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UNIVERSIDADE PÚNGUÈ

Faculdade de Geociências e Ambiente

Problemas Rurais e Urbanos

Licenciatura em Ensino de Geografia com Habilitações em História

Marcelina Zeca Fonseca

Chimoio
Abril, 2023
Marcelina Zeca Fonseca

Problemas Rurais e Urbanos

Trabalho a ser apresentado à Faculdade de


Geociências e Ambiente Universidade
Púnguè da Disciplina de Geografia de
População e Povoamento, de carácter
avaliativo pertencente ao curso de Geografia
com Habilitações em História.
Docente: dr. Euginol Chaves

Chimoio
Abril, 2023
Introdução
Problemas Rurais e Urbanos

Principais problemas Rurais


Fornece um breve panorama da situação actual e dos desafios futuros nas zonas rurais,
com destaque para:
Demografia e distribuição espacial da população
Os principais factores demográficos que determinam, directa e indirectamente, as
dinâmicas rurais e que merecem destaque pela sua importância e impacto para as
próximas décadas são: o crescimento populacional que acontecerá predominantemente
no espaço rural, o qual cobre mais de 95% dos 799.380 km2 do território nacional. As
zonas rurais abrigam actualmente cerca de 2/3 da população moçambicana, proporciona
80% das actividades económicas e emprego para a população economicamente activa e
produz entre 25 a 30% do valor acrescentado bruto, contabilizado oficialmente no
produto interno bruto (PIB) do país.
Urbanização e migração populacional
Presentemente, perto de 40% da população moçambicana vive nas zonas urbanas e
todas as indicações disponíveis são de que o processo de urbanização continue a um
ritmo acelerado. Com a urbanização surgem problemas quando esta concentra de forma
desequilibrada e desordenada, num pequeno número de zonas metropolitanas, sem
condições de absorção dos novos imigrantes, nem oportunidades de emprego, habitação,
saneamento entre outros. Outro aspecto preocupante tem a ver com o êxodo rural pois
faz com que haja “fuga” dos poucos profissionais e jovens com habilidades laborais que
muita falta fazem aos seus locais de origem. Isto não significa que a urbanização seja
um fenómeno predominantemente negativo. Ela deriva e origina efeitos principalmente
positivos, porque é determinada pelo progresso de diversificação de infra-estruturas,
melhoria das condições de vida e das oportunidades de trabalho bem como de recreação
e bem-estar social.
Estrutura etária da população e a economia rural.

A composição etária e sexual da população tem reflexo directo na força de trabalho. A


população feminina contribui com o maior efectivo de trabalhadores agro-pecuários
rurais (53% e 47% homens). No entanto, por razões sócio-culturais e desequilíbrios nas
relações de género, cerca de 80% das explorações agrícolas são chefiadas por homens.
Quanto à composição por idades, 1/3 das pessoas envolvidas em actividades agro-
pecuárias são crianças e jovens de idades entre os 10 e 19 anos seguindo-se o grupo de
20-29 anos com 23% e restantes grupos etários 18% de 30-39 anos; 13% de 40-49 anos;
8% de 50-59 anos e 7% com mais de 50 anos de idade.
A baixa produtividade agrícola no meio rural
A baixa produtividades agrícola nas áreas rurais reflecte a baixa eficácia e fraca
eficiência na utilização do potencial produtivo fundiário disponível no país. É em
reconhecimento desta situação que o governo através da EDR aponta soluções
(organizativas, tecnológicas, institucionais e culturais) para uma gestão
simultaneamente produtiva e sustentável, dos recursos naturais rurais, sobretudo dos
recursos agrários e agro-florestais.

O crescimento económico nacional e a dependência em relação à economia urbana


e à dependência externa
A agricultura é a base de sustento e trabalho da maioria da população rural. Um dos
grandes desafios, neste âmbito, será a criação de bases para a transformação agrária e a
integração da agricultura numa economia mais produtiva, competitiva e melhor
articulada com a economia da África Austral e a economia internacional. A
diversificação de opções disponíveis implica ter que lidar com um tipo de economia
agrária de carácter dualista. Tal dualidade tem duas facetas distintas, mas relacionadas
entre si. Uma das formas de dualidade, reside no facto de as actividades de
desenvolvimento agrário, se basearem simultaneamente no estímulo das necessidades
económicas dos grandes sectores comerciais, e, nas necessidades sociais dos pequenos
produtores de subsistência. Estas diferenças coexistem interagindo apenas
marginalmente, através de contactos limitados nos mercados de produtores e de mão-de-
obra. A outra faceta do dualismo está no comportamento perverso da mão-de-obra,
capital e mercado de produtos, na qual o sector industrial moderno, interage com as
sociedades tradicionais, ou seja, a coexistência de um sector de alta produtividade
voltado para as exportações, com um sector de baixa produtividade que produz para a
subsistência e limitadamente para o mercado doméstico.

