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APRESENTAÇÃO

Orientação Escolar e Profissional significa algo mais do que simplesmente obter uma
profissão (Chamberlain, 1994). É um processo contínuo, que se estende ao longo da vida.
Esta afirmação é especialmente verdadeira na sociedade contemporânea, em que o
individuo se vê frequentemente confrontado com problemas complexos relacionados com a
sua profissão, muitas vezes ocasionados, entre outras razões, pelo ritmo e quantidade
crescente de alterações no mercado de trabalho.
Nos tempos que correm, as pessoas devem aceitar a ideia de que terão de mudar de
actividade profissional, talvez mesmo diversas vezes, durante a sua vida activa, ou a de que
terão de se habituar a grandes mudanças no modo de desempenhar as suas funções.
Actualmente verificam-se situações de Job – sharing, interrupções de carreira e um número
cada vez maior de contratos de termo certo. Além disso, as qualificações exigidas pelo
mercado de trabalho mudam tão rapidamente como as profissões a que dizem respeito.
Simultaneamente, os sistemas de ensino iniciaram um processo de mudança,
começando a mostrar-se mais flexíveis e atentos às mudanças nas necessidades individuais,
dotando-os de um variado leque de opções no campo da educação/formação.
Á medida que o ensino se vai tornando mais flexível, a orientação escolar e
profissional deverá também tornar-se parte integrante da educação, de modo que seja dada
aos alunos a oportunidade de, a qualquer da sua trajectória educativa, explorar o seu
relacionamento com o mundo da educação/formação e/ ou das profissões. E isso sobretudo
se considerar a relação do indivíduo com o trabalho como a questão crucial no capítulo da
orientação escolar e profissional (Vähämöttönen, Keskinen & Parrila, 1994).
Assim sendo, a orientação escolar e profissional já não pode ser entendida como um
incidente ocasional, que se esgote num único acto de escolha, com base em instrumentos
clássicos como o teste psicológico (Van de Beck, 1994). Ela terá de ser concebida como um
processo que se desenvolve ao longo da vida do indivíduo, o qual está constantemente a
edificar o seu projecto de vida. Na verdade, todo o processo de orientação escolar e
profissional deve ser concebido de forma a permitir ao indivíduo a criação e implementação
do seu projecto de vida, atribuindo ao próprio o desempenho do papel principal no
desenvolvimento do mesmo.

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“COMO ESCOLHER O MEU FUTURO?”, insere-se numa linha de intervenção
vocacional ao longo do período escolar correspondente ao ensino básico em Portugal.
Destina-se a ser utilizado ao longo de três anos que constituem o 3º ciclo desse nível de
ensino, frequentado por estudantes, na sua maioria, no inicio da adolescência.
Este período corresponde a uma fase da vida dos jovens particularmente importante
para a intervenção vocacional, tendo em consideração as transformações rápidas e
profundas que ocorrem no seu desenvolvimento pessoal, bem como a natureza das tarefas
que enfrentam, designadamente a preparação e a concretização das decisões a tomar quanto
à continuidade da formação ou ao ingresso no mundo do trabalho, após a conclusão da
escolaridade obrigatória.
Tomando, e valorizando cada estudante na sua individualidade singular, o programa
centra-se na formação do auto – conceito, interactivo e evolutivo, e na análise da sua
incidência na interpretação das actividades propostas revestem frequentemente a forma de
narrativa dos participantes, abordada ao nível descritivo e interpretativo. Proporcionando
condições e meios para uma exploração activa das oportunidades, o programa favorece a
contextualização desses projectos, ao mesmo tempo que promove a agência pessoal dos
estudantes, sensibilizando-os e preparando-os para formular projectos vocacionais que
possam constituir-se como organizadores cognitivos, motivacionais e accionais do seu
papel de estudante e da preparação para uma participação activa na vida da comunidade.
A implementação do programa implica condições de aceitação e disponibilização de
tempos e espaços de vida escolar, o acordo dos encarregados de educação, a formação
específica dos utilizadores e a preparação de materiais conforme constantes deste manual.

