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Governador do Estado de Goiás

Ronaldo Ramos Caiado

Vice-Governador do Estado de Goiás


Lincoln Graziani Pereira da Rocha

Secretária de Educação do Estado de Goiás


Aparecida de Fátima Gavioli Soares Pereira

Superintendente de Ensino Médio


Osvany da Costa Gundim Cardoso

Gerente de Ensino Médio


Itatiara Teles de Oliveira

Coordenadora da BNCC – Etapa Ensino Médio


Telma Antônia Rodrigues Alves

Linguagens e suas Tecnologias


Coordenadora de Área
Joanede Aparecida Xavier de Souza Fé – Língua Portuguesa

Redatores/as
Luzia Mara Marcelino – Língua Portuguesa
Marinalva Nunes Barroso – Língua Portuguesa
Elaene Lopes Carvalho – Língua Inglesa
Jordana Avelino Dos Reis – Língua Espanhola
Edison Nunes Pereira – Educação Física
Fábio Dias Tavares – Educação Física
Fernanda Moraes de Assis – Arte/ Artes Visuais
Aline Folly Faria – Arte/Música
Renato Ribeiro Rodrigues – Arte/Dança
Mara Veloso de Oliveira Barros – Arte/Teatro

Matemática e suas Tecnologias


Coordenador da Área
Inácio de Araújo Machado – Matemática

Redatores
Henrique Carvalho Rodrigues – Matemática
Mário Jonas da Silva – Matemática

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Coordenador da Área
Francisco Manoel Bezerra Rocha – Física
Redatores/as
Rosimeire Silva de Carvalho – Química
Luiz Carlos Cordeiro Manso – Química
Leandro Breseghelo – Biologia
Núbia Pontes Pereira – Biologia

Ciências Humanas e Sociais Aplicadas


Coordenadora de Área
Alessandra de Oliveira Santos – História

Redatores/as
Elis Soares Narciso – Filosofia
Letícia Ferreira Guedes Cezario – Sociologia
Luiz Cláudio Ribeiro Borges – Geografia
Ione Apolinário Pinto – Geografia
Pedro Ivo Jorge de Faria – História

CRÉDITOS DA PUBLICAÇÃO

Coordenação/Supervisão de Conteúdo: Letícia Ferreira Guedes Cezario


Edição de texto: Alessandra de Oliveira Santos, Elaene Lopes Carvalho, Fábio Dias Tavares,
Francisco Manoel Bezerra Rocha, Henrique Carvalho Rodrigues, Ione Apolinário Pinto, Joanede
Aparecida Xavier de Souza Fé, Jordana Avelino Dos Reis, Marinalva Nunes Barroso, Núbia Pontes
Pereira, Pedro Ivo Jorge de Faria
Revisão ortográfica: Elaene Lopes Carvalho
Diagramação: Henrique Carvalho Rodrigues

EQUIPE BNCC ETAPA ENSINO MÉDIO GOIÁS

TELEFONE: 3201-3244

E-MAIL: bnccemgoias@gmail.com, bncc@seduc.go.gov.br

SITE: bncc.educacao.go.gov.br

1ª Edição | 2020
© Copyright 2020 – BNCC ETAPA Ensino Médio Goiás
“Todos os direitos reservados”
Caro/a Educador/a,

A juventude é um momento em que


escolhas são feitas e projetos começam a ser
construídos, neles estão contidos a visão que o/a
jovem tem de si mesmo, das suas aptidões e do
lugar que ele/a deseja ocupar no mundo. A visão
de futuro conecta-se com suas vivências e
experiências anteriores e as relações que ele/a
consegue estabelecer com sua história.
Para impulsionar qualquer mudança em
busca de uma educação transformadora é
imprescindível a atuação do/a professor/a. Para tanto, é importante que esse/a
profissional analise constantemente sua postura no processo educacional em que está
inserido/a. Particularmente, para o/a professor/a que irá orientar, incentivar e apoiar os/as
estudantes com seus Projetos de Vida é necessário assumir uma postura reflexiva, a
começar por revisar a trajetória de construção do seu próprio Projeto de Vida. Além disso,
o/a docente que pretenda lograr êxito na condução dessa disciplina, não pode ter receio
de se aproximar dos/as estudantes de modo diferenciado, uma vez que, a relação
interpessoal entre esses dois sujeitos pode permitir o estabelecimento de um canal de
diálogo franco que irá beneficiar todo o processo.
A tarefa de orientar os/as estudantes em seus objetivos não é simples, mas é um
trabalho possível de se construir dentro das escolas desde que o/a professor/a se
disponha a acolhê-los/as em sala de aula de modo a propiciar as condições necessárias
que deverão ser criadas para a construção de um espaço em que todos/as possam
declarar seus sonhos, seus anseios e suas metas. Dessa forma, orientamos que os/as
professores/as articulem sua prática com outros atores educativos (pais, psicólogos/as,
orientadores/as educacionais etc.), assim abre-se espaço para inovação que pode surgir
quando temos pessoas com especializações e experiências diferentes.
As aulas deste material foram elaboradas com base na educação para a vida e
valores humanos, com o objetivo de ensinar o/a jovem a ler o mundo a partir da
construção de sua própria identidade, ajudando-o/a a redescobrir o sentido de sua vida
e que a importância de estudar pode ser um dos meios para realização dos seus sonhos.
Então, pede-se ao/à professor/a que ele/a
atue como um/a facilitador/a das atividades
A/O Educador/a deverá...
significativas que deverão ser construídas pelo/a
próprio/a estudante, que será co-criador/a da sua  Conhecer as políticas para a
trajetória de vida, pois não há como dizer para um/a juventude e o perfil dos/as
jovem o que ele/a deve ser ou fazer, sem incentivá- estudantes da sua escola.
lo/a a refletir sobre “aquilo que é" sobre o que sabe  Compreender que cada grupo de
que é” e "sobre aquilo que ele/a gostaria de ser”, estudante possui suas
bem como ajudá-lo/a a planejar o caminho que características e adequar seu
precisa seguir para alcançar o que ele/a pretende olhar e sua prática a esse

ser”. contexto.

Assim, para o desenvolvimento do Projeto de  Acompanhar de forma contínua

Vida, o/a professor/a deve estar imbuído/a de um o/a jovem durante o processo de

dinamismo que irá permitir chamar a atenção dos/as descoberta, criando estímulos e
fornecendo dados de realidade
estudantes para os assuntos tratados além de facilitar
para subsidiar suas possíveis
a reflexão necessária para as decisões que serão
escolhas.
tomadas por cada um deles/as. Todo o processo
 Subsidiar a/o jovem na análise de
deverá ocorrer juntamente com os recursos
contexto, ofertando informações
tecnológicos a serem utilizados, aliados ao
e condições para interpretá-las.
conhecimento, ao estímulo do auto estudo, à
 Criar contextos para que o/a
produção de conhecimento e relação interpessoal
jovem reflita sobre as questões
para auxiliar na formação do/a estudante como que envolvem seu projeto de
profissional e cidadão ético, produtivo e socialmente vida, retomando valores,
responsável. conceitos e dúvidas, a fim de
O Projeto de Vida é uma metodologia aprofundar o aprendizado.
englobada por projetos de aprendizagem ativa e  Orientar o processo de
competências que estimulam o/a nosso/a jovem autoconhecimento e de tomada
estudante a encontrar significado na sua de decisão da/do jovem, fazendo
aprendizagem ao desenvolver um projeto para si, boas perguntas, que provoquem
relacionando-se com o mundo e modificando a sua a reflexão.
realidade. Segundo Moran (2004), o Projeto de Vida  Criar espaços para troca entre
deve atender a três dimensões essenciais: as/os jovens, ficando atento para

(i) Dimensão da Identidade - compreender-se, que não haja constrangimentos e

aceitar-se, realizar-se ao desenvolver falta de respeito com a

autoconhecimento, autocontrole, diversidade.

autoconfiança entre outras características.  Investir na relação professor/a –


estudante.
(ii) Dimensão da Cidadania - competências
voltadas à interação social, familiar,
comunitárias desenvolvidas no deslocamento
para o outro e para a vida coletiva (Wallon, 1999).
(iii) Dimensão Produtiva - desenvolvimento de competências para o estabelecimento
de uma vida profissional, voltada para dimensões do trabalho e seu impacto nos
processos identitários e de cidadania.
Não pensemos, contudo, que o Projeto de Vida se limita apenas a definir a carreira
do/a estudante, ele se constrói como um auxiliar na decisão de quem eles/as desejam
ser, dos valores sob os quais sua vida será direcionada. Os conhecimentos almejados
nesse processo deverão ampliar o repertório do/a nosso/a estudante e ao longo do
desenvolvimento das competências auxiliar e apoiar a tomada de decisões sobre os
inúmeros espaços da sua vida.
Machado (2004) define projeto como um “lançar-se para o futuro com orientação”,
uma busca pelo que se pretende ser e conhecer enquanto buscamos respostas para
questionamentos que nos interessam, incomodam e instigam a mudar. Desse modo,
Projeto de Vida não aparece aos/às estudantes como uma imposição, mas como algo a
se construir, uma busca por um futuro que é aberto, mas precisa ser constantemente
(re)criado.
A sugestão do tempo de aula é uma orientação para auxiliar no planejamento do/a
professor/a. A relação deste com o/a estudante é o fator mais importante deste
componente curricular. A observação sistemática e a avaliação ao final de cada aula
permitirão perceber a adesão dos/as estudantes quanto às atividades e aos temas
propostos e se eles/as conseguiram atingir os objetivos almejados.
AULA 01: A Vida é um Projeto
Objetivos Gerais

 Conhecer o componente curricular Projeto de Vida.


 Refletir sobre a importância da construção de um Projeto de Vida.
 Pensar sobre a importância e o papel dos Sonhos no cotidiano.

Material Necessário

 Folha “Carta ao/à Estudante” – Material do/a aluno/a - um por estudante.


 Texto impresso “Visualizando um novo caminho” (anexo) grupos de três
estudantes.
 Folha “Meus Sonhos” (material do/a aluno/a) - um por estudante.

Roteiro

Atividades Previsão de
Descrição
Previstas Duração

Momento Apresentação do componente curricular pelo/a professor/a. 10/15 min


Inicial

Atividade 1 Leitura da “Carta ao/à Estudante” e do texto “Visualizando 15/20 min


um novo caminho”.

Atividade 2 Refletir sobre a temática “Sonhos” e conseguir delimitar 5 10/15 min


deles.

Avaliação Perceber o envolvimento, participação e compreensão 5 min


dos/as estudantes com o objetivo geral do componente
curricular.
Orientação para as atividades

Momento Inicial

Objetivos

 Apresentar o componente curricular à turma.

Desenvolvimento

 O/A professor/a deve explicar – acompanhando a dinâmica da turma – alguns elementos


chaves do componente curricular.
 A construção de um Projeto de Vida deve ser contínua, é uma tarefa para toda a vida então
é natural que ocorram mudanças no percurso.
 O Projeto de Vida ajudará a visualizar os caminhos que devem seguir para alcançar alguns
objetivos, não oferece respostas prontas nessa jornada.
 As atividades serão relacionadas ao autoconhecimento, fazendo com que eles conheçam
quais são suas forças, suas limitações e perspectivas ao trabalhar a confiança e a disciplina,
por exemplo.
 Serão abordados itens que envolvam valores, responsabilidade social e ações que possam
estruturar os planos a partir dos objetivos que o/a estudante desejam alcançar.

Avaliação

 Perceber a compreensão dos/as estudantes sobre o que é apresentado.

Atividade 1: Leitura da “Carta ao/à Estudante” e do texto “Visualizando um novo caminho”

Objetivos

 Refletir sobre a construção de um Projeto de Vida.

Desenvolvimento

Orientar a leitura da “Carta ao/à Estudante” e do texto Visualizando um novo caminho –


grupos de três estudantes - que tratam da definição de Projeto de Vida na relação lúdica e metafórica
com o conteúdo do texto. Após a leitura, forme um círculo e estimule um debate perguntando aos/às
estudantes sobre o que entenderam do texto e em seguida, pergunte se alguém já possui um Projeto
de Vida definido. Esse momento servirá de apoio para a próxima atividade, por isso procure deixar
os/as estudantes estimulados com a nova disciplina.
Perguntas que podem mediar o debate:
O que é um Projeto de Vida?
Para que serve um Projeto de Vida?
Quando devemos ter um Projeto de Vida?
Como se constrói um Projeto de Vida?
Qual a relação entre Projeto de Vida e felicidade?
Por que é importante se conhecer bem antes de construir um Projeto de Vida?
Procure fazer uma relação entre “O que é um Projeto de Vida” e os desejos dos/as estudantes.

Avaliação

 Perceber a participação dos/as estudantes e envolvimento com a dinâmica, entendendo que


a participação deve sempre ser ampliada.

Atividade 2 - Refletir sobre a temática “Sonhos”

Objetivos

 Compreender o vínculo dos sonhos com o Projeto de Vida.

Desenvolvimento

O/A professor/a deve perguntar quantos/as estudantes possuem um sonho e anotar


quantos/as estudantes levantaram as mãos. Em seguida perguntar quantos/as já realizaram um
sonho. Deve-se ouvir um/a ou dois/duas estudantes que queiram contar um pouco sobre o sonho
realizado1.
Em um próximo momento os/as estudantes devem responder sobre a importância da escola
na realização do Projeto de Vida deles/as. Deve ainda falar sobre a importância de reconhecer que
não é fácil realizar um sonho sozinho/a, que todos/as precisam de apoio, seja da família, da escola
ou dos/as amigos/as. Acrescentar que não basta sonhar é preciso uma série de ações para
concretiza-los.

Avaliação

 Perceber a reflexão e o preenchimento da folha “Meus sonhos”.

Avaliação da aula

 Observar a participação e envolvimento na atividade.


 Observar as expectativas de cada um/uma sobre as aulas de Projeto de Vida.

1 Observe que ainda não é necessário saber, especificamente, sobre os sonhos de todos/as os/as estudantes.
Anexo

Texto 1

Visualizando novos caminhos!

