Você está na página 1de 86

CIP-BRASIL.

CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

B466m Bettiol, Arrenius Igor


Manual prático de perícias ambientais / Arrenius Igor Bettiol. - [2. ed.]. - Porto Alegre [RS] :
AGE, 2018.
78 p. ; 16x23 cm.

ISBN 978-85-8343-380-4
ISBN E-BOOK 978-85-8343-435-1

1. Engenharia ambiental. 2. Prova pericial – Brasil. 3. Laudos periciais – Brasil. 4. Impacto


ambiental – Avaliação – Brasil. 5. Engenharia legal – Brasil. I. Título.
18-48662
CDU: 349.6(81)
© Arrenius Igor Bettiol, 2018

Capa:
N R

Diagramação:
M L

Supervisão editorial:
P F L

Editoração eletrônica:
L S E L .

Reservados todos os direitos de publicação à


LEDUR SERVIÇOS EDITORIAIS LTDA.
editoraage@editoraage.com.br
Rua Valparaíso, 285 – Bairro Jardim Botânico
90690-300 – Porto Alegre, RS, Brasil
Fone/Fax: (51) 3061-9385 – (51) 3223-9385
vendas@editoraage.com.br
www.editoraage.com.br
In memoriam
Dedico este trabalho aos meus pais, Sigefrido e Emma
Bettiol, e a minha tia Rina Chittolina, exemplos de
trabalho, virtude e amor ao próximo, com minha eterna
gratidão, e às minhas netas, Mariana Names Bettiol,
Manuela Names Bettiol, Laura Collares Nunes
Wanderley Lins, motivo de alegria constante.
Agradecimentos
Ao desembargador Décio Antônio Erpen, que muito me ajudou e
ensinou quando era juiz titular da Vara de Registros Públicos da
Comarca de Porto Alegre, e ao curador, Doutor Luis Carlos Verzoni
Nejar, hoje membro da Academia Brasileira de Letras.
Ao tenente-coronel, geógrafo e professor universitário, Jader
Fonseca Amaro da Silveira, que me acompanha há 50 anos; sem
sua colaboração seria impossível realizar com sucesso mais de 500
trabalhos periciais.
Apresentação
É com muita satisfação que apresento e recomendo esta obra sobre
perícias ambientais a todos os interessados por esta matéria.
Trata-se de um estudo técnico e objetivo sobre as questões
fundamentais de Engenharia Legal, como instrumento de proteção
da sociedade; métodos e técnicas usados em perícias ambientais;
identificação dos impactos por atividade; estudo de casos;
sugestões de quesitos e procedimentos; e orientações práticas para
a realização de perícias.
Tenho a convicção de que este trabalho vem contribuir
sobremaneira tanto aos iniciantes quanto àqueles que já labutam na
seara, pois o autor, Engenheiro-Agrônomo Arrenius Bettiol, é um
profissional com vastos conhecimentos teóricos e práticos no
assunto.
Em suma, esta obra seguramente auxiliará aqueles que atuam e
os que pretendem atuar em perícias ambientais na busca de
melhores resultados e, dessa maneira, atingir os objetivos
pretendidos.
Artur Arnildo Ludwig
Desembargador aposentado e
atual Prefeito Municipal de Paraíso do Sul
Sumário
1. Engenharia legal
1.1. Engenharia legal como instrumento de proteção da sociedade
1.2. Métodos e técnicas utilizados na perícia ambiental
1.3. Identificação dos aspectos e impactos ambientais por
atividade

2.Sugestões de quesitos e procedimentos


2.1. Desmatamentos
2.2. Queimadas
2.3. Resíduos sólidos urbanos
2.4. Extração mineral
2.5. Parcelamento do solo
2.6. Saneamento básico – Esgotos
2.7. Mineração a céu aberto

3. Estudo de casos
3.1. Derrubada de mato nativo em área de preservação
permanente, com geração de 30 m de lenha
3.2. Disposição irregular de embalagens de agrotóxicos
3.3. Perito do juízo e assistentes técnicos
3.4. Código de Processo Civil

4. Orientações práticas para a realização de perícias


4.1. Órgãos oficiais para obtenção de dados e pesquisa para
realização de perícias
4.2. Cadastro de perito para atuar no Poder Judiciário
4.3. Cadastramento no Tribunal de Justiça
4.4. Cobrança de perícias: valor da causa, tempo consumido e
complexidade
4.5. Pedido de escusas
4.6. Tabelas de honorários periciais

Referências bibliográficas

Anexos
1.
Engenharia legal
1.1. Engenharia legal como instrumento de
proteção da sociedade
A expressão já consta, desde 1937, no Decreto n.º 23.569, que
regulamentou o exercício da profissão de engenheiro. A engenharia
legal compreende todas as atividades do engenheiro tendentes a
solucionar problemas jurídicos que dependem de conhecimentos
técnicos, os quais normalmente não são inerentes aos advogados e
magistrados, traduzindo especialmente a função do perito judicial
em matéria de engenharia.
Os juízes e advogados constantemente necessitam do apoio dos
engenheiros para o conhecimento de valores, mas não só eles
como também, fora dos tribunais, pessoas físicas e jurídicas
necessitam de avaliações em números e valores, o que faz com que
os técnicos estejam sempre procurando melhorar seus
conhecimentos. Para isso, foram fundados o IGEL (Instituto de
Engenharia Legal) e o IBAPE (Instituto Brasileiro de Avaliações e
Perícias de Engenharia).
1.2. Métodos e técnicas utilizados na perícia
ambiental
Os métodos e as técnicas que serão usados em uma perícia
ambiental são definidos e aplicados no âmbito da vistoria, de acordo
com o objeto de estudo do caso, e estão englobados nos
procedimentos técnicos que o perito ambiental deve seguir na
execução da perícia.

Exemplos de métodos e técnicas aplicáveis na execução de


perícias ambientais:

Medição e coleta de amostra para análise.

Utilização de GPS para marcar pontos relevantes.

Registro fotográfico e entrevistas.

Confecção de croquis, por exemplo, de localização da área, de


identificação de áreas diretamente afetadas e demonstrando locais
de coleta de amostras.

O meio ambiente engloba os meios físico, químico e biológico.


Assim, problemas ambientais podem afetar um ou mais meios; por
exemplo, um aspecto de uma atividade pode causar poluição no ar,
na água, no solo e prejudicar a fauna e a flora locais. Então, quando
o perito recebe o caso a ser estudado, precisa levantar quais foram
os meios direta e indiretamente afetados por aquele problema e
identificar os métodos que irá usar para quantificar a poluição e/ou
contaminação.
A grande maioria das perícias ambientais no Brasil está
relacionada à água, ao lançamento de efluentes líquidos e à
poluição de mananciais e superfícies subterrâneos pela disposição
inadequada de resíduos sólidos. É importante frisar como cada caso
de perícia ambiental é diferente, cada perícia irá envolver o
levantamento e métodos adequados ao seu estudo, o que pode ser
facilmente realizado através de livros da área ou, até mesmo, de
consulta à legislação específica.
1.3. Identificação dos aspectos e impactos
ambientais por atividade
As atividades econômicas vão gerar impacto ambiental vantajoso e
outras poderão penalizar o meio ambiente.
Cada atividade exige uma medida mitigadora particular, face às
peculiaridades da exploração realizada, visando à sustentabilidade e
à preservação do meio ambiente.
2.
Sugestões de quesitos e
procedimentos
2.1. Desmatamentos
Formação profissional do perito: Biólogo, Engenheiro Florestal ou
Engenheiro-Agrônomo.

Informar se a área em discussão sofreu desmatamento


(NBR10703/89, p. 17).

Caso afirmativo, informar:

quando o fato ocorreu;

tamanho da(s) área(s) atingida(s);

quais as espécies atingidas;

número de unidades abatidas;

volume abatido em metros cúbicos e em estéreos;

se o desmatamento ocorreu em área de preservação permanente


(art. 2.º da LF n.º 4.771/65);

se foram atingidas espécies protegidas, descrevê-las, indicando a


quantidade.

O mencionado desmatamento foi autorizado pelo órgão florestal


competente? Caso afirmativo, anexar a autorização.
Há recursos hídricos (rios, lagos, olhos d’água, nascentes e canais
ou artificiais) nas proximidades das áreas atingidas pelo
desmatamento? Caso afirmativo, informar a largura deles e as
distâncias até as áreas degradadas.

Tal prática provocou modificações, nos termos do artigo 3.º da LF n.º


6.938/81, naqueles organismos representantes do ambiente biótico
(reinos: monera, fungui, protistas, animal e vegetal)? Descrever.

Informar a finalidade com que foi realizada tal prática. Se para


plantio, informar a cultura, valor unitário de mercado do bem
produzido ou que seria produzido (saco de soja, trigo, milho,
pastagem, etc.), por safra.

As instituições ligadas ao tema do desmatamento são as


seguintes: IBAMA, órgãos ambientais e florestais, prefeitura
municipal, polícia florestal e centro de criminalística.
Os técnicos e as instituições de apoio ao tema em questão são os
seguintes: peritos independentes, as Universidades, o Conselho
Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) e o Conselho
Regional de Biologia (CRB).
As legislações de apoio referentes a esse assunto são as
seguintes: a de Crimes Ambientais (Lei Federal n.º 9.605/98),
Sistema Estadual de Recursos Hídricos/RS (Lei Estadual n.º
10.350/94) e os Códigos Florestais: Lei Federal n.º 4.771/65, D.F. n.º
2.661/98) e Código Florestal Estadual/RS (Lei Estadual n.º 9.519/92,
D.E. n.º 38.355/98).
2.2. Queimadas
As queimadas correspondem a uma das técnicas agrícolas mais
primitivas da história do homem. No Brasil há registros da utilização
das queimadas desde o período colonial, quando já era usada para
retirada da cobertura vegetal original antes do plantio e/ou formação
de pastagem.
Por ser uma técnica rápida e barata, ainda é muito utilizada no
meio rural. Além do baixo custo e da rapidez, a queimada é
considerada por alguns agricultores como uma ferramenta de
fertilização do solo, uma vez que as cinzas que restam após a
passagem do fogo seriam uma espécie de adubo natural. No
entanto, esse modo de limpar o terreno, na atualidade, é alvo de
críticas por parte de ambientalistas e técnicos.

Causas das queimadas


Além da utilização das queimadas como técnica agrícola, outros
fatores também provocam queimadas, especialmente nos períodos
de estiagem prolongada. Vejamos:

Desmatamentos para a retirada de madeira. Queimam-se as plantas


menores para facilitar o corte das árvores de médio e grande porte.

Colheita manual de cana-de-açúcar. Também com o objetivo de


limpar o terreno e facilitar o corte, ainda é comum a queima em
canaviais.

O vandalismo e a negligência são responsáveis por desastres no


Brasil e no mundo. Ainda é comum haver queimadas provocadas
por cigarros acesos jogados nas margens das estradas e rodovias.

Os balões das festas juninas e os fogos de artifício utilizados em


festas e comemorações são causa frequente de incêndios florestais
e queimadas.
As disputas pela posse da terra motivam as queimadas criminosas
em frequentes ocorrências país afora.

Consequências
Considerando apenas o aspecto da retirada da vegetação original,
as queimadas provocam a alteração do equilíbrio dos ecossistemas
das mais distintas paisagens, uma vez que impactam diretamente
na manutenção da fauna, na circulação de águas superficiais e
subterrâneas, nas condições de temperatura e umidade, e na
liberação de vapor de água na atmosfera. Outras consequências
preocupantes podem decorrer das queimadas:

Diminuição da biodiversidade.

Emissão de gases poluentes na atmosfera, piorando a qualidade do


ar.

Aumento das doenças respiratórias – em razão dos gases e das


partículas nocivas.

Danos ao patrimônio público e privado – cercas, casas, rede de


energia elétrica.

Agravamento do aquecimento global, contribuindo para a elevação


da temperatura.

Diminuição da fertilidade do solo, que perde matéria orgânica e


umidade.

