

MOMENTO 2 – O QUE É UM LÍDER SERVIDOR?


Passo 1: Seguindo a pauta, para reforçar o entendimento de liderança
servidora, reúna todas as respostas dos estudantes (que devem estar
copiadas em post its ou em um pedaço de papel), organize-as em um cartaz
e apresente para toda a turma, fazendo uma revisão sobre o tema.
Passo 2: Após esse momento, professor, faça a exposição dialogada sobre
“o que é ser um líder servidor”, elucidando que, para ser um líder de turma, o
estudante protagonista necessita ter mais do que popularidade no ambiente
escolar. Em outras palavras, é preciso ser proativo e mobilizador de forças
para gerar soluções, ter a escuta ativa, ser imparcial e capaz de gerir conflitos,
ser fonte de inspiração e referência para os liderados, ser um protagonista
autônomo, solidário e competente, bem como muitas outras respostas podem
surgir.

MOMENTO 3 – AUTOAVALIAÇÃO SOBRE LIDERANÇA


SERVIDORA
Passo 1: Na sequência, utilizando novamente post its, os estudantes irão
escrever as habilidades mais desenvolvidas em sua vivência escolar e as
habilidades que precisam desenvolver para ser um líder servidor.
Essa atividade proporciona aos estudantes uma autoavaliação que requer
a prática de autoconhecimento no que concerne a identificação dos pontos fortes
e os pontos a serem desenvolvidos. É um momento didático que permite
trabalhar diferentes habilidades, como: personalidade, responsabilidade,
controle emocional, humildade, espírito de liderança, flexibilidade, autonomia,
dentre outras.

REFERÊNCIAS

HUNTER, James C. O Monge e o Executivo. 15 ed. Rio de Janeiro:


Sextante,2004.

NOBREGA, Hamilton Felix.


https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/administracao/lideranca-servidora-
os-novos-lideres.htm. Acesso em: 13 de out. 2022.
Dinâmica: Nó humano

Passo 1: Solicite a todos os integrantes da turma que se


posicionem em um grande círculo.

Passo 2: Para dar início à dinâmica, peça aos estudantes


que estendam as suas mãos (direita e esquerda) e segure
a mão das pessoas que estão posicionadas ao lado direito e ao lado esquerdo delas.

Passo 3: Feito isso, solicite que todos olhem para esses colegas (tanto da direita
quanto da esquerda) e memorizem quem são elas.

Passo 4: Você pedirá que soltem as mãos dos seus colegas e caminhem pela turma
de forma aleatória. Caso prefira, pode colocar uma música para que eles ouçam
durante essa breve caminhada pela turma.

Passo 5: Após um breve período de tempo, peça a eles que peguem novamente nas
mesmas mão das mesmas pessoas em que estavam segurando antes (tanto da direita
quanto da esquerda) criando assim um grande embaraço humano. Reforce que eles
não podem soltar as mãos dos colegas, ainda que estejam posicionados de forma
desorganizada.

Passo 6: O objetivo da dinâmica é descobrir como desembaraçar e criar um grande


círculo novamente, sem soltar nenhuma das mãos. Você pode ficar observando como
cada estudante se comporta e estimulando a alguns que ajudem os demais a se
desembaraçarem.

O objetivo dessa dinâmica é promover a interação entre os


participantes, melhorar a comunicação entre eles, bem
como perceber que a solução dos desafios são resolvidos de forma mais “leve”
quando o trabalho é realizado em equipe. Assim, acontece com a turma mediante os
desafios que enfrentam. Se a turma estiver unida e cada estudante tiver a consciência
de seu papel enquanto estudante protagonista, todos eles podem contribuir com o
Líder da Turma, assim, os resultados surgirão de forma bem positiva para todos.
MOMENTO 1 – BATE-PAPO COM NOSSOS LÍDERES DE TURMA

Professor, inicie essa etapa, reforçando que o Líder de Turma é o


estudante que representa seus colegas mediante a equipe escolar, a gestão da
escola etc. Que ele é responsável por ouvir as necessidades e os interesses de
sua turma e, com a orientação da gestão e dos professores, são responsáveis
também por incentivar à participação protagonista dos outros estudantes nas
ações e decisões da UMI.
Solicite aos estudantes que realizem e comandem o “MOMENTO 1”.
Enquanto isso, você será o orientador, estimulando assim a participação de
todos e incentivando uma atitude protagonista durante essa atividade.

