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FIRMADA A

CCT
Pisos reajustados acima de 13% foi a grande conquista.
2010
2011

INFORMATIVO DO MOVIMENTO SINDICAL DOS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO DE SANTA CATARINA -


PROFESSORES E ADMINISTRATIVOS ESCOLARES ANO 1 - Nº 7 -ABRIL DE 2010

Ganho de 5% e outros FETEESC


pequenos avanços participa da
Em assembléia extraordinária realizada no último dia
7 os presidentes e assessores dos sindicatos filiados à
FETEESC avaliaram os resultados das várias reuniões
havidas com o SINEPE.
Embora parte das reivindicações constantes da pauta
enviada ao órgão patronal não tenha sido objeto de acordo,
os sindicatos concluíram que, entre o prosseguimento do
dissídio coletivo, de resultado incerto, o mais acertado
seria o fechamento da Convenção Coletiva de Trabalho.
Assim, por conta de avanços como, por exemplo, o Presidente do Sinpabre, Ademir
piso dos auxiliares da administração escolar, em Maçaneiro e o Prof. Antônio
percentuais de 21,32% e 33,83% e dos professores Bittencourt Filho, presidente da
auxiliares de classe, em percentual de 13,42% e ainda pela
redação mais clara e precisa das bolsas de estudo, FETEESC, estiveram presentes à
juntamente com avanços significativos na regulação do Conferência. Leia, na página 3, o
trabalho do professor de EaD, e por entenderem que que disse o presidente da
nenhum outro avanço seria possível, no momento, as
lideranças sindicais chegaram ao consenso de acordarem
Federação sobre as deliberações
os termos negociados da C.C.T. da CONAE.

PROJETO DETONA PROFESSORES


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2 CORREIO SINDICAL/especial ABRIL 2010

CONAE 2010 DISCUTE NOVO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

FORMAÇÃO E
VALORIZAÇÃO DOS
ALORIZAÇÃO
PROFESSORES
DEPENDE DE REGIME
DE COLABORAÇÃO
O regime de colaboração entre municípios, estados e o gover-
no federal foi apontado como questão central para a formação e
valorização dos profissionais do magistério, no debate sobre o
tema que ocorreu no dia 30 de março deste ano, durante a Confe-
rência Nacional de Educação (Conae), no Centro de Convenções
Ulysses Guimarães, em Brasília.
Planos de carreira distintos em estados e municípios, salários
diferenciados e diversas maneiras de contratação de profissionais,
foram assinalados pela representante do Conselho Nacional de

SISTEMA DE AVALIAÇÃO É CRITICADO


AV
Educação, Maria Izabel Azevedo Noronha, como empecilhos à
formação e valorização dos trabalhadores da educação. Na visão

AS NA CONAE
dela, um regime de colaboração fortalecido entre os entes e a
POR ESPECIALIST
ESPECIALISTAS consequente criação do Sistema Nacional Articulado de Educa-
ção seriam fundamentais para superar a fragmentação dos siste-
O atual sistema nacional de avaliação da edu- porque aquilo aconteceu, é querer demais de um mas educacionais.
cação foi criticado por especialistas, gestores e índice. Um termômetro mede a febre, mas não Maria Izabel defendeu a adoção de medidas nacionais capa-
participantes durante a realização da CONAE aponta qual é a causa”, comparou. Na opinião de zes de diminuir desigualdades regionais, como, na sua opinião, a
2010 , que aconteceu em Brasília, de 28 de mar- Fernandes, o sistema nacional de avaliação “avan- contratação de professores por concurso público, a eleição direta
ço a 1°de abril. Durante um colóquio sobre o tema, çou muito” ao definir metas e universalizar al- de reitores das universidades e a criação de critérios nacionais de
o professor da Universidade Estadual de Campi- guns exames que antes só eram feitos por formação e valorização de professores. “A lei do piso foi aprova-
da e determina a estruturação de carreiras, mas os planos de esta-
nas (Unicamp), Luiz Carlos Freitas, condenou o amostragem. Para Freitas, o atual governo avan-
dos e municípios são totalmente distintos”, constatou. – Maria
uso dos resultados dessas avaliações que criam çou pouco nas políticas educacionais em relação
Izabel acredita que a Lei 11.738, de 16 de julho de 2008, que ins-
rankings de escolas e políticas de pagamento de ao anterior. Ele defendeu um modelo de avalia-
tituiu o piso nacional para os profissionais do magistério, é exem-
bônus para professores que estão nos estabeleci- ção que possa medir o valor agregado. Isso signi-
plo de iniciativa nacional que valoriza o profissional. “O piso deve
mentos com melhor desempenho. fica avaliar o conhecimento do aluno no início e ser bandeira de todos para evitar medidas locais de desvaloriza-
Na opinião de Freitas, as avaliações em larga no fim de cada etapa para aferir o quanto ele apren- ção da carreira e do salário”, disse.
escala como a Prova Brasil, o Exame Nacional deu. “Devemos tomar por base como o aluno che- Para a representante da Confederação Nacional dos Trabalha-
do Ensino Médio e o próprio Índice de Desenvol- gou e não só avaliar como ele saiu”, afirmou. A dores da Educação (CNTE), Juçara Maria Dutra Vieira, o piso é
vimento da Educação Básica - Ideb - acabam representante do Conselho Nacional de Educa- constitucional. “Por causa da ação de inconstitucionalidade pro-
“apontando um canhão para a escola”. Segundo ção, Maria Izabel Azevedo Noronha, “defende posta por cinco estados, muitos entes se aproveitaram para não
ele, as avaliações não levam em conta o contexto uma avaliação que não seja só para o professor, pagar o piso, mas isso já foi declarado constitucional pelo STF”,
social em que ela está inserida e a condição eco- mas também para o gestor, porque, hoje, o que disse. A Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) 4.167, a que
nômica de seus alunos e da escola, fatores que ocorre, é que se a educação vai bem é por causa Juçara se referiu, questiona alguns aspectos da lei do piso, como a
influenciam diretamente no desempenho. O pro- da boa gestão, mas, se vai mal, é culpa do profes- destinação de um terço da jornada de trabalho dos professores
fessor defendeu que: “Há razões e razões para sor”. De acordo com ela, a avaliação deve permi- voltada ao planejamento de aulas fora da escola. A Adin foi
impetrada pelos governadores de Santa Catarina, Rio Grande do
que as coisas não funcionem na escola e é só nas tir a revisão da política pedagógica da escola e a
Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul e Ceará.
planilhas que elas são assim claras e transparen- reformulação de propostas de governo.
O representante da União Nacional dos Dirigentes Municipais
tes”. O ex-presidente do Instituto Nacional de Para a representante da CNTE, Juçara Vieira,
de Educação na Conae, José Adinan Ortolan, disse que a entidade
Estudos e Pesquisas Educacionais – Inep –, o professor tem medo da avaliação porque, em
apóia a lei do piso como está. “O planejamento de aula melhora-
Reynaldo Fernandes, também participou do de- geral, ela é punitiva. “Mas isso precisa ser revis- ria sobremaneira a qualidade em sala, mas isso significaria a
bate e defendeu os atuais mecanismos de avalia- to para que a avaliação ajude a melhorar o de- contratação de mais professores. Para isso, precisamos rediscutir
ção que, segundo ele, podem ser aprimorados. “O sempenho de alunos, professores e gestores”. o regime de colaboração”.
Ideb aponta um resultado, mas ele não pode dizer (Fonte: Agência Brasil)

