Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2012/13
PRÁTICAS TURÍSTICAS
FACULDADE DE LETRAS
UNIVERSIDADE DO PORTO
Turísticas
turísticas
PORTO, 2013
António Pedro Barros de Seabra Fragoso 0
MESTRADO EM TURISMO - ATIVIDADE FÍSICA, QUALIDADE DE VIDA E
2012/13
PRÁTICAS TURÍSTICAS
ÍNDICE
Introdução………………………………………………………………………………. 2
O Autismo em Portugal………………………………………………………………… 4
Equoterapia ……………………………………………………………………………...7
Bibliografia……………………………………………………………………………..12
Webgrafia……………………………...……………………………………………… 13
INTRODUÇÃO
O Autismo em Portugal
1
Marques, URBANO MORENO et all – Actividade Física adaptada: Uma Visão Crítica. Revista Portuguesa de Ciências do
Desporto, 2001, vol. 1, nº 1, 73–79
O hipismo, atividade cuja história remonta à antiguidade, pode ser definido como
a arte de montar a cavalo, compreende todas as práticas desportivas que envolvam este
animal, como as provas de salto, dressage (ou ensino), corridas, polo, entre outras,
sendo que apenas as três primeiras fazem parte do calendário olímpico, enquanto no que
diz respeito ao programa paralímpico apenas é contemplada a prova de dressage.
Apesar da sua longa história, as suas regras e competições modernas surgiram no ano de
1883, nos Estados Unidos, entrando no programa olímpico moderno nos Jogos de Verão
de 1912 em Estocolmo, Suécia.
Prática desportiva desde sempre associada às classes privilegiadas, teve em 1911 a
criação da primeira associação de cavaleiros portugueses, com a criação da Sociedade
Hípica Portuguesa que tinha o objetivo de associar todos os que cultivam o desporto
hípico, ou que por ele se interessam, de modo a promover o seu desenvolvimento. Em
1927 foi fundada a Federação Equestre Portuguesa, que atualmente representa todo o
desporto equestre em Portugal, sendo constituída por diversas associações e clubes.
Ao longo da história olímpica portuguesa, o desporto equestre é uma das
modalidades que melhores resultados apresenta, com a conquista de medalhas nas
Olímpicas nos Jogos de Paris (1924), Berlim (1936) e Londres (1948, e que nos últimos
jogos realizados em Londres foi representada por sete atletas nacionais.
Relativamente ao desporto equestre adaptado, é umas das modalidades mais
inclusivas, já que é um desporto que inclui todos os tipos de deficiência e está aberto a
atletas com deficiências motoras, visuais e mental/intelectual. As provas são mistas e
agrupadas de acordo com os perfis das capacidades funcionais de cada atleta.
Equoterapia
Tal como anteriormente foi referido, uma das vertentes essenciais da atividade
física adaptada está relacionado com a questão terapêutica, aspeto que assume ainda
mais importância relativamente aos portadores de deficiência do espectro do Autismo,
já que o objetivo principal de qualquer terapia destes pacientes passa pela obtenção do
maior grau possível de autonomia. É neste contexto que a equoterapia (ou equinoterapia
cavalo. Para ambos, ruídos mais altos, mudanças na rotina e ambientes desconhecidos
causam insegurança e grande parte da comunicação que estabelecem depende da
linguagem corporal. Toleram uma quantidade restrita de contato corporal, sendo que
este nunca ocorre através de imposição. Segundo o autor, a capacidade instintiva do
cavalo de perceber as intenções do cavaleiro leva o animal a acalmar-se quando
montado por um Autista. O contacto com animais pode gerar expectativas de troca e
representação de regras sociais, quando utilizados em terapias (WILSON & TURNER,
1998). A interação com o cavalo, desde o primeiro contato e cuidados preliminares até à
montaria, também desenvolve novas formas de comunicação, socialização,
autoconfiança e autoestima, onde o Autista pode olhar, tocar e este “objeto” não é
estático. Este conhecimento gera comparações entre as partes do corpo do cavalo e da
própria criança, além de suas utilidades e possibilidades.
Parecem pois, evidentes, os benefícios da equoterapia para os portadores de uma
doença do espectro do Autismo, com especial enfoque para as crianças, verificando-se
resultados positivos em diversas áreas do desenvolvimento biopsicossocial.
acrescentar cerca de mais noventa mil pessoas que integram agregados familiares com
um membro da família autista, estamos perante um mercado potencial de cento e vinte
mil pessoas.
Temos na região do norte de Portugal um elevado número de empresas do setor
do turismo equestre com capacidade instalada para fornecer programas integrados que
englobem a equoterapia, sendo apenas necessários alguns ajustes relativamente às
equipas de trabalho, que como vimos anteriormente, devem abranger profissionais
especializados em diferentes áreas.
Esperamos que, com este trabalho, tenha ficado claramente demonstrada a íntima
relação entre desporto (equestre) e turismo, assim como as sinergias que ainda podem
ser estabelecidas entre ambos, perspetivando, por um lado, a melhoria da qualidade de
vida da população com necessidades especiais, e por outro, o desenvolvimento e
crescimento económico das empresas do setor do turismo de natureza e do turismo
equestre.
BIBLIOGRAFIA
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE EQUOTERAPIA – ANDE BRASIL. 1o Congresso Brasileiro
de Equoterapia. Coletânea de Trabalhos: Parte I – Fundamentos e Palestras dos Convidados.
Brasília, 1999. 236 p.
ROBERTS, M. Violência não é a resposta: Usando a sabedoria gentil dos cavalos para
enriquecer nossas relações em casa e no trabalho. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002
WILSON, C.C. e TURNER, D.C. Companion Animals in Human Health. London: Sage
Publications, 1998.
WEBGRAFIA