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Imóveis e Investimentos
Tudo sobre os leilões de imóveis da Caixa Econômica Federal (CEF). Descubra como
comprar imóveis pagando até 40% abaixo do valor de mercado!
Já faz um bom tempo que não postamos nenhuma novidade no blog. Por isso, pedimos
desculpas ao leitor. As tarefas da vida têm consumido quase todo o tempo que temos. Mas
aos poucos alguém vai aparecer por aqui para publicar alguma novidade.
AVALIAÇÃO DO IMÓVEL
Como já é de conhecimento dos leitores mais antigos do Blog Imóveis da Caixa, tudo
começa no site da Caixa Econômica Federal, porque é lá que podemos consultar os imóveis
disponíveis para venda. (Se você ainda não sabe como consultar os imóveis, visite a
postagem LEILÕES DE IMÓVEIS: IMÓVEIS À VENDA).
O valor de avaliação do imóvel era de 150 mil reais, mas estava à venda por 105 mil
reais. Essa diferença já nos dava uma margem de lucro bruto de aproximadamente 42%,
o que equivale a mais ou menos 45 mil reais de estimativa de lucro bruto. No entanto,
ainda seria preciso visitar o imóvel para conhecer melhor a localização e estimar melhor o
valor de mercado.
Como já dissemos aqui no blog mais de uma vez, os imóveis vendidos pela Caixa Econômica
costumam ser avaliados por um preço abaixo do valor de mercado. Nesse caso que aqui
estamos relatando, não foi diferente. Ao visitarmos o imóvel (sem entrar nele, é claro),
constatamos que era muito bem localizado, quase no centro da cidade. O prédio era muito
bonito, com uma fachada bem imponente, o que valorizava ainda mais o imóvel.
Em seguida, procuramos saber se havia algum imóvel à venda no prédio. Não encontramos
nenhum. No entanto, em uma imobiliária próxima do condomínio, conseguimos as
informações de que precisávamos. Segundo o corretor de imóveis que nos atendeu, os
últimos 4 imóveis vendidos no mesmo prédio haviam sido negociados por 180 mil reais.
Assim, a margem de lucro bruto aumentou de 42% para 71%, ou seja, de uma estimativa
de 45 mil reais de lucro bruto para uma estimativa de 75 mil reais de lucro bruto.
Com essa ótima estimativa de lucro bruto, uma eventual demora da Justiça no processo de
desocupação do imóvel passou a não assustar tanto assim. Afinal, a gorda margem de
lucro, por si só, nos deixava com uma boa gordura de vantagem. E isso sem considerar
eventuais correções no valor do imóvel ao longo do tempo.
Por fim, decidimos consultar a Matrícula do imóvel para saber a situação dele.
Normalmente, o setor da CEF, que é responsável pelo edital do imóvel, fornece uma cópia
da Matrícula do imóvel aos interessados. Assim, solicitamos uma cópia desse documento e
nele pudemos constatar o seguinte:
O ex-mutuário do imóvel possuía duas ações judiciais contra a Caixa Econômica Federal.
Em geral, imóveis que envolvam ações judiciais entre ex-mutuário e CEF só podem ser
pagos à vista e sem utilização de FGTS. Por isso, nos preparamos para o pagamento à
vista.
Cientes disso, entramos em contato com o setor responsável por leilões e concorrências
públicas da CEF e solicitamos o edital do imóvel. O telefone e o endereço desse setor
estão disponíveis em qualquer edital de concorrência pública da sua cidade. Se você não
sabe como obter um edital de concorrência pública da sua cidade, visite a postagem
LEILÕES DA CAIXA: IMÓVEIS À VENDA.
Seguindo as instruções constantes no edital, nos dirigimos até uma agência da Caixa
Econômica e fizemos o depósito caução no valor de 5% do VALOR DE AVALIAÇÃO, que
era de 150 mil reais. Sendo assim, o depósito caução foi de R$7.500,00. Feito isso,
lacramos o envelope com a proposta e o comprovante do depósito caução e o entregamos
na agência da CEF de nossa escolha.
(Para saber mais sobre essa documentação, visite a postagem REGISTRO, ESCRITURA E
ITBI).
O valor desembolsado com a Escritura Pública foi de R$1.560,00 reais (somando todos os
valores que a compõem). Por sua vez, o valor do ITBI foi de R$1.630,00 reais. Por fim, o
Registro do imóvel saiu por R$1.075,00 reais. Assim, o total gasto com a documentação
foi de R$4.265,00. (É bom lembrar que metade do depósito caução pode ser usada para
despesas cartorárias. A outra metade é devolvida ao comprador do imóvel assim que sair o
Registro).
