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Republicanismo

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Republicanismo

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O republicanismo é a ideologia segundo o qual uma nação é governada como


uma república, na qual o chefe de Estado é indicado por métodos não-hereditários,
frequentemente por eleições.[1]

Índice

 1Republicanismo na história
 2Neorrepublicanismo
 3Ver também
 4Referências
 5Bibliografia
 6Ligações externas
Republicanismo na história[editar | editar código-fonte]
O termo "república" remonta à antiguidade greco-romana, e a moderna ideologia
republicana tomou formas ligeiramente diferentes, dependendo se ela foi desenvolvida nos
Estados Unidos, França ou Irlanda.[2]
Na versão ocidental, desenvolvida especialmente a partir dos escritos de Rousseau,
defendeu o princípio da soberania popular e da participação popular. No entanto, no meio
do século XX, inclui uma perspectiva individualista, isto é, assume-se que os indivíduos
procuram a sua felicidade em si mesmo ao invés de uma participação política.[3]

Neorrepublicanismo[editar | editar código-fonte]


Desde fins dos anos 1980 e começos dos 1990 tem ressurgido uma corrente teórica
republicana, ou neorrepublicana, especialmente nos países anglo-saxões. Os principais
autores desse ressurgimento são, do ponto de vista da Teoria Política (ou da Filosofia
Política), o irlandês Phillip Pettit, autor de Republicanism e, do ponto de vista da História, o
inglês Quentin Skinner, autor de Liberty before Liberalism.
A teoria neorrepublicana de Pettit baseia-se na ideia de liberdade como "não-dominação"
ou, de maneira mais direta, como "não-arbitrariedade". Para definir essa categoria, Pettit
recupera as "duas liberdades" definidas por Isaiah Berlin (retomando uma ideia do
francês Benjamin Constant), a liberdade negativa e a positiva.
A liberdade positiva consiste na participação direta dos cidadãos na vida política, com eles
decidindo pessoal e constantemente os assuntos públicos; é o modelo característica e
propriamente democrático, da Atenas idealizada por J.-J. Rousseau, em
que todos participam do público e não há exatamente vida privada. Todos os cidadãos
são livres porque submetem-se às leis que eles mesmos fizeram.[4][5]
A liberdade negativa consiste na ação desimpedida dos cidadãos em suas vidas
particulares, em que o Estado é limitado e não oferece muitos empecilhos para os
cidadãos. Como o que importa é a ausência de obstáculos à ação dos indivíduos - e há
leis que devem impedir algumas ações, como as que proíbem matar -, toda lei é vista
como cerceadora das liberdades. Os cidadãos participam da vida política por meio do
processo representativo, ou seja, por meio da escolha de representantes (deputados).
Esse é o ideal liberal, como exposto, por exemplo, por John Locke e os federalistas.[6][7][8]
A liberdade como não-arbitrariedade considera que as leis não são fundamentalmente
obstáculos à ação individual, mas são constituidoras das liberdades: sem leis, ou seja,
sem Estado não é possível a liberdade. Todavia, os cidadãos não participam da vida
política (i. e., do Estado) o tempo inteiro, nem é o "povo" reunido em assembleia pública na
ágora o autor das leis; a atuação dos cidadãos consiste em exercer um papel de fiscal e
controlador do Estado, pelos mais variados meios, de modo a evitar e a impedir as
arbitrariedades estatais. No modelo de Pettit, o processo legiferante continua nas mãos
dos representantes eleitos, ou seja, dos deputados. O grande exemplo histórico é
a Roma republicana, anterior ao Império e ao governo de Otávio Augusto; por esse motivo,
essa teoria também é chamada de "neo-romana". Alguns grandes teóricos republicanos
históricos são Cícero, Nicolau Maquiavel e Algernon Sidney.

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