OBJECTIVOS

O programa COMO ESCOLHER O MEU FUTURO, visa ajudar os alunos a:

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SESSÃO I
INTRODUÇÃO E APRESENTAÇÃO

OBJECTIVOS:

No final da sessão I, os participantes deverão:

1. Ter tomado conhecimento dos objectivos e das actividades propostas nos módulos
seguintes;
2. Ter ficado sensibilizado à importância de participar nas actividades propostas,
individualmente e em grupo;
3. Ter aderido às condições de organização e funcionamento das sessões;
4. Ter ficado sensibilizado à importância de explorar os seus contextos de vida e de
perceber os papéis que desempenham ou podem vir a desempenhar nesses contextos.
5. Contribuir para o estabelecimento de uma relação de confiança entre o profissional
de orientação e os participantes

MATERIAL
1. Ficha: Orientação Escolar e Profissional: Porque?
2. Ficha: “Entrevistando os teus colegas”.
3. Ficha: “Contrato de participação”.
4. Ficha: “Avaliação da Sessão” .
5. Quadro: “Apresentação das Sessões”.
6. Questionário de Orientação Escolar e Profissional

ACTIVIDADE I – Apresentação do psicólogo e dos participantes


1. Apresentação do psicólogo e clarificar o seu papel face ao grupo.
2. Apresentação dos participantes: Entrevistando os teus colegas – Ficha:
entrevistando os teus colegas.
3. Distribuir o questionário de Orientação Escolar e Profissional.
4. Promover o diálogo sobre as preocupações vocacionais dos participantes.

ACTIVIDADE II – Apresentação dos Sessões


1. Apresentação de todas as sessões planeadas para este programa e os seus
respectivos objectivos.
2. Distribuir a ficha: Orientação Escolar e Profissional: Porque?
3. Distribuição das fichas: “Contrato de participação”.

ACTIVIDADE 3 - Metodologia do trabalho


1. Promover a reflexão sobre a responsabilidade individual de cada participante na
condução do seu próprio desenvolvimento vocacional.

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SESSÃO II
PAPÉIS E CONTEXTOS DE VIDA

OBJECTIVOS:

No final da sessão II, os participantes deverão:


6 Ser capazes de reflectir sobre diferentes papéis desempenhados em diferentes contextos
de vida;
7 Ter tomado consciência da importância da interacção dos diferentes papéis e contextos
no processo de desenvolvimento ao longo da vida.
8 Explorar o auto - conceito dos participantes, tentando, por meio desse processo, fazê-los
atingir um nível de conhecimento de si próprios mais elevado;
9 Explorar as implicações do auto - conceito dos participantes em termos de projecto de
vida;
10 Auxiliar os participantes a definir a sua situação, em termos de projecto de carreira;
11 Explorar as representações que os participantes foram fazendo das profissões ao longo
da sua vida.

MATERIAL
 Ficha: “Avaliação da Sessão”.
 Recortes de revistas e jornais.
 Cartolinas.
ACTIVIDADE I – Caracterização de contextos e papéis de vida.
1 Apresentar aos jovens recortes de revistas sobre diferentes personagens públicas
(atletas, políticos, cientistas, actores, grupos musicais, etc.) em diferentes contextos e
papéis da sua vida (como profissionais, como membros de uma família, pais, filhos,
etc.).
2 Pedir aos participantes que identifiquem as actividades desenvolvidas pelas
personagens, assim como os papéis desempenhados.
3 Pedir aos participantes que exponham as imagens num painel, juntando as que se
situam no mesmo tipo de contexto.
4 Promover a reflexão de cada participante acerca da identificação dos contextos, da
caracterização dos papéis e respectiva interacção, bem como da importância relativa
que têm para si.

ACTIVIDADE II – “As profissões dos teus sonhos”


1 Pedir aos participantes para assinalarem as profissões que fizeram parte do seu
imaginário durante a vida e para explicarem as razões do seu interesse por cada uma
delas.
2 Pedir a cada jovem para expor oralmente quais as profissões que identificou,
explicando as razões subjacentes ao seu interesse, quais os motivos que levaram às
mudanças que ocorreram durante o seu desenvolvimento e quais as profissões que
ainda estão incluídas nos seus sonhos.