Com esses valores, podemos refazer a estimativa de ganhos. Pagamos R$105.000,00 reais
no imóvel, mas tivemos que gastar mais R$4.265,00 reais com a documentação. Portanto,
o valor total gasto até aqui é de R$109.265,00 reais. Como o valor de mercado estimado
do imóvel era de R$180.000,00 reais, a margem estimada de lucro será de
aproximadamente 70 mil reais, o que dá um ganho de mais ou menos 64% sobre o valor
investido (R$109.265,00).
(Não é preciso considerar o depósito caução nas despesas, dado que esse valor é devolvido
ao comprador ao final da alienação).
Feito isso, estava na hora de procurar um advogado e entrar com uma ação Judicial para
desocupação do imóvel.
DESPEJO DE MORADOR OU
DESOCUPAÇÃO DE IMÓVEL
Antes de acionar o ex-mutuário na Justiça, tentamos negociar a desocupação do imóvel
pela via extrajudicial. No entanto, o morador se mostrou totalmente indisposto para
negociar e não hesitou em deixar claro que deveríamos procurar a Justiça para tirá-lo do
imóvel.
Assim, procuramos um advogado, que cobrou R$1.000,00 reais pelos seus serviços e mais
outros R$1.000,00 reais relativos a custas processuais, totalizando R$2.000,00 reais com
a Justiça. Há ainda algumas despesas menores, relativas às diligências do Oficial de
Justiça, mas elas não passam de 70 reais no total.
Como a Audiência de Justificação não serviu para mudar o quadro que se desenhava a
partir de toda a documentação que anexamos ao processo, o Juiz decidiu deferir o nosso
pedido. A decisão saiu na primeira quinzena de fevereiro e, entre outras coisas, o Juiz
dizia o seguinte:
Apesar de a Justiça ter decidido a nosso favor, o morador preferiu desobedecer à ordem
de desocupação determinada pelo Juiz, ignorando os 30 dias concedidos na decisão. Por
isso, quando o prazo venceu, notificamos o Juiz a respeito de o morador não ter feito a
desocupação voluntária do imóvel. Tomando conhecimento da situação, o Juiz determinou
que o mandado de desocupação do imóvel fosse “desentranhado” e que o autor fosse
imitido na posse do imóvel. A partir de então, passamos a providenciar a desocupação do
imóvel por meio coercitivo, com a presença do Oficial de Justiça e até mesmo de força
policial, se houvesse necessidade.
Entre as novas citações do morador e o agendamento com o Oficial de Justiça de uma data
apropriada para realizar a imissão de posse, um bom tempo se passou. Esse foi certamente
o período que exigiu mais paciência de nossa parte, porque embora já tivéssemos
alcançado uma decisão favorável junto à Justiça, ainda não havíamos sido imitidos na
posse do imóvel. A situação era um tanto frustrante, mas não era desesperadora, porque
havia se passado apenas seis meses de que tínhamos entrado com a ação judicial. Em certo
sentido, portanto, ainda podíamos dizer que a Justiça estava resolvendo “rapidamente” a
situação.
No local, o porteiro do prédio nos informou que o morador não estava presente. Diante
dessa informação, ligamos para um chaveiro e o Oficial de Justiça solicitou que a porta do
imóvel fosse aberta. Como era de se esperar, todos os bens do morador ainda estavam lá.
Por isso, o Oficial de Justiça começou a fazer uma listagem de todos os bens que ali
estavam para que o autor da ação (nós) fosse feito fiel depositário dos bens do morador.
Essa situação estava longe de ser boa, porque embora nos fizesse imitidos na posse, não
poderíamos fazer uso do imóvel, dado que os bens do ex-mutuário ainda estavam lá.
Assim, entramos em contato com o nosso advogado e solicitamos que ele entrasse em
contato com o morador para avisá-lo de que já estávamos dentro do imóvel, sendo
imitidos na posse com o Oficial de Justiça. Cerca de 1 hora depois, o advogado do morador
apareceu no imóvel e forneceu um endereço onde todos os bens poderiam ser entregues.
