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PLANO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA

PROJETO OBSERVATÓRIO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA

Mapeamento da Ação
Finalística “Criança com Saúde”

Obesidade na
Primeira Infância

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Apresentação
Rede Nacional
Primeira Infância
Missão: articular e mobilizar Organizações e pessoas para defender e garantir
os direitos da Primeira Infancia – criança de até seis anos de idade.

O
s caminhos para concretizar essa missão são diversos e
completos, se traçarmos com base as considerações do
que a RNPI tomou como uma de suas principais estraté-
gias até 2022: ter o Plano Nacional Pela Primeira Infância
(PNPI) referenciado nas políticas públicas para crianças
até seis anos nas distintas infâncias brasileiras, nas esferas
federal, estaduais, distrital e municipal.
As 13 Ações Finalísticas do PNPI norteiam a primazia de receber prote-
ção e defesa dos direitos da criança e as 05 Ações Meio indicam como a
Rede poderá conquistar o espaço de legitimação ampla do PNPI, junto ao
governo e à sociedade civil, e mobilizar Estados e Municípios para executar
seus planos na Primeira Infância.
O Projeto Observatório Nacional Primeira Infância é uma das possibilida-
des escolhidas pela RNPI que permite o monitoramento desse Plano Nacio-
nal, por ser um instrumento de observação, análise e planificação de estraté-
gias, a curto e médio prazos, das 13 ações finalísticas, produzindo um “estado
das práticas” sobre as distintas infâncias (Primeira Infância) brasileiras.
Para isto, alguns objetivos foram traçados na execução deste Primeiro
Módulo; entre eles, ressaltamos o estudo quantitativo de duas ações finalís-
ticas do PNPI e a disseminação do conhecimento produzido.
Nossa intenção em produzir e publicar estudos é contribuir a melhor pro-
moção dos direitos da Primeira Infância, assim como ao desenho de políticas
públicas sustentáveis e culturalmente acessíveis.
Acreditamos que disseminar o conhecimento da Ação Finalística Criança
com Saúde – Tema: Obesidade na Primeira Infância para distintas instân-
cias governamentais, sociedade civil, público beneficiário direto e indireto
fomentará novas ações de cidadania para as crianças brasileiras.
Agradecemos à Nutrociência e Equilibrium Consultoria – Saúde & Nutri-
ção pela parceria na produção deste Mapeamento e Relatório.

Rede Nacional Primeira Infância


Setembro, 2014

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Sumário

ÍNDICE
1. CONCEITO......................................................................................................................................................3

2. EPIDEMIOLOGIA.........................................................................................................................................3

3. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS.................................................................................................................5.

4. FATORES DE RISCO E ASSOCIADOS AO EXCESSO DE PESO NA INFÂNCIA ................6

5. PREJUÍZOS PARA A SAÚDE...................................................................................................................13

6. PROGRAMAS, PROJETOS, AÇÕES E/OU POLÍTICAS PÚBLICAS EM EXECUÇÃO.........14


6.1. Programa de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN)..................................................................15
6.2. Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN).................................................................15
6.3. Promoção da alimentação saudável.......................................................................................................15
6.2.1 Ações de proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno..................................................15
6.2.2.Ações de promoção da alimentação saudável nas escolas............................................................17

7.INSTITUTOS, ORGANIZAÇÕES (PÚBLICAS, PRIVADAS


OU NÃO GOVERNAMENTAIS), ESPECIALIZADAS
EM PROGRAMAS DE PREVENÇÃO, CURATIVOS E INFORMATIVOS................................19
7.1 AMIL – Portal Saúde 360...........................................................................................................................19

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7.2. Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO)......19
7.3. Instituto da Criança HCFMUSP..............................................................................................................19
7.4. Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafiscs).......20
7.5. Centro de Recuperação e Educação Nutricional (CREN)...............................................................20
7.6. Fundação Maria Cecília Souto Vidigal...................................................................................................20
7.7. Hospital Infantil Sabará..............................................................................................................................20
7.8. Instituto Alana..............................................................................................................................................21
7.9. Instituto Movere..........................................................................................................................................21
7.10.Pastoral da Criança....................................................................................................................................21
7.11. Sociedade Brasileira de Cardiologia.....................................................................................................22
7.12. Sociedade Brasileira de Pediatria..........................................................................................................22
7.13. Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)................................................................................22

8.LEIS NORMATIVAS SOBRE O TEMA (ESFERA FEDERAL)


E OUTRAS ESPECÍFICAS (ESTADUAIS)................................................................................................22
8.1. Proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno.......................................................................23
8.2. Promoção da alimentação saudável nas escolas.................................................................................23
8.3. Regulamentação da comercialização de alimentos em cantinas escolares..................................24
8.4. Regulação e controle de alimentos.........................................................................................................25

9. CONCLUSÕES.............................................................................................................................................27

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FICHA TÉCNICA

REALIZAÇÃO
Rede Nacional Primeira Infância – RNPI

ORGANIZAÇÃO/COORDENAÇÃO
Secretaria Executiva da RNPI – Biênio
2013/14 – Instituto da Infância – IFAN
Luzia Torres GerosaLaffite
Paula Tubelis
Shaila Naiara Vieira Maia
Vital Didonet

ELABORAÇÃO TÉCNICA/AUTORES
Nutrociência Assessoria em Nutrologia
– Prof. Mauro Fisberg, Rachel Machado
e Gabriela Possa
Equilibrium Consultoria – Carolina
Godoy, Cynthia Antonaccio e Natália
Sanches
Colaboradores: CEIIAS – Evelyn
Eisenstein

REVISÃO DE TEXTOS
Isabel Albuquerque

APOIO FINANCEIRO
Observatório Nacional Primeira
Infância:
Fundação Abrinq – SavetheChildren
Fundação Maria Cecília Souto Vidigal
Fundação José Luiz Egydio Setúbal
Instituto Alana

PROJETO GRÁFICO E DESIGN


Andrea Araújo e Mariana Araújo

Secretaria Executiva da RNPI – biênio


2013/14
Instituto da Infância – IFAN
Av. Padre Antônio Tomás, nº 2420 –
Edifício Diplomata, sala 1405/06
CEP: 60.140-160, Aldeota, Fortaleza/CE
Telefone: +55 (85) 3268-3979
E-mail: secretariaexecutivarnpi@
primeirainfancia.org.br
Site: www.primeirainfancia.org.br

Setembro, 2014

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Mapeamento da Ação Finalística “Criança com Saúde” - Obesidade Infantil

Projeto:
OBSERVATÓRIO NACIONAL
DA PRIMEIRA INFÂNCIA

Tema:
OBESIDADE NA
PRIMEIRA INFÂNCIA
JUSTIFICATIVA

A obesidade, caracterizada pelo acúmulo de tecido gorduroso, regionalizado ou em todo o cor-


po, é uma doença crônica, complexa e de etiologia multifatorial. A importância desta condição na
infância ocorre em função da complexidade do tratamento e da elevada possibilidade de persistên-
cia deste quadro na vida adulta e da sua associação a outras doenças não transmissíveis, ainda em
idades precoces. A presença destes fatores de risco na infância acelera o processo de aterosclerose
e o desenvolvimento das doenças cardiovasculares. Neste sentido, a proposta do presente trabalho
é realizar o mapeamento do tema da Obesidade na Primeira Infância, a partir da compilação dos
dados e informações referentes à faixa etária de zero a seis anos, e, com base neste, recomendar e
propor planos de ação sobre a temática. Espera-se que estas recomendações possam ser dissemi-
nadas para diferentes instâncias a fim de fomentar ações de cidadania para crianças de até seis anos
de idade pela Rede Nacional Primeira Infância.

OBJETIVO

Geral: Realizar o mapeamento do tema Obesidade na Primeira Infância – referência à Ação Fina-
lística Criança com Saúde, Plano Nacional da Primeira Infância – Rede Nacional Primeira Infância.
Projeto de Parceria entre a Nutrociência Assessoria em Nutrologia SS Ltda. (ligada ao Instituto
Pensi- Fundação José Luiz Setúbal- Hospital Infantil Sabará), Equilibrium Consultoria, e Evelyn Ei-
senstein (Centro de Estudos Integrados, Infância, Adolescência e Saúde – CEIIAS). Específicos:
Definir obesidade na primeira infância: fatores etiológicos, fatores associados classificação e crité-
rios diagnósticos;
i Descrever os riscos para a saúde da criança obesa;
i Descrever o cenário epidemiológico correspondente na população brasileira;
i Descrever a epidemiologia nacional da obesidade na primeira infância de forma global e segundo
variáveis demográficas e socioeconômicas;
i Descrever e analisar o cenário técnico-científico da obesidade na primeira infância no Brasil, bem
como a disponibilidade de dados;
i Delimitar os indicadores nutricionais nacionais e bancos de dados relacionados a ele existentes
i Recomendar e propor planos de ação voltados às informações levantadas no mapeamento

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1. Conceito
A obesidade, caracterizada pelo acúmulo de tecido gorduroso regionalizado ou em todo o corpo,
é uma doença crônica, complexa e de etiologia multifatorial, resultante, na maioria dos casos, da asso-
ciação de fatores genéticos, ambientais e comportamentais(1).

2. Epidemiologia
Estima-se que cerca de 3,8 milhões (cerca de 9,7%) de crianças menores de cinco anos na América
Latina apresentem excesso de peso (sobrepeso e/ou obesidade). Dados de diferentes países e pesqui-
sas demonstram aumento nesta prevalência(2), corroborando informações do relatório da OPAS(3),
que demonstra aumento de 50% nas taxas de obesidade entre crianças na primeira infância, nos úl-
timos 15 anos, em países como El Salvador, República Dominicana, Peru e países caribenhos. No
Brasil, dados oficiais do SISVAN(4), baseados no índice IMC/idade, demonstram aumento de 0,94%
no risco de sobrepeso, redução de 0,29% no diagnóstico de sobrepeso e de 0,68% no de obesidade,
nos últimos cincos anos, entre crianças na primeira infância, conforme a Figura 1. A prevalência de
excesso de peso reduziu-se em 0,97% neste mesmo período (2009-2013) e atinge cerca de 15% da
população em 2013, valor 56% maior comparado ao encontrado por Rivera et al., em revisão sistemá-
tica de trabalhos em cinco países da América Latina(2). Todas as regiões do país superam prevalên-
cias consideradas aceitáveis (2,3%), sendo a região Nordeste a que apresentou maiores prevalências
de sobrepeso e obesidade (8,4% e 8,5%, respectivamente) no ano de 2013.

Figura 1.: Prevalência (%) de sobrepeso, obesidade e risco para excesso de peso entre
crianças brasileiras menores de cinco anos segundo região geográfica (2009 - 2013)

Risco de sobrepeso Sobrepeso Obesidade

Quando estratificada pelo sexo, os dados de 2013 demonstram maior prevalência de excesso de
peso no sexo masculino (15,9%), em relação ao feminino (14,45%). No entanto, para ambos os sexos
ocorreu redução percentual das prevalências de excesso de peso nos últimos cinco anos. Em relação
ao risco para sobrepeso, entretanto, ambos os sexos apresentaram aumento da prevalência no perí-
odo (de 0,79% para meninos e 1,14% para meninas), reforçando a necessidade de intervenções pre-
coces que corrijam a velocidade de ganho de peso das crianças antes do diagnóstico de sobrepeso.
As regiões Nordeste e Norte se mantêm como as mais prevalentes em casos de excesso de peso para
ambos os sexos, conforme demonstra a Figura 2.

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Figura. 2: Prevalência (%) de excesso de peso em crianças menores de cinco anos


segundo sexo e regiões: 2009 - 2013

Em relação à raça, em 2013 foi verificada maior prevalência de excesso de peso nas crianças indí-
genas (16,87%). Quanto à evolução do excesso de peso no período 2009-2013, observa-se aumento
das prevalências entre as crianças de raça negra (1,16%) e indígena (0,25%) e redução nas raças bran-
ca (0,42%), amarela (1,87%) e parda (0,27%), conforme destacado na Figura 3.

Figura 3: Prevalência nacional de excesso de peso (%) segundo a raça (2009 - 2013)
2009 2013

16,5 16,7 16,4 16,6 16,9


15,9
15,3 14,9 15,3
14,0

Branca Negra Amarela Parda Indígena

Bueno et al. destacam perfil semelhante no único estudo de prevalência (Estudo Nutri-Brasil Infân-
cia) de abrangência nacional nos últimos cinco anos, realizado com 3058 crianças menores de 6 anos
de escolas públicas e privadas. Foi observada prevalência de 7,5% de excesso de peso na população
(Figura 4, Anexo 2), sendo 18% maior entre as crianças de escolas privadas em relação àquelas fre-
quentando escolas públicas (32,2% v 26,3%; p<0,05) (Figura 5, Anexo 2). A tendência para o excesso
de peso é claramente observada na curva de distribuição do estado nutricional das crianças, sobre-
posta à curva referencial, demonstrada na Figura 6 (Anexo 2)(5).

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Figura 4. Estado nutricional e prevalências (%) em crianças menores de cinco anos,


segundo escola pública ou privada: 2013.

Dados comparativos da última Pesquisa de Orçamento Familiar (POF 2008/2009) a respeito do peso
de crianças menores de 10 anos demonstram que a curva de evolução do peso mediano ultrapassa o pa-
drão preconizado pela OMS(6). Há evidências de que os dados de estatura não foram suficientemente
precisos em crianças abaixo de cinco anos de idade, motivo pelo qual a POF não disponibiliza análises do
índice IMC/idade para esta população. Apesar do índice Peso/Idade não ser o preconizado para a avalia-
ção de excesso de peso em crianças, os dados indicam tendência de ganho obtido nas medidas de peso
muito superiores aos ganhos com as medidas das alturas, considerando-se informações de inquéritos do
ENDEF 1974-1975, PNSN 1989 e da POF 2008-2009 (Anexo 3), o que confirma a tendência de excesso
de peso apresentada pelo SISVAN e pelo estudo Nutri-Brasil Infância(5). A curva das crianças residentes
em áreas urbanas ultrapassa o padrão internacional de referência, independente do sexo, enquanto as
crianças residentes nas áreas rurais apresentam curva quase que sobreposta à padrão. Em relação a com-
parações sob o ponto de vista socioeconômico, a POF não disponibiliza dados relacionados ao excesso de
peso nesta faixa etária, dada as razões mencionadas acima. Ainda sim, nota-se forte tendência na redução
de prevalências de déficit de estatura (indicador de desnutrição) com o aumento da renda (8,2% no estra-
to de menor renda para 3,1% no estrato de maior renda), o que denota a forte determinação que a renda
familiar exerce sobre o estado nutricional infantil no Brasil. Entre crianças de cinco a nove anos, entretanto,
dados confirmam a tendência de redução de indicadores de desnutrição e demonstram correlação entre
o excesso de peso e renda: a prevalência de excesso de peso aumentou três vezes em ambos os sexos, do
menor para o maior estrato de renda. Resultados de outros estudos de prevalência de abrangência nacio-
nal e associações com sexo, idade, dados socioeconômicos e territorialidade estão descritos no Anexo 4 e
sugerem que a distribuição da população infantil na primeira infância acompanhe a tendência demonstra-
da pela POF para as crianças maiores.

3. Critérios diagnósticos
O diagnóstico do excesso de peso em crianças se dá através do índice IMC/idade. Entretanto, sabe-se

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que a utilização deste método isoladamente pode subestimar o risco à saúde, uma vez que o IMC não in-
dica distribuição da gordura corporal dos indivíduos, mas somente indica um peso excessivo em relação ao
crescimento linear(7). Neste sentido, é imprescindível avaliar a criança sob diferentes óticas (como dados
de composição corporal relacionados aos níveis de adiposidade central nas crianças, hábitos alimentares
obesogênicos, dados de pressão arterial e resultados bioquímicos), a fim de se triar aquelas em risco para
o excesso de peso e de se planejar ações preventivas e de intervenção precoce.
A adoção de critérios diagnósticos para o excesso de adiposidade em crianças tem se tornado um de-
safio, pois o crescimento e desenvolvimento tecidual e de compartimentos corporais (como massa óssea,
muscular e adiposa, e concentração de água corporal), bem como o amadurecimento sexual caracterís-
ticos da infância dificultam o estabelecimento de padrões antropométricos, especialmente para crianças
menores de cinco anos. Além disso, alguns parâmetros comumente utilizados na avaliação de adultos não
apresentam referências para todos os grupos de idade ou são recomendados para grupos populacionais
específicos, limitando ainda mais os critérios disponíveis(8). Os critérios atualmente sugeridos para
avaliação do estado nutricional e da composição corporal de crianças menores de cinco anos, assim
como para avaliação bioquímica, clínica e alimentar estão descritos no Anexo 5.

4. Fatores de risco e associados


ao excesso de peso na infância
Na infância, alguns fatores são determinantes para o estabelecimento da obesidade: o desmame
precoce, o emprego de fórmulas lácteas inadequadamente preparadas, a introdução precoce de
alimentos não recomendados, o aumento desmedido do ganho de peso gestacional, distúrbios do
comportamento alimentar e inadequada relação familiar(9). As Diretrizes Brasileiras de Obesidade
também(10) descrevem situações que se associam à obesidade, tais como obesidade dos pais, se­
dentarismo, baixo peso e excesso de peso ao nascer, interrupção precoce do aleitamento materno e
fatores relacionados ao crescimento.
Desta forma, o objetivo desta seção é discorrer sobre os principais fatores de risco e associados
ao excesso de peso na primeira infância, demonstrados em conjunto na Figura 7, abaixo, bem como
sugerir indicadores que possam fomentar futuras pesquisas e planos de ação para cada tema.

Figura 7. Fatores de risco e associados ao excesso de peso na primeira infância, diagrama de Ishikawa.