EXPEDIENTE
CORREIO SINDICAL - publicação do Movimento Sindical dos Trabalhadores da Educação de Santa Catarina - Rua Vereador Batista Pereira, 574, Balneário - Estreito, CEP 88075-600,
Florianópolis/SC - CP 12117 - Fones (48) 3244-5911 e 3248-1268.
Conselho Editorial: Antônio Bittencourt Filho (FETEESC), Carlos M. da Silva Bernardo (SINPROESC), José Argente Filho (STEERSESC), Antônio B. Neto (SINPRO-Fpolis), Élvio J. Kretzer (SAAE-
GFpolis), Sônia M. G. Carnevalli (SAAERS), Ademir Maçaneiro (SINPABRE). Secretário de Divulgação: José Luiz Soares; Textos: Tabira Estevão; Jornalista responsável: Rogério Junkes (DRT-
SC 775); Tiragem: 10 mil exemplares. Obs.: Os artigos assinados, publicados neste jornal, são de inteira responsabilidade de seus autores.
ABRIL 2010 CORREIO SINDICAL/especial 3
PUBLICAÇÃO
DESTACA O
TRABALHO
DE
FUNCIONÁRIOS
DAS ESCOLAS
Merendeira, técnico
administrativo, tesoureiro,
assistente de limpeza, nem
só de alunos e professores é
feita a escola. O papel
pedagógico desses
profissionais da educação é
tema da quinta edição da
revista Retratos da Escola,
lançada no último dia 29
de março em Brasília,
durante a Conferência
Nacional da Educação
(CONAE). Antonio Bittencourt Filho é Professor, Advogado e Coordenador da FETEESC. Delegado Nato na CONAE
A publicação, produzida
pela Confederação
Nacional dos Trabalhadores
em Educação (CNTE), traz
FETEESC presente na CONAE 2010
temas como o papel dos O Presidente da FETEESC, Federa- refletiram os anseios da sociedade. cia às ações da iniciativa privada no se-
funcionários da escola na ção de Trabalhadores em Estabeleci- CS - Com a futura lei de diretrizes tor educação. Fica claro que este setor
construção da identidade da mentos de Ensino de Santa Catarina e e bases da educação, dá para debelar privado detém a quase hegemonia da
instituição. “Muitos ainda diretor de políticas educacionais da o analfabetismo que muitos países educação superior no Brasil, haja vista
são tratados como não-
União Geral dos Trabalhadores Nacio- como nossos vizinhos Argentinos e os dados do INEP (órgão vinculado ao
nal - UGT -, Prof. Antônio Bintecourt Uruguaios já conseguiram? MEC):
docentes, ou seja, a negação
Filho, esteve presente na CONAE 2010, Bittencourt - É possível, sim, desde - Quanto ao número:
de uma função vem antes
Conferência Nacional de Educação, que o projeto construído pela sociedade IES públicas: 10,9%
da afirmação de suas
como representante Catarinense dos Tra- seja encarado como projeto de estado, IES privadas: 78,4%
próprias finalidades”, balhadores das Escolas Privadas, e, jun- ou seja que não haja problemas de con- - Quanto as matrículas:
explicou Roberto Leão, tamente com mais de 3 mil pessoas, en- tinuidade na execução do planejamen- IES públicas: 24,8%
presidente da CNTE. tre delegados e observadores, montaram to. IES privadas: 74,6%
“Eles são indivíduos o esboço de um sistema nacional arti- CS - Quais os fundamentos apro- Estes indicativos mostram que se não
invisíveis nos estudos, mas culado de educação. O novo PNE vai vados pela CONAE para composição houver na nova lei dispositivos que inclu-
não no cotidiano dos vigorar entre 2011 e 2020. É ele que tra- do PNE – 2011/2020? am este universo de IES privadas no com-
estudantes”, afirmou o ça as metas e as prioridades para a edu- Bittencourt - Para o novo PNE, a promisso com a educação de qualidade, o
editor da revista, Luiz cação brasileira neste período. O atual CONAE construiu conceitos, diretrizes plano com certeza não dará certo.
Dourado. Para Dourado, os plano termina neste ano. Atualmente, a e estratégias, as quais, juntas, consoli- CS - E quanto ao trabalhador da
funcionários são área tem responsabilidades divididas dam um sistema de educação nacional- educação?
protagonistas da educação, entre estados, municípios e União. Pelo mente articulado entre os governos fe- Bittencourt - O projeto prevê a
na medida em que muitas
novo modelo, as três esferas passariam deral, estaduais e municipais, de tal sor- institucionalização dos planos de carrei-
a trabalhar integradas. Presente ao even- te que todos os poderes passam a falar ra para todo o magistério. Fala também
vezes são mais acessíveis e
to, também esteve o Prof. e Presidente a mesma língua. da dignidade da profissão e da sua im-
próximos aos alunos e
do Sinpabre, Ademir Maçaneiro. O Prof. CS - E onde ficam os vários seg- portância social, defendi que nenhum
professores. A publicação
Bitencourt conversou com CS sobre a mentos da sociedade civil, incluindo projeto, nenhum plano poderá ter êxito
traz indicadores e análises Conferência que aconteceu de 28 de ai as instituições de ensino privado? se o executor destas ações - o professor
sobre o assunto e também a março a 1º de abril deste ano. Bittencourt - As deliberações da - não estiver bem preparado, em conti-
avaliação de resultados de CS - As deliberações da CONAE CONAE, uma vez consubstanciadas em nuo aperfeiçoamento e atualização, se
enquête, realizada junto a atenderam as expectativas da socie- lei, definem competências, criam obri- não estiverem satisfeitas suas necessi-
entidades sindicais. Mais dade como um todo? gações e abrem espaços para todos os dades básicas, se não houver o vislum-
informações na página da Bittencourt - De modo geral, sim. setores da sociedade acompanharem o bre de que sua profissão é uma carreira
CNTE na internet. Até porque as propostas discutidas e desenvolvimento do processo educaci- e de que nela pode apostar seu futuro.
(Assessoria de votadas constavam de temáticas oriun- onal. Especialmente, com referência às O próprio Lula, em sua fala durante
Comunicação Social - das das conferências municipais, regio- instituições superiores de ensino priva- a plenária final reconheceu que neste
CONAE 2010) nais e estaduais. Por este caminho é de do, entendo que as deliberações da país o professor, apesar da importância
se crer que as deliberações de plenária CONAE não deram a devida importân- do seu trabalho, é mal remunerado.
4 CORREIO SINDICAL/especial ABRIL 2010