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SESSÃO III
EXPLORAÇÃO DE ÁREAS DE ACTIVIDADES PREFERIDAS

OBJECTIVOS:
No final da sessão III, os participantes deverão:
12 Ter adquirido conhecimentos sobre áreas de actividades e tipos de profissões exercidas
nessas áreas;
13 Ter desenvolvido atitudes favoráveis à exploração de áreas de actividade profissional e
outras;
14 Ter ficado sensibilizados à importância de relacionar as suas características pessoais
com as suas preferências por áreas de actividade.
15 Analisar a relação que os participantes têm com os diferentes aspectos de eventuais
futuras profissões;
16 Estabelecer relações entre tarefas específicas e determinadas profissões;

MATERIAL
Ficha: “Resumo da informação sobre profissões”.
Ficha: “Áreas de actividades preferidas”.
Ficha: “O que preciso saber? Como vou procurar?”.
Ficha: “Tarefas e profissões”.
Ficha: “Avaliação da sessão”.
Quadro: “Áreas de actividades”.

ACTIVIDADE I - “Cinco adjectivos que te descrevam”


1 Sugerir que os jovens escolham 5 adjectivos para se descreverem a si próprios, e 5
adjectivos que outros usariam para os caracterizar.
2 Pedir para apresentarem os adjectivos que escolheram e explicar o porquê de cada um
deles.
3 Organizar um debate sobre a influência que as características mencionadas pelos
participantes poderão ter nos seus projectos de vida, particularmente em relação à
carreira.

ACTIVIDADE II – Agrupamentos de profissões.


3 Dialogar com os participantes sobre o conceito de áreas de actividades.
4 Introduzir a ficha: “Áreas de actividade preferidas” e explicar a sua estrutura.
5 Introduzir o conceito de agrupamento de profissões.
6 Exemplificar tipos de classificação de actividades profissionais, enunciando os
diferentes critérios a que se recorre. (Ex. Classificação Nacional de Profissões).
7 Apresentar um esquema de classificação em termos de interesses profissionais e
explorar o quadro: “Áreas de actividades”.
8 Introduzir a ficha: “O que preciso de saber? Como vou procurar?”.

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ACTIVIDADE III - “Tarefas e profissões”
1 Pedir aos participantes para escolherem da ficha: “Tarefas e profissões”, as tarefas
que não se importariam de realizar, de acordo com as instruções constantes da sua
ficha. Em caso de necessidade de esclarecer alguns dos termos da lista, indicando
exemplos.
2 Discutir com os participantes as respectivas preferências e suas razões. Explorar as
associações que se estabeleceram entre tarefas e profissões.

ACTIVIDADE 3 – Exploração de profissões.


9 Apresentar o material de informação e o modo de consulta.
10 Solicitar aos participantes que procurem a informação não adquirida mas necessária
ao conhecimento das áreas de actividades profissionais preferidas dos participantes.
11 Dialogar com os participantes acerca de fontes e meios de informação acerca das
áreas de actividades.
12 Constituir grupos de quatro elementos e distribuir tarefas de exploração de diferentes
materiais de informação existentes (material escrito ou informatizado, Internet) -
Sessão para ser realizada numa sala de informática.
13 Sugerir a utilização da ficha: “Resumo da informação sobre profissões”.
14 Sugerir que cada participante recolha informações acerca da sua profissão preferida
(a que gostasse de exercer no futuro).

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SESSÃO IV

CONTINUAÇÃO DA EXPLORAÇÃO DE ÁREAS DE ACTIVIDADE PROFISSIONAL

OBJECTIVOS:

No final da sessão IV, os participantes deverão:


17 Ser capazes de elaborar um plano de exploração das áreas de actividade pretendidas;
18 Ser capazes de elaborar um guião de entrevista a um profissional e a um estudante do
ensino superior.
19 Ter tomado consciência da importância exploração continuada e sistemática das
actividades profissionais;
20 Auxiliar os participantes no processo de exploração directa.

