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Aula 3: Como deixar de ser infantil e tornar-se

adultizado

Uma das primeiras coisas que a gente vai desconstruir hoje é o que é normal e o que é
natural.

O Que é Normal?
Normal é o que está dentro das normas, normal é o que a gente entende como norma. É
o comum, o que acontece com todo mundo, com muita gente, mas você não é comum.
Lembra que de 100% você está nos 4,5 por cento que estão aqui para viver e não mais
sobreviver?

Então o que é normal? Os 95% que estão inconscientes, que não tem acesso ao
conhecimento que você está tendo.

Então deixa o normal para os 95% porque você decidiu fazer parte dos 5% que escolhe
ser diferente, que escolhe fazer as próprias escolhas e direcionar a própria vida.

O Que é Natural?
Natural é o que está em alinhamento com a natureza. É o que faz parte do processo da
natureza, do universo, o que faz fluir, o que faz ser leve, o que faz o processo ser gostoso.

A gente vai desconstruir também problemas, dificuldades vamos quebrar tudo isso hoje.

Estamos nos 5% que escolhem fazer as próprias escolhas conscientes. Vamos sair do
normal e entrar no natural.

O que é normal? Normal é ter ansiedade todo mundo tem ansiedade, mas não é natural,
não é saudável, é disfuncional. É normal ter síndrome do pânico, é normal ter depressão.
Tem um monte de coisa que é normal.

Você não está aqui para ser normal.


Você está aqui para viver de maneira natural.

Sabe o que mais é normal?

É normal você acordar todos os dias e ir para o seu trabalho por causa do dinheiro porque
você precisa se sustentar, você precisa sustentar sua família, você precisa pagar os seus
estudos, você precisa comprar o que você quer, você precisa morar você precisa comer.

DESAFIO BE A LEADER #2
Então, é normal você ir todo dia para o seu trabalho só que você detesta o seu trabalho,
mas você precisa do dinheiro. E, sim você precisa trabalhar. Se você é adulto você precisa
se bancar, está certo. Só que é normal você não gostar do seu trabalho, não é natural.

Você não foi criado com tanta perfeição para trabalhar numa coisa que você detesta só
por causa do dinheiro porque você tem que sobreviver, porque você tem que sustentar
outras pessoas, isso não é natural.

Sabe o que que é normal? Normal é você achar que todo o casal tem que brigar. Normal
é você achar que todo mundo tem que ter ciúme, normal é você achar que todo homem
não presta. Que toda mulher é vagabunda, que todos os pais são problemáticos.

Normal é você achar que você pode ficar o dia inteiro sentado na frente da televisão se
entupindo de porcaria, não bebendo água, não se valorizando, que você tem que tomar
um banho correndo porque você tem pressa porque você tem muita coisa para fazer.

Normal é você achar que você vai ter uma vidinha medíocre, um carrinho popular. Que
você vai mal e mal consegue pagar suas contas, que tudo que você comprar vai ter que
ser no boleto porque você não tem condições de fazer diferente - é normal todo mundo
faz assim - que você vai ter que comprar uma casa e parcelar em 57 milhões de vezes?
Que você vai ter 88 anos e você ainda vai estar pagando o financiamento da sua casa
porque você acha que isso é normal. É normal, não é natural.

É normal porque todo mundo vive, porque está dentro da norma, porque está dentro do
sistema.

Não é natural, você não foi criado para isso. Você foi criado para ter abundância, você foi
criado para ter prosperidade, para ter sucesso, para ter alegria.

O Que é Sucesso?
Vamos desconstruir isso aqui também, porque quando a gente fala de sucesso ou a gente
pensa num cara muito bem vestido segurando uma maleta, uma pasta ou a gente pensa
naquela pessoa que está milionária, que está feliz da vida, que está sempre sorrindo. A
gente pensa que o sucesso é algo relacionado a dinheiro.

Sucesso é ter êxito no que se propõem a fazer

Se você se propõe a fazer uma receita de bolo e esse bolo fica bonito, fofinho, ele cresce e
fica saboroso você teve êxito, você teve sucesso no seu bolo.

Se esse bolo fica batumado e você não queria que ele ficasse batumado.

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Se ele fica duro, empedrado, sem graça ou ele queima você não teve sucesso, você não
teve êxito no que você se propôs a fazer. Você vai ter que treinar algumas vezes mais
para conseguir chegar lá.

Você pode ser um gari você pode varrer a rua, você pode ser um gandula. Você pode
trabalhar numa linha de montagem de uma fábrica não interessa o que você faz.

Sucesso é ter êxito no que você se propõe a fazer do seu jeito com o resultado que você
espera ou melhor do que você espera.

Então sucesso não está relacionado a riqueza, não está relacionado a fama.

Sucesso está relacionado a ter o resultado do que você se propõe a fazer todos os dias da
sua vida.

E a gente vai buscar o sucesso como adultos igualzinho a criança que tinha sucesso no
que ela se propunha a fazer. Só que por muitas vezes ela era limitada, ela era bloqueada
e ela não podia dar sequência nos “projetos” que ela tinha na infância.

Uma dúvida bastante comum. Como é que eu faço para me livrar dessa criança, para
matar a minha criança, para deixar a minha criança para trás?

Primeiro a nunca vamos fazer isso porque a gente gera um desequilíbrio. A gente precisa
aceitar esta parte de nós que é a nossa criança.

A Criança Interior
A criança interior que eu sempre falo para vocês não é uma entidade, não é uma outra
pessoa, não é um eu paralelo, não é um outro eu de você, não tem nada absolutamente
nada disso.

Desde o momento da concepção quando o espermatozoide fecunda o óvulo e se forma o


zigoto. Lembra que eu falei ontem que já começa a absorver todas as emoções, todas as
sensações da mamãe dentro da barriga?

Esse bebê que está se formando ali começa a armazenar tudo isso e isso tudo fica
registrado no corpo a nível celular, a nível de consciência e depois que tem um cérebro a
nível mental e a nível cerebral.

A gente registra essas informações em várias partes do nosso ser.

Ainda poderia ir mais além dizendo que fica registrado a nível energético, a nível
emocional, mas esse não é o foco.

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O foco é compreender que tudo o que acontece desde o momento da concepção até a sua
vida hoje está registrado num banco de dados.

Desde o momento da concepção até 5 ou 7 anos de idade, por que “ou”?

Porque algumas crianças têm um desenvolvimento mais rápido então esse processo para
nos 5 aninhos e algumas tem um desenvolvimento mais lento e esse processo se estende
até os 7 aninhos.

Esse processo de formação de Traço de Caráter formação de personalidade


desenvolvimento de temperamento.

Então a gente vai registrando até o 5 ou 7 aninhos tudo o que a gente vive.