Quando alguém pretende construir uma casa, um/a arquiteto/a é contratado/a para planejar
tudo que será necessário fazer antes de começar as obras. A partir do projeto, ele/a terá uma noção
do material necessário e de quantos trabalhadores/as serão contratados/as para a construção ocorrer
no tempo determinado. Se não houvesse um planejamento prévio, provavelmente, os/as
trabalhadores/as não saberiam como desempenhar ordenadamente suas funções. Inclusive seria
muito complicado prever os recursos necessários para a obra. A casa, provavelmente, nunca seria
construída ou, se fosse, poderia se iniciar a construção e ter que interrompê-la por falta de verba
para a finalização do projeto. Na vida, ocorre algo similar. Possuímos muitas metas e planos os
quais pretendemos realizar. Temos a opção de escolher o nosso caminho. Entretanto, inúmeras
vezes escolhemos rotas que nos afastam de nosso objetivo maior ou ficamos confusos em relação
ao rumo a ser seguido pela ausência de planejamento sobre o que realmente queremos. Um Projeto
de Vida é um plano colocado em papel para que possamos visualizar melhor os caminhos que
devemos seguir para alcançar nossos objetivos. Desse modo, necessitamos saber claramente quais
são eles e ter em mente também quais são os nossos valores, pois são eles que nortearão nossas
escolhas. Isso é fundamental para viver em harmonia com o que realmente nosso coração pede,
pois, na ausência de um Projeto de Vida, corremos o risco de ficar sem direção. Dessa forma,
conhecer-se, saber o que a vida realmente significa para você e conhecer seus valores são de
fundamental importância no planejamento do seu Projeto de Vida. É através dele que você poderá
se desenvolver melhor e realizar os seus sonhos. Lembre-se: nada é estático, e você precisa estar
em constante evolução.
AULA 02: Somos quem podemos Ser
Objetivos Gerais

 Conhecer um pouco mais os/as colegas e sentir-se integrado/a à turma.


 Iniciar formas de autoconhecimento.

Material Necessário

 Texto impresso com a letra da música “Eu caçador de mim” (em anexo) grupos de três
estudantes.
 Folha “Ser Quem Se É” (material do/a aluno/a) - um por estudante.

Roteiro

Atividades Descrição Previsão de


Previstas Duração

Atividade Retomada das ideias da última aula. 5 min


Preliminar

Atividade 1 Dinâmica de apresentação com apenas uma palavra por 10/15 min
Seu nome e um estudante.
desejo2

Atividade 2 Ouvir a música “Eu caçador de mim”. 10/15 min


Música

Avaliação Perceber o envolvimento, participação e compreensão 5 min


dos/as estudantes com o objetivo geral da aula.

2Pode-se remeter ao sonho/desejo da primeira aula, mas pensa-se – dentro da dinâmica da turma – em
diversos aspectos que podem produzir integração: música/comida preferida, um medo, uma coisa
engraçada sobre si que poucas pessoas conhecem, o que faria se ganhasse na loteria etc.
Orientação para as atividades

Atividade 1: Seu nome e um desejo

Objetivos

 Aprender o nome dos/as colegas de turma de forma lúdica facilitando a integração entre
todos/as. Refletir sobre a identidade: Quem sou eu? Como me chamam? O que faço? Como
andam as relações comigo mesmo e com os outros? Quais são as qualidades que aprecio
nas pessoas?

Desenvolvimento

Disponha os/as estudantes sentados/as, formando um círculo de modo que todos/as possam
se ver. Nesse círculo, você deve estar inserido/a como um/a facilitador/a da atividade. Explique a
dinâmica dizendo que cada um/a deverá falar o próprio nome e um desejo pessoal. O/A professor/a
deve iniciar a dinâmica dizendo seu nome, seguido de um desejo que tenha. Cada estudante, na
sequência, a partir do/a mediador/a, deve repetir na ordem os nomes e desejos ditos anteriormente
pelos/as colegas, acrescentando ao final o seu próprio nome e seu desejo.
O desafio desta dinâmica é aprender de forma lúdica como chamar os/as colegas de turma3,
repetindo na sequência todos os nomes e desejos ditos anteriormente no círculo, antes de dizer o
seu próprio nome. Havendo dificuldade na memorização da sequência, o/a professor/a e/ou o grupo
podem auxiliar aquele/a que estiver falando, pois, o importante nesta dinâmica é que, ao finalizá-
la, todos/as tenham aprendido o nome dos/as colegas de turma. Nesta atividade, são trabalhadas
também questões de identidade - Como me chamam? Quem sou eu? É importante que a/o
professor/a esteja atento para perceber e explorar o sentimento subjacente ao modo como cada
indivíduo se apresenta.

Avaliação

 Perceber a participação dos/as estudantes e envolvimento com a dinâmica.

Atividade 2: Música: Eu Caçador de mim

Objetivos

 Refletir sobre a importância do autoconhecimento na construção de um Projeto de Vida.

Desenvolvimento

3 Pensando em turmas que estão se formando nesse momento, para turmas que já possuem
relacionamento de outros anos, pode-se pensar em descobrir algo que ainda não (re)conhecem
no/a outro/a.
Sempre relacionando com a atividade 1. Alguns dos meus dados pessoais:
anterior, neste momento, após a leitura em grupo
de três estudantes, retorne ao círculo e solicite 2. Meus pais/pessoas que moram comigo
aos/às estudantes que escrevam na folha entregue são:
respostas objetivas a partir das seguintes 3. Minhas características (físicas,
perguntas que podem, ou não, estarem escritas
emocionais etc.) são:
em um local visível da sala:
Neste exercício o objetivo é que o/a 4. O que eu faço?
estudante possa se conhecer um pouco mais. 5. Por que faço?
Oriente que todas as perguntas os levarão a uma
6. Como faço?
reflexão sobre si mesmo. Para isso, seja sincero/a
e responda com boa vontade. Não avalie suas 7. O que eu faço afasta ou aproxima as
respostas com rigidez ou baseadas nas respostas pessoas? Por quê?
dos/as colegas, pois aqui não existem respostas
certas ou erradas.

Avaliação

 Perceber a participação dos/as estudantes e envolvimento com a dinâmica, entendendo que


a participação deve sempre ser ampliada.

 Pergunte aos/às estudantes o que eles/as acharam do encontro, quais as dificuldades de


falar sobre si e quais as dificuldades de ouvir os/as colegas.

Anexo
Caçador de Mim - Sérgio Magrão e Luiz Carlos Sá

Por tanto amor


Por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz
Manso ou feroz
Eu, caçador de mim
Preso a canções
Entregue a paixões
Que nunca tiveram fim
Vou me encontrar
Longe do meu lugar
Eu, caçador de mim
Nada a temer senão o correr da luta
Nada a fazer senão esquecer o medo
Abrir o peito à força, numa procura
Fugir às armadilhas da mata escura
Longe se vai
Sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir
O que me faz sentir
Eu, caçador de mim
AULA 03: Meus Caminhos
Objetivos Gerais

 Pesquisar fatos que aconteceram no ano do seu nascimento, relacionando a história de vida com
o contexto social e familiar a fim de facilitar a construção do Projeto de Vida.

Material Necessário

 Folha “Meus Caminhos – Eu nasci em ...” (material do/a aluno/a) - um por estudante.
 Folha “Meus Sonhos – Convivo com ...” (material do/a aluno/a) - um por estudante.

Roteiro

Atividades Previsão de
Descrição
Previstas Duração

Momento Retomada das ideias da última aula. Identificar quantos/as 10 min.


Preliminar conseguiram fazer o exercício para casa.

Atividade 1 Responder individualmente a folha “Meus Caminhos – Eu nasci 20/25 min


em ...”; debater com o grupo como os fatos pesquisados
influenciaram a vida que possuem hoje.

Atividade 2 Responder individualmente a folha “Meus Caminhos – Convivo 15/20 min


com ...”.

Avaliação Perceber o envolvimento, participação e compreensão dos/as 5 min


estudantes com o objetivo geral da aula.
Orientação para as atividades

Atividade 1

“Meus caminhos – Eu nasci em ...”

Objetivos

 Identificar a influência de aspectos socio-históricos na formação dos sujeitos.

Desenvolvimento

Olhar para o passado é fundamental na elaboração de um Projeto de Vida estruturado. No


entanto, é preciso que o/a educador/a garanta o respeito aos valores, ao tempo de elaboração à história
de cada jovem. O/A professor/a deve identificar os elementos em comum da pesquisa4 dos/as
estudantes.
Os/As estudantes devem apontar para a turma a razão do acontecimento escolhido ser considerado
importante e o motivo para considerarem alguns elementos mais importantes do que outros. Relacionar
o debate com o contexto histórico dos/as estudantes e com a experiência individual.
O/A professor/a deve perguntar como fatos ocorridos no mundo e podem modificar a realidade
do Estado, da cidade e da família dos/as estudantes.

Atividade 2

“Meus caminhos – Convivo com ...”

Objetivos

 Identificar a influência de aspectos familiares na formação dos sujeitos.

Desenvolvimento

Entregar a folha relacionada com a atividade. Solicitar ao/à jovem que desenhe ou organize, de
acordo com suas habilidades, uma árvore genealógica com as informações sobre a profissão dos
familiares, das pessoas que convivem com ele/ela: nome, idade, grau de parentesco e profissão. Deve-
se preencher o máximo de elementos que lembrar.
Propor uma breve conversa com a turma a partir das profissões dos familiares a das indagações:
“Isso, de algum modo, incentiva a suas escolhas hoje? Para onde os caminhos que te trouxeram até aqui
estão te levando?” O/A estudante deve escrever um breve comentário sobre as falas no final da folha
proposta.
Este tipo de estratégia mostra o quanto a história familiar pode influenciar nas decisões dos/as
jovens. O papel do/a educador/a é auxiliar o/a jovem nesta percepção.

4 O/A professor/a deve levar alguns acontecimentos históricos do período de nascimento dos/as
estudantes (eleição nacional, local, evento climático, campeonato de esportes etc.) para que mesmo
sem a tarefa de casa realizada a aula possa ser desenvolvida.
Esta atividade requer a sensibilidade do/a educador/a, uma vez que mobiliza sentimentos e uma
gama de informações desconhecidas ou nunca antes reveladas, presentes no universo familiar. Além
disso, cada jovem possui uma configuração familiar específica, que precisa ser respeitada e
compreendida na apresentação de sua árvore genealógica, supostamente incompleta ou com um número
excessivo de informações que privilegia um dos seus familiares.
Deve-se enfatizar com os/as jovens que o passado é importante na constituição do Ser e no processo
de escolha, visto que ele está conectado com um Todo Social. Reconhecer as escolhas e as limitações
do grupo familiar contribuem positivamente para o desenvolvimento do seu autoconhecimento e
tomadas de decisão.

Avaliação da aula

 Perceber a reflexão e o preenchimento das atividades.


AULA 04: Presente!
Objetivos Gerais

 Compreender e conhecer a sua percepção das fases da vida.

Material Necessário

 Cartolina, papel sulfite, tesoura, cola, marcador permanente, lápis de cor, caneta hidrocor.
 Folha “Presente!” (material do/a aluno/a) - um por estudante.

Roteiro

Atividades Previsão de
Descrição
Previstas Duração

Momento Retomada das reflexões sobre família e projetos futuros da 10 min.


Preliminar última aula.

Atividade Dinâmica Roda da Vida. 25/30 min

Avaliação Perceber o envolvimento, participação e compreensão dos/as 5/10 min


estudantes com o objetivo geral da aula.
Orientação para as atividades

Objetivos

 Refletir sobre a percepção da atual fase da vida e os recursos necessários para modificá-la.

Desenvolvimento

O/A professor/a deve distribuir a folha da dinâmica Roda da Vida, que consiste em um círculo
dividido em 10 partes, conforme figura abaixo:

O/A professor/a deve apontar itens de preenchimento e o/a estudante traçar sua percepção sobre
esses aspectos dentro dessa grande roda.
A partir da conversa e das orientações do/a professor/a, os/as estudantes diante de suas
reflexões, irão colorir os espaços conforme o que sentem no presente. E a partir destas ponderações
compartilhadas entre os/as colegas, estes/as irão tomar nota destes objetivos compartilhados. Serão
capazes de traçar metas e objetivos para o que desejam alcançar no seu Projeto de Vida, tendo em vista
que os planos anotados no papel fazem com que os/as estudantes tenham mais facilidade em visualizar
progressos e mudar rotas, caso seja necessário.
Importante que o/a professor/a converse sobre os pontos da Roda da Vida durante o
preenchimento dos temas5 da roda:

1. Saúde e disposição

Essa parte da roda diz respeito a sua situação de saúde atual. Aqui deverão estar inclusas
avaliações sobre a saúde física, mental e emocional. Esse setor também leva em conta os níveis de
disposição e motivação.

2. Desenvolvimento intelectual

Aqui será avaliada a sua satisfação com o quanto você sabe e o quanto tem aprendido. Exercitar
sempre o intelecto, afinal, ajuda a manter o foco e desenvolver novas habilidades que serão necessárias
no seu caminho.

3. Equilíbrio emocional

Trata-se de uma avaliação sobre o quão equilibradas estão suas emoções durante o dia ou se
você experimenta muitas oscilações. Na adolescência é normal nos sentirmos assim. É importante
refletir se você lida bem com suas emoções (positivas e negativas) e consegue mantê-las sob controle,
evitando explosões, por exemplo.

4. Contribuição social

Essa parte da roda está destinada à percepção do quanto você contribui para a sociedade hoje.
Gerar um impacto positivo na vida das outras pessoas é um fator importante para a satisfação pessoal,
deve-se refletir sobre o impacto que suas ações possuem no mundo.

5. Família

A família é o núcleo social com o qual temos maior tempo de convivência. Por isso, é muito
importante pensar sobre as qualidades dessas relações e sobre como elas impactam no nosso dia a dia.