Passo 1: Inicie uma converse com os estudantes, estimule-os a externarem suas


dúvidas sobre as atribuições de um Líder de Turma, de modo que você vá
esclarecendo todas elas. Solicite que cada estudante reflita sobre o assunto e sobre
o perfil de um Líder de Turma.

Passo 2: Após esse momento, peça que formem pequenos grupos, dê 10 minutos
para que as equipes dialoguem e sugiram aos estudantes que explorem com seus
colegas de turma na identificação e resolução de dificuldades coletivas,
facilitando assim, o contato e a relação entre estudantes, professores e gestores,
contribuindo para um ambiente positivo, tanto na sala de aula quanto na UMI como
um todo. De modo que eles mesmos percebam, como estudantes participativos e
colaboradores, podem auxiliar a liderança, exercendo assim práticas protagonistas.

Passo 3: Após esse momento de diálogos e socialização de ideias, peça que os


estudantes descrevam tudo o que pensaram, conversaram e opinaram, em um cartaz,
para que, logo em seguida, seja compartilhado com a turma e anexado em um mural,
como um contrato da turma.
A seguir, uma sugestão da organização do cartaz que deverá ser produzido
pelos estudantes. Lembrando que é importante incentivar a criatividade e outras
sugestões de todos os envolvidos na turma.

Professor, se já houve ou não o processo das eleições para a Liderança


de Turma, é importante ressaltar aos estudantes que as dificuldades, as
possíveis soluções e os (as) responsáveis citados no quadro produzido por
eles, precisam ser sempre revistos e cumpridos por todos da turma.
Incentive a turma a se posicionar enquanto estudante protagonista,
aquele (a) que colabora de forma responsável com as atividades da sala de aula
e da UMI, não deixando na responsabilidade somente do Líder da Turma.

REFERÊNCIAS
MARANHÃO. Secretaria de Estado da Educação. Modelo Pedagógico e Modelo de
Gestão Escolar Mais Integral- Anos finais do Ensino Fundamental. São Luís,
SEDUC, 2022.
Professor, para ampliar o repertório sobre Clubes de Protagonismo,
sugere-se a exibição do vídeo a seguir aos estudantes:

#FicaADica
Exibição de vídeo: Clubes Juvenis – SEE/Escola de tempo integral.
Tempo: 10’15
Link: https://www.youtube.com/watch?v=OG-6rAP1_yo&t=287s

Passo 1: Após a exibição do vídeo, solicite aos estudantes que pensem e


relatem qual o tipo de Clube que gostariam de participar ou de criar, por
exemplo: clube de xadrez, de maquiagem, de dança, de jornal, dentre outros.

Passo 2: À medida que eles forem falando, vá escrevendo no quadro todas


as sugestões dadas por eles quanto aos tipos de Clubes.

Passo 3: Encerrada as sugestões dos estudantes, peça a eles que escrevam


em seus cadernos todos os exemplos de Clubes que foram citados por eles e
que você anotou na lousa, para que pensem sobre a possibilidade de criarem
ou de participarem de um clube desses.
MOMENTO 1 – ESTUDANDO SOBRE OS CLUBES DE PROTAGONISMO

ATIVIDADE PRÉVIA

Professor, nesta aula, a proposta é desenvolver, junto aos estudantes, uma


compreensão mais apurada sobre como funcionam os Clubes de Protagonismo
na UMI. A pesquisa deve levá-los a refletir a respeito das diferentes formas de
atuação protagonista, não se restringindo apenas aos presidentes e vice-
presidentes dos Clubes. Para isso, será necessário que, antecipadamente, você
selecione os tópicos do ABC de Clubes de Protagonismo, somente das partes que
você considera viável aos estudantes, tire cópias e solicite que os estudantes
estudem. Essa atividade será realizada em grupo. Caso não seja possível a
providência das cópias do material, você tem como sugestão o compartilhamento
do material em PDF pelo WhatsApp.