Inatividade
fí­sica

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4.1 PRÉ-NATAL INADEQUADO


O ambiente intrauterino é um fator importante na determinação do quadro de obesidade in-
fantil e adulta. O excesso de adiposidade materna durante a gestação modula o metabolismo fetal,
gerando lipotoxicidade e disfunção endotelial(11, 12). No outro extremo, a desnutrição materna au-
menta a exposição ao cortisol, amadurecendo os tecidos fetais precocemente, favorecendo a res-
trição do crescimento intrauterino (RCIU) e a suscetibilidade à hipertensão, resistência insulínica e
obesidade(13, 14).

Estudos demonstram relação entre peso pré-gestacional, ganho de peso gestacional e presença de
obesidade na primeira infância, bem como entre ganho de peso gestacional insuficiente e risco au-
mentado de prematuridade e baixo peso ao nascer (BPN) e RCIU(12, 15-17). A partir do 2º trimestre
gestacional, ganho de peso materno acima de 500g semanais está associado ao aumento do IMC,
adiposidade, aumento de marcadores inflamatórios, pressão arterial e perfil lipídico nas crianças me-
nores de nove anos. Dislipidemias, aumento da pressão arterial e inflamação também se associaram
ao ganho de peso materno insuficiente(17). Revisão sistemática de 45 artigos(12) aponta associação
positiva entre obesidade pré-gestacional, ganho de peso gestacional excessivo e obesidade na pri-
meira infância. Nota-se carência de estudos brasileiros que relacionem outros fatores relacionados ao
pré-natal, além de BPN, à obesidade no pré-escolar. Outros estudos estão listados no Anexo 6.
No tocante ao histórico materno de planejamento familiar, dados (Anexo 6) demonstram correla-
ção do excesso de peso na primeira infância com avanço da idade e escolaridade materna. Entretanto,
ressalta-se que a gestação na adolescência (ainda de extrema relevância epidemiológica, atingindo
cerca de 20% da população abaixo de 20 anos e totalizando 550 mil partos anuais) gera enorme sus-
cetibilidade aos fatores de risco para a obesidade infantil mencionados acima (prematuridade, BPN
e RCIU), dada a imaturidade fisiológica da mãe, e maior vulnerabilidade socioeconômica(157). Adi-
cionando-se a estes fatores as altas prevalências de obesidade na adolescência atuais, observa-se um
contexto de risco ainda maior, que requer monitoramento e políticas de prevenção constantes. Apesar
da relação entre gestação na adolescência e obesidade materna na vida adulta já ter sido demonstrada
na literatura, conforme documento da Abeso (2013)(158), há escassez de estudos que relacionem a
idade precoce na gravidez ao excesso de peso infantil, especialmente na primeira infância.

Indicadores para utilização em pesquisas

i Peso ao nascer;

i Restrição de Crescimento Intrauterino;

i Velocidade de ganho de peso gestacional;

i Classificação de desnutrição/obesidade materna


prévia.

i % da população participante de programas de


planejamento familiar e prevalência de gestações
adolescentes.

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Planos de ação

i Intervenções nutricionais para promoção do peso


pré-gestacional e ganho de peso durante a gestação
adequados;
i Promoção de atendimento multidisciplinar no pré-
natal e planejamento familiar;
i Estímulo ao pré-natal precoce;
i Mapeamento detalhado da situação no país,
considerando todos os indicadores mencionados.

4.2 ALEITAMENTO MATERNO (AM)


O Ministério da Saúde (MS) recomenda o aleitamento materno exclusivo (AME) até os seis meses
e manutenção da amamentação até os dois anos de idade(18). Entretanto, dados nacionais mostram
mediana de tempo de AME de 1,8 meses. Além disto, o início do processo de desmame ocorre ainda nas
primeiras semanas ou meses de vida, com a introdução de chás, água, sucos e outros leites(19). Cada
mês de AM está associado com redução de 4% no risco de desenvolvimento do excesso de peso(20).
Owen et al.(21) encontraram associação entre AM e redução do risco de obesidade em 16%. Observa-
-se efeito protetor do AM contra a obesidade infantil entre estudos nacionais, listados no Anexo 6. Entre
os mecanismos através dos quais o AM exerce este efeito estão: adequada composição nutricional,
presença de substâncias que modulam a homeostase energética (leptina, adiponectina e grelina), além
de mecanismos hormonais, comportamentais(22) e do imprinting metabólico(23).
As fórmulas infantis são recomendadas quando da impossibilidade da continuidade do AM, de-
vendo satisfazer as necessidades nutricionais do lactente(24). Fórmulas com maior conteúdo pro-
teico podem promover maior ganho de peso, conforme observado por estudo europeu que avaliou
1.138 lactentes saudáveis por 24 meses e apontou que as crianças recebendo fórmulas com maior
teor proteico apresentaram maior IMC nos dois primeiros anos de vida(25). Observou-se em coorte
com lactentes em AM dos zero-seis meses que estes ganharam peso, comprimento e adiposidade
mais lentamente, independentemente da idade de introdução de alimentos sólidos e fatores mater-
nos, em relação aos que recebiam fórmula(26).
Alguns fatores estão associados à interrupção precoce do AME e do AM, como escolaridade ma-
terna inferior a 8 anos e idade inferior a 20 anos, trabalho materno fora do domicílio, a não oferta do
leite materno na primeira hora de vida, uso de chupeta, ausência materna ao pré-natal e ter residência
na área urbana(27-30).

Planos de ação
i Programa de incentivo do AME nos primeiros meses de vida e da manutenção do AM
até os dois anos de idade;
i Investimento para a formação e atualização dos profissionais de saúde;
i Incentivo a Hospitais Amigos da Criança e AM na 1ª hora;
i Melhoria na qualidade da assistência à saúde materno-infantil, ampliação do acesso
ao pré-natal e da rede de proteção às mães que trabalham fora do domicilio são medidas
de extrema importância para o aumento nos índices de aleitamento materno.

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Indicadores para utilização em pesquisas

i Presença de AM;
i Tempo de AME até os seis meses de vida;
i Tempo de AM total;
i Emprego e diluição de fórmulas infantis;
i Ao menos 50% de hospitais do país credenciados como Hospitais amigos da Criança(3).

4.3 ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR


A alimentação da criança nos primeiros anos de vida pode ser um dos fatores de prevenção do
desenvolvimento da obesidade(31). A alimentação complementar é recomendada a partir dos seis
meses, em adequada qualidade e quantidade, frequência e consistência(18), e os alimentos consi-
derados obesogênicos devem ser evitados nos primeiros anos de vida. No entanto, estudos nacio-
nais (Anexo 6) demonstram a precocidade do consumo destes alimentos, aumentando o risco para
o desenvolvimento de obesidade. Este quadro é preocupante, uma vez que as preferências alimenta-
res adquiridas nesta fase poderão perdurar, conforme sugere Skinner (32) em acompanhamento de
crianças dos dois até os oito anos de idade, ao observar que os padrões de preferência e consumo
mantiveram-se dessa idade até os oito anos.
A literatura evidencia a relação entre o consumo excessivo de alimentos e bebidas obesogênicas
e obesidade. Em pré-escolares americanos observou-se associação positiva entre o consumo de be-
bidas adocicadas e IMC, além de risco de 4% de desenvolver sobrepeso a cada 30ml adicionais de
bebidas adocicadas consumidas(33). Crianças com alto consumo de alimentos ricos em energia e
gordura e pobre em fibras apresentou quatro vezes mais risco de desenvolver excesso de adiposidade
corporal nos anos posteriores(34).
Características como baixa escolaridade materna, mães com trabalho fora de casa, presença de
irmãos mais velhos, idade materna inferior a 25 anos, mãe residindo sozinha no momento do nas-
cimento da criança e baixo nível socioeconômico também são associadas ao consumo precoce de
alimentos obesogênicos(35-39).

Indicadores para utilização em pesquisas


i Idade de introdução da alimentação complementar;
i Consumo de alimentos não recomendados por crianças menores de dois anos de idade.

Planos de ação
i Ações de aconselhamento dietético para mães, especialmente nos segmentos
identificados com consumo elevado de alimentos e bebidas com alta densidade
energética;
i Investimentos para a formação e atualização dos profissionais.

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4.4 GANHO DE PESO NO PRIMEIRO ANO DE VIDA


Evidências indicam que o rápido ganho de peso nos primeiros anos de vida pode ser fator de risco
para excesso de peso na infância. Crianças com rápido ganho de peso no primeiro ano de vida apre-
sentaram nove vezes mais chance de serem obesas e 31 vezes mais chance de serem extremamente
obesas durante a primeira infância(40). Outros estudos apontam que crianças no maior quintil de
ganho de peso mensal entre o nascimento e os cinco meses apresentaram maior risco de desenvolver
excesso de peso aos 4,5 anos de idade (OR = 1,8)(41). Matos et al. encontraram associação entre
a velocidade de ganho de peso em diferentes intervalos de idade e ocorrência de excesso de peso
na idade pré-escolar e escolar, com aumento gradativo do risco conforme aumento da idade (até
12 meses RR = 1,36; > 12 a 18 RR = 1,68; > 18 a 24 RR = 2,05; > 24 a 60 meses RR = 2,08)(42).
A relação entre ganho de peso nos primeiros meses de vida e excesso de peso na infância se dá pela
predisposição genética para serem maiores e pelo ambiente, que favorece o ganho de peso excessivo
contínuo. Além disso, o período do nascimento aos seis meses de vida é considerado crítico, já que é
um momento com intensa formação do tecido adipocitário, desenvolvimento de funções endócrinas
e secreção transitória de hormônios com efeitos anabólicos(42). Ressalta-se que o excesso de peso é
o resultado da associação destes fatores(40).

Indicadores para utilização em pesquisas


i Velocidade de ganho de peso nos primeiros anos de vida.

Planos de ação
i Formação e atualização de profissionais de saúde quanto à
importância do acompanhamento constante do estado nutricional e
da velocidade de ganho de peso nos primeiros anos de vida;
i Elaboração de programas de aconselhamento nutricional precoce.

4.5 ALIMENTAÇÃO ESCOLAR INADEQUADA


A promoção da alimentação saudável dentro do ambiente escolar contribui para o controle e di-
minuição da prevalência de excesso de peso(43, 44). No Brasil, o acesso aos alimentos no ambiente
escolar se dá pelas refeições oferecidas pela escola, alimentos trazidos de casa e/ou em cantinas(45).
Estudos mostram que a maioria dos alimentos vendidos nas cantinas escolares é considerada obe-
sogênica, apesar da existência de normas que regulamentem sua venda(44, 45). Escolares brasileiros
que consomem alimentos oferecidos nas cantinas têm 56% maior chance de desenvolver excesso de
peso e 82% maior risco de obesidade(46). Lanches disponíveis nas máquinas automáticas também
foram negativamente associados ao consumo de frutas por adolescentes(45). O planejamento die-
tético das refeições oferecidas no ambiente escolar também tem impacto importante neste cenário:
a literatura internacional demonstra impacto positivo e redução de 47kcal/dia com a redução no ta-
manho das porções oferecidas na escola(44). Bueno et al. demonstraram com 3.058 pré-escolares
brasileiros em regime escolar integral (em que as principais refeições são oferecidas na escola) que
havia consumo excessivo de gorduras saturadas e sódio, insuficiente em fibras e micronutrientes(5).
Outros estudos estão listados no Anexo 6.

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PLANO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA - PROJETO OBSERVATÓRIO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA
Mapeamento da Ação Finalística “Criança com Saúde” - Obesidade Infantil

Ações de educação alimentar e nutricional parecem influenciar nas escolhas alimentares saudá-
veis, especialmente quando realizada de forma continuada e rotineira. Em estudo de intervenção
educacional com escolares, foi encontrado efeito positivo da intervenção na preferência por frutas e
(p=0,048) e no consumo de guloseimas (p=0,043)(44).

Indicadores para utilização em pesquisas


i Cumprimento da legislação dos programas de alimentação escolar e cantina saudável, em
mínimo de 70% dos estabelecimentos do país(3)
i Consumo alimentar do pré-escolar nas dependências da escola;
i Alimentos comercializados nas dependências escolares;
i Números de escolas do país com inclusão de programadas curriculares de educação
nutricional(3).

Planos de ação
i Estabelecimento do porcionamento adequado das refeições pré-escolares;
i Aumento fiscal sobre a venda de produtos obesogênicos;
i Restrição/proibição da presença de máquinas automáticas nas propriedades escolares e/
ou utilização de estratégias alternativas para promoção da alimentação saudável (exemplo,
substituição de máquinas automáticas por máquinas com alimentos saudáveis);
i Fiscalização e monitorização dos programas de alimentação escolar e cantinas comerciais;
i Inclusão de programa curricular de educação nutricional;
i Monitoramento dos estabelecimentos alimentícios ao redor do ambiente escolar
(ambulantes, etc.);
i Não permissão de alimentos externos nas dependências da escola;
i Educação familiar sobre o tipo de refeição que deve ser enviado de casa.

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PLANO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA - PROJETO OBSERVATÓRIO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA
Mapeamento da Ação Finalística “Criança com Saúde” - Obesidade Infantil

4.6 INATIVIDADE FÍSICA



A atividade física na primeira infância atua na regulação do desenvolvimento, prevenção do exces-
so de peso(47), favorece o bom desenvolvimento físico, motor, social e psicológico, adequado balanço
energético, menor adiposidade corporal, melhor densidade óssea e menores níveis de sedentarismo
durante a adolescência e vida adulta(48, 49).
O Instituto de Medicina dos EUA(50) recomenda atividade física não estruturada (brincadeiras
livres e ativas) por 15 minutos a cada hora, e mínimo de 30 ou 60 minutos diários estruturados (pro-
gramas escolares com duração de meio período ou integrais, respectivamente)(47). Já entidades eu-
ropeias recomendam mínimo de 60 minutos de atividade física vigorosa diária(49). Novos Guidelines
internacionais estimam necessidade mínima de 180min de atividades diárias, sem especificar a inten-
sidade ou tipo, maximizando as atividades da criança(48).
Estudos internacionais evidenciam escassez de trabalhos com intervenções neste grupo etário(51).
Diversas revisões sistemáticas demonstram que menos de 60% de pré-escolares atingem os requeri-
mentos mínimos(47, 48, 51). Outros estudos estão listados no Anexo 6.

Indicadores para utilização em pesquisas


i Mínimo de 70% de pré-escolas com programas de estímulo à atividade física(3), segundo
modelo alemão(48): 1) Política de apoio à atividade física descrita em edital, estruturadas
atividades semanais; 2) Mínimo de um profissional de educação física no corpo de professores;
3) Estrutura física adequada; 4) Programa estruturado e aplicado na pré-escola por período
mínimo de dois anos;
i Padrão de atividade física da população pré-escolar: Tempo de atividade física diário e
semanal (atividade física vigorosa, especificando qual atividade, somada a atividades não
estruturadas), uso de marcadores de níveis de atividade física diária (ex. pedômetros ou
acelerômetros);
i Indicadores parentais (questionários voltados aos pais para coleta de informações básicas:
apoio à atividade física, hábitos familiares de atividade física, atividade física compartilhada
entre pais e filhos).

Planos de ação
i Estímulo ao padrão familiar de atividade física;
i Ações estruturadas de estímulo à atividade física no ambiente escolar;
i Treinamento de professores para que possam desenvolver oportunidades de oferta de
atividade física também durante as aulas;
i Programas de estímulo à atividade física nos períodos mapeados como oportunidades de
melhoria (ex: outono e inverno);
i Estímulo a programas que incentivem o transporte ativo (elaboração de políticas que
encorajem o uso de transporte ativo para escola, mantendo o ambiente seguro);
i Mapeamento em diversas regiões do Brasil, utilizando os indicadores propostos pela
literatura.

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PLANO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA - PROJETO OBSERVATÓRIO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA
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4.7 HÁBITOS ALIMENTARES E CRENÇAS FAMILIARES


Os hábitos alimentares da família exercem papel determinante na ingestão alimentar e nas prefe-
rências alimentares das crianças. Mães com alta ingestão de alimentos obesogênicos são mais sus-
ceptíveis a fornecer para seus filhos dieta com características semelhantes(52). Em estudo realizado
com 1.640 crianças, a qualidade da dieta materna foi o fator de maior destaque, responsável por qua-
se um terço da variação na qualidade da alimentação(53). Cartagena et al.(54) observaram em mães
hispânicas três práticas alimentares maternas potencialmente contribuintes para oferta nutricional
excessiva: AM não exclusivo, introdução precoce de alimentos sólidos e a percepção da criança “gor-
dinha” como saudável.
A influência dos pais pode se manifestar através da religião, cultura, comportamentos durante re-
feições, reações diante de determinados alimentos, transmissão de informações sobre os alimentos e
aquisição de gêneros alimentícios específicos(55).

Indicadores para utilização em pesquisas


i Qualidade da dieta materna e paterna de acordo com as
diretrizes alimentares para a faixa etária.
i Excesso de peso materno e paterno.

Planos de ação
i Campanhas de conscientização da importância da
família como modelo de alimentação saudável para a
prevenção do desenvolvimento do excesso de peso.
i Intervenções com objetivo de melhorar a qualidade da
dieta materna.
i Intervenções com o objetivo de reduzir as prevalências
de excesso de peso, principalmente maternas.

4.8 ANTECEDENTES FAMILIARES DE OBESIDADE



A associação entre o excesso de peso da criança e o IMC dos pais é descrita na literatura e consi-
derada fator preocupante, dadas as prevalências alarmantes de sobrepeso e obesidade em adultos.
Dados da POF 2008-2009 mostram prevalência de 48,0% de excesso de peso na população adulta
brasileira(6). Tal associação deve-se aos fatores genéticos e ambientais já mencionados em itens an-
teriores(56). Garn et al. demonstraram que o risco de uma criança ser obesa é de 80% quando os pais
são obesos, de 50% quando um dos genitores é obeso e de 9% quando os pais não são obesos(57).
Estudos nacionais também descrevem esta associação (Anexo 6).

