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Entre 2000 e 2007, último ano com dados disponíveis no Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), entidade responsável pelo
levantamento, à proporção de quem arca com os gastos tem se mantido mais ou menos
inalterada: a União responde por cerca de 18% do total dos recursos da Educação, os
estados e o Distrito Federal por 42% e os municípios pelos 40% restantes.
O dinheiro que abastece a Educação deriva de duas fontes principais. A primeira,
responsável por cerca de 20% do total de verbas, é o salário-educação, uma contribuição
social feita pelas empresas ao governo com valor correspondente a 2,5% da folha de
pagamento anual. Os outros 80% vêm dos impostos, que são convertidos em orçamento
municipal, estadual ou federal. O passo seguinte, o repasse às escolas, é regulado pela
Constituição brasileira por meio de uma regra pouco encontrada em outros países. É a
chamada "vinculação de recursos", que determina um percentual mínimo do orçamento a
ser investido em Educação. Para estados e municípios, esse valor é de 25%. Para a
União, 18%. Mesmo com essa lei, de acordo com os dados do Sistema de Informações
sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope), cinco estados (Mato Grosso, Paraíba,
Rio Grande do Sul, Rondônia e Sergipe) e pelo menos 165 municípios, a maioria de
pequeno porte, investiram em 2008 um percentual inferior ao piso.
O destino dos recursos arrecadados vai depender do critério adotado. Confira as
possibilidades:
Tipo de despesa - Nesse caso, a maior parte dos recursos (cerca de 60% do total) é
consumida pelo pagamento de gestores, professores e funcionários. Outros 27% são
destinados à manutenção e ao funcionamento das instituições de ensino, 6,6% para
reformas e construções de novas escolas, 6% para os chamados encargos sociais
(contribuições previdenciárias e trabalhistas) e apenas 0,4% na área de pesquisa e
desenvolvimento.
Nível de ensino - A Educação Básica abocanha a maior parte do bolo - 84,5%, sendo
64% para o Ensino Fundamental, 13% para o Ensino Médio e 7,5% para a Educação
Infantil. O Ensino Superior fica com uma fatia de 15,5%, mas o gasto do governo com
cada aluno de faculdade é, de longe, o mais elevado de todos os níveis de ensino: 12.322
reais anuais por cabeça, quase seis vezes mais do que o valor médio investido em um
estudante das séries iniciais (2.166 reais). A diferença, que ainda é grande, vem caindo:
em 2000, um universitário custava 11 vezes mais do que um aluno de 1ª a 4ª série.
Brasil Profissionalizado
Caminho da Escola
Criado em 1995, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem por finalidade
prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação
básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de
educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos, registradas no Conselho
Nacional de Assistência Social (CNAS) como beneficentes de assistência social, ou outras
similares de atendimento direto e gratuito ao público.
O programa engloba várias ações e objetiva a melhora da infraestrutura física e
pedagógica das escolas e o reforço da autogestão escolar nos planos financeiro,
administrativo e didático, contribuindo para elevar os índices de desempenho da
educação básica.
Proinfância
ProInfo
1. Definição de prioridades
Para o professor Almir Ferreira de Sousa, da Universidade de São Paulo, "sem a visão
geral das necessidades da escola, o diretor se dedica só a apagar incêndios". Esse olhar
panorâmico é conseguido com a reunião de representantes de professores, funcionários,
equipe gestora, estudantes, pais e comunidade para definir prioridades, com a
participação ativa da APM e do Conselho Escolar. Para garantir a aprendizagem, vale se
perguntar o que é imprescindível para atingi-la. Materiais? Obras de reparo? Formação de
professores? As respostas viram uma lista e cada item ganha uma ordem de urgência
antes da distribuição dos recursos.
Se você fez bem a lição de casa nas etapas anteriores, está pronto para esta - que nada
mais é que o detalhamento do plano de gastos. Nesse planejamento devem constar os
valores definidos para cada uma das prioridades, assim separados: estimativa de entrada
de recursos e de arrecadação (receitas) e previsão de despesas. De acordo com a
terminologia do orçamento público, essas últimas devem ser classificadas em dois
grupos. As "correntes" se referem aos gastos diários com a manutenção da escola, como
compra de material e contratação de serviços. As "de capital" são as despesas com
equipamentos, materiais permanentes e execução de obras. Para que o planejamento
não desande é preciso estar sempre atento ao fluxo de caixa, ou seja, ao dinheiro que
entra e sai diariamente. Como os imprevistos sempre acontecem, como margem de
segurança é recomendável prever uma reserva. Outra medida que garante um bom
controle da execução orçamentária é cuidar para que sejam emitidos sempre cheques
nominais. Esse procedimento facilita o acompanhamento do extrato bancário, o que deve
ser feito com frequência.