MATERIAL
Ficha: “Análise de entrevistas”.
Ficha: “Análise de livros/manuais”.
Ficha: “Registo de observação de uma aula”.
Ficha: “Entrevista a um professor”.
Ficha: “Entrevista a um aluno do ensino secundário”.
Ficha: “Avaliação da sessão”.
Quadro: “Fontes e meios de informação acerca das áreas de
actividades”.

ACTIVIDADE I – Plano pessoal de exploração da área de actividades preferida


4 Promover a reflexão individual sobre as implicações da exploração efectuada para a
confirmação ou eventual reformulação da sua opção vocacional quanto à área de
actividade preferida.
5 Distribuição do quadro: “Fontes e meios de informação acerca das áreas de
actividades”
6 Sugerir aos participantes que guardem toda a informação pertinente à sua profissão
preferida.

ACTIVIDADE II - Elaboração de guiões de entrevistas: a um professor e a um


estudante do ensino secundário.
15 Solicitar aos participantes que elaborem, em grupo de quatro elementos, dois guiões
de entrevistas: a um professor e a um estudante do ensino secundário. Como meios de
obter informação sobre a área ou curso preferido.

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ACTIVIDADE III - Entrevista a um professor, a um estudante do ensino secundário,
registo de observação de uma aula e análise de livros/manuais (trabalho fora da sessão)
6 Solicitar aos participantes que façam uma entrevista a um professor, a um estudante
do ensino secundário, com base nos guiões realizados na sessão, registo de
observação de uma aula e análise de livros/manuais. Trabalho em grupo, de quatro
elementos.
7 Solicitar aos participantes que no final das entrevistas, façam uma análise das
mesmas. Ficha: “Análise de entrevistas”.
8 Apresentar no fim da sessão, as fichas: “Análise de livros/manuais”,”Registo de
observação de uma aula”, “Entrevista a um professor”, “Entrevista a um estudante do
ensino secundário”, como guiões mais completos de entrevista aos mesmos.

SESSÃO V

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PERCUSOS DE FORMAÇÃO

OBJECTIVOS:

No final da sessão V, os participantes deverão:


21 Ter adquirido conhecimento sobre oportunidades de formação no sistema educativo;
22 Ter tomado consciência da importância de explorar informação relevante para a
construção dos seus projectos como estudantes;
23 Ser capaz de relacionar percursos de formação e áreas de actividades profissionais e
outras.

MATERIAL
Materiais de informação sobre percursos de formação e
estrutura do sistema educativo.
Cartolinas
Ficha: “Cursos e agrupamentos”.
Ficha: “História do meu percurso educativo”.
Ficha: “Avaliação da sessão”.
Quadro: “Esquema de Cursos de Agrupamentos do Ensino
Secundário”.
Quadro: “Profissões das áreas de actividade”.

ACTIVIDADE I – Sistema educativo


1 Sensibilizar os participantes para a importância de conhecer diferentes caminhos de
formação tendo em vista a preparação do seu futuro profissional.
2 Apresentar de uma forma geral a estrutura do sistema educativo, salientando a
existência de diferentes níveis e vias de formação e acentuando sobretudo os aspectos
relativos ao ensino secundário, designadamente os agrupamentos de disciplinas.

ACTIVIDADE 2 – Percursos de formação e áreas de actividade


1 A partir dos dados do tema anterior, analisar com os participantes exemplos de
profissões dentro de cada área de actividade que exigem diferentes níveis de
formação.
2 A partir da sessão anterior, analisar com os participantes, dados obtidos nas
entrevistas a professores, a estudantes do ensino secundário, como se sentiram em
relação a irem assistir a uma aula doe nsino secundário e que tipo de livros/manuais
consultaram.
3 Exemplos de profissões dentro de cada área de actividade relacionadas com os
diferentes agrupamentos do ensino secundário.