O ANDAMENTO DA
Após várias rodadas de negocia-
ções, os trabalhadores identificaram
este, como o momento para encerrar
as negociações e celebrar o acordo com
o sindicato patronal. Em novembro de
2009 a FETEESC encaminhou propos-
ta unificada dos sindicatos filiados ao
sindicato patronal com o objetivo de
iniciar as tratativas negociais para a
CCT 2010/11. No início de 2010, co- Prof. Antônio Bittencourt Carlos Magno da Silva Élvio Kretzer (SAAE- Sônia Carneva
meçaram de fato as negociações com Filho: “O entendimento do Bernardo – Presidente do GFpolis): “Há muito o que se do SAAE-RS:
argumentações, planilhas, pesquisas e grupo é que se os líderes SINPROESC: conquistar, mas o trabalhador mais importan
muita paciência. Os patrões sempre sindicais não chegarem a um Após exaustivas rodadas de não se vê a vontade para campanha foi a
consenso com capacidade Negociação, conseguimos reivindicar, em razão da trabalhadores
reclamando da inadimplência de paga-
para negociar, não deveriam fechar a CCT para o ano de pressão dos patrões.” causas comuns
mento dos alunos, dos altos impostos
estar à frente do movimento”. 2010. Ficou o sentimento que categorias.”
e das constantes renovações necessá- poderíamos ter avançado
rias para o ambiente escolar. Por outro mais, principalmente no que
lado, os trabalhadores reclamando dos se refere ao índice de reajuste
custos de atualização do profissional, que é de 5% ( INPC +
dos salários, dos assédios que vêm so- GANHO REAL), no entanto
frendo. Entretanto, em cada rodada de dados do DIEESE, como
negociação, o respeito mútuo se fez também, a conjuntura
nacional apontam para uma
presente e as arestas foram se aparan-
vitória do movimento sindical
do. No fim de fevereiro para garantir a
dos professores em Santa
data-base, os sindicatos: SINPROESC, Catarina. Antônio B. Neto:
Professores do Estado de Santa Podemos ressaltar os pontos “Considerando as
Catarina; SAAERS, Auxiliares de positivos desta Campanha particularidades das Joel Alexandre
Argente Filho: “Essa Salarial, como a manutenção Trabalhador d
Lages e região; SINPRO-Fpolis, Pro- negociações deste ano,
negociação, mesmo não sendo de importantes cláusulas “É para mim u
fessores de Florianópolis; SAAE- firmamos uma convenção que
a que pretendíamos, sociais para a vida totalmente nov
Gfpolis, Auxiliares da Grande resguarda todos os direitos dos
apresentou muitas profissional do professor(a): primeira vez qu
Florianópolis; SINPABRE, Professo- professores, recompõe as
conquistas...” Triênio, Bolsas de Estudos, e a negociações co
res e Auxiliares de Blumenau e região; perdas salariais e conquista
implementação do Piso um ganho real. Temos que que obtivemos
STEERSESC, Professores e Auxilia- pese a conjunt
Regional de Salários. avançar, porém isto só será
res de Criciúma e região e SINTEB,
possível com a participação
professores e auxiliares de Brusque, dos professores e
juntamente com a FETEESC, professoras”.
impetraram Dissídio Coletivo para ga-
rantirem a data base ainda com as ne-
gociações em curso. O entendimento
do grupo é que se os líderes sindicais
não chegarem a um consenso com ca-
pacidade para negociar, não deveriam
estar à frente do movimento. “É o mí- Dr. João: “Em razão das
nimo que devemos fazer quando nos incertezas na apreciação pelo
propomos a representar uma classe. Ser Judiciário do Dissídio
responsável assumindo os riscos e Coletivo, segundo a EC nº 45,
a solução das negociações, Moacir Pedro Rubini – Osmar Altair A
acertos da negociação”, afirma o pro-
pelo caminho da conciliação, Secretário Geral da Presidente do
fessor Bittencourt. Para ele, “a cada “Foi um grand
produziu resultados positivos, FETEESC: “Saí mais do que
ano que passa, aumentam as dificul- convencido que avanços Soares – Secretário de a categoria dos
tanto na manutenção e
dades em negociar com o Sinepe. As- significativos só acontecem Divulgação da FETEESC: administração
melhoria daquilo já
sim, urge a adoção de estratégias conquistado nas cláusulas quando há unidade na luta, “Diante da atual conjuntura é representa uma
mobilizadoras das categorias represen- sociais, como também em como nos têm mostrado a o melhor que a Federação e conquista, frut
tadas para pressionarem as escolas, cri- conseguir um reajuste salarial história.” os sindicatos filiados puderam trabalho, via F
ando condições mais favoráveis para acima do INPC.” fazer”.
época das futuras negociações”.
ABRIL 2010 CORREIO SINDICAL/especial 5

