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13/05/2019 Disciplina Portal

Teoria da avaliação
morfofuncional

Aula 2 - Noções básicas de Estatística descritiva e


inferencial
INTRODUÇÃO

Nesta aula, abordaremos os tópicos mais importantes da Estatística descritiva e inferencial para analisar os dados coletados em
uma avaliação.

Além disso, explicaremos as medidas de tendência central e de dispersão, bem como os testes mais comuns da Estatística de
inferência.

Também forneceremos orientações básicas para uso do software Excel for Windows para tabulação e análise dos dados inseridos
na planilha.

Bons estudos!

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OBJETIVOS

De nir os conceitos de Estatística.

Diferenciar Estatística descritiva e inferencial.

Usar o software Excel for Windows para o cálculo da Estatística básica.

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ESTATÍSTICA
A Estatística é o ramo da Matemática que trata da coleta, da análise, da interpretação e da apresentação de massas de dados
numéricos. Ela pode ser descritiva e inferencial.

A Estatística descritiva objetiva descrever e resumir um conjunto de dados utilizando medidas de posição, de dispersão, de
assimetria, de curtose. É capaz, também, de mostrar os resultados obtidos em forma de tabelas (descrição tabular) ou grá cos
(grá cos descritivos) (COSTA NETO, 2002, p. 20-28).

A Estatística inferencial faz a rmações por uma medida de precisão.

Fonte: Ferreira, 2017.

ESTATÍSTICA DESCRITIVA – MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL


As medidas de tendência central mostram como as diferentes observações são semelhantes. São elas:

Média aritmética

Ponto de equilíbrio da distribuição dos dados, é o valor que aponta para onde mais se concentram os
dados de uma distribuição. Se n é o número de dados, a média aritmética é a soma dos valores
divididos por n.

Mediana

Número que separa a amostra em metades superior e inferior quando os valores estão ordenados. Em
amostras ímpares, a mediana é o elemento central. Em amostras pares, o resultado da média
aritmética entre os dois elementos centrais.

Moda

Valor(es) que aparece(m) mais vezes, ou seja, o(s) mais frequente(s). Assim, a amostra pode ser
classi cada como:

• Unimodal – quando tem um valor modal;


• Bimodal – quando tem dois valores modais;
• Polimodal – quando tem três ou mais valores modais;
• Amodal – quando não existe valor que se repete.

Também podemos escolher valores especí cos da função distribuição acumulada, chamados de quantis e usados para dividir os
dados em partes iguais quando estão ordenados.

Os mais utilizados em tabelas de referência são:

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Percentil = 100 partes;

Decil = 10 partes;

Quartil = 4 partes.

EXEMPLO
,
O 1º percentil determina o 1% menor dos dados., , O 9º decil é o limite para 90% dos dados mais baixos., , O 1º quartil é o valor referente aos
25% da amostra ordenada.

ESTATÍSTICA DESCRITIVA – MEDIDAS DE DISPERSÃO


As medidas de dispersão são usadas para quanti car o grau de variabilidade dos valores de uma amostra de dados em torno de
sua média e mostrar como aquelas observações diferem. São elas:

     
Amplitude

Diferença entre o maior e o menor dos valores da amostra de dados.

     
Variância

Indica quão longe em geral os seus valores se encontram do valor esperado (média).

     
Desvio-padrão

Medida mais comum da dispersão estatística, ele mostra o quanto de variação ou dispersão existe em relação à média (ou ao valor
esperado).

Um desvio-padrão baixo indica que os dados tendem a estar próximos da média, e um desvio-padrão alto indica que os dados estão
espalhados por uma gama de valores.

Veja algumas características do desvio-padrão em uma amostra de distribuição normal (glossário) (unimodal, gaussiana, simétrica,
de afunilamento médio):

a) 68% dos valores encontram-se a uma distância da média inferior a um desvio-padrão.


b) 95% dos valores encontram-se a uma distância da média inferior a duas vezes o desvio-padrão.
c) 99,7% dos valores encontram-se a uma distância da média inferior a três vezes o desvio-padrão.

Essa informação é conhecida como a regra dos 68-95-99,7.

Desvio-padrão – distribuição normal


Fonte: Ferreira, 2017.

     

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Coe ciente de variação

Medida de dispersão para a comparar distribuições diferentes. É o resultado do desvio-padrão dividido pela média. Quanto menor o
coe ciente de variação, mais homogêneo é o grupo dos resultados.