Munidos de vários telefones que poderiam ser úteis nessa data (telefones de chaveiros,
caminhões de mudança, etc.), ligamos para pessoas que faziam mudanças e conseguimos
um caminhão para levar os bens do morador no mesmo dia. Esse serviço nos custou mais
R$450,00 reais. Também seria possível agendar um caminhão junto à Prefeitura, que
fornece esse serviço sem custo, desde que a solicitação seja feita com antecedência. No
entanto, achamos arriscado adiar a imissão de posse apenas para evitar o gasto de
R$450,00, sobretudo porque esse valor é muito baixo em relação ao montante que estava
em jogo. Assim, preferimos tomar posse do imóvel no mesmo dia e ter o imóvel livre e
desimpedido para qualquer fim a que quiséssemos destinar o imóvel (seja moradia ou
venda).
Podemos começar por dizer quanto tempo levou todo o processo. O contrato de compra e
venda foi assinado na segunda quinzena de setembro de 2010, ao passo que a imissão de
posse se deu na primeira quinzena de junho de 2011. Portanto, podemos dizer que todo
o processo levou oito meses e meio. Dos oito meses e meio, seis meses e meio dizem
respeito ao processo judicial de imissão de posse.
É importante saber a duração desse período porque, ao longo dele, o responsável pelo
pagamento do condomínio do imóvel arrematado é o proprietário e não mais o morador.
Sendo assim, devemos descontar do lucro estimado os gastos com condomínio durante esse
período. Não precisaremos descontar os gastos com água, porque para esse imóvel, a água
já está prevista na taxa condominial. Luz, telefone, internet, TV, etc., são gastos que não
estão associados ao imóvel, mas sim ao contratante desses serviços.
Esse é o valor total investido no início da operação. Agora, podemos subtraí-lo do valor de
mercado do imóvel, estimado no início do processo, que era de R$180.000,00 reais. A
diferença, portanto, será de R$65.765,00 reais, o que perfaz ganhos de
aproximadamente 57%.
No entanto, a nossa estimativa já estava um pouco velha, afinal, ela havia sido feita há
quase um ano atrás. Por isso, decidimos investigar novamente o valor de mercado dos
imóveis no mesmo prédio. Por coincidência, haviam dois imóveis à venda no mesmo prédio
no mês de julho de 2011. Entramos em contato com os vendedores e tomamos ciência dos
preços. Um deles custava R$215.000,00 reais, o outro, R$210.000,00 reais.
Para quem pretende vender imediatamente, será preciso descontar 15% dos ganhos para
imposto de renda, o que dá R$14.358,75. Por sua vez, descontando o imposto de renda, o
lucro passa a ser de R$81.366,25, o que perfaz aproximadamente 71% de ganhos sobre o
valor investido.
Existem alguns casos em que há isenção no imposto de renda. Para saber mais, visite a
postagem intitulada IMPOSTO DE RENDA NA VENDA DE IMÓVEIS.
Enfim, esses cálculos não são super exatos, mas também não são tão imprecisos a ponto de
colocar em dúvida a viabilidade dessa operação.
É claro que nem todo imóvel vendido em leilões ou concorrências públicas da Caixa
Econômica Federal oferece uma margem de lucro tão boa quanto essa. No entanto, é
muito difícil esse tipo de operação resultar em prejuízo. Basta fazer as contas com o
mínimo de cuidado e escolher direito a hora de entrar no jogo.
80 comentários:
Obrigado
Responder
Compare com a caderneta de poupança: 30 mil reais não rende mais de 7% em 12 meses, o
que dá R$2.100,00 de ganhos no ano. Nesse caso, a diferença de 10 mil é mais de 4 vezes os
ganhos da poupança.
Além disso, é possível lucrar ainda mais se você pretende construir no terreno.
1. A maioria dos imóveis não podem ser pagos com financiamento, tampouco com uso de
FGTS, ou seja, na maioria dos casos, os imóveis devem ser pagos à vista. No entanto, é bom
ficar de olho porque de tempos em tempos aparece um ou outro imóvel que pode ser pago
com financiamento.
2. A defensoria pública não é tão ruim assim, mas é óbvio que o advogado não terá o mesmo
interesse que um advogado pago poderia ter pelo seu caso. Mas isso não significa
necessariamente que o seu processo vai levar uma vida só porque seu advogado vem da
defensoria pública. Também tem gente séria por lá.
3. De fato, acabamos nos esquecendo dos 450 reais referente ao transporte. Obrigado por
lembrar.