Nós utilizamos 5 tipos de ondas cerebrais eu não estou falando de hipnose, eu não estou
falando de misticismo.

A neurociência explica estas ondas cerebrais e se você fizer um exame de


eletroencefalograma que você coloca um monte de eletrodos na sua cabeça, este aparelho
vai medir as ondas cerebrais que você utiliza.

Então nós temos as ondas delta, theta e alfa, beta, gama

TIPO DE NO ADULTO
NA CRIANÇA
FREQUÊNCIA ATIVIDADE EM CADA FREQUÊNCIA

0 a 2 anos Delta (< 4 Hz) Sono profundo


2 a 6 anos Theta (4-7 Hz) Quase pegando no sono
6 a 12 anos Alfa (7-13 Hz) Relaxamento
A partir de 12 anos Beta (13-40 Hz) Acordado/ativo
Gama (> 40 Hz) Foco/concentração intensa

Agora neste momento nós estamos utilizando as ondas beta. Nós, eu e você porque nós
estamos conversando. Você está me ouvindo, eu estou falando então quando nós estamos
usando a nossa parte racional estamos utilizando as ondas beta.

As ondas beta elas vibram em baixa amplitude e alta frequência.


Elas correm muito rápido, mas a amplitude delas é baixinha, é de baixo alcance.

A criança até os 6 aninhos utiliza as ondas cerebrais theta.

Até os 2 aninhos ela está ali nas ondas é delta que é mais baixo ainda, mas até os 6
aninhos que é o nosso foco ela está vibrando nessa frequência de onda cerebral theta.

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Hoje, na nossa vida adulta a gente acessa as ondas theta quando a vai dormir.

Sabe quando você está bem relaxado e já está quase pegando no sono, mas você ainda
está ouvindo as coisas que tem ao teu redor? Neste momento você está usando as ondas
theta. Elas vibram em alta amplitude e elas correm mais devagar, ou seja, o que que
acontece?

A criança fica nessas ondas até os 6 aninhos pelo menos. O inconsciente dela é aberto,
ela não tem filtro, ela não tem parâmetro de comparação para as coisas que estão
acontecendo. Ela se baseia em tudo o que ela ouve, vê, sente, percebe e interpreta no
meio dela, no ambiente de convívio dela. O que papai e mamãe dizem o que as pessoas
que ela respeita dizem o que ela ouve e vê na televisão, no computador, no celular.

Se ela dorme no quarto dos pais e os pais acham que ela está dormindo e tem relação
sexual o inconsciente dela está captando todas essas informações porque ele está aberto.
Ela pode, não é regra, ela pode se sentir abusada sexualmente mesmo dormindo, ela pode
ter uma série de problemas na sexualidade na vida adulta.

Então o inconsciente dessa criança está captando tudo está aberto, tudo entra e nesta
fase até os 7 aninhos vai se formando o SAR, o Sistema de Ativação Reticular
Ascendente.

O SAR (Sistema de Ativação Reticular Ascendente)


É como se fosse um filtro que primeiro capta informações e depois vai filtrar o que entrar,
porque o que ele percebe que não está dentro do filtro ele não vai deixar passar. Quer
ver um exemplo?

Quando você cria uma conta nova, um Gmail para você.

Você loga e começa a acessar o Google.

Você vai lá no Google e digita lá o que você procura. O Google não sabia quem você era,
ele não tinha informações suas.

A partir do seu primeiro acesso você está começando a mandar informações, então
imagine que o Google é você que está todo aberto para receber qualquer coisa.

Você vai lá e coloca uma informação, então agora ele vai começar a desenvolver o Sistema
de Ativação Reticular Ascendente, vai começar a filtrar, criar um filtro e aí conforme
você vai fazendo as suas pesquisas, de repente em poucos dias é meio que automático que
ele mesmo te sugere só quando você clica lá na barrinha você nem digita nada, mas você
clica lá e ele faz sugestões automáticas para você porque ele criou um filtro.

Então ele já sabe mais ou menos o que você vai procurar. É assim que acontece com a
gente, é como se a gente tivesse um Google dentro de nós.

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Até os 6 anos está aberto captando, recebendo tudo que papai e mamãe acreditam,
gostam, não gostam, criticam julgam, o comportamento dos pais porque o que a criança
vê é muito mais pesado do que o que a criança ouve.

Você pensa que você está falando de assuntos que ela não está entendendo e aí você se
engana profundamente, porque ela pode não estar entendendo mentalmente, mas o filtro
dela está guardando tudo isso.

Chegará um momento que o SAR (Sistema de Ativação Reticular Ascendente) ficará


pronto e a partir deste momento é como se você usasse um óculos que só permite você
enxergar aquilo que está no seu sistema.

E o que você não acredita porque você não acreditou até essa idade não entra.
O que você discorda, bate de frente com você, o que você rejeita, cria um sentimento
ruim você. O que você acredita fielmente é aquilo que vai acontecer na sua vida. É muito
forte isso gente.

E aí tudo isso fica registrado neste banco de dados. Onde está esse banco de dados? Está
no cérebro? Não, ele não está no cérebro.

Então você começa a formar as suas opiniões, você começa a formar as coisas que você
acredita e as coisas que você não acredita, as coisas que você discorda e a sua visão de
mundo ela só permite você captar aquilo que está passando pelo seu filtro.

Na nossa frente existem todas as oportunidades. Oportunidade de emprego,


oportunidade do melhor relacionamento, oportunidade de sucesso, de viagem, de
riqueza, de dinheiro, de bons relacionamentos, de boas amizades.

Da mesma forma o contrário também está na nossa frente.

Se o meu Sistema de Ativação Reticular aprendeu a filtrar que as coisas são ruins eu só
vou enxergar o que é ruim e o bom que está aqui na frente eu não posso enxergar, não
passa pelo meu filtro, não entra dentro de mim.

Então onde que fica esse banco de dados? Ele fica na nossa mente.
A nossa mente está relacionada ao nosso cérebro, mas não é uma parte física é uma parte
que se junta entre cérebro, mente, toda a parte emocional, todo o corpo, todo
inconsciente.

Esse banco de dados que é formado até os 7 aninhos junta todas essas informações que
foram absorvidas, que foram internalizadas e a partir disso a minha vida vai funcionar.

Então todas as traumatizações que nós temos, a rejeição do Esquizoide, o abandono do


Oral, a manipulação do Psicopata, a humilhação do Masoquista e a traição, a exclusão e
a troca do Rígido, essas 7 dores estão registradas dentro deste banco de dados.

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E aí, por exemplo: com 8 anos o meu pai faleceu, então eu tive uma traumatização, um
evento novo.

Sim, eu tive uma traumatização. Não, não é um evento novo.