Passo 1: Previamente, entregue as cópias (ou compartilhamento em PDF) dos


trechos do ABC de Clubes de Protagonismo que são mais relevantes aos estudantes
e sugira a leitura do material para que ampliem seu repertório de conhecimento sobre
o tema. Cada grupo faz a leitura de tópicos diferentes do ABC.
MOMENTO 2 – COMPARTILHANDO SOBRE OS CLUBES DE PROTAGONISMO

Passo 1: Em sala de aula, após as leituras sobre cada tópico do ABC de Clube de
Protagonismo (atividade prévia), solicite que cada grupo faça suas explanações sobre
os pontos de destaques da leitura a todos da turma.

REFERÊNCIAS

Clubes Juvenis despertam espírito de liderança em alunos do Ensino Integral.


Vídeo de 2:03 minutos. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=hjhgcPgzR90 . Acesso em: 04 jun. 2020.

Clubes Juvenis - SEE/Escola de Tempo Integral, vídeo de 10:15 minutos.


Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=OG-6rAP1_yo. Acesso em: 18 jun.
2020.

Escola Vereda. 5 lições do Clube de Protagonismo. Disponível em:


https://blog.escolavereda.com.br/5-licoes-dos-clubes-de-protagonismo/Acesso em:
10 jul. 2022.

MARANHÃO. Secretaria de Estado da Educação. Modelo Pedagógico e Modelo de


Gestão Escolar Mais Integral- Anos finais do Ensino Fundamental. São Luís,
SEDUC, 2022.

SÃO PAULO. Secretaria de Estado da educação-SEDUC. Caderno do(a) Professor


- Clubes Juvenis. Volume Único. São Paulo: SEDUC, 2021. Disponível em:
file:///C:/Users/User/Downloads/ef_pr_protagonismo-juvenil_6-a-vol1_2021_versao-
preliminar%20(1).pdf. Acesso em 01.mar.2022.
REFLEXÃO – SIM, EU POSSO SER UM (A) PRESIDENTE OU VICE-
PRESIDENTE DE CLUBE!

Passo 1: Após a socialização da Aula 07 (aula anterior), em que os estudantes pensaram


e relataram sobre os clubes que gostariam de participar ou de formar (por exemplo: clube
de xadrez, de maquiagem, de dança, de jornal, dentre outros), solicite-os que se
imaginem fazendo parte de algum desses clubes, algum (uns) que sejam desejados por
eles. E, que eles “se vejam” como Presidentes (estudantes do 8º ou 9º ano) ou como
Vice-presidentes (estudantes do 7º ano ao 9º ano) ou como participante de algum clube.

Passo 2: Peça a eles que olhem em seus cadernos todos os exemplos de Clubes que
foram citados por eles e que você anotou na lousa na aula anterior, para que pensem
bem sobre qual clube seria melhor para eles.

Passo 3: Após esse momento de reflexão dos estudantes, traga para a turma algumas
fotos de diversas atividades que foram realizadas por Clubes de Protagonismo do ano
anterior.
As imagens podem ser expostas em murais confeccionados por cada equipe ou
podem ser apresentados por meio do projetor de mídias.
MOMENTO 1 – ROTEIRO DE ENTREVISTAS

Passo 1: Finalizada o momento de sensibilização, peça a eles que reúnam em


grupos e elaborem perguntas para entrevistarem os futuros Presidentes e Vice-
presidentes dos Clubes existentes da UMI (caso a UMI já tenham formado os
Clubes). Se a UMI já tiver seus Clubes formados, as perguntas deverão ser
direcionadas aos atuais Presidentes e Vice-presidentes dos Clubes existentes.