Intensificação da erosão nas áreas atingidas pelo fogo.

Monitoramento das queimadas no Brasil


Há pelo menos duas décadas a Embrapa – Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária, em parceria com outros órgãos
governamentais, monitora por meio de imagens de satélite a
ocorrência de queimadas em áreas rurais e de vegetação nativa no
Brasil. Dados divulgados pela empresa dão conta de um aumento
expressivo dessas ocorrências nos últimos anos em todo o país.

A queimada pode ser boa?


Em alguns ecossistemas específicos, como o Cerrado, as
queimadas podem ocorrer de forma natural. Nesses casos, os
animais e as plantas desse bioma estão adaptados à “passagem do
fogo” e até se beneficiam dessa ocorrência. Algumas espécies de
plantas do Cerrado só germinam ou frutificam quando são
submetidas às altas temperaturas das queimadas naturais. Animais
também conseguem se esconder ou fugir das áreas atingidas pelo
fogo.
No entanto, as queimadas no Cerrado só são benéficas quando
ocorrem de maneira espontânea, natural. Uma significativa parte da
vegetação nativa do Cerrado brasileiro tem sido permanentemente
destruída pelo desmatamento e pelas queimadas para a produção
de carvão vegetal e expansão do agronegócio.
As instituições afetadas ao tema das queimadas são as
seguintes: IBAMA, órgãos ambientais e florestais, prefeitura
municipal, polícia florestal e centro de criminalística.
Os técnicos e as instituições de apoio ao tema em questão são os
seguintes: peritos independentes, as Universidades, o Conselho
Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) e o Conselho
Regional de Biologia (CRB).
As legislações de apoio referentes a esse assunto são as
seguintes: a de Crimes Ambientais (Lei Federal n.º 9.605/98),
Sistema Estadual de Recursos Hídricos/RS (Lei Estadual n.º
10.350/94) e os Códigos Florestais de Lei Federal n.º 4.771/65, D.F.
n.º 2.661/98) e Código Florestal Estadual/RS (Lei Estadual n.º
9.519/92, D.E. n.º 38.355/98).
2.3. Resíduos sólidos urbanos
A área utilizada pertence a particulares, a Municípios ou a outros?

A área possui licenciamento ambiental atualizado? Caso afirmativo,


informar a validade.

O local do depósito é no meio rural ou urbano?

Quais os tipos de resíduos dispostos na área (urbanos, de serviços


de saúde)?1

Na hipótese da existência de resíduos de serviços de saúde,


descreva-os, informando os riscos para a saúde pública e para o
meio ambiente (medicamentos, seringas, agulhas, produtos de uso
veterinário, laboratórios de análises clínicas, consultórios médicos e
odontológicos, outros).

Na hipótese da existência de resíduos industriais, descreva-os


(características, classe2, etc.), informando também os riscos para a
saúde pública e para o meio ambiente.

Na hipótese da existência de embalagens de agrotóxicos, informar o


nome comercial dos produtos, seus princípios ativos e riscos para a
saúde pública e o meio ambiente.

A forma de destinação final dos resíduos caracteriza a área como


sendo: lixão, aterro controlado, aterro sanitário e/ou usina de
triagem?

Informar sobre a existência de sistema de drenagem superficial de


águas.

) Informar sobre a existência de drenos de gases.

) Informar sobre a existência de sistema coletor de chorume3.


) A área é totalmente cercada?

) Há catadores ou indícios da presença deles no local? Caso


afirmativo, informar quantidade, sexo, idades aproximadas e as
condições de trabalho deles com relação à utilização de
equipamentos de proteção individual – EPIs.

) Há a presença, ou indícios da presença, de animais (marca de


patas, fezes) no local? Caso afirmativo, descreva-os.

) Informar o tempo de utilização da área.

) Informar a distância do local de disposição do lixo até as moradias


mais próximas.

) Há sinais da existência de chorume a céu aberto? Caso afirmativo,


descrever.

) Caracterizar os recursos florestais e as demais formas de


vegetação do local e do entorno.

) Distância do depósito até os recursos hídricos mais próximos.

) Quantidade de resíduos depositados mensalmente.

As instituições afetadas ao tema dos resíduos sólidos urbanos


são as seguintes: IBAMA, órgãos ambientais e florestais, prefeitura
municipal, polícia florestal e centro de criminalística.
Os técnicos e as instituições de apoio ao tema em questão são os
seguintes: peritos independentes, as Universidades, o Conselho
Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) e o Conselho
Regional de Biologia (CRB).
As legislações de apoio referentes a esse assunto são as
seguintes: a de Crimes Ambientais (Lei Federal n.º 9.605/98),
Sistema Estadual de Recursos Hídricos/RS (Lei Estadual n.º
10.350/94) e os Códigos Florestais: Lei Federal n.º 4.771/65, D.F. n.º
2.661/98) e Código Florestal Estadual/RS (Lei Estadual n.º 9.519/92,
D.E. n.º 38.355/98).
2.4. Extração mineral
Caracterizar o local da extração mineral, identificando aspectos de
flora e fauna, bem mineral explorado, entre outros.

Tamanho da área explorada.

Tempo de utilização.

Volume de material extraído e o valor de mercado.

Identificar o dono/responsável da área.

Identificar o detentor do direito minerário da área.

Caracterizar a cobertura vegetal original da área modificada.

Informar se houve desmatamento na área e se foi autorizado pelo


órgão florestal do Estado.

Informar as dimensões da área desmatada.

) Informar sobre a variedade de espécies atingidas e, se possível,


seu valor de mercado (em metros estéreos e m3).

) Estimar, quantitativamente, as espécies abatidas.

) Existe(m) corpo(s) hídrico(s) – lagos, arroios, riachos, rios – na


área de influência da atividade? Identifique-os.

) De alguma forma os recursos hídricos estão sendo afetados pela


atividade minerária (erosão, desmatamento de margens,
assoreamento, modificação de leito, hidrodinâmica)? Descrever.

) Quais os efeitos causados sobre a fauna em consequência do


desmatamento e da atividade?
) Há populações que possam estar sendo afetadas negativamente
pelos efeitos danosos da atividade? Descrever.

) Há alterações quali-quantitativas sobre os recursos hídricos por


consequência da atividade? Descreva-as, informando os riscos para
as populações humanas e animais.

) Informar o nome do responsável técnico pela atividade e o seu


número de registro no órgão de classe.

) Há a utilização de explosivos na área? Caso afirmativo, informar o


tipo e o nome do profissional responsável.

) A atividade de utilização de explosivos está regularizada no


Ministério do Exército?

) Quais as medidas que deveriam ter sido adotadas pelo(s)


responsável(is) pelo(s) dano(s) ambiental(is), a fim de evitá-lo,
estimando, economicamente, os investimentos não realizados
durante todo o período de realização da exploração mineral?

) Informar se há riscos em relação aos recursos florestais do


entorno, com destaque para a possibilidade de existência de
espécies protegidas, mata nativa e/ou área de preservação
permanente.

) Caracterizar os recursos hídricos das proximidades.

) Informar se a fauna natural da região ou local pode estar sendo


negativamente afetada pelo manejo inadequado da área. Detalhar
as espécies e os riscos associados.

) Descrever os impactos potenciais e efetivos decorrentes da


atividade sobre o meio físico (ar, água e solo).
) Descrever os impactos potenciais e efetivos decorrentes da
atividade sobre o meio biótico:

fauna: vertebrados e invertebrados de vidas aérea, terrestre e


aquática;

flora: aquática e terrestre.

) Descrever os impactos potenciais e efetivos decorrentes da


atividade sobre o meio ambiente.

) Informar se a área está licenciada no órgão ambiental e em que


ano foi obtido o primeiro licenciamento.

Outros questionamentos possíveis


Verificar a existência de talonário de notas e se são referentes à
atividade desenvolvida?

Verificar a existência de menores trabalhando na área.

Verificar se todos os funcionários têm Carteira Profissional de


Trabalho devidamente regularizada.

Os trabalhadores utilizam equipamentos de proteção individual?


Descrever.

As instituições afetadas ao tema da extração mineral são as


seguintes: Ministérios do Exército e do Trabalho, órgãos ambientais
e florestais, Prefeitura Municipal, Centro de Criminalística, a
Fundação Zoobotânica – SEMA/RS e o Departamento Nacional de
Produção Mineral – DNPM/MME.
Os técnicos e as instituições de apoio ao tema em questão são os
seguintes: peritos independentes, Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente/IBAMA, Universidades, Polícia Federal, Secretaria
Estadual da Fazenda, a Delegacia Regional do Trabalho/MTB, o
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – CREA e o
Conselho Regional de Biologia – CRB.
As legislações de apoio referentes a esse assunto são as
seguintes: crimes ambientais (Lei Federal n.º 9.605/98), Código de
Mineração, Lei Estadual sobre Resíduos/RS (Lei Estadual n.º
9.921/93), Sistema Estadual de Recursos Hídricos/RS (Lei Estadual
n.º 10.350/94) e os Códigos Florestais (Lei Federal n.º 4.771/65,
Decreto Federal n.º 2.661/98) e Código Florestal: Lei Estadual n.º
9.519/92, Decreto Estadual n.º 38.355/98).
2.5. Parcelamento do solo
Diretrizes de parcelamento do solo
A solicitação de diretrizes é uma opção de análise de uma gleba,
que pode ser realizada antes ou depois da compra da área, e onde
é avaliada a viabilidade econômica do empreendimento. Essa
solicitação envolve a análise dos aspectos urbanísticos e
ambientais, e o documento emitido após essa análise determina
todos os condicionantes a serem seguidos quando da elaboração de
um projeto urbanístico.

Documentação exigida para a abertura do processo


Para a abertura do processo de diretrizes, é indispensável a entrega
da seguinte documentação:

Comprovante de pagamento
Para pagar a taxa, é necessário o acesso ao site da
METROPLAN, na seção de Serviços e Informações – Pagamento
de Taxas. Prefeituras são isentas de pagamento.

Requerimento
Disponível no site da METROPLAN, na seção de Serviços e
Informações – Termo de Anuência Prévia – Matrícula do imóvel –
Certidão emitida pelo Cartório de Registro de Imóveis de cada
Município. Deve ter validade de, no máximo, seis meses.

Planta de situação
A planta de situação deve mostrar a exata posição da área a ser
analisada na cidade (bairro, quarteirão), em escala 1:10.000,
orientação (norte) e cotas de afastamento, tanto em relação às
esquinas quanto aos limites da área, conforme descritos na
matrícula.
Caso existam os demais documentações referentes à área a ser
analisada (diretrizes da prefeitura, laudo de cobertura vegetal, laudo
geológico...).
Anuência para desmembramentos
Documentação exigida para a abertura do processo
Para a abertura do processo de desmembramento, é
indispensável a entrega da seguinte documentação:

Comprovante de pagamento
Para pagar a taxa, é necessário o acesso ao site da
METROPLAN, na seção de Serviços e Informações – Pagamento
de Taxas. Prefeituras são isentas de pagamento.

Requerimento
Disponível no site da METROPLAN, na seção de Serviços e
Informações – Termo de Anuência Prévia. Com o requerimento,
deve vir uma cópia do RG daquele que o assina, juntamente com
procuração, quando este for representante legal ou empresa.

Matrícula do imóvel
Certidão emitida pelo Cartório de Registro de Imóveis de cada
Município. Deve ter validade de, no máximo, seis meses.

CREA (ART) ou Conselho de Arquitetura e


Urbanismo
O profissional deve estar habilitado a fazer projeto de
desmembramento.

Planta de situação
A planta de situação deve mostrar a exata posição da área a ser
analisada na cidade (bairro, quarteirão), em escala 1:10.000,
orientação (norte) e cotas de afastamento, tanto em relação às
esquinas quanto aos limites da área, conforme descritos na
matrícula.