AS NEGOCIAÇÕES
VANTAGENS X DESVANTAGENS
Um rol de solicitações elaborado durante todo o ano de 2009 pelos sindica-
tos filiados e FETEESC foi entregue ao sindicato patronal para as negociações.
A Presidenta do SAAE-RS, Sônia Maria Carnevalli, destaca que “nessa Cam-
panha tivemos pontos positivos. A questão do Piso Salarial foi um avanço, po-
rém , não avançamos em importantes cláusulas sociais.

alli - Presidente Entre as cláusulas reivindicadas, as principais são:


“Entendo que o • Recomposição Salarial;
nte nessa
• Ganho Real;
a união dos
• Manutenção do triênio;
em torno das
• Bolsa de estudo;
s às duas
• Regulamentação da docência em educação a distância.
• Piso Salarial de R$ 679,00.

Após exaustivas rodadas de negociações conquistamos:


• Recomposição Salarial: SIM! INPC INTEGRAL ; Coordenador técnico do
• Ganho Real: SIM! Menor do que gostaríamos mas, avançamos. ;
• Manutenção do triênio: SIM! ; DIEESE/SC fala sobre as
• Bolsa de estudo; SIM! Com uma redação mais clara. ;
• Regulamentação da docência em educação a distância: SIM ;
negociações da Campanha
• Piso Salarial de R$679,00 para o Auxiliar da Administração escolar e para o Salarial dos Trabalhadores
Professor Auxiliar de Classe: Sim ;
Em que pese as dificuldades em negociar com o Sinepe, consideramos que a da Educação Privada
cláusula assecuratória da obrigatoriedade do sindicato participar de negocia-
e Silveira –
ções diretas com as escolas, irá por certo, aperfeiçoar o conteúdo convencio- O CS ouviu o economista e de 5% é razoável, especialmen-
da UNIVALI:
nado. supervisor técnico do te se considerarmos que o piso
uma experiência
va, pois é a O Presidente do STERSESC, Prof. José Argente Filho, afirma: “tenho cer- DIEESE/SC, Departamento dos auxiliares teve um aumen-
ue participo das teza que essa negociação, mesmo não sendo o que pretendíamos , apresentou Intersindical de Estatísticas e to bem superior, por conta da
oletivas. Entendi muitas conquistas, nas quais destaco a determinação dos Trabalhadores em re- Estudos dos Trabalhadores em Lei 459/09, que institui os pi-
êxito em que forçarem as suas convicções de lutarem sempre unidos pela causa de melhores Santa Catarina, José Álvaro de sos estaduais. Além disso, hou-
tura atual”. condições de trabalho e salários”. Lima Cardoso sobre as nego- ve também a renovação ou con-
Para o economista José Álvaro, coordenador técnico do DIEESE/SC, “a ciações entre a FETEESC e os quista de outras cláusulas como
Sindicatos Filiados com o o triênio e a concessão de bolsa
negocciação da data base não é apenas salarial, pois envolve cláusulas econô-
SINEPE, com vistas a campa- de estudos para os trabalhado-
micas, sociais e sindicais. Os salários são fundamentais porque determinam
nha salarial deste ano. Acom- res da educação, que são muito
uma grande parte da qualidade de vida do trabalhador, mas as condições de
panhe abaixo. importantes também. Lembro
trabalho dos profissionais da educação são fundamentais.” Com a estabilidade econô- ainda que a negociação coleti-
mica - inflação baixa e contro- va é um processo, que não aca-
• O que “vendemos ou cedemos”: Nada. lada - pode-se traçar cenári- ba neste ano. Em 2010, para os
os mais estáveis para os tra- trabalhadores do ensino priva-
Diante das circunstâncias os representantes dos sindicatos SINPROESC, Pro- balhadores. Neste contexto, do, a grande conquista foi o sig-
fessores do Estado de Santa Catarina; SAAERS, Auxiliares de Lages e região; 5% está longe de ser o ideal, nificativo aumento real no piso,
SINPRO-Fpolis, Professores de Florianópolis; SAAE-GFpolis, Auxiliares da mas pode-se considerar uma por conta de uma luta geral do
Grande Florianópolis; SINPA-BRE, Professores e Auxiliares de Blumenau e re- conquista dos Sindicatos movimento sindical catari-
gião; STEERSESC, Professores e Auxiliares de Criciúma e região e SINTEB, como foi o caso nesta negoci- nense, no qual a Feteesc esteve
ação? firmemente engajada. Mas em
Adriano – Vice professores de Brusque, juntamente com a FETEESC entenderam que estava de
Sem dúvida. É verdade que 2011 tem mais, o importante é
SAAE/ITAJAÍ: bom tamanho e que não valeria a pena continuar em dissídio coletivo, criando um
o Brasil vive um ciclo de cres- sempre procurar avançar um
de avanço para clima de intranquilidade para os trabalhadores e angústia para os líderes sindi- cimento, com geração de em- pouco.
s auxiliares da cais, permitindo que se arrastasse uma batalha judicial para, talvez nem avançar pregos, crescimento da renda, Por que o ensino privado
escolar. O piso nas reivindicações. A par disso, o Presidente do SINPRO-Fpolis, Prof. Antônio aumento real do salário mínimo não paga bons salários?
a histórica B. Neto, lembra que “o Trabalhador só poderá alcançar seus objetivos através da e assim por diante. Este contex- A resposta envolve inúmeras
to do nosso luta sindical, pois pelos Patrões só se conseguirá o que a eles convier.” to possibilita às empresas a con- variáveis. Cito algumas:
FETEESC.” Aprovada a CCT, suas determinações passam a vigir até 2011, mas a luta cessão de ganhos reais mais ro- a) Tenho a impressão de que
dos trabalhadores por melhores condições de trabalho e salários continua. bustos para os trabalhadores. um fator fundamental é o
De qualquer forma, o reajuste
6 CORREIO SINDICAL/especial ABRIL 2010