O desenvolvimento humano, a pobreza humana e as desigualdades sociais e


regionais
O Índice de desenvolvimento humano (IDH) tem sido entendido a nível internacional,
como o alargamento das escolhas das pessoas, nomeadamente em termos de
longevidade ou esperança de vida, conhecimento e padrão de vida individual medido
pela renda per capita. O Índice de desenvolvimento humano em Moçambique, no geral,
tem registado lentamente uma progressiva melhoria. No entanto, existem algumas
diferenças entre províncias e entre zonas urbanas e rurais. O índice de pobreza humana
(IPH) é baseado no conceito de privações humanas. Seis províncias apresentam-se com
valores acima da média nacional, contra cinco com valores abaixo da média. Dados
disponíveis sobre a pobreza revelam existirem indicações de que outros aspectos da
pobreza humana nas áreas rurais estão a diminuir, mas de forma ainda bastante
diferenciada e irregular.

Principais problemas Urbanos


Outros desafios mais recentes, associados, sobretudo, à governação urbana, incluem as
alterações climáticas, a exclusão e o aumento da desigualdade social, o incremento da
concentração da pobreza, a insegurança e criminalidade e, ainda, o aumento da
migração internacional (UN-HABITAT, 2016:1).
Exclusão social, pobreza e desigualdade
A exclusão social pode ser interpretada à luz de uma rutura com a sociedade instigada
pela carência de recursos básicos que afeta, especialmente, populações fragilizadas, e
como consequência de mecanismos de estigmatização que afetam sobretudo as minorias
étnicas (Martins, 2014:40). Face à sua natureza multidimensional, o conceito
«ultrapassa a dimensão material da pobreza» (Ribeiro, 2014:19), tendo subjacente
outras dimensões, além da social. A exclusão surge sempre que há uma desarticulação
ao nível das relações sociais que se estabelecem entre o indivíduo e a sociedade,
agravando-se com a agudização das desigualdades «entre aqueles que efetivamente
mobilizam os seus recursos no sentido de uma participação social plena e aqueles que,
por falta desses mesmos recursos, se encontram incapacitados para o fazer» (Januário,
1999:64). Assim, todos aqueles que não adotam ou participam do conjunto de valores
ou universo simbólico de representações sociais dominantes, não integram a sociedade
ou vêem-se afastados e privados do pleno envolvimento nesta (Rodrigues et al.,
1999:65). Por conseguinte, a exclusão social implica, forçosamente, exclusão do sistema
social e, naturalmente, negação da participação na vida comunitária. A par da exclusão
social, intensifica-se o fenómeno de pobreza, tido como a dimensão mais visível da
exclusão social, que remete para uma situação de privação provocada pela carência de
recursos fundamentais para satisfazer as necessidades mínimas de um sujeito (Simões,
2010:10). Assim, a pobreza é uma forma de exclusão social, mas esta última não inclui
obrigatoriamente formas de pobreza, dado que a pobreza enfatiza o aspeto distributivo
do fenómeno e o conceito de exclusão social frisa as questões relacionais (Rodrigues et
al., 1999:66). À semelhança do que acontece com a exclusão social, que conserva uma
natureza cumulativa, também a pobreza se afigura persistentemente cíclica e duradoura,
evoluindo e reproduzindo-se por via de transmissão geracional (Simões, 2010:13). De
resto, a pobreza é, ela própria, um exemplo de desigualdade, na medida em que permite
a distinção entre «quem tenha mais do que precisa, e quem não tenha o mínimo
necessário» (Sabença, 2012:11). A análise em torno dos conceitos de pobreza urbana e
pobreza suburbana adquire, neste contexto, maior ênfase, já que, enquanto dimensões
do fenómeno em causa, traduzem formas de pobreza espacial que prejudicam,
especificamente, a população residente nos espaços urbanos. Quando considerados os
quatro domínios de ação da pobreza, como sejam as condições de habitação, de saúde,
educação e emprego (Simões, 2010:10), e no que alude, especificamente às áreas
urbanas, verifica-se uma evidente ameaça aos direitos e à própria condição de cidadania
devido à impossibilidade de satisfação de determinadas necessidades e inacessibilidade
a bens, serviços ou recursos, situações que, no limite, conduzem à diferenciação social.
A progressiva desigualdade social integra, também, a esfera das ameaças ao progresso
humano, já que nela radicam as principais causas dos desequilíbrios de poder, riqueza,
acesso a serviços e equipamentos básicos, condições ambientais e, ainda, rendimento
(PNUD, 2011:6). A desigualdade surge quando um determinado grupo se depara, de
forma recorrente, com situações de desfavorecimento, havendo, uma oposição entre
este, que não consegue alcançar uma total participação societal devido à falta de
recursos, e todos os que não estão impedidos de o fazer (Rodrigues, 1999, citado por
Martins, 2014:40).