Projeto urbanístico
O projeto urbanístico deve apresentar os limites da gleba bem
demarcados e conforme descritos na matrícula, orientação (norte),
largura e denominação de ruas, faixas de domínio, demarcações de
bosques de vegetação nativa e espécies isoladas (no caso de
espécies de preservação, estas devem estar locadas no projeto e
constar na legenda) e de cursos hídricos na gleba ou no entorno
imediato (nascentes, lagos, açudes e áreas úmidas), quadro de
áreas definindo áreas desmembrada, remanescente e total, e
situação pretendida.
Deve-se lembrar de que são necessárias duas vias da planta do
projeto urbanístico, sendo que uma permanece no processo
administrativo do setor de Parcelamento do Solo. Ao menos uma
das plantas apresentadas deve estar carimbada com visto da
Prefeitura.
ATENÇÃO: Para o Município de Novo Hamburgo, é solicitado um
mínimo de cinco vias do projeto urbanístico.
Demais documentações poderão ser solicitadas após a abertura
do processo, tais como laudo de cobertura vegetal, laudo geológico,
levantamento planialtimétrico, etc.

Anuência para loteamentos


Documentação exigida para a abertura do processo
Para a abertura do processo de loteamento, é indispensável a
entrega da seguinte documentação:

Comprovante de pagamento.

Para pagar a taxa, é necessário o acesso ao site da METROPLAN,


na seção de Serviços e Informações – Pagamento de Taxas.
Prefeituras são isentas de pagamento.

Requerimento
Disponível no site da METROPLAN, na seção de Serviços e
Informações – Termo de Anuência Prévia. Com o requerimento,
deve vir uma cópia do RG daquele que o assina, juntamente com
procuração, quando este for representante legal ou empresa.

Matrícula do imóvel
Certidão emitida pelo Cartório de Registro de Imóveis de cada
Município. Deve ter validade de, no máximo, seis meses.

CREA (ART) ou CAU.

O profissional deve estar habilitado a fazer projeto de loteamento.

Memorial descritivo.

Documento contendo todo o detalhamento do projeto urbanístico em


questão.

Licença prévia.

LP emitida pelo órgão ambiental competente.

Planta de situação.

A planta de situação deve mostrar a exata posição da área a ser


analisada na cidade (bairro, quarteirão), em escala 1:10.000,
orientação (norte) e cotas de afastamento, tanto em relação às
esquinas quanto aos limites da área, conforme descritos na
matrícula.

Projeto urbanístico
O projeto urbanístico deve apresentar os limites da gleba bem
demarcados e conforme descritos na matrícula, áreas confrontantes,
orientação (norte), largura e denominação de ruas, passeios,
quarteirões, lotes e áreas verdes e institucionais, faixas de domínio,
demarcações de bosques de vegetação nativa e espécies isoladas
(no caso de espécies de preservação, estas devem estar locadas no
projeto e constar na legenda) e de cursos hídricos na gleba ou no
entorno imediato (nascentes, lagos, açudes e áreas úmidas), quadro
de áreas, definindo áreas desmembrada, remanescente e total e
situação pretendida.
Deve-se lembrar de que são necessárias, no mínimo, duas vias
da planta do projeto urbanístico, sendo que uma permanece no
processo administrativo do setor de Parcelamento do Solo. Ao
menos uma das plantas apresentadas deve estar carimbada com
visto da Prefeitura.
ATENÇÃO: Para o Município de Novo Hamburgo, é solicitado um
mínimo de cinco vias do projeto urbanístico.
Demais documentações poderão ser solicitadas após a abertura
do processo, tais como laudo de cobertura vegetal, laudo geológico,
levantamento planialtimétrico, etc.
As instituições afetadas ao parcelamento do solo são as
seguintes: Polícias Civil e Ambiental, Órgãos Ambientais e
Florestais e de Planejamento Metropolitano, a Prefeitura Municipal,
o Cartório de Registro de Imóveis e o Centro de Criminalística.
Os técnicos e as instituições de apoio a esse tema são os
seguintes: peritos independentes, as universidades, o IBAMA
(Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), os Conselhos Regional de
Engenharia e Agronomia – CREA e de Biologia (CRB).
As legislações de apoio ao parcelamento do solo são as
seguintes: a de Crimes Ambientais (Lei Federal n.º 10.350/98), Lei
Federal n.º 6.766/79, Sistema Estadual de Recursos Hídricos/RS
(Lei Estadual n.º 10.350/94), Códigos Florestais Federais e
Estaduais/RS (Lei Federal n.º 4.771/65, Decreto Federal n.º
2.661/98 e Lei Estadual n.º 9.519/92, Decreto Federal n.º
38.355/98), Regulamentação da Lei Estadual/RS n.º 9.921 (Decreto
Estadual n.º 38.356/98) e a Lei Estadual sobre Resíduos/RS (n.º
9.921/92, Decreto Estadual n.º 38.355/98).
2.6. Saneamento básico – Esgotos
Saneamento básico
Saneamento é o conjunto de medidas visando a preservar ou
modificar as condições do meio ambiente com a finalidade de
prevenir doenças e promover a saúde. Saneamento básico se
restringe ao abastecimento de água e disposição de esgotos, mas
há quem inclua o lixo nessa categoria. Outras atividades de
saneamento são: controle de animais e insetos, saneamento de
alimentos, escolas, locais de trabalho e de lazer e habitações.
Normalmente qualquer atividade de saneamento tem os
seguintes objetivos: controlar e prevenir a doenças, melhorar a
qualidade de vida da população, melhorar a produtividade do
indivíduo e facilitar a atividade econômica.

Abastecimento de água
A água própria para o consumo humano chama-se água potável.
Para ser considerada como tal ela deve obedecer a padrões de
potabilidade. Se ela tem substâncias que modificam esses padrões,
ela é considerada poluída. As substâncias que indicam poluição por
matéria orgânica são: compostos nitrogenados, oxigênio consumido
e cloretos.
Para o abastecimento de água, a melhor saída é a solução
coletiva, excetuando-se comunidades rurais muito afastadas. As
partes do Sistema Público de Água são:

Manancial

Captação

Adução

Tratamento

Reservação
Reservatório de montante ou de jusante

Distribuição
As redes de abastecimento funcionam sob o princípio dos vasos
comunicantes.
A água necessita de tratamento para se adequar ao consumo.
Mas todos os métodos têm suas limitações, por isso não é possível
tratar água de esgoto para torná-la potável. Os métodos vão desde
a simples fervura até correção de dureza e corrosão. As estações
de tratamento se utilizam de várias fases de decantação e filtração,
além de cloração.

Sistema de esgotos
Despejos são compostos de materiais rejeitados ou eliminados
devido à atividade normal de uma comunidade.
O sistema de esgotos existe para afastar a possibilidade de
contato de despejos, esgoto e dejetos humanos com a população,
águas de abastecimento, vetores de doenças e alimentos. O
sistema de esgotos ajuda a reduzir despesas com o tratamento
tanto da água de abastecimento quanto das doenças provocadas
pelo contato humano com os dejetos, além de controlar a poluição
das praias. O esgoto (também chamado de águas servidas) pode
ser de vários tipos: sanitário (água usada para fins higiênicos e
industriais), sépticos (em fase de putrefação), pluviais (águas
pluviais), combinado (sanitário + pluvial), cru (sem tratamento),
fresco (recente, ainda com oxigênio livre).
Existem soluções para a retirada do esgoto e dos dejetos,
havendo ou não água encanada.
Existem três tipos de sistemas de esgotos:

Sistema unitário: é a coleta do esgotos pluviais, domésticos e


industriais em um único coletor. Tem custo de implantação elevado,
assim como o tratamento também é caro.
Sistema separador: o esgoto doméstico e industrial ficam
separados do esgoto pluvial. É o usado no Brasil. O custo de
implantação é menor, pois as águas pluviais não são tão prejudiciais
quanto o esgoto doméstico, que tem prioridade por necessitar
tratamento, assim como o esgoto industrial nem sempre pode se
juntar ao esgoto sanitário sem tratamento especial prévio.
Sistema misto: a rede recebe o esgoto sanitário e uma parte de
águas pluviais.
A contribuição domiciliar para o esgoto está diretamente
relacionada com o consumo de água.
As diferenças entre água e esgoto é a quantidade de
microorganismos no último, que é muito maior. O esgoto não precisa
ser tratado; depende das condições locais, desde que estas
permitam a oxidação. Quando isso não é possível, ele é tratado em
uma Estação de Tratamento. Também existe o processo das lagoas
de oxidação.

Disposição do lixo
O lixo é o conjunto de resíduos sólidos resultantes da atividade
humana. Ele é constituído de substâncias putrescíveis, combustíveis
e incombustíveis. O problema do lixo tem objetivo comum a outras
medidas, mais uma de ordem psicológica: o efeito da limpeza da
comunidade sobre o povo. O lixo tem que ser bem acondicionado
para facilitar sua remoção. Às vezes, a parte orgânica do lixo é
triturada e jogada na rede de esgoto. Se isso facilita a remoção do
lixo e sua possível coleta seletiva, também representa mais uma
carga para o sistema de esgotos. Enquanto a parte inorgânica do
lixo vai para a possível reciclagem, a orgânica pode ir para a
alimentação dos porcos.
O sistema de coleta tem que ter periodicidade regular, intervalos
curtos, e a coleta noturna ainda é a melhor, apesar dos ruídos. O
lixo pode ser lançado em rios, mares ou a céu aberto, enterrado, ir
para um aterro sanitário (o mais indicado) ou incinerado. Também
pode ter suas graxas e gorduras recuperadas, ser fermentado ou
passar pelo processo Indore.

Doenças causadas pela falta de saneamento básico


Existem mais de 100 doenças, entre as quais cólera, amebíase,
vários tipos de diarreia, peste bubônica, lepra, meningite, pólio,
herpes, sarampo, hepatite, febre amarela, gripe, malária,
leptospirose, ebola, etc. Os custos dos tratamentos variam desde
R$ 3,16 (rubéola e sarampo sem complicações) até R$ 154,03
(leishmaniose).

Municípios com Volume de água Municípios com controle Municípios


abastecimento de distribuída por dia de qualidade na água sem água
água (em m3) tratada tratada
Brasil 4.425 27.863.940 3.038 1.905
SP 572 8.152.008 466 81

Distritos com
Número de estações de Lixo coletado e lixo Projetos de
usinas de
tratamento de água reciclado (ton/dia) coleta seletiva
reciclagem
Brasil 2.545 241.614 e 2.104 50 4.500
SP 320 24.500 e 725 16 651
2.7. Mineração a céu aberto
Quadro 1 – Principais aspectos e impactos ambientais da atividade da oficina
Atividades Aspectos Impactos
Emissão de gases e vazamento Poluição do ar,
Circulação de veículos e
de combustíveis, óleos e graxas. contaminação do solo e
máquinas.
dos cursos d’água.
Vazamentos. Contaminação do solo e
Armazenagem de óleo dos cursos d’água.
diesel. Danos às instalações
civis.
Possibilidade de explosão. Perda/danos à integridade
Abastecimento dos física.
veículos. Intoxicação em geral.
Poluição do ar.
Vazamento de óleo e Contaminação do solo e
lubrificantes. dos cursos d’água.
Disposição dos resíduos (óleo e Redução do risco de
latas). contaminação.
Reciclagem de material. Menor extração de
Lubrificação, troca de
Recuperação manufaturada de matéria-prima.
óleo e manutenção dos
lubrificantes. Menor extração de
veículos.
Regulagem periódica dos matéria-prima.
motores e dos veículos. Menor consumo de
material de reposição.
Menor taxa de emissão de
gases
Geração de efluentes. Poluição ambiental.
Geração de resíduos e Poluição ambiental.
embalagens descartáveis. Utilização de recursos
Consumo de água. naturais.
Lavagem de veículos. Consumo de energia. Utilização de recursos
Instalação de caixa cimentada naturais.
coletora de óleos e graxas e dos Prevenção na
efluentes. contaminação do solo e
dos cursos d’água.
Limpeza do local. Geração de efluentes. Poluição ambiental.
Consumo de água. Utilização de recursos
Consumo de energia. naturais.
Geração de resíduos. Utilização de recursos
Instalação de bacias de naturais.
decantação ou caixas coletoras Poluição ambiental.
dos efluentes. Prevenção na
contaminação das águas
superficiais.