6. Vida social

Possuir uma rede de amigos/as e sentir-se pertencente a um grupo social também é essencial
para uma vida equilibrada e plena. Aqui, você deverá avaliar sua satisfação com seu grupo de amigos/as
e colegas, o quanto tempo possui para passar com eles/as e se esse tempo é utilizado com qualidade.
8. Criatividade, hobbies e diversão

5
Os temas aqui aparecem como sugestões, pode-se pensar outros que apontem/identifiquem mais a relação dos/das estudantes
com o mundo, tais como realização e propósito, recursos financeiros, desenvolvimento amoroso, relação com a escola, entre
outros que abarquem as perspectivas locais e regionais sobre a vida.
Se divertir, descansar e se dedicar a coisas que você ama é fundamental para manter a qualidade
de vida. Há um equilíbrio na sua vida para esses aspectos? Aqui, você deve avaliar se tem tempo para
fazer o que gosta, se pode exercer sua criatividade e se tem acesso ao entretenimento e ao relaxamento.

9. Plenitude e felicidade

A plenitude é o sentimento de contentamento que surge em pessoas que sabem que estão
aproveitando suas vidas. Você sente que sua vida tem um propósito, que está sendo vivida com
qualidade? Qual é o seu senso de organização sobre sua vida e suas emoções? Nesse setor da roda, você
avaliará seu nível de autoconhecimento, felicidade e senso de propósito.

10. Espiritualidade

A espiritualidade não precisa estar, necessariamente, ligada à religião (embora a religião possa
ser considerada uma forma de espiritualidade). Esse campo da Roda da Vida se refere à reflexão sobre
aquilo que transcende a realidade. Trata-se de descobrir o que ser espiritualizado/a significa para você
e avaliar qual é o impacto que isso está tendo na sua vida.

Avaliação da aula

Envolvimento dos/as estudantes na atividade. Reflexão sobre o resultado obtido identificando


quais áreas precisa de maior atenção.

Anexo

Exemplo de como a atividade pode ser preenchida


AULA 05: (Es)Colher
Objetivos Gerais

 Refletir sobre as possibilidades de trajetórias realizadas na vida.


 Compreender os efeitos das escolhas realizadas.

Material Necessário

 Datashow e computador para a projeção da imagem.


 Texto impresso “As escolhas de uma vida” (anexo) - grupos de quatro/cinco estudantes.
 Folha “(Es)Colher” (material do/a aluno/a) - uma por estudante.

Roteiro

Atividades Previsão de
Descrição
Previstas Duração

Momento Retomar a reflexão sobre os estágios da vida abordados na


Preliminar última aula. 5 min.

Atividade 1 Conversa sobre a imagem. 10/15 min

Atividade 2 Discussão em grupo sobre o texto


“As Escolhas de uma vida – Pedro Bial”. 15/20 min

Avaliação Perceber o envolvimento, participação e compreensão dos/as


estudantes com o objetivo geral da aula. 5/10 min

Escrita no material do/a estudante.


Orientação para as atividades

Momento Inicial

Questionar os/as estudantes sobre suas percepções sobre a última aula: “Pensar sobre como
estamos modifica nossos projetos/sonhos?” – Ouvir dois/duas ou três estudantes.

Objetivos

 Refletir sobre as possibilidades de trajetórias realizadas na vida.


 Avaliar os efeitos das escolhas realizadas.

Desenvolvimento

Atividade 1

 Para iniciar a aula, o/a professor/a deverá apresentar a figura (anexo 01) aos/às jovens,
projetando em tamanho maior para que todo o grupo veja a imagem ao mesmo tempo.6

 Anotar as impressões iniciais, interjeições geradas pela primeira impressão da imagem.

 Perguntar o que eles/as acham da imagem, o que lhes veem a mente, o que eles/as sentem ao
vê-la. É importante que todos/as possam participar e fazer o comentário que acharem pertinente
sobre a imagem em questão. Em turmas muito grandes pode-se combinar a definição de ‘uma
palavra’ para que todos/as possam falar.

 No segundo momento pergunte aos/às estudantes:

Já existiu um momento na vida quando não sabiam por qual caminho seguir?

Após ouvir as respostas, o/a professor/a deverá ressaltar que nessa aula será abordado o tema:
"As escolhas de uma vida e de quem é a responsabilidade de tomá-las?".

Feito isto, para o desenvolvimento da atividade a seguir, o/a professor/a deverá organizar os/as
estudantes em grupos de quatro/cinco integrantes e distribuir o texto “As escolhas de uma vida” (anexo
02).

6A projeção é o modo ideal para trabalhar, caso não seja possível, distribuir o material do/a aluno/a
nesse momento para iniciar o debate.
Atividade 2:

 Orientar a leitura do texto7 “As escolhas de uma vida”.


 Após a leitura estimule o debate perguntando aos/às estudantes:
 Em que você concorda/discorda do autor do texto?
 Para você, qual a maior dificuldade em tomar decisões?
 Qual o maior incômodo em fazê-las?
 As escolhas que tomamos realmente dependem apenas de nós?

 Procure estimular a fala do maior número possível de estudantes no debate para que consigam
desenvolver a percepção do seu Projeto de Vida.

Avaliação da aula

 Perceber a compreensão dos/as estudantes sobre o que é apresentado.


 Entregar a folha do material do/a estudante para que possa escrever individualmente uma
reflexão sobre a aula.

Anexo 01

7 Se achar conveniente e a escola dispor de material pode-se passar o áudio da mensagem disponível em:
youtu.be/fDZ5EnSxLTE para que os/as estudantes acompanhem.
Fonte: http://canstockphoto.com

Anexo 02
AS ESCOLHAS DE UMA VIDA - PEDRO BIAL
A certa altura do filme Crimes e Pecados, Todas as alternativas são válidas, mas há
o personagem interpretado por Woody um preço a pagar por elas.
Allen diz: "Nós somos a soma das nossas Quem dera pudéssemos ser uma pessoa
decisões". diferente a cada 6 meses, ser casados de
segunda a sexta e solteiros nos finais de
Essa frase acomodou-se na minha massa semana, ter filhos quando se está bem-
cinzenta e de lá nunca mais saiu. disposto e não tê-los quando se está
Compartilho do ceticismo de Allen: a gente cansado.
é o que a gente escolhe ser, o destino
pouco tem a ver com isso. Por isso é tão importante o
autoconhecimento.
Desde pequenos aprendemos que, ao
fazer uma opção, estamos descartando Por isso é necessário ler muito, ouvir os
outra, e de opção em opção vamos outros, estagiar em várias tribos, prestar
tecendo essa teia que se convencionou atenção ao que acontece em volta e não
chamar "minha vida". cultivar preconceitos.

Não é tarefa fácil. No momento em que se Nossas escolhas não podem ser apenas
escolhe ser médico, se está abrindo mão intuitivas, elas têm que refletir o que a
de ser piloto de avião. Ao optar pela vida gente é. Lógico que se deve reavaliar
de atriz, será quase impossível conciliar decisões e trocar de caminho: Ninguém
com a arquitetura. No amor, a mesma é o mesmo para sempre.
coisa: namora-se um, outro, e mais outro,
num excitante vaivém de romances. Mas que essas mudanças de rota venham
para acrescentar, e não para anular a
Até que chega um momento em que é vivência do caminho anteriormente
preciso decidir entre passar o resto da vida percorrido.
sem compromisso formal com alguém,
apenas vivenciando amores e deixando-os A estrada é longa e o tempo é curto.
ir embora quando se findam, ou casar, e
através do casamento fundar uma Não deixe de fazer nada que queira, mas
microempresa, com direito a casa própria, tenha responsabilidade e maturidade para
orçamento doméstico e responsabilidades. arcar com as consequências destas ações.

As duas opções têm seus prós e contras: Lembrem-se: suas escolhas têm 50% de
viver sem laços e viver com laços... chance de darem certo, mas também 50%
de chance de darem errado.
Escolha: beber até cair ou virar
vegetariano e budista? A escolha é sua!
AULA 06: O que me move
Objetivos Gerais

 (Re) conhecer valores sociais e individuais.


 Compreender o movimento de tais valores nesse processo de (re)conhecimento.
 Analisar as variáveis que movem o ser humano em seu autoconhecimento.

Material Necessário

 Folhas para montagem do cartaz, lápis, canetas, pincéis.


 Folha “O que me move” (material do/a aluno/a) - uma por estudante.

Roteiro

Atividades Previsão de
Descrição
Previstas Duração

Momento Retomada das reflexões sobre as escolhas


Preliminar responsáveis trabalhados na última aula. 10 min

Atividade 1 Dinâmica “Bingo de Valores”. 15/20 min

Atividade 2 Responder individualmente a folha do/a estudante “O 10/15 min


que me move”.

Avaliação Perceber o envolvimento, participação e compreensão


dos/as estudantes com o objetivo geral da aula. 5/10 min
Orientação para as atividades
Momento Inicial

Objetivos

 Identificar os princípios predominantes na sociedade e os que norteiam sua vida e suas


ações, avaliando o papel dos seus valores nas suas escolhas cotidianas.

Desenvolvimento

Atividade 1:

 Apresentar aos/às estudantes a relação de palavras apresentadas no anexo (Bingo de


Valores)8.

 Solicitar aos/às estudantes que dentre as palavras apresentadas selecione as 09 (nove)


que considerem mais importantes – anotar na folha do/a estudante.

 Pedir aos/às estudantes que leiam para os/as demais colegas da sala as palavras que
selecionaram e digam o porquê da escolha.

 Fazer um levantamento das palavras que apareceram com maior frequência e colocá-
las em um cartaz. O mesmo pode ser fixado na sala ou nos corredores da escola.
Retomaremos a ele na próxima aula - é importante fixá-lo em um lugar visível e de
fácil acesso aos/às estudantes.

 Fazer a seguinte pergunta:


 Esses valores que tiveram maior número de escolhas, são os que
predominam na sociedade na qual estamos inseridos/as?

 O grupo deve fazer um pequeno debate discutindo o que são valores e como eles
moldam/influenciam as sociedades e os indivíduos.

Atividade 2:

 Em um segundo momento os/as estudantes devem desenvolver a atividade proposta na


folha “O que me move” – do material do/a estudante. A atividade individual não precisa
ser apresentada aos demais, mas deve propor reflexão sobre o tema VALORES.

 Perguntas norteadoras: O que leva você a tomar essa decisão? O que te motiva? O que te
faz mudar? Ao responder as perguntas lembre-se de alertar os/as estudantes de evitar a
menção à PESSOAS ou LUGARES, mas focar nos VALORES envolvidos nas escolhas.

Avaliação

8 Caso tenha material disponível pode reproduzir a relação acima e entregar aos/às estudantes, caso
isso não seja possível escrever as palavras na lousa e pedir aos/às estudantes que escrevam no
caderno as 09(nove) que consideram mais importantes ou com as quais mais se identificam.
 Perceber a compreensão dos/as estudantes sobre as influências como motivações para as
escolhas feitas na vida.
 Envolvimentos na atividade escrita.

Anexo

Intensidade Amizade Justiça Tolerância Fidelidade

Afeto Caridade Fé Dinheiro Sucesso

Beleza Família Justiça Paz Equilíbrio

Cooperativismo Individualismo Humildade Bondade Amor

Compaixão Desejo Originalidade Empatia Devoção

Conhecimento Gentileza Beleza Força Perdão

Revide Resiliência Estabilidade Trabalho Patriotismo


AULA 07: Nos movemos?
Objetivos Gerais

 Desenvolver a leitura crítica acerca de textos jornalísticos, aplicando os próprios valores na


análise do texto.
 Elaborar indagações reflexivas para questionar valores culturais nas relações intra e
interpessoais.

Material Necessário

 Texto impresso “O mundo dos valores” (anexo) grupos de três/quatro estudantes.


 Folha “Nos movemos?” (material da/o estudante) - uma por estudante.

Roteiro

Atividades Previsão de
Descrição
Previstas Duração

Momento Retomada das reflexões sobre valores e motivações abordados


Preliminar na última aula. 15 min

Atividade Leitura coletiva do texto “O mundo dos valores”. Debate sobre


posicionamentos do texto. 25/30 min

Avaliação Perceber o envolvimento, participação e compreensão dos/as


estudantes com o objetivo geral da aula. 5/10 min
Reflexão escrita na folha “O que nos move” (material do/a
estudante)
Orientação para as atividades
Momento Inicial

Retomar às perguntas norteadoras apresentadas na última aula:


 O que leva você a tomar essa decisão?
 O que te motiva?
 O que te faz mudar?
Perguntar se as reflexões feitas na última aula modificaram algum comportamento durante a semana
e o porquê. Levantar a ideia de que as aprendizagens feitas durante às aulas de Projeto de Vida também
podem e devem ser estendidas ao cotidiano extraclasse.

Objetivos

 Desenvolvimento de leitura crítica acerca de textos jornalísticos, aplicar os próprios valores


na análise do texto.

Desenvolvimento

Leitura em voz alta do texto. A leitura pode ser realizada por uma única pessoa ou por várias,
conforma a escolha do/a responsável pela aula.

 Após a leitura observar o cartaz elaborado na aula anterior e apresentar à questão:


 Esses valores representam os valores da nossa sociedade?

 Com base na atividade anterior fazer uma reflexão coletiva considerando se os valores estão de
acordo ou não com o denominado “jeitinho brasileiro” exposto no texto lido. Refletir em que
situações:
 Já percebeu a utilização do “jeitinho brasileiro” em alguma situação?
 Quem foi prejudicado nessa situação e quem se beneficiou?
 Em que situações utilizamos o “jeitinho brasileiro”?
 Existe o “jeitinho brasileiro”? É possível modificá-lo?

Em um segundo momento entregar a folha “Nos movemos?” do material da/o estudante.

 Solicitar que escrevam os valores mais importantes para vivermos em sociedade9.


 Apresentar à questão: Como o Projeto de Vida pessoal pode interferir nas nossas
experiências coletivas? Acompanhar a escrita da reflexão individual sobre o tema.