Aumento da migração involuntária


No âmbito dos problemas urbanos emergentes, os fluxos migratórios forçados que se
têm presenciado configuram novos desafios e implicações para as cidades. Questões
como a falta de oportunidades, o desemprego, a desigualdade e a pobreza impelem os
migrantes numa arriscada jornada para alcançarem uma vida melhor, mais satisfatória, e
com mais possibilidades de realização pessoal, profissional ou económica. No entanto,
há toda uma outra diversidade de razões subjacentes a estes movimentos migratórios,
tais como a privação de recursos ou meios de subsistência, uma sensação de desespero
resultante da evasão aos conflitos, guerras ou regimes opressivos. No âmago destas
migrações, ainda se podem considerar os impactes provocados pelas alterações
climáticas ou questões epidémicas que, muitas vezes, causam deslocações populacionais
sem precedentes (UN-HABITAT, 2016:22). Em contrapartida, a difusão da informação
e do conhecimento, através dos meios de comunicação, fortalece a ideia de que o
alcance de melhores condições de vida radica no estrangeiro, bem como «uma imagem
construída da Europa associada a uma ideia de direito de proteção internacional para
toda a vida» (Matos, 2011:40) motivo que explica os mais de 1 milhão de indivíduos
chegados à Europa, em 2015, quando, em 2014, se calcularam somente 280 mil registos
(UN-HABITAT, 2016:21).
Entendidas como uma migração forçada, no contexto da qual um indivíduo é obrigado a
deixar o país de origem e ingressa num país de acolhimento (Rodrigues, Correia, Pinto,
Pinto & Cruz, 2013:85), as migrações involuntárias instigam impactes profundos,
chegando a alterar a demografia dos países e os seus limites fronteiriços (WHO & UN-
HABITAT, 2010:10). O caráter repentino destas mudanças impede que o indivíduo se
faça acompanhar pelo conjunto de especificidades que, até à data, o distinguiam, tais
como os hábitos, os laços sociais, o estatuto profissional, o lar, entre outras (Borges,
2013:153; Silva, 2016:39). Está-se, por conseguinte, na presença de um refugiado, e não
de um migrante, pois aquele primeiro não projetou a sua vida no novo país nem, tão
pouco, arquitetou a sua partida em direção ao mesmo (Borges, 2013:153), havendo, por
isso, uma qualidade distintiva referente a esta categoria de migração que se relaciona
com a sua natureza indesejada. Assim, denomina-se por migração forçada por ser
extrínseca à vontade do indivíduo, que «acaba por se fixar não onde quer, mas onde
pode» (Castro, 2014:7).