“Como assim eu nunca perdi ninguém na minha vida?” Pois é, só que a morte do papai depois
dos 7 aninhos apenas reforçou uma traumatização anterior.

Que pode ter sido:

* traição: “Como assim ele foi embora para outro lugar?


* abandono: “Ele me abandonou”
* humilhação: “Ele me humilhou, agora eu não tenho pai, eu vou me sentir inferior as minhas
amiguinhas”
* rejeição: “ele me rejeitou, ele não me quis mais na vida dele”,
* manipulação: “ele me manipulou, ele fingiu que me amava para depois ir embora”.

Tá vendo como a gente pode ativar qualquer uma das dores em qualquer situação?

Então tudo o que acontece depois dos 7 anos de idade já estava registrado lá no banco
de dados e vai ativar uma das dores que já existem, vai ser um evento posterior, um
evento subsequente que apenas mexe numa dor já existente.

Então por isso a origem sempre é lá na infância. Independente do que você viva hoje,
começou lá na infância, aquela dor se originou lá.

Por isso você consegue sentir ela hoje porque ela já está no seu banco de dados e tudo o
que você vive depois do 7 aninhos só reforça as informações que estão no seu banco de
dados, mas não são informações novas, não são traumatizações novas, com sentimentos
novos. Só reforçam os sentimentos que já existem.

A Traumatização Positiva
Quando é que acontece uma traumatização positiva? Eu vou dar um exemplo bem
simples e você leva para as outras áreas da sua vida.

Vou dar um exemplo da Maryah. A gente estava programando ir pro Beto Carreiro que
aqui pertinho e eu não gosto de contar para eles algo que a gente vai fazer antes de dar
certo, antes de chegar a hora para que eles não sofram se alguma coisa der errado, se
tiver algum imprevisto. Eu não gosto de fazer eles se planejarem ou criar expectativas
para um dia que talvez não aconteça.

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Então eu deixo para contar geralmente na hora quando a gente vai fazer alguma coisa.
Gustavo e eu estávamos planejando isso, a gente organizou tudo, a gente comprou os
ingressos, a gente providenciou absolutamente tudo que precisava, a gente combinou
com a minha irmã...

Quando chegou o dia a gente falou: “então, vai se arrumar porque a gente vai para o Beto
Carrero”.

Ela não esperava por isso, ela nunca imaginou isso, na verdade ela pensava que um dia a
gente iria e ela queria conhecer, as amiguinhas, todo mundo falava do Beto Carreiro, ela
nunca tinha ido e ela pediu para ir, mas ela não imaginava que esse dia ia chegar tão
rápido na vidinha dela.

Ela começou a gritar, a sorrir e foi correndo se arrumar. Então isso é uma traumatização
positiva.

Dessa forma você grava na criança uma informação de que ela merece as coisas, de que
ela é importante, de que você faz coisas pensando nela, de que você teve que planejar um
monte de coisa na tua vida e modificar para fazer algo por ela, mas sem que isso tenha
um peso porque ela é importante para você, porque ela é importante na sua vida, ela faz
parte da sua vida e porque ela é importante para ela mesma.

Então isso é uma traumatização positiva, a gente passa por muitas traumatizações
positivas, não é? Você reforça essas traumatizações quando, por exemplo, você recebe
um pedido de casamento que você não esperava e você quer muito, quando você recebe
uma proposta de emprego que é imperdível, que é maravilhosa, que é fantástica, que vai
mudar sua vida, quando você ganha oportunidades, você enxerga oportunidades, certo?
Então isso tudo também fica registrado no nosso banco de dados, na nossa criança
interior.

Então só recapitulando a gente vai chamar este banco de dados que não fica só no
cérebro, ele compõem cérebro, mente emocional, corpo físico, corpo energético, tudo o
que nos compõem, é ali que está esse banco de dados. Ele é um compilado de tudo isso.
Não é um lugar físico que você pode tocar, mas você pode acessar.

Então a nossa criança interior é este banco de dados, não é uma outra criancinha, não é
um serzinho que você vai enxergar, não é uma fotografia, não é místico, não é lindo, está
cheio de dores

O que acontece quando as pessoas descobrem a criança interior ou acessam por algum
profissional que traz um jeito muito lindo, muito floreado.

Aí agora a pessoa tem mais uma desculpa, né? Do tipo assim “ah, isso aqui é minha criança.
É culpa da minha criança interior”.

“- Por que você se irrita tão fácil, Camila?” “- Não, é culpa da minha criança”.

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“- Rui, por que você não faz alguma coisa? Você fica aí procrastinando, você demora para fazer
as coisas? “- culpa da minha criança, é minha criança interior”.

Aí tudo vira a criança interior, tudo é motivo de botar a culpa na criança interior.

Pera aí, eu só mudei o culpado, né? Porque antes era meu pai, a minha mãe, Deus, o
governo, o vizinho. “Não, agora eu sou autorresponsável, mas agora é minha culpa, da criança
interior.”

Você só está delegando a culpa para alguém, você não está se assumindo como
responsável, você não está resolvendo nenhuma treta na tua vida, então toma cuidado
com isso, toma cuidado para não botar toda a culpa em cima da sua criança interior.

Eu dei o mesmo exemplo várias vezes já, mas eu gosto dele, eu acho fantástico para a
gente entender.

Imagina aí um ladrão.

O cara entrou na tua casa, fez a tua família de refém, levou um monte de coisa, apontou
uma arma para a cabeça de todo mundo, todo mundo passou por uma traumatização aí
dentro da tua casa.

O cara some, desaparece a polícia consegue pegar, ele vai preso. Imagina aí a situação.

Ele vai preso e aí quando ele está lá na delegacia com o policial e depois no julgamento
ele fala assim:

“Então, sabe o que acontece? É que eu cresci na favela. E o meu pai era traficante e a minha mãe
era prostituta e o meu irmão era ladrão, e o meu tio era assassino, então eu aprendi isso com eles.
Eu não sei fazer diferente porque eles me ensinaram assim. Se hoje eu assaltei uma casa e eu fiz
é reféns eu sequestrei a galera é culpa da minha família, eles me criaram assim”.

E aí? Vai resolver? Vai diminuir a pena dele? Ele vai apanhar menos? Ele vai sofrer
menos as consequências porque a culpa é de quem criou ele? Com certeza não, né?

E por que que você acha que você? Pode estar com a tua vida pela mer*@ e culpando o
teu pai tua mãe?

“Não, porque a minha mãe é narcisista, porque o meu pai abusou de mim sexualmente, porque o
meu pai me espancava, porque a minha mãe era muito rígida, era muito durona, porque ela me
maltratava, porque ela me humilhava.”

E aí? Aí a tua vida está parada porque eles fizeram isso com você? Não é igualzinho ao
bandido?

