Minicurso - QGIS Aplicado A Analise de B PDF

MINICURSO: QGIS APLICADO À ANÁLISE
DE BACIAS HIDROGRÁFICAS
11 a 15 de julho de 2017
Universidade Federal de Uberlândia
QGIS aplicado à análise
de bacias hidrográficas
Prof. Dr. Sidnei Luís Bohn Gass
Minicurso:
QGIS aplicado à análise de
bacias hidrográficas
Sidnei Luís Bohn Gass
11 de julho de 2017
(c) Prof. Dr. Sidnei Luís Bohn Gass 1

Este material poderá ser reproduzido e redistribuído desde

que na íntegra e mantida a sua fonte.
Pede-se especial atenção na observação dos direitos

atribuídos às fontes citadas.
Citar como:
GASS, S. L. B. Minicurso: QGIS aplicado à análise de bacias
hidrográficas. VI Workshop Internacional Sobre Planejamento
e Desenvolvimento Sustentável de Bacias Hidrográficas.
Uberlândia: 2017.
Este material integra as pesquisas

desenvolvidas no âmbito do projeto de
pesquisa SIGPampa: aproximando ensino,
pesquisa e extensão – fase 2

SIDNEI LUÍS BOHN GASS
Bacharel e Licenciado em Geografia UNIJUÍ 2000

Especialista em Humanidades UNIJUÍ 2004
Mestre em Geografia – Análise Ambiental UFRGS 2010
Doutor em Geografia – Análise Ambiental UFRGS 2015
Professor Adjunto
Universidade Federal do Pampa
Campus Itaqui
Professor Colaborador
Programa de Pós-Graduação em Geografia
Instituto de Geociência
Universidade Federal do rio Grande do Sul


A UNIPAMPA
Início das atividades acadêmicas: outubro de 2006
Criada em 11/01/2008 – Lei Federal 11.640
10 campi
64 cursos de graduação
17 programas stricto sensu
30 programas lato sensu
Mais de 12.000 alunos
912 docentes
855 técnicos-administrativos
273 terceirizados

O CAMPUS ITAQUI
6 cursos de graduação
2 programas lato sensu
Mais de 1.200 alunos
Fotografia registrada com o VANT “Café III”, desenvolvido pelo aluno do

curso de Engenharia de Agrimensura Carlos Romani

O PROJETO SIGPampa
O projeto de pesquisa SIGPampa: aproximando ensino, pesquisa e

extensão, iniciou suas atividades da primeira fase em 2015 e
atualmente está na segunda fase. O principal objetivo do projeto é
aproximar as atividades dos três pilares de sustentação da
universidade, em especial, através do desenvolvimento de material
didático que possa instrumentalizar as aulas de componentes
curriculares nas áreas de cartografia e geotecnologias. Estes
materiais baseiam-se de forma especial no QGIS e são
disponibilizados gratuitamente na internet.
Para maiores informações consulte o site do projeto no endereço
http://sites.unipampa.edu.br/sigpampa/

A PROPOSTA DO MINICURSO
A análise de bacias hidrográficas a partir de técnicas de

geoprocessamento vem aumentando de forma significativa.
O uso de tecnologias e dados livres proporciona a universalização do

acesso a estas técnicas, fator que auxilia os comitês de
gerenciamento de bacias hidrográficas e os gestores do setor nas
suas tomadas de decisão.
Neste sentido, este minicurso tem o objetivo de demonstrar como o

QGIS, associado a outras ferramentas, podem auxiliar neste
processo através do uso de dados livres como os MDEs daa missões
SRTM e ASTER.


O PROGRAMA DO MINICURSO
Os softwares a serem utilizados;
O MDE e a análise de bacias hidrográficas;
Acesso e preparação dos dados;
Delimitação da bacia hidrográfica e extração de dados do MDE;
Comparação dos dados das cartas topográficas da DSG do Exército

Brasileiro ou do IBGE com os dados extraídos do MDE;
Análise dos dados gerados;
Atividade prática.
PRIMEIROS QUESTIONAMENTOS
Você já trabalha com geotecnologias?
Se sim, a quanto tempo?
O QGIS faz parte da sua rotina de trabalho?
Você já conhecia as ferramentas TauDEM?
As ferramentas TauDEM fazem parte da sua rotina de trabalho?
Você conhece os MDEs SRTM e ASTER?

