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MÉTODOS E TÉCNICAS DE ESTUDO

“O importante não é estudar muitas horas mas, sim, aproveitá-las o melhor possível”

As técnicas de estudo pretendem ser:


- Um instrumento útil para aprender e conseguir alcançar um melhor rendimento
escolar;
- Um conjunto de normas orientadoras ao serviço do estudante que as queira aplicar,
adaptando-as às suas características concretas;
- Realizáveis na prática habitual, gradualmente e segundo o esforço inicial do aluno.
TIRAR APONTAMENTOS

Objectivos:

▼ captar o essencial das novas informações fornecidas pelo professor;

▼ organizar essa informação numa estrutura coerente e facilmente memorável


(informações estruturadas são informações semi-memorizadas, facilitado se usar as
próprias palavras e símbolos).

Vantagens:

▼ obriga a prestar atenção durante as aulas;


▼ a escuta torna-se um processo activo na procura e organização da informação;
▼ maior concentração durante a aula;
▼ facilita a assimilação da matéria;
▼ perceber quais os pontos mais focados pelo professor.

É importante conhecer o que se deu antes na aula (releitura das notas, exercícios,...);
Rever logo de seguida o registo de notas efectuado;
É essencial saber se compreendeu, (verificar as palavras-chave, abreviações, grafismo,
etc).

Princípios a seguir:

▼ 1º Organizar a página
- não registar demasiada informação numa só página;
- ter um sistema de numeração e identificação das folhas;
- prever um espaço para registar as referências bibliográficas.

▼ 2º Utilizar palavras e frases-chave


- identificar no discurso do professor as palavras-chave, as ideias-mestre;
- usar abreviaturas com o propósito de acelerar o processo de registo;
- captar de uma forma completa as frases-chave (pronunciadas no momento da viragem
do discurso, indicar o que vem a seguir, frases em que insiste ou pela entoação, pelo
ritmo mais lento, escrevendo no quadro, citações).

▼ 3º Estruturar a informação
- a organização das ideias deverá ser bem visível na folha de registos; por exemplo:
- escrever um parágrafo por ideia;
- deixar um espaço maior quando muda de assunto;
- usar desvio ou setas sempre que uma ideia dependa de outra;
- usar os sublinhados, cores, enquadramentos.

Revisão dos apontamentos:

▼ Reler os apontamentos e completá-los


- comparar os apontamentos com os dos colegas para ver se reteve a mesma informação;
- completar com ideias que ainda recorde da aula.

▼ Estruturar a informação
- usar as formas de destacar (cores, tamanho das letras, maiúsculas, sublinhados);
- hierarquizar a informação.

▼ Assinalar as passagens obscuras


- assinalar o que não percebe e tirar a dúvida com o professor ou colegas.

▼ Verificar a eficácia das palavras-chave


- a palavra-chave condensa um certo número de informação num só termo, assim, ao ler
a palavra-chave lembrar-se-á de toda a informação que ela representa.

▼ Determinar as palavras-chave que encerram o conteúdo de cada parágrafo

▼ Parafrasear
- quando não compreende alguma parte do texto, tente reformular esse texto por
palavras suas e confirme com o professor ou colega.

▼ Transformar o texto em imagem e vice-versa


- traduzir uma passagem difícil num gráfico, numa representação visual do seu
significado.

▼ Procurar exemplos
- imaginar para uma lei, uma categoria geral um exemplo ou um contra-exemplo.

▼ Elaborar um plano de parte da matéria


- pode ter a forma de repetição de títulos e de palavras-chave, resumo, gráfico, esquema
heurístico, etc.
ELABORAÇÃO DE RESUMOS

O que resumir e como se faz:

▼ a estratégia de resumo depende consoante tenha de resumir toda a matéria, de


comentar um texto de autor ou de juntar diferentes fontes de informação;

▼ as técnicas que apresentamos têm por objectivo reduzir a quantidade de informação a


memorizar e organizar aquelas que seleccionou em núcleos facilmente memorizáveis. A
forma de resumo que vamos apresentar é a do plano estruturado.

O que caracteriza um plano estruturado:

- é elaborado antes de memorizar a matéria;


- efectua-se quando o estudante finaliza a revisão das notas;
- é facilitador da memorização;
- contém menos palavras do que o texto original;
- ou respeita a estrutura do texto original ou é uma forma de organizarmos as ideias;
- é uma técnica de redução da informação.