Se a polícia, se o tribunal não aceita a desculpa dele por que a vida vai aceitar a tua
desculpa? De que você não faz a tua vida andar por culpa dos outros? Em que mundo
você vive? Você está onde?

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Porque se pro bandido não funciona, teoricamente para você também não pode funcionar,
aí você descobre a sua criança interior então agora não é mais culpa dos outros é a minha
criança interior que está ferida, porque meu pai fez isso comigo, a minha mãe fez isso
comigo, feriu a minha criança interior, é por isso que a minha vida não anda porque eu
não sei curar a minha criança interior.

Vivendo assim você continua onde? Sentado no banquinho da vítima? Não, você não está
sentado no banquinho da vítima, você desceu do banquinho da vítima, sentou no chão,
abraçou o banquinho da vítima e deitou a cabeça em cima de tão vítima que você é, de
tão inútil que você se torna porque você não é capaz de dizer: “tá a minha vida foi uma
mer*@ mesmo, eu passei por um monte de coisa que eu detesto, eu tenho ódio, eu tenho raiva de
tudo que eu vivi, mas a partir de agora eu vou fazer a minha vida ser diferente porque eu sou
adulto”

Não, você não faz isso, sabe o que você faz? Você fica se lamentando, você fica
reclamando, você procura um conteúdo e você reclama porque demora para começar,
você reclama dos colegas, você reclama da internet, você reclama porque você não gosta
do tom de voz, você reclama porque fala palavrão, você reclama porque a tua vida não
anda, você reclama do teu marido, você reclama dos teus filhos.

Quem está criando os teus filhos? Ah, aliás você deveria estar criando os teus filhos e
não está, mas aí você reclama que os teus filhos não são bons filhos. Quem é responsável?
Quem fez isso? Pois é foi você e você não é capaz de dar um basta nisso e dizer: “tudo o
que eu vivi me tornou quem eu sou hoje. Me fez ser forte do jeito que eu sou hoje, me deu os recursos
e as qualidades que eu tenho hoje.”

Sabe o que acontece com as crianças? As nossas crianças de 10 anos de 15 anos até os
menores também, daqui uns 15, 20 anos a gente vai ver o circo que vai ser, a geração de
adultos que vai existir, sabe por quê?

Porque você que é pai, você que é mãe você não fez curso para ser pai e mãe, você não se
especializou para ser pai e mãe, você se especializa para tudo na tua vida, pro profissional
então nem se fala, agora para ser pai e mãe, para criar um outro ser, não, aí você não se
especializa.

Aí sabe o que você faz? Você não tem a capacidade de mostrar para o seu filho que hora
da refeição é hora da refeição, que tem que se sentar à mesa, que é a família toda junta,
que é hora de prestar atenção na comida, de experimentar alimentos novos, você não tem
paciência para isso, então sabe o que você faz?

Você pega o celular: “está aqui filho, assiste aqui a galinha pintadinha, a pepa pig, eu não sei
o quê”. Você dá o celular e aí você bota a comida na boquinha do teu filho com o celular
na frente. Ele está olhando para o celular, comendo o desenho e engolindo o alimento.

Porque o cérebro dele não sabe que está entrando comida nesse corpo porque ele está
focado no desenho, ele está usando as ondas theta absorvendo tudo o que ele vê e ouve,
não o que ele come.

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E depois ele se torna obeso e você não sabe o que fazer porque o filho está obeso aí você
começa a correr atrás de um monte de profissional porque o teu filho está acima do peso.

Porque você não soube ensinar pro teu filho o momento da alimentação.

Aí você faz um escarcéu “porque a professora não dá atenção para o meu filho, porque a
professora foi ríspida com meu filho, porque fulano disse não para o meu filho” e você fica
fazendo de tudo para o seu filho porque é proibido, na sua cabeça é proibido desagradar
o seu filho, você tem obrigação de fazer ele feliz em 100% do tempo.

É assim que você se sente como pai ou como mãe e ainda você se sente fracassado e sim,
eu te digo você está fracassando, porque você não tem obrigação de fazer seu filho feliz
100% do tempo.

Sabe por quê? você está ferrando com a vida do teu filho porque aqui na frente no cérebro
a gente tem uma parte que se chama córtex orbitofrontal que é a parte que lida com as
frustrações e se não for desenvolvido até os 7 anos de idade, meus amores, nós teremos
adultos idiotas, incapazes que no primeiro problema com a receita federal eles vão entrar
em depressão, no primeiro término de um relacionamento eles vão entrar em depressão
porque você não soube se pai não soube ser mãe.

Quem está educando essa criança, o seu adulto? Não, a sua criança está querendo educar
outra criança porque você está querendo dar para o seu filho o que seus pais não te deram
e eu te digo que você está no caminho errado.

Você não tem que dar para o seu filho o que os seus pais não te deram, você tem que dar
para o seu filho o que ele precisa e inclusive os nãos, as frustrações e a oportunidade de
lidar com esse sentimento, o que você não está permitindo.

Olha como a gente é criança. “Porque eu não aguento ver meu filho sofrer”, pois é, você pode
não aguentar, mas a vida não vai ter pena.

Então se você acha que você tem traumatização da infância que dirá seu filho que está
sendo criado desse jeito sem limite, birrento, manhento, choroso, ranhento, ou no
excesso da impecabilidade, limpo, cheiroso, maravilhoso, não pode se sujar, não pode
pisar descalço no chão, não pode brincar na terra, não pode colocar isso na boca.

Tu acha que está sendo adulto educando teu filho? Você é uma criança mais criança do
que o seu filho, porque se botar os dois para conversar é capaz que as ideias deles são
mais evoluídas que as tuas.

A gente precisa perceber esse nosso lado infantil. Perceber que esse lado infantil está
comandando a nossa vida, porque a gente não cresceu, porque o nosso corpo físico,
biológico cresceu, mas a nossa estrutura, o nosso banco de dados continua tendo 7
aninhos e continua sendo uma criança que não sabe o que fazer.

DESAFIO BE A LEADER #2
E na tentativa de fazer diferente a todo custo a gente acaba fazendo exatamente igual
porque você veio de um desequilíbrio, polaridades onde era um excesso e você vai para
o outro excesso, ou se tornando muito passivo ou muito autoritário, não existe equilíbrio
e é isso que a gente vai buscar, o equilíbrio.

Então a nossa criança é maravilhosa, ela é incrível porque mesmo pequenininha, mesmo
passando por todas as traumatizações, por todas as dores que passou ela sobreviveu, ela
desenvolveu recursos para lidar com aquilo.

Só que hoje como adulto você não pode ficar preso nos recursos da criança. porque ela
dependia de pai e mãe, ela era obrigada a fazer o que eles queriam, ela não podia trabalhar
para ganhar o seu próprio dinheiro e sair correndo de casa, ela não podia namorar e
construir uma família, era só uma criança, só tinha obrigações.