10

OS SOFTWARES A SEREM UTILIZADOS

11
OS SOFTWARES A SEREM UTILIZADOS
QGIS 2.18.10 Las Palmas

Site oficial do QGIS www.qgis.org
Comunidade brasileira do QGIS www.qgisbrasil.org
TauDEM Versão 5.1.2 (a versão atual é 5.3.7)

TERRAIN ANALYSIS USING DIGITAL ELEVATION MODELS
http://hydrology.usu.edu/taudem/taudem5/index.html

12

SOBRE O QGIS
De acordo com o site oficial (qgis.org), o QGIS é um SIG de Código

Aberto licenciado segundo a Licença Pública Geral GNU. O QGIS é
um projeto oficial da OSGeo. Funciona em Linux, Unix, Mac OSX,
Windows e Android e suporta inúmeros formatos de dados.
_*_*_*_*_
Gary Sherman começou o desenvolvimento do Quantum GIS no
início de 2002, e tornou-se um projeto incubado no OSGeo 2007. A
versão 1.0 foi lançada em janeiro de 2009.
O QGIS é mantido por um grupo ativo de desenvolvedores

voluntários que regularmente lançam updates e correção de bugs.
Desde 2012 os desenvolvedores traduziram o QGIS em 48 línguas.
https://pt.wikipedia.org/wiki/QGIS

13
SOBRE O TauDEM
O TauDEM (Terrain Analysis Using Digital Elevation Models) é um

conjunto de ferramentas para extração e análise de informações
hidrológicas da topografia representada no MDE.
Desenvolvido pelo grupo de pesquisa em Hidrologia, da UtahState

University, coordenado peo Prof. Dr. David Tarboton.
A referência official do software é o artigo disponível em

http://hydrology.usu.edu/dtarb/96wr03137.pdf
Este conjunto de ferramentas foi desenvolvido para uso no ArcGIS, portanto, em

alguns casos, podem haver problemas para o seu uso no QGIS. É necessário o
máximo de atenção no processo de sua instalação e configuração no QGIS para
que se tenham êxito no seu uso.

14

SOBRE O TauDEM
ATENÇÃO
Para as versões 3.0 e superiores do QGIS, o
TauDEM não está disponível no momento.

15
CONFIGURAÇÕES DO TAUDEM NO QGIS
Após instalar o TauDEM é necessário fazer a sua configuração para

que ele possa ser utilizado pelo QGIS.
Acesse “Processar > opções...”, em “Geral” verifique se a opção
“Manter a caixa de diálogo após executar o algoritmo” está
selecionada. Caso não esteja, selecione-a.
Vá até “Provedores > TauDEM (Análises hidrológicas)” e:
1 – Marque a opção “Activate”;
2 – Verifique se o caminho da opção “Caminho do bin
MPICH2/OpenMPI” está correto (veja o comentário na próxima página);
3 – Verifique se o caminho da “Pasta das ferramentas da
linha de comando do TauDEM” está correta.
Clique em “Ok”.
Feche o QGIS e carregue-o novamente.
Veja as figuras nas próximas páginas.
16

Atenção: em função da versão do sistema operacional em uso, no

caso deste material, o Windows, algumas configurações podem ser
alteradas, ao se tratar dos pacotes “Microsoft HPC Pack 2012” ou
“Microsoft MPI”.
Para maiores informações consultar a ajuda on line da Microsoft.

17

18

Finalizadas as configurações, o provedor TauDEM estará disponível

na “Caixa de Ferramentas de Processamento” do QGIS.

19
As ferramentas do TauDEM estão divididas em três blocos:

20

OUTRAS REFERÊNCIAS SOBRE O TEMA
No site www.processamentodigital.com.br do geógrafo Jorge Santos,

podem ser encontradas outras referências sobre o uso do TauDEM
no ambiente do QGIS, em especial nos seguintes artigos:
http://www.processamentodigital.com.br/2015/09/21/qgis28-preparar-o-mde-topodata/
http://www.processamentodigital.com.br/2015/03/20/instalacao-do-taudem-512-para-
delimitacao-de-bacias-no-qgis/
http://www.processamentodigital.com.br/2015/04/10/qgis28-delimitacao-de-bacias-
hidrograficas-com-taudem/
http://www.processamentodigital.com.br/2015/09/15/qgis28-revisao-do-taudem/
Recomendamos a leitura.
Parte deste minicurso foi baseado nestes materiais.
21

Atividade prática.
22

O MDE E A
ANÁLISE DE BACIAS HIDROGRÁFICAS

23
O MDE E A ANÁLISE DE BACIAS HIDROGRÁFICAS
De acordo com Valeriano (2008),
na forma trivial, modelos digitais de elevação (MDE)

são arquivos que contém registros altimétricos
estruturados em linhas e colunas georreferenciadas,
como uma imagem, com um valor de elevação em
cada pixel. Os registros altimétricos devem ser
valores de altitude do relevo, idealmente, para que o
MDE seja uma representação da topografia.