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ACTIVIDADE 3 - Exploração de percursos de formação
1 Distribuir cartões contendo cada um a designação de uma disciplina dos
agrupamentos e cursos do ensino secundário.
2 Promover a construção de cartazes, pedindo aos participantes que coloquem os
cartões no cartaz relativo a cada agrupamento ou curso, em função da estrutura
curricular do ensino secundário. A actividade pode revestir a forma de jogo
cronometrado.
3 Pedir a cada participante que escolha agrupamentos que mais lhe interesse explorar e
que preencha a ficha: “Cursos e agrupamentos”, sintetizando a informação mais
importante sobre esses agrupamentos e relacionando-os com áreas de actividade e
com disciplinas escolares.

ACTIVIDADE 4 – História do percurso educativo individual


1 Introduzir a ficha: “História do meu percurso educativo” e pedir a cada participante
para preencher a 1ª parte relativa a etapas anteriores e a 2ª e 3ª partes relativa à sua
vivência actual como estudante e às suas perspectivas futuras.
2 A partir dos contributos dos participantes que queiram partilhar com o grupo a sua
história, dialogar sobre a forma como foram vivenciando as sucessivas etapas da sua
formação.

SESSÃO VI
PROFISSIONAL NA SALA

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SESSÃO VII

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APROFUNDAMENTO E CLARIFICAÇÃO DO AUTO-CONCEITO: APTIDÕES,
INTERESSES E VALORES

OBJECTIVOS:

No final da sessão VII, os participantes deverão:


24 Ter tomado consciência de aprofundar progressivamente o conhecimento de si próprios.
25 Ter compreendido os contributos da avaliação psicológica no processo de construção e
clarificação do conceito de si.
26 Ter realizado actividades de avaliação psicológica no domínio das aptidões.

MATERIAL
Bateria de Testes de Aptidões – BPRD.
Ficha: “Aquilo que tenho jeito”.
Ficha: “Avaliação da sessão”.
Quadro: “Grupo de aptidões”.

ACTIVIDADE 1 – Avaliação psicológica e conhecimento de si próprio.


1 Dialogar com os participantes sobre os contributos da avaliação psicológica para a
clarificação e o aprofundamento do conhecimento de si próprio.
2 Caracterizar os domínios em que irá incidir a avaliação, salientando a sua relevância
para os projectos vocacionais.
3 Explicar os procedimentos e as provas que irão ser adoptados nas sessões sobre o
tema.
4 Valorizar a importância da participação activa de cada participante como agente
responsável pela integração dos diferentes dados, no processo de auto -
conhecimento.

ACTIVIDADE II – Avaliação das aptidões.


1 Introduzir o conceito de aptidão como “capacidade de aprender ou fazer um
determinado tipo de tarefa ou actividade”. Apresentar o quadro: “Grupo de
aptidões”, salientando a sua importância na formulação e implementação dos
projectos vocacionais. Sugerir o preenchimento da ficha: “Aquilo que tenho jeito”
2 Introduzir a Bateria de Testes de Aptidões – BPRD., e proceder à sua aplicação.

SESSÃO VIII

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CONTINUAÇÃO DO APROFUNDAMENTO E CLARIFICAÇÃO DO AUTO-
CONCEITO: APTIDÕES, INTERESSES E VALORES

OBJECTIVOS:

No final da sessão IX, os participantes deverão:


27 Ter realizado actividades de avaliação psicológica no domínio dos interesses.

MATERIAL
Inventário de Preferências Profissionais - COPS.
Ficha: “Os meus interesses”
Ficha: “Avaliação da sessão”.

ACTIVIDADE I – Avaliação das preferências.


3 Retomando dados da experiência dos participantes analisados no decurso das
actividades do tema anterior, introduzir o conceito de interesse como “preferências
por certas actividades”, salientando a sua importância na formulação e
implementação dos projectos vocacionais. Introduzir a ficha: “Os meus
interesses”como forma de avaliar o conceito que cada jovem tem dos seus interesses.
4 Introduzir o Inventário de Preferências Profissionais – COPS – e proceder à sua
aplicação. Explicar que os dados obtidos irão ajudar cada participante a conhecer
melhor os seus interesses neste momento do seu desenvolvimento vocacional,
favorecendo a orientação dos seus projectos para as áreas de actividade que lhes
possam proporcionar maior satisfação.