Então agora você tem que trazer o seu lado adulto valorizando o que a sua criança passou
e sobreviveu e potencializar esses recursos.

Porque tem muita gente que fala assim pra mim: “não, eu sou independente financeiramente”.

A sua renda vem de onde? “ah da pensão que meu marido falecido deixou”.
Onde que você é independente financeiramente? É sério que você acredita mesmo que
você é independente financeiramente?

Se você não produz o teu próprio dinheiro você está ganhando um dinheiro que alguém
deixou para você porque morreu?

Eu não estou dizendo que você não pode usufruir desse dinheiro. Você pode e deve fazer
a energia circular, mas se você não produz o teu próprio sustento, com todo amor do
mundo, você é um ser inútil e se você é um ser inútil você se torna disfuncional na
natureza porque não é natural e se você é disfuncional na natureza, tudo o que é
disfuncional sucumbe até a morte. Então você vai ficar doente, você vai ficar dependente,
você vai precisar de pessoas que cuidem de você, aí além de você não produzir e não ser
útil você atrapalha a vida de outras pessoas, é isso que você quer?

Você botou filho no mundo para que eles cuidem de você um dia? Você vai ferrar com a
vida dos teus filhos porque você quer que eles cuidem de você? Já parou para pensar
nisso?

Porque ao invés dos seus filhos poderem namorar, poderem transar, poderem ter filhos,
poderem viver a vida, poderem trabalhar, poderem viajar, poderem ser felizes, não, eles
têm que parar toda a vida deles e vir cuidar de você, ser inútil porque você está ficando
doente.

Que graça que tem a vida de alguém que escolhe atrapalhar a vida dos próprios filhos e
tu diz que isso é amor, né? Não, é isso não é amor isso é doença e não importa a idade
que você tenha, você é uma criança pode ter certeza disso.

DESAFIO BE A LEADER #2
E para os filhos que têm pais idosos, pais doentes eu não estou dizendo que vocês não
podem cuidar dos seus pais, a questão não é essa.

A questão é, a gente não pode parar a nossa vida, o nosso fluxo de vida para cuidar dos
nossos pais. A gente pode sim cuidar dos nossos pais por amor, por respeito, por saber
que eles estão num processo que eles não entendem, que é inconsciente, mas a gente não
tem o direito de paralisar a nossa vida para cuidar dos nossos pais. Isso é contra o fluxo
da natureza.

Frequentemente a gente ouve assim: “eu não lembro de nada do que aconteceu na minha
infância”. Isso é extremamente normal.

Até os 5 anos a gente tem uma parte do nosso cérebro que se chama hipocampo que
organiza as memórias. Se esse hipocampo não está formado ainda a gente não tem
memórias construídas de algo que a gente viveu, então para algumas crianças o
hipocampo se forma até os 4 anos, para outras até o 5, 6, no máximo até os 7 aninhos
hipocampo está formado. Antes disso ele está em formação.

Neste período de formação do hipocampo, ele não consegue ainda registrar e organizar
as memórias, então você vai ter lapsos de memória, você vai lembrar de coisas
esporádicas que você viveu, coisas aleatórias. Dificilmente você vai lembrar de alguma
coisa na sequência.

Lembrando que também tem pessoas que lembram de absolutamente tudo. Isso é normal
também são diferentes formas de funcionar porque somos seres humanos.

Depois dos 5-7 aninhos é mais fácil a gente ter memórias da nossa infância porque o
hipocampo já está formado e ele vai organizando essas memórias.

Não Lembro Da Minha Infância...


Então está tudo bem se você lembra, se você não lembra, não tem problema. Não foque
nisso. Muita gente depois dessa aula geralmente começa a falar assim: “Ai, mas eu não
lembro nada da minha infância”.

Você não precisa lembrar da sua infância, o foco não é esse, o foco é entender que você
tem traumatizações e que você está preso em algum momento dessa infância.

A gente falou sobre isso ontem, né? Sobre os comportamentos dos Traços de Caráter
e por aí você já consegue identificar onde que você ficou preso.

Outra informação importante para vocês é que passado, presente e futuro só existem na
nossa mente.

O nosso cérebro precisa organizar as coisas em ordem cronológica, então a gente tem
passado, o presente e o futuro. No universo, no nosso inconsciente isso não existe.

DESAFIO BE A LEADER #2
Imagina o teu inconsciente como um lugar com muitas informações e tudo o que você
lembra, tudo que você acessa ele percebe como se fosse agora.

Quando por exemplo a gente reclama, o que é reclamar? Reclamar é clamar duas vezes
ou mais, então eu clamo por algo, eu peço por algo, mas aí eu vou pedir de novo.

Então, se eu reclamo eu estou pedindo mais daquilo, se eu reclamo que a Rosanna fala
palavrão, o que eu estou fazendo? Eu estou pedindo para a Rosanna falar de novo
palavrão porque eu gosto de me ferir, porque eu gosto de me incomodar.

Por que não sai da live? Porque eu gosto de ficar aqui sofrendo, me irritando, porque eu
não me amo, porque eu não me respeito, porque eu não me valorizo e aí você leva isso
para qualquer área da sua vida.

Quando você reclama de algo que você assiste na televisão você está pedindo mais
daquilo porque você não está se valorizando.

Você reclama do comportamento do seu marido? Você está pedindo que ele continue a
ser assim, porque o invés de assumir a adultidade você modificar esse padrão, você fica
lá na criança que não consegue mudar e aí você precisa reclamar, pedir de novo.

Olha só que interessante, como no inconsciente não existe passado, presente e futuro,
deixa eu pegar um exemplo aqui, você tem uma colega de trabalho que ela é muito filha
da ****.

Sério, é tenso lidar com essa colega de trabalho. Ela prejudica você, ela fala mal de você,
ela ferra com você, ela é baba ovo do chefe, realmente é insuportável lidar com essa colega
de trabalho.

Você sai do trabalho de saco cheio, só que lá dentro você não pode desabafar e você vai
para casa.

Você chega em casa e encontra seu marido, a sua esposa e aí você se senta no sofá para
conversar: - “como é que foi seu dia amor?” – “ah, então, sabe aquela filha da **** da minha
colega, hoje ela fez isso, aquilo”.

O que você está fazendo? Está reclamando, ou seja, você está pedindo de novo.
Como você está reclamando e pedindo de novo a sua mente inconsciente que não entende
passado, presente e futuro, veja, já aconteceu.

Você chegou em casa, você já saiu do trabalho, não está acontecendo agora, mas você
está contando a historinha, você está lembrando do que aconteceu, então você está
vivendo de novo, o seu coração acelera de novo, você se irrita de novo, você fica com ódio
de novo.