Passo 2: Depois, eles devem escolher um relator para representar a equipe no


momento da entrevista, evento denominado como
#ConexãocomosPresidentes, que acontecerá com futuros ou atuais
Presidentes e Vice-presidentes da sala de aula.
É importante e necessário que, juntos, criem um roteiro que leve os
estudantes a abordarem os pontos mais importantes do funcionamento dos
Clubes de Protagonismo. Assim, realizarão uma troca de informações com
colegas, o que contribuirá significativamente para uma vida estudantil
protagonista.

A seguir alguns exemplos de perguntas que podem incluir no roteiro para


a entrevista com os Presidentes e Vice-presidentes de Clubes da sala:
MOMENTO 2 – #ConexãocomosPresidentes

Observação: Espera-se que a atividade seja realizada antes das formações dos
Clubes de Protagonismo na UMI, porém, caso já tenha sido realizado esse momento,
deve ser utilizado o roteiro com as perguntas para os Presidentes e Vice-presidentes
que já atuam nos Clubes na UMI.

Passo 1: Após a conclusão dos roteiros das entrevistas, é chegada a hora de todos os
estudantes que pretendem formar um Clube (Presidentes e Vice-presidentes), sejam
entrevistados pelos estudantes relatores que foram escolhidos em cada equipe.

Passo 2: Para o encerramento, combine e oriente previamente com um(s) estudante(s)


protagonista(s), que foram Presidentes ou Vice-presidentes de Clubes, para que finalizem
com uma breve explanação sobre a importância do exercício protagonista na UMI, da
necessidade de envolvimento, participação e colaboração de todos os estudantes nos
Clubes e/ou sobre algum tema que seja necessário dar ênfase. Esse é um momento
oportuno para convidar os estudantes a pôr a “mão na massa”.

REFERÊNCIAS

Clubes Juvenis despertam espírito de liderança em alunos do Ensino Integral. Vídeo


de 2:03 minutos. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=hjhgcPgzR90 .
Acesso em: 04 jun. 2020.

Entrevistando Presidentes de Clubes Juvenis, da EE Prof. Maria Helena Basso


Antunes, vídeo de 5:10 minutos. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=izYGGlSESfI. Acesso em: 18 jun. 2020.

Escola Vereda. 5 lições do Clube de Protagonismo. Disponível em:


https://blog.escolavereda.com.br/5-licoes-dos-clubes-de-protagonismo/Acesso em: 10 jul.
2022.

MARANHÃO. Secretaria de Estado da Educação. Modelo Pedagógico e Modelo de


Gestão Escolar Mais Integral- Anos finais do Ensino Fundamental. São Luís, SEDUC,
2022.
QUALIDADES DE UM LÍDER
Passo 1: Observe com os estudantes algumas características de um líder (você pode
levar copiada em uma cartaz ou copiar na lousa) e solicite a eles que citem outra (s)
que não estão expostas.

Passo 2: Logo em seguida, peça que escrevam em tiras de papel frases contendo
declarações das qualidades que eles próprios se identificam, como por exemplo:

 “Respeito sempre o meu próximo, ainda que apresente opiniões diferentes”;


 “Eu sou gentil mesmo em momentos de estresse”;
 “Sinto-me confortável em servir a quem precisa”;
 “Prefiro ajudar em vez de ser servido”.
Passo 3: Então, alinhe todos os participantes em duas filas lado, sendo que uma fila
fique de frente para a outra. E cada estudante leia a declaração que produziu em voz
alta. Instrua os estudantes a darem um passo à frente se a declaração se aplicar a
eles também.