pouco envolvimento da ca- condições de trabalho dos pro- da hora-atividade, que vai atualmente não se consegue negociação tem que ser ganha-
tegoria na campanha salari- fissionais da educação, são fun- além da sala de aula, como mobilizar efetivamente o traba- ganha, ou seja, os dois lados
al. Objetivamente, as empre- damentais. Muitas vezes a enti- correção de provas, estágios, lhador para a campanha salari- têm que sair um pouco satisfei-
sas têm ganho dinheiro, po- dade sindical faz um tremendo atividades de extensão, reuni- al, como mencionamos, esta tos e um pouco insatisfeitos. Se
dendo, portanto melhorar sa- esforço para obter 1,5% de gan- ões e outros, devam comple- correlação fica muito desfavo- um lado apenas, gostar do re-
lários. No entanto, a tendên- ho real, o que pode ser conside- mentarmente serem remune- rável para os trabalhadores. O sultado, é um péssimo sinal.
cia dos trabalhadores pare- rado um belo aumento. Mas, rados? patrão tem consciência que, nos Você concorda que o
ce ser a de procurar resolver num salário de R$ 1.000,00 isso Certamente. Muitos profis- locais de trabalho, os trabalha- INPC, que é um índice ofici-
os seus problemas de forma significa um ganho de apenas sionais precisam realizar um dores mal sabem o que está al, e do qual somos obrigados
individual, numa relação di- R$ 15,00, pouca diferença faz trabalho prévio à execução do acontecendo (muitas vezes não a nos pautar por força da lei,
reta com as empresas. Este na vida do trabalhador. E o pro- serviço em si, mas, possivel- fazem questão nenhuma de sa- reflete a necessidade dos Tra-
fenômeno dificulta uma luta fissional pode estar trabalhan- mente, nenhum profissional ne- ber). Em função disso, a melhor balhadores enquanto referên-
mais coletiva. do em ambiente com excesso de cessite fazer mais isso do que o equipe de negociação, com a cia para as negociações com
b) O desemprego ainda exis- calor, sofrendo assédio moral, professor. Para dar uma hora de melhor argumentação do mun- o patro-nato?
tente no setor (é verdade que sem móveis adequados, etc. aula de qualidade o professor do, não consegue grandes avan- Temos outros índices que
decrescente nos últimos Portanto, salário é fundamental, precisa, no mínimo, de duas ços. Apesar da argumentação medem o preço no varejo, a
anos) também é fator impor- mas tem que pensar também em em mesa ter um valor relativo, exemplo do INPC-IBGE, e mai-
tante porque faz o trabalha- condições de trabalho. Neste o fundamental é a correlação de oria deles converge para os re-
dor se recolher, com medo. contexto de inflação baixa, às forças existente em cada mo- sultados do INPC. O DIEESE,
Há quem pense que quanto vezes, se livrar de um chefe au- mento histórico. Em algumas inclusive, tem o ICV-DIEESE,
pior a situação econômica é toritário é mais importante do mesas de negociação aqui no cujos números se aproximam do
mais fácil mobilizar. A ex- que aumentar o salário em R$ estado a comissão dos trabalha- índice do IBGE.
periência me diz que este é 15,00. dores está tão enfraquecida que O que significa assegurar o
um conceito errado: é justa- Com índices tão baixos de os patrões chegam a se compor- piso regional de salários, recen-
mente nas horas em que a reajustes você acha possível tar com grande sarcasmo e fal- temente aprovado em Santa
economia cresce, como ago- que os trabalhadores da edu- ta de respeito. Catarina, luta que contou com
ra, que fica mais fácil mobi- cação possam sobreviver? Você acha que a época da a participação da Feteesc e dos
lizar o trabalhador para a Sem dúvida. Nos últimos campanha salarial é o mo- Sindicatos Filiados, nas nego-
luta coletiva. anos os trabalhadores vêm ob- mento adequado para que os ciações dos Trabalhadores?
c) Mas em boa parte a culpa é tendo ganhos reais de salários dirigentes sindicais mobili- É a luta sindical mais impor-
nossa, ou seja, dos que mili- (ainda que modestos) e o setor zem os trabalhadores, trans- tante que já vi em Santa
tam no movimento sindical. vem gerando muitos empregos, “Penso que a mitindo a eles a necessidade Catarina nestes meus 21 anos de
Falta comunicação, falta às fazendo cair a taxa de desem- da articulação da luta políti- DIEESE. Mostrou maturidade,
negociação
vezes um esforço extra de prego entre a categoria. Em ter- ca, econômica e ideológica, perseverança e disciplina do
aproximação com o traba- mos relativos, a situação hoje é coletiva deve envolvendo-os no processo de movimento sindical
lhador. Falta, muitas vezes, muito melhor do que na década presidir as negociação? catarinense. Todos que se
mesmo suar mais a camisa; de 1990. É verdade que, em ter- relações entre A negociação coletiva é o filé engajaram nessa luta estão de
d) Por último, contextualizo a mos reais, os salários são prati- capital e trabalho. mignon da atuação sindical. parabéns, porque ela beneficia
questão: não é só o ensino camente os mesmos da década É uma relação que Nada é mais importante para os trabalhadores como um todo,
privado que paga baixos sa- passada, porém as expectativas uma entidade sindical do que a especialmente os que estão na
não pode se pautar
lários. É que os salários no são muito melhores. O Brasil campanha salarial e, dentro dela, base da pirâmide salarial. A Lei
Brasil são muito baixos e o deve registrar uma das maiores pela doação e nem o processo de negociação das dos pisos veio em muito boa