DESAFIO BE A LEADER #2
Isso é reclamar, é viver de novo aquela situação que você devia ter lidado com ela antes,
ou que você devia por pelo menos uns instantes deixar para trás até você ter recursos
para tomar providência a respeito disso e modificar isso na tua vida.

Todas as vezes que a gente reclama a gente fica revivendo algo que já passou, por isso
que é pedir de novo, é clamar de novo, porque eu estou vivendo de novo a mesma situação
e o meu Sistema de Ativação Reticular Ascendente, o meu SAR está focado onde? No
meu problema, naquilo que me dói, naquilo que me incomoda.

Então eu não consigo ver que na esquina da minha casa tem uma vaga de trabalho
exatamente igual ao cargo que eu assumo, só que lá o salário é o dobro, eu não vou
descobrir isso eu, vou descobrir depois que já fechou, que essa vaga já não existe mais,
por quê?

O meu Sistema de Ativação Reticular Ascendente não me permite ver porque eu estou
focado no que passou, eu estou reclamando, eu estou pedindo mais daquela mer*@ na
minha vida.

Estão entendendo como a reclamação ferra a vida da gente?


Isso é ser adulto? Claro que não, é ser criança. É uma criança ferida, é uma criança que
está doente, é uma criança que não foi vista, que não foi acolhida. Essa criança precisa de
atenção.

É igualzinho ao cachorro que está lá no meio do estádio com o poste fincado lá correndo
em volta do poste preso na corrente porque ele não consegue sair dali ele não consegue
pensar numa forma de sair dali.

A consciência desta reclamação e a gente querer mudar isso na nossa vida


já é um grande passo para se tornar adultizado

Porque se eu reclamo todos os dias eu crio no meu cérebro sinapses, caminhos neuronais
que vão fazer eu reclamar cada vez mais, porque isso se transforma em hábito.
Então, mesmo quando acontece uma coisa muito boa na minha vida eu sempre vejo um
defeito, eu sempre reclamo.

Aí o meu marido chega em casa com flores para mim e eu reclamo porque não é da cor
que eu gosto, porque não tinha a quantidade que eu queria, na verdade eu nem esperava,
eu nem queria, mas eu olhei e não me agradou.

“Olha amor que lindas, mas você trouxe brancas e eu gosto de amarelas”. E aí o seu Sistema de
Ativação Reticular Ascendente, o filtro do seu cérebro fica podre vendo só coisa ruim e
tudo que acontece na tua vida é difícil, precisa de esforço, é problema, é dificuldade, é
dívida, é traição, é dor, é sofrimento, não tem alegria.

É assim que você quer continuar vivendo? É desse jeito que você quer viver mais 20 e
30, 50, 80 anos?

DESAFIO BE A LEADER #2
Se você quer continuar vivendo assim este lugar não é para você. Não é mesmo.

Porque as pessoas que passarem pela aula de hoje e conseguirem voltar amanhã são
pessoas que de fato vão estar dispostas a sair desse lugar ruim e eu gostaria muito que
você fosse uma delas.

Sobre Se Posicionar
E aí eu vou pegar aqui outro gancho que faz parte do nosso adulto se posicionar.

Quando você era criança e você não gostava de alguma coisa, por exemplo, muito comum
isso, né?

Quando um adulto vem faz cócega na criança. Imagina você criança e aí vem aquele tio,
aquela tia e te joga no sofá e começa a fazer cócegas em você.

Você se irrita com aquilo, né? A criança se irrita com aquilo.

Então vem aquele parente que faz uma cócega em você, ou que puxa a sua cueca, a sua
calcinha, ou que como exemplo que alguém deu esses dias, aí aperta aqui até a criança se
ajoelhar, alguma coisa assim que você se incomodava.

Lembra de alguma coisa que faziam com você, que algum adulto fazia com você e você
não gostava, você se incomodava.

Um exemplo mais simples ainda: “ai filho você tem que abraçar a tia tal”. Você não gosta
daquela tia e você não quer abraçar aquela tia, mas você tem que ir porque o papai e a
mamãe estão dizendo que você tem que ser educado e que você tem que abraçar aquela
tia.

Você vai lá com todo o ódio do mundo e você abraça aquela tia, aquela tia com sovaco
peludo fedendo horrores, a pizza embaixo do braço, um avental sujo, você pequeninho e
ela te gruda na barriga dela e você tem que sentir todo aquele fedor, aquele suor, aquele
grude e você odeia, mas você tem que ir porque papai e mamãe mandaram, não é?

Você não podia se posicionar, você não podia bater o pé e dizer eu não vou. Porque você
podia ficar de castigo, porque você podia ser humilhado, porque você podia apanhar,
porque podia acontecer uma série de coisas com você, então você ia e fazia.

Só que hoje você é adulto. E aí imagina o seguinte.


Eu vou pegar esse exemplo, mas você vai levar para todas as áreas da sua vida.

Eu vou dar esse exemplo porque eu sei que muita gente que está aqui trabalha com rede
social, então olha só.

DESAFIO BE A LEADER #2
Lembra que eu falei que eu estou na minha casa, vocês estão na minha casa, o YouTube,
o Instagram, o Facebook são a minha casa virtual, mas é a minha casa eu criei e vocês
entraram aqui porque eu convidei vocês, eu fiz um anúncio que você gostou.

Por curiosidade ou por algum outro motivo você aceitou entrar na minha casa. Eu abri
a porta da minha casa para você e você entrou e aí a gente está conversando a gente está
batendo um papo legal, só que de repente você fica incomodado com as coisas que eu
estou falando para você, porque você não me conhece direito porque você não concorda.

Se você estiver nesta posição de não concordar você vai ser adulto e vai dizer: “olha
Rosanna para mim já deu. Eu não concordo com você, eu vou embora”.

Você vai abrir a porta e vai embora da minha casa e eu vou dizer ok, está tudo bem, está
tudo certo, você não tem obrigação de gostar de mim, você não tem obrigação de criar
uma amizade comigo. Então somos dois adultos e interagindo.

Agora, eu abri a porta da minha casa para você. Você entrou, você está me ouvindo e de
repente você começa a me atacar, você começa a falar besteira para mim, você se levanta
no sofá da minha sala e você começa a falar palavrão para mim ou você começa a me
xingar, ou você começa a dizer que eu não posso falar do jeito que eu estou falando,
mesmo eu estando dentro da minha casa porque isso te fere.

E aí eu vou ficar assim né? Pois é Edson tá, você tem razão.
É Thauana, é isso mesmo, eu acho que você está certa, eu tenho que melhorar, né? Eu
tenho que ser do jeito que você quer porque você está na minha casa, né, então está certo
eu tenho que fazer o que você quer.