24

MODELOS PARA A REPRESENTAÇÃO DIGITAL DO TERRENO
Grade
Rede triangular Linhas de contorno e fluxo
irregular - TIN Tarboton, et al., 2008
25
O MDE E A ANÁLISE DE BACIAS HIDROGRÁFICAS
Cabem aqui três questionamentos sobre o tema:
Qual a diferença entre MDE, MDT e MDS?
Qual o conceito de bacia hidrográfica?
Qual a relação entre a qualidade do MDE e a análise de

bacias hidrográficas?

26


Atividade prática.
27
ACESSO AOS DADOS

28

OS DADOS A SEREM UTILIZADOS
Para as atividades propostas serão utilizados os seguintes dados:
1. Imagens de radar da missão SRTM com 30 metros de resolução

espacial (1 arco segundo banda C);
2. Imagens ASTER (GDEM V2), com 30 metros de resolução espacial;
3. Dados das cartas topográficas do Exército Brasileiro, em escala

1:50.000.
29
ACESSO AOS DADOS
Os dados SRTM e ASTER podem ser acessados utilizando o

repositório EarthExplorer da USGS (Serviço Geológico dos EUA),
através do endereço https://earthexplorer.usgs.gov/ É necessário
cadastrar-se para poder acessar os dados.

30

ACESSO AOS DADOS
Ajuste o zoom para a área de interesse e clique em “Use Map”.

31
ACESSO AOS DADOS
A área de pesquisa será mostrada em vermelho sobre o mapa.

32

ACESSO AOS DADOS
Clique em “Data Sets”, selecione “Digital Elevation” e marque

“ASTER GLOBAL DEM”.

33
ACESSO AOS DADOS
Em “Results” verifique qual a imagem de interesse e proceda com o

download. Retorne para “Data Sets”, selecione os dados SRTM e
faça o download em “Results”.

34

ACESSO AOS DADOS
Os dados das cartas

topográficas podem ser
acessados através do
BDGEx, no endereço
http://www.geoportal.eb.mi
l.br/mediador/ sendo
necessário cadastrar-se.
Alguns níveis de escala
podem ser acessados
somente com o uso de
permissão especial.

35
ACESSO AOS DADOS
Para o estado do Rio Grande do Sul, as cartas em escala 1:50.000

foram transformadas numa base vetorial contínua pelo Laboratório
de Geoprocessamento do Centro de Ecologia da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul. Os dados estão disponíveis para
download no endereço
https://www.ufrgs.br/labgeo/index.php/dados-espaciais/250-base-
cartografica-vetorial-continua-do-rio-grande-do-sul-escala-1-50-000

36

QUESTIONAMENTOS SOBRE OS DADOS
Qual a principal diferença entre os dados SRTM/ASTER e

as cartas topográficas?
As cartas topográficas, representações “analógicas” do

terreno (se considerarmos os levantamentos sistemáticos
mais antigos e ainda em uso) podem ser transformadas (as
curvas de nível) em MDEs? Como?

37
ENTENDENDO OS DADOS
Os dados SRTM  Ao fazer o download dos dados SRTM, o arquivo

ao qual se tem acesso representa um quadrante de 1x1 grau. Os
dados possuem uma resolução de 1 arco segundo
(aproximadamente 30 m) e representam a banda C do radar.
A composição do nome do
arquivo representa a
latitude e a longitude do
canto inferior esquerdo da
imagem seguido da versão
do dado.

38

ENTENDENDO OS DADOS
Os dados ASTER
Ao fazer o download dos dados SRTM, temos acesso a 3 arquivos:
um que é o MDE propriamente dito,
um que representa o número de leituras de cada pixel e

dados adicionais utilizados para compor o MDE
um arquivo readme em formato PDF.
O quadrante possui 1x1 grau e os dados possuem uma resolução de

1 arco segundo (aproximadamente 30 m).