Passo 4: Solicite a uns 03 (três) estudantes para expliquem por que sentem que
possuem essas qualidades.
Todas as declarações devem ser lidas até todas terminarem.

Essa é uma dinâmica de liderança que ajuda os participantes a conhecerem


melhor a si mesmos e aos seus colegas, assim como aqueles com capacidade real
de liderança.
MOMENTO 1 – SERVINDO NA UMI

Passo 1: Professor, peça aos estudantes que formem no mínimo 03 (três) grupos,
entregue a eles folhas de papel sulfite e solicite que elenquem soluções para as
demandas pontuadas no quadro a seguir (outros pontos podem ser elencados por
eles (as) ou por você, professor/a).

Passo 2: Após alguns minutos, solicite que cada equipe vá a frente e apresente as
resoluções que pensaram sobre cada tema proposto.

Professor, as apresentações das resoluções dos desafios devem ocorrer de


maneira espontânea. Assim, é importante que os estudantes fiquem à vontade
durante os diálogos entre suas equipes, bem como durante as apresentações para
a turma.
Caso seja notado que alguns educandos ainda se sintam tímidos ao falar em
público, motive-os a não desistirem, pois habilidades como essas ainda poderão
ser desenvolvidas no decorrer de outras práticas de protagonismo.
Um outro ponto importante, professor, seria você e a turma, convidarem um
dos gestores ou a equipe gestora para prestigiar esse momento de apresentações.
Para os estudantes, seria bastante relevante essa atenção voltada a eles e suas
propostas. Mais importante ainda, se as ideias forem acatadas e postas em prática
na UMI.

REFERÊNCIAS

HUNTER, James C. O Monge e o Executivo. 15 ed. Rio de Janeiro:


Sextante,2004
Professor, para enriquecimento dos seus conhecimentos sobre o tema,
sugerimos as leituras e visualizações dos materiais abaixo (reportagens e vídeo).
Você pode baixar por meio dos links ou do QR code. É necessário que você baixe
antes da ministração da aula.

#FicaADica
Links:
https://gestaoescolar.org.br/conteudo/66/monitoria-aluno-aluno-uma-
conversa-paralela-positiva

https://www.classapp.com.br/artigos/personalizar-monitoria-
escolar#:~:text=O%20que%20%C3%A9%20monitoria%20escolar%3F,-
%E2%80%8D&text=A%20monitoria%20escolar%20%C3%A9%20uma,os
%20alunos%20em%20suas%20dificuldades.
Professor, antes da realização dessa dinâmica, será preciso a providência
antecipada de vários pirulitos (um para cada estudante). Você pode contar com a
ajuda da equipe escolar ou pode solicitar aos estudantes (cada um pode trazer um
pirulito). Em todos os casos, será necessário providenciar a solicitação desde a aula
anterior.

DINÂMICA DO PIRULITO

Passo 1: Distribua um pirulito para cada um dos estudantes e peça que formem um
círculo.

Passo 2: Logo após, eles devem ser orientados para que segurem o pirulito com a
mão direita e o braço estendido para frente e o braço esquerdo para trás.

Passo 3: Seguido disso, deve ser dito que eles devem ter em mente e seguir as
seguintes regras:
 Manter o braço esquerdo atrás do corpo sem utilizá-lo para nenhum
movimento;
 Só é permitido movimentar o braço direito nas direções esquerda, direita, para
cima ou para baixo, porém, sem flexioná-lo em momento algum.

Passo 4: A partir disso, eles devem receber as ordens para desembrulhar o pirulito
e colocá-lo na boca. Nesse momento deve começar uma confusão e discussões de
como farão isso.
Com isso, alguns participantes devem entender que não conseguirão fazer
isso sozinhos e devem buscar ajuda de algum colega para realizar as ações.
Ao fim, cada um conseguirá desembrulhar o pirulito com a ajuda do colega e
devem entender que cada um deve chupar o pirulito do participante ao lado.