Avaliação

 A avaliação não deve ser quantitativa ou valorativa, deve ser estimulada a participação do/a
estudante e a manifestação de suas opiniões acerca dos dilemas apontados pelos textos.

9 Se necessário apresentar a tabela completa da aula anterior com vários valores.


Anexo
O mundo dos valores O jeitinho brasileiro pode ser visto
tanto como um favor, quanto como uma
Todo mundo já ouviu falar no forma de corrupção. Segundo a autora, ele
"jeitinho brasileiro": poder, não pode, mas estaria localizado entre esses dois polos,
sempre dá-se um jeito... Muitos até onde o primeiro é positivo e o outro é
chegam a achar que se trata de virtude a negativo, podendo pender mais para um
complacência com a qual as pessoas lado ou para o outro. O que caracterizaria
"fecham os olhos" para certas o jeito como algo positivo ou negativo
irregularidades e ainda favorecem outras depende da situação em que ele ocorre e
tantas. a relação que existe entre as pessoas
Certos "jeitinhos" parecem inocentes envolvidas.
ou engraçados, e às vezes até são vistos A psicologia comportamental
como sinal de vivacidade e esperteza: por também auxilia nessa discussão. Ela
exemplo, quando se fura a fila do ônibus mostra que nossos comportamentos
ou do cinema. Ou, então, para pegar o filho geram consequências e que, dependendo
na escola, que mal há em parar em fila do resultado que eles trouxerem, esses
dupla? comportamentos podem cessar ou
Outros "jeitinhos" não aparecem tão continuar ocorrendo futuramente. Vamos
às claras, mas nem por isso são menos supor que você vai mal em uma prova e
tolerados: notas fiscais com valor procura a sua professora logo depois da
declarado acima do preço para o correção para pedir um ponto a mais. Caso
comprador levar sua comissão, compras ela recuse aumentar a nota e até desconte
sem emissão de nota fiscal para sonegar meio ponto pelo pedido, a chance de você
impostos, concorrências públicas com fazer o mesmo pedido para ele em outra
"cartas marcadas". ocasião irá diminuir; caso ele aceite,
O que intriga nessa história toda é aumentam as chances de você repetir o
que as pessoas que estão sempre "dando comportamento.
um jeitinho" sabem, na maioria das vezes, A lógica é bem simples: você faz o
que transgredem padrões de que faz porque se sente bem assim, você
comportamento. Mas raciocinam como se é recompensado por isso. Se você já fez
isso fosse absolutamente normal, visto que algo errado e foi punido, com certeza
é comum: Só eu? E os outros? Todo pensará bastante antes de repetir a ação.
mundo age assim, quem não fizer o Essa ideia pode nos ajudar a refletir sobre
mesmo é trouxa; quem não gosta de levar todas as outras ações em nossa vida.
vantagem em tudo? Com esse raciocínio, podemos
No livro “O jeitinho brasileiro: a arte pensar que em uma situação em que
de ser mais igual que os outros”, Lívia alguém furou fila e ninguém se opôs, é
Barbosa mostra a ambiguidade do possível que a pessoa torne a furar outra
conceito: fila futuramente. Então podemos pensar
“[…] o jeitinho é sempre uma forma contribuem para a situação tanto quem
“especial” de se resolver algum pratica o ato, quanto quem o presencia
problema ou situação difícil ou proibida; sem se opor a ele.
ou uma solução criativa para alguma E é aí, como cidadãos, que
emergência, seja sob a forma de podemos pensar em nossas atitudes. Se
conciliação, esperteza ou habilidade. presenciarmos alguém dando um jeitinho,
Portanto, para que uma determinada seja ele positivo ou negativo, qual deve ser
situação seja considerada nossa ação: recompensar a pessoa ou
jeito, necessita-se de um acontecimento repreendê-la?
imprevisto e adverso aos objetivos do
indivíduo. Para resolvê-la, é necessária ARANNHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS.
Filosofando. Introdução à Filosofia. Ed. Moderna
uma maneira especial, isto é, eficiente e
rápida, para tratar do ‘problema’.”
AULA 8: Para onde me movo
Objetivos Gerais

 Identificar os próprios gostos e práticas individuais e coletivas.


 Avaliar os desdobramentos dos comportamentos em projetos futuros.

Material Necessário

 Folha “Para onde me movo” (material do/a aluno/a) - uma por estudante.

Roteiro

Atividades Previsão de
Descrição
Previstas Duração

Momento Retomada das reflexões sobre valores das duas


Preliminar últimas aulas. 10 min

Atividade Atividade individual “Meus gostos”. 10/20 min

Avaliação Perceber o envolvimento, participação, compreensão


e preenchimento das atividades do material do/a 5/10 min
estudante.
Orientação para as atividades

Momento Inicial

Objetivos

 Refletir acerca dos elementos que são importantes no processo de reconhecimento de si


mesmo e de ressignificação do que é importante.

Desenvolvimento

Atividade 1

O/A professor/a inicia a atividade preenchendo, junto com os/as estudantes, as Caixas dos Gostos.
Oriente as/as estudantes:

Gosto e Faço

No campo “Gosto e Faço”, você escreverá todas as coisas que você gosta e faz no cotidiano. Inclua
seus hobbies, as atividades da escola que lhe dão prazer, enfim, aquilo que você se sente bem fazendo
e que costuma incluir no dia-a-dia. Espero que essa lista tenha um tamanho considerável e esteja
recheada com coisas bem agradáveis para você.10

Não Gosto e Faço

Dentro deste campo podem estar alguns deveres que precisamos continuar cumprindo. Porém,
podemos lançar um olhar de avaliação também. Você anda cercado pelo sentimento de sempre se
sentir obrigado a algo? Qual a necessidade dessas obrigações?

Gosto e Não Faço

Sabe aquelas atividades que você adora, mas acaba deixando de lado?
Elas entram aqui. Será que você não realiza por questão de tempo, de procrastinação, de obrigações?
Tente perceber quais são os pontos realmente importantes para esta caixa.

Não Gosto e Não Faço

Este campo pode dar uma boa ideia daquilo que não tem mesmo nada a ver com você. Algo que
choca com os valores que são importantes e dos quais você não está disposto a abrir mão.

10 Devido ao espaço no material do/a estudante a lista em um primeiro momento pode não se tornar
muito longa. Estimule o/a estudante a escrever pelo menos três pontos em cada tópico, mas não
limite a lista dos gostos, convide-o/a escrever em outros espaços se necessário.
Dialogar sob as seguintes reflexões:

 Estou me dedicando mais ao que gosto ou estou mais preso/a a coisas que não me
agradam?
 Estou conseguindo priorizar as ações que me levarão onde quero chegar, ou estou me
perdendo pelo caminho?
 Estou conseguindo equilibrar meus gostos e minha ações?

Atividade 2

Em um segundo momento os/as estudantes devem desenvolver a atividade proposta na folha


“Para onde me movo” (do material do/a estudante).

 Ao encerrar a atividade solicite que um/a ou dois/duas estudantes socializem a reflexão: Qual
a relação dos seus gostos com seus sonhos?

Pergunte as dificuldades de associar os sonhos, elaborados anteriormente, com a atividade de hoje.

Avaliação

 Refletir sobre o preenchimento da folha “Para onde me movo”, relacionando gostos e


comportamentos registrados com a realização das etapas do Projeto de Vida.
AULA 09: Permita que eu fale
Objetivos Gerais
 Entender as escolhas como parte de nosso Projeto de Vida, e que estas não são rígidas e
devem sempre ser repensadas.
 Ampliar a discussão de autoconhecimento.
 Adicionar conceitos e possibilidades para a construção do Projeto de Vida.

Material Necessário
 Caixa de som
 Música e letra da canção AmarElo do Emicida

Roteiro

Atividades Previsão de
Descrição
Previstas Duração

Atividade 1 Ouvir a música Amar Elo, acompanhando a letra - 15 min


Ouvir e cantar quantas vezes o professor achar necessário.

Atividade 2 Dividir a letra da música em 5 partes/grupos de forma a 15 min


Aprofundamento orientar a compreensão desses grupos sobre o que a letra
quer dizer.

Atividade 3 Socializar com a sala/outros grupos o entendimento sobre 20 min


Socialização as inúmeras possibilidades de escolhas que o/a estudante
possui.
Orientação para as atividades

Atividade 1 - Ouvir e cantar

Objetivos
 Perceber a música e a arte como expressões de conscientização e debate em torno de questões
que exprimem os anseios e angústias das juventudes.
 Vislumbrar nesta música possibilidades que nossas escolhas podem nos oferecer.

Desenvolvimento
 Em grupo ouvir, ler e cantar a música.

Avaliação
 Perceber a participação dos/as alunos/as e envolvimento com a dinâmica, tendo como
parâmetro o objetivo proposto na aula.

Atividade 2 - Aprofundamento

Objetivos
 Observar como cada grupo percebe partes da música
 Socializar os diversos temas percebidos pelos/as estudantes nas partes divididas e na letra
completa da música, sempre destacando as possibilidades e importância de suas escolhas.

Desenvolvimento
 Separar a turma em 5 grupos, por números que serão apontados pelo/a professor/a, distribuir
a parte da música (em anexo com proposta de numeração) e orientar os/as alunos/as a
debater no seu grupo como estes percebem os significados e mensagens da letra naquele
trecho. Após 15 minutos, retomar a turma.

Avaliação
 Perceber a participação dos/as alunos/as e envolvimento com a dinâmica, tendo como
parâmetro o objetivo proposto na aula.

Atividade 3

Objetivos
 Perceber questões como: a proeza de ninguém pode ser resumida ao mero ato de sobreviver;
a importância de fazer escolhas e defender uma vida plena de sentidos e sonhos pra todos (o
povo das filas, vilas, favelas, etc.); compreender uma vida em que esse todos se enxerguem
maiores dos que os problemas do dia-a-dia, etc.
Desenvolvimento
 Cada grupo deverá socializar com o restante da turma como compreendem o trecho da
música.
 Após socialização dos trechos, toda a turma deverá juntamente com o/a professor/a,
relacionar o que foi discutido nos trechos com o entendimento de toda turma sobre a música
e como esta se relaciona com as escolhas propostas no início da aula.

Avaliação
 Perceber a participação dos/as alunos/as e envolvimento com a dinâmica, tendo como
parâmetro o objetivo proposto na aula.
AULA 10: O que eu escuto
Objetivos Gerais

 Estimular a interlocução respeitosa e devidamente contextualizada;


 Refletir sobre experiências dialógicas a partir de situações problemas de comunicação.

Material Necessário

 Folhas de papel sulfite, lápis e/ou caneta.

Roteiro

Atividades Descrição Previsão de


Previstas Duração

Momento Inicial Conversa inicial sobre o tema da aula anterior e 10 min


recapitulação da ideia do “ser ouvido”

Atividade 1 Dinâmica “Se a carapuça servir…” 15 min

 Análise, em grupo, de postagens típicas de


mídias sociais, facilmente reconhecíveis
pelos/as estudantes. 15 mim
 Breve apresentação e discussão
problematizadora sobre as falas públicas
em rede

Avaliação Participação, envolvimento e compreensão sobre 10 min


as problemáticas propostas na aula.
Orientação para as atividades
Objetivos

 Analisar o conteúdo de postagens típicas das mídias sociais, buscando contextualizá-las;


 Identificar os possíveis significados das postagens e suas consequências enquanto diálogo;
 Refletir sobre a condição do indivíduo como sujeito de discurso em determinados contextos
dialógicos.

Desenvolvimento

 Peça aos/às estudantes que formem seis grupos. Entregue para os grupos um cartão com os
dizeres (anexo) típicos das mídias sociais.
 Peça a cada grupo que discuta a frase que lhe foi proposta, identificando e anotando duas
possíveis interpretações para ela, considerando:
 Possíveis contextos em que foi escrita;
 Os potenciais destinatários para quem “a carapuça serviria”;
 Eventuais intrigas que estariam “por trás” da postagem.

 Peça a um/a representante de cada grupo que exponha, brevemente, as considerações feitas.
Proponha a discussão do problema. Perguntando as/aos estudantes se eles/as já se depararam
com frases como essas em suas redes, se curtiram ou compartilharam posts como esses e por
quê.

 Atente para o fato de serem frases genéricas, descontextualizadas e abertas a todo tipo de
interpretação (razão pela qual foi pedido que identificassem formas diferentes de interpretá-
las).

 Indague sobre os riscos de posts aleatórios como esses: brigas, discussões disparatadas,
decepção e mal-entendidos por parte de pessoas que podem pensar que esses dizeres foram
endereçados a elas.

 Estimule a construção de hipóteses sobre a impressão causada por quem utiliza esses recursos
como hashtags com a função de enfatizar o recado:

o Imaturidade, uma vez que não aborda os problemas diretamente, de modo franco, e se
atém a provocações “infantis”;

o A impressão de que é uma pessoa que está brigando com todo mundo o tempo todo;

o Não dar chance para que as pessoas reflitam e se defendam, quando o assunto diz
respeito a elas;

o Falta de ética, expondo publicamente assuntos de interesse privado envolvendo outras


pessoas;

o A sensação de querer controlar o conteúdo postado pelos outros;

o Alguém que faz um juízo exageradamente elevado de si mesmo, pois acha que é alvo
constante da inveja dos outros.
 Apesar de ser um recurso útil para pesquisa de assuntos afins, muitos usuários utilizam
hashtags apenas com a finalidade de enfatizar aquilo que estão dizendo. É nesse sentido que
elas aparecem nas frases que selecionamos para as atividades desta aula.

 Ressalte que as regras de convivência e diálogo em redes online são as mesmas que regem as
relações sociais. Contudo, por não estarem em contato presencial, as pessoas tendem a se sentir
mais à vontade para comportamentos mal-educados.

 Reforce que interações em rede delineiam, post por post, o perfil público dos sujeitos, e
revelam a nossa capacidade de dialogar. Além disso, o conteúdo que disponibilizamos em
redes virtuais nunca são totalmente deletados, e qualquer pessoa pode copiar (“printar”)
nossas publicações e utilizá-las contra nós, inclusive nas relações de trabalho.