39
ENTENDENDO OS DADOS
A composição do nome do arquivo

representa o produto, a latitude e a
longitude do canto inferior esquerdo da
imagem e o dado representado.
40

ENTENDENDO OS DADOS
Os dados das cartas topográficas
As cartas topográficas são

representações analógicas e
precisam passar por tratamentos
específicos como vetorização,
interpolação entre outros para
que possam ser gerados modelos
digitais de elevação com o intuito
de extração de dados
morfométricos para análise de
bacias hidrográficas.

41
ESTRUTURA DOS DADOS PARA O MINICURSO

PASTA ARQUIVOS
C:\mini Pasta principal.
Direto na raiz do disco rígido do computador para não ter problemas com
caracteres inválidos e caminhos longos.
Arquivos dos MDEs para a execução das tarefas do minicurso.
...\00_apostila O arquivo PDF referente a este material.
...\01_softwares Instaladores dos softwares utilizados neste minicurso.
...\02_dados_originais Arquivos originais em formato ZIP adquiridos no site EarthExplorer.
...\...\ASTER Dados ASTER.
...\...\SRTM Dados SRTM.
...\03_SRTM Dados processados a partir do MDE SRTM.
...\04_ASTER Dados processados a partir do MDE ASTER.
...\05_CT Dados da carta topográfica 1:50.000.
...\06_ATV Dados necessário à execução da atividade proposta no final deste material.

42

VISUALIZAÇÃO INICIAL DOS DADOS
Carregue o QGIS utilizando o seguinte atalho:

QGIS Desktop 2.18.10 e adicione as seguintes
camadas:
CAMADA DESCRIÇÃO
s30_w056_1arc_v3.tif MDE SRTM
ASTGTM2_S30W056_dem.tif MDE ASTER
ASTGTM2_S30W056_num.tif Número de leituras ASTER
curvas.shp Curvas de nível da carta topográfica 1:50.000
hidrografia.shp Hidrografia da carta topográfica 1:50.000
MDT111SH21XD1400.tif Folha Vila Kramer da carta topográfica 1:50.000
Vamos fazer uma avaliação visual inicial dos dados.

43

Atividade prática.
44

PREPARAÇÃO DOS DADOS

45
PREPARAÇÃO DOS DADOS
Para que os dados a serem gerados pelos algoritmos de análise

hidrológica já sejam apresentados no sistema de coordenadas UTM,
o que facilita a sua análise posterior, é necessário que as imagens
ASTER e SRTM sejam reprojetadas para o sistemas SIRGAS2000
UTM zone 21S.
REPROJETANDO OS DADOS ASTER
Inicie um novo projeto no QGIS.
Adicione a camada raster ASTGTM2_S30W056_dem.
Reprojete a camada utilizando o comando:
Raster > Projeções > reprojetar...
Preencha os campos de acordo com as indicações da próxima
página.

46

REPROJETANDO OS DADOS ASTER
Como arquivo de saída utilize o

nome ASTER_SIRGAS_UTM.tif
O SRC fonte com EPSG:4326

equivale ao sistema WGS84,
que é o sistema padrão destes
dados.
Informe como SRC alvo o

EPSG:31981, que equivale ao
sistema SIRGAS2000 UTM
zone 21S
Clique em Ok.

47
REPROJEÇÃO DOS DADOS SRTM
Adicione a camada raster s30_w056_1arc_v3.
Reprojete a camada utilizando o comando:

Raster > Projeções > reprojetar...
Preencha os campos de acordo com as indicações da próxima

página.

48

REPROJETANDO OS DADOS SRTM
Como arquivo de saída utilize o

nome SRTM_SIRGAS_UTM.tif
O SRC fonte com EPSG:4326

equivale ao sistema WGS84, que é
o sistema padrão destes dados.
Informe como SRC alvo o

EPSG:31981, que equivale ao
sistema SIRGAS2000 UTM zone
21S
Clique em Ok.

49

Atividade prática.
50

DELIMITAÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA E

EXTRAÇÃO DE DADOS DO MDE

51
OUTRAS REFERÊNCIAS SOBRE O TEMA
No site do TauDEM há um documento que trata da delimitação de

bacias. Acesse o link a seguir para ler o documento.
http://hydrology.usu.edu/taudem/taudem5/TauDEM5DelineatingAS
ingleWatershed.pdf
Lembre-se que originalmente estes algoritmos foram desenvolvidos

para uso no ArcGIS, portanto, o documento apresenta
demonstrações considerando este software.