setor de ensino está dentro taxas de crescimento do mun- pela coerção.” condições de trabalho. A campa- hora. A economia brasileira está
deste contexto. do neste ano e tem tudo para nha salarial é o momento de se em franco crescimento, deven-
As negociações entre a continuar crescendo nos próxi- horas de preparação. Além dis- aproximar da categoria, esclare- do expandir 6% neste ano. Isso
Feteesc e os Sindicatos mos anos. Além disso, o inves- so, têm as correções de provas, cer dúvidas, informar, fazer cam- é fundamental, pois se a Lei ti-
filiados com o Sinepe foram timento vem crescendo acima extensão, e outras atividades panha de filiação. É o vínculo vesse sido aprovada um ano
concluídas com cláusulas que da elevação do consumo e a re- meio que tomam o tempo do efetivo com a categoria que pode antes, em plena recessão, talvez
obrigam as escolas a pagarem tomada da indústria, setor mais profissional. É justo que esse garantir o tônus do trabalho sin- ela não pegasse. O momento,
triênios, a concederem bolsas afetado pela crise na totalidade tempo seja remunerado, pelo dical e campanha salarial é um como vimos, é de recuperação
de estudos, ganho real e rea- do ano passado tem sido bastan- menos em parte, através da momento privilegiado para do nível de atividade econômi-
juste salarial, além de estabi- te vigorosa. No primeiro hora-atividade. avançar nesse aspecto. ca, as projeções são de um cres-
lidades nos dois últimos anos bimestre do ano foram criados Como construir entendi- Você entende que é impor- cimento do PIB para 2010, de
de carreira e no recesso esco- 390.844 postos de trabalho, o mentos com o setor patronal tante a negociação coletiva 6%, número que certamente
lar, irredutibilidade de salári- maior aumento da série históri- com vistas à reposição salari- na relação capital trabalho? superará a média de crescimen-
os e regulação do ensino a dis- ca do CAGED para os meses de al e ganhos reais neste cená- Penso que a negociação co- to das economias dos países ri-
tancia, entre outras. No seu janeiro e fevereiro. Nos últimos rio econômico de franca ex- letiva deve presidir as relações cos. Ao mesmo tempo, o empre-
entendimento o que está fal- 12 meses foram criados pansão, com inflação baixa, entre capital e trabalho. É uma go está bombando e já se fala
tando? 1.478.523 postos de trabalho, mas cujo viés sempre é a ale- relação que não pode se pautar em apagão de mão-de-obra no
Destaco dois aspectos: me- número que projeta um recorde gação patronal de que as des- pela doação (onde uma parte futuro. Neste contexto de cres-
lhorar os níveis salariais e as de geração de empregos formais pesas minimizam os lucros. cede à outra, sem esperar nada cimento e com os novos pisos
condições de trabalho. A nego- para 2010. Se este processo de Isso é verdade? em troca) e nem pela coerção se disseminando de forma mui-
ciação na data-base não é ape- crescimento se mantiver nos Claro que não é verdade. O (onde uma parte impõe sua von- to rápida nas negociações cole-
nas salarial, a mesma envolve próximos anos, gerando o que Brasil está vivendo um momen- tade à outra). É fundamental tivas (de forma até surpreenden-
as cláusulas econômicas, soci- se chama de crescimento sus- to como poucos em sua história que a negociação predomine na te), a expansão da massa salari-
ais, sindicais, etc. Mas os salá- tentado, os salários dos profis- econômica. Mas a negociação relação, nem que, vez por ou- al adicional decorrente dos pi-
rios são fundamentais porque sionais da educação necessari- coletiva não é apenas uma ques- tra, durante certo tempo a coer- sos estaduais, só irá contribuir
eles determinam uma grande amente terão que melhorar. tão de condições econômicas ção seja o dominante (por para a melhoria de vida dos tra-
parte da qualidade de vida do Você como economista, favoráveis e sim de correlação exemplo, durante um processo balhadores e para o crescimen-
trabalhador. Por outro lado, as concorda que a remuneração de forças entre as partes. Como grevista). Acho ainda mais: a to da economia catarinense.
ABRIL 2010 CORREIO SINDICAL/especial 7
Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Estabelecimentos de Educação e Cultura – CNTEEC
promove a II ENTEC – Encontro Nacional dos
Trabalhadores em Educação e Cultura.
O Congresso irá discutir os caminhos a seguir pelos
trabalhadores(as) da Educação e da Cultura, face o modelo ProgramAÇÃO
neoliberal adotado pelo nosso país, o qual restringe o Dia: 12/05/2010
trabalho destes profissionais e sufoca seus anseios. Local: Cine Teatro Tiradentes
14h00 às 18h00: Credenciamento das Delegações
Delegados representantes do movimento sindical de todo o 18h00 às 18h30: Recepção das Autoridades
18h30 às 19h30: Cerimonial de Abertura (Mesa de Autoridades)
país irão apresentar propostas e debater estratégias de 19h30 às 21h00: Palestra Inaugural
Educação e Cultura como Agentes de
ação com o objetivo de criar melhores condições de Transformação da Sociedade.
Expositora: Senadora Marisa Serrano, vice-
trabalho e salário. presidente da Comissão de Educação, Cultura e
Esporte do Senado. Também é membro titular da
Comissão de Meio Ambiente, Defesa do
Consumidor e Fiscalização e Controle, e da
Comissão de Agricultura e Reforma Agrária.
21h00 às 23h00: Jantar - Salão Belo Horizonte