4. Bruno, você tem toda razão. Só não fizemos esse cálculo por falta de tempo mesmo.
Escrever esse texto já deu um trabalhão.
Abraços.
Responder
--> Pode ocorrer casos da justiça não expedir a posse do imovel para quem comprou em
leilão?
Responder
Respondendo à questão: Não nos certificamos de que era o único imóvel da família. E, sim, a
Justiça pode decidir em favor do morador e assim anular o título de aquisitação do imóvel.
Esse caso caracteriza a evicção de direito, caso em que a CEF devolve os valores gastos na
aquisição do imóvel, em benfeitorias, despesas cartorárias, etc. Veja o link Evicção de
Direito.
Boa sorte.
Responder
Não é no TJRJ que você deve procurar, mas sim no JFRJ. Para entender melhor, visite a
postagem intitulada CONSULTA DE PROCESSOS.
Sobre os honorários advocatícios, você pode estar certa. Afinal, cada advogado cobra um
preço. Você vai ter que procurar um bom preço. Mas tome cuidado para não perder em
qualidade. Normalmente, os mais baratos são também os piores. É bom tomar cuidado com
isso. Faça uma boa pesquisa e você vai encontrar um bom advogado por um bom preço
também.
Abraços.
Responder
Anderson
Responder
Não vemos muita diferença entre comprar pela modalidade "venda direita" ou por leilão e
concorrência pública. O que nos importa é a possibilidade de ganhos bem acima da inflação.
Quanto maior for o "desconto" estimado entre o preço de compra e o valor de mercado do
imóvel, mais nos interessamos por ele. A vantagem de garantir um bom "desconto" é que, se
eventualmente algum juiz excêntrico decidir de modo desfavorável e até mesmo contra a
jurisprudência, como acontece às vezes, o "desconto" nos protege do prejuízo até que a
situação se resolva. Boa sorte e bons negócios.
Responder
Pretendo ser um investido de leilões e poderia fazer parte da Rede de Investidores, porêm,
estive lendo alguns artigos no site www.reclameaqui.com.br sobre os leilões da Caixa e
deparei com alguns aspectos que me causaram medo e precisaria de sua opinião,
1-) Nos contratos de compra e venda da Caixa consta que as dívidas de condomínio e IPTU
seriam de responsabilidade da Caixa até a compra pelo arrematante, porêm, lendo o
seguinte link http://www.reclameaqui.com.br/1537067/caixa-economica-federal/imovel-
ocupado-comprado-em-leilao-da-caixa-a-quase-dois-anos/
Fiquei surpreso ao saber que a Caixa ainda não havia pago a dívida do condomínio.
O que fazer para este caso?
2-) A pessoa do seguinte link arrematou o imóvel, reformou e após um ano teve sua casa
devolvido ao antigo dono. http://www.reclameaqui.com.br/1107617/caixa-economica-
federal/imovel-de-leilao/
Pode surgir alguma ação judicial posterior a compra que anule a arrematação?
Como fica o dinheiro investido na reforma? A Caixa devolveria somente o valor pago na
arrematação e não a parte da reforma?
Ou seja, o antigo morador entrou com um processo de usucapião alguns dias antes do leilão
e por haver este processo na justiça o arrematante não pode ter a posse do imóvel.
Neste caso a posse do imóvel pelo arrematante pode levar 5 anos ou mais?
Agradeço a atenção,
Roberto
Responder
1. Nunca tivemos problemas com a CEF no que diz respeito ao pagamento das dívidas do
imóvel. É claro que é preciso ter uma certa paciência e ficar no pé dos responsáveis (GILIE)
porque o processo é burocrático e cheio de chatisses que fazem esgotar a paciência das
pessoas. Uma coisa que acontece muito é que as pessoas entram no jogo sem entender nada
do assunto. No primeiro link que você nos enviou, por exemplo, os próprios compradores
deixam claro que só procuraram saber como proceder para que a CEF fizesse o pagamento
das dívidas DEPOIS de ter adquirido o imóvel. Enfim, vale a pena repetir: nunca tivemos
problemas com as dívidas do imóvel. Mas atenção: há casos em que a CEF não paga as
dívidas, precisamente quando o imóvel não pertence à CEF, mas sim à EMGEA. Para saber se
o imóvel é da EMGEA, consulte o edital.