Quadro 2 – Principais aspectos e impactos ambientais das instalações administrativas


Atividades Aspectos Impactos
Consumo de energia elétrica. Utilização de recursos
Consumo de água. naturais.
Geração de efluentes e esgoto sanitário. Utilização de recursos
Escritório e
Geração de resíduos e produtos descartáveis naturais.
refeitório
e perecíveis. Contaminação das
águas.
Poluição ambiental.
Consumo de energia elétrica. Utilização de recursos
Consumo de água. naturais.
Geração de efluentes. Utilização de recursos
Limpeza
Geração de resíduos e embalagens. naturais.
Poluição ambiental.
Poluição ambiental.

Quadro 3 – Principais aspectos e impactos da atividade de beneficiamento


Atividades Aspectos Impactos
Descarregamento Geração de poeira e ruído. Poluição do ar e sonora, desconforto
do minério. dos trabalhadores.
Geração de poeira e ruído. Poluição do ar e sonora, riscos de
Riscos de acidentes. doenças pulmonares e desconforto
Britagem da Consumo de energia. aos trabalhadores.
rocha. Vitração dos equipamentos. Perdas de vida e materiais.
Utilização de recursos naturais.
Perdas de rendimento.
Umidificação das Consumo de água. Utilização de recursos naturais,
correias eventuais acidentes, redução da
transportadoras. suspensão das partículas.
Escape e perda de material. Riscos de acidentes, conforme o
Transferência de Geração de poeira e ruído. diâmetro do minério.
materiais. Poluição do ar e sonora, desconforto
aos trabalhadores.
Geração de ruído, poeira e Poluição do ar e sonora, intoxicação
emissão de gases produzidos por gases.
Estocagem do
pelas máquinas. Contaminação das águas superficiais
produto.
Perdas de material. e assoreamento de córregos
próximos.

1 Resíduo de serviço de saúde: resíduos resultantes de qualquer unidade que


execute atividades de natureza médico-assistencial às populações, humana ou
animal, centro de pesquisa, desenvolvimento ou experimentação na área de
farmacologia, bem como os medicamentos vencidos ou deteriorados. R.
CONSEMA/RS n.º 009/200, anexo I.
2 Classe I – resíduos perigosos, Classe II – resíduos não inertes, Classe III –

resíduos inertes. NBR 10004/87, p.2.


3 Chorume: resíduo líquido proveniente da decomposição de resíduos sólidos

(lixo), particularmente quando disposto no solo, como, por exemplo, nos aterros
sanitários. Resulta principalmente da água de chuva que infiltra e da digestão
biológica da parte orgânica dos resíduos sólidos. Apresenta elevado potencial
poluidor e tem como característica a cor negra e o mau cheiro. NBR 9896/93.
3.
Estudo de casos
3.1. Derrubada de mato nativo em área de
preservação permanente, com geração de 30 m
de lenha
Aplicando as variáveis economicamente quantificáveis:
Multa aplicada pelo Estado (Órgão Florestal) pelo corte irregular
de essências florestais nativas, valor calculado multiplicando o
número de metros pelo valor unitário de R$ 15,00.

Teremos: q1 = 30 m x R$ 15,00 = R$ 450,00


q1 = R$ 450,00

Gastos do Estado para a realização da perícia


Diária q2 = R$ 177,00 (IBAMA)
Combustível q3 = R$ 70,00
Hora técnica q4 = 80,00 x 5 = R$ 400,00

O Estado deixou de arrecadar R$ 50,00 referente à autorização


para o corte, que é um procedimento legal.
q5 = R$ 50,00
Assim, ∑15 n=1 in = 26
Variáveis economicamente intangíveis
Impacto ambiental
Curto prazo* Médio e
longo
prazos**
risco
Ambiente in Sem Baixo Médio Alto 4
0 1 2 3
Físico Ar i1 1
Água i2 1
Solo/sedimento i3 4
Biótico Bactérias e cianobactérias i4 1
Reino
Monera
Reino Protozoários (ameba, paramécio) i5 1
Protista
Fungos Cogumelos i6
Animal Invertebrados (planárias, minhocas, i7 1
lesmas, caramujos, insetos, aranhas,
ácaros)
Vertebrados (peixes, anfíbios, répteis, i8 1
aves, mamíferos)
Plantas Extrato arbóreo i9 4
Extrato arbustivo i10 4
Extrato herbáceo i11 4
Ambiente Social i12 0
Antrópico
Paisagístico i13 4
Perdas econômicas intangíveis i14 0
Bem-estar i15 0
Total 6 20

* Duração de dias
** Duração de meses a anos

Em exercício maior de reflexão, os itens anteriores poderiam ser


decompostos em vários outros componentes também intangíveis.
Na expressão abaixo, tem-se:
VERD = ∑a n=1 qn x ∑a n=1 in = ∑6 n=1 qn x ∑15 n=1 in = R$ 1.077,00 x
26
VERD = R$ 28.002,00
VERD = Valor econômico de referência do dano ambiental
3.2. Disposição irregular de embalagens de
agrotóxicos
O principal motivo para darmos a destinação final correta para as
embalagens vazias dos agrotóxicos é diminuir o risco para a saúde
das pessoas e de contaminação do meio ambiente.
Durante vários anos, o Governo vem trabalhando em conjunto
com a iniciativa privada num programa nacional para o destino final
das embalagens, e hoje sabemos que os principais ensinamentos
sobre o tema abordado têm surgido de iniciativas da indústria e da
participação voluntária de diversos segmentos da sociedade. As
parcerias estabelecidas e os convênios firmados com empresas e
entidades permitiram a implantação de diversas centrais de
recebimento de embalagens no Brasil, que hoje ajudam a reduzir o
número de embalagens abandonadas na lavoura, nas estradas e às
margens de mananciais de água. Atualmente o Brasil já recicla de
forma controlada 20% das embalagens plásticas monocamadas
(PEAD) que são comercializadas.
Com a experiência adquirida nesses anos e a necessidade de
atendermos às exigências estabelecidas pela Lei Federal n.º 9.974,
de 06/06/00, e Decreto n.º 3.550, de 27/07/00, a ANDEF e a ANDAV
redigiram esse manual de orientação para os revendedores a fim de
facilitar o entendimento da nova legislação.
A nova legislação federal disciplina a destinação final de
embalagens vazias de agrotóxicos e determina as
responsabilidades para o agricultor, o revendedor e para o
fabricante. O não cumprimento dessas responsabilidades poderá
implicar penalidades previstas na legislação específica e na Lei de
Crimes Ambientais (Lei n.º 9.605, de 13/02/98), como multas e até
pena de reclusão.
Não poderíamos deixar de mencionar nesta publicação o
importante apoio do GT1 (grupo de trabalho educacional) para
desenvolver planos de ação e implementar programas educativos
que estimulem a devolução correta e segura das embalagens vazias
de agrotóxicos por parte dos usuários nas unidades de recebimento.
As entidades que participaram do GT1, até o presente momento,
são: AENDA – Associação das Empresas Nacionais de Defensivos
Agrícolas; ANDAV – Associação Nacional de Distribuidores de
Defensivos Agrícolas e Veterinários; ANDEF – Associação Nacional
de Defesa Vegetal; ANVISA/MS – Agência Nacional de Vigilância
Sanitária/Ministério da Saúde; CNA – Confederação Nacional da
Agricultura; EMBRAPA/CNPMA – Centro Nacional de Pesquisa
sobre Monitoramento e Impacto Ambiental; Faculdade de
Agronomia Francisco Maeda – FAFRAM; FNSA – Fórum Nacional
de Secretários de Agricultura; IAP – Instituto Ambiental do Paraná;
IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis; INCRA – Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária; INFC – Instituto Novas Fronteiras da Cooperação;
MA – Ministério da Agricultura; MDA – Ministério do
Desenvolvimento Agrário; MMA – Ministério do Meio Ambiente; OCB
– Organização das Cooperativas Brasileiras; SEACOOP – Serviço
Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo; SENAR – Serviço
Nacional de Aprendizagem Rural e o SINDAG – Sindicato Nacional
da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola.
A destinação final das embalagens vazias de agrotóxicos é um
procedimento complexo que requer a participação efetiva de todos
os agentes envolvidos na fabricação, comercialização, utilização,
licenciamento, fiscalização e monitoramento das atividades
relacionadas com o manuseio, transporte, armazenamento e
processamento dessas embalagens.
Considerando a grande diversificação de embalagens e de
formulações de agrotóxicos com características físicas e
composições químicas diversas e as exigências estabelecidas pela
Lei Federal n.º 9.974, de 06/06/00, e pelo Decreto n.º 3.550, de
27/07/00, foi elaborado esse manual, contendo procedimentos,
mínimos e necessários, para a destinação final segura das
embalagens vazias de agrotóxicos, com a preocupação de que os
eventuais riscos decorrentes de sua manipulação sejam
minimizados a níveis compatíveis com a proteção da saúde humana
e do meio ambiente.
Todos os pormenores dos procedimentos desse manual foram
elaborados com o intuito de orientar os revendedores nessa fase de
estruturação para as operações de recebimento e armazenamento
das embalagens vazias. Dessa forma, evitaremos ações isoladas de
recepção inadequada (sem critérios preestabelecidos para
embalagens lavadas e contaminadas) das embalagens vazias nas
revendas e, consequentemente, o manuseio e a armazenagem
irregulares de embalagens contaminadas em áreas urbanas.
Com a colaboração de todos os envolvidos, brevemente
poderemos estar estruturados para expandir de forma padronizada
as unidades de recebimento em todo o Brasil e, consequentemente,
contribuir para a adequação e a uniformidade das atividades
relacionadas ao manuseio de embalagens vazias quanto à nova
legislação.
Esse manual esclarece, inicialmente, algumas dúvidas dos
revendedores e técnicos que atuam na comercialização e utilização
de agrotóxicos e afins com relação à nova regulamentação sobre a
destinação final de embalagens.
Divulga, também, com base na nova legislação, as principais
responsabilidades dos fabricantes, revendedores e usuários e
amplia a discussão com os setores envolvidos para facilitar a sua
implementação.

Responsabilidades
Do usuário
Os usuários deverão:

Preparar as embalagens vazias para devolvê-las nas unidades de


recebimento:

embalagens rígidas laváveis: efetuar a lavagem das embalagens


(tríplice lavagem ou lavagem sob pressão);

embalagens rígidas não laváveis: mantê-las intactas, adequadamente


tampadas e sem vazamento;

embalagens flexíveis contaminadas: acondicioná-las em sacos


plásticos padronizados.
Armazenar, temporariamente, as embalagens vazias na
propriedade.

Transportar e devolver as embalagens vazias, com suas respectivas


tampas, para a unidade de recebimento mais próxima (procurar
orientação junto aos revendedores sobre os locais para a devolução
das embalagens) no prazo de até um ano, contado da data de sua
compra.

Manter em seu poder os comprovantes de entrega das embalagens


e a nota fiscal de compra do produto.

Do revendedor
Os revendedores deverão:

disponibilizar e gerenciar unidades de recebimento (postos) para a


devolução de embalagens vazias pelos usuários/agricultores4;

no ato da venda do produto, informar aos usuários/agricultores


sobre os procedimentos de lavagem, acondicionamento,
armazenamento, transporte e devolução das embalagens vazias;

informar o endereço da unidade de recebimento de embalagens


vazias mais próxima para o usuário, fazendo constar essa
informação na nota fiscal de venda do produto;

fazer constar dos receituários que emitirem as informações sobre


destino final das embalagens;

implementar, em colaboração com o Poder Público, programas


educativos e mecanismos de controle e estímulo à LAVAGEM
(tríplice ou sob pressão) e à devolução das embalagens vazias por
parte dos usuários.