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4.9 INFLUÊNCIA NEGATIVA DA MÍDIA


A televisão, dentre todas as mídias veiculadoras de publicidade, tem poder impactante sobre o
consumidor e seus hábitos de compra. A maioria dos alimentos veiculados em propagandas televisi-
vas é considerada obesogênica: em aná¬lise qualitativa do marketing alimentício, a pirâmide alimentar
reconstruída a partir das propagandas analisadas consta de 60% do grupo de gorduras, óleos e doces,
com ausência de fontes de fibras(58-62).
Na idade pré-escolar, o primeiro pedido por qualquer produto se dá por volta dos dois anos. A faixa
com maior incidência de solicitações do que é veiculado nas propagandas é entre três e seis anos(51,
59, 61, 63). Lang et al. apontam que exposição de apenas 30 segundos a comerciais de alimentos
foi capaz de influenciar escolhas alimentares de pré-escolares(58). Outros trabalhos com crianças e
adolescentes de idades variadas concluíram que cada hora em frente à televisão pode ser associada
ao aumento de 167 kcal no consumo calórico diário total. O cenário brasileiro ainda é permissivo no
tocante às propagandas direcionadas ao público infantil, como mostra o Anexo 6.

Indicadores para utilização em pesquisas


i Número de infrações ao Regulamento Técnico Brasileiro que normatiza os termos das
atividades publicitárias destinadas ao público infantil (Resolução nº 408/2008 do Conselho
Nacional de Saúde);
i Número de infrações à Resolução ANVISA no 24/2010 (lei suspensa em 2013 e sob
discussão atual)

Planos de ação
i Mapeamento de segmentos do marketing que estejam infringindo a legislação (em
diferentes regiões do Brasil, já que as propagandas podem sofrer variação regional);
i Modificação da rigidez no controle do tipo de propaganda e nos produtos veiculados
à programação infantil (diversos países europeus já proibiram propagandas voltadas para
este público) Estímulo à veiculação de programas e propagandas educativas e voltados à
alimentação saudável nas TVs aberta e fechada;
i Restrição de incentivo fiscal às propagandas de alimentos voltados à população infantil na
televisão, rádio e internet.

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5. Prejuízos para a saúde


A preocupação com o excesso de peso na infância relaciona-se à elevada possibilidade de perma-
nência deste quadro na vida adulta (criança obesa aos seis anos de idade apresenta 50% de chance de
tornar-se um adulto obeso, enquanto adolescente tem de 70 a 80% de chance)(64); à correlação com
a presença de síndrome metabólica(65) e permanência na idade adulta(66); e à associação a outras
doenças crônicas não transmissíveis como o diabetes mellitus, hipertensão e dislipidemia ainda em
idades precoces(9, 67, 68). O excesso de peso, adicionalmente, aumenta o risco de distúrbios orto-
pédicos, neurológicos, pulmonares, gastrointestinais, endócrinos, dermatológicos e hepáticos, além
de estar relacionado a diferentes consequências psicossociais como discriminação, imagem corporal
negativa, exclusão social e depressão(2).
Estudo que avaliou 6.328 indivíduos da infância à idade adulta observou que, entre aqueles com
excesso de peso em todo período de acompanhamento, o risco de apresentar diabetes mellitus e hi-
pertensão na vida adulta foi 5,4 e 2,7 vezes maior, respectivamente, do que entre aqueles que tinham
IMC adequado na infância e não eram obesos quando adultos. Ademais, indivíduos com excesso de
adiposidade corporal apresentaram 2,0 vezes mais risco de terem níveis elevados de LDL-colesterol e
triglicerídeos e 3,0 vezes mais risco de apresentarem níveis reduzidos de HDL-colesterol. Entre os in-
divíduos que apresentaram excesso de peso somente na infância, o risco de desenvolver estas doen-
ças foi semelhante aos indivíduos que não apresentaram excesso de peso no período de acompanha-
mento, demonstrando que os efeitos nocivos podem ser consideravelmente reduzidos se a obesidade
infantil for tratada com sucesso(67). Outro aspecto a ser destacado é o grande risco de crianças e
adolescentes classificados como tendo síndrome metabólica continuarem tendo a síndrome quando
adultos(66). Estudo longitudinal com 814 crianças e adolescentes acompanhados por 25-30 anos
observou forte associação entre a presença de síndrome metabólica na vida adulta e o índice de mas-
sa corporal e a presença de síndrome metabólica na infância(69). Ademais, a presença de alterações
metabólicas na infância pode contribuir para a presença de lesões precoces de aterosclerose ainda
nas primeiras décadas de vida, o que pode aumentar as taxas de morbimortalidade na vida adulta por
doenças cardiovasculares(70, 71).

6.Programas, projetos, ações


e/ou políticas públicas em execução
O enfrentamento da obesidade requer a articulação de diferentes setores, envolvendo a produção
e a comercialização de alimentos, assim como a garantia de ambientes que propiciem a mudança de
condutas de indivíduos e sociedades, temas inseridos na Política Nacional de Alimentação e Nutrição
- PNAN(109).
Ações atualmente em execução no Sistema Único de Saúde (SUS) compartilham do mesmo pro-
pósito da Estratégia Global em Alimentação, Atividade Física e Saúde, aprovada em 2004 pela Orga-
nização Mundial de Saúde (OMS) e pela Organização Panamericana de Saúde (OPAS), com firme
apoio do governo brasileiro, que fomentou a necessidade de estratégias integradas para promoção da
alimentação adequada e redução do sedentarismo(111).
Em junho de 2014, a OPAS lançou o “Plano de Ação para prevenção da obesidade em crianças e ado-
lescentes”(3), tendo como objetivo a implementação de políticas efetivas e intervenções nas seguintes
áreas de ação estratégicas: a) proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno e melhoria da prática
da alimentação complementar; b) promoção da alimentação saudável e prática de atividade física no
ambiente escolar; c) regulamentação da publicidade de alimentos; d) estímulo às ações intersetoriais
de promoção da saúde; e) vigilância, pesquisa e avaliação. O plano demanda que os Estados Membros

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da OPAS, incluindo o Brasil, nos próximos cinco anos deem prioridade


à sua implementação, promovendo esforços coordenados entre minis-
térios e instituições públicas, primariamente nos setores de educação,
agricultura, transporte e planejamento urbano, assim como entre as au-
toridades municipais, a fim de atingir um consenso nacional e a sinergia
de ações para parar o crescimento da epidemia de obesidade infantil.
O governo brasileiro vem desenvolvendo ações importantes nes-
tas áreas estratégicas visando o controle da obesidade infantil, so-
bretudo em caráter preventivo, pautado na promoção do aleitamen-
to materno e da alimentação saudável no ambiente escolar, como
apresentado a seguir.

6.1. PROGRAMA DE SEGURANÇA


ALIMENTAR E NUTRICIONAL (SAN)
No contexto do SAN, definida como “a realização do direito de
todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em
quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessi-
dades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras
de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam social,
econômica e ambientalmente sustentáveis”(112), destaca-se a atua-
ção da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SE-
SAN), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate
à Fome. As ações da SESAN são estruturadas em três eixos: produ-
ção, comercialização e consumo. O eixo consumo é responsabilidade
do Departamento de Estruturação e Integração de Sistemas Públicos
Agroalimentares (DEISP), ao qual cabe a gestão de programas de edu-
cação alimentar e nutricional(113). Compreendendo a insegurança
alimentar a partir de diferentes tipos de problemas, como obesidade
e doenças associadas à má alimentação(114), aponta-se a relevância
do desenvolvimento de programas dentro do SAN, em âmbito federal,
para a prevenção da obesidade na primeira infância.

6.2. SISTEMA DE VIGILÂNCIA


ALIMENTAR E NUTRICIONAL (SISVAN)
A vigilância alimentar e nutricional consiste na descrição contínua
e predição de tendências das condições de alimentação e nutrição da
população e seus determinantes. Na atenção básica, dados de peso,
altura e indicadores do consumo alimentar, em diferentes fases da
vida, obtidos nos atendimentos dos estabelecimentos de saúde ou
pela Estratégia de Saúde da Família (ESF), podem ser registrados em
um sistema informatizado, acessado pela internet (SISVAN Web). O
SISVAN permite o monitoramento do sobrepeso e obesidade em ní-
vel municipal, assim como a prevalência de AME e características da
alimentação complementar, segundo faixa etária (menores de seis me-
ses; entre seis e 12 meses; entre 12 e 18 meses; entre 18 e 24 meses;
entre dois e cinco anos; cinco anos ou mais)(4,115).

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6.3. PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL


6.2.1 Ações de proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno
i Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (RBBLH)
INSTITUÍDO EM: 1998.
INSTÂNCIA: Ministério da Saúde, com Centro de Referência Nacional situado no Rio de Janeiro e
articulado com cada Estado.
OBJETIVO:Proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno, desenvolvendo trabalhos para auxi-
liar a mãe no período da amamentação e orientar sobre a saúde da criança.
CONSIDERAÇÔES: A legislação (RDC n0 171) determina que mulheres saudáveis podem doar leite
humano quando apresentarem excesso de leite e não utilizarem medicamentos que impeçam a doa-
ção. O leite doado é selecionado, classificado, pasteurizado e então distribuído aos bebês internados
em unidades neonatais. No ano de 2013, a RBBLH distribuiu mais de 130.000 litros de leite. Também
atua em ensino, pesquisa e desenvolvimento tecnológico(116).

i Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC)


INSTITUÍDO EM: 1990.
INSTÂNCIA: OMS e UNICEF.
OBJETIVO: Proteger, promover e apoiar o aleitamento materno.
CONSIDERAÇÕES: O Brasil foi um dos 12 países escolhidos para fazer parte da iniciativa, cujos
compromissos compreendem a adesão das maternidades certificadas aos “Dez Passos para o Suces-
so do Aleitamento Materno” (Anexo 7) e, no caso do Brasil, à Norma Brasileira de Comercialização de
Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL).

i Semana Mundial da Amamentação (SMAM - 01 a 07 de agosto) e Dia Nacional de Doação


de Leite Humano (01 de outubro)
INSTITUÍDO EM: 1992 (SMAM) e 2003 (Dia Nacional de Doação de Leite Humano).
INSTÂNCIA: WABA – Aliança Mundial de Ação Pró-Amamentação (SMAM) e Ministério da Saúde
(Dia Nacional de Doação de Leite Humano – Portaria n01893, de 2 de outubro de 2003).
OBJETIVO: São instrumentos de marketing social, com potencial de aumentar os índices de aleita-
mento, assim como sensibilizar novas doadoras de leite humano(117).

i Planejamento familiar e atenção pré-natal e puerperal – Rede Cegonha


INSTITUÍDO EM: 2011.
INSTÂNCIA: Ministério da Saúde.
OBJETIVO: Implementar uma rede de cuidados para assegurar às mulheres o direito ao planejamento
reprodutivo e à atenção humanizada na gravidez, parto e puerpério, bem como assegurar às crianças
o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis.
CONSIDERAÇÕES: Entre suas ações, a Rede Cegonha traz a promoção da amamentação na primei-
ra hora de vida e o fortalecimento do vínculo mãe/bebê por meio do contato pele a pele logo após o
nascimento(118, 119).

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i Estratégia Nacional para Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação Complementar


Saudável no SUS - Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil
INSTITUÍDO EM: 2012.
INSTÂNCIA: Ministério da Saúde.
OBJETIVO: Qualificar o processo de trabalho dos profissionais da atenção básica para reforçar e in-
centivar a promoção do aleitamento materno e da alimentação saudável às crianças menores de dois
anos no âmbito do SUS(120).
CONSIDERAÇÕES: Em 2013, foram formados 850 tutores (profissionais de referência responsáveis
em disseminar a estratégia e realizar oficinas de trabalho nas suas respectivas UBS) em 170 UBS en-
volvidas(121).

6.2.2.Ações de promoção da alimentação saudável nas escolas


i Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE):
INSTITUÍDO EM: 1955.
INSTÂNCIA: Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
OBJETIVO: Contribuir para o crescimento, o desenvolvimento, a aprendizagem, o rendimento escolar
dos estudantes e a formação de hábitos alimentares saudáveis. Atende alunos de toda a educação bá-
sica (educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos) matricu-
lados em escolas públicas, filantrópicas e em entidades comunitárias, pela transferência de recursos
financeiros federais para as Entidades Executoras. A intersetorialidade está presente na articulação
entre Educação, Saúde, Agricultura e Desenvolvimento Social.
CONSIDERAÇÕES: As ações voltadas para a prevenção da obesidade envolvem a promoção da ali-
mentação saudável e educação nutricional, sendo o principal instrumento o cardápio. Preconiza-se
que 70% dos recursos sejam destinados com prioridade à aquisição de alimentos naturais ou minima-
mente processados e 30% a aquisições da agricultura familiar. Para as preparações diárias da alimen-
tação escolar, recomenda-se no máximo 10% da energia total proveniente de açúcar simples adicio-
nado; 15 a 30% de gorduras totais; 10% de gordura saturada e 1% de gordura trans. A oferta de doces
e/ou preparações doces ficam limitadas a duas porções/semana, equivalente a 110 kcal/porção.

i Programa Saúde na Escola (PSE):


INSTITUÍDO EM: 2007. Desde 2013, todos os níveis de ensino (incluindo creches e pré-escolas, que
atendem crianças de zero a seis anos) fazem parte do Programa
INSTÂNCIA: Constitui uma política intersetorial da Saúde e Educação
OBJETIVO: As ações propostas pelo PSE incluem: avaliação das condições de saúde (antropometria);
promoção e prevenção da saúde; educação permanente e capacitação dos profissionais; monitora-
mento e análise da saúde dos estudantes; monitoramento e avaliação do programa.
CONSIDERAÇÕES: Em 2013, o número de municípios aderidos foi de 4.861, alcançando mais de 18
milhões de crianças em 80.386 escolas(121).

i Semana Saúde na Escola:


INSTITUÍDO EM: 2012.
INSTÂNCIA: Recursos do Ministério da Saúde repassados às Equipes de Saúde da Família. Recebem

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o incentivo financeiro os municípios que aderiram ao PSE.


OBJETIVO: Mobilização social
CONSIDERAÇÕES: Em 2014, ocorreu entre 07 e 11 de abril e teve como temas práticas corporais,
atividade física e lazer(122).

i Dez Passos para a Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas:


INSTITUÍDO EM: 2004
INSTÂNCIA: Ministério da Saúde
OBJETIVO: Consistem em um conjunto de estratégias que podem ser implantadas no ambiente esco-
lar (Anexo 8), tendo como público alvo gestores e toda a comunidade escolar, incluindo professores e
os profissionais envolvidos com a produção e venda de alimentos na escola. Além de incentivar ações
para promover o consumo de frutas e hortaliças, dando preferência aos alimentos regionais, o docu-
mento apoia a restrição da oferta, da promoção comercial e da venda de alimentos ricos em gorduras,
açúcares e sal nas escolas.

i Acordo de Cooperação entre Ministério da Saúde e Federação Nacional das Escolas Parti-
culares (FENEP):
INSTITUÍDO EM: Abril de 2012.
OBJETIVO: Articular a colaboração para planejamento, execução e avaliação de estratégias voltadas
à promoção da qualidade de vida e prevenção de doenças associadas ao excesso de peso; planejar
e implantar campanhas públicas de comunicação e informação em saúde e qualidade de vida para
a comunidade escolar; e implementar planos de alimentação saudável, com enfoque nas cantinas
escolares.
CONSIDERAÇÕES: O Ministério da Saúde lançou o “Manual das Cantinas Escolares Saudáveis:
promovendo a alimentação saudável”, um guia para os proprietários de cantinas transformarem seus
estabelecimentos em locais de promoção da alimentação saudável, abrangendo desde a higiene dos
alimentos e dos manipuladores até exemplos de lanches variados, nutritivos e equilibrados(123).

O PNAE e o PSE estão inseridos no Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doen-
ças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, 2011-2022, que integra ações intersetoriais. O obje-
tivo é promover o desenvolvimento e implementação de políticas públicas para prevenção e controle das
DCNT, seus fatores de risco e fortalecer os serviços de saúde. Entre as metas nacionais propostas para o
período encontra-se a redução da prevalência de obesidade infantil. Além da promoção da alimentação

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saudável nas escolas, as ações envolvem o aumento da oferta de alimentos saudáveis; acordos com a in-
dústria para redução do sal e do açúcar nos alimentos; redução dos preços de alimentos saudáveis; pela
adoção de medidas fiscais como a redução de impostos e taxas; e a implantação do Plano Intersetorial
de Obesidade com vistas à redução da obesidade na infância e na adolescência(124).
Informações sobre o investimento público e privado em ações relacionadas à obesidade infantil nos
últimos cinco anos encontram-se no Anexo 9.

7. Institutos, Organizações (Públicas, Privadas


ou Não Governamentais), Especializadas em
Programas de Prevenção, Curativos e Informativos
São apresentadas a seguir as principais organizações que desenvolvem programas relacionados
à obesidade infantil, não sendo possível cobrir a totalidade de programas de prevenção, curativos e
informativos encontrados no país. Outros trabalhos desenvolvidos em centros de referência em uni-
versidades brasileiras são mostrados no Anexo10.