Sobre o condomínio entrar com uma ação judicial para cobrar a dívida do arrematante do
imóvel, isso é perfeitamente possível. Mas é algo simples de resolver, basta providenciar a
documentação exigida pela CEF para que a dívida seja paga e principalmente ficar no pé do
pessoal da GILIE (setor responsável por leilões da CEF) para que a dívida seja paga. Não tem
mistério.
2. Você está relatando um caso em que há a chamada Evicção de Direito. Nesse caso,
conforme é previsto em contrato, a CEF devolve todos os valores gastos pelo arrematante,
inclusive despesas cartorárias (documentação), condominiais e benfeitorias (reforma).
Consulte a postagem RISCO DE EVICÇÃO DE DIREITO. Nessa postagem, você encontrará os
detalhes. Além disso, é possível que o ex-mutuário entre com uma ação judicial para anular
o leilão. No entanto, o fato de entrar com a ação DEPOIS de o imóvel já ter sido arrematado
já coloca o ex-mutuário em desvantagem. É claro que no final quem decide é o juiz.
3. Os links da questão 3 não estão abrindo. Por isso, não pudemos ler as reclamações para
saber de que se trata. Sobre o usocapião, é preciso lembrar que a posse do imóvel tem que
ser PACÍFICA. Para provar que ela não é pacífica, o arrematante do imóvel pode solicitar
junto à CEF (precisamente junto à GILIE, que é uma espécie de setor da CEF que cuida dos
leilões) as notificações extrajudiciais a respeito do leilão e anexá-las ao processo para
apreciação do juiz. No entanto, não custa repetir que o juiz é quem vai decidir o caso, mas
a jurisprudência está a favor do arrematante, embora não estejamos diante de uma ciência
exata. Também é complicado falar de prazos para a Justiça decidir, porque isso depende até
mesmo da cidade em que você vai comprar o imóvel. Em São Paulo temos trabalhado com o
prazo de 12 meses para desocupar o imóvel, porque a Justiça tem decidido rápido, em
alguns casos, em 7 meses, mas em outras cidades já não sabemos como anda a Justiça.
Nesse caso, você terá que investigar por conta própria.
Dica: Não compre qualquer imóvel de leilão. Procure entrar apenas em bons negócios.
Afinal, quanto maior o lucro, menos problemática será a demora por parte da Justiça. Exija
no mínimo 30% de lucro líquido sobre o valor investido.
Queremos deixar claro que não temos qualquer vínculo com a CEF e não temos nenhum
interesse na venda desses imóveis, a não ser quando nós próprios somos compradores. Tudo
o que fazemos no blog é compartilhar as experiências pessoais que tivemos negociando
imóveis de leilão.
Respostas
Responder
Não posso comprar e vender outro em mesmo de 5 anos senão pago imposto novamente, mas
e se no caso a casa que eu compra colocar no nome da minha esposa e não no meu, sendo
que a 1 casa que eu vender estava no meu nome e a 2 casa que comprar colocar nome dela
se for vender a 2 paga imposto mesmo assim por ser casados ou não ??
Responder
Talvez exista alguma brecha para escapar desse imposto. Mas até onde sabemos, é isso
mesmo o que acontece. Se não usar o dinheiro no prazo de 180 dias, paga IR, e se usar só
uma parte, paga IR sobre a parte não utilizada. Procure um advogado tributarista e veja se
existe alguma brecha para ficar isento da cobrança de IR.
P.S. Há quem diga que é possível entrar na Justiça para obter o direito de fazer a correção
monetária no valor do imóvel, o que faria o lucro tender a zero, de modo que o IR também
tenderia a zero. Os advogados que trabalham com essa via costumam interpretar a cobrança
de IR combinada com a impossibilidade de correção monetária no valor do imóvel como ato
confiscatório, o que é inconstitucional. Mas, não custa repetir, não somos especialistas no
assunto. Por isso, sugerimos que você procure um advogado e investigue se isso pode mesmo
ser feito. Abraços.
Responder
Já os 15% de Imposto de Renda são cobrados sobre o lucro e não sobre o valor pago pelo
imóvel. Considerando o mesmo exemplo, se o lucro foi de 25 mil reais, o IR será de 15%
sobre 25 mil reais, o que dá 3.750 reais, e não 15 mil reais, como você calculou. Nesse caso,
ainda sobraria 21.250 reais de lucro.
Abraços.
Responder
2 perguntas:
1-Se o marador (até então), nega-se passar um endereço para entrega de seus bens e
recusa-se de retirar seus bens da casa.