SESSÃO IX

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CONTINUAÇÃO DO APROFUNDAMENTO E CLARIFICAÇÃO DO AUTO-
CONCEITO: APTIDÕES, INTERESSES E VALORES.
FORMULAÇÃO DE PROJECTOS VOCACIONAIS

OBJECTIVOS:

No final da sessão IX, os participantes deverão:


28 Ter adquirido conhecimentos sobre o conceito de “valor” e formas de avaliação dos
valores.
29 Ser capazes de relacionar valores e objectivos e atingir no desempenho de actividades
de formação de trabalho ou outras, em diferentes áreas de actividade.
30 Ter tomado consciência da importância dos valores na formulação dos projectos
vocacionais.
31 Ter compreendido a natureza interactiva e evolutiva dos projectos vocacionais.
32 Ser capaz de integrar diferentes componentes dos projectos vocacionais introduzidos ao
longo das sessões.
33 Ter assumido a responsabilidade pela formulação de um projecto vocacional próprio a
implementar no final da escolaridade obrigatória.

MATERIAL
Ficha: “O que é importante para mim”.
Ficha: “O meu projecto vocacional”.
Ficha: “Avaliação da Sessão”.
Quadro: “Valores de vida”.

ACTIVIDADE I – Conceito de valor


1 Dialogar com os participantes acerca do conceito de valor como “algo que é
importante e que se procura atingir ou realizar”, a partir de palavras ou expressões
habitualmente usadas a propósito desse conceito.
2 Utilizar o quadro IV: “Valores de vida” para mostrar aos participantes os
diferentes tipos de valores da vida.
3 Dialogar sobre a importância dos valores na identificação do estilo de vida que se
adopta ou se pretende ter no futuro, bem como na forma como se desempenham
os diferentes papéis em diferentes contextos. Pedir aos participantes que ilustrem
o tema com exemplos de pessoas com quem se relacionam.
4 Introduzir a ficha: “O que é importante para mim” como forma de avaliar o
conceito que cada jovem tem dos seus valores.

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ACTIVIDADE II – Formulação do projecto vocacional
1 Em diálogo com os participantes, retomar o conceito de projecto vocacional,
salientando a sua natureza evolutiva e interactiva.
2 Promover o preenchimento da ficha: “O meu projecto vocacional”.
3 Dialogar com os participantes sobre os seus projectos vocacionais, analisando
como cada um considerou os diversos componentes na construção do seu projecto
pessoal.

SESSÃO X

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PLANOS PARA O FUTURO
OPTIMIZAÇÃO DE RECURSOS PESSOAIS E FORMULAÇÃO DE PROJECTOS
VOCACIONAIS

OBJECTIVOS:
No final da sessão X, os participantes deverão:
34 Ser capazes de reflectir sobre a sua história de vida, papéis desempenhados em
diferentes fases e a respectiva incidência nos projectos vocacionais.
35 Ter tomado consciência da importância de planear o futuro.
36 Ter adquirido conhecimentos sobre elementos e passos de processos decisórios.
37 Ter ficado sensibilizados à importância de optimizar diferentes alternativas de formação
para a formulação dos seus projectos vocacionais.
38 Ter desenvolvido competências de preparação e implementação de alternativas de
formação após a conclusão da escolaridade obrigatória.
39 Ter assumido a responsabilidade pela formulação de um projecto vocacional próprio a
implementar no final da escolaridade obrigatória.

MATERIAL
Ficha: “O futuro”
Ficha: “Para onde vou e como é que vou?”.
Ficha: “O meu projecto vocacional”.
Ficha: “Avaliação global das sessões”.
Ficha: “Avaliação da Sessão”

ACTIVIDADE I – O tempo da vida.