52

O CONCEITO BÁSICO DOS ALGORITMOS TauDEM
De acordo com o documento mencionado na página anterior, o

software TauDEM deriva informações hidrológicas a partir de dados
do modelo de elevação digital bruto.
A idéia básica baseia-se no conceito do campo de fluxo hidrológico

sendo representado pelo fluxo de cada célula da grade para um ou
mais de seus vizinhos.
Para que isso funcione, a topografia não deve conter poços,

definidos como uma ou mais células de grade completamente
envolvidas por um terreno mais alto.

53
O primeiro passo na análise hidrológica do terreno é a remoção de

poços. O TauDEM usa um processo de preenchimento para fazer
isso aumentando a elevação dos poços até drenarem numa direção
compatível com os seus vizinhos.
Um DEM com as depressões removidas é definido como

“hidrológicamente consistente” e pode ser usado para calcular as
direções de fluxo para cada célula de grade.

54

Uma vez que as direções de fluxo foram calculadas, quantificando o

campo de fluxo, o TauDEM possui várias ferramentas para derivar
informações de terreno relacionadas ao fluxo, como:
 a área que contribui para cada célula de grade,
 o caminho seguido pelo fluxo proveniente de um conjunto de
células
 a rede de drenagem.

55
SEQUÊNCIA DE ALGORITMOS/OPERAÇÕES E SUAS FUNÇÕES
Nas páginas seguintes serão apresentados os algoritmos do

provedor TauDEM a serem utilizados e quais as suas funções no
processo de geração de dados de uma bacia hidrográfica.

56

Carregue o Remover
MDE inicial depressões O primeiro passo a ser executado é a remoção dos
poços ou buracos escuros, que são os pixels com
valores de altitude mais baixos que os seus vizinhos.
Direções de
fluxo D8 O algoritmo direção de fluxo D8, gera dois arquivos:
um com as direções de fluxo e outro com as
declividades. O resultado é o mapeamento do
Área de escoamento através do método D8 para cada pixel.
contribuição Visualmente o arquivo resultante é parecido com o
D8 – V1 relevo sombreado.
Representa o limite da bacia determinado a partir

do seu ponto de exutório. Executado em 4 etapas:
Gera-se a área de contribuição para todo o MDE;
Gera-se o limiar para fluxo canalizado de todo MDE;
Define-se o ponto de exutório;
Gera-se a área de contribuição para a bacia.

57
Limiar para Geração de um raster com a rede de drenagem.

fluxo Será a rede de drenagem para toda a área do MDE.
canalizado – V1 Servirá de base para a definição do ponto de exutório.
Deve ser informado um limiar (threshold = limite) para a
definição da densidade de drenagem.
Shape com Mantem-se, geralmente, a definição 100, mas isto deve ser
ponto de avaliado em função do trabalho em execução.
exutório
Criação de um arquivo vetorial no formato Shape contendo um
Área de ponto que define o exutório da bacia de interesse.
contribuição Deve ser criado tomando como ponto de partida o limiar para
D8 – V2 fluxo canalizado – V1.
Segunda versão da área de contribuição, considerando, agora, o

Limiar para ponto de exutório da bacia de interesse.
fluxo
canalizado – V2
Segunda versão do limiar para fluxo canalizado, agora, apenas
para a bacia de interesse.
O limiar informado pode ser modificado em função da área e
das necessidades do usuário.
58

Rede de Geração do arquivo Shape com a rede de drenagem.

drenagem Na tabela de atributos serão geradas várias colunas com
informações sobre a drenagem, inclusive, com a ordenem dos
canais e comprimento.
Limite da
bacia É a transformação do resultado do algoritmo Área de
Contribuição – V2 (raster) para polígono.
Curvas de
nível Extração dos contornos (curvas de nível) a partir do MDE
resultante do algoritmo Pit Remove.
PRONTO!!!!!
Agora é só gerar os seus mapas e análises.
59
GERANDO OS DADOS A PARTIR DO MDE SRTM
1 – Gerando os dados a partir do MDE SRTM

Inicie um novo projeto no QGIS
Adicione a camada raster SRTM_SIRGAS_UTM.tif
Na Caixa de Ferramentas Processamento, localize o
algoritmo Remover depressão em Ferramentas de Análise
de Grade Básicas e clique duas vezes para acessá-la.
A camada raster adicionada será informada
automaticamente como Elevaton Grid.
Em Pit Removed Elevation Grid, clique em ... e em Salvar em
arquivo...
Informe como nome de saída 01_pit_remove.tif
Clique em Gravar
Clique em Run

60

REMOVENDO AS DEPRESSÕES

61
REMOVENDO AS DEPRESSÕES

62

GERANDO AS DIREÇÕES DE FLUXO
Em Ferramentas de Análise de Grade Básicas, acesse o algoritmo

Direções de fluxo D8.