5. Comprovação de gastos
A discussão acerca das políticas públicas tomou nas últimas décadas uma
dimensão muito ampla, haja vista o avanço das condições democráticas em todos os
recantos do mundo e a gama de arranjos institucionais de governos, que se tornou
necessário para se fazer a governabilidade. Entende-se por governabilidade as condições
adequadas para que os governos se mantenham estáveis. São essas condições
adequadas, enquanto atitudes de governos (sejam eles de âmbito nacional,
regional/estadual ou municipal), que caracterizam as políticas.
Se o PPP foi feito com base nos pontos em que a escola precisa melhorar, certamente
estarão listadas nele várias ações a desenvolver durante o ano, bem como projetos
institucionais e didáticos elaborados pelos docentes. A leitura a ser realizada pela equipe
gestora tem a finalidade exclusiva de definir as prioridades. Quais são as necessidades
de aprendizagem dos alunos? Em que conteúdos e disciplinas eles apresentam mais
dificuldades? Em quais didáticas os professores demandam mais formação? Que
materiais precisam ser assegurados para que os projetos se concretizem? Os espaços
estão adequados para que eles sejam realizados? Essas são as perguntas que nortearão
a escolha dos itens em que o dinheiro será investido. Exemplo: os professores
promoverão mais atividades de leitura porque uma das metas é melhorar as capacidades:
leitora e escritora das crianças. Para tanto, as turmas frequentarão mais a biblioteca, o
empréstimo de livros de leitura se intensificará e outras atividades estão previstas para
ser realizadas lá. Daí a necessidade de pensar em reforma do espaço, ampliação ou
atualização do acervo.
2. Apoio da comunidade
Tomar decisões sozinho é sempre uma responsabilidade muito grande, ainda mais com
medidas que dizem respeito não só aos alunos, mas a toda a comunidade. A prática de
que alguém decide e todo mundo faz está ultrapassada e não condiz com o conceito de
autonomia da escola. Por isso, o ideal é promover reuniões periódicas com
representantes dos diversos segmentos - alunos, professores, funcionários, pais e
responsáveis - durante o ano para que todos tenham informações sobre as necessidades
da instituição, ajudem a elencar as prioridades e acompanhem a execução dos recursos.
Ao participar dos projetos, as pessoas se sentem comprometidas com os resultados e se
envolvem mais nas atividades.
3.Gastos? Só os necessários
4. Soluções alternativas
Muitas vezes, é preciso reduzir os gastos para que eles caibam no orçamento previsto.
Ou, o que é mais sensato, pensar em soluções alternativas que satisfaçam as
necessidades prementes. "Em vez de cursos de formação para os professores fora da
escola, por exemplo, por que não promover sessões de estudos na própria instituição,
organizados pela coordenação pedagógica com a participação de um especialista
convidado?", sugere Leunice Martins de Oliveira, coordenadora do curso de pós-gradução
em Gestão Educacional da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-
RS). "É uma alternativa mais barata e atende melhor às demandas dos docentes." Mais
uma opção? Pague o curso para um membro da equipe com o compromisso de ele
compartilhar o que aprendeu com os colegas. Mais uma vez, as decisões não podem ser
arbitrárias e devem envolver os interessados. "É comum os gestores reclamarem que os
professores não dão atenção aos eventos promovidos pela escola. Isso realmente pode
acontecer se a atividade for imposta, em vez de combinada coletivamente", argumenta a
pedagoga Maria Conceição Tassinari Stumpf, professora da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS). A realização de parcerias é, ainda, outra alternativa que deve
ser levada em consideração. Entidades, clubes, empresas do bairro e até os pais podem
se tornar parceiros da escola, seja para ceder espaços alternativos para aulas e
encontros de formação, seja para doar materiais pedagógicos e livros para a biblioteca.
É bom ter em mente que tão importante quanto planejar os gastos é comprovar como eles
foram utilizados. Para isso, além das exigências legais - balanços financeiros e
orçamentários, documentos fiscais e relatórios -, é fundamental mostrar de que forma
aquele recurso impactou a aprendizagem do aluno. A aquisição de novos livros para a
biblioteca estimulou a turma à leitura e fez com que participassem mais das aulas? O
conserto do ventilador permitiu que as crianças se concentrassem nas aulas, já que a sala
ficou com o clima mais agradável? Tudo o que traz consequências positivas para o ensino
e a aprendizagem deve ser registrado e apresentado, por meio de painéis, cartazes ou
reuniões, à comunidade escolar.
Referências Bibliográficas
NOVA ESCOLA. Edição 226, Outubro 2009. Título original: Como é o financiamento da
Educação no Brasil?
OLIVEIRA, Adão F. de. Percalços da escola e desafios da educação. In: OLIVEIRA, Adão
F. De; NASCIMENTO, Claudemiro G. do (orgs.). Educação na alternância: cidadania e
inclusão social no meio rural brasileiro. Goiânia: Editora da UCG, 2007.