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ASSENTANDO AS BASES

Será que conhecemos de fato as regras do jogo da vida?


Observar nossa parte inconsciente, quer dizer, dar-nos conta daquilo que move
nossa realidade, nos fará conscientes, esta é à saída do labirinto.
Compreender quais são as regras legítimas do jogo da vida, fará que nossa
percepção se clarifique e a carga existencial se alivia.
De modo geral compreendemos a vida como um lapso temporal entre o
nascimento e a morte do ser físico/biológico. Definimos a vida desde
parâmetros fáceis de reconhecer, tais como: exitosa, abundante ou
desgraçada, cheia de carências.
Desde o inicio de nossa experiência física, fomos condicionados para querer
alcançar a vida exitosa e fugir da desgraça. Parece óbvio, você deve estar
pensando, mas é importante saber que isso que chamamos vida tem uma
lógica, segue uma ordem, que é diferente daquilo que até agora se acreditava.
Desse modo, o primeiro que precisamos saber é que tudo segue um
ordenamento prévio, não há casualidade, há causalidades.
Não existe caos sem propósito, toda causalidade é um propósito, um para quê.
Uma finalidade, que certamente nos escapa da compreensão superficial.
Temos passado nossa existência em sobreviver, em ter mais de tudo.
Mais saúde, mais bens materiais, mais família, mais amizades, mais coisas
como sinal de êxito.
Estamos convencidos que esse é o objetivo da vida, quando nossa experiência
transcorre num amplo estado de bem estar.
O que queremos sustentar aqui é que a lógica que está oculta, que opera por
trás dessa experiência, induz que haja crescimento, que todos evoluamos.
Mas, evoluir para onde, em que sentido?
Até assimilar a verdadeira realidade, entender a lógica que opera toda
existência, porque somos parte desse sistema chamado Universo. Para isso
necessitamos deixar um espaço para outras possibilidades, que não são
aquelas que nossas crenças, dogmas e liturgias nos apontam.
Somos seres multidimensionais, que se identificam apenas com seu plano mais
concreto, o corpo físico.
Aí está à distorção, nossa cegueira, já que há uma grande parte que ignoramos
que desconhecemos e é aquela que tem todas as soluções e todas as
respostas às perguntas de nossa vida.
Aliás, é mais que isso, é nossa parte que contém a pergunta que
operacionaliza a realidade/resposta que vemos. Por tanto, se aceitamos que
somente existe o que veem nossos olhos, a informação que recebemos dos
meios de comunicação de massa, a informação que recebemos na escola, na
família; teremos uma perspectiva muito pequena do filme.
Dado que fomos condicionados desde infantes, com os ideais do correto e
incorreto, do que é ter êxito e que é ser fracassado, o que é bom e o que é mal,
etc., é normal validar o mesmo esquema repetitivo. Quando se cumprem os
objetivos que marcam o programa ideal, respiramos aliviados imaginando que
temos uma boa vida.
Cremos que viver bem é cumprir com os objetivos idealizados e
socioculturalmente convencionados.
De repente algo falha, um problema de saúde, perda de emprego, morte de um
ente querido, uma separação, um fracasso econômico e nosso mundo
desmorona; porque segundo o desenho idealizado que temos em mente esses
aspectos da vida são uma desgraça e o rechaçamos, nos deprimimos.
O que precisamos compreender é que ante uma situação de conflito, de algo
que vivemos como um problema, a saída é diferente do que pensávamos até
agora, com outra lógica.
Todo contexto conflitivo é um recurso didático.
Primeiro: aceitar que a capacidade de perceber de maneira diferente é mais
importante que o conhecimento acumulado até agora e mais, as crises que nos
ocorrem têm como propósito que as transcendamos, expandindo nossa
consciência. Assim foi que o planeta e tudo que nele existe evoluiu ao longo de
sua história, caos ordem, caos ordem, caos ordem... nesse processo de
criação continua de possibilidades nos tornamos o que somos, sem que nos
déssemos conta disso. O aspecto de caos trás em si qualidades genuínas que
são insubstituíveis.
Segundo: as coisas não acontecem em nossa vida de forma arbitrária, o que
nos ocorre tem uma mensagem, é um impulso para evoluirmos em
consciência.
Por tanto, devemos deixar um espaço em nós, considerando essa
possibilidade.
No modelo de navegação que cada um de nós tem da vida, quando surge algo
que nos parece um problema, sempre há duas opções: resistir-nos e fugir ou,
compreender, aceitar e evoluir um degrau mais.
Quando ocorre algo que a nosso juízo consideramos um mal se põem em
marcha, pensamentos e emoções que chamamos negativas, que nos fazem
entrar em situação estressante, nos ressentimos, não queremos sofrer e isso
nos divide internamente.