63
GERANDO A ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO

Área de contribuição D8.

64

DEFININDO O LIMIAR PARA FLUXO CANALIZADO
Em Ferramentas de Análise de Rede de Drenagem, acesse o

algoritmo Definição de limiar para fluxo canalizado.

65
CRIANDO O PONTO DE EXUTÓRIO DA BACIA
Utilize Camada > Criar nova camada > Shapefile...

66

Editar o arquivo Shape para incluir o ponto de localização do

exutório da bacia.

67

68

GERANDO A ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO PARA A BACIA

Área de contribuição D8, para gerar a área de contribuição
específica para
a bacia de
interesse.

69
GERANDO A ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO PARA A BACIA

70

DEFININDO O LIMIAR PARA FLUXO CANALIZADO DA BACIA

algoritmo Definição de limiar para fluxo canalizado, segunda
versão, agora
apenas para a
bacia de
interesse.

71
DEFININDO O LIMIAR PARA FLUXO CANALIZADO DA BACIA

72

A REDE DE DRENAGEM
Carregue as camadas raster descritas na tabela da próxima página.
Após carregar os dados, execute a seguinte função:

algoritmo Alcance e fluxo de bacias hidrográficas, e informe
o nome dos arquivos de entrada e saída de acordo com as
figuras das próximas páginas.

73
A REDE DE DRENAGEM
CAMADA DESCRIÇÃO
01_pit_remove É o MDE resultante da primeira operação realizada, ou
seja, o MDE com remoção de pixels escuros ou
depressões.
02_D8_flow_direction Arquivo resultante da segunda operação realizada o
qual apresenta as direções de fluxo a partir da técnica
D8.
06_contributing_area_2 Segunda versão da área de contribuição, a qual
apresenta os dados apenas para a bacia de interesse.
07_limiar_p_fluxo_2 Segunda versão do limiar para fluxo, o qual apresenta
os dados para a área de interesse.

74

A REDE DE DRENAGEM – arquivos de entrada
MDE corrigido pelo primeiro passo (remoção de buracos)

Arquivo com as direções de fluxo D8
Arquivo com a área de contribuição – V2 – da bacia
Limiar de fluxo canalizado – V2 – da bacia

75
A REDE DE DRENAGEM – arquivos de saída
Nesta parte da janela é

necessário preencher apenas os
campos dos dados que se
pretende gerar.

76

O LIMITE DA BACIA
Considerando que durante todos os procedimentos executados com

os algoritmos TauDEM os dados foram gerados no formato matricial,
torna-se importante converter o limite da bacia para o formato
vetorial.

77
CURVAS DE NÍVEL
O QGIS possui uma ferramenta própria que permite a geração de

curvas de nível a partir da extração de contornos de um MDE.
Inicie um novo projeto no QGIS;
Carregue o arquivo 01_pit_remove.tif;
Acesse Raster > Extrair > Contorno...
Preencha os dados conforme a figura da próxima página;
clique em Ok.

78

CURVAS DE NÍVEL

79
CURVAS DE NÍVEL

80

CURVAS DE NÍVEL
ATENÇÃO: é importante pesquisar artigos que tratam da geração

das curvas de nível a partir dos dados SRTM e ASTER pois há uma
questão de compatibilidade com relação as equidistâncias que deve
ser observada com muita atenção.
O melhor resultado é apresentado com equidistâncias a partir de 20

metros, podendo ser utilizados valores menores em função da área
em questão, desde que se faça uma análise bastante criteriosa dos
dados.

81
OS DADOS GERADOS A PARTIR DO MDE SRTM
Inicie um novo projeto no QGIS;

Carregue os arquivos bacia.shp e curvas_srtm.shp;
Recorte as curvas de nível utilizando o limite da bacia como
máscara:
Remova a camada vetorial curvas_srtm.shp.

82

Carregue o arquivo rede_drenagem.shp;

Clique com o botão direito sobre a camada adicionada e acessa a
opção Definir SRS de camada.
Atenção: Por algum motivo, o TauDEM ao criar o arquivo Shape
não carrega o sistema de referencia que foi atribuído aos dados
matriciais.
Assim, para fins de visualização dos dados, digite o código 31981
na caixa de filtro da janela e selecione SIRGAS 2000 / UTM zone
21S e clique em ok.
Veja a figura da próxima página.