Avaliação

Avalie a aula observando como as/os estudantes se posicionam em relação aos exemplos
propostos: se percebem as precauções a serem tomadas durante as interações sociais em rede; se estão
atentos ao fato de que o dito publicamente tem impacto sobre a imagem pública - tanto de si quanto
do outro - e que ajudamos a construí-la cotidianamente. Se percebem a necessidade de
contextualização do problema abordado ao endereçar suas palavras ao outro.
AULA 11: Aptidões e pontos de atenção
Objetivos Gerais

 Perceber diferentes valores presentes nas pessoas e em si como parte constituinte da


identidade;
 Compreender que suas escolhas não são rígidas e devem ser sempre repensadas.

Material Necessário

 Datashow (se houver) e/ou gravador de áudio, anexos, folhas de papel sulfite, lápis e/ou
caneta.

Roteiro

Atividades Previstas Descrição Previsão de Duração

Momento Inicial Conversa inicial sobre a temática da aula 10 min


do dia de hoje, levando o/a estudante às
ponderações sobre o assunto.

Atividade 1 Dinâmica “Se conhecendo melhor.” 15 min

Atividade 2 Vídeo: 15 min


www.youtube.com/watch?v=Dv8B_nBL

Avaliação Roda de conversa mediada pelo/a 10 min


Professor/a.
Orientação para as atividades

Momento Inicial

A palavra motivação tem sua origem na palavra latina movere, que significa mover,
movimento. A motivação designa um conjunto de forças internas e externas, ou seja, são impulsos que
norteiam o comportamento dos indivíduos para atingir determinado objetivo. Sendo a conduta humana
essencialmente orientada por objetivos, sejam eles conhecidos ou inconscientes, fica evidente a
importância de se associar atitudes motivacionais a esses objetivos. Neste momento inicial da aula,
o/a professor/a inicia a sua aula com a exibição da dinâmica “Se conhecendo melhor”, em que o/a
estudante devem refletir sobre seus talentos, dons e pontos de melhoria (leia abaixo).

Objetivos

 Levar os/as estudantes a fazerem uma autoanálise sobre seus talentos, dons e o
estímulo que o/a motiva;

 Identificar seus pontos de melhoria, para que possam traçar novas rotas em busca de
alcançar seus objetivos.

Desenvolvimento

Atividade 1

Para este momento da aula, o/a professor/a deve entregar um formulário para todas as pessoas do
grupo. Este formulário é uma atividade de autoanalise, em que o/a estudante percebe suas qualidades,
dons, talentos, bem como seus pontos de melhoria. Durante cada rodada, os/as estudantes
compartilham o que anotaram, promovendo trocas de ideias e enriquecendo mais a atividade. O/A
professor/a repetirá esta dinâmica tantas vezes considerar necessário para que os/as participantes
aumentem o número de respostas, pois isto significa que estão realizando uma investigação mais
detalhadas de si mesmos, sem deixar que algo passe despercebido. A cartela deve conter as seguintes
perguntas:

 Que qualidades tenho?  Que defeitos tenho?


 O que me motiva?  Em que eu posso melhorar?
 Qual é o meu talento ou dom?
Após a execução desta primeira atividade, o/a professor/a de Projeto de Vida, convida a todos/as
da classe para assistirem a um vídeo para reflexão das questões encontradas na atividade 1 e que podem
servir de ponto de partida para trilhar seu futuro.

Avaliação

Uma roda de conversa para o estabelecimento de novas metas a partir das reflexões da turma e
das atividades desenvolvidas e compartilhadas pelos/as colegas.
AULA 12: Como devo agir?
Objetivos Gerais

 Conhecer conceitos relacionados aos valores, saberes e aspectos culturais na vida cotidiana;
 Analisar o lugar do outro, colocando-se em seu lugar para reconhecer os limites e possibilidades
de sua atuação.

Material Necessário

 Data show, vídeo “Filosofia - Ética e moral”, caixa de som, cópia da figura “o termômetro”

Roteiro

Atividades Previstas Descrição Previsão de Duração

Dinâmica: o que eu faria em seu


Momento Inicial 15 min
lugar?

Exibição do vídeo “Filosofia - Ética


Atividade 1 12 min
e moral”

Relação entre o conteúdo do vídeo e


Atividade 2 15 min
a dinâmica inicial

Avaliação Termômetro da aula 3 min


Orientação para as atividades

Momento Inicial

O que eu faria em seu lugar?

Objetivos

 Refletir sobre as decisões tomadas diante de uma situação-problema;


 Avaliar posturas e comportamentos que envolvem ética, autodeterminação, a busca pelo bem-
estar, empatia e empoderamento.

Desenvolvimento

 O/A professor/a deve iniciar a aula convidando os/as estudantes para se sentarem em meia-lua;
 Solicitar um/a voluntário/a para sentar-se em uma cadeira que estará posicionada de costas para
a lousa;
 Escrever uma situação-problema na lousa. Ressaltar que esta situação é hipotética, portanto,
não é vivenciada pelo/a voluntário (enfatizar esse aspecto);
 Pedir que os/as colegas digam o que faria em seu lugar, iniciando pela frase: “No seu lugar,
eu…”. Mas, a turma não pode informar ao/à voluntário/a o que se trata. A partir dos
“conselhos”, a pessoa deverá descobrir a situação.
 Repetir a dinâmica com outros/as voluntários/as, inserindo outras temáticas, isto é, outras
situações-problema.

ATENÇÃO!

O/A professor/a deverá estabelecer as situações conforme contexto e realidade local ou de


acordo com as temáticas que deseja levantar em aula. Podem ser trabalhados temas que envolvem
questões éticas e morais. Exemplos: gravidez na adolescência, traição, preconceito, corrupção, bullying,
etc. O/A docente deve anotar as falas da turma, porque isso representa basicamente o tema da aula
“Como devo agir?”
Avaliação da dinâmica

Pós dinâmica, ainda posicionados/as em meia-lua, o/a professor/a deverá ler algumas das
colocações/posicionamentos da turma e realizar questionamentos reflexivos.

Possibilidades de perguntas:

 Por que a turma tomou esse posicionamento?


 Alguém faria diferente? Por quê?
 Existem outras possibilidades?
 Quais seriam os desdobramentos dessa decisão?

Objetivos

 Compreender o significado de Ética e Moral e;


 Avaliar a existência da Ética nas nossas tomadas de decisão.

Desenvolvimento

Após a transmissão do vídeo, primeiramente, solicitar que os/as estudantes elaborem com suas
próprias palavras (oralmente), o que entendem por ética e moral?

Em seguida, pedir que relacionem os conceitos de ética e moral às respostas dadas na dinâmica,
utilizando as seguintes perguntas:

a) Sob o crivo da ética/moral, como você avalia suas “respostas”, isto é, os comportamentos
adotados/sugeridos na dinâmica “o que eu faria em seu lugar?” Por quê?
b) Conforme dicionário online de significados, “Deontologia é uma filosofia que faz parte da
filosofia moral contemporânea, que significa ciência do dever e da obrigação. A deontologia é
um tratado dos deveres e da moral. É uma teoria sobre as escolhas dos indivíduos, o que é
moralmente necessário e serve para nortear o que realmente deve ser feito”.

Diante dessa definição, haveria, então uma resposta correta ou mais adequada para as situações
utilizadas na dinâmica, ou seja, haveria um “como devo agir” para tais “problemas”? Por quê?
Avaliação

Termômetro da aula

Ao final da aula, o/a professor/a deverá entregar uma bolinha de papel (colorida, se possível) e
pedir que os/as estudantes colem a bolinha ao lado do termômetro - ao lado da temperatura que
corresponde seu grau de compreensão sobre o tema. Quanto maior for o grau, maior terá sido a
compreensão sobre o tema “Como devo agir”. Sugestão: tire uma foto da parede com o termômetro e
as bolinhas coladas na parede para registrar o resumo do feedback da turma sobre a aula e utilize a foto
em alguma sessão reflexiva sobre as aulas.
AULA 13: Minha Bandeira
Objetivos Gerais

 (Re)conhecer seu corpo, valores e sentimentos;

 Desenvolver a confiança em si mesmo e sentir-se bem em relação a si mesmo e nas


relações com os outros.

Material Necessário

 Aparelho de som, letra da música, caneta e papel.

Roteiro

Atividades Previsão de
Descrição
Previstas Duração

Momento Inicial Música: A sombra- Pitty 10 min

Atividade 1 Pedir a alguns/as estudantes que comentem a letra da música. 10 min

Solicitar aos/às estudantes que desenhem a sua sombra em


Atividade 2 uma folha de papel A4, caso não tenha folha A4, utilizar outra, 10 min
junto ao desenho fazer uma descrição da sua sombra.

Avaliação O que é sua sombra? O que ela revela sobre você? Como você 20 min
se relaciona com ela? Quais segredos seus ela conhece?
Reflita sobre essas e outras questões e faça um texto
discorrendo sobre o que sua sombra sabe sobre você.
Orientação para as atividades

Momento Inicial

Se possível, colocar a música A sombra - Pitty, para os estudantes, caso não seja possível
disponibilizar a letra para os alunos.

Pra quê dissimular


Se ela me segue aonde quer que eu vá?
Melhor encarar
E aprender com ela a caminhar
Não vou mais negar
Por todo caminho minha sombra está
Eu quero saber me querer
Com toda a beleza e abominação
Que há em mim
Isso nunca se desfaz
E quanto a desejo, não há paz
Isso nunca se desfaz
E quanto a desejo, não há paz
Eu quero saber me…
Pitty
Album- Chiaroscuro; Deckdisk-Polisom 2009

Objetivos
 Levar os/as estudantes a refletir sobre sua relação consigo mesmo por meio da autoavaliação e
do autoconhecimento.

Desenvolvimento

 Passar a música e pedir aos/às estudantes que ouçam atentamente.

 Terminada a música, perguntar aos/às estudantes se conhecem a música, identificaram a


intérprete, o que acharam da música, solicitar que alguns/as discorram oralmente sobre a
música, perguntar sobre o que a música fala, sobre o que o que é a sombra para eles/as.
 Solicitar a todos os/as alunos/as que desenhem em uma folha de papel A4, ofício ou outra, o
desenho da sua sombra, junto ao desenho, fazer uma descrição da sua sombra, como ela é, como
ela reflete você?

Avaliação

Fazer que é sua sombra? O que ela revela sobre você? Como você se relaciona com ela? Quais
segredos seus ela conhece? Quais as decisões e atitudes você tomou que já se arrependeu? Como as
decisões do seu passado e presente influenciarão seu futuro? Reflita sobre essas e outras questões e faça
um texto discorrendo sobre o que sua sombra sabe sobre você, quais expectativas você tem para o seu
futuro?
AULA 14: Ser no Mundo
Objetivos Gerais

 Nesta aula, espera-se que o/a aluno/a identifique pessoas em sua comunidade, grupos sociais a
que pertence ou no mundo que represente os valores que admira para que possa fortalecer as
suas escolhas para o seu projeto de vida.

Material Necessário

 Papel sulfite, cartolina, revistas e jornais velhos, pinceis, biografia das pessoas selecionadas
para apresentação, globo terrestre, mapas e internet (se tiver acesso).

Roteiro

Atividades Descrição Previsão de Duração


Previstas

Momento Inicial Conhecendo pessoas no mundo 10 min

Atividade 1 Meu mundo pessoal e o mundo lá fora 15 min

Atividade 2 Pessoas que me inspiram no mundo 15 min

Avaliação Apresentação do seu “mundo” 10 min


Orientação para as atividades
Momento Inicial: Conhecendo pessoas no mundo

 A proposta neste momento inicial é apresentar aos/às estudantes personagens com valores
positivos que são referências no mundo, como os sugeridos a seguir.

Objetivos

 Conhecer personalidades que marcaram a história por suas trajetórias de vida.


 Apontar características que podem facilitar o alcance de seus objetivos de vida.

Desenvolvimento

Neste primeiro momento os/as alunos/as irão conhecer e identificar pessoas que são admiradas
pelo mundo por suas conquistas e realizações positivas. Os exemplos aqui dados são apenas
“sugestões”, podendo a professora ou professor adequar a realidade escolar. É importante que a fala da
professora ou professor seja no sentido de que as conquistas não se concretizam sem esforço,
perseverança, trabalho e dedicação. As realizações acontecem um passo de cada vez, até que se alcance
os resultados almejados.

A professora ou professor deve produzir um cartaz, ou projetar em equipamento multimídia a


foto do Nelson Mandela, logo após deverá mostrar no mapa, globo terrestre ou internet, qual a
localização da África do Sul. Em seguida, apresentar um pouco da história do Nelson Mandela, seu lado
humano, perseverante e toda sua luta em prol do povo sul-africano.

Atividade 1

Meu mundo pessoal e o mundo lá fora

Objetivos

 Analisar as fases da vida do/a aluno/a (seu passado, seu presente e seu futuro)
 Relacionar essa análise com a vida de pessoas da sua comunidade ou rede de apoio (amigos/as,
família, escola, igreja, grupo de jovens, etc..), buscando enumerar características admiráveis.

Desenvolvimento

A turma será dividida em grupos, onde cada grupo receberá uma cartolina, pincéis, jornais e
revistas velhas. Os/As alunos/as deverão dividir a cartolina em dois lados, um lado para o
desenvolvimento dessa primeira atividade e o outro lado será para desenvolver a segunda atividade.
Nessa primeira atividade os grupos deverão representar de forma livre, por meio de figuras, palavras,
imagens, pessoas do seu meio social (família, amigo/as, vizinhos/as, etc.) que lembrem ou que
marcaram seu passado, seu presente e que podem influenciar de alguma maneira seu futuro diante do
seu projeto de vida.
Atividade 2

Pessoas que me inspiram no mundo

Objetivos

 Identificar seus valores pessoais e relacionar com pessoas do seu grupo social.
 Valorizar a si mesmo e o grupo social a que faz parte.
 Respeitar a diversidade de histórias do seu grupo social.
 Valorizar aspectos pessoais e relacionar com os de outros personagens do seu cotidiano na escola.