     
Curtose

Achatamento da curva da função de distribuição.

a) Valor = 0 → Mesmo achatamento que a distribuição normal (mesocúrtica).


b) Valor > 0 → Distribuição mais alta (afunilada) e concentrada do que a distribuição normal (leptocúrtica).
c) Valor < 0 → Função de distribuição mais achatada do que a distribuição normal (platicúrtica).

Exemplo de curvas de distribuição – curtose


Fonte: Ferreira, 2017.

     
Assimetria

Quando a curva de frequência se desvia ou se afasta da posição simétrica, o que leva em consideração a relação entre média,
mediana e moda.

Exemplo de curvas – assimetria


Fonte: Ferreira, 2017.

ESTATÍSTICA INFERENCIAL

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A Estatística inferencial faz a rmações sobre os dados, ela testa hipóteses. Os tratamentos estatísticos mais utilizados informam
se uma variável é estatisticamente diferente de outra ou se duas variáveis têm alguma relação entre si.

A correlação de Pearson (ρ) mede o grau da correlação entre duas variáveis de escala métrica e se ela é positiva ou negativa
(TRIOLA, 2013, p. 416).

Seu valor ca entre -1 e 1:

  ρ = 1 → Correlação perfeita e positiva – As duas aumentam ou diminuem no mesmo sentido.

  ρ = -1 → Correlação perfeita e negativa – Se uma aumenta, a outra sempre diminui.

  ρ = 0 → As duas variáveis não dependem linearmente uma da outra.

Para interpretar o valor modular de ρ (quando não levamos em conta o sinal), podemos considerar que:

Correlação forte = 0,7 a 1,0;

Correlação moderada = 0,3 a 0,7;

Correlação fraca = 0 a 0,30.

Para entendermos o teste t, primeiro, precisamos rever o que são hipóteses. As estatísticas são chamadas de (COSTA NETO, 2002,
p. 85):

Hipótese nula (H0)

Hipótese considerada verdadeira até que os testes estatísticos indiquem o contrário.

Hipótese alternativa (H1)

Hipótese contrária, oposta à nula.

O teste t é de hipótese que rejeita ou não uma nula, quando a estatística de teste segue uma distribuição t de Student. (glossário)

EXEMPLO
, Em um grupo de alunos, mediram a massa corporal em dois momentos com intervalo de dois meses. A proposta era saber se havia diferença
entre as médias da primeira e da segunda medida., , Para isso, formulou-se a hipótese alternativa, que a rma: as medidas são diferentes. Então,
a hipótese nula é a seguinte: não há diferença entre as duas medidas.
O valor encontrado no teste t é comparado ao valor de signi cância estipulado anteriormente (geralmente 0,05), o qual a rma que a
hipótese nula será rejeitada em 95% dos casos.

Quando o valor do teste t é maior do que 0,05, aceitamos a hipótese nula e dizemos que não existe diferença estatisticamente
signi cativa entre as médias.

Quando o valor do teste t é menor do que 0,05, dizemos que existe diferença estatisticamente signi cativa entre as médias
(SOARES; SIQUEIRA, 2002, p. 211-214; DAWSON; TRAPP, 2003, p. 90; VIRGILLITO, 2006, p. 280).

O teste t de pode ser utilizado das seguintes formas:

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Teste t com 1 amostra

Testa se a média de uma única população é igual a um valor-alvo.

Teste t com 2 amostras

Testa se a diferença entre as médias de duas populações independentes é igual a um valor-alvo.

Teste t pareado

Testa se a média das diferenças entre observações independentes ou pareadas é igual a um valor-alvo.

NOÇÕES BÁSICAS DO MICROSOFT EXCEL


O Microsoft Excel é um software composto por planilhas nas quais inserimos (tabulamos) os dados coletados. A análise destes
dados é feita por comandos (LAPPONI, 2005, p. 5).

Para tabular de forma correta e o programa reconheça esses valores, devem ser digitados apenas números com casas decimais
(quando ocorrerem) separadas por vírgulas.

Tela do Microsoft Excel com dados de uma amostra tabulados


Fonte: Ferreira, 2017.

As letras A, B, C, D etc. representam as colunas, e os números 1, 2, 3 etc. representam as linhas. A célula é casa da planilha,
representada por uma letra e um número. Por exemplo, na célula B1, foi digitada Idade (anos).