Porquê resumir:

▼ O resumo irá originar o reagrupamento das ideias e a sua hierarquia, daqui depende a
facilidade em memorizar a matéria e a possibilidade de reformular, a partir de um
esqueleto de palavras e frases chave, ideias muito mais pormenorizadas.

Quando fazer um resumo:

▼ Aguardar uma maior quantidade de matéria e fazer um resumo tendo uma visão de
conjunto.

Estratégia – Leitura panorâmica

A técnica consiste em sobrevoar com o olhar o conjunto do texto; registará indícios


visuais ou palavras-chave que irão conduzir a sua leitura; apanhará o sentido global do
que terá de ler.

Conselhos para a leitura panorâmica:

- identificar o contexto em que se insere a parte da matéria;


- leitura panorâmica da parte da matéria que tratará;
- o princípio e o fim do capítulo em causa para identificar as partes contendo já sínteses;
- identifique o esqueleto do texto, os destaques, os sublinhados, os encaixes;
- identificar a função de citações e de extractos (pretendem dar exemplos, etc).

Estratégia – Análise
A análise tem por objectivo identificar as ideias elementares de uma parte da matéria.

Conselhos práticos:
- trabalhe parágrafo a parágrafo;
- deixe sempre uma marca escrita da sua leitura.

Identificar e evidenciar no texto:


- frases-chaves, são as frases que sintetizam, questionam, introduzem uma
demonstração ou um desenvolvimento;
- palavras-alvo, é uma informação que contém uma ideia, um facto novo que será
repetido.

Estas podem ser hierarquizadas e sublinhadas;


- palavras-instrumento, palavras com valor lógico que estabelecem a relação entre as
ideias e que organizam a estrutura do texto, atenção à pontuação que pode também ter
esta função. (exemplo: de início, a seguir, para concluir).

Como classificar os parágrafos?


- identificar blocos de informação assinalando indícios em relação a cada um dos
parágrafos analisados.

Estratégia – Síntese

- aqui o importante é fazer um inventário das ideias e da sua articulação;


- reexamine as frases marcadas (pode já redigir frases em forma de perguntas);
- reexamine as suas classificações.

Estratégia – Redacção

O resumo da matéria é, antes de mais, um itinerário construído que lhe deve permitir
multiplicar as portas de entrada na matéria. A forma mais apropriada é a do plano
estruturado.

Princípios para a redacção:

-Criar as suas próprias regras de redacção, de modo a serem sempre as mesmas e com o
mesmo significado.

- Redija planos nos quais as interferências a fazer sejam as mais curtas possíveis;

- Não multiplicar os resumos, se tiver várias referência bibliográficas e se tiver uma


visão de conjunto fazer apenas um resumo, construa-o a partir do documento que pareça
mais estruturado;

- Para ter uma visão de conjunto de vários capítulos da matéria estabelecer relação entre
eles. (ordem, causalidade, oposição/semelhança, complexidade, evolução);

- Um resumo da matéria constitui, com efeito, um tratamento completo:


- Passar em revista todas as ideias;

- Fazer aparecer a articulação geral das ideias seleccionadas, gerando uma estrutura a
partir da qual será reencontrada a quase totalidade das notas iniciais (síntese);

- Assinalar explicitamente e por escrito a articulação detectada e as ligações entre as


diferentes partes da matéria.
ELABORAÇÂO DE ESQUEMAS

“Não vale a pena ignorá-lo, a utilização de tal técnica é difícil. Precisa de tempo para a
dominar... e mais para a aplicar.” (Romainville & Gentile, 1995, p.78).

“A nossa memória está organizada sob a forma de uma vasta rede de nós (conceitos) e
de ligações entre esses nós. S ó aprendemos verdadeiramente quando transformamos
activamente a matéria.” (Romainville & Gentile, 1995, p.79).

A esquematização ou representações espaciais têm vantagens em relação ao texto:

▼ A estrutura do conteúdo aparece de uma forma clara sendo apreendida globalmente;


▼ Vários estudos demonstram que uma imagem e um esquema são mais bem retidos do
que um texto;
▼ Permitem ter sempre presente no espírito a estrutura geral, mesmo quando se está a
explorar uma parte da matéria;
▼ Levanta questões ;
▼ Realça eventuais incompreensões;
▼ Prepara para a manipulação da matéria.

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