Desenvolvimento

Nessa segunda atividade que é também continuação da primeira, os/as estudantes deverão
representar de forma livre, por meio de figuras, palavras, imagens: pessoas do mundo que fizeram parte
do seu passado e pessoas presentes nesse momento de sua vida que podem influenciar de alguma
maneira seu futuro diante do seu projeto de vida. É importante que os/as estudantes procurem
analisar/identificar valores que tenham em comum com os/as demais colegas. Agora além de registrar
no cartaz produzido pelos grupos, cada um deve fazer seu registro pessoal de suas impressões tanto da
primeira, quanto da segunda atividade em um caderno, agenda, caderneta, planers, (...).

VARIAÇÃO DAS ATIVIDADES

Que valores suas ações nos transmitiram? Professor/a, você pode apresentar outros personagens
estrangeiros/as e/ou brasileiros/as, como os sugeridos a seguir. Para isso, siga as mesmas orientações
anteriores. Outra opção é pedir que cada grupo pesquise um/a personagem para apresentá-lo/a à classe.
Os/As alunos/as podem registrar, no Diário de Práticas e Vivências, a pesquisa feita a respeito de um/a
dos/as personagens e citar outros exemplos.

Avaliação

Apresentação do seu “mundo”

Apresentação dos cartazes produzidos pelos grupos, com imagens ou desenhos que simbolizam
pessoas, valores e comportamentos que admiram e podem influenciar em seu projeto de vida diante do
mundo. Quando forem apresentar eles/as devem levantar as seguintes questões sobre as personalidades
que representaram nos cartazes: O que você admira nessa pessoa? Quais habilidades, características,
quais valores possuem em comum com você? Como você analisa a importância dessas pessoas para o
seu desenvolvimento pessoal, comunitário e para seu projeto de vida?
AULA 15: Ser Criativo
Objetivos Gerais

 Perceber a importância da sistematização e do planejamento na organização pessoal;


 Entender disciplina como sinônimo de sistematização, planejamento para a organização
pessoal.

Material Necessário

 Aparelho de som para reproduzir a canção “Sobre o tempo”, caixa para colocar as imagens e
material xerocopiado.

Atividades Previstas Descrição Previsão de


Duração

Momento Inicial :Qual o Assistir ao clip da música do grupo PatoFu: 5 min


poder do tempo em sua vida? Sobre o tempo.

Leitura e interpretação da música: “Sobre o


Atividade 1: Depende de mim tempo”. 15 min
a organização da minha vida e Questões reflexivas sobre o processo de escolha
das minhas coisas! e a organização pessoal.

Interpretação de imagens referentes ao tempo.


Atividade 2: Disciplinado eu? Reflexão do relato do seu dia a dia. 20 min

Avaliação Uma autoavaliação em relação ao tempo ocioso 10 min


e o produtivo.
Orientação para as atividades
Momento Inicial

Qual o poder do tempo em sua vida?

Objetivos

 Apreciar a música Sobre o tempo.


 Conhecer a letra da música: Sobre o tempo.

Desenvolvimento

A atividade consiste em ouvir a música do grupo PatoFu: Sobre o tempo. A atividade é iniciada
com a indagação: qual o poder do tempo em sua vida? Logo após distribuir a letra da música
xerocopiada para os/as estudantes acompanharem e cantarem juntos.

Atividade 1

Depende de mim a organização da minha vida e das minhas coisas!

Objetivos

 Refletir sobre escolhas e decisões que norteiam sua organização pessoal;


 Perceber a importância da sistematização, do planejamento e da disciplina na organização
pessoal e sua autonomia.

Desenvolvimento

 A atividade consiste em refletir sobre as possibilidades de organização pessoal que o/a


estudante pode ter através de mudanças atitudinais e comportamentais visando assim
a realização de suas metas e aquisição de sua autonomia.

 A atividade deve ser iniciada com o seguinte comentário: “Ah, meu sonho é que o dia tivesse
mais de 24 horas” ou “24 horas é pouco para tudo que tenho que fazer hoje” entre outros. Hoje
em dia é difícil encontrar alguém que nunca fez algum comentário assim referente ao tempo.

 A partir desses comentários trazer para a discussão a letra da música: Sobre o tempo levando-
os a interpretação e reflexão da mesma.

Após essas reflexões analisando a questão do tempo para executar tarefas por um ângulo mais
racional e prático levantar as seguintes indagações e escrevê-las no quadro:

 Vocês já pararam para pensar sobre o modo como estamos vivendo na sociedade
contemporânea?
 Eu aproveito bem o meu tempo?
 Eu tenho muito tempo ocioso?
 O tempo dedicado às atividades prazerosas é escasso ou exagerado?
 O que fazer para essa relação com o tempo?
 Você culpa o tempo por não conseguir se organizar?

Para finalizar esse momento tentaremos conscientizá-los sobre a importância do planejamento de


atividades e de administração do tempo, assim como a necessidade de se fazer escolhas, tomar decisões
e estabelecer prioridades que os ajudarão no cumprimento de suas metas de Projeto de Vida.

Atividade 2

Disciplinado eu?

Objetivos

 Propor estratégias para organização pessoal com relação ao tempo.


 Entender disciplina como sinônimo de sistematização, planejamento para organização pessoal.

Desenvolvimento

No Anexo terá como suporte três imagens que fazem menção ao tempo. A tarefa será colocar essas
imagens dentro de uma caixa e em círculo passar essa caixa ao som da música sobre o tempo. Ao parar
em um/a estudante, este analisará a imagem escolhida, em seguida, dizer para o grande grupo como
eles/as relacionam essas imagens com sua vida e que relação têm com a organização pessoal.

As discussões devem girar em torno do não perder tempo e em administrar bem o tempo ocioso.
Fazendo com que os/as estudantes percebam a importância de se administrar o tempo para a organização
pessoal.

Em seguida, individualmente, os/as estudantes devem relatar a relação que têm com o tempo na
execução de tarefas:

Relato do seu dia

Essa atividade será iniciada com os seguintes questionamentos:

 Você se acha uma pessoa disciplinada?


 Que relação você vê entre a disciplina e a sua organização pessoal?

A partir dessas indagações o/a estudante irá fazer um relatório do seu dia. Eles/as deverão listar
suas atividades diárias mais comuns, indicando quanto tempo gasta para realizar cada uma, relacionando
o tempo e o grau de importância de cada atividade e o que deve melhorar para alcançar satisfação na
realização de todas. Sortear alguns/as estudantes para relatar seu dia.

Avaliação
Será uma autoavaliação da aula feita pela turma, buscando perceber se os/as estudantes
entendem que a organização pessoal está intimamente ligada ao cumprimento de meta e que são
fundamentais para a construção de seu Projeto de Vida. Ressaltando que toda meta só pode ser atingida
quando o indivíduo se propõe a ter disciplina.

Anexo
Dinâmica da caixa

Pergunta que deverá acompanhar cada figura:

Que características pessoais você diria que são essenciais a uma pessoa disciplinada? É possível
aprender a ser disciplinado/a? Como?

Figura 1

Figura 2

Figura 3
AULA 16: Eu e o mundo
Objetivos Gerais

 Reconhecer as diferentes experiências em cada fase da vida, estudando sobre a temática da


juventude, para que pesem na formação de vínculos e amizade.

Material Necessário

 Texto Eu e o Mundo e Questionário sobre suas relações sociais.

Roteiro:

Atividades Previstas Descrição Previsão de Duração

Momento Inicial Dinâmica Inicial: Eu e o mundo. 15 min

Atividade 1 Leitura coletiva do texto: Eu e o Mundo. 10 min

Atividade 2 Resposta individualizada do questionário. 10 min

Avaliação Socialização das respostas. 15 min


Orientação para as atividades
Momento Inicial

Dinâmica: Eu e o mundo.

Descrição da Dinâmica: Solicite que todos/as se sentem no chão e façam um círculo. Diga uma
frase acerca da sua relação com o mundo e peça para que um/a aluno/a invente um trecho de continuação
para o que você disse. Outro/a estudante deve completar a fala dele/a e assim sucessivamente,
construindo uma história em conjunto.

A mesma atividade pode ser proposta apenas completando palavras com sinônimos.

Objetivos

 Reconhecer as diferentes experiências em cada fase da vida, estudando sobre a temática da


juventude, para que pesem na formação de vínculos e amizade.

Desenvolvimento

 Após a dinâmica inicial, distribuir o texto “Eu e o mundo” para todos/as os/as alunos/as. A
leitura do texto deve ser coletiva, cada aluno/a lê um trecho, e assim sucessivamente, de modo,
que todos/as leiam.
 Após a leitura do texto, formar uma pequena roda de discussão sobre o mesmo. Nesse momento,
o/a professor/a deverá relacionar com o questionário que aos/as estudantes irão responder.
Sempre vinculando o/a estudante ao mundo, a sua realidade social e sua perspectiva futura
pessoal e profissional.
 O Questionário deve ser aplicado logo após a discussão sobre o texto. Ele é individualizado e
todos/as devem responder.

Avaliação

 A avaliação será a socialização do questionário pelos/as alunos/as. Cada um terá um minuto


para a socialização.
AULA 17: Lado esquerdo do peito
Objetivos Gerais

 Reconhecer a empatia como uma atitude benéfica e importante para as ações éticas,
cooperativas e de respeito.

 Desenvolver estratégias que possam combater atos discriminatórios e de intolerância.

Material Necessário:

Projetor de slides, fichas com imagens disponíveis em materiais complementares.

Roteiro

Atividades Descrição Previsão de


Previstas Duração

Momento Inicial Levantar questionamento sobre o que é empatia? 5 min

Atividade 1 Vídeo: O Poder da Empatia 15 min

https://www.youtube.com/watch?v=VRXmsVF_QFY

Atividade 2 Mão na massa 20 min

Avaliação Reflexão sobre Como eu convivo em grupo? 5 min


Orientação para as atividades
Momento Inicial

O/A professor/a deverá levantar questionamento se os/as estudantes sabem o significado do


termo EMPATIA.

Objetivos

O objetivo nesse momento é levantar os conhecimentos prévios a respeito do tema e instigar a


curiosidade.

Desenvolvimento

O/A professor/a deverá nomear um/a estudante para que faça registros do que foi dito em um
lugar onde fique bem visível e, em seguida, estabeleça relações dos registros com o dia a dia de suas
vidas. Não é necessário aprofundamento.

Avaliação
Perceber a participação dos/as alunos/as e o envolvimento com a atividade proposta.
Anexo
Atividade 1

Convidar os/as estudantes a assistirem o vídeo: O Poder da empatia.

Objetivos

 Refletir sobre o autoconhecimento e o sentimento de empatia em relação aos sentimentos dos


outros e às próprias emoções.

 Inspirar o sentimento de empatia e a integração entre os/as estudantes estimulando a boa


convivência.

Desenvolvimento

Após a transmissão do vídeo, primeiramente, solicitar que os/as estudantes levantem


questionamentos sobre as quatro qualidades necessárias para a empatia acontecer.

Segundo a pesquisadora Theresa Wiseman, são:

 o reconhecimento da perspectiva do outro como uma verdade;


 a isenção de julgamento;
 o reconhecimento de emoções em outras pessoas;
 a comunicação de emoções com as pessoas.

Questionar os/as estudantes de que maneira podemos nos conectar usando cada uma das qualidades
citadas acima? (importante levantar individualmente cada uma das qualidades)

Atividade 2

Como eu convivo em grupo?

Objetivos

 Que a pergunta norteadora promova uma auto reflexão, talvez de resposta quase imediata.

Desenvolvimento

Peça, que os/as estudantes pensem ao longo da aula e respondam apenas no fim da aula, após a
Atividade 3 (Mão na Massa).
Atividade 3

Mão na Massa

Objetivo

 O objetivo nesse momento é que os/as


estudantes identifiquem o que está
acontecendo e se coloquem no lugar dos
integrantes das ações refletindo sobre as
relações existentes.

Desenvolvimento
Separe a turma em duplas ou trios
(preferencialmente) e distribua pequenas fichas com
imagens* de situações cotidianas de conflitos. O
objetivo nesse momento é que identifiquem o que está
acontecendo e se coloquem no lugar dos integrantes
daquela ação.
Por exemplo, na imagem 1, há uma situação
de bullying, em que um grupo de crianças estão rindo
e ridicularizando um colega. Nesse caso os/as
estudantes poderão criar hipóteses sobre o que
observam baseado no dia a dia que vivenciam e, o mais
importante, argumentar como poderiam lidar com esse
conflito, qual seria a melhor forma e o que sugerem à
cada um desses garotos da cena.
Na segunda situação, duas crianças brigam por
um brinquedo, mostrando nitidamente que ninguém
deseja ceder, da mesma forma os/as estudantes deverão
se colocar no lugar dos “personagens” e propor uma
saída para essa disputa.

Enquanto nas ilustrações 3 e 4 podemos


perceber crianças desrespeitando pessoas mais velhas e
animais, nesses casos os/as estudantes deverão se
imaginar enquanto os/as agentes que promovem a ação,
causando maus tratos e também no lugar dos que são
desrespeitados, dizendo como se sentem, o que fariam
diferente e se presenciasse isso verdadeiramente, como
é que se portariam diante do fato.

As duplas ou trios deverão receber uma ficha, com apenas uma imagem de conflito e após 10
minutos deverão se reunir em roda para trocar com toda a turma quais foram as situações analisadas e
em a quais soluções chegaram, promovendo uma troca rica, com diferentes perspectivas entre os grupos
que observaram a mesma cena.
Cada grupo escolherá, a partir de suas reflexões, a melhor forma de apresentarem suas reflexões
para a sala.

Avaliação

Perceber a participação dos/as estudantes e envolvimento com a dinâmica.