Do fabricante
Os fabricantes deverão:

providenciar o recolhimento, a reciclagem ou a destruição das


embalagens vazias devolvidas às unidades de recebimento em, no
máximo, um ano, a contar da data de devolução pelos
usuários/agricultores;

informar os canais de distribuição sobre os locais onde se


encontram instaladas as centrais de recebimento de embalagens
para as operações de prensagem e redução de volume;

implementar, em colaboração com o Poder Público, programas


educativos e mecanismos de controle e estímulo à LAVAGEM
(tríplice e sob pressão) e à devolução das embalagens vazias por
parte dos usuários;

implementar, em colaboração com o Poder Público, medidas


transitórias para orientação dos usuários quanto ao atendimento das
exigências previstas no Decreto n.º 3.550, enquanto se realizam as
adequações dos estabelecimentos comerciais e dos rótulos e bulas;

alterar os modelos de rótulos e bulas para que constem informações


sobre os procedimentos de lavagem, armazenamento, transporte,
devolução e destinação final das embalagens vazias.

Preparação das embalagens


Embalagens laváveis:
Definição: São aquelas embalagens rígidas (plásticas, metálicas
e de vidro) que acondicionam formulações líquidas de agrotóxicos
para serem diluídas em água (de acordo com a norma técnica NBR-
13.968).

1. Procedimentos para o preparo e


movimentação das embalagens:
1.1. Lavagem das embalagens:
Procedimentos de lavagem das embalagens rígidas (plásticas,
metálicas e de vidro):

Como fazer a tríplice lavagem


esvazie completamente o conteúdo da embalagem no tanque do
pulverizador;

adicione água limpa à embalagem até ¼ do seu volume;

tampe bem a embalagem e agite-a por 30 segundos;

despeje a água de lavagem no tanque do pulverizador;

faça essa operação três vezes;

inutilize a embalagem plástica ou metálica, perfurando o fundo.

Embalagens não laváveis


Definição: São todas as embalagens flexíveis e aquelas
embalagens rígidas que não utilizam água como veículo de
pulverização. Incluem-se nesta definição as embalagens
secundárias não contaminadas rígidas ou flexíveis.

Embalagens flexíveis: sacos ou saquinhos plásticos, de papel,


metalizadas, mistas ou de outro material flexível.

Embalagens rígidas que não utilizam água como veículo de


pulverização: embalagens de produtos para tratamento de
sementes, Ultra Baixo Volume – UBV e formulações oleosas.

Embalagens secundárias: refere-se às embalagens rígidas ou


flexíveis que acondicionam embalagens primárias, não entram em
contato direto com as formulações de agrotóxicos, sendo
consideradas embalagens não contaminadas e não perigosas, tais
como caixas coletivas de papelão, cartuchos de cartolina, fibrolatas
e as embalagens termomoldáveis.
Sugestões técnicas para instalação de Unidades de Recebimento de Embalagens Vazias
Necessidades Posto de recebimento
Localização Zona rural ou industrial
Área necessária Além da área necessária para o barracão, observar mais 10
metros para movimentação de caminhões
Área cercada A área deve ser toda cercada com altura mínima de 1,5 metro
Portão de duas folhas 2 metros cada folha
Área para Com brita ou outro material
movimentação
Dimensão do galpão 8,0x10x4,5 metros
Área total do galpão 80m²
Pé-direito 4,5 metros
Fundações A critério
Estrutura A critério (definição regional). Ex.: metálico, alvenaria,
eucaliptos, etc.
Cobertura A critério, com beiral de 1 metro
Piso do galpão Piso cimentado (mínimo de 5 cm com malha de ferro)
Mureta lateral 2 metros
Telado acima da mureta Sim
Calçada lateral 1 metro de largura
Instalação elétrica Sim
Instalação hidráulica Sim
Balança Opcional
EPI (Equipamento de Sim
Proteção Individual)
Instalações sanitárias Sim
Sinalização de toda a Sim
área
Gerenciamento Sim

Como gerenciar o posto:


Critérios para o gerenciamento das Unidades de Recebimento
Implantação da Unidade de Recebimento:

Identificar parceiros e definir responsabilidades: o gerenciamento do


posto deverá ser de responsabilidade dos revendedores ou de outra
entidade parceira sediada no mesmo Município.

Preparar e implantar campanhas de orientação ao usuário: o


agricultor deverá ser orientado sobre o endereço e
período/calendário de funcionamento do posto de recebimento mais
próximo na ocasião em que estiver adquirindo o produto. Palestras,
dias de campo e outros eventos poderão ser utilizados para
distribuição de material informativo.

Consultar os órgãos ambientais competentes sobre a autorização


ambiental: alguns Estados exigem que os Postos de Recebimento
de Embalagens Vazias, lavadas ou não (contaminadas), tenham o
licenciamento ambiental para serem implantados.

Adequar os postos de recebimento para o preparo das embalagens


e o trabalho dos operadores: dotar as unidades de recebimento de
equipamentos e instalações adequados para o manuseio das
embalagens lavadas ou não (contaminadas) e trabalho seguro dos
operadores (gôndolas para a separação e armazenamento dessas
embalagens por tipo de material, EPIs, vestiários, etc.).

Treinar a equipe de trabalho: o supervisor e os operadores deverão


ser treinados para as atividades de uso de equipamentos de
proteção individual, recebimento, inspeção, triagem e
armazenamento das embalagens. E deverão estar informados sobre
o destino final de cada tipo de embalagem.

Destino final de resíduos


A aplicação de um produto fitossanitário deve ser planejada de
modo a evitar desperdícios e sobras. Para isso, peça sempre ajuda
de um engenheiro-agrônomo para calcular a dose a ser aplicada em
função da área a ser tratada.
O que fazer com a sobra da calda no tanque do pulverizador?

Volume da calda deve ser calculado adequadamente, para evitar


grandes sobras no final de uma jornada de trabalho.

Pequeno volume de calda que sobrar no tanque do pulverizador


deve ser diluído em água e aplicado nas bordaduras da área tratada
ou nos carreadores.

Se o produto que estiver sendo aplicado for um herbicida o repasse


em áreas tratadas poderá causar fitotoxicidade e deve ser evitado.

Nunca jogue sobras ou restos de produtos em rios, lagos ou demais


coleções de água.

O que fazer com a sobra do produto


concentrado?
O produto concentrado deve ser mantido em sua embalagem
original.

Certifique-se de que a embalagem está fechada adequadamente.

Armazene a embalagem em local seguro.

Produto vencido ou impróprio para comercialização: Problemas


com produtos vencidos ou impróprios para a utilização normalmente
são causados por erros no manuseio.
Os produtos fitossanitários normalmente apresentam prazo de
validade de 2 a 3 anos, tempo suficiente para que sejam
comercializados e aplicados. A compra de quantidades
desnecessárias ou falha na rotação de estoque poderão fazer com
que expirem os prazos de validade.
As embalagens dos produtos fitossanitários são dimensionadas
para resistir com segurança às etapas de transporte e
armazenamento. Avarias nas informações de rótulo e bula ou danos
nas embalagens normalmente são causados pelo manuseio
impróprio durante o transporte e/ou armazenamento.
O que o revendedor deve fazer com o produto vencido ou
impróprio para comercialização?

O revendedor deve comunicar ao fabricante qualquer avaria ou


irregularidade que deixe o produto impróprio para a comercialização.

O produto deverá ser devolvido à fábrica para destinação adequada.

Os custos envolvidos na devolução do produto para o fabricante,


como o transporte, são de responsabilidade do revendedor ou
proprietário, podendo haver negociação entre as partes.

Essas informações não devem ser entendidas como o único


critério para o destino final de resíduos de produtos fitossanitários.
Consulte as disposições na legislação estadual e municipal.

Disponibilidade atual de Centrais de


Recebimento de Embalagens
Estado de São Paulo:
Guariba – Ituverava – Paraguaçu Paulista – Taquarivaí – Valinhos
(Posto)

Estado de Mato Grosso:


Campo Novo do Parecis – Lucas do Rio Verde – Primavera do
Leste – Sapezal – Sorriso – Rondonópolis

Mato Grosso do Sul:


Dourados – São Gabriel do Oeste

Rio Grande do Sul:


Passo Fundo

Minas Gerais:
Pouso Alegre
Espírito Santo:
Itarana

Paraná:
Renascença – São Mateus do Sul – Tuneiras do Oeste –
Colombo – Cornélio Procópio – Maringá – Cascavel – Ponta Grossa
– Morretes – Umuarama – Prudentópolis – Palotina – Sta. Terezinha
do Itaipu – Cambé

Breve comentário
Trata-se de uma propriedade onde são plantados
aproximadamente 2.000 ha de arroz.
De acordo com o responsável técnico da empresa, a maior parte
dos herbicidas utilizados na lavoura são embalagens hidrossolúveis
e, portanto, não há sobra, mas mesmo assim foi estimada a geração
de aproximadamente 50 embalagens metálicas por safra.
Ainda de acordo com as pessoas contatadas, há 10 anos é
utilizado o mesmo sistema de destinação final de embalagens, ou
seja, é aberta uma vala de aproximadamente um metro de
profundidade, onde elas são lançadas, queimadas e cobertas com
terra.
Nas proximidades, em um raio de aproximadamente 50 metros,
há moradia dos empregados, os quais se abastecem de água obtida
em poços artesianos.
A empresa não tem licença ambiental para fazer a disposição de
resíduos e embalagens na forma como vinha fazendo.

Variáveis economicamente quantificáveis


Exemplos:
Trata-se de uma propriedade que planta aproximadamente 2.000
ha de soja, sendo a maioria dos herbicidas e fungicidas usados no
combate a pragas e moléstias, resultam numa grande sobra de
embalagens.
É aberto um valo de 1,2 metro de profundidade, onde as
embalagens são depositadas, prática esta feita há
aproximadamente, dez anos.
Há poucos metros desse local existem residências de
empregados que utilizam água de poços artesianos para o consumo
de suas famílias.
Essa empresa não dispõe de licença de órgãos oficiais para
depósito de eliminação de embalagens e resíduos.
A empresa para realizar o trabalho com correção deveria ter
gasto R$ 450,00 (q1) e demais taxas de licenciamento e
posteriormente mais nove renovações das licenças, o que equivale
a 9x R$ 200,00 = R$ 18.000,00.
Consideramos também que não houve elaboração de projeto
técnico, que custaria R$ 1.600,00.
Não foram considerados gastos pelo Estado, como diária, horas
técnicas, estada e combustíveis.

Assim, ∑3 n=1 qn = R$ 3.400,00.


Ainda poderiam ser computados os valores gastos pelo Estado
com vistoria/perícia, diárias, combustível e hora-técnico.
Variáveis economicamente intangíveis
Impacto ambiental
Curto prazo* Médio e
longo
prazos**
risco
Ambiente in Sem Baixo Médio Alto 4
0 1 2 3
Físico Ar i1 1
Água i2 4
Solo/sedimento i3 4
Biótico Bactérias e cianobactérias i4 1
Reino
Monera
Reino Protozoários (ameba, paramécio) i5 1
Protista
Fungos Cogumelos i6 0
Reino Invertebrados (planárias, minhocas, i7 1
Animal lesmas, caramujos, insetos, aranhas,
ácaros)
Vertebrados (peixes, anfíbios, répteis, i8 1
aves, mamíferos)
Plantas Vegetais superiores i9 1
Vegetais intermediários i10 1
Vegetais inferiores i11 1
Ambiente Social i12 0
Antrópico
Paisagístico i13 4
Perdas econômicas intangíveis i14 0
Bem-estar i15 0
Total 8 3

* Duração de dias
** Duração de meses a anos

Assim, ∑15 n=1 in = 11

VERD = ∑a n=1 qn x ∑a n=1


in = ∑3 n=1 qn x ∑15 n=1 in
= R$ 3.400,00 x 11
VERD = R$ 37.400,00.
VERD = valor econômico de referência do dano ambiental.