Dia: 13/05/2010
Local: Cine Teatro Tiradentes
08h30 às 09h00: 1ª Plenária: Abertura dos Trabalhos -
Miguel Abrão Neto - Pres. CNTEEC
Discussão e Deliberação sobre o Regimento
Interno do II ENTEC e
eleição do Coordenador do Evento.
09h00 às 10h30: Painel 1: A Importância Sócio-Econômica e
Educativa da Cultura e do Entretenimento.
Especialista: João Malheiro, doutor em Educação
pela UFRJ, especialista em Ética e diretor do
Centro Cultural e Universitário do Botafogo.
Moderador: João Carlos Nunes Mota -Presidente
SENALBA/SC
Presidente da Mesa: Norton Ribeiro Hummel -
Presidente da FITEDCA-GOMTMS
Relator: Juvenal Pedro Cim - Presidente FITEDCA/PR
10h30 às 11h00: Intervalo para Café
11h00 às 13h00: 2ª Plenária: Debates
13h00 às 15h00: Almoço - Salão Belo Horizonte
15h00 às 16h30: Painel 2:
Plano Nacional de Educação 2011/2020:
O que Muda na Educação Brasileira.
Especialista: Prof. Antonio Freitas: Professor da
EBAPE/FGV, Diretor da FGV e Conselheiro do
Conselho Nacional de Educação.
Moderador: Sérgio Gonçalves Lima - Presidente da
FETEPAR
Presidente da Mesa: Ledja Austrilino Silva - Diretora
de Assuntos da Educação da CNTEEC
Relatora: Fátima Aparecida Marins Silva -
Presidente do SAAE - Bauru e Região
16h30 às 17h00: Intervalo para Café
17h00 às 19h00: 3ª Plenária: Debates
19h00 às 20h00: Livre
20h00 às 21h30: Jantar
21h30 às 24h00: Atividade Cultural

Dia: 14/05/2010
Local: Cine Teatro Tiradentes
08h30 às 10h00: 4ª Plenária: Relato das bases, conforme pré-
inscrição das delegações.
10h00 às 10h30: Café
10h00 às 12h00: Encaminhamentos e Recomendações.
12h00 às 12h30: Encerramento do II ENTEC.
13h00 às 14h30: Almoço - Salão Belo Horizonte