83

84

Manipule as camadas vetoriais para que fiquem com a aparência da

figura que segue.

85
GERANDO OS DADOS A PARTIR DO MDE ASTER
2 – Gerando os dados a partir do MDE ASTER
Para gerar os dados com o MDE ASTER basta seguir todos os passos
realizados anteriormente com o MDE SRTM.
Sugere-se, para fins de nomenclatura dos arquivos, substituir os

indicadores numéricos “01_xxx, 02_xxx”, por letras “_a_xxx,
_b_xxx” para diferenciar os dados resultantes do processamento de
cada um dos MDEs utilizados.
Bom trabalho!

86

OS DADOS GERADOS A PARTIR DO MDE ASTER
Na definição do limiar para fluxo canalizado, foi necessário

densificar os canais em função dos ruídos no MDE. Utilizou-se o
parâmetro “50”.
Foi necessário mover o ponto do exutório em função dos mesmos

ruídos.
No limiar para fluxo canalizado da bacia, utilizou-se o parâmetro

“100”.
Inicialmente observa-se que este MDE é mais difícil de utilizar pois

há dados que interferem na delimitação da bacia, fazendo com que
se tenha dados mais imprecisos.

87
OS DADOS GERADOS A PARTIR DO MDE ASTER
Manipule as camadas vetoriais para que fiquem com a aparência da

figura que segue.

88


Atividade prática.
89
COMPARAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

90

ELEMENTOS A CONSIDERAR
Forma resultante da bacia;
Rede de drenagem gerada;
Curvas de nível geradas;
...
...
...
...

91
SRTM ASTER

92

SRTM CARTA TOPOGRÁFICA

93
ASTER CARTA TOPOGRÁFICA

94

IMAGEM DE SATÉLITE + DADOS CARTA TOPOGRÁFICA

95
IMAGEM DE SATÉLITE + DADOS CARTA TOPOGRÁFICA + SRTM

96

IMAGEM DE SATÉLITE + DADOS CARTA TOPOGRÁFICA + ASTER

97
IMAGEM DE SATÉLITE + DADOS CT + ASTER + SRTM

98

POSSIBILIDADES / NECESSIDADES
E o MDE resultante do processamento do projeto TOPODATA?

É possível gerar estes dados a partir deste modelo?
Qual o resultado que se obteria?
No caso da missão SRTM, vale uma aplicação com dados da banda X

para fins de comparação.
Para os dados ASTER, devem ser considerados processos de

refinamento dos dados.

99
Comparação dos dados das cartas topográficas da DSG do

Exército Brasileiro ou do IBGE com os dados extraídos do MDE;
Atividade prática.
100

ATIVIDADE PRÁTICA

101
ATIVIDADE PRÁTICA
Agora que já vimos em detalhes como funciona o conjunto de

ferramentas TauDEM no QGIS, utilize os dados que estão na pasta
c:\mini\atv e execute as operações necessárias para a geração dos
dados da bacia hidrográfica do arroio Cambai, localizada no
município de Itaqui, RS.
Para fins de orientação, verifique a figura da próxima página, que

representa a localização da bacia na totalidade da área recoberta
pelos MDEs.
Bom trabalho!!

102

ATIVIDADE PRÁTICA

103
ALGUMAS OBSERVAÇÕES SOBRE ESTA BACIA
Ao gerar os dados para esta bacia e depois compará-los com os

dados gerados anteriormente, é interessante observar alguns
questionamentos:
1 – Esta segunda região possui um relevo mais plano e

homogêneo. Isto interfere de alguma maneira na qualidade
dos dados dos MDEs utilizados?
2 – Quais os elementos que podem ser apontados como

limitações ou potencialidades do uso destes dados para a
geração de bases que servirão de apoio para outros estudos?

104

QUESTIONAMENTOS
Estamos quase finalizando nosso minicurso!
Posso ajudar a resolver mais algum questionamento?

105
Comparação dos dados das cartas topográficas da DSG do

Exército Brasileiro ou do IBGE com os dados extraídos do MDE;
Atividade prática.