AULA 18: Família é família
Objetivos Gerais
 Conhecer a própria história, construindo a identidade.
 Construir o conceito de família.
 Identificar antepassados.
 Reconhecer semelhanças, diferenças, permanências nas relações sociais, culturais e modos de
vida.
 Compreender o presente a partir de referências do seu passado.
 Considerar os alicerces familiares como ponto de partida ou apoio para a construção do
próprio projeto de vida.
Material Necessário
 Projetor de slides e computador (ou notebook) ou imagem impressa.
 Quadro branco e pincel ou quadro negro e giz.

Roteiro

Atividades Previstas Descrição Previsão de


Duração

Momento Inicial Organização da sala de aula 5 min

Atividade 1 Concepção de família 10 min

Atividade 2 História da minha origem 10 min

Atividade 3 Passado-presente-futuro 15 min

Avaliação Participação, interação e integração ativa 10 min


em pelo menos umas das atividades
Orientação para as atividades
Momento Inicial

 Organização da sala de aula

Objetivos

 Facilitar e melhorar as interações entre os/as estudantes e destes com o/a professor/a e vice-
versa.

Desenvolvimento

 Pedir para que cada estudante posicione sua carteira ou mesa e cadeira dentro de uma
configuração de círculo ou semicírculo (a depender do tamanho do espaço disponível).

Atividade 1

Concepção de família

Objetivos

 Desconstruir e construir o conceito de família.


 Valorizar a estrutura das famílias.

Desenvolvimento

Para iniciar, com um projetor (ou imagem impressa em tamanho grande), apresente a obra de
arte “A Família” de Tarsila do Amaral (anexo 1) para que todos possam apreciar.

Posteriormente, em uma roda de conversa, questione a turma sobre:

 O que esta obra representa?


 Quem são os indivíduos ilustrados?
 Qual nome dariam para esta obra?
 Lembraram-se de algo particular ao observar a imagem? O quê?
 Quem seria você naquela imagem?
 Quais outras construções de família que conhecem a partir da mídia (revistas, rádio, internet,
TV)?

Avaliação

Observe a participação de cada estudante, tente conectar-se com os/as estudantes dispersos
por meio de direcionamento de perguntas como “Quantas pessoas há em sua família” ou “Quais os
componentes de sua família” ou ainda “O que você entende por família”.
Atividade 2

História da minha origem

Objetivos

 Valorizar a história de sua própria família, proporcionando o crescimento do sentimento de


pertencimento a uma linhagem e cultura.
 Perceber que famílias se conectam, se unem e se divergem dando origem a diferentes grupos
de comportamentos próprios.

Desenvolvimento

Pedir para que os/as estudantes se levantem e andem pelo espaço interno da roda buscando
colegas que tenham sobrenomes iguais aos seus e formem grupos. Pode ser que alguns/as estudantes
permaneçam sozinhos/as por apresentarem sobrenomes diferentes de todos/as os/as demais colegas.
Neste caso, junte todos/as estes/as estudantes em um só grupo.

Anote no quadro os sobrenomes mais comuns nesta turma.

Peça que conversem entre si, para descobrirem se alguns deles/as sabem a origem do nome
em comum. No caso do grupo formado por aqueles/as que inicialmente ficaram sozinhos/as por terem
nomes únicos na turma, passe a mesma orientação, aquele/a que souber a origem do seu nome falará
em um próximo momento.

Solicitar o retorno dos/as estudantes ao círculo ou semicírculo.

Ler os nomes anotados no quadro e pedir para que levantem as mãos aqueles/as que possuem
o nome lido para que se vejam e se identifiquem.

Incentivar a fala de voluntários/as para que expliquem a origem do sobrenome, caso saibam.

Apresentar as informações do anexo 2 para os/as estudantes. Neste existem os 50 nomes mais
comuns no Brasil e curiosidades sobre suas origens. Leia apenas alguns dos que coincidem com os
levantados em sala de aula.

Avaliação

 Perceber a interação entre os/as estudantes e o trabalho em equipe desempenhado.


Atividade 3

Passado-presente-futuro

Objetivos

 Perceber que parte do que se é tem relação com a história de sua própria família.
 Identificar os comportamentos e atitudes que merecem ou não serem valorizados e replicados
na possível continuação da história de uma família.

Desenvolvimento

Na estrutura do círculo ou semicírculo, pedir para que os/as estudantes se organizem em


duplas.

Explicar que ambos irão contar um ao outro, de forma resumida, sua trajetória de crescimento e
desenvolvimento dentro de suas famílias seguindo os seguintes questionamentos (anote-os no quadro,
se possível):

 Quando e onde nasceu?


 Como era sua família quando você nasceu e como é agora?
 O que mais te agrada em sua família?
 No futuro, caso construa sua própria família, o que faria de igual ou diferente do que viveu até
hoje?

Solicite voluntários/as para apresentarem o que ouviram dos/as colegas.

Pergunte aos que não falaram se houve identificação com alguma das histórias apresentadas.

Avaliação

 Perceber a interação entre os/as estudantes e o trabalho em equipe desempenhado.

Avaliação da aula

 Solicitar que cada dupla entregue um pequeno texto em resposta à pergunta: “O que é
família?”
Anexos
Anexo 1

A Família. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2020.
Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra2332/a-familia>. Acesso em: 04 de Mar. 2020. Verbete
da Enciclopédia.

ISBN: 978-85-7979-060-7

Anexo 2

https://super.abril.com.br/especiais/a-origem-dos-50-sobrenomes-mais-comuns-do-brasil/
AULA 19: Responsabilidade pelo
Coletivo
Objetivo Geral
 Compreender os objetivos individuais e sua relação com o grupo, estudando sobre seu Projeto
de Vida, para desenvolver uma responsabilidade sobre o coletivo.
Material Necessário
Data show, telão, caixa de som, vídeo “A influência do individual no coletivo e vice-versa”,
música, computador, internet, papelão grosso (1,5m x 1,5m), pincel comum preto, vermelho e azul, cola
para decoupage, lápis preto, régua grande, tesoura comum grande, barbante grosso para fazer a moldura
do painel (01 rolo grande), ganchos ou cola para pendurar na parede o painel.

Roteiro

Atividades Previstas Descrição Previsão de


Duração

Momento Inicial Organizar os/as estudantes em círculo


“Dinâmica do Nó Humano” para realizar a “Dinâmica do Nó 10 min
Humano”; em seguida, destacar os
principais desafios.

Atividade 1
Vídeo “A influência do individual no Exibição do vídeo “A influência do 10 min
coletivo e vice-versa.” individual no coletivo e vice-versa”;
falar, brevemente, sobre a biografia
de Monja Coen e, imediatamente, os
comentários sobre o vídeo.

Atividade 2 Realizar Síntese Reflexiva em


Síntese Reflexiva Grupos, relacionando a análise da 25 min
dinâmica e do vídeo, para responder e
socializar alguns questionamentos.

Avaliação
Observação do/a Professor/a O/A Professor/a fará uma avaliação 5 min
genérica das discussões.
Orientação para as atividades
Momento Inicial

“Dinâmica do Nó Humano” (anexo 1)

Objetivos:

 Ajudar o grupo a compreender o processo vivido na solução de um determinado problema;


 Fazer com que o grupo aprenda a trabalhar em coletividade e compreenda a importância
disso;
 Desenvolver a solidariedade e a força da união de grupos.

Desenvolvimento:

Os/As participantes devem formar um círculo e dar as mãos. Cada um tem que memorizar a
pessoa que está ao seu lado esquerdo e ao seu lado direito. Após esta observação, o grupo terá que
caminhar dentro do círculo. A um sinal (parar a música), todos têm que permanecer no lugar que estão
e procurar as pessoas que estavam no seu lado direito e no lado esquerdo e darem as mãos (como no
início). As pessoas não podem mudar de lugar e nem trocar quem estava do seu lado. Depois disso, o
grupo tem que voltar à posição original do círculo feito no começo.

O/A professor/a pede aos/ás estudantes para comentarem as dificuldades, os sentimentos


experimentados no início, no momento do nó e ao final, após desatá-lo.

Depois dessas reflexões, é importante destacar que fazer de um grupo uma equipe de trabalho
é um grande desafio. Desafio que passa pela necessidade de uma comunicação, interação e,
principalmente, cooperação de cada um para alcançar o sucesso da tarefa proposta. Desta forma, a
equipe poderá chegar aos seus objetivos.

Atividade 1

Exibição do vídeo: “A influência do individual no coletivo e vice-versa”, Monja Coen (anexo 2)

Objetivos:

 Conhecer os mecanismos da mente humana para não ser manipulado/a e assim conseguir
escolher seu caminho;
 Avaliar o nível de influência de uma pessoa sobre outra, ou sobre um grupo, para que os
objetivos sejam alcançados em uma determinada situação.

Desenvolvimento:

Antes de iniciar os comentários sobre o vídeo (anexo 2), a título de informação, é necessário
falar, brevemente, sobre a biografia de Monja Coen (anexo 3) e logo em seguida retomar ao assunto
principal: O VÍDEO.

No vídeo, Monja Coen fala sobre a influência mútua entre indivíduo e coletivo, como nossas
ações, pensamentos e sentimentos individuais mexem na trama da vida e sobre como devemos conhecer
nossa própria mente para cuidarmos de nossa responsabilidade pelo todo e para não sermos manipulados
por impulsos coletivos que não são benéficos.

Observar se os/as estudantes compreendem que formas maleáveis e sensíveis de se pensar o


mundo contribuem, para além de uma pretensa verdade absoluta, para a qualidade das nossas relações
com todas as formas de vida, encantando a existência como uma delicada teia em que tudo e todos
participam.

Neste momento proponha uma discussão sobre a relação existente entre o pensamento e o
sentimento no processo de tomada de decisões. É através dela que o/a estudante descobre como é
possível identificar escolhas levando em consideração as opções existentes, bem como, entre outras
coisas importantes, buscar ações/pontos que os ajudem a ser mais confiantes em suas decisões.

Atividade 2

Síntese Reflexiva

Objetivos:

 Compreender os objetivos individuais e sua relação com o grupo;


 Apresentar possibilidades de soluções para os desafios individuais e coletivos;
 Ressignificar o sentido de Responsabilidade pelo Coletivo.

Desenvolvimento

Baseado nas informações da Dinâmica do “Nó Humano”, do vídeo “A influência do individual no


coletivo e vice-versa” e no conhecimento de cada um, deve-se realizar uma síntese reflexiva, em
pequenos grupos, estipulando tempo necessário para discutirem os seguintes questionamentos:

 Que tipo de responsabilidade pelo coletivo é necessária para criarmos um mundo melhor?

 De que maneira essa responsabilidade pelo coletivo impacta no seu Projeto de Vida?

 Como os/as estudantes conciliam as metas pessoais com as coletivas e vice-versa, para que
sejam aprimoradas à prática do seu Projeto de Vida?

Ao final, o/a representante de cada grupo, irá socializar suas respostas e anexá-las em um painel
criativo feito de papelão com moldura de barbante, a fim de que todos/as possam colocar em prática o
real sentido de Responsabilidade pelo Coletivo.

Avaliação:

Para concluir, o/a professor/a fará uma abordagem genérica, para que o/a estudante desenvolva
atitudes de compromisso com o trabalho individual e sua relação com o coletivo, levando em
consideração seu Projeto de Vida, baseado em dois aspectos:

 Viver é estar constantemente tomando decisões. É lógico que isso gera angústia. E nem sempre
só pelo resultado, que pode até ser positivo, mas pela própria dissonância cognitiva criada no
processo, pela ansiedade desencadeada após a tomada e, isso é pior, pelo grande número de
decisões que temos de tomar todos os dias.
 A culpa é do livre-arbítrio? Sem ter alguém para culpar pelas nossas decisões (somos ou não
somos responsáveis por elas?), vemo-nos imediatamente sozinhos/as com a responsabilidade.
Isso é bom quando sabemos administrar com equilíbrio e bom senso. O segredo está em como
pensamos sobre nosso caminho à frente e não como pensamos sobre o que já caminhamos.
Perdemos muito tempo avaliando as falhas e esquecemos como podemos utilizar isto para evitar
futuros erros.
Anexo
Momento Inicial

“Dinâmica do Nó Humano”

Vídeo “A influência do individual no coletivo e vice-versa”,

https://www.youtube.com/watch?v=VO1w8zxz_AI
Biografia de Monja Coen

Quem é Monja Coen?