Esse valor deve ser aplicado para cada ponto da propriedade em


que haja o descarte irregular das embalagens.
3.3. Perito do juízo e assistentes técnicos
O perito do juízo é indicado pelo Magistrado, sendo que os
Assistentes Técnico pelas partes, autor e réu.
O pagamento do perito oficial é feito por solicitação ao juízo e
submetido às partes, sendo que, aceito o pagamento, é feito um
depósito judicial pelo autor, que posteriormente é liberado com a
autorização do magistrado (alvará) e fixado um prazo para entrega
do laudo pericial.
Com relação aos assistentes técnicos, cada um acerta seus
honorários com as partes, autor e réu.
3.4. Código de Processo Civil
Seção X
Da Prova Pericial

Art. 464 – A prova pericial consiste em exame, vistoria ou


avaliação.
Parágrafo único – O juiz indeferirá a perícia quando:
I – a prova do fato não depender do conhecimento especial
de técnico;
II – for desnecessária em vista de outras provas produzidas;
III – a verificação for impraticável.

Art. 465 – O juiz nomeará o perito especializado no objeto da


perícia e fixará de imediato o prazo para entrega do laudo.
Parágrafo primeiro: Incumbe às partes, dentro de 15 dias,
contados da intimação do despacho de nomeação do perito:
I – arguir o impedimento ou suspensão do perito, se for o
caso;
II – indicar assistente técnico;
III – apresentar quesitos.
Parágrafo segundo: Ciente da nomeação, o perito apresentará,
em cinco dias:
I – proposta de honorários.
II – currículo, com comprovação de especialização;
III – contatos profissionais, em especial o endereço
eletrônico para onde serão dirigidas as intimações pessoais.
Parágrafo terceiro: As partes serão intimadas da proposta de
honorários para, querendo, manifestar-se no prazo comum de
cinco dias, após o juiz arbitrará o valor, intimando-se as partes
para os fins do artigo 95.
Parágrafo quarto: O juiz poderá autorizar o pagamento de até
50% dos honorários arbitrados a favor do perito no início dos
trabalhos, devendo o remanescente ser pago apenas ao final,
depois de entregue o laudo e prestados todos os
esclarecimentos necessários.
Parágrafo quinto: Quando a perícia for inconclusiva ou
deficiente, o juiz poderá reduzir a remuneração inicialmente
arbitrada para o trabalho.
Parágrafo sexto: Quando tiver que realizar-se por carta, poder-
se-á proceder à nomeação de perito e à indicação de
assistentes técnicos no juízo ao qual se requisita a perícia.

Artigo 466 – O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que


lhe foi cometido, independentemente de termo de compromisso.
Parágrafo primeiro: Os assistentes técnicos são de confiança
da parte, não sujeitos a impedimento ou suspeição.
Parágrafo segundo: O perito deve assegurar aos assistentes
das partes o acesso e o acompanhamento das diligências e
dos exames que realizar, com prévia comunicação,
comprovada nos autos, com antecedência mínima de cinco
dias.

Artigo 467 – O perito pode escusar-se ou ser recusado por


impedimento ou suspeição.
Parágrafo único: O juiz, ao aceitar a escusa ou julgar
procedente a impugnação, nomeará novo perito.

Artigo 468 – O perito pode ser substituído quando:


I – carecer de conhecimento técnico ou científico;
II – sem motivo legítimo, deixa de cumprir o encargo no
prazo que lhe foi assinado.
Parágrafo primeiro: No caso previsto no inciso II, o juiz
comunicará a ocorrência à corporação profissional respectiva,
podendo, ainda, impor multa ao perito, fixada tendo em vista o
valor da causa e o possível prejuízo decorrente do atraso no
processo.
Parágrafo segundo: O perito substituído restituirá, no prazo de
15 dias, os valores recebidos pelo trabalho não realizado, sob
pena de ficar impedido de atuar como perito judicial pelo prazo
de cinco anos.
Parágrafo terceiro: Não ocorrendo restituição voluntária de que
trata o parágrafo II, a parte que tiver realizado o adiantamento
dos honorários poderá promover execução quanto ao perito, na
forma do art. 513 e seguintes deste código com fundamento na
decisão que determinar a devolução do numerário.

Artigo 469 – As partes poderão apresentar quesitos


suplementares durante a diligência, que poderão ser respondidos
pelo perito previamente ou na audiência de instrução e julgamento.
Parágrafo único: o escrivão dará à parte contrária ciência da
juntada dos quesitos aos autos.

Artigo 470 – Incumbe ao juiz:


I – indeferir quesitos impertinentes;
II – formular os que entender necessários ao esclarecimento
da causa.

Artigo 471 – As partes podem de comum acordo escolher o


perito, indicando-o mediante requerimento, desde que:
I – sejam plenamente capazes;
II – a causa possa ser resolvida por autocomposição;
Parágrafo primeiro: as partes, ao escolherem o perito, já devem
indicar os respectivos assistentes técnicos para acompanhar a
realização da perícia, que realizará em data e local
previamente anunciados.
Parágrafo segundo: o perito e os assistentes técnicos devem
entregar, respectivamente, o laudo e pareceres em prazo
fixado pelo juiz.
Parágrafo terceiro: A perícia consensual substitui, para todos
os efeitos, o que seria realizado por perito nomeado pelo juiz.

Artigo 473 – O laudo pericial deverá conter:


I – a exposição e o objeto da perícia;
II – análise técnica ou científica realizada pelo perito;
III – a indicação do método utilizado, esclarecendo e
demonstrando ser predominantemente aceito pelos
especialistas da área de conhecimento do qual se originou;
IV – resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados
pelo juiz, pelas partes e pelo órgão do Ministério Público.
Parágrafo primeiro: no laudo, o perito deve apresentar sua
fundamentação em linguagem simples e com coerência lógica,
indicando como alcançou suas conclusões.
Parágrafo segundo: é vedado ao perito ultrapassar os limites
de sua designação, bem como emitir opiniões pessoais que
excedam o exame técnico ou científico do objeto da perícia.
Parágrafo terceiro: para o desempenho de sua função o perito
e os assistentes técnicos podem valer-se de todos os meios
necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações,
solicitando documentos em poder das partes, de terceiros, ou
em repartições públicas, bem como instruir o laudo com
planilhas, mapas, plantas, desenhos, fotografias ou outros
elementos necessários ao esclarecimento do objeto da perícia.

Artigo 474 – As partes terão ciência da data e do local


designados pelo juiz ou indicados pelo perito para ter início a
produção da prova.

Artigo 475 – Tratando-se de perícia complexa, que abranja mais


de uma área de conhecimento especializado, o juiz poderá nomear
mais de um perito e a parte indicar mais de um assistente técnico.

Artigo 476 – Se o perito, por motivo justificado, não puder


apresentar o laudo dentro do prazo, o juiz poderá conceder-lhe, por
uma vez, prorrogação pela metade do prazo originalmente fixado.

Artigo 477 – O perito protocolará o laudo em juízo, no prazo


fixado pelo juiz, pelo menos 20 dias antes da audiência de instrução
e julgamento.
Parágrafo primeiro: As partes serão intimadas para, querendo,
manifestar-se sobre o laudo do perito do juízo no prazo comum
de 15 dias, podendo o assistente técnico de cada uma das
partes, em igual prazo, apresentar seu respectivo parecer.
Parágrafo segundo: o perito do juízo tem o dever de, no prazo
de 15 dias, esclarecer:
I – sob qual exista divergência ou dúvida de qualquer das
partes, do juiz ou do órgão do Ministério Público;
II – divergente apresentado no parecer do assistente técnico
da parte;
Parágrafo terceiro: se ainda houver necessidade de
esclarecimento, a parte requererá ao juiz que mande intimar o
perito, o assistente técnico, a comparecer à audiência de
instrução e julgamento, formulando, desde logo, as perguntas,
sob forma de quesitos.
Parágrafo quarto: o perito ou o assistente técnico será intimado
por meio eletrônico, com pelo menos 10 dias de antecedência
da audiência.

Artigo 478 – Quando o exame tiver por objeto a autenticidade ou


a falsidade de documento, ou for de natureza médico-geral, o perito
será escolhido, de preferência, entre os técnicos dos
estabelecimentos oficiais especializados, a cujos diretores o juiz
autorizará a remessa dos autos, bem como do material sujeito a
exame.

Artigo 479 – O juiz apreciará a prova pericial de acordo com o


disposto no artigo 371, indicando na sentença os motivos que o
levaram a considerar ou deixar de considerar as conclusões do
laudo, levando em conta o método utilizado pelo perito.
Artigo 480 – O juiz determinará, de ofício com requerimento da
parte, a realização da prova pericial quando a matéria não estiver
suficientemente esclarecida.
Parágrafo primeiro: a segunda perícia tem por objeto os
mesmos fatos sobre os quais recaiu a primeira e destina-se a
corrigir eventual omissão ou inexatidão do resultado a que esta
o conduziu.
Parágrafo segundo: a segunda perícia rege-se pelas
disposições estabelecidas para a primeira.
Parágrafo terceiro: a segunda perícia não substitui a primeira,
cabendo ao juiz apreciar o valor de uma e de outra.

Artigo 481 – O juiz, de ofício, ou a requerimento da parte, pode,


em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fim
de esclarecer sobre fato que interesse à decisão.
Artigo 482 – Ao realizar inspeção, o juiz poderá ser assistido por
um ou mais peritos se:
I – julgar necessário para melhor verificação ou interpretação
dos fatos que deva observar;
II – a coisa não pode ser apresentada em juízo sem
consideráveis despesas ou graves dificuldades;
III – determinar a reconstituição dos fatos.
Parágrafo único: as partes têm sempre direito a assistir a
inspeção, prestando esclarecimentos e fazendo observações
que considerem de interesse para a causa.