106

MUITO OBRIGADO!
Sidnei Luís Bohn Gass

107
SITES IMPORTANTES PARA APROFUNDAR SEUS CONHECIMENTOS
SOBRE O TERRA-ASTER
https://www.nasa.gov/mission_pages/terra/index.html
https://terra.nasa.gov/
SOBRE O SRTM
https://www2.jpl.nasa.gov/srtm/
https://www2.jpl.nasa.gov/srtm/srtmBibliography.html
SOBRE O TauDEM
http://hydrology.usu.edu/taudem/taudem5/index.html
SOBRE O QGIS
http://www.qgis.org/pt_BR/site/about/index.html

108

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bucker, P. de O. M.; Fortes, P. de T. F. de O. Delimitação automática da bacia hidrográfica do
rio Itapemirim, utilizando dados MDE Topodata, com as ferramentas Terrahidro/TerraView
e Taudem/QGIS. In: Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, 18. (SBSR), 2017,
Santos. Anais... São José dos Campos: INPE, 2017, p. 4933-4938.
Carneiro, M. E. da S. et al. Delimitação automática da sub-bacia do ribeirão Maratá em

Pires do Rio-Goiás, para fins de mapeamento ambiental. In: Simpósio Brasileiro de
Sensoriamento Remoto, 18. (SBSR), 2017, Santos. Anais... São José dos Campos: INPE,
2017, p. 7629-7634.
Florenzano, T. G. (org.) Geomorfologia: conceitos e tecnologias atuais. São Paulo: Oficina de

Textos, 2008.
Silva, D. M. da., Gass, S. L. B. Produção e disseminação de tutoriais do Sistema de

Informações Geográficas QGIS. In: Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, 18.
(SBSR), 2017, Santos. Anais... São José dos Campos: INPE, 2017, p. 6640-6646.

109
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Tarboton, D. G., M. E. Baker, K. A. T. Schreuders, (2008) "New TauDEM Tools for Deriving
Hydrologic Information from Digital Elevation Models," AWRA Spring Specialty Conference
on GIS in Water Resources, San Mateo, CA, March 17-19.
Tucci, C. M. (org.) Hidrologia: ciência e aplicação. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2000.
Valeriano, M. de M. TOPODATA: guia de utilização de dados geomorfométricos locais. São

José dos Campos: INPE, 2008.

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Pede-se especial atenção na observação dos direitos

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SIDNEI LUÍS BOHN GASS

Bacharel e Licenciado em Geografia UNIJUÍ 2000

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QGIS aplicado à análise

Fotografia registrada com o VANT “Café III”, desenvolvido pelo aluno do

(c) Prof. Dr. Sidnei Luís Bohn Gass 3

O projeto de pesquisa SIGPampa: aproximando ensino, pesquisa e

QGIS aplicado à análise

A análise de bacias hidrográficas a partir de técnicas de

O uso de tecnologias e dados livres proporciona a universalização do

Neste sentido, este minicurso tem o objetivo de demonstrar como o

QGIS aplicado à análise

(c) Prof. Dr. Sidnei Luís Bohn Gass 4

Os softwares a serem utilizados;

O MDE e a análise de bacias hidrográficas;

Acesso e preparação dos dados;

Delimitação da bacia hidrográfica e extração de dados do MDE;

Comparação dos dados das cartas topográficas da DSG do Exército

Análise dos dados gerados;

Você já trabalha com geotecnologias?

Se sim, a quanto tempo?

O QGIS faz parte da sua rotina de trabalho?

Você já conhecia as ferramentas TauDEM?

As ferramentas TauDEM fazem parte da sua rotina de trabalho?

Você conhece os MDEs SRTM e ASTER?

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OS SOFTWARES A SEREM UTILIZADOS

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OS SOFTWARES A SEREM UTILIZADOS

QGIS 2.18.10 Las Palmas

TauDEM Versão 5.1.2 (a versão atual é 5.3.7)

QGIS aplicado à análise

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De acordo com o site oficial (qgis.org), o QGIS é um SIG de Código

O QGIS é mantido por um grupo ativo de desenvolvedores

QGIS aplicado à análise

O TauDEM (Terrain Analysis Using Digital Elevation Models) é um

Desenvolvido pelo grupo de pesquisa em Hidrologia, da UtahState

A referência official do software é o artigo disponível em

Este conjunto de ferramentas foi desenvolvido para uso no ArcGIS, portanto, em

QGIS aplicado à análise

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CONFIGURAÇÕES DO TAUDEM NO QGIS

Após instalar o TauDEM é necessário fazer a sua configuração para

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CONFIGURAÇÕES DO TAUDEM NO QGIS

Atenção: em função da versão do sistema operacional em uso, no

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CONFIGURAÇÕES DO TAUDEM NO QGIS

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CONFIGURAÇÕES DO TAUDEM NO QGIS

Finalizadas as configurações, o provedor TauDEM estará disponível