2-Eu conseguiria fazer um financiamento, ou empréstimo, carta de consórcio para pagar
este imovel, ou teria que ser dinheiro vindo diretamente da minha conta?
Responder
Obrigado Fernando
Responder
Não temos uma resposta precisa para a questão que vocês fizeram. Aparentemente, tudo
começa com leilões ou concorrências públicas e, caso não ganhe desfecho nessas
modalidades, entra em cena a venda direta. Mas nunca nos demos o trabalho de entrar em
contato com a GILIE (setor da CEF responsável por alienações de imóveis) para entender
exatamente como funciona. Por isso, se vocês quiserem mais detalhes, sugerimos que
entrem em contato com a GILIE. Vocês encontrarão os telefones nos editais dos imóveis.
Abraços e boa sorte.
Responder
A segunda questão, de fato, não pudemos entender. Aparentemente, você quer saber se na
situação descrita na questão 1, o imóvel poderá ser negociado por financiamento/consórcio,
etc. Pois bem, uma coisa não tem nada a ver com a outra. Primeiro, o arrematante compra
o imóvel, que pode ou não ser suscetível de financiamento/consórcio, etc. Depois é que o
ex-mutuário vai tomar a decisão de protelar a desocupação do imóvel. Portanto, não há
como o financiamento ser afetado por uma atitude que o ex-mutuário possa vir a tomar
DEPOIS que o imóvel já foi comprado.
Enfim, isso é o que conseguimos entender das suas dúvidas. Esperamos ter ajudado um
pouco, ao menos.
VENDI UMA CASA MINHA POR 30% A MENOS DO Q VALIA PARA COMPRAR O IMOVEL DE UMA
AMIGA, ELA TINHA A CASA FECHADA TODA DETONADA MAS FOI AMOR A 1º VISTA, ENFIM ,
ANTES MESMO DE VENDER MINHA CASA FUI MORAR NESSA OUTRA, POIS MINHA AMIGA DISSE Q
NAO TINHA PRESSA EM ACERTAR VALORES, FIZEMOS UM CONTRATO DE BOCA MESMO.
REFORMEI A CASA COLOQUEI TUDO DO BOM E DO MELHOR, NAO TINHA NEM VASOS
SANITARIOS NOS BANHEIROS,COLOQUEI PORTAO ELETRICO BASCULANTE, ETC, GASTEI MAIS
DE 30 MIL, E 2 SEMANAS DEPOIS Q ELA ME INFORMOU A SITUAÇÃO DO IMOVEL, Q ESTAVA
BRIGANDO COM A CEF A 10 ANOS E NAO TINHA COMO ELA RECEBER DINHEIRO MEU ATE SAIR
UMA DECISÃO, MAS EU PODERIA FICAR NA CASA ATE SAIR UMA SENTENÇA DA CEF E DEPOIS
ACERTARIAMOS, JA ESTOU A 3 ANOS E NADA SAIU, JA TENTEI ENTRAR COM UM ACORDO
DIRETAMENTE NO JUDICIARIO DA CEF DE CURITIBA E OQ ELES DIZEM É Q NAO PODEM FAZER
NADA E Q TENHO Q ESPERAR SAIR UMA DECISAO E Q QDO SAIR ELA IRA PARA LEILAO, TENHO
MEDO DE ALGUEM DAR UM LANCE MAIOR Q O MEU E EU TER Q SAIR DA CASA, MEUS FILHOS
AMAM A CASA E O LOCAL E EU TB, JA TIVE ATE DEPRESSAO QDO SOUBE DA SITUAÇÃO, JA
ENTREI COM UMA AÇÃO DENTRO DA AÇÃO Q A CEF TEM COM O EX MUTUARIO TENTANDO
FAZER UM ACORDO ENTRE AS 3 PARTES, ALGO Q SERIA O MAIS SIMPLES E LOGICO PARA AS 3
PARTES, MAS NAO CONSEGUI NADA COM ISSO TB, SOMOS PESSOAS IDONEAS, JA TENHO MAIS Q
A METADE DEPOSITADA NA CEF ESPERANDO UMA SOLUÇÃO, GOSTARIA DE SABER SE TEM
ALGUM CAMINHO Q AJUDE A PULAR TANTAS BUROCRACIAS DA CEF E TER MEU SONHO
REALIZADO, MUITO OBRIGADA. MAGDA
Responder
Infelizmente não existe nenhum caminho para resolver o seu caso rapidamente. A única
alternativa seria a Justiça e ainda assim seria apenas uma tentativa, sem qualquer garantia
de que a coisa se resolveria a teu favor. Mas você disse que essa alternativa já foi adotada e
não surtiu efeito positivo. Nesse caso, o jeito é aguardar com paciência.