7.1 AMIL – PORTAL SAÚDE 360


Lançado em janeiro de 2014 pela operadora Amil, o Movimento Saúde 360 visa à conscientização
e combate à obesidade infantil, reunindo ações de qualificação de profissionais de saúde, relacio-
namento com instituições de ensino e sociedades médicas, eventos para pais, gestantes e crianças,
pesquisas e um site com conteúdo atualizado sobre o tema. Em texto publicado no site, a iniciativa
alerta para o aumento da prevalência de obesidade na primeira infância e a necessidade de oferecer
tratamento multidisciplinar às crianças obesas e sua família, além de políticas públicas dando priori-
dade à educação nutricional, restrição da venda de alimentos não saudáveis e promoção de alimentos
saudáveis, além da prática de atividade física.
Site: www.portalsaude360.com.br

7.2. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA O ESTUDO DA OBESIDADE


E DA SÍNDROME METABÓLICA (ABESO)
Sociedade multidisciplinar, sem fins lucrativos, com a missão de desenvolver e disseminar o conhe-
cimento no campo da obesidade e da síndrome metabólica e promover o contato entre as pessoas
interessadas no assunto, conta com um Departamento de Obesidade Infantil. Publicou as Diretrizes
Brasileiras de Obesidade, em que aborda o diagnóstico e tratamento da obesidade infantil(10).
Site: http://www.abeso.org.br/

7.3. INSTITUTO DA CRIANÇA HCFMUSP


O Instituto da Criança (ICr) Professor Pedro de Alcântara do Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) é uma instituição de assistência, ensino e
pesquisa. O Instituto foi criado pelo Decreto nº 52.481, de 02 de julho de 1970, e iniciou suas ativida-
des em 1976(125). O atendimento especializado em obesidade infantil é realizado no ambulatório de

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Mapeamento da Ação Finalística “Criança com Saúde” - Obesidade Infantil

Nutrologia. O atendimento é feito por equipe multidisciplinar, composta por profissionais das áreas
de Medicina, Nutrição, Serviço Social, Educação Física, Psicologia e Fisioterapia.
Site: http://www.icr.usp.br/

7.4. CENTRO DE ESTUDOS DO LABORATÓRIO


DE APTIDÃO FÍSICA DE SÃO CAETANO DO SUL (CELAFISCS)
Desenvolve diferentes tipos de atividades acadêmicas e de pesquisa, procurando analisar a relação
entre atividade física e saúde. Lidera no Brasil uma pesquisa conduzida em 12 países com o objetivo
de analisar fatores ambientais que contribuem para a obesidade infantil. Na pesquisa, cuja publicação
é prevista para 2015, 500 crianças de 10-11 anos de cada país passam por avaliação de peso, estatura,
gordura corporal e fatores relacionados ao ambiente interno e externo à escola(126).
Site: http://www.celafiscs.org.br/

7.5. CENTRO DE RECUPERAÇÃO


E EDUCAÇÃO NUTRICIONAL (CREN)

Organização sem fins lucrativos que atua nas áreas de saúde, educação e assistência social, com a
missão de enfrentar a desnutrição e a obesidade. Entre suas atividades, o CREN oferece para crianças
e adolescentes obesos avaliação nutricional e monitoramento do crescimento, diagnósticos diferen-
ciados, controle de infecções, educação nutricional, desenvolvimento da capacidade motora e cons-
ciência corporal(127).
Site: www.cren.org.br

7.6. FUNDAÇÃO MARIA CECÍLIA SOUTO VIDIGAL


A Fundação se dedica à promoção do desenvolvimento na primeira infância. Seu objetivo é provo-
car a mudança de comportamento e promover a melhoria da atenção dada às crianças, propiciando
seu desenvolvimento integral e, por consequência, o desenvolvimento da sociedade como um todo.
Um de seus programas é o “Primeiríssima Infância”, que visa qualificar o atendimento das gestantes e
crianças de zero a três anos nos serviços municipais de Saúde, Educação Infantil e Desenvolvimento
Social, incluindo o estímulo ao pré-natal e o apoio e promoção do aleitamento materno, desde a pri-
meira hora de vida.
Site: http://www.fmcsv.org.br/pt-br/Paginas/default.aspx

7.7. HOSPITAL INFANTIL SABARÁ


Parte da fundação sem fins lucrativos José Luiz Setúbal, assim como o Intituto PENSI (Pesquisa
e Ensino em Saúde Infantil), é um dos maiores centros de atendimento pediátrico do Brasil. Em no-
vembro de 2013, inaugurou o Centro de Excelência em Obesidade Infantil, formado por médicos
Endocrinopediatras, Cirurgião Bariátrico, Nutricionista, Psicóloga, Médico do Esporte e Educador
Físico. O trabalho multiprofissional é desenvolvido por meio de planos de cuidados (leve, moderado
ou intensivo), com duração mínima de três meses, tempo necessário para que a orientação implique
em mudança de hábitos de vida(128).
Site: www.hospitalinfantilsabara.org.br

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PLANO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA - PROJETO OBSERVATÓRIO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA
Mapeamento da Ação Finalística “Criança com Saúde” - Obesidade Infantil

7.8. INSTITUTO ALANA


Organização sem fins lucrativos que trabalha em quatro frentes: Comunidade, Educação, Defesa
e Futuro. A área de defesa tem como foco contribuir com as políticas públicas brasileiras que, de
alguma forma, se relacionem com a missão do Alana como, por exemplo, a regulamentação da publi-
cidade dirigida a crianças. O Instituto Alana defende que a exposição de crianças à publicidade de
alimentos sem a vigência da capacidade crítica tem como consequência a construção de hábitos ali-
mentares não saudáveis. Desta forma, esta exposição pode contribuir para o problema da obesidade
infantil(129).
Site: www.alana.org.br

7.9. INSTITUTO MOVERE


Organização sem fins lucrativos criada em 2004 em São Paulo com a missão de prevenir e tratar a
obesidade em crianças, adolescentes e famílias em situação de vulnerabilidade social. Além de aten-
dimentos, realizam a capacitação de profissionais da saúde para atuarem em suas comunidades. O
atendimento consiste em ações educativas três vezes/semana com duração de 2 horas, por meio de
programa de exercícios físicos regulares, reeducação alimentar, cozinha experimental, mudança de
comportamento e acompanhamento de indicadores clínicos, como avaliações antropométricas, nu-
tricionais, psicológicas e aptidão física(130).
Site: www.institutomovere.org.br

7.10. PASTORAL DA CRIANÇA


Organismo de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), atua na orga-
nização da comunidade e na capacitação de líderes voluntários que ali vivem e assumem a tarefa de
orientar e acompanhar as famílias em ações básicas de saúde, educação, nutrição e cidadania. Desde
janeiro de 2013, segue em todo o Brasil metodologia atualizada para avaliação do estado nutricional,
buscando a identificação precoce da obesidade infantil, por meio do Projeto de Vigilância Nutricional
– IMC/Idade. Após o diagnóstico do estado nutricional da criança, os líderes entregam para a mãe
uma cartela com orientações sobre alimentação e prática de atividade física, e os dados coletados são
enviados à coordenação do projeto, para serem armazenados e analisados(131).
Site: www.pastoraldacrianca.org.br

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PLANO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA - PROJETO OBSERVATÓRIO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA
Mapeamento da Ação Finalística “Criança com Saúde” - Obesidade Infantil

7.11. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA


Lançou o projeto “SBC Vai à Escola”, em parceria com a Secretaria de Educação do Estado de São
Paulo, visando à prevenção e promoção da saúde cardiovascular em alunos de seis a 18 anos de ida-
de, por meio de ações de educação para alunos e professores. Em 2013, foram realizadas atividades
de sensibilização e capacitação dos professores, conferências para os profissionais envolvidos nas
atividades relacionadas à alimentação saudável, promoção e prevenção de doenças cardiovasculares
e orientação técnica para os professores de atividade física(132). Em levantamento divulgado em ju-
nho de 2014, após avaliação de 12.187 alunos (48% entre seis e 11 anos de idade), de 123 escolas do
Estado de São Paulo, foi encontrada prevalência de sobrepeso de 19%(133).
Site: www.cardiol.br

7.12. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA


Em 2008, lançou a primeira edição do “Manual sobre Obesidade na Infância e Adolescência”, que
conta com versão revista e ampliada publicada em 2012. O material, dirigido aos profissionais da saú-
de, visa subsidiar o trabalho dos pediatras na prevenção, no diagnóstico e no tratamento da obesidade
infantil no Brasil(1).
Site: www.sbp.com.br

7.13. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO (UNIFESP)


A UNIFESP oferece atendimento multidisciplinar a crianças obesas, com pediatra, nutricionista,
psicólogo e professor de educação física, realizado pelo ambulatório de obesidade da Disciplina de
Nutrologia Pediátrica para aquelas com até 10 anos de idade e pelo Centro de Atendimento e Apoio
ao Adolescente, para as maiores de 10 anos.
Site: http://www.unifesp.br/dped/disciplinas/nutricao/assist.html
http://www.caaa.unifesp.br/index.php

8. Leis Normativas Sobre O Tema (Esfera


Federal) E Outras Específicas (Estaduais)
Aqui serão apresentadas leis que abordam a prevenção e/ou controle da obesidade na primeira
infância. Projetos de lei sobre o tema são detalhados no Anexo 11.

8.1. PROTEÇÃO, PROMOÇÃO E APOIO


AO ALEITAMENTO MATERNO

i Portaria n0 1.920, 5 de setembro de 2013(134): Institui a Estratégia Nacional para Promoção do


Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável no Sistema Único de Saúde (SUS) - Es-
tratégia Amamenta e Alimenta Brasil. Entre seus objetivos, a estratégia pretende contribuir para a me-
lhora no perfil nutricional da alimentação das crianças, com a diminuição de deficiências nutricionais,
de baixo peso e de excesso de peso.

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PLANO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA - PROJETO OBSERVATÓRIO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA
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i Lei n0 11.770, de 09 de setembro de 2008(135): Cria o Programa Empresa Cidadã, destinado à


prorrogação da licença-maternidade mediante concessão de incentivo fiscal, e altera a Lei nº 8.212,
de 24 de julho de 1991. Esta norma prorroga a licença-maternidade de quatro para seis meses de for-
ma facultativa, com direito à remuneração integral.
i Lei n0 11.265, de 03 de janeiro de 2006(136): Regulamenta a comercialização de alimentos para
lactentes e crianças de primeira infância e também a de produtos de puericultura correlatos. Visa con-
trolar a publicidade indiscriminada dos alimentos e produtos que concorrem com a amamentação.
i Portaria n0 2.051, de 08 de novembro de 2001(137): Norma Brasileira de Comercialização de
Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras. O objetivo
é contribuir para a adequada nutrição dos lactentes e das crianças de primeira infância por intermé-
dio da regulamentação da promoção comercial e orientações do uso apropriado dos alimentos, bem
como do uso de mamadeiras, bicos e chupetas; da proteção e incentivo ao AME nos primeiros seis
meses de vida; e da proteção e incentivo à continuidade do aleitamento materno até os dois anos de
idade, após a introdução de novos alimentos na dieta dos lactentes.

8.2. PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO


SAUDÁVEL NAS ESCOLAS

i Lei n0 12.982, de 28 de maio de 2014(138): Altera a Lei no 11.947, de 16 de junho de 2009


(PNAE), para determinar o provimento de alimentação escolar adequada aos alunos portadores de
condição ou de estado de saúde específico. Determina que seja “elaborado cardápio especial com
base em recomendações médicas e nutricionais, avaliação nutricional e demandas nutricionais dife-
renciadas, conforme regulamento”.
i Resolução n026, de 17 de junho de 2013(139): Dispõe sobre o atendimento da alimentação es-
colar aos alunos da educação básica no âmbito do PNAE. O capítulo V aborda as ações de educa-
ção alimentar e nutricional e de segurança alimentar, determinando a competência ao nutricionista
responsável técnico de realizar o diagnóstico e acompanhamento nutricional dos estudantes, assim
como planejar o cardápio da alimentação escolar de acordo com a cultura alimentar, o perfil epide-
miológico da população atendida e a vocação agrícola da região.
i Portaria Interministerial n0 1.010, de 08 de maio de 2006(140): Institui as diretrizes para a Pro-
moção da Alimentação Saudável nas Escolas de educação infantil, ensino fundamental e nível médio
das redes públicas e privadas, em âmbito nacional. Suas diretrizes baseiam-se em ações de educação
nutricional; estímulo à produção de hortas escolares; restrição ao comércio e à promoção comercial
no ambiente escolar de alimentos e preparações com altos teores de gordura saturada, gordura trans,
açúcar e sal livres e incentivo ao consumo de frutas, legumes e verduras.
i Lei n0 14.830, de 13 de julho de 2012 (Estado de São Paulo)(141): Cria o Programa Nutricional
em escolas públicas com o intuito de prevenir a obesidade infantil. A lei prevê a contratação de nu-
tricionistas para elaborar programas nutricionais. Resultados de sua implementação ainda não foram
divulgados.
i Lei n0 15.265, de 18 de agosto de 2010 (Estado de Santa Catarina)(142): Autoriza o Poder Execu-
tivo a instituir o Programa de Prevenção e Tratamento da Obesidade Infantil nas instituições de ensino
públicas e privadas do Estado de Santa Catarina. Entre os critérios do programa estão a avaliação do
estado nutricional e do condicionamento físico dos escolares, a instituição da alimentação saudável e
adequada no ambiente escolar e ações educativas.

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PLANO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA - PROJETO OBSERVATÓRIO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA
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8.3. REGULAMENTAÇÃO DA COMERCIALIZAÇÃO


DE ALIMENTOS EM CANTINAS ESCOLARES

i Lei n0 5.146, de 19 de agosto de 2013 (Distrito Federal)(143): Estabelece diretrizes para a


promoção da alimentação saudável nas escolas da rede de ensino do Distrito Federal. Proíbe a
comercialização nas cantinas escolares das redes pública e privada de ensino de: balas, pirulitos,
gomas de mascar, biscoitos recheados; refrigerantes e sucos artificiais; salgadinhos industrializa-
dos; frituras em geral; pipoca industrializada; bebidas alcoólicas; alimentos industrializados cujo
percentual de calorias provenientes de gordura saturada ultrapasse 10% (dez por cento) das ca-
lorias totais;
i Lei n0 4.320, de 26 de fevereiro de 2013 (Mato Grosso do Sul)(144): Proíbe a comercialização,
confecção e distribuição de produtos que colaborem para acarretar riscos à saúde ou à segurança ali-
mentar dos consumidores, em cantinas e similares instalados em escolas públicas situadas no Estado
de Mato Grosso do Sul. Proíbe: salgadinhos, guloseimas e refrigerantes e alimentos com excesso de
gordura saturada ou sódio, e determina que as cantinas disponibilizem alimentos ricos em micronu-
trientes e fibras e de densidade energética baixa ou intermediária, tais como sucos naturais de fruta,
leite, iogurte, bebidas à base de soja, água de coco, lanches preparados com recheios de frutas, legu-
mes, verduras ou queijos e carnes magras, salgados de forno, bolos simples, pães integrais, barra de
cereais, saladas cruas e frutas sazonais in natura.
i Lei n0 13.027, de 16 de agosto de 2008 (Estado do Rio Grande do Sul)(145): Dispõe sobre a co-
mercialização de lanches e de bebidas em escolas no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul e dá
outras providências. Determina que alimentos tais como frutas, saladas, sucos naturais e sanduíches
serão ofertados com maior evidência nos bares e nas cantinas das escolas e proíbe alimentos e bebi-
das que contenham, em sua composição química, nutrientes que sejam comprovadamente prejudi-
ciais à saúde.
i Lei n0 14.855, de 19 de outubro de 2005 (Estado do Paraná)(146): Dispõe sobre padrões técnicos
de qualidade nutricional a serem seguidos pelas lanchonetes e similares, instaladas nas escolas de
ensinos fundamental e médio, particulares e da rede pública. Proíbe a comercialização de balas, pi-
rulitos, chocolates, refrigerantes, sucos artificiais, salgados fritos, biscoitos recheados. Pela lei, as lan-
chonetes devem instalar mural, em local visível, para divulgar informações sobre qualidade nutricional
dos alimentos vendidos e orientar a formação de hábitos saudáveis de alimentação.
i Lei n0 4.508, de 11 de janeiro de 2005 (Estado do Rio de Janeiro)(147): Proíbe a comercialização,
aquisição, confecção e distribuição de produtos que colaborem para a obesidade infantil, em bares,
cantinas e similares instalados em escolas públicas e privadas do Estado do Rio de Janeiro.
i Lei n0 12.061, de 18 de dezembro de 2001 (Estado de Santa Catarina)(148): Dispõe sobre crité-
rios de concessão de serviços de lanches e bebidas nas unidades educacionais, localizadas no Estado
de Santa Catarina. Foi a primeira lei estadual de controle da venda de alimentos nas cantinas. Proíbe as
cantinas de escolas públicas e particulares de venderem guloseimas e refrigerantes e determina que o
estabelecimento coloque à disposição dos alunos dois tipos de frutas sazonais.

As experiências estaduais de regulamentação da venda de alimentos nas cantinas apontam um


possível caminho para a implementação de uma lei de proteção na esfera federal, com orientações e
medidas de fiscalização de sua execução.

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8.4. REGULAÇÃO E CONTROLE DE ALIMENTOS


i RDC n0 24, de 15 de junho de 2010(149): Dispõe sobre a oferta, propaganda, publicidade, in-
formação e outras práticas correlatas cujo objetivo seja a divulgação e a promoção comercial de ali-
mentos considerados com quantidades elevadas de açúcar, de gordura saturada, de gordura trans, de
sódio, e de bebidas com baixo teor nutricional. Após sua publicação, a ABIA (Associação Brasileira
das Indústrias de Alimentação) moveu uma ação e, em fevereiro de 2013, desembargadores do Tri-
bunal Regional Federal (TRF) confirmaram a suspensão da resolução, alegando que não compete à
ANVISA a regulamentação da publicidade de alimentos.
i Resolução CNS n0 408, de 11 de dezembro de 2008(150): Aprova diretrizes para a promoção da
alimentação saudável com impacto na reversão da epidemia de obesidade e prevenção das doenças
crônicas não transmissíveis (Anexo 12), incluindo a regulamentação da publicidade e da práticas de
marketing de alimentos direcionadas ao público infantil.
i Lei n0 14.677, de 29 de dezembro de 2011 (Estado de São Paulo)(151): Obriga as redes de “fast
food” a informar aos consumidores o valor nutricional dos alimentos comercializados. As informações
da quantidade de carboidratos, proteínas, gorduras e sódio, bem como o valor calórico, deverão estar
impressas nas embalagens individuais, quando possível, ou em cardápios, cartazes, “folders” e tabelas
afixadas com destaque em local visível nos locais de venda.
i Projeto de lei 5921/2001(152): Acrescenta parágrafo ao art. 37, da Lei nº 8.078, de 11 de se-
tembro de 1990, que “dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências”, proibindo
a publicidade/propaganda para a venda de produtos infantis. Após longa tramitação na Câmara dos
Deputados, a emenda foi encaminhada para publicação em setembro de 2013. No final de 2013, o
Instituto Alana e o CONANDA (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente) en-
viaram notas públicas em apoio à regulação da publicidade infantil e repúdio à demora na apreciação
e tramitação deste. Aprovado em abril de 2014, o projeto, polêmico na internet devido ao temor de
que venha a prejudicar as produções culturais destinadas às crianças, ainda não possui status de lei.