Reflexão sobre a dinâmica: Após todos se ajudarem, deve surgir a reflexão de que
algumas vezes a única saída que temos é pedir ajuda, pois não conseguimos
resolver tudo sozinhos e faz parte da vida em sociedade pedir ajuda e, também, ser
ajudado.
MOMENTO 1 – APRESENTANDO A MONITORIA AOS ESTUDANTES

Passo 1: Inicie esse momento, abordando sobre o que leu nos arquivos sugeridos no
início desta aula. Contudo, você poderá realizar outras pesquisas.
O objetivo desta etapa é fazer com que os estudantes analisem a atividade
de monitoria e como eles percebem o papel dos monitores.
Dialogue com eles levando-os compreender que o monitor deve atuar como um
facilitador, e que uma grande vantagem do método da monitoria é devido a linguagem
dos monitores ser de fácil entendimento pelos estudantes que a dos professores.
Dessa forma, o monitor pode ser visto como alguém que consegue “traduzir” o que o
professor explica usando a linguagem deles próprios.
Dê ênfase também de que os monitores devem estimular os colegas a resolver
as situações propostas, sem dar respostas diretas, ou seja, agir de forma colaborativa
durante as atividades de monitoria. E, um grande risco que eles podem evitar que
aconteça nas atividades de monitoria é o de se tornarem atividades de grupo, no qual
apenas um (uns) estudante (s) faz (em) uma parte da tarefa e no final, os demais
copiam o que os outros fizeram. Porém, toda a turma pode colaborar para que isso
não aconteça e, para evitar esse tipo de problema, veremos o próximo passo:

Passo 2: Você pode levar os estudantes a uma discussão sobre o papel do monitor,
de forma que fique claro a todos os estudantes, como um monitor deve agir durante
as atividades.
Assim, ao estarem cientes do papel de um estudante-monitor, espera-se que
durante uma atividade, o estudante não-monitor tenha em mente que não é papel do
monitor repassar uma resposta a quem precisa.
Para as atividades de monitoria, os estudantes-monitores tendem a “imitar” os
professores em seus grupos, de forma que o tipo de discurso utilizado em cada
componente curricular é similar ao discurso do professor em suas aulas. Todavia, o
estudante-monitor tem a liberdade de dar sua própria versão da atividade, fazendo as
adaptações que julgar necessárias. O mesmo processo ocorre com os estudantes
não-monitores, que passam a imitar os monitores, de forma que nesse processo de
imitação consigam realizar as atividades que não conseguiriam resolver sozinhos.

MOMENTO 2 – (RE) DESCOBRINDO O QUE É SER UM


ESTUDANTE-MONITOR

Professor, é importante a compreensão de que na Monitoria, a ideia é que


serão os próprios estudantes responsáveis pela troca de informações junto com a
sua turma.
As razões para se optar pela monitoria é que os estudantes têm a
oportunidade de conversarem de “igual pra igual”.
A monitoria pode demonstrar bons resultados nas mais diversas atividades;
todos são importantes no processo de ensino e aprendizagem, pois todas as
pessoas sabem algo que pode complementar o saber com o outro; e, na monitoria,
o processo é todo educativo e participativo.
Para essa tarefa, é importante o estudante não ter vergonha de falar ou ter
preconceitos diante de quem não tem um ritmo de aprendizagem “desejado”.

Passo 1: Após a apresentação e uma breve explicação sobre a Monitoria que você
fez, dialogue com a turma enfatizando que qualquer estudante pode realizar a prática
da Monitoria. Basta querer ter acesso a novos conhecimentos, gostar de trabalhar
com grupos, saber ouvir, dentre outras habilidades. Afinal, saber ouvir é uma das
tarefas mais necessárias dentro de uma proposta como essa, pois exige
concentração, respeito, ausência de julgamentos e aceitação de opiniões diferentes.
Diga aos estudantes que o monitor não é a pessoa que “sabe tudo” ou a mais
“inteligente” da turma, mas é a pessoa que sabe ou gostaria de aprender a conduzir
processos coletivos para a construção de novos conhecimentos e saberes por meio
da ajuda mútua.