Nascida em 1947, em São Paulo, Monja Coen foi jornalista


profissional e, após uma transferência a trabalho para Los Angeles,
Califórnia, iniciou suas práticas regulares de zazen no Zen Center of Los
Angeles, onde fez seus votos monásticos em 1983.
O zazen é uma prática meditativa de observação, que busca o
autoconhecimento do ser humano, onde o praticante fica sentado, com o
corpo bem alinhado, de frente para uma parede branca e, utilizando-se de
técnicas respiratórias, aprende a observar suas emoções.
Foi em 1973, nos cinco meses e vinte dias que passou presa em uma cela solitária no presídio
de Frövi, na Suécia, por traficar LSD, que a paulistana Claudia Dias Batista de Souza descobriu a
meditação. Moça de classe média alta do Pacaembu, ex-aluna do colégio de freiras Sion e filha de José
Soares de Souza, braço direito do ex-governador Adhemar de Barros, Claudia sentia alívio ao repetir o
mantra om. “Aquilo me dava sensação de liberdade e trazia um pouco da transcendência que eu buscava
nas drogas”. Prima dos mutantes Sérgio Dias e Arnaldo Baptista, ela levava uma vida boêmia e já havia
tentado o suicídio. Mas só viria a abandonar esse estilo de vida cinco anos depois de deixar a prisão.
Em 1978, quando morava na Califórnia com um dos cinco maridos que teve – Paul Weiss, ex-
iluminador de palco do roqueiro Alice Cooper -, conheceu o zen, uma das vertentes japonesas do
budismo. Encantada, deixou o rapaz, mudou- se para uma comunidade espiritual, raspou a cabeça e se
converteu. Cinco anos depois ela se entregaria de vez à vida monástica com um novo nome: Shin Guetsu
ou monja Coen.
Aos 62 anos, ela canaliza sua vitalidade para uma agenda profissional cheia, que não exclui
duas aulas de Ioga semanais e exercícios com um grupo de quarenta pessoas da terceira idade. Seus
antigos prazeres carnais nunca foram segredo para os cerca de 120 devotos da Comunidade Zen Budista,
templo que funciona na casa em que vive (e na qual passou a infância), diante do Estádio do Pacaembu.
Exemplos de sua vida privada também são citados naturalmente nas palestras que faz em empresas, ao
preço médio de 3.000 reais cada uma.
A primeira mulher a ocupar a presidência das Seitas Budistas no Brasil, no fim dos anos 90,
acorda às 6 da manhã e dificilmente dorme antes da meia-noite. Quem passeia pelo Parque da Água
Branca, no terceiro domingo de cada mês, já deve ter flagrado a senhora careca vestida de samue, o
manto dos monges, liderando caminhadas meditativas. O hábito surgiu em 2001, no Parque da
Aclimação, depois que a religiosa foi afastada do templo da Liberdade, por causa de um conflito com
membros da comunidade japonesa tradicional. Dona de duas cadelas, a akita Tora e Endora, da raça
dogue alemão, ela vai a “cãominhadas”. Dirige seu Gol cinza 2002 para participar de programas de TV
e cerimônias pela paz e inter-religiosas, normalmente como representante de todas as linhas budistas da
cidade. Monja Coen não se incomoda com a popularidade. Pelo contrário. “Tem gente que me chama
de exibida, e acho que sou um pouco, sim”, confessa. “Sei que os veículos de comunicação são uma
ferramenta poderosa para que mais pessoas conheçam a doutrina de Buda”. Por isso permitiu ter sua
trajetória devassada: “Quero que as pessoas saibam que podem se transformar e seguir para qual lado
quiserem”.
Site oficial da Monja Coen: www.monjacoen.com.brZendo Brasil: www.zendobrasil.org.br
AULA 20: Tudo começa com Respeito
Objetivos Gerais

 Refletir sobre o que quer dizer Respeito.

 Reconhecer as diferenças individuais de etnia, gênero, idade, condição social etc.

 Compreender que as diferenças entre os indivíduos necessitam ser respeitadas.

 Desenvolver atitudes de interação, de colaboração e de troca de experiências em grupo,


respeitando as diferenças individuais.

Material Necessário

 Datashow, caixa de som, material impresso e uma garrafa pet vazia.

Roteiro

Atividades Descrição Previsão de Duração


Previstas

Momento Refletir sobre a palavra respeito em uma conversa 10 min


Inicial informal, com perguntas sobre o que os/as estudantes
entendem por Respeito.

Atividade 1 Dinâmica: Estudo de caso 20min

Atividade 2 Música: A diferença, Banda Chimarruts 15 min

Avaliação Verificar se os/as estudantes compreenderam a


importância de respeitar as diferenças entre as pessoas, 5 min
ao longo do processo.
Orientação para as atividades
Momento Inicial

Conversa informal com questões sobre a palavra respeito e o que ela significa. Sua etimologia,
suas implicações no cotidiano. Por que tudo começa com Respeito?

Desenvolvimento

Atividade 1

Dinâmica Estudo de Caso

Previamente, o/a professor deverá organizar em papéis as perguntas relacionadas abaixo,


dobrá-las para serem sorteadas no decorrer da dinâmica.
Organize os/as estudantes em uma roda, sentados no chão, de preferência em uma área
externa, se for possível, deixe os papéis com as perguntas em uma caixa ou do seu lado para serem
sorteados para a pessoa que a garrafa apontar. Utilize uma garrafa no centro da roda (como na
brincadeira verdade e consequência), gire e para quem ela apontar deverá dar sua opinião sobre um
caso de discriminação que a/o professor/a vai sortear e ler.
 Uma estudante não é convidada a participar de uma brincadeira pelos colegas por ser negra.
 Um estudante cadeirante não é aceito para estudar em uma escola, por ser deficiente físico.
 Um estudante com pouca condição financeira (pobre) é criticado pelos colegas por que suas
roupas são muito usadas e seus sapatos estão estragados.
 Os/as colegas colocam apelidos em uma estudante por ela ser gorda.

Professor/a, seja o mediador/a da discussão, caso ocorra opiniões que reforcem o preconceito e
a discriminação, faça interferências. Depois de concluída a discussão, proponha um debate,
consolidando as principais opiniões. Tenha sempre o cuidado de tratar os/as alunos com respeito,
mantenha a coerência com o tema trabalhado.

Atividade 2

Imprima a letra da música para cada estudante, reproduza a música da banda Chimarruts para
que os/as estudantes apreciem e possam cantar juntos, após ouvi-la proponha a análise da letra. Levante
questões como: “Em que nos parecemos? Em que somos diferentes? A diferença importa?” e outras
perguntas que julgar necessárias. Tenha sempre o cuidado de tratar os/as alunos/as com respeito,
mantenha a coerência com o tema trabalhado.

Avaliação

 A avaliação deve acontecer no decorrer do processo.

 É importante que o/a professor/a esteja atento ao envolvimento dos/as estudantes durante as
propostas de trabalho como a dinâmica, a música e as discussões que serão geradas.
 O debate, as opiniões que envolvem o tema Respeito possibilitarão ao/á professor/a verificar
se os /as estudantes compreenderam a importância de se respeitar as pessoas nas suas
múltiplas diferenças.

Anexo
Música

Chimarruts - A Diferença / Álbum "A Diferença", https://www.youtube.com/watch?v=2-TX-


0KEbGY
AULA 21: (Com)Viver
Objetivos Gerais

 Estabelecer relações equilibradas e construtivas frente às várias diversidades;

Material Necessário

 Datashow (se houver) e/ou gravador de áudio, anexos, folhas de papel sulfite, lápis
e/ou caneta, dicionários.

Roteiro

Atividades Descrição Previsão de


Previstas Duração

Momento Inicial Momento reflexivo com a introdução do tema do encontro de 10 min


hoje.

Atividade 1 Música Diversidade - 10 min


Lenine https://www.youtube.com/watch?v=29Mj-8RdvUE

Atividade 2 Perguntas reflexivas 20 min

Avaliação As novas rotas a serem traçadas para o/a estudante aprimorar 5 min
a sua convivência em sociedade.
Orientação para as atividades
Momento Inicial

Nos dias de hoje, o trabalho desenvolvido nas escolas deve estar direcionado para atender às
diversidades, tendo em vista o processo de mudança que vem ocorrendo na sociedade. A
heterogeneidade torna-se muito mais presente no nosso dia a dia, visto que a cada lugar que
frequentamos encontramos alguém “diferente”, seja com um visual, aparência, sexo, deficiência,
cultura, etnia entre outros aspectos. Assim, acredita-se que desde a Educação Infantil, os programas
educacionais devem estar voltados à esta diversidade, para que a criança aprenda a respeitar, (con)viver
e se construir nesse cenário. Para tal, é necessário que a sociedade também reconheça e respeite a
pluralidade e que os meios de comunicação também colaborem, ajudando, por exemplo, a não incentivar
a violência a homossexuais, travestis, pessoas negras, idosas, entre outros, pois a escola não deve ser o
único agente de mudança, é preciso que toda a sociedade se conscientize. Segundo Gomes (1999) o
reconhecimento dos diversos recortes dentro da ampla temática da diversidade cultural (negros, índios,
mulheres, deficientes, homossexuais, entre outros) coloca-nos frente a frente com a luta desses e outros
grupos em prol do respeito à diferença.

Objetivos

 Conduzir os/as estudantes a fazerem uma autoanálise através dos textos, música e dos debates
propostos pelo/a mediador/a sobre tolerância, (con)vivência e empatia.
 Identificar seus aspectos positivos e os pontos de melhoria, para que possam exercitar o
respeito, a empatia e o pensar no coletivo.

Desenvolvimento

Inicialmente, vamos fazer uma auto reflexão, sem a princípio, compartilharmos entre os colegas
e/ou professor/a, sobre nosso comportamento, a partir do que está escrito na letra da canção de Lenine.
Após este breve momento de leitura, o/a professor/a liga a música para a classe. Em seguida, os/as
estudantes anotarão em seus cadernos, as respostas para os seguintes questionamentos, (Atividade 2).
Após passar o tempo destinado a esta atividade, o/a professor/a, juntamente com os/as estudantes irão
compartilhar as suas respostas das atividades, socializando-se uns/umas com os/as outros/as.

Avaliação

A avaliação nesta aula seria (am) as novas metas que os/as estudantes irão esboçar para que
consigam desenvolver a empatia e saibam (con)viver com as diversidades.
AULA 22: Construindo
Objetivos Gerais

 Refletir sobre a importância dos estudos no percurso para a conquista da realização


do Projeto de Vida e para a participação na comunidade escolar.

Material Necessário

 Quadro branco e pincel ou quadro negro e giz. Som e data show e textos sugeridos.

Roteiro:

Atividades Descrição Previsão


Previstas de
Duração

Momento Caixa de memórias. 15 min


Inicial 1) Quem sou eu?
2) Que lugares eu ocupo no mundo?
3) Para onde minha vida deve me levar?
Este momento propõe o contato dos/as estudantes com a própria
identidade, história de vida e perspectiva de futuro.
O/A professor/a pode usar neste momento as músicas sugeridas para
inspirar os/as alunos/as.

Atividade 1 Leitura dos trechos de Alice no País das Maravilhas e “O caminho do 10 min
crescimento pessoal”.

Atividade 2 Discussão dos textos com relação às frases. 15 min


As frases afirmativas para discussão são:
 Aprende-se mais errando.
 Somos reféns do acaso.
 Vento algum é favorável para quem não sabe aonde quer ir.
 Toda escolha tem uma intenção positiva.
Se considerar oportuno, você pode projetar o vídeo Nunca desista
dos seus sonhos. (4 minutos). Vale a pena assistir e promover um
debate. Havendo tempo, pode auxiliar e motivar nas respostas sobre
as perguntas formuladas no boxe.

Avaliação Avaliação do/a educador/a. Execução das Atividades em sala 10 min


(pontuar), participação e debates em sala.
Atividades de reflexão para casa.
Orientação para as atividades
Momento Inicial

 Explorar lembranças/mundo pessoal: meu lugar no mundo.

 As fases da vida e a ideia de temporalidade.

Objetivos

 Incentivar a elaboração do Projeto de Vida de cada um.

 Gerar uma reflexão sobre a importância de planejar (construir) o futuro.

 Refletir sobre o poder das decisões.

Desenvolvimento

1º Momento: Caixa de memórias - fazer as perguntas sugeridas nos primeiros 15 minutos.

2° Momento: Peça para os/as estudantes lerem os textos em voz alta, voluntariamente, ou
sugira que cada um leia um parágrafo (Anexo 1). Pergunte ao final da leitura o que eles/as entenderam
sobre os textos, mas não se preocupe em explicá-los para não influenciar no debate que se dará no
segundo momento.

3° Momento: Peça para os/as estudantes fazerem um paralelo entre as frases para discussão, o
trecho de Alice no País das Maravilhas e o texto “O caminho do crescimento pessoal”. Depois, oriente-
os a discutir as afirmações e procure saber a opinião deles.

Lembre-os de que eles estão entrando numa nova etapa da vida, marcada pelo ingresso na 1ª
série do Ensino Médio, o que exige deles maior autonomia e responsabilidade nas escolhas.

Sugestão: A construção de qualquer Projeto de Vida, seja pessoal, profissional ou familiar,


começa com algumas perguntas existenciais: Quem sou eu? Que lugares eu ocupo no mundo? Para onde
minha vida deve me levar? Para responder a essas questões, além de ser necessário que os/as estudantes
recordem sua história pessoal, é necessário que eles/as entendam que a vida é um projeto desde o
momento do seu nascimento. Essa compreensão ajuda na elaboração do próprio Projeto de Vida como
instrumento de realização dos seus objetivos. Esta aula propõe o contato dos/as estudantes com a própria
identidade, história de vida e perspectiva de futuro.

Avaliação

 Atividades em sala e atividades para casa.

Material: (sugestão) Músicas - Riding Song / Legião Urbana, Era uma vez/ Kell Smith, Até
quando/Gabriel pensador, Ideologia/Cazuza.
Anexo
Frases para discussão:

 Aprende-se mais errando.

 Somos reféns do acaso.

 Vento algum é favorável para quem não sabe aonde quer ir.

 Toda escolha tem uma intenção positiva.

Se considerar oportuno, você pode projetar o vídeo Nunca desista dos seus sonhos. Vale a pena
assistir e promover um debate. Havendo tempo, as perguntas formuladas no boxe para refletir podem
ser discutidas na aula.
Referências

[1] GARCIA, Luiz Fernando. Pessoas de Resultado: O Perfil de


Quem se Destaca Sempre. 4ª Ed. São Paulo: Gente, 2003.

[2] MACHADO, Nilson José. Projeto de vida. Entrevista concedida ao


Diário na Escola-Santo André, em 2004.

[3] MARCELINO, Maria Quitéria dos Santos; CATÃO, Maria de Fátima


Fernandes Martins; LIMA, Claudia Maria Pereira de. Representações
sociais do projeto de vida entre adolescentes no ensino médio. Psicologia:
ciência e profissão, v. 29, n. 3, p. 544-557, 2009.

[3] MORAN, José. Metodologias ativas para uma aprendizagem mais


profunda. Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma
abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018, 02-25.

[4] NOVOA, A. Professor se forma na escola. Nova Escola. São Paulo, n.


142, p. 13-15, mai. 2001.

[5] NOVOA, A. (Org.) Profissão professor. Portugal: Porto, 2. ed., 1995.

[6] WALLON, H. As origens do pensamento na criança. São Paulo:


Manole, 1999.

[7] Youtu.be/fDZ5EnSxLTE Acesso 15 de fevereiro de 2020.

[8] Material do Educador: Aulas de Projeto de Vida. 1º e 2º Anos do


Ensino Médio. ICE: Instituto de Corresponsabilidade pela educação.

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