8.5. MOBILIZAÇÃO SOCIAL E CONSCIENTIZAÇÃO

i Lei n0 11.721, de 23 de junho de 2008(153): Institui o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade,


celebrado anualmente no dia 11 de outubro, com o objetivo de conscientizar a população sobre a
importância da prevenção da obesidade.
i Lei n0 5.145, de 19 de agosto de 2013 (Distrito Federal)(154): Institui a Semana de Combate à
Obesidade Infantil no âmbito do Distrito Federal, realizada na segunda semana do mês de outubro,
durante a qual podem ser desenvolvidas, especialmente nos estabelecimentos públicos e particulares
de ensino, palestras, debates, seminários, entre outros eventos relacionados ao tema.
i Lei n0 5.149, de 19 de agosto de 2013 (Distrito Federal)(155): Dispõe sobre a Campanha de Com-
bate e Prevenção à Obesidade Infantil nas escolas das redes pública e particular de ensino. Tem por
objetivo conscientizar a população, por meio de procedimentos informativos e educativos, sobre os
males provocados pela obesidade infantil, suas causas, consequências e as formas de evitá-la. Mem-
bros da Sociedade Brasileira de Pediatria, nutricionistas, membros da ABESO, bem como pessoas
com conhecimentos específicos em áreas relativas à questão da obesidade, podem ser convidados a
participar da definição dos procedimentos informativos e educativos relativos à Campanha.

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9. Conclusões
A obesidade é uma doença crônica e multifatorial caracterizada pelo acúmulo de tecido gorduroso
e com risco substancial à saúde, que vem apresentando prevalências alarmantes em crianças menores
de cinco anos no Brasil. Seu diagnóstico deve ser apoiado em diferentes critérios que considerem a
distribuição de gordura corporal, além do ganho ponderal da criança, hábitos alimentares e marca-
dores bioquímicos indicativos de síndrome metabólica. Da mesma maneira, tanto prevenção quanto
tratamento devem estar pautados nos diversos fatores que propiciam este quadro, como hábitos de
vida e atividade física, alimentação escolar, educação e orientação familiar, cuidados durante o pré-
-natal, alimentação adequada nos primeiros anos de vida e influência da mídia sobre os hábitos de
consumo. Ressalta-se que existem poucas políticas públicas e iniciativas voltadas à saúde e nutrição
especificamente na primeira infância, uma vez que estas focam, sobretudo, a faixa etária escolar. As
ações na primeira infância são ainda restritas à promoção, apoio e proteção do aleitamento materno e
nota-se carência de ações envolvendo pais, cuidadores, berçários, creches e os demais responsáveis
pela alimentação da criança, as quais seriam relevantes por se tratar de um período especial quanto
à formação das preferências alimentares, capazes de influenciar as escolhas alimentares no curso de
vida do adulto(156).
Assim, recomenda-se: 1) o acompanhamento multiprofissional precoce e constante já nos primeiros
anos de vida para prevenção da doença e, quando da presença da mesma, tratamento precoce para
minimizar o grau de dificuldade de reversão do quadro; 2) investimentos em estudos de espectro na-
cional abrangente e em regiões geográficas identificadas com escassez de dados (Norte, Nordeste e
Centro-Oeste), cujo objetivo seja verificar as prevalências e os fatores associados e de risco à obesidade
na Primeira Infância. Os dados epidemiológicos, assim como a identificação dos fatores associados ao
excesso de peso, permitirão estabelecer ações preventivas e terapêuticas eficazes contra esta doença,
incluindo o desenvolvimento de políticas públicas efetivas, de caráter intersetorial; 3) o desenvolvimen-
to de programas de prevenção com envolvimento multiprofissional, utilizando metodologias variadas
(capacitação profissional, palestras, campanhas, grupos de discussão, orientação individualizada, etc.)
para a promoção da alimentação complementar adequada e à prática de atividade física.

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Anexos

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Mapeamento da Ação Finalística “Criança com Saúde” - Obesidade Infantil

Anexo 1 - Epidemiologia do excesso de peso


na Primeira Infância. Dados do Sistema de
Vigilância Alimentar e Nutricional – 2014, Brasil.

Figura 1.: Prevalência (%) de sobrepeso, obesidade e risco para excesso de peso entre
crianças brasileiras menores de cinco anos segundo região geográfica (2009 - 2013)

Risco de sobrepeso Sobrepeso Obesidade

Figura. 2: Prevalência (%) de excesso de peso em crianças menores de cinco anos


segundo sexo e regiões: 2009 - 2013

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Figura. 3: Prevalência nacional de excesso de peso (%) segundo raça: 2009-2013

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PLANO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA - PROJETO OBSERVATÓRIO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA
Mapeamento da Ação Finalística “Criança com Saúde” - Obesidade Infantil

Anexo 2 - Epidemiologia do excesso de peso na


Primeira Infância. Dados do Estudo Nutri-Brasil
Infância – 2013, Brasil (5).

Figura 4. Estado nutricional e prevalências (%) em crianças menores de


cinco anos: 2013.

Figura 5. Estado nutricional e prevalências (%) em crianças menores de cin-


co anos, segundo escola pública ou privada: 2013.

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Anexo 2 - Epidemiologia do excesso de peso na


Primeira Infância. Dados do Estudo Nutri-Brasil
Infância – 2013, Brasil. (continuação)

Figura 6. Distribuição do estado nutricional em crianças menores de cinco anos


em comparação à curva de referência: 2013.

(Crianças menores de 5 anos)

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Mapeamento da Ação Finalística “Criança com Saúde” - Obesidade Infantil

Anexo 3 - Evolução do peso de crianças até nove


anos de idade, em comparação ao padrão OMS,
segundo sexo e idade, períodos 1974-1975, 1989 e
2008-2009. POF 2008-2009, Brasil.

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PLANO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA - PROJETO OBSERVATÓRIO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA
Mapeamento da Ação Finalística “Criança com Saúde” - Obesidade Infantil

Anexo 4 - Estudos Nacionais de prevalência de


excesso de peso em crianças menores de cinco anos.

Desenho Variáveis
Referência Objetivo População Resultados
do estudo analisadas
i Prevalência de risco de
sobrepeso: 19,9%
Avaliar a 447 pré-
i Prevalência de
prevalência de escolares com
Nascimento sobrepeso: 4,9%
excesso de peso idades entre IMC/I, P/E, E/I
et al. 2012 i Prevalência de
em crianças de Transversal dois e três e P/I (OMS
(Taubaté, obesidade: 4%
dois e três anos anos (amostra 2006), segundo
SP) (72) i Não houve diferença
em creches randomizada e idade e sexo.
municipais. probabilística). significante entre
destruição de IMC/I,
segundo sexo.
Avaliar estado
nutricional i Prevalência de
P/I, P/E, E/I
de crianças obesidade: 6,1%
Pinho et (CDC 2000)
matriculadas em 735 crianças com i Não foram observadas
al. 2010 segundo
creches da rede Transversal idades entre um diferenças no estado
(Bezerros, idade e sexo,
pública de ensino e sete anos. nutricional das crianças de
PE) (73) territorialidade
do município creches de área urbana e
(urbana x rural)
de Bezerros, rural, ou quanto ao sexo.
Pernambuco.
i Prevalência de excesso
Verificar peso e de peso: 10%
altura associados
IMC/I, P/E, E/I e i Mediana do aleitamento
a variáveis
Bernardi P/I (OMS 2006) materno exclusivo foi de
sociodemográficas 2.857 crianças
et al., 2009 segundo idade 90 dias.
de crianças Transversal com até dois
(Campinas, e sexo, variáveis i Nas crianças entre
menores de dois anos de idade.
SP) (74) econômicas e nove e 11 anos, cuja mãe
anos, de acordo
demográficas. estudou, o peso foi menor,
com aleitamento
materno. bem como nos filhos de
mães desempregadas.
i No RS, o excesso de
Estudar
peso foi de 14,4% e em SC,
prevalência
de 7,5%;
e fatores
associados ao 4.914 crianças IMC/I (OMS i As variáveis que
excesso de peso (RS 2.578 e 2006) segundo apresentaram associação
Schuch et com o excesso de peso
em crianças SC 2.336) com idade e sexo,
al., 2013 (RS Transversal foram: nº de moradores
matriculadas nas idades entre variáveis
e SC) (75) no domicílio, escolaridade
escolas públicas quatro e seis econômicas e
dos estados do anos. demográficas materna, situação conjugal,
Rio Grande do nº de filhos, idade materna
Sul (RS) e Santa ao nascimento do primeiro
Catarina (SC). filho, idade gestacional e o
peso ao nascer.

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Mapeamento da Ação Finalística “Criança com Saúde” - Obesidade Infantil

Investigar a
prevalência do
excesso de peso
IMC/I (OMS
e sua associação i Prevalência de risco de
2006) segundo
com fatores sobrepeso: 19,9%
Moreira et 963 crianças idade e sexo,
socioeconômicos,
al., 2012 menores de variáveis i Prevalência de
biológicos e Transversal
(Alagoas, cinco anos de econômicas e sobrepeso: 6,5%
maternos, em
AL) (76) idade demográficas i Prevalência de
menores de
e adiposidade obesidade: 2,1%
cinco anos da
central na mãe.
região semiárida
do estado de
Alagoas.
Indicador peso i Prevalência de excesso
para altura, de peso no país de 6,5%.
sexo, situação Maiores prevalências foram
Descrever
1.735 crianças de do domicílio observadas nas regiões Sul
prevalência de
zero a 24 meses macrorregiões (10,0%) e Centro-Oeste
excesso de peso
(910 meninos, brasileiras, (11,1%), nas famílias com
Cocetti et obtida na PNDS
825 meninas). escolaridade renda per capita superior a
al., (macror- 2006, analisar
Dados da Pesquisa materna, idade da um salário mínimo (11,8%),
regiões sua evolução Transversal
Nacional de mãe, renda per nas classes sociais de maior
brasileiras) no período de
Demografia e capita, aleitamento poder aquisitivo (9,7%);
2012 (77) 1989 a 2006
Saúde da Criança materno exclusivo, i A prevalência de excesso
e identificar
e da Mulher de peso ao nascer, de peso entre crianças
os fatores
2006. segurança abaixo de dois anos reduziu
associados.
alimentar e 3% e, entre dois a cinco
nutricional. anos, aumentou em 4,7%,
nos últimos 17 anos.
i Prevalência de excesso
de peso foi de 8,1% para o
Estado e 9% para a região
metropolitana de Recife (PE).
i Interior urbano e rural:
prevalências de 9,7 e 6,8%,
respectivamente.
Identificar a
prevalência do i Maiores prevalências
excesso de peso IMC/I (OMS de excesso de peso foram
e sua associação 2006) segundo observadas entre crianças
com as condições 954 pré-escolares idade e sexo, pertencentes a famílias
Menezes com melhores condições
socioeconômicas, menores de cinco variáveis
et al.; 2011 Transversal socioeconômicas: maior
ambientais, bens anos (amostra econômicas e
(PE) (78) renda familiar per capita e
de consumo, probabilística) demográficas,
estado nutricional e adiposidade nível de escolaridade, acesso
materno e central na mãe. a bens de consumo, melhores
assistência à saúde condições de moradia e
em pré-escolares. saneamento básico e de
assistência à saúde.
i Escolaridade materna,
bens de consumo e o índice
de massa corporal da mãe
foram os fatores que melhor
explicaram o excesso de
peso das crianças.

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PLANO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA - PROJETO OBSERVATÓRIO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA
Mapeamento da Ação Finalística “Criança com Saúde” - Obesidade Infantil

Estimar i Prevalência de excesso


prevalências de 1.214 crianças de peso foi de 6,7%
IMC/I (OMS
desnutrição e menores de cinco i Variáveis
2006) segundo
excesso de peso anos (amostra socioeconômicas ou
idade e sexo,
Chagas et em menores de representativa recebimento de bolsa
variáveis
al.; 2013 cinco anos e Transversal dos seis família não estiveram
econômicas e
(MA) (79) sua associação municípios associados à desnutrição
demográficas,
com fatores maranhenses ou ao excesso de peso.
e adiposidade
socioeconômicos, com mais de cem i A prevalência de excesso
central na mãe.
sanitários e mil habitantes) de peso foi superior à
demográficos desnutrição.
i Prevalência de risco de
excesso de peso foi de 11%
no sexo feminino e 15% no
masculino;
i Prevalência de excesso
Avaliar o estado de peso foi de 6% no sexo
IMC/I (OMS
Marim et nutricional de feminino e 8% no masculino;
619 crianças 2006) segundo
al.; 2012 pré-escolares i Comprimento ao nascer
Transversal menores de idade e sexo,
(Ribeirão através de
cinco anos dobras cutâneas tendeu a ser maior no
Preto, SP) (80) medidas
e circunferências. grupo de excesso de peso
antropométricas. (p=0,22) e o peso ao nascer
variou significativamente
(p=0,04) entre os grupos,
sendo menor no grupo de
crianças com baixo IMC
para a idade.

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Anexo 5 – Métodos para diagnóstico do excesso de


peso em crianças menores de cinco anos.

ANTROPOMÉTRICO
Classificação do Estado Nutricional
(Curvas e pontos de corte OMS e MS: disponibilizados pelo SISVAN).
i Índice de massa corporal para idade (IMC/idade): Validado como indicador de gordura cor-
poral total nos percentis superiores, além de proporcionar continuidade em relação ao indicador
utilizado entre adultos.
i Peso para estatura (P/E): Identifica o emagrecimento e o excesso de peso da criança, porém
não é empregado em outras fases da vida.

Composição Corporal
i Dobras cutâneas: Relacionam tecido subcutâneo à gordura corporal. Dobras tricipital e subes-
capular são utilizadas para crianças, isoladamente ou somadas (excesso de adiposidade > p90)(81).
i Circunferência do braço: Soma das áreas de tecidos ósseo, muscular e gorduroso. Referências
e pontos de corte disponibilizados pela OMS a partir de três meses a cinco anos de idade (risco de
doenças > p95)(82).
i Área gordurosa do braço: Estima reserva de tecido adiposo através de fórmula que considera
a circunferência do braço e a dobra cutânea tricipital (excesso de peso > p90)(81).
i Circunferência abdominal: Reflete adiposidade central e risco cardiovascular (risco de doen-
ças > p90). Sugere-se corte proposto por Freedman(83) e disponibilizado pela Sociedade Brasileira
de Pediatria a partir de cinco anos(84).Taylor et al. sugerem referências a partir dos três anos (risco de
doenças ≥ P80)(85).
i Relação cintura-estatura e circunferência do pescoço: Relacionam-se a adiposidade central
e risco cardiovascular, com referências americanas para circunferência do pescoço(86). Para relação
cintura-estatura sugere-se corte semelhante ao de adultos (normalidade < 0,5)(7, 87-90).
i Impedância bioelétrica: Determina massa livre de gordura e quantidade de água corporal. Em
crianças abaixo de sete anos não é recomendada devido à dificuldade de aplicação da metodologia
e exatidão de resultados obtidos (dadas as rápidas mudanças e variabilidade de fluidos corporais
nesta fase)(8, 84).
i Absorciometria por dupla emissão de raios-X (dxa): Padrão ouro de avaliação dos compar-
timentos corporais, através de raios-X. Não há dados de referência para crianças abaixo de sete
anos(84).
i Ultrassom: O método apresenta boa correlação com dobras cutâneas para estimativa de gordu-
ra corporal, porém ainda sem fórmulas preditivas para crianças e adultos(91).

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BIOQUÍMICOS

Auxiliam na avaliação de risco, identificação e seguimento de morbidades associadas ao excesso de


peso. Cada marcador bioquímico deve seguir a referência apropriada para a faixa etária e sua inter-
pretação depende da fase de resposta inflamatória da criança. A Sociedade Brasileira de Pediatria
(83)
recomenda:
i Marcadores inflamatórios e proteínas: Albumina, pré-albumina, proteína transportadora de
retinol, proteína C reativa, ferritina, fibrinogênio, transferrina.
i Vitaminas e oligoelementos: Vitamina E, C, A, D, zinco, B12, B6 e folato.
i Perfil lipídico: Realizado em crianças a partir de 2 anos, (abaixo desta idade não há dados de re-
ferência). Recomenda-se avaliar colesterol total e frações (HDL-C, LDL-C, VLDL-C) e triglicerídeos.
i Metabolismo glicídico: Apesar de diversas possibilidades de avaliação, a SBP preconiza a gli-
cemia de jejum e o teste de tolerância oral a glicose em dois pontos. O índice HOMA é também
utilizado para avaliação de resistência insulínica (obtido através de fórmula apoiada na insulinemia
e a glicemia de jejum), com ponto de corte ainda não consensual, motivo pelo qual a SBP o utiliza
de forma complementar.

PRESSÃO ARTERIAL E SÍNDROME METABÓLICA

i Pressão Arterial: Utilizada para a avaliação de risco de crianças acima de três anos, (norma-
lidade < p90) de acordo com sexo, idade e estatura, em manual disponibilizado pela SBP(84). Em
crianças com excesso de peso, a prevalência pode ser entre duas e seis vezes maior, intensificando
necessidade de triagem precoce(92).
i Síndrome metabólica: Conjunto de fatores de risco para doença cardiovascular e diabetes tipo
2. Não há consenso para este diagnóstico em crianças, não havendo recomendações diagnósticas
para crianças na primeira infância. No entanto, a abordagem para os fatores de risco metabólico
permite ações preventivas(93).