O que te lembra isso? Não te lembra a criança que tinha que abraçar a tia que
detestava abraçar? Isso é adulto ou é criança?

imagina comigo, você convida um vizinho novo para entrar na sua casa e jantar com você
e ele levanta e começa a te desaforar, o que que tu faz? Se você não é capaz de dar um
soco na cara dele, se você não é capaz de empurrar e levar ele para fora você é uma
criança, você não está sendo adulto.

A gente não pode confundir criança ferida com adulto que se posiciona. No seu
relacionamento o seu marido fala assim para você: “deixa de ser vagabunda” e você abaixa
a cabeça e você vai para o quarto chorar? Você está sendo adulta ou criança?

Você está deixando que qualquer pessoa fale com você do jeito que quer, você tem 45
anos e a tua mãe te fala: “não esse cara não é bom para namorar com você, essa mulher não
serve para você meu filho. Porque você é meu filho perfeito porque você é um homem de valor e
essa mulher é uma piriguete, essa mulher não presta.” E você abaixa a cabeça e diz é mãe você
tem razão.

No seu trabalho. Todo mundo caga na sua cabeça e você não se posiciona, você aceita.
Todo mundo fala para você o que quer e você guarda.

DESAFIO BE A LEADER #2
O seu filho esfrega um monte de coisa na sua cara e você não é capaz de assumir seu
papel de mãe e pai e dizer: “espera aí. Eu estou bancando você então aqui você não vai falar
comigo desse jeito.” Adulto ou criança? É uma criança ferida, é uma criança que tem medo
de desagradar o papai e a mamãe.

É uma criança que não está conseguindo se posicionar que não atualizou os seus recursos
para adultidade para definir o que quer da vida. Enquanto eu não defino o que eu quero
da minha vida todo mundo faz comigo o que quiser. Todo mundo menos eu.

Aí você vai desenvolver fibromialgia, aí você vai desenvolver diabetes, aí você vai
desenvolver depressão, síndrome do pânico, Aí você vai desenvolver problema na
tireoide, Problema de sexualidade porque você não se posiciona, porque você não mostra
para a vida o que você aceita e o que você não aceita.
Aprende a se posicionar, a mostrar para a vida o que está dentro do teu limite tolerável
e o que não está. É simples, só que tem que ter coragem, tem que atualizar o software,
tem que virar adulto. Anota essa.

A criança foca no problema e o adulto foca na solução

Porque você é criança e tem que abraçar aquela tia isso é um problema para você, você
não consegue ver uma saída, você não pode sair correndo então você vai ficar focado no
problema todas as vezes que falar de ir na casa da bendita tia você vai sofrer, você vai se
irritar você, vai ficar bravo. O adulto foca na solução.

Se hoje adulto você tiver que ir na casa da tia. Primeiro você pode escolher não ir e se
você for você vai arrumar um monte de desculpa: “pois é, por causa do Covid, né? Agora a
gente não pode se abraçar.”, “E tia, olha o seguinte eu gosto muito da senhora, mas
lamentavelmente não é a gente tem que evitar o contato agora o abraço até por causa das crianças
a senhora já tem idade, então vamos respeitar as normas”. Você vai achar uma solução.

Então sempre que você está focado no seu problema você está no seu modo criança.
Quando você começa a buscar soluções você está focado no seu modo adulto.

Uma dica, um exercício para vocês.


Todas as vezes que a gente fica se perguntando por que isso está acontecendo comigo?
Por que Deus me deu essa cruz para carregar? Por que Deus tirou o meu filho de mim?
Por que Deus tirou fulano da minha vida? Por que Deus me fez perder o emprego? Por
que eu tenho que passar por essas coisas, por essas provações?

Quando você fica no porquê você está na criança. Porque a criança não tem recurso, ela
não consegue sair dali ela foca no problema. Perguntar o porquê é focar no problema.

A dica para você é: Troca o porquê pelo como.


Ao invés de perguntar por que isso está acontecendo comigo? Por que eu tenho tantas
dívidas?

DESAFIO BE A LEADER #2
Troca por Como eu posso pagar as minhas dívidas? Por que eu sempre sou traída? Como
eu posso deixar de ser uma pessoa traível, Como eu posso viver um relacionamento onde
eu não vou ser traída? Por que o meu filho não me respeita? Como eu posso me tornar
uma mãe ou um pai que vai ter o respeito do filho?

Troca o porquê pelo como. Só esse exercício aqui, só essa dica aqui já valeu o desafio
inteiro para vocês.

Isso aqui traz uma expansão de consciência. O que acontece?

Quando eu pergunto por que eu estou focado no problema, eu só enxergo meu problema.

Quando eu pergunto como, automaticamente o meu Sistema de Ativação Reticular ele


buga, ele dá um tilt, ele abre um espaço e ele começa a ver oportunidades que antes ele
não enxergava.

Ele começa a perceber coisas que antes não tinha como ver. Então você muda a nível
cerebral e aí você começa a mudar a sua percepção de mundo, você começa a ver coisas
que antes era impossível de você ver.

Legal né. Comecem a fazer esse exercício. Tenho certeza que muita coisa vai se
transformar aí na vida de vocês.

A criança além dela focar no problema ela tem problemas. Porque ela não tem recursos
para resolver. O adulto não tem problema, o adulto tem desafios.

Vou pegar um exemplo. A nossa empresa está crescendo, o nosso treinamento está
crescendo nós precisamos de pessoas para nos auxiliar.

Se eu estiver presa na minha criança eu vou olhar para isso vou dizer assim: “que problema
eu tenho agora, né? Pensa, é tão difícil confiar em alguém, contratar alguém, achar um
profissional que faça as coisas do jeito que a gente quer, ai isso é um problema. Agora eu tenho
um problema para resolver.”

Se eu estiver no meu modo adulto eu vou olhar para isso vou dizer assim: “interessante,
eu tenho um desafio. Encontrar uma pessoa que atenda o perfil da nossa empresa”. Porque eu
escolhi ter esse desafio, eu escolhi crescer, eu sonhei com esse momento onde eu ia
precisar de funcionários.

Então é uma situação que eu tenho para resolver que eu escolho ter e que não é uma dor
para mim, que é gostoso para mim, é uma recompensa para mim.

Você sempre vai ter coisas para resolver na sua vida, mas você não precisa olhar para
isso como problemas. problema é dívida, problema é dificuldade de relacionamento,
problema é dor, problema é doença, tudo o que é disfuncional é problema.

Desafio está dentro do fluxo do crescimento. Essa é a diferença de um para o outro e só


pode ter desafio quem está no modo adulto, quem já está se tornando adultizado.

DESAFIO BE A LEADER #2
Vocês querem que eu passe um exercício para a gente começar a curar as traumatizações
da criança interior?