Artigo 484 – Concluída a diligência, o juiz mandará lavrar auto


circunstanciado, mencionando nele tudo que for útil ao julgamento
da causa.
Parágrafo único: o auto poderá ser instruído por desenho,
gráfico ou fotografia.
4 Sugestão: os revendedores podem formar parcerias entre si ou com outras
entidades para a implantação e o gerenciamento de Postos de Recebimento de
Embalagens.
4.
Orientações práticas para a
realização de perícias
4.1. Órgãos oficiais para obtenção de dados e
pesquisa para realização de perícias
– Secretaria da Agricultura – Av. Getúlio Vargas, 1234 – Fone:
3288-6200.
– Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul –
Av. Borges de Medeiros, 261 – Fone: 3288-8100.
IBAMA – Rua Miguel Teixeira, 126 – Fone: 3227-7614.
IRGA – Instituto Rio-Grandense do Arroz – Av. Missões, 432 –
Estação Experimental do Arroz – Cachoeirinha, RS.
UFRGS – Av. Paulo Gama – Campus.
FARSUL – Praça Prof. Saint Pastous, 125 – Fone: 3214-4400.
SENGE – Av. Érico Veríssimo, 960 – Fone: 3230-1600.
a) Clima Temperado: Pelotas.
b) Pecuária Sul: Bagé.
c) Trigo: Passo Fundo.
d) Uva e vinho: Bento Gonçalves.
e) FEPAM – Fundação Estadual de Proteção Ambiental – Av.
Borges de Medeiros, 261 – Fone: 3288-9400.
4.2. Cadastro de perito para atuar no Poder
Judiciário
Judiciário – Palácio da Justiça – Praça Marechal Teodoro, 55 –
Fone: 3210-7000.
4.3. Cadastramento no Tribunal de Justiça
Poder Judiciário
Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul
Cadastro de especialistas
Nome:
Tipo de Perito/Profissão: Engenheiro-Agrônomo
especialistas:
Endereço: Rua/Av. Duque de Caxias
N.º Complemento:
Bairro: Centro, Cidade: Porto Alegre
Telefone: Residencial
DDD: 51 Complemento:
Comercial:
DDD: 51 Complemento:
Celular:
DDD: 51
e-mail:
Nacionalidade: Brasileira
Formação: Grau: Superior
Nome do Curso: Engenheiro-Agrônomo
Instituição de Ensino: UFRGS
Área de Recursos Naturais, Avaliações, Florestamento, Meio Ambiente,
interesse: Topografia.
Atuar nas Agudo; Alegrete; Antônio Prado; Arroio do Tigre; Arroio Grande;
comarcas: Arvorezinha; Augusto Pestana; Bagé; Barra do Ribeiro;
Bento Gonçalves; Bom Jesus; Butiá; Caçapava do Sul; Cacequi;
Cachoeira do Sul; Cachoeirinha; Camaquã; Campina das Missões;
Campo Bom; Campo Novo; Candelária; Canela; Canguçu; Canoas;
Capão da Canoa; Carazinho; Carlos Barbosa; Casca; Catuípe; Caxias
do Sul; Cerro Largo; Charqueadas; Constantina; Coronel Bicaco;
Crissiumal; Cruz Alta, Dois Irmãos; Dom Pedrito; Eldorado do Sul;
Encantado; Encruzilhada do Sul; Erechim; Espumoso; Estância Velha;
Esteio; Farroupilha; Faxinal do Soturno; Feliz; Flores da Cunha;
Frederico Westphalen; Garibaldi; Gaurama; General Câmara; Getúlio
Vargas; Gravataí; Guaíba; Guaporé; Guarani das Missões; Herval;
Horizontina; Ibirubá; Igrejinha; Ijuí; Itaqui; Ivoti; Jaguarão; Jaguari; Júlio
de Castilhos; Lagoa Vermelha; Lajeado; Lavras do Sul; Marau;
Marcelino Ramos; Montenegro; Mostardas; Não-Me-Toque; Nonoai;
Nova Petrópolis; Nova Prata; Novo Hamburgo; Osório (Vara integrada
Terra de Areia); Palmares do Sul; Palmeira das Missões; Panambi;
Parobé; Passo Fundo; Pedro Osório; Pelotas; Pinheiro Machado;
Piratini; Planalto; Portão; Porto Alegre; Porto Xavier; Quaraí; Restinga
Seca; Rio Grande; Rio Pardo; Rodeio Bonito; Ronda Alta; Rosário do
Sul; Salto do Jacuí; Sananduva; Santa Bárbara do Sul; Santa Cruz do
Sul; Santa Maria; Santa Rosa; Santa Vitória do Palmar; Santana do
Livramento; Santiago; Santo Ângelo; Santo Antônio da Patrulha; Santo
Antônio das Missões; Santo Augusto; Santo Cristo; São Borja; São
Francisco de Assis; São Francisco de Paula; São Gabriel; São
Jerônimo; São José do Norte; São José do Ouro; São Leopoldo; São
Lourenço do Sul; São Luiz Gonzaga; São Marcos; São Pedro do Sul;
São Sebastião do Caí; São Sepé; São Valentim; São Vicente do Sul;
Sapiranga; Sapucaia do Sul; Seberi; Sobradinho; Soledade; Tapejara;
Tapes; Taquara; Taquari; Tenente Portela; Torres; Tramandaí; Três
Corroas; Três de Maio; Três Passos; Tucunduva; Tupanciretã;
Uruguaiana; Vacaria; Venâncio Aires; Vera Cruz; Veranópolis; Viamão.
RG:: UF: RS
CPF:
PIS/PASEP ou
Inscrição no
INSS:
N.º da conta-
corrente junto
ao Banrisul:
Agência:
( ) Endereço Telefone: ( ) Residencial: ( ) Comercial ( ) Celular: ( )
( ) E-mail
4.4. Cobrança de perícias: valor da causa, tempo
consumido e complexidade
4.4.1. Exemplo de petição de honorários
Exmo. Sr(a). Dr(a). Juiz(a) de Direito da Vara Judicial da Comarca
de Taquara, RS
Perito nomeado por Vossa Excelência no Processo n.º
070/1.11.0001269-1, cujo autor é a Rio Grande Energia S.A. SRGE
e a Ré a Sra. Aline Martins Alvares, solicita licença para expor o que
segue:

Sente-se honrado com a nomeação e agradece a confiança.

Trata-se de uma perícia que envolve vários ramos da Engenharia


Agronômica.

Necessitando ir in loco várias vezes, a fim de apresentar ao juízo um


laudo com precisão rigorosa e com exação total.

Torna-se necessário efetuar pesquisa em órgãos oficiais, como


IBAMA, INCRA, SECRETARIA DA AGRICULTURA E
ABASTECIMENTO E EMATER.

Horas técnicas de campo


Estima-se para essas atividades 12 horas técnicas (perito e
auxiliares).

Horas técnicas de escritório e demais


procedimentos extracampo:
Engloba buscas, pesquisas, estudos bibliográficos e documentos,
deslocamentos, processamento de informações obtidas no campo,
relatórios que viabilizarão responder os quesitos formulados.
Estima-se, para essas atividades, um total de mais de 20 horas
técnicas da equipe pericial.
Os trabalhos periciais são avaliados em correlação às horas
técnicas despendidas de conformidade com a Anexa de honorários
profissionais do IBAPE (Instituto de Perícias e Engenharia de
Avaliação do Rio Grande do Sul), órgão de classe do perito, sempre
se adequando às realidades do mercado.

Considerando, pois: a natureza da perícia; os interesses em


discussão; a precisão, o rigor, a complexidade e a extensão dos
trabalhos periciais; a necessidade de se adequar às realidades
econômicas do mercado.

REQUER, com o mais absoluto respeito e consideração:

Vossa Excelência se digne a conceder o prazo de 40 dias para a


apresentação do laudo pericial.

Que Vossa Excelência haja por bem acatar seus honorários periciais
provisórios referentes aos quesitos até o momento presente em
cinco cubis.

Observação: CUB/RS-VERSÃO/2006-Cal. 8-A Da tabela


SINDUSCON-RS.

Que Vossa Excelência entenda e aqueça que a honorária provisória


acima requerida diz respeito aos quesitos apresentados até o
momento presente e não contempla quesitos
complementares/suplementares, os quais, sendo ofertados por
quaisquer operadores de Direito, demandarão
suplementação/complementação honorária.

Que Vossa Excelência haja por bem determinar, a quem de direito, o


depósito da totalidade dos honorários supracitados e condescenda
em autorizar o alvará de 50% desses valores antecipadamente, a
fim de viabilizar a implementação da presente perícia.
Que Vossa Excelência consinta autorizar o alvará dos restantes
50%.

Nestes termos
pede deferimento.

Porto Alegre, 26 de agosto de 2014.

Engenheiro
Perito do Juízo
4.5. Pedido de escusas
Exmo. Sr. Doutor Juiz de Direito da Vara da Comarca...
Por compromissos assumidos e em face de dimensão da perícia,
solicito “escusas”, conforme o artigo 146 caput e parágrafo único, do
Código de Processo Civil.

Engenheiro fulano de tal


CREA/RS Perito do Juízo
4.6. Tabelas de honorários periciais
Tabela de honorários periciais, de exames técnicos e de
emolumentos de traduções e versões – TRIBUNAL DE JUSTIÇA
DO RIO GRANDE DO SUL.

SIDUSCON – Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio


Grande do Sul – Rua Augusto Meyer, 146 – Telefone: 3342-0035.

IBAPE – Rua Whashington Luiz, 552/501 – Telefone: 3226-5844.

IGEL – Instituto Gaúcho de Engenharia Legal e Avaliações. Rua


Otávio Rocha, 22, 8.º andar – Telefone: 3224-0070.

Tabela de honorários periciais, de exames técnicos e de


emolumentos de traduções e versões – Tribunal de Justiça do Rio
Grande do Sul
Natureza da ação e/ou espécie de perícia a ser Valor
Especialidades
realizada máximo
1. Ciências 1.1. Demanda proposta por servidor(es) contra o R$ 200,00
Contábeis Estado/Município
1.2. Revisional envolvendo negócios jurídicos bancários R$ 350,00
até 4 contratos
1.3. Revisional envolvendo negócios jurídicos bancários R$ 600,00
acima de 4 contratos
1.4. Dissolução e liquidação de sociedades civis e
mercantis
2. Engenharia 2.1. Avaliação de valor comercial de imóvel urbano R$ 200,00
2.2. Avaliação de valor comercial de imóvel rural. R$ 400,00
2.3. Avaliação de estrutura de imóvel R$ 350,00
2.4. Avaliação de bens fungíveis de imóvel rural R$ 600,00
2.5. Demarcatória sem georreferenciamento R$ 800,00
2.6. Demarcatória com georreferenciamento R$
1.200,00
2.7. Perícia de insalubridade e/ou segurança do trabalho R$ 350,00
2.8. Outras R$ 350,00
3. Medicina 3.1. Interdição R$ 350,00
3.2. Danos físicos e estéticos R$ 350,00
3.3. Outros R$ 350,00
4. Psicologia R$ 350,00
5. Serviço 5.1. Estudo social R$ 250,00
Social
IBAPE-RS
INSTITUTO DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE
ENGEHARIA DO RIO GRANDE DO SUL (filiado ao
IBAPE – Entidade Federativa Nacional)
Tabela de honorários profissionais n.º 02/2011
(A presente tabela substitui as tabelas anteriores)

A tabela de honorários do IBAPE-RS foi revisa e aprovada em


reunião de Diretoria executiva do IBAPE/RS em 12/07/2011,
estabelecendo parâmetros para fixação de honorários profissionais
de perícias e avaliações de bens e outras atividades afins e
correlatas, prerrogativas exclusivas dos profissionais de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia.
Engenharia de Avaliações: Os valores dos honorários
profissionais envolvendo trabalhos de avaliações de imóveis,
máquinas e equipamentos, móveis e utensílios, arbitramento de
aluguel, determinação de valores intangíveis, deverão obedecer aos
PERCENTUAIS indicados sobre o valor dos bens avaliandos. Os
graus de fundamentação e precisão são aqueles previstos pela
Norma Brasileira NB 14653-1. Procedimentos Gerais e Suas Partes
Específica: 2 – Imóveis Urbanos, 3 – Imóveis Rurais, 4 –
Empreendimentos, 5 – Máquinas e Equipamentos, 6 – Recursos
Ambientais e 7 – Patrimônio Histórico da ABNT – Associação
Brasileira de Normas Técnica.
Engenharia Diagnóstica: Nos trabalhos de perícias judiciais ou
extrajudiciais, vistorias, inspeções prediais, auditorias, consultoria,
pareceres, orçamentos ou outros serviços de engenharia que não
envolvem avaliações de bens, os recomenda-se que honorários
profissionais sejam calculados em HORAS TÉCNICAS, em função
do tempo despendido pelo profissional. Deverão também ser
considerados à parte os custos com deslocamentos, hospedagem e
todas as diligências secundárias à elaboração do trabalho.

Serviços Honorários
Consulta técnica por unidade de 0,30 a 0,50 CUB-RS

Certificado de valor por unidade de 0,50 a 1,00 CUB-RS

Laudo de uso restrito – Simplificado de 0,30 a 0,50 CUB-RS

Laudo de avaliação – Grau 1 de 0,25% a 0,99% do valor avaliado

Laudo de avaliação – Grau 2 de 0,51% a 0,99% do valor avaliado

Laudo de avaliação – Grau 3 de 1,00% a 5,00% do valor avaliado

Consulta: Procedimento avaliatório estimativo, em que o valor é


fornecido verbalmente ao solicitante.
Certificado de valor: Modalidade de avaliação de grau I, em que o
imóvel é vistoriado e o valor é fornecido ao solicitante através de um
documento escrito, com a identificação do imóvel, mas em qualquer
detalhamento quanto às suas características.

De avaliação: enquadrar como laudo de avaliação grau III.


Demais casos: enquadrar em horas técnicas de consultoria ou na
tabela do SENGE-RS – Sindicato dos Engenheiros do Estado do
Rio Grande do Sul.