ALIMENTAR

Hábitos e práticas alimentares considerados como risco para o excesso de peso devem ser identi-
ficados e corrigidos o mais precocemente possível. Deve-se monitorar o excesso de consumo de
sódio (2000mg/dia), ácidos graxos saturados (máx. 10%), trans (mínimo possível), colesterol (máx.
300mg/dia), percentuais de consumo de carboidratos (45-65% diário), açúcares (máx. 10%) e esti-
mular o consumo de fibras (idade + 5g), proteínas magras (5-20%), fontes de ômega 3 (mín. 200mg
DHA/dia) e perfil adequado ômega 6: ômega 3 (mín. 5:1), consumo adequado de fontes de vita-
minas e oligoelementos, de acordo com diretrizes propostas pela OMS, IOM e MS (2005)(94, 95). O
MS propõe também o “Guia alimentar para crianças menores de dois anos: dez passos para uma
alimentação saudável”, que apresenta tais diretrizes detalhadamente, aplicadas para esta faixa etária
(incluindo práticas de aleitamento materno)(18).

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Anexo 6 - Estudos Nacionais que avaliaram


fatores de risco e associados ao excesso de peso na
Primeira Infância.
Desenho Variáveis
Referência Objetivo População Resultados
do estudo analisadas
Pré Natal inadequado
Sexo, idade, cor da
pele, peso ao nascer,
i Maior quantidade de moradores
idade gestacio¬nal,
no domicílio, menor escolaridade
aleitamento materno
materna e maior idade materna
total, estado
associados a maior a prevalência
da residência,
Schuch et al., Estudar a prevalência e de obesidade;
4.914 crianças entre escolaridade materna,
(Rio Grande do fatores associados ao
quatro e seis anos número de filhos, i Prevalência de obesidade
Sul, RS; Santa excesso de peso em Transversal
(sendo 2.578 no RS, e idade materna, 5x maior entre peso ao nascer
Catarina, SC) crianças matriculadas
2.336 em SC) situação conju¬gal, > 4.000g em relação ao BPN
2013(75) em escolas públicas.
número de pessoas no (p=0,001);
domicílio, número de
i Prevalência de obesidade 40%
cômodos, localização
maior entre nascidos a termo em
da residência, tipo de
relação a prematuros (p=0,001).
escola e o turno de
estudo.
i 40% população pré-escolar;
i Total: Prevalência de 6,7%
Analisar o perfil sobrepeso; 9 % BPN
Felisbino-
nutricional de crianças Sexo, idade, IMC
Mendes et al., 1.322 crianças entre i 42% das crianças menores de seis
menores de 10 anos Transversal (segundo critério
(Ferros, MG) 0 e 10 anos meses em AME
cadastradas no NCHS)
2010(96)
SISVAN i Resultados provavelmente
subestimados devido a critério de
análise NCHS
i 26,6% de sobrepeso ou
obesidade pré-gestacional
i 35,8% ganho de peso acima do
Avaliar fatores
recomendado
sociodemográficos,
1.287 mulheres no
Marano et al., comportamentais, Estado nutricional pré- i Mulheres hipertensas (OR=2,1;
primeiro trimestre
(Rio de Janeiro, reprodutivos e Coorte pros- gestacional, ganho IC95% 1,4–3,1), com sobrepeso
de gestação,
RJ) morbidades associados pectiva de peso gestacional (OR=2,5; IC95% 1,4–4,5), com
acompanhadas no
2012(97) à inadequação do segundo critério IOM obesidade pré-gestacional
SUS
ganho de peso (OR=2,7; IC95% 1,8–3,9) e
gestacional. com maior nível de escolaridade
(OR=1,1; IC95% 1,0–1,1) tiveram
mais chance de ganhar peso acima
do recomendado.

Indicador peso para i Crianças com peso ao nascer


Descrever prevalência altura, sexo, situação superior a 3kg - prevalência 84%,
de excesso de peso do domicílio e com o tempo de amamentação
1.735 crianças de exclusiva inferior a 5 meses de
obtida na Pesquisa macrorregiões
zero a 24 meses 7,4%.
Nacional de brasileiras,
Cocetti et al., (910 meninos, 825
Demografia e Saúde da escolaridade i Associação entre obesidade
(macrorregi- meninas). Dados da
Criança e da Mulher Transversal materna, idade da infantil e peso ao nascer ≥ 3kg
ões brasileiras) Pesquisa Nacional de
de 2006, analisar sua mãe, renda per [oddsratio(OR) = 5,20; IC95%
2012(77) Demografia e Saúde
evolução no período capita, aleitamento 2,56-10,56], renda per capita ≥
da Criança e da
de 1989 a 2006 e materno exclusivo, um salário mínimo (OR = 2,50;
Mulher de 2006.
identificar os fatores peso ao nascer, IC95% 1,20-5,21) e residir na
associados. segurança alimentar macrorregião Centro-Oeste (OR =
e nutricional. 2,40; IC95% 1,01-5,72).

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Mapeamento da Ação Finalística “Criança com Saúde” - Obesidade Infantil

Aleitamento materno
Estado nutricional
(excesso de peso
com base no índice
peso/estatura ≥ 1
escore z);
Variáveis maternas
Investigar a prevalência Estudo
(renda familiar,
do excesso de peso transversal i A prevalência de excesso de
escolaridade,
e sua associação envolvendo peso esteve diretamente associada
estado nutricional,
Moreira et al., com fatores amostra à obesidade central na mãe (odds
obesidade central,
2012(76) (Região socioeconômicos, probabilística 963 crianças menores ratio = 1,46; IC95% 1,07-1,98);
fumo durante a
semiárida de biológicos e maternos representativa de cinco anos. duração do aleitamento materno
gestação);
Alagoas). em menores de de mães e não exclusivo por um período
Variáveis da
cinco anos da região crianças inferior a seis meses (odds ratio =
criança (sexo,
semiárida do estado de menores de 1,82; IC95% 1,31-2,51).
peso ao nascer,
Alagoas. cinco anos.
prematuridade,
duração do AME,
duração do AM
não exclusivo,
procedência)

Estado nutricional
(as curvas de
percentis do
Índice de Massa
Corporal para idade,
classificando como i A prevalência de sobrepeso e
sobrepeso valores obesidade da população estudada
≥P85 e <P95, e como foi de 34,4%. Foram fatores de
Analisar a associação obesidade valores proteção contra sobrepeso e
do sobrepeso e da ≥P95); obesidade:
Simon et al.,
obesidade com o Variáveis utilizadas
2009(98)(São 566 crianças de dois i Aleitamento materno exclusivo
aleitamento materno Transversal na regressão
Paulo, São a seis anos de idade por seis meses ou mais (IC 95%
e a alimentação logística (idade
Paulo) [0,38;0,86]; OR=0,57; p=0,02) e
complementar em pré- da criança, peso
escolares. ao nascer, renda i Aleitamento materno por mais
familiar, mãe trabalha de 24 meses (IC 95% [0,05;0,37];
fora de casa, OR=0,13; p=0,00).
duração do AME,
duração do AM,
idade de introdução
do açúcar e outros,
estado nutricional
do pai)
Estado nutricional
(déficit estatural
(estatura para
idade <-2 dp) e o
sobrepeso (peso
para altura > 2
dp) em relação ao
padrão da OMS-
2006) i As prevalências de déficit
Investigar os efeitos
Crianças estatural e sobrepeso foram,
do aleitamento
categorizadas respectivamente, 11,5% e 6,3%. O
Ferreira et al., materno sobre a Estudo
em “mamaram” sobrepeso associou-se à:
2010(99) ocorrência de desvios transversal
716 crianças de um a (amamentação
(Região antropométricos em com amostra i Não amamentação (OR = 2,3);
cinco anos ≥30 dias) e
semiárida de pré-escolares da região probabilística
“não mamaram” i Tabagismo materno durante a
Alagoas). semiárida de Alagoas
(amamentação < 30 gestação (OR = 1,80) e
e os possíveis fatores
dias);
associados. i Peso ao nascer ≥ 4kg (OR = 2,1).
Outras variáveis:
idade e escolaridade
materna, fuma na
gestação, mãe com
companheiro, IMC
materno, classe
socioeconômica,
idade da criança,
sexo, peso ao nascer

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Mapeamento da Ação Finalística “Criança com Saúde” - Obesidade Infantil

Associar o tempo i A prevalência de sobrepeso


de amamentação Estado nutricional e obesidade foi similar nos dois
exclusiva da criança de acordo com sexos (25,4% nos meninos e 22,6%
à adiposidade os escores Z nas meninas), assim como o tempo
central e periférica, 134 pré-escolares preconizados pela médio de amamentação exclusiva
Moraes e
por meio do índice entre três e cinco OMS. (4,3 meses para meninos e 4,6
Giugliano,
de massa corporal Transversal anos de idade de uma Perímetro da cintura meses para meninas).
2011(100)
dos perímetros da escola particular de e do braço.
(Brasília) i Observou-se correlação
cintura e do braço e Brasília Dobras cutâneas
das dobras cutâneas tricipital, inversa significativa entre tempo
tricipital, subescapular subescapular e soma de amamentação exclusiva e
e a somatória destas, das dobras perímetro da cintura (r=-0,166;
em pré-escolares. p=0,05)

Alimentação complementar
Brasil, 2009 34.366 crianças
(19)
(Capitais Estudo menores de um ano Consumo de
Verificar o consumo
brasileiras transversal que compareceram à alimentos com i Elevado consumo de
de alimentos não
e Distrito com segunda fase alta densidade refrigerantes (11,6%) e bolacha e/
recomendados antes
Federal). amostragem da campanha de energética e baixo ou salgadinhos (71,7%)
dos 12 meses de vida.
Documento probabilística multivacinação de valor nutricional
governamental 2008
179 lactentes
i Elevado percentual de consumo
Avaliar as práticas e saudáveis, entre
Caetano et de alimentos inadequados como
o consumo alimentar quatro e 12 Consumo de
al.; 2010 (101) Estudo macarrão instantâneo (16,2%),
de lactentes saudáveis meses, que não se alimentos de baixo
(Curitiba, São prospectivo suco artificial (20,7%), doce (26,0)
de três metrópoles do encontravam em valor nutricional
Paulo e Recife) e “petit suisse” (51,3%), antes dos
Brasil. aleitamento materno
12 meses de idade.
(AM) exclusivo.
Consumo pelas
crianças dos seguintes i Elevado consumo de açúcar
alimentos e bebidas: de adição (76,9%), queijo “petit
açúcar de adição, mel, suisse” (74,2%), gelatina (73,0%),
Avaliar o consumo suco artificial (pó), refrigerante (43,5%), bala ou pirulito
de alimentos não Estudo refrigerante, gelatina, (42,2%) e biscoito recheado (38,0%)
recomendados em longitudinal queijo “petit suisse”, antes dos 6 a 9 meses de idade.
Mr et al.; 2013 619 crianças dos seis
crianças assistidas no (avaliação aos bala/pirulito, bolacha i Aos 12 a 15 meses de idade, a
(102)
(Porto aos nove meses e 532
âmbito da Atenção seis-nove meses recheada, chocolate, maioria das 532 crianças avaliadas
Alegre) dos 12 aos 15 meses.
Primária à Saúde, no da criança e aos salgadinho tipo já tinha consumido açúcar de
município de Porto 12-15 meses) chips, alimentos fritos adição, queijo “petit suisse”, gelatina,
Alegre, RS. (batata, aipim, pastel, biscoito recheado, bala ou pirulito,
bolo de carne) e refrigerante, chocolate, alimentos
embutidos (presunto, fritos, salgadinhos tipo chips, suco
mortadela, salame, artificial em pó e embutidos.
salsicha)
i Para aproximadamente 2/3 das
Descrever e discutir crianças foram oferecidos, antes
a introdução dos 12 meses, alimentos com
Consumo de
de alimentos alta densidade energética como
270 crianças alimentos não
industrializados na macarrão instantâneo (83,4%),
frequentadoras de recomendados nos
dieta de crianças salgadinhos (80,7%), bolacha
Toloni et al.; berçários de oito primeiros anos de
frequentadoras de recheada (79,2%), suco artificial
2011(103) (São Transversal creches públicas vida, tendo como
berçários, em creches, (72,1%), refrigerante (67,1%) e
Paulo) e filantrópicas do base o Guia Alimentar
considerando a bala/pirulito/chocolate (84,4%).
município de São Brasileiro para
recomendação do
Paulo. crianças menores de i Antes de três meses de idade,
Ministério da Saúde
dois anos. 31,1% e 18,2% das crianças já
para uma alimentação
saudável. haviam consumido açúcar e mel,
respectivamente.

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i Baixo consumo diário de


verduras (12,7%), legumes
(21,8%), carnes (24,6%) e
i Elevado consumo de
Bortolini et al.; Avaliar o consumo
4.322 crianças refrigerantes (40,5%), alimentos
2012 (104) (dados alimentar em crianças
investigadas na Consumo alimentar fritos (39,4%), salgadinhos (39,4%),
da Pesquisa brasileiras de seis-59
Transversal Pesquisa Nacional de das crianças doces (37,8%), com frequência de
Nacional de meses de idade, por
Demografia e Saúde uma a três vezes na semana.
Demografia e região e zona de
(2006/2007)
Saúde) residência. i As crianças das regiões Sul e
Sudestes e residentes na zona rural
foram as que apresentaram o maior
consumo destes alimentos ricos
em gordura
Alimentação escolar inadequada
i Porções oferecidas
superdimensionadas;
Descrever projeto de
intervenção voltado à Programa de i Sem programação regular de
Nascimento et Nove creches (total de
prevenção do excesso Coorte alimentação, atividade física.
al.; (Taubaté, 845 crianças de dois e
de peso em crianças de prospectiva programa de
SP)2012 (105) três anos de idade) i O porcionamento das refeições
dois e três anos de idade atividade física
demonstrou-se estratégia eficaz
de creches públicas.
para a redução do valor energético
ingerido.
i Estabeleceram-se 30 minutos
diários de programação de
Ações para a atividade física de duração.
integração com a i O novo programa foi
Desenvolver e aplicar comunidade escolar estabelecido em 12 semanas.
metodologia para e outras cantinas;
Amorim et 35 cantinas (cinco de i Aumento de 11% na presença de
avaliar a implantação Coorte ações de educação
al.; (Brasília, escolas públicas e 30 bar, padaria e ambulantes ao redor
da cantina escolar prospectiva nutricional;
DF)2012 (43) de particulares) da escola do 1º para o 3º momento
saudável em escolas desenvolvimento
do Distrito Federal de estratégias de avaliação pós-intervenção;
para promoção de i Pós-intervenção: todas as
lanches saudáveis. escolas não permitiam a entrada de
alimentos externos obesogênicos
nas dependências da escola;
i Aumento em 45% de cantinas
que não vendiam alimentos
industrializados com teor de
gordura saturada superior a
10% do valor energético total,
e de 56% de cantinas que não
comercializavam alimentos com
gordura vegetal hidrogenada.
i Aumento no cumprimento de
dez dentre os treze itens relativos
aos passos para a implantação da
Gabriel et al Diagnosticar
Cantina Escolar Saudável.
(Florianópo- existência de cantinas 105 escolas de
Itens
lis, SC) (Apud escolares e itens ensino fundamental i 53% das escolas possuíam
Transversal comercializados nas
Gabriel et al.; comercializados, após das redes municipal, cantina.
cantinas
2011) instituição de Lei de estadual e particular.
i Dentre os alimentos proibidos
2010 (45) Regulamentação.
pela Lei, os salgados fritos
e industrializados não eram
comercializados, e a maioria não
comercializava refrigerante (98%)
e pipocas industrializadas (93%).
Sucos naturais e os salgados assados
eram comercializados por 75% e
98% das escolas, respectivamente;
i 61% dos estabelecimentos não
disponibilizavam frutas ou salada
de frutas.

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PLANO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA - PROJETO OBSERVATÓRIO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA
Mapeamento da Ação Finalística “Criança com Saúde” - Obesidade Infantil

Inatividade física
i 65% do tempo da população
gasto em atividades sedentárias;
i Entre crianças pré-escolares:
tempo médio de AF moderada
Avaliar padrões 71,3min/dia e AF vigorosa 15min/dia;
de atividade física Padrões de AF
i AF vigorosa é mais frequente na
(AF) (intensidade (insuficiente <
fração mais rica (p=0,03) e mais
Bielemann et al. e prevalência) em 60min/dia) x sexo
239 crianças entre jovem da população (p=0,02);
(Pelotas, RS)(106) crianças, de acordo Transversal x idade x situação
quatro e 11 anos.
2013 com características socioeconômica. AF i Meninos são mais ativos que as
demográficas, foi verificada através meninas (p=0,002): a prevalência
socioeconômicas e de acelerômetros. de AF insuficiente foi de 34,5% nas
familiares. meninas e 19,5% nos meninos;
i Inatividade física é 2,5 vezes
maior nas crianças de 10-11anos
em comparação aos pré-escolares
(p=0,01).
Bueno et al.;
2013 ( Manaus
AM, Natal 3.058 crianças de 85 i Consumo energético similar
RN, Recife PE, escolas públicas (54) IMC/I (OMS 2006) entre os grupos;
Estimar risco
Brasília DF, e privadas (31) que segundo idade e i Consumo inadequado de fibras
nutricional em
Cuiabá MT, Transversal oferecem refeições sexo, adequação (80%), excessivo de gorduras
crianças de dois a seis
Belo Horizonte em período integral, da ingestão de saturadas (30%) e sódio (90%),
anos de idade.
MG, Rio de em nove cidades micronutrientes. insuficiente de vitaminas E (30%),
Janeiro RJ, São brasileiras. D (90%) e cálcio (45%).
Paulo SP e Porto
Alegre RS)
Antecedentes familiares de obesidade
Investigar a prevalência
do excesso de peso Excesso de peso da
e sua associação criança, definido i Crianças menores de cinco
com fatores Estudo com base no índice anos, cujas mães apresentavam
Moreira et 963 crianças, com
socioeconômicos, transversal peso/estatura ≥ 1 excesso de peso central,
al., 2012 (76) média de idade de
biológicos e maternos com amostra escore z, apresentaram 1,46 vezes mais
(Alagoas) 27,7 meses
em menores de representativa Variáveis maternas chance de terem excesso de peso
cinco anos da região (excesso de peso, (OR = 1,46).
semiárida do estado de obesidade central)
Alagoas.
Dados de peso
Verificar a associação e estatura dos
entre variáveis escolares, peso
socioeconômicas, e comprimento
4.964 escolares
dietéticas, ao nascer, tempo
entre seis e 10 anos i Associação significativa entre
(Schmitz et al., antropométrico- de aleitamento
matriculados em 345 obesidade materna (OR = 1,87) e
2010) (Santa nutricionais dos Transversal materno, idade da
escolas do ensino paterna (OR = 1,67) e excesso de
Catarina) pais e da criança e a introdução de água
fundamental de Santa peso na criança
presença de sobrepeso, ou chá e de outros
Catarina
incluindo obesidade, alimentos, além de
em escolares do Estado renda, escolaridade,
de Santa Catarina. idade, peso e
estatura dos pais.
Influência negativa da mídia
i 36% da mídia coletada tratava-
Classificação da
Mídias impressas se de fins comerciais;
propaganda em:
Analisar propagandas (220 propagandas
Pagnoncelliet material técnico i 64% compostas por fórmulas
de alimentos abrangidos coletadas em
al., (Natal, RN) Transversal científico ou infantis;
pela legislação, via mídia supermercados,
2009(107) comercial; acordo ou
impressa. farmácias e i 40% das propagandas
desacordo com Lei
consultórios médicos) comerciais infringiram ao menos
11265/2006.
uma cláusula da legislação.