Compreender como funcionamos é a primeira chave para resignificar o que
entendemos como vida.
A negatividade, o medo, são mensageiros de um novo desafio em nossa vida,
não seguir com a crença de que os conflitos são um mal que devemos evitar, é
uma forma de fazer consciente nossa parte inconsciente. Como dizia C.G.
Jung: “Enquanto nosso inconsciente não se torna consciente, o subconsciente
continuará comandando nossa vida e a isso chamamos destino”.
Nossa biologia tem recursos para restabelecer o equilíbrio, porém quando
começa esse programa biológico ao que chamamos enfermidade e, dada a
nossa ignorância a respeito, isso nos coloca mais desesperados e evita que o
equilíbrio se produza.
O corpo não cria malignidades, somente coloca em marcha programas para
resolver de forma biológica os conflitos percebidos.
O exposto até aqui nos leva a duas conclusões a considerar:
Assumir de verdade que a vida não é preocupar-nos por tudo e sim, estar
dispostos a soltar crenças e condicionamentos limitantes e dar-nos conta de
quais são os princípios universais que regem a existência. Para isso é
fundamental estar conscientemente disponível a mudança, aceitando o que
vem, seja isso o que for.
Dar-se conta de que esse jogo, chamado vida nos pede colocar-nos
disponíveis, aceitar, auto-observar-nos e transcender as situações; isto nos
levará a uma nova versão de nós mesmo.
Para isso devemos responsabilizar-nos pelo que ocorre em nosso dia-a-dia e
integrar os verdadeiros códigos universais que regem essa existência.
Ser responsáveis corresponde a conhecer nosso propósito original.
As crenças que seguimos e que viemos validando desde que nos entendemos
como pessoas, tal como: “a vida é uma luta”, “ostentar-nos para demonstrar
que valemos”, “se esforçar para ser sempre positivo”, não fazem mais que
obstacularizar nosso crescimento como seres livres que originalmente somos.
É tempo de desaprender, deixar as idéias cristalizadas e esses enlatados
mentais para trás. A saída desse labirinto é para dentro, já que todo poder vem
de nosso interior, que ainda não provamos e desconhecemos inteiramente.
Demo-nos a oportunidade, ao permitir nos pensar que as coisas podem ser de
outra maneira, iremos descobrir um mundo novo nessa outra via, cheio de
potenciais. Para isso é preciso que nos treinemos em outras práticas
cotidianas, já que levamos toda vida sendo condicionados para sentir-nos
pequenos, dependentes de algo ou alguém externo e limitado.
Já é tempo de assumir quem realmente somos, não consumir mais tempo em
sentir-nos vitima, passamos da etapa de buscar fora a solução de nossos
problemas é momento de dar-nos conta que as respostas vêm de nosso
interior e do futuro; esse é o mapa que nos dá a Lei do Desdobramento, um
mapa para transitar pela vida como protagonistas e não como coadjuvantes.
Isso é semelhante ao Mito da Caverna de Platão.
O convite é para liberar-nos das amarras e sair do conhecido, para respirar ar
puro e entrar num espaço que nunca havíamos imaginado, mas que desde
sempre existia e que nos era encoberto por toda sorte de distrações para que
não nos déssemos conta de quem realmente somos para servir de massa de
manobra a quem quer que seja o interessado.
Nesse processo é fundamental que realizemos nossa própria aventura de
descobrimento, começando por aprender a escutar-nos, para ter coerência e
não estar dividido internamente entre o que queremos dizer e o que realmente
dizemos. A partir daí desperta um poder original que temos, para manifestar
nossa criatividade e construir um melhor futuro.
Já não se trata de saber quem somos e sim de quem não somos.
Para a nova lógica que está se filtrando, mais do que aprender é fundamental
desaprender, é disso que se trata, um novo olhar desde outra perspectiva.
Tudo passa por colocar-nos disponíveis para a mudança em nossa forma de
perceber, isso muda nossa percepção daquilo que chamamos realidade.
É um reiniciar em nós mesmos, como receptores que somos nesse planeta, do
qual somos parte.
É importante dar-nos conta de que todo propósito é anterior à existência, dito
de outra forma, o espaço/tempo se abre para experimentar o que não somos.
Viemos a este plano para experimentar como é sobreviver, sentir medo frente
ao meio externo, competir com os outros e tentar preencher o vazio existencial
com coisas externas.
Estas são as razões porque temos experimentado tanta divergência até esse
momento.
Agora está se encerrado uma abertura temporal e é tempo de retornar com a
informação que colhemos dessa experiência, por isso tudo em nossa volta
parece estar acelerado e parecendo caótico.
Porém tudo obedece a uma coerência perfeita regida por uma lei universal, da
qual poucos conhecem, denominada de Lei do Desdobramento.