Para a gente começar a sair dessa prisão de Traço de Caráter, soltar essa corrente onde
a gente está rodando em círculo a anos? Querem um exercício?

O exercício que eu vou ensinar para vocês ele tem um poder muito grande. Ele vai mexer
com os 2 hemisférios cerebrais, o direito e o esquerdo.

Como ele vai mexer com razão e emoção ele vai automaticamente mexer lá nas
profundezas, neste banco de dados onde está a sua criança interior, tudo o que você
registrou.

Mexendo ali você tem o potencial de sair dessas dores e escolher se tornar adultizado.
Você vai, de uma certa forma, alguns mais e outros menos e está tudo bem. Alguns vão
sentir mais dor, outros vão sentir menos dor. Alguns vão ter vontade de chorar, outros
vão ter uma dor de barriga, dor de cabeça, outros vão ter uma vontade de gargalhar e rir
muito, outros vão dormir super bem.

As reações são várias que podem acontecer, agora deixa eu te falar uma coisa, presta
atenção aqui, pelo amor de qualquer coisa presta atenção que eu vou falar.

Se depois de fazer esse exercício você tiver uma reação muito forte isso não está
relacionado ao exercício.

Porque às vezes as pessoas já vem passando por um processo difícil, alguma coisa ruim
que está acontecendo e elas querem culpar um exercício que elas fizeram.

Não é assim que funciona, então eu sei até onde esse exercício pode ir, por isso eu só
ensino para vocês aqui no gratuito e no aberto o que eu sei que eu posso ensinar, que eu
sei o resultado que pode ter, todas as variáveis para que ninguém passe mal e não tenha
suporte. Então isso tem que ficar bem claro entre a gente, beleza?

Tudo o que acontecer, coisas leves, vontade de rir, dormir bem, vontade de abraçar
alguém, chorar, dor de barriga que você tem que ir rápido no banheiro, formação de
gases, tudo isso faz parte do processo e é uma limpeza, é a cura que está acontecendo.

“E se eu não senti nada?”


Está tudo bem, não significa que você não vai passar por um processo de cura. Você não
tem que sentir no corpo físico para saber que a cura está acontecendo, você vai
percebendo no decorrer dos teus dias, na próxima semana, no mês que vem, aí você vai
percebendo “opa, olha só essa situação aqui. Cara não tinha solução agora ela se resolveu
automaticamente que incrível.”

Consequência do que você está fazendo aqui, de todo esse trabalho de expansão de
consciência que você está fazendo aqui, dos exercícios que eu vou ensinar para vocês, tá?
Vamos lá então!

DESAFIO BE A LEADER #2
Eu preciso que vocês tenham papel e caneta.

Você vai pegar um papel e uma caneta.

Se você escreve com a mão direita, se você é destro e normalmente escreve com a mão
direita, você vai usar a mão esquerda para escrever.

Se você é canhoto, você vai usar a mão direita.

Ou seja, você vai pegar a mão que você não escreve normalmente e você vai fazer uma
carta para sua criança.

Aquela criança que existiu, que era pequenininha e que tinha que abraçar a tia chata.
Você vai lembrar de uma situação que você não gostava que acontecia com você ou que
você não podia se posicionar, que você detestava.

Pode ser um abraço na tia chata, pode ser se sentir humilhado, pode ser o tapa na boca
que a mamãe dava, pode ser ter que comer uma comida que você não gostava, ouvir
alguma coisa que você não gostava, o bullying que você sofreu, não interessa, escolhe
uma situação.

Você vai fazer uma carta para sua criança escrevendo esta situação, por exemplo, não
tem regra do teu jeito eu só vou dar um exemplo.

“Rosana, eu sei que você odeia quando a mamãe manda você falar oi para as pessoas que
você não gosta. Eu sei que você detesta ter que abraçar essas pessoas que para você não
fazem sentido, mas isso tudo faz parte da sua infância e olha, você passou, você aguentou,
você suportou isso e porque você aguentou isso hoje eu sou a pessoa que eu sou.
Porque você passou por tudo isso eu tenho recursos, eu tenho habilidades, eu sei lidar
com a vida.”

Então você vai pegar um exemplo de uma coisa que você não gostava e vai elogiar a sua
criança dizendo que ela foi forte, que ela suportou, que ela aguentou tudo. Alguma coisa
que foi mais marcante até os 10 anos de idade que você lembre, e aí você vai elogiar essa
criança, vai dizer para ela que você está muito contente com ela porque ela suportou tudo
isso, porque ela aguentou tudo isso mesmo sem querer, mesmo sendo difícil. E por causa
disso você é a pessoa que você é hoje.

Esta é uma parte. Escrever a carta com a mão que você não escreve, que é justamente
para mexer com a estrutura cerebral, dizendo para criança que você sabe que ela não
gostava disso, disso e daquilo, mas que ela aguentou tudo isso e por isso você a admira,
por isso você é a pessoa que você é hoje.

Agora você vai para a parte 2


Com a mão que você escreve. Você pode até virar a folha, porque provavelmente vai
escrever maior, você vai escrever feio, vai ser rabisco, não importa, não é para ser lindo.

DESAFIO BE A LEADER #2
Aí você vai virar a folha ou na parte de baixo ou outra folha, não interessa e aí você vai
continuar a carta dizendo:

“Só que agora você não depende mais do papai da mamãe. Agora eu sou adulto, eu sou
adulta e como adulto que eu sou, sou eu que vou prover para você o teu sustento, a tua
alegria, o amor que você precisa, o afeto que você precisa. Então você não precisa mais
esperar isso do papai da mamãe, esperar que o papai e a mamãe tenham um
comportamento diferente com você. Porque eles também têm as suas dores. Sou eu que
cuido de você a partir de agora.”

E aí você pode escrever o que você quiser para a sua criança tá?

Essas 2 partes são fundamentais.


A primeira que você escreve com a mão que você não tem habilidade e a segunda você
escreve com a mão normal dizendo para a criança que a partir de agora não é mais o
papai e a mamãe que vão dar para ela o que ela precisa e sim você. Porque você que vai
ser responsável por ela.

Então é você que vai trabalhar, é você que vai namorar, é você que vai ser feliz, é você
que vai comprar coisas, é você que vai prover o que ela precisa, combinado?

Escrever com a mão oposta mexe muito com a estrutura emocional e cerebral, então é
extremamente importante a gente fazer uma coisa totalmente atípica, totalmente
diferente porque senão ele se programa para o resultado que você espera.

Se você traz uma coisa diferente ele não consegue se programar.

Frase do dia: Pare de ser uma criança birrenta


Hashtag: #escolhoseradulto

Até a aula 4!

DESAFIO BE A LEADER #2

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