Passo 2: Motive aos estudantes a estabelecerem algumas habilidades que são


importantes para ser monitor, uma espécie de acordo entre a turma.
Você vai escrevendo na lousa os critérios delimitados por eles, após tudo
concluído, você solicita que eles escrevam em seus cadernos.
Você inicia dando algumas sugestões desses critérios para que eles se sintam
motivados a acrescentarem mais informações.
Segue abaixo alguns exemplos dessas habilidades que o estudante precisa
desenvolver para o exercício da monitoria:

Passo 3: Após a relação construída de forma coletiva, enfatize aos estudantes que todas
as habilidades que foram mencionadas anteriormente, não precisa a pessoa nascer com
elas, são habilidades que podem ser adquiridas a partir do conhecimento apropriado dos
temas e da experiência acumulada. Tendo isso em mente, com certeza os estudantes
que têm interesse em se voluntariar como estudante-monitor desenvolverão essas e
outras habilidades.
MOMENTO 3 – AGORA, VAMOS ÀS ESCOLHAS DOS MONITORES E DOS
COMPONENTES CURRICULARES

Passo 1: Faça o levantamento dos estudantes de quem tem o interesse em ter a


experiência como estudante-monitor (por cerca de 15 dias) e de qual componente
curricular esse estudante irá colaborar. Sugere-se o quadro a seguir:

QUADRO DE MONITORIA
Ano/Turma:
Componente Data da
Nome do estudante monitor Observação
Curricular monitoria

Passo 2: Após esse processo de organização dos estudantes-monitores, os


professores de alguns ou de todos os componentes curriculares iniciam o trabalho com
atividades de monitoria com seus respectivos estudantes. Para tal, é necessário uma
reorganização da rotina de trabalho, oportunizando assim que os estudantes-monitores
caminhem pela turma, quando necessário, observando quem precisa de orientação
quanto a aula, que grupos sejam formados entre estudantes não-monitores, assim
como outras alterações que podem ocorrer na turma durante as aulas. E, para isso, os
professores envolvidos precisam ser informados dessas alterações durante suas aulas
e sejam colaboradores também durante esse processo da prática da monitoria.
Será necessário, professor, que você informe e articule antecipadamente
com os demais professores da UMI, de modo que eles autorizem a colaboração
dos estudantes durante as ministrações de suas aulas.
Não esqueça de solicitar aos professores também, que eles observem e
avaliem tanto os estudantes monitores quanto a turma durante as atividades de
monitoria.
Por apresentar uma nova organização da sala de aula, os estudantes podem
apresentar uma outra característica durante as atividades de monitoria, as aulas
podem ser mais “barulhentas” que uma aula comum. Nas atividades de monitoria
é esperado que os alunos conversem mais uns com os outros. Todavia, como o
monitor é responsável por manter o foco das discussões nos grupos, as conversas
durante as atividades tendem a ser focadas no que está sendo trabalhado durante
aquela atividade.

REFERÊNCIAS

CUNHA Jr, Fernando Rezende da. Atividades de Monitoria: Reorganizando a sala


de aula colaborativamente. Cachoeira de Minas: edição do autor, 2015.

https://silabe.com.br/blog/monitoria-tudo-o-que-voce-precisa-saber-para-aplicar-na-
sua-aula/

https://gestaoescolar.org.br/conteudo/66/monitoria-aluno-aluno-uma-conversa-
paralela-positiva

https://www.classapp.com.br/artigos/personalizar-monitoria-
escolar#:~:text=O%20que%20%C3%A9%20monitoria%20escolar%3F,-
%E2%80%8D&text=A%20monitoria%20escolar%20%C3%A9%20uma,os%20alunos
%20em%20suas%20dificuldades.

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