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PLANO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA - PROJETO OBSERVATÓRIO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA
Mapeamento da Ação Finalística “Criança com Saúde” - Obesidade Infantil

i 25% das propagandas voltada


Avaliar o conteúdo 119 min. da para o público infantil, dos quais
dos comerciais de programação infantil 40% de produtos alimentícios;
produtos alimentícios (incluindo anúncios
veiculados em canais comerciais) de duas Acordo ou i 84% das propagandas utiliza
abertos da televisão principais emissoras desacordo com Lei personagens infantis como
Costa et al., estratégia de publicidade;
brasileira durante a de televisão de canal 11.265/2006, tipo
(Minas Gerais) Transversal
programação para o aberto, em dois dias de propaganda, tipos i 5% das propagandas com
2011(108)
público infantil, bem durante a semana e um de estratégia de finalidade educativa;
como valor nutricional dia no final de semana, publicidade
e uso de personagens para cada canal. i Os alimentos promovidos
para divulgação; Mês de férias apresentavam alto valor calórico,
acordo com legislação. escolares. elevada quantidade de gorduras,
açúcares e sódio.
i 25% das propagandas eram de
produtos alimentícios;
Anúncios comerciais i Inexistência de propaganda de
Analisar comerciais de de duas principais itens básicos (cereais, leguminosas,
Classificação da
produtos alimentícios emissoras de televisão frutas e vegetais);
propaganda em:
Pimenta et al., voltados ao público de canal aberto, no
alimentos fonte i Presença de propaganda de
(São Paulo, infantil apresentados Transversal período da manhã,
de açúcar; fonte bebidas alcoólicas aos finais de
SP)2011(60) em duas emissoras das 8h às 14h
de sódio; fonte de semana (3%);
de canal aberto de (incluindo finais de
gordura.
televisão. semana), por duas i Cerca de 60% das propagandas
semanas. de alimentos obesogênicos;
i 56%: alimentos ricos em
açúcares;
i 12,9% das propagandas
anunciavam alimentos dirigidos
às crianças (somente 12 produtos
diferentes);
i Todas: infringiam pelo
Mensagens de
menos três artigos da legislação
comunicação:
específica, como falta de
1) essencial para
mensagem de alerta sobre os
Analisar propagandas saúde; 2) substitui
Oito dias de anúncios perigos do consumo excessivo de
de alimentos dirigidas alimentos naturais;
comerciais de duas nutrientes obesogênicos;
às crianças, em dois 3) benéfico para
principais emissoras
Henriques et canais de televisão, saúde; 4) substituto i 58%: não alertam que o produto
de televisão de canal
al., (Niterói, caracterizando Transversal de refeição; 5) excede os limites previstos;
aberto, para cada
RJ)2012(61) argumentos e persuasão sobre
emissora, (9h-12h e i 25%: sugerem que o consumo
conformidade com a os pais; 6) uso
16h-18h): 2ª – 6ª feira do produto é essencial para a
legislação. de personagens;
e sábado (8h- 12h). saúde e que podem substituir
7) estímulo ao
fontes naturais;
consumo excessivo;
8) aquisição de i 50%: estimulam o consumo
brindes. excessivo dos produtos;
i 70%: se associam a personagens
infantis;
i 46%: se associam a aquisição de
brindes.

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PLANO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA - PROJETO OBSERVATÓRIO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA
Mapeamento da Ação Finalística “Criança com Saúde” - Obesidade Infantil

Anexo 7 - Dez Passos para o Sucesso do


Aleitamento Materno (UNICEF).

Passo 1. Ter uma norma escrita sobre aleitamento materno, que deve ser rotineiramente transmiti-
da a toda a equipe do serviço.
Passo 2. Treinar toda a equipe, capacitando-a para implementar essa norma.
Passo 3. Informar todas as gestantes atendidas sobre as vantagens e o manejo da amamentação.
Passo 4. Ajudar a mãe a iniciar a amamentação na primeira meia hora após o parto.
Passo 5. Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser se-
paradas de seus filhos.
Passo 6. Não dar a recém-nascido nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno, a não
ser que tenha indicação clínica.
Passo 7. Praticar o alojamento conjunto – permitir que mães e bebês permaneçam juntos 24 horas por dia.
Passo 8. Encorajar a amamentação sob livre demanda.
Passo 9. Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas.
Passo 10. Encorajar o estabelecimento de grupos de apoio à amamentação, para onde as mães
devem ser encaminhadas por ocasião da alta hospitalar.

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Anexo 8 - Dez Passos para a Promoção da


Alimentação Saudável nas Escolas (Ministério
da Saúde, 2004)

Passo 1. A escola deve definir estratégias, em conjunto com a comunidade escolar, para favorecer
escolhas saudáveis.
Passo 2. Reforçar a abordagem da promoção da saúde e da alimentação saudável nas atividades
curriculares da escola.
Passo 3. Desenvolver estratégias de informação às famílias dos alunos para a promoção da alimen-
tação saudável no ambiente escolar, enfatizando sua corresponsabilidade e a importância de sua
participação neste processo.
Passo 4. Sensibilizar e capacitar os profissionais envolvidos com alimentação na escola para pro-
duzir e oferecer alimentos mais saudáveis, adequando os locais de produção e fornecimento de
refeições às boas práticas para serviços de alimentação e garantindo a oferta de água potável.
Passo 5. Restringir a oferta, a promoção comercial e a venda de alimentos ricos em gorduras,
açúcares e sal.
Passo 6. Desenvolver opções de alimentos e refeições saudáveis na escola.
Passo 7. Aumentar a oferta e promover o consumo de frutas, legumes e verduras, com ênfase nos
alimentos regionais.
Passo 8. Auxiliar os serviços de alimentação da escola na divulgação de opções saudáveis por meio
de estratégias que estimulem essas escolhas.
Passo 9. Divulgar a experiência da alimentação saudável para outras escolas, trocando informa-
ções e vivências.
Passo 10. Desenvolver um programa contínuo de promoção de hábitos alimentares saudáveis, con-
siderando o monitoramento do estado nutricional dos escolares, com ênfase em ações de diagnós-
tico, prevenção e controle dos distúrbios nutricionais.

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Mapeamento da Ação Finalística “Criança com Saúde” - Obesidade Infantil

Anexo 9 – Investimentos públicos e privados


feitos nos últimos cinco anos.

Detalhamento
Origem do Data/
Ação Valor (em R$) sobre o uso dos
investimento Período
recursos
Criação de estruturas na
Público – Federal
Rede Cegonha (Ministério da Saúde)
9,4 bilhões 2011-2014 atenção básica, pré-natal e
partos em leitos do SUS
Público - Federal 3,5 bilhões (2013);
Oferta da alimentação
(Fundo Nacional de 3,3 bilhões (2012);
PNAE Desenvolvimento da 3,1 bilhões (2011);
2010-2013 escolar e ações de
educação nutricional
Educação) 3,0 bilhões (2010)
Avaliação antropométrica
Público - Federal 175 milhões (2013),
e ações de promoção e
PSE (Ministérios da Saúde e 120 milhões (2012), 2011-2013
prevenção da saúde nas
Educação) 108 milhões (2011)
escolas
Atividades de promoção
em saúde com o objetivo
Semana Saúde Público - Federal Ações 7 a 11/04 de 2014 de estimular atividades
(Ministérios da Saúde e 17 milhões Repasse dos recursos a físicas e a integração social
na Escola Educação) partir de 08/2014 em 4.684 municípios,
envolvendo cerca de 80
mil escolas
Avaliação do peso e testes
Semana Saúde Público - Federal
de visão em crianças e
(Ministérios da Saúde e 10 milhões 2013
na Escola adolescentes de 30 mil
Educação)
escolas públicas
Ações de conscientização
Semana Saúde Público - Federal
e exames em crianças e
(Ministérios da Saúde e 4,1 milhões 2012
na Escola adolescentes de 16 mil
Educação)
escolas públicas
Aquisição de
equipamentos de
Controle e atividade física para as
Público – Federal 10,3 milhões Academias da Saúde
prevenção da (Ministério da Saúde)
2012
e de equipamentos
obesidade antropométricos,
incluindo balanças
pediátricas

Hospital Infantil Criação do Centro de


Privado 4 milhões 2013 Excelência em Obesidade
Sabará Infantil
Instituto Alana – Envolve materiais, eventos,
2,4 milhões (2011), comunicação e produção
Projeto Criança e Fundo patrimonial
3,2 milhões (2012)
2011-2012
de Documentário sobre
Consumo Obesidade Infantil
Ações para promoção da
Convênio com o
Pastoral da Criança Ministério da Saúde
67,8 milhões 2012-2013 saúde infantil, incluindo o
combate da obesidade
Busca ativa de casos de
desnutrição ou obesidade
infantil na comunidade
Convênio com a Prefeitura
e encaminhamento para
de São Paulo, doações de
atendimento ambulatorial
CREN pessoas físicas e jurídicas 3,4 milhões 2011
em consultas com equipe
e projetos incentivados
multidisciplinar, além de
pelo setor privado
participar de atividades em
grupo e atendimento em
domicílio

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PLANO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA - PROJETO OBSERVATÓRIO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA
Mapeamento da Ação Finalística “Criança com Saúde” - Obesidade Infantil

FONTES DE PESQUISA

i Rede Cegonha:
http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=1939&Itemid=1

i PNAE:
http://www.fnde.gov.br/programas/alimentacao-escolar/alimentacao-escolar-apresentacao

i PSE:
http://www.brasilsus.com.br/noticias/nacionais/111879-acao-contra-obesidade-infantil-atingira-
-50-mil-escolas.html
http://www.mds.gov.br/saladeimprensa/noticias/2013/julho/governo-amplia-acoes-de-saude-para-
-estudantes-beneficiarios-do-bolsa-familia
http://sna.saude.gov.br/noticias.cfm?id=5013

i Semana Saúde na Escola:


http://www.crn1.org.br/index.php/2013/03/governo-lanca-campanha-contra-obesidade-infantil/
http://www.blog.saude.gov.br/

i Controle e prevenção da obesidade (Ministério da Saúde):


http://www.blog.saude.gov.br/index.php/programasecampanhas/29345-77saude-libera-recursos-
-para-prevencao-da-obesidade

i Hospital Infantil Sabará:


http://www.revistahospitaisbrasil.com.br/noticias/hospital-infantil-sabara-inaugura-primeiro-centro-
-de-excelencia-em-obesidade-infantil-do-brasil/

i Instituto Alana:
http://files.alana.org.br/balanco-alana-2011.pdf
http://files.alana.org.br/balanco-alana-2012.pdf

- Pastoral da Criança: https://wiki.pastoraldacrianca.org.br/ConvenioMinisterioDaSaude2012

- CREN: http://www1.folha.uol.com.br/empreendedorsocial/finalistas/2011-gisela-solymos.shtml

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Mapeamento da Ação Finalística “Criança com Saúde” - Obesidade Infantil

Anexo 10 - Exemplos de programas de


atendimento multidisciplinar relacionado à
obesidade infantil (não exclusivos à primeira
infância) em universidades públicas brasileiras,
segundo região

Instituição Nome do programa/projeto Faixa etária atendida


Região Norte
Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará Crianças e adolescentes entre sete e 15 anos
Ambulatório de Obesidade Infantil
(FSCPA) de idade
Liga Universitária de Diabetes e Obesidade
Universidade Federal do Amazonas (UFAM) Jovens e adultos
(LUDO)
Região Nordeste
Ambulatório de obesidade do Centro
Universidade Federal da Bahia (UFBA) Crianças e adolescentes
Pediátrico Professor Hosannah de Oliveira
Universidade Federal de Alagoas (UFAL) – Pré-escolares, crianças em idade escolar e
Ambulatório de Obesidade Infantil
Hospital Universitário Prof. Alberto Antunes adolescentes
Crianças e adolescentes entre dois e 18 anos
Universidade Estadual da Paraíba Centro de Obesidade Infantil
de idade
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Assistência ao Paciente Portador de Crianças e adolescentes entre cinco e 18 anos
(UFRN) - Hospital de Pediatria Professor
Obesidade de idade
Heriberto Ferreira Bezerra
Universidade Federal do Ceará – Parceria com Crianças e adolescentes entre sete e 19 anos
Ambulatório de Obesidade
Iprede (Instituto da Primeira Infância) de idade
Região Centro-Oeste
Crianças menores de 10 anos de idade,
Universidade Federal de Goiás Liga Acadêmica de Pediatria
incluindo a primeira infância
Região Sudeste
Universidade de São Paulo – Hospital das
Liga de Obesidade Infantil Crianças entre sete e 14 anos de idade
Clínicas da Faculdade de Medicina
Universidade de São Paulo – Campus
Ambulatório de Obesidade Infantil - OBIN Crianças até os 15 anos de idade
Ribeirão Preto
Ambulatório de Obesidade Infantil da Criança Crianças e adolescentes entre três e 19 anos
UNICAMP – Hospital das Clínicas
e do Adolescente de idade
Serviço de Nutrologia do Instituto de Pediatria Crianças e adolescentes entre dois e 18 anos
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
e Puericultura Martagão Gesteira – IPPMG de idade
Universidade Estadual do Rio de Janeiro Ambulatório de Pediatria do Hospital
Crianças pré-púberes
(UERJ) Universitário Pedro Ernesto
Universidade Federal de Minas Gerais Crianças e adolescentes entre seis e 16 anos
Ambulatório de Doenças Nutricionais
(UFMG) – Hospital das Clínicas de idade
Região Sul
Universidade Federal do Paraná – Hospital
Ambulatório de Obesidade Infantil Crianças e adolescentes
das Clínicas
Universidade Federal de Santa Catarina Crianças, incluindo de primeira infância e
Ambulatório de Nutrologia Pediátrica
(UFSC) – Hospital Universitário adolescentes (zero a 10 anos de idade)
Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Ambulatório de Suporte Nutricional Crianças, incluindo de primeira infância e
Hospital das Clínicas Pediátrico – Programa de Obesidade Infantil adolescentes (zero a 18 anos de idade)

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Mapeamento da Ação Finalística “Criança com Saúde” - Obesidade Infantil

Anexo 11 - Projetos de lei (PL) relacionados à


obesidade infantil.

Projeto de lei (no/ano) Assunto Situação


Torna obrigatório que os produtos
7141/2014 alimentícios comercializados informem sobre
http://www.camara.gov.br/sileg/ a presença ou ausência de açúcar, como Em tramitação na Câmara dos Deputados
integras/1229563.pdf medida preventiva e de controle das cáries,
obesidade e diabetes.
Dispõe sobre a obrigatoriedade da afixação
5674/2013
de cartazes de advertência sobre a obesidade
http://www.camara.gov.br/sileg/ Em tramitação na Câmara dos Deputados
em estabelecimentos que comercializam
integras/1094052.pdf
alimentos “fast food”.
Cria a Semana de Mobilização Nacional
contra a Obesidade Infantil. Determina que as
escolas de ensinos médio e fundamental das
3874/2012 redes pública ou privada, entre os dias 01 e 07 Em tramitação. Recebida pela Comissão de
http://www.camara.gov.br/sileg/ de outubro, sediarão palestras relacionadas à Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC),
integras/992306.pdf nutrição, prevenção, diagnóstico e tratamento em maio de 2012
da obesidade, corrida da criança contra a
obesidade infantil, eventos com celebridades e
esportistas de destaque.
Cria a Semana da Conscientização dos
Malefícios da Obesidade nas escolas públicas
e dá outras providências. Trata da abordagem
3652/2012 de matérias não previstas no currículo
Aprovada pela CCJC, em maio de 2014, e
http://www.camara.gov.br/sileg/ obrigatório relacionadas aos malefícios da
encaminhada para publicação
integras/978895.pdf obesidade, através de seminários, palestras e
recursos audiovisuais. Esta data fará parte do
calendário escolar e deverá ser aberta aos pais
e membros da comunidade em geral.
1394/2011 Institui a Política de Combate à Obesidade,
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/ com a finalidade de implementar ações eficazes Em tramitação. Recebida pela CCJC,
prop_mostrarintegra?codteor=733450 na redução de peso, combate à obesidade em maio de 2011
&filename=PL+6803/2010 adulta e infantil e à obesidade mórbida.
1096/2011
Proíbe a venda de alimentos acompanhados de Vetado pelo Governador Geraldo Alckmin, em
http://www.al.sp.gov.br/
brindes ou brinquedos no Estado de São Paulo. março de 2013
propositura/?id=1055544
Altera a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de
282/2010 Em tramitação. Encaminhada para a
1990 (Código de Defesa do Consumidor),
http://www.senado.gov.br/atividade/materia/ Subsecretaria de Coordenação Legislativa do
para dispor sobre a publicidade de alimentos
detalhes.asp?p_cod_mate=98329 Senado, em abril de 2014
ao público infantil.
Dispõe sobre a obrigatoriedade de divulgação
7304/2010
de mensagens nutricionais e advertências nos
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/ Apensado ao PL 1637/2007
estabelecimentos comerciais e nos produtos
fichadetramitacao?idProposicao=476615
que especifica.
150/2009 Altera o Decreto-Lei nº 986, de 21 de outubro
Em tramitação, aguarda designação do relator
http://www.senado.gov.br/atividade/materia/ de 1969, para regulamentar a propaganda de
da CCJC
detalhes.asp?p_cod_mate=90577 alimentos.
Cria o Programa de Prevenção, Orientação
e Tratamento da Obesidade Infantil. O
Programa será implementado em todas as
6522/2009
escolas de ensinos fundamental e médio, com Arquivado pela Câmara dos Deputados, em
http://www.camara.gov.br/sileg/
conscientização do corpo docente e discente, janeiro de 2011
integras/17771.pdf
assim como os pais. Serão disponibilizados
recursos humanos e materiais para diagnóstico
e tratamento da obesidade infantil.
Dispõe sobre a proibição de publicidade nos
6693/2009
meios de comunicação de produtos voltados
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/ Arquivado pela Câmara dos Deputados
ao público infantil em horários compreendidos
fichadetramitacao?idProposicao=465180
entre 6h e 20h.