Obs. Uma coisa não ficou muito clara no seu comentário. Você chegou a pagar alguma coisa
pela casa ou está morando na casa sem ter pago nada? Se você pagou pela casa, não
podemos deixar de dizer que a sua amiga não é tão amiga assim. Ela te enganou e te passou
um abacaxi enorme. Esse tipo de coisa poderia ter sido evitada se a negociação não fosse
feita "de boca", "no fio do bigode" ou ainda por contrato de gaveta. Por isso sempre
recomendamos negociar tudo pela via correta. Mas se você não pagou nada pelo imóvel, a
situação já fica um pouco melhor, porque embora tenha ficado com um abacaxi enorme,
você não pagou nada por ele (a não ser que se considere os gastos com reforma).
Respostas
Seja como for, a nossa resposta é a seguinte: como você não tinha a carta de
arrematação, também não conseguiu registrar o imóvel no seu nome; portanto,
enquanto o IPTU se referir a um período em que você ainda não era o proprietário,
a dívida não é sua.
Boa sorte.
Responder
Respostas
O resultado do leilão já foi publicado no site da CEF? Essa consulta você faz na
mesma página em que consulta os imóveis. Só vai precisar do CPF do participante
do leilão (no caso, o seu mesmo, suponho). Enquanto não sair esse resultado, não
adianta correr atrás disso. Mas a publicação do resultado também tem prazo para
sair, conforme consta no edital. Dê uma olhada nisso.
Enfim, é melhor ficar em cima deles. Senão ainda pode acabar perdendo o
depósito caução.
Boa sorte.
Responder
entao quer dizer que nao preciso da Documentista para entrar na concorrencia do imoveis ?
Porque me falaram que era obrigatorio ter um corretor de imoveis para intermediar com a
Caixa.
Grato.
Ederson
Responder
Respostas
Responder
Respostas
Se entendi bem, você não tem o dinheiro da documentação. Bom, você vai
precisar dele e lembre-se dos gastos com advogado em caso de imóvel ocupado.
Boa sorte.
Responder
Respostas
Não temos nenhum advogado para indicar. Mas se algum advogado estiver
interessado, que fique à vontade para deixar os seus dados de contato nos
comentários.
Boa sorte.
Responder
Em primeiro lugar, parabéns pela iniciativa do presente blog que, de forma simples e
objetiva, vem esclarecendo as dúvidas de "pessoas comuns".
Faço parte de um seleto grupo de advogados que, há algum tempo, investem nessa
modalidade de aquisição imobiliária, porém, preferimos trabalhar com essas Ações de
Imissão de Posse somente para resolver nossos casos particulares, quando necessário, claro.
Poderíamos ajudá-la, porém, não me sinto confortável, através dessa página de diálogos,
pois, muito embora autorizado expressamente pelo administrador do Blog no item acima,
parecerá mero oportunismo e venda de serviço.
De qualquer forma, "Anônima", sua ânsia em buscar definições quanto a questão técnica
sobre a referida Ação de Imissão de Posse para tentar barganhar os valores cobrados a título
de honorários a fim de enquadrá-los em seu orçamento, eu diria que é válida, contudo, eu
me preocuparia mais em conseguir um bom profissional competente, cujos honorários
profissionais, lhe sejam mais satisfatórios.
Outra questão é que o blog está de parabéns é a de ficar isento quanto à indicação de
profissionais para qualquer que seja a área solicitada.
Boa noite.
Antes de tudo gostariamos de dar nossos sinceros parabens para a excelente qualidade do
site de voces. Moramos na Europa eu e minha familia, e iremos ao Brasil ano que vem para
iniciarmos nossos negocios neste ramo. Apos buscarmos muito na internet, esse foi sem
comparacao o site mais perfeitamente explicativo que encontramos. Somos uma familia de
empresarios e gostariamos apenas de deixar aqui nossos cumprimentos a voces.
Ainda estamos lendo o inicio dos comentarios. Caso tenhamos alguma duvida, gostariamos
de lhe pedir um conselho. Prometemos nao incomoda-lo excessivamente com nossas
perguntas.
Maise
Responder
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