D : Honorários de 10% do valor avaliado.

Valor locativo Honorários (% do valor locativo)


Imóvel residencial Imóvel comercial
Até 10 CUBs 80% 100%
De 10 CUBs a 15 CUBs 75% 95%
De 15 CUBs a 25 CUBs 70% 90%
De 25 CUBs a 30 CUBs 65% 85%
De 30 CUBs a 45 CUBs 60% 80%
De 45 CUBs a 50 CUBs 55% 75%
Acima de 50,0 CUBs 50% 70%
Honorários mínimos 1,0 CUB-RS 2,0 CUBs-RS

A : Máquinas e equipamentos: Grau I: 2,5% do


valor avaliado; Grau II: de 2,6% a 5,0%; e Grau III: 5,1% a 10,0%; e
móveis e utensílios: 10,0% do valor avaliado.

A :
Honorários de 5,0% a 10,0% do valor avaliado.

I : Nível I: Hora técnica de 0,15 CUBs/hora; Nível


II: Hora técnica de 0,20 centavos CUBs/hora e Nível III: Hora técnica
de 0,25 CUBs/hora.

C : Valor da hora técnica de 0,20 CUB-RS/hora a 0,25


CUB-RS/hora.

V : Procedimento de visita no cliente ou de vistoria


preliminar sem emissão de laudo ou parecer, honorários de 0,30
CUB-RS para as horas seguintes, dentro do Município domicílio do
profissional; para fora do Município até 100 km acrescer diária de
0,50 CUB-RS. Demais casos, acrescer diária de 1,0 CUB-RS mais
as horas técnicas.

0
Q : Fração de 1/1000 do CUB por km, mais o
combustível.

Notas explicativas
Imóveis assemelhados: avaliação, perícia e consultoria de uma
quantidade “n” de imóveis assemelhados, para “n” até 10 unidades
aplica-se o redutor (n-1), multiplica-se o valor de 1,0 CUB/RS*
(redutor), limitado ao valor mínimo de 2,0 CUB/RS. Para 10 a 20
unidades, substitui-se o redutor por (n-3) e acima de 20 unidades
por (n-4).
Valor do cub/RS: para aplicação desta tabela recomendamos o
valor do CUB/RS para a classificação do projeto padrão R 3-N
(Residencial Multifamiliar Padrão Normal) publicado mensalmente
pelo SINDUSCON-RS.
Observação: De acordo com a Resolução 456/01 do CONFEA,
6,8% do valor pago da ART é repassado para as entidades de
classe; na sua próxima ART preencha o campo Entidade de Classe
com o código n.º 117 da IBAPE/RS e ajude a manter a nossa
entidade forte.

TABELA BÁSICA DE HONORÁRIOS


Profissionais de perícias e avaliações – IGEL
De acordo com a Lei Federal n.º 5.194/66, artigo 34, alínea “r”, bem
como os preceitos da NBR-14.653 da ABNT – Associação Brasileira
de Normas Técnicas, o Conselho Deliberativo do Instituto Gaúcho
de Engenharia Legal, e Avaliações (IGEL) aprova a tabela básica de
honorários profissionais para serviços de perícias e avaliações e
estabelece os parâmetros para sua fixação nos trabalhos que
envolvam avaliação e perícias de imóveis, avaliação de máquinas e
equipamentos, obedecendo aos percentuais abaixo.

Tipologia Incidente sobre o valor do mercado


Parecer técnico 0,3% x V*
Laudo simplificado 0,5% x V*
Laudo completo e perícias judiciais 1,0% X v*
Laudo de máquinas e equipamentos 1,5% x V*
Laudo de móveis e utensílios 10,0%
Até 1 (um) CUB** – 1,0 CUB**
1 (um) a 50 (cinquenta) CUB**
Laudos de Locativos 1 (um) valor locativo
Acima de 50 (cinquenta) CUB**
+ 20% locativo
Hora técnica*** 10% a 20% CUB**/hora
Honorários mínimos (em qualquer caso) 50% CUB**
Observações importantes
*V = Valor de mercado da avaliação
** CUB = Custo Unitário Básico para residencial unifamiliar
normal (R-1N), conforme NBR 12.721 – versão 2006, publicado pelo
SINDUSCON-RS.
*** Hora técnica: O valor da hora técnica considera a
complexidade da matéria envolvida e a qualificação do profissional
que irá realizá-la.
Os valores da presente tabela não incluem as despesas de
transporte, estadas e custas necessárias para a realização dos
trabalhos.

Atualizada em 09/09/2008.
Referências bibliográficas
ARANTES, Carlos Augusto; SALDANHA, Marcelo Suarez. Avaliações de
imóveis. Norma NBR 14.653-3, ABNT, Comentada, São Paulo, 2009.
BACCI, Denise de La Corte; LANDIM, Paulo M. Barbosa; ESTON, Sérgio Médici
de. Aspectos e impactos ambientais de pedreira em área urbana. Rem: Rev.
Esc. Minas, Ouro Preto, v. 59, n.º 1, 2006. Disponível em:
<http://www.scielo.com.br sielo.br. Acesso em: 29 nov 2006.
BARRETO, Maria Laura (2001). Mineração e desenvolvimento sustentável:
Desafios para o Brasil. CETEM/MCT, Rio de Janeiro, RJ.
BRASÍLIA-DF, IBAMA. O Estado dos Subsolos. Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, 2006. Disponível em:
www.2.ibama.gov.br. Acesso em: 30 nov. 2006.
CARDOSO, Artur Renato Albeche. A degradação ambiental e seus valores
econômicos associados. Porto Alegre, 2003.
CRPM. Perspectivas do meio ambiente do Brasil: Uso do Subsolo. MME –
Ministério de Minas e Energia, 2002. Disponível em: www.crpm.gov.br. Acesso
em: 30 nov. 2006.
GOULART, Michael D.C. Licenciamento ambiental e impactos ambientais de
atividades de mineração. FEAM – Fundação Estadual do Meio Ambiente. AM.
ITP. Curso de geologia de engenharia aplicada a problemas ambientais. São
Paulo, 1992, v. 3, 291p.
MMA – Ministério do Meio Ambiente. Diretrizes ambientais para o setor
Mineral. 1997.
HTTP://WWW.URBANISMO.MPPR.MP.BR/MODULES/CONTEUDO/CONTEUDO.
PHP?CONTEUDO=11
https://www.igelrs.com/honorarios
http://ibape-rs.org.br/wp-content/uploads/2017/01/tabela_honorarios.pdf
http://www.sinduscon-rs.com.br/wp-content/uploads/2017/10/Pre%C3%A7o-e-
Custos-da-Constru%C3%A7%C3%A3o-1-DEZEMBRO-2017.pdf
http://www.agrobyte.com.br/embalagens.htm
https://www.infoescola.com/ecologia/queimadas/
http://www.economiabr.net/economia/3_saneamento_basico.html
Anexos
Estado do Rio Grande do Sul
Secretaria da Agricultura
Supervisão Agro florestal

Ofício n.º 69/79 UFR Porto Alegre, 10 de setembro de 1979.

Ilustríssimo Senhor
Dr. Francisco de Assis Marimon
M.D. Supervisor Agro Florestal
Nesta Supervisão
AIB/dca

Proposição do Engenheiro-Agrônomo Arrenius Igor Bettiol, que elegeu a erva-


mate, Ilex paraguariensis como árvore símbolo do Rio Grande do Sul.

Senhor Supervisor:

Tencionando atender a sua solicitação no sentido de apresentar sugestões


para apontar uma árvore simbólica para o Estado do Rio Grande do Sul, venho
sugerir o seguinte:
Considerando que o pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia) (Bertol. O.
ktze.), foi escolhida como árvore simbólica do Paraná;
Considerando que a imbuia (Ocotea porosa) (Ness L. Barroso) foi escolhida
como árvore simbólica do Estado de Santa Catarina;
Considerando que o pinheiro-do-paraná, a Imbuia e a erva-mate (Ilex
paraguariensis) (St. Hilaire), são as árvores mais características e mais
importantes do planalto meridional do sul do Brasil;
Considerando que em grandes áreas deste Planalto as três supramacionadas
árvores foram agrupamentos ou mesmo associações vegetais muito densas e
características, a tal ponto que figuram em todos os tratados de Geografia como
representando as árvores mais características e fitofisionomicamente mais
expressivas de toda a região da Formação da Araucária;
Considerando que a erva-mate (Ilex paraguariensis) (St. Hilaire) é muito
frequente e mesmo abundante, sobretudo em toda a área setentrional do Estado
do Rio Grande do Sul;
Considerando ainda que o núcleo populacional da região do Sul do Brasil
constitui um todo bastante homogêneo, ligado por traços históricos, étnicos e
filosóficos, assim como as três árvores supramencionadas formam um todo
fitossociológico;
Considerando, finalmente, que o produto da árvore da erva-mate, além e
constituir a bebida mais difundida e tradicional do Estado do Rio Grande do Sul,
representa um dos fatores econômicos de vegetação primitiva mais expressivos,
bem como constituir uma das expressões folclóricas mais interessantes do
gaúcho;

Sugerimos:
Que para o Estado do Rio Grande do Sul, nada mais justo e significativo do
que apontar a árvore da erva-mate (Ilex paraguariensis) (St. Hilaire) como árvore
simbólica do Estado do Rio Grande do Sul, complementando assim
floristicamente a união que já existe entre os habitantes dos três Estados sulinos
do nosso país.
Certo de sua atenção, aproveito o ensejo para apresentar-lhe protestos de
consideração e apreço.
Eng.º Agr.º Arrenius Igor Bettiol
Lei n.º 7.439, de 8 de dezembro de 1880.
Institui a erva-mate, Ilex paraguariensis, como a Árvore Símbolo do Rio Grande
do Sul.

José Augusto Amaral de Souza, governador do Estado do Rio Grande do Sul.


Faço saber, em cumprimento ao disposto no artigo 66, item IV, da Constituição
do Estado, que a Assembleia Legislativa decretou e eu sanciono e promulgo a Lei
seguinte:

Art. 1.º – É consagrada como símbolo do Estado do Rio Grande do Sul a erva-
mate, Ilex paraguariensis.
Art. 2.º – Fica instituída a “Semana Estadual da Erva-Mate”, a ser
comemorada, anualmente, na segunda semana do mês de setembro.
Art. 3.º – As comemorações de caráter cívico-cultural e popular serão
organizadas pelas Secretarias de Estado da Agricultura, de Educação e de
Cultura, Desporto e Turismo, através de Comissão Especial designada,
anualmente, pelos respectivos titulares, para tal fim.
Art. 4.º – Revogam-se as disposições em contrário.
Art. 5.º – Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Palácio Piratini, em Porto Alegre, 8 de dezembro de 1980.

José Augusto Amaral de Souza


Governador do Estado

Celestino Goulart
Secretário de Estado da Justiça

Mauro Knijnik
Secretário de Estado da Fazenda

Alberto Hoffmann
Secretário de Estado do Interior, Desenvolvimento Regional e Obras Públicas

Baltazar de Bem e Canto


Secretário de Estado da Agricultura

Ricardo Leônidas Ribas


Secretário de Estado da Educação

João Oswaldo Leivas Job


Secretário de Estado da Segurança Pública
Olímpio Cavalcanti de Albuquerque Tabajara
Secretário de Estado da Administração

Germano Mostardeiro
Secretário de Estado da Saúde e do Meio Ambiente

Antônio Carlos Borba


Secretário de Estado da Indústria e Comércio

Firmino Girardello
Secretário de Estado dos Transportes

Justimiano de Araújo Trein


Secretário de Estado do Trabalho e Ação Social

Romero de Almeida Ramos


Secretário de Estado de Energia, Minas e Comunicação

Milton Beno Assmann


Secretário de Estado de Coordenação e Planejamento

Lauro Pereira Guimarães


Secretário de Estado da Cultura, Desporto e Turismo

Carlos Roberto Martins Brasil


Secretário de Estado Extraordinário

Você também pode gostar