CERTIFICAÇÃO: IPET
8 CORREIO SINDICAL/especial ABRIL 2010

UM INSTITUTO
PARA O
TRABALHADOR
Ser referência na proposição pessoas que trabalham na cons- no desenvolvimento de políticas moção de direitos estabeleci- qualificação Profissional, tam-
e execução de políticas públi- trução de uma sociedade mais públicas voltadas ao desenvol- dos, construção de novos direi- bém através de cursos e trei-
cas voltadas ao desenvolvimen- justa e humana, com distribui- vimento econômico e social tos e assessoria jurídica gratuita namentos e Escola Superior de
to de ações sindicais, educacio- ção das riquezas produzidas sustentado do país, benefician- de interesse suplementar, pro- Ensino, Pesquisa e Extensão,
nais, econômicas e socais sus- pelo trabalho e com igualdade do camadas de baixa renda nas moção da ética, paz, cidadania, nas áresa das Ciências Sociais
tentadas, que beneficiem as ca- de oportunidades para todos. áreas de trabalhão e emprego, direitos humanos, democracia aplicadas e Ciências Políticas,
madas de baixa renda em fran- Desta forma, abranje as quali- qualificação profissional e so- e de outros valores universais, com cursos superiores de tec-
co combate à s desigualdades, ficações sócio políticas, técni- cial, defesa dos direitos do ci- desenvolvimento de estudos e nologia em gestão pública e
discriminações e preconceitos, co profissional e de formação dadão, proteção da criança e pesquisas nas áreas da educa- sequenciais.
é a missão institucional deste de lideranças sindicais. Seu di- adolescente, educação de jo- ção, economia, sociologia., po- Através da Lei Municipal,
Instituto, criado para qualificar ferencial está assegurado, tan- vens e adultos, promoção da lítica e tecnologia, visando a a n° 5888, de 15 de agosto de
os Trabalhadores, IPET, Insti- to pelo conhecimento de cau- assistência social, segundo as elaboração de subsídios para 2001, possui declaração de uti-
tuto de Pesquisas e Estudos dos sa, das pessoas que fazem edu- diretrizes da Lei Orgânica da uma política estratégica dos sin- lidade pública, cuja publicação
Trabalhadores. cação, quanto pelo seu caráter Assistência Social, promoção dicatos no desenvolvimento de no diário oficial está sob o nú-
Criado como escola sindi- reconhecidamente de utilidade da cultura, defesa e conserva- suas atividades. mero 16.729, na página 26.
cal , o IPET é mantido pela or- pública, sem fins lucrativos. ção do patrimônio histórico e Sua atuação se dá através de Conheça o Instituto de Pes-
ganização sindical dos Traba- O IPET tem por objetivos a artístico, além da segurança ali- Escola Sindical, com a realiza- quisas e Estudos dos Trabalha-
lhadores na área da educação. prestação de serviços, assesso- mentar, do meio ambiente, pro- ção de cursos, palestras, semi- dores, IPET, entidade que pro-
Suas atribuições são as de pla- ramento técnico, sindical, admi- moção do voluntariado expe- nários e outros, além de orga- move uma nova visão social de
nejar e executar cursos com nistrativo e jurídico aos traba- rimentação de novos modelos nizar ou dar suporte logístico a formação, qualificação e re-
diretrizes voltadas à inserção lhadores e às suas entidades so- de sistemas alternativos de pro- essas atividades; Escola de qualificação profissional.
do educando no conjunto das ciais, bem como, a participação dução, comercio e crédito, pro- Formação, Qualificação e Re- (Prof. Lúcio Darelli)

CÂMARA DE DEPUTADOS APRECIA


PROFESSOR FIQUE ATENTO!
ATENTO! PROJETO DO DEPUTADO PAES LANDIM (PTB/PE)
VEJA AS VERBAS RESCISÓRIAS A QUE DETONA PROFESSORES
SEREM PAGAS PELO EMPREGADOR O PL 337 promove uma “instrutores” perderiam o di-
verdadeira “reforma traba- reito até mesmo à aposenta-
Extinção Normal do Contrato lhista”, alterando todos os ar- doria constitucional aos 25/
a) saldo de salário; tigos da CLT que disciplinam 30 anos de magistério. O pro-
b) salário-família; o trabalho docente (318 a jeto ainda reduz direitos que
c) férias proporcionais, acrescidas de 1/3 constitucional; 324). Ele foi apresentado à são consagrados para os de-
d) 13º salário proporcional; revelia dos professores, que mais trabalhadores.
e) liberação do FGTS . nunca foram consultados. O adicional noturno seria
Rescisão antecipada sem justa causa POR INICIATIVA DO EMPREGADO A proposta cria uma pago somente a partir das 23
a) saldo de salário; subcategoria intitulada “ins- horas (e não 22 horas). O tra-
b) salário-família; trutores”, com atribuições de balho aos domingos poderia
c) férias proporcionais, acrescidas de 1/3 constitucional; preparar e ministrar aulas. ser realizado para fins de
d) 13º salário proporcional Apesar disso, o projeto de lei compensação de horários ou
cuida de assegurar que esses remunerados com adicional
Rescisão antecipada sem justa causa POR INICIATIVA DO EMPREGADOR
“instrutores” não têm direito de 50%.
a) saldo de salário; às garantias dos professores. Para os demais trabalha-
b) salário-família; Ainda que as escolas con- dores, o trabalho aos domin-
c) férias proporcionais acrescidas de 1/3 constitucional;
tinuassem a contratar profes- gos deve ser remunerado em
d) 13º salário proporcional;
sores de verdade, passariam dobro quando não houver um
e) multa 40% sobre FGTS;
a registrá-los como “instruto- outro dia de folga (no caso
f) indenização do art. 479 da CLT (50% dos dias faltantes para o término do
res”. Com isso, não precisa- dos professores, é impossível
contrato de experiência);
g) liberação do FGTS;
riam nem cumprir a conven- fazer a troca do dia de des-
h) seguro-desemprego: deve ser fornecida a Comunicação de Dispensa - CD ao ção coletiva. canso e por isso o adicional
empregado. Na educação básica, os deveria ser sempre de 100%).
professores registrados como (Fonte: Fepesp)

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