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PLANO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA - PROJETO OBSERVATÓRIO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA
Mapeamento da Ação Finalística “Criança com Saúde” - Obesidade Infantil

Proíbe, no Estado de São Paulo, a publicidade


dirigida a crianças de alimentos e bebidas
pobres em nutrientes e com alto teor de açúcar,
gorduras saturadas ou sódio. A vedação se
estenderá no período compreendido entre 6h e
21h, no rádio e televisão, e em qualquer horário
193/2008
nas escolas públicas e privadas. Fica impedida Vetado pelo Governador Geraldo Alckmin, em
http://www.al.sp.gov.br/
a utilização de celebridades ou personagens fevereiro de 2013
propositura/?id=786904
infantis na comercialização, bem como a
inclusão de brindes promocionais, brinquedos
ou itens colecionáveis associados à compra
do produto. A publicidade durante o horário
permitido deverá vir seguida de advertência
pública sobre os males causados pela obesidade.
Aumenta a pena prevista em caso de
4315/2008 divulgação de publicidade que sabe ou deveria
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/ saber enganosa ou abusiva, incorrendo Arquivada pela Câmara dos Deputados
fichadetramitacao?idProposicao=425773 o infrator no dobro da pena quando a
publicidade for dirigida a crianças.
Dispõe sobre oferta, propaganda, publicidade,
informação e outras práticas correlatas, cujo
1637/2007
objeto seja a divulgação e a promoção de Aguarda parecer do Relator na Comissão de
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/
alimentos com quantidades elevadas de açúcar, Seguridade Social e Família (CSSF)
fichadetramitacao?idProposicao=360369
de gordura saturada, de gordura trans, de sódio,
e de bebidas com baixo teor nutricional.
Dispõe sobre a inclusão da disciplina de
325/2007
Educação Alimentar na grade escolar
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/ Apensado ao PL 128/2007
dos ensinos fundamental e médio, sendo
fichadetramitacao?idProposicao=343938
obrigatória em toda rede de ensino do país.
Acrescenta parágrafo 3º ao art. 6º da Lei
nº 8.918, de 14 de julho de 1994, para
196/2007
determinar que os rótulos das bebidas que Em tramitação no Senado. Aprovado pela
http://www.senado.gov.br/atividade/materia/
menciona especifiquem o teor calórico nelas CCJC, em fevereiro de 2014
getPDF.asp?t=107767&tp=1
contido e apresentem frase de advertência
quanto aos riscos da obesidade infantil.
Inclui o tema “Educação Alimentar” no
128/2007
conteúdo das disciplinas de Ciências e Em tramitação. Aprovado pela CCJC, em
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/
Biologia, nos currículos das escolas de ensinos junho de 2012
fichadetramitacao?idProposicao=340610
fundamental e médio, respectivamente.
127/2007 Dispõe sobre a substituição de alimentos não
Aprovada a redação final pela CCJC, em junho
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/ saudáveis nas escolas de educação infantil e
de 2010. Aguarda retorno do Senado Federal
fichadetramitacao?idProposicao=340608 do ensino fundamental, público e privado.
6080/2005 Dispõe sobre as restrições à propaganda
Arquivado pela Câmara dos Deputados, em
http://www.camara.gov.br/sileg/ de bebidas e de alimentos potencialmente
fevereiro de 2008
integras/349258.pdf causadores de obesidade.
Altera o Decreto-Lei nº 986, de 21 de
outubro de 1969, a Lei nº 8.069, de 13 de
julho de 1990 (Estatuto da Criança e do
Adolescente) e a Medida Provisória nº 2.178-
406/2005
36, de 24 de agosto de 2001, para disciplinar Em tramitação. Incluída, em março de 2014,
http://www.senado.gov.br/atividade/materia/
a comercialização de alimentos nas escolas, na pauta da reunião da Comissão de Educação
detalhes.asp?p_cod_mate=76096
a elaboração de cardápios do Programa
de Alimentação Escolar e promover ações
para a alimentação e nutrição adequadas de
crianças e adolescentes.
Institui a Política de Prevenção e Controle
1699/2003
dos Distúrbios Nutricionais e das Doenças Aguarda Designação do Relator na Comissão de
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/
Associadas à Alimentação e Nutrição no Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC)
fichadetramitacao?idProposicao=128135
Sistema Educacional Brasileiro.
1480/2003 Obriga a divulgação de advertência sobre
Em tramitação no Senado. Aprovado pela
http://www.camara.gov.br/sileg/ a obesidade em embalagens de produtos
CCJC, em junho de 2012
integras/148174.pdf altamente calóricos.
Dispõe sobre a comercialização e consumo de
6848/2002
guloseimas nas escolas de educação básica, Arquivado pela Câmara dos Deputados, em
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/
referindo-se à venda de frituras, molhos dezembro de 2010
fichadetramitacao?idProposicao=53142
industrializados e alimentos calóricos.

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Mapeamento da Ação Finalística “Criança com Saúde” - Obesidade Infantil

Institui a última semana do mês de outubro


como a Semana de prevenção da Obesidade.
6086/2002
O Ministério da Saúde ficará responsável pela Arquivado pela Câmara dos Deputados, em
http://www.camara.gov.br/sileg/
definição do programa que deverá contar com março de 2008
integras/17771.pdf
campanhas publicitárias, seminários, palestras
com exibição de vídeos, slides, filme e outros.
4705/2001 Dispõe sobre a obrigatoriedade das
Arquivado pela Câmara dos Deputados em
http://www.camara.gov.br/sileg/ embalagens de refrigerantes conterem
junho de 2004
MostrarIntegra.asp?CodTeor=17162 advertência sobre obesidade.

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Banco de
Referências

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http://www.institutomovere.org.br/noticias/10-
10 anos de Instituto Movere – Uma
Instituto Movere anos-de-instituto-movere-uma-organizacao-
organização que transforma vidas
que-transforma-vidas
http://www.chrisflores.net/
Instituto Movere: na luta contra a obesidade trabalhossociais/18/materia/1009/
Instituto Movere
infantil. institutomoverenalutacontraaobesidadeinfantil.
html
http://www.pastoraldacrianca.org.br/pt/
Pastoral da Criança Quem Somos
quemsomos
https://pastoraldacrianca.org.br/pt/noticias-dos-
Novo desafio da Pastoral da Criança: prevenir
Pastoral da Criança 30-anos/2400-novo-desafio-da-pastoral-da-
a obesidade infantil
crianca-prevenir-a-obesidade-infantil

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PLANO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA - PROJETO OBSERVATÓRIO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA
Mapeamento da Ação Finalística “Criança com Saúde” - Obesidade Infantil

http://www.celafiscs.org.br/index.php/noticias/
Estudo mede sedentarismo infantil no Brasil e
Celafiscs item/estudo-mede-sedentarismo-infantil-no-
no Mundo
brasil-e-no-mundo
http://www.sbp.com.br/show_item2.
Sociedade lança Manual para prevenir
Sociedade Brasileira de Pediatria cfm?id_categoria=88&id_detalhe=2629&tipo_
obesidade infantil
detalhe=S
Sociedade Brasileira de Pediatria. Obesidade
na infância e adolescência – Manual de
http://www.sbp.com.br/PDFs/14297c1-Man_
Sociedade Brasileira de Pediatria Orientação / Sociedade Brasileira de Pediatria.
Nutrologia_COMPLETO.pdf
Departamento Científico de Nutrologia. 2ª.
Ed. São Paulo: SBP; 2012.
Institui a Estratégia Nacional para Promoção
do Aleitamento Materno e Alimentação
Portaria GM/MS 1.920, 5 de setembro de http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/
Complementar Saudável no Sistema Único
2013 gm/2013/prt1920_05_09_2013.html
de Saúde (SUS) – Estratégia Amamenta e
Alimenta Brasil.
Cria o Programa Empresa Cidadã, destinado à
prorrogação da licença-maternidade mediante http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
Lei nº 11.770, de 09 de setembro de 2008
concessão de incentivo fiscal, e altera a Lei nº 2010/2008/lei/l11770.htm
8.212, de 24 de julho de 1991.
Regulamenta a comercialização de alimentos
para lactentes e crianças de primeira infância http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-
Lei nº 11.265/2006
e também a de produtos de puericultura 2006/2006/Lei/L11265.htm
correlatos
Norma Brasileira de Comercialização de
Portaria nº 2.051, de 08 de novembro de http://www.nutritotal.com.br/diretrizes/files/95-
Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira
2001 -portaria_anvisa.pdf
Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras
Altera a Lei nº 11.947, de 16 de junho de
2009, para determinar o provimento de
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-
Lei nº 12.982, de 28 de maio de 2014 alimentação escolar adequada aos alunos
2014/2014/Lei/L12982.htm
portadores de estado ou de condição de
saúde específico.
Dispõe sobre o atendimento da alimentação http://www.fnde.gov.br/fnde/
escolar aos alunos da educação básica no legislacao/resolucoes/item/4620-
Resolução nº 26, de 17 de junho de 2013
âmbito do Programa Nacional de Alimentação resolu%C3%A7%C3%A3o-cd-fnde-n%C2%BA-
Escolar - PNAE. 26,-de-17-de-junho-de-2013
Institui as diretrizes para a Promoção da
Portaria Interministerial nº 1.010, de 08 de Alimentação Saudável nas Escolas de educação http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/
maio de 2006 infantil, fundamental e nível médio das redes Port2006/GM/GM-1010.htm
públicas e privadas, em âmbito nacional.
Cria o Programa Nutricional nas escolas http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/
Lei nº 14.830, de 13 de julho de 2012
públicas lei/2012/lei-14830-13.07.2012.html
Autoriza o Poder Executivo a instituir o
http://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/
Programa de Prevenção e Tratamento da
Lei nº 15.265, de 18 de agosto de 2010 pdf/11_05_2011_14.13.35.5f90e822e7ae
Obesidade Infantil nas instituições de ensino
6b3fb1e5bc59b147cb5a.pdf
públicas e privadas do Estado de Santa Catarina.
http://www.crn1.org.br/wp-content/
Estabelece diretrizes para a promoção da uploads/2014/01/LEI-DF-2013-5146.
Lei nº 5.146, de 19 de agosto de 2013 alimentação saudável nas escolas da rede de pdf10674!buscarTextoLeiParaNorma
ensino do Distrito Federal. JuridicaNJUR.action

Proíbe a comercialização, confecção e


distribuição de produtos que colaborem
para acarretar riscos à saúde ou à segurança
http://www.legisweb.com.br/
Lei nº 4.320, de 26 de fevereiro de 2013 alimentar dos consumidores, em cantinas
legislacao/?id=251720
e similares instalados em escolas públicas
situadas no Estado de Mato Grosso do Sul e
dá outras providências.
Dispõe sobre a comercialização de lanches e http://www2.al.rs.gov.br/mikibreier/LinkClick.
Lei nº 13.027, de 16 de agosto de 2008 de bebidas em escolas no âmbito do Estado do aspx?fileticket=hnCjo4vRCfI%3D&tabid=5239
Rio Grande do Sul e dá outras providências.
Dispõe sobre padrões técnicos de qualidade
http://www.legislacao.pr.gov.br/legislacao/
nutricional a serem seguidos pelas
pesquisarAto do?action=exibir&cod
Lei nº 14.855, de 19 de outubro de 2005 lanchonetes e similares instaladas nas escolas
Ato=6351&indice=1&totalRegistros=1
de ensino fundamental e médio, particulares e
da rede pública.

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77
PLANO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA - PROJETO OBSERVATÓRIO NACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA
Mapeamento da Ação Finalística “Criança com Saúde” - Obesidade Infantil

Proíbe a comercialização, aquisição,


confecção e distribuição de produtos que
colaborem para a obesidade infantil, em bares, http://gov-rj.jusbrasil.com.br/legislacao/88467/
Lei nº 4.508, de 11 de janeiro de 2005
cantinas e similares instalados em escolas lei-4508-05
públicas e privadas do Estado do Rio de
Janeiro.
Dispõe sobre critérios de concessão de serviços
www.sed.sc.gov.br/secretaria/legislacao/
Lei nº 12.061, de 18 de dezembro de 2001 de lanches e bebidas nas unidades educacionais,
doc.../50-lei-no-1206101
localizadas no Estado de Santa Catarina.
Dispõe sobre a oferta, propaganda, publicidade,
informação e outras práticas correlatas, cujo
objetivo seja a divulgação e a promoção
http://www.brasilsus.com.br/legislacoes/
RDC nº 24, de 15 de junho de 2010 comercial de alimentos considerados com
rdc/104537-24.html
quantidades elevadas de açúcar, de gordura
saturada, de gordura trans, de sódio e de
bebidas com baixo teor nutricional.
TRF libera publicidade de alimentos http://defesa.alana.org.br/post/44233209463/trf-
Instituto Alana
não saudáveis libera-publicidade-de-alimentos-nao-saudaveis
Aprova diretrizes para a promoção da
Resolução CNS nº 408, de 11 de dezembro alimentação saudável com impacto na reversão http://conselho.saude.gov.br/ultimas_
de 2008 da epidemia de obesidade e prevenção das noticias/2010/img/211_ro/Reso408.pdf
doenças crônicas não transmissíveis.
Obriga as redes de “fast food” a informarem
http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/
Lei nº 14.677, de 29 de dezembro de 2011 aos consumidores o valor nutricional dos
lei/2011/lei-14677-29.12.2011.html
alimentos comercializados.
Institui o Dia Nacional de Prevenção http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-
Lei nº 11.721, de 23 de junho de 2008
da Obesidade 2010/2008/Lei/L11721.htm
Institui a Semana de Combate à Obesidade http://www.sinj.df.gov.br/SINJ/Arquivo.ashx?id_
Lei nº 5.145, de 19 de agosto de 2013
Infantil no âmbito do Distrito Federal norma_consolidado=74876
Dispõe sobre a Campanha de Combate e
Prevenção à Obesidade Infantil nas escolas http://www.tc.df.gov.br/SINJ/Arquivo.ashx?id_
Lei nº 5.149, de 19 de agosto de 2013
das redes pública e particular de ensino do norma_consolidado=74881
Distrito Federal.
http://www.paho.org/bra/indexphp?option
Investimentos Rede Cegonha =com_content&
view=article&id=1939&Itemid=1
Semana Saúde na Escola 2014 http://www.blog.saude.gov.br/
http://www.crn1.org.br/index.php/2013/03/
Semana Saúde na Escola 2012 e 2013 governo-lanca-campanha-contra-obesidade-
infantil/
http://www.revistahospitaisbrasil.com.br/
noticias/hospital-infantil-sabara-inaugura-
Hospital Infantil Sabará
primeiro-centro-de-excelencia-em-obesidade-
infantil-do-brasil/
http://www.fnde.gov.br/programas/alimentacao-
PNAE
escolar/alimentacao-escolar-apresentacao
http://www.blog.saude.gov.br/index.php/
Controle e prevenção da obesidade (equipamentos) programasecampanhas/29345-77saude-libera-
recursos-para-prevencao-da-obesidade
PSE 2013 http://sna.saude.gov.br/noticias.cfm?id=5013
http://www.mds.gov.br/saladeimprensa/noticias/
PSE 2012 2013/julho/governo-amplia-acoes-de-saude-para-
estudantes-beneficiarios-do-bolsa-familia
http://www.brasilsus.com.br/noticias/
PSE 2011 nacionais/111879-acao-contra-obesidade-
infantil-atingira-50-mil-escolas.html
https://wiki.pastoraldacrianca.org.br/
Pastoral da Criança
ConvenioMinisterioDaSaude2012
http://www1.folha.uol.com.br/
Cren 2011 empreendedorsocial/finalistas/2011-gisela-
solymos.shtml
Instituto Alana 2011 http://files.alana.org.br/balanco-alana-2011.pdf
Instituto Alana 2012 http://files.alana.org.br/balanco-alana-2012.pdf

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28 10 OBESIDADE INFANTIL.indd 79 29/10/14 08:36
REALIZAÇÃO

APOIO INSTITUCIONAL RNPI 2013/2014

SECRETARIA EXECUTIVA – BIÊNIO 2013/14


INSTITUTO DA INFÂNCIA - IFAN

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