Para o cálculo das medidas de tendência central (média, mediana e moda), são utilizados os seguintes comandos:

Medidas de tendência central

Medida Comando Exemplo

Média =MEDIA(CI:CF) =MEDIA(B2:B11)

Mediana =MED(CI:CF) =MED(B2:B11)

Moda =MODO(CI:CF) =MODO(B2:B11)

=PERCENTIL.INC(CI:CF;percentil
Percentil =PERCENTIL.INC(B2:B11;1)
desejado)

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=QUARTIL.INC(CI:CF;quartil
Quartil =QUARTIL.INC(B2:B11;1)
desejado)

Fonte: Ribeiro Junior, 2004 e Lapponi, 2005.

Legenda

CI = Célula Inicial;
CF = Célula Final.

Tela do Microsoft Excel com comandos e resultados das medidas de tendência central
Fonte: Ferreira, 2017.

Para o cálculo das medidas de dispersão (amplitude, variância, desvio-padrão, coe ciente de variação, curtose e assimetria), são
utilizados os seguintes comandos:

Medidas de Dispersão

Medida Comando Exemplo

=(MÁXIMO(CI:CF)- =(MÁXIMO(B2:B11)-
Amplitude
MÍNIMO(CI:CF)) MÍNIMO(B2:B11))

Variância =VAR(CI:CF) =VAR(B2:B11)

Desvio-
=DESVPAD(CI:CF) =DESVPAD(B2:B11)
padrão

Coef.de = =
variação (DESVPAD(CI:CF)/MÉDIA(CI:CF)) (DESVPAD(B2:B11)/MÉDIA(B2:B11))

Curtose =CURT(CI:CF) =CURT(B2:B11)

Assimetria =DISTORÇÃO(CI:CF) =DISTORÇÃO(B2:B11)

Fonte: Ribeiro Junior, 2004 e Lapponi, 2005.

Legenda

CI = Célula Inicial;
CF = Célula Final.

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Tela do Microsoft Excel com comandos e resultados das medidas de dispersão


Fonte: Ferreira, 2017.

Para o cálculo dos testes estatísticos de correlação de Pearson e teste t de Student, são utilizados os seguintes comandos:

Medidas de Dispersão

Teste Comando Exemplo

Correlação
=PEARSON(CI1:CF1;CI2:CF2) =PEARSON(C2:C11;D2:D11)
de Pearson

Teste t de =TESTET(C2:C11;
=TESTET(CI1:CF1;CI2:CF2;a;b)
Student E2:E11;1;2)

Fonte: Ribeiro Junior, 2004 e Lapponi, 2005.

Legenda

CI1 = Célula Inicial (1ª variável);


CF1 = Célula Final (1ª variável);
CI2 = Célula Inicial (2ª variável);
CF2 = Célula Final (2ª variável)
a = Número de caudas na distribuição (1=unicaudal e 2=bicaudal);
b = Tipo de variância (0=par, 1=igual e 2=desigual).

Tela do Microsoft Excel com comandos e resultados de Estatística inferencial


Fonte: Ferreira, 2017.

ATIVIDADE PROPOSTA

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Com o uso do software Microsoft Excel for Windows, monte uma tabela como esta:

Em seguida, realize os seguintes cálculos:

1. Medidas de tendência central – média, mediana, moda, percentil e quartil.


2. Medidas de dispersão – amplitude, desvio-padrão, coe ciente de variação, curtose e assimetria.
3. Testes inferenciais – correlação de Pearson entre massa corporal 1 e estatura, teste t entre massa corporal 1 e massa corporal 2.

Resposta Correta
EXERCÍCIOS
1 - Em uma distribuição cujos valores são iguais, o valor do desvio-padrão é:

Negativo
0
0,5
0,25
1

Justi cativa

2 - Uma atividade típica de Estatística inferencial é:

Calcular taxas.
De nir índices.
Estabelecer hipóteses.
Estimar tamanho amostral.
Descrever dados em tabelas.

Justi cativa

3 - A tabela a seguir apresenta a distribuição de frequências das idades de um grupo de crianças:

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A média das idades dessas crianças, em anos, é igual a:

5
5,2
5,4
5,6
5,8

Justi cativa

Glossário
DISTRIBUIÇÃO NORMAL

Comportamento do efeito agregado de experiências aleatórias, independentes e semelhantes em certas circunstâncias, quando o número de
experiências é muito alto.

DISTRIBUIÇÃO T DE STUDENT

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Distribuição de probabilidade teórica – simétrica, campaniforme e semelhante à curva normal padrão.

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