A lei que explica matematicamente como o Universo inteiro está configurado.
Essa Lei começa ser revelado através da contribuição do físico francês Jean
Pierre Garnier Malet.
Sua expressão científica permitiu reconhecer a presença de um "Tempo Zero",
a partir do qual esse se abre simultaneamente do Presente, Passado e Futuro.
Com a descoberta de Garnier percebemos que existe o desdobramento. A esta
premissa global, que estabelece como origem fundadora do espaço-tempo,
soma se a contribuição do médico alemão Reyk Hamer, que descreve com
profundidade os marcadores biológicos que governam os indivíduos.
Estes marcadores biológicos são desenvolvidos nos diferentes estádios da
evolução da vida sobre a Terra, observados linearmente ao longo de milhões
de anos que permitem transitar os conflitos de sobrevivência, busca de
proteção, comparação e competição, substituição do faltante.
Os conflitos permitem ao indivíduo gerar auto referência, gerenciamento
eficiente de sua existência individual e transcender os desafios implícitos,
produzindo projetos com maior funcionalidade e integridade.
Durante esses quatro estágios da vida na Terra, a experiência acumulada em
relação aos marcadores biológicos permitiu que o ser humano existisse de
acordo com parâmetros lógicos divergentes. Sobrevive, se protege, compete e
delimita seu território porque se percebe um indivíduo separado de outros, em
quem ele encontra uma ameaça à sua vida e a de seu clã. A quinta etapa da
vida na Terra está em andamento. Nela, o planeta e o ser humano como
expressão mais refinada da vida sobre a terra, ativam um potencial de
Convergência.
O desenvolvimento desta etapa começa com o desafio que surge no ser
humano de um conflito existencial ou capacidade que adquire nesta etapa da
evolução para se reconhecer transitando um tempo limitado e finito. A
consciência de sua temporalidade linear força-a a se relacionar com a noção
de não existência, começando a perceber a não linealidade.
Com a necessidade de entender o nada se conecta com noções místicas,
entidades superiores, líderes, ideologias, etc.
Com essas noções, ele tenta substituir seu vínculo lógico, com a não
existência, sem alcançá-lo.
Por tentativa e erro desta perspectiva mágica, após uma maturação, permite
ver os bastidores ou parâmetros invisíveis que se movem atrás dos mitos e das
lendas. Perceber esses bastidores conduz para a possibilidade do ser humano
observar seu próprio projeto e transcendê-lo.
Assim, a instância convergente do espaço-tempo está em andamento.
A partir de 2012 começa um processo, mais coerente, com a contribuição da
argentina Alejandra Casado Wosniak, com a Perspectiva Universal e a LGC,
derivadas da Lei do Desdobramento.
É a primeira vez que uma lei universal, inclusiva de cada elemento presente no
universo expressado, é aplicada de maneira concreta pelas pessoas comuns
se assim decidem por sua auto referência.
No processo de assimilação da LGC, qualquer pessoa pode gerar um vínculo
lógico com a não existência, sem apelar a noções mágicas.
Uma relação lógica com o abstrato em lugar da relação mística se faz
necessária.
Na comunidade cientifica há um entendimento de que a consciência, a
capacidade de dar-se conta é algo que se origina a partir da maturação do
plano mental.
A composição essencial do espaço/tempo careceria de consciência e
inteligência, seria o resultado de uma emergência fortuita devida por uma série
de casualidades movidas por uniões químicas e forças físicas da matéria.
Assim, desde o inconsciente do espaço/tempo nasce fortuitamente a
consciência. O ser humano tem o privilégio de ser um dos elementos vivos que
desenvolveu a faculdade da consciência e da inteligência. Esta conclusão da
ciência é totalmente lógica, tendo em conta seu ponto cego: o inconsciente do
desenho, do abstrato.
Para a ciência o abstrato, o inconsciente, é uma área que carece de
consciência e de inteligência e, portanto carece de importância. O abstrato é
um aspecto cego sem finalidade, nem propósito.
Segundo a ciência atual, a consciência, a inteligência, a finalidade e o propósito
nascem da maturação neurológica. Antes da neurologia somente existiria um
aleatório causa e efeito. Não haveria consciência nem inteligência além da
neurologia.
O que transcende a consciência neurológica, a consciência abstrata é o
aspecto invisível que dá sentido ao visível. Nos axiomas da ciência se não é
visível não se leva em conta já que esse terreno pertenceria à religião e a
espiritualidade.
A ciência, um mecanismo de abordagem lógico, preciso e neutro, se enfoca
nas dimensões visíveis e tangíveis e o mecanismo empregado para administrar
o aspecto negativo ou abstrato é a religião e a espiritualidade. Estes
mecanismos têm uma abordagem e uma gestão do abstrato sumamente
impreciso. O enfoque não é lógico é místico, mitológico, simbólico e filosófico.