5 Promover a reflexão dos participantes sobre a dimensão longitudinal do
desenvolvimento ao longo do ciclo de vida, relacionando passado, presente e
futuro.
6 Pedir aos participantes que caracterizem a fase em que se encontram através de
tarefas que têm de realizar ou preparar-se para realizar.
7 Salientar a importância de pensar e planear o futuro, estabelecendo os objectivos
e procurando caminhos para os alcançar.
8 Introduzir a ficha: “O Futuro” e promover o seu preenchimento.

ACTIVIDADE II – Decisões e decisores

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1 Em diálogo com os participantes, exemplificar decisões que se tomam na vida
quotidiana e os passos normalmente seguidos: definição de objectivos, identificação e
avaliação de alternativas, antecipação de consequências, implementação, reavaliação,
etc.
2 Introduzir a ficha: “Para onde vou e como é que vou?” e explicar a sua estrutura
em quatro partes correspondentes a : objectivos (“Para onde quero ir?”); identificação
de alternativas (“Aspectos positivos e aspectos negativos” de cada alternativa
considerada); antecipação de consequência e implicações (“Para ter sucesso preciso
de …”).
3 Promover o preenchimento da ficha por cada participante, com recurso ao
material já fornecido em outras sessões.

ACTIVIDADE III – Projectos vocacionais

1 Em diálogo com os participantes, retomar o conceito de projecto vocacional,


salientando a sua natureza evolutiva e interactiva.
2 Introduzir a ficha: “O meu projecto vocacional” e explicar a sua estrutura,
explicar que a ficha servirá de suporte à formulação do projecto de cada um.
3 Promover o preenchimento da ficha.
4 Tomar cada um dos pontos da ficha e relacioná-los com os elementos de que cada
jovem precisa para formular o seu projecto: valores e objectivos (“O que é mais
importante para mim…”); o conhecimento dos seus interesses (“eu gosto de…”); o
conhecimento das suas aptidões (“Eu tenho jeito para…”); o percurso seguir (“O
caminho que vou seguir é…”); antecipação das consequências (“O mais fácil vai
ser…, o mais difícil vai ser…”); mobilização de recursos (“Para ter sucesso vou
precisar de…”); mobilização de recursos (“Para ter sucesso vou precisar de…”).
5 Dialogar com os participantes sobre os seus projectos vocacionais, analisando
como cada um considerou os diversos componentes na construção do seu projecto
pessoal.

ACTIVIDADE IV – Apreciação geral das actividades.

1 Apresentar a ficha: “Avaliação global das sessões” e promover aos eu


preenchimento.
2 Analisar os contributos dessas actividades para o desenvolvimento vocacional dos
participantes, em particular no que se refere à adaptabilidade vocacional e à
aprendizagem da transição.

SESSÃO XI/XII

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RELATÓRIO INDIVIDUAL DE RESULTADOS

OBJECTIVOS:

No final da sessão XIV/XV, os participantes deverão:


40 Ter tomado consciência da importância do relatório de resultados.
41 Ter adquirido conhecimentos e competências para se responsabilizar pela regulação dos
mecanismos do seu próprio desenvolvimento vocacional.

MATERIAL
Relatório final de resultados.

ACTIVIDADE I – Devolução final dos resultados.


5 Devolução dos resultados do Programa COMO ESCOLHER O TEU FUTUTRO.
Entrega do relatório final de resultados e breve explicação acerca do trabalho do
participante.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

18
Chamberlain, J. (1994). Joint quality standarts in educational and vocational
guidance. Comunicação apresentada numa “Reunião de especialistas no interesse do
projecto PETRA”. Dublin.

Guia do profissional de orientação: Rosa dos ventos.

Janeiro, I. & Pinto, H. (2002). Construir o futuro - Parte III. Descobrir caminhos.
Santarém: CEGOC.

Vähämöttönen, T.. Keskinen, P. A. & R.K. (1994). A conceptual fremework for


developing an activity – based approach to career counselling. International Journal
for the advancement of counselling, 17. 19 – 34.

Van de Beck, E.C. (1994). Joint quality standarts in educational and vocational
guidance – Introductory paper. Comunicação apresentada numa “Reunião de
especialistas no interesse do projecto PETRA”. Dublin.

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