Enfoques pouco funcionais para uma abordagem que requer precisão,
neutralidade e lógica.
Está claro que em algum tempo do universo esta maneira de abordar as
dimensões intangíveis tinha sentido e propósito, pois permitia abordar de
alguma maneira o abstrato, mas por muito cego que seja o ponto, não pode
permanecer cegado.
O que interessa nesse momento não é se o enfoque religioso e espiritual teve
propósito ou sentido em algum momento da história e sim se continua válido
para esse tempo.
Tanto a religião como a espiritualidade empregam mecanismos completamente
defasados e desconexos
para os tempos atuais, o olhar místico, mitológico, poético, filosófico do
abstrato requer de urgente e necessária revisão.
O abstrato tem uma dinâmica de funcionamento tão lógica e precisa como tem
o concreto. Acontece que o tempo que temos recorrido nos orientou,
maiormente para exploração em referência externa, movimento que permite a
geração e consumo de experiências e conhecimento, isto nos levou a um
refinamento elaborado e sofisticado da ciência.
O determinante de maturação do desenvolvimento abstrato foi mantido num
papel secundário e de menor importância.
Vale recordar que a ordem de afetação entre abstrato e concreto é do
intangível configurar o tangível.
Ao não ter um mecanismo preciso para abordar o abstrato e só para abordar o
concreto o ser humano tomou consciência dos efeitos tangíveis, mas não de
suas causas intangíveis.
A área das causas da consciência reside no abstrato, à área dos efeitos da
consciência reside no concreto.
A questão é se podemos elaborar um mecanismo lógico com a mesma
precisão para nosso vinculo com o negativo como com o positivo. Na fase do
espaço/tempo que estamos entrando, em cuja dinâmica ganha importância o
vínculo entre a origem abstrata e a realidade tangível, começa ser substancial
o movimento de referência interna e por isso uma gestão mais madura e
precisa do abstrato.
O vínculo místico com o abstrato começa não ser mais funcional e o atual
espaço/tempo demanda um processo de maturação de nossa maneira de
relacionar-nos com o intangível.
Assim surgem os primeiros desenvolvimentos que abordam o intangível desde
um olhar lógico, que começa a dar-nos um discernimento mais especifico,
preciso e neutro dessas dimensões abstratas que conformam a consciência.
O que conhecemos como ciência hoje, podemos chamar de ciência positiva,
quer dizer, é uma abordagem lógica, neutra e técnica do estudo das dimensões
tangíveis da consciência.
Porém, não podemos permanecer apegados em que o único a ser abordado é
o visível, porque assim ficaríamos na metade da equação completa.
Há outra área da consciência, outras dimensões e frequências que não são
tangíveis e visíveis.
Para poder abordar essa área intangível temos que elaborar um mecanismo
igualmente neutro e técnico, preciso e refinado que poderíamos chamar de
ciência negativa. Quando podemos vincular e convergir à ciência positiva com
a ciência negativa haverá uma ciência interdimensional.
A compreensão da Lei do Desdobramento e suas ferramentas derivadas é a
primeira tentativa para nos aproximar de forma lógica do abstrato, liberando o
vínculo com essa área, das superstições, fantasias e ilusões místicas.
Desde uma lógica abstrata podemos fazer visível o ponto cego da ciência
gerando em consequência uma ciência interdimensional.
Muitos podem afirmar que a abordagem mística, simbólica, poética e filosófica
do abstrato acolhe muitas filtrações da verdade e isto é certo.
O que acontece é que a maneira de articular e expressar essa verdade neste
espaço/tempo tem uma grande margem de erro. Expressam uma verdade de
maneira imprecisa, pouco neutra e tecnicamente frouxa. Quando
intercambiamos entre nós uma compreensão verdadeira de maneira imprecisa,
passional e mística isto pode gerar no contexto muita ressonância, mas
também provoca o mesmo nível de multinterpretações.
Tomar a verdade desde onde se orientam estes mecanismos para dar-lhe um
enfoque renovado mais técnico, neutro, preciso e lógico gera uma ciência
negativa, uma abordagem lógica do abstrato, onde todos nós podemos nos
entender e comunicar. Uma terceira linguagem, como às vezes é nomeada,
que faça a ponte entre a linguagem própria de um observador e outro.
Saber a que se refere quando se está falando, engrandece a ciência positiva é
por isso que a comunidade cientifica em todo mundo há podido compartilhar e
desenvolver progressivamente seus descobrimentos.
Agora precisamos de uma linguagem igualmente precisa e refinada para o
abstrato, para saber a que nos referimos quando dizemos algo.
Isto nos permitirá o intercâmbio, desenvolvimento e expansão multidimensional
da consciência.

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