Incremento da insegurança e risco urbano


As apreensões em torno da insegurança e do risco urbano têm ocupado um lugar de
proeminência no debate das sociedades hodiernas. Em virtude da elevada concentração
populacional presenciada, particularmente nas megacidades, estão a levantar-se enormes
desafios no campo de ação do desenvolvimento sustentável, já que estes espaços são
considerados territórios de elevado risco global (Kennedy et al., 2015:5), seja este de
índole antrópica ou natural. Ao permitirem, por inerência, o convívio entre grupos
socioeconómicos e políticos distintos, cujas raízes culturais são, também, tantas vezes
distintas, os espaços urbanos tornam-se terrenos férteis para a emergência de conflitos
de natureza diversa, como, por exemplo, o incremento da insegurança, da perceção do
risco (Barata-Salgueiro, 2005:277), do aumento da violência e de manifestações de
crime (UNHABITAT, 2016:22), o surgimento da delinquência, da segregação, «a par da
perda do sentido do bem comum e de laços afetivos com o lugar de residência» (Heitor,
2007:1). Estes fenómenos representam, no limite, aspetos inibidores da qualidade de
vida urbana que resultam em fortes punições para a população, dificultando «o modo
como o espaço urbano é fruído e a quotidianidade exercida» (Heitor, 2007:2).
Contrariamente ao que sucedia com a cidade medieval, onde os perigos eram um fator
externo à mesma, atualmente, os perigos radicam na cidade, sendo os mais temidos os
de origem humana (Barata-Salgueiro, 2005:276). O medo do crime e da violência segue
a difundir-se nas áreas urbanas, constituindo uma das primeiras inquietações na vida
diária dos cidadãos (UN-HABITAT, 2016:22). No que tange aos países em
desenvolvimento, a criminalidade e a violência são questões societais centrais, cada vez
mais alarmantes, uma vez que têm registado um aumento gradual, coibindo a existência
dos residentes (Lourenço, 2010:1), a qual é, repetidamente, ameaçada. Nos referidos
territórios, a violência urbana, nomeadamente sob a forma de violência armada, é das
principais causas associadas à mortalidade (idem, p.5). Ainda neste contexto, quando se
discute a violência urbana, a sua definição engloba três dimensões que importa referir, e
que ajudam a compreender o conceito, sendo estas a violência económica, a violência
social e a violência política. A violência económica refere-se aos crimes que têm lugar
no espaço urbano quando se aliam a pobreza e o acesso desigual às oportunidades
económicas, como sejam os assaltos, o uso de estupefacientes ou o sequestro, isto é,
constitui um tipo de violência que resulta de uma economia informal onde os mais
necessitados encontram formas de sustento ao prestarem serviços informais (IFRC,
2010:72). Em contrapartida, a violência social manifesta-se através da vontade de
exercício do poder e conservação do controlo social sobre os outros indivíduos ou ao
nível da comunidade, de que é exemplo a segregação espacial dos espaços urbanos
(idem, ibidem). A violência política, no que lhe concerne, é estimulada pela vontade que
certas elites manifestam em ganhar ou deter o poder político, como é o caso do
abandono de determinadas áreas urbanas controladas por grupos criminosos associados
aos cartéis de droga (idem, ibidem).

Alterações climáticas e degradação ambiental


Atualmente, os impactes ambientais resultantes do processo de urbanização, há muito
que são experienciados, um pouco por todo o mundo, através da crescente ocorrência de
fenómenos climáticos extremos, como, por exemplo, as vagas de frio, as ondas de calor
ou as tempestades severas, bem como de doenças infeciosas e de poluição atmosférica
(WHO & UN-HABITAT, 2010:16). De facto, um dos principais problemas com que as
cidades se deparam remete para as mudanças climáticas, ou não constituíssem os
espaços urbanos territórios críticos em termos de consumo de energia e de emissão de
gases com efeito de estufa. Na realidade, estes fenómenos têm vindo a agravar-se, de
forma gradual, nos grandes centros urbanos (Cadena & Remes, 2012:8), já que à medida
que os países se desenvolvem, a natureza e a gravidade dos seus problemas ambientais
tendem a evoluir (PNUD, 2011:51), pelo que a ausência de qualidade ambiental exclui a
possibilidade de se alcançar uma qualidade de vida urbana plena.

A vulnerabilidade dos espaços urbanos em termos de segurança ambiental resultou, em


larga medida, dos padrões de crescimento, desenvolvimento económico e planeamento
urbano que aí ocorreram. De resto, no que toca aos fatores inerentes às cidades,
questões como a categoria sexual, etnia, idade ou o rendimento podem, igualmente,
acarretar consequências profundas, sobretudo, em determinados grupos desfavorecidos
(UN-HABITAT, 2016:17). O intenso crescimento urbano, bem como o significativo
aumento demográfico, deixou, às cidades, uma herança arriscada em termos de impactes
ambientais, estes últimos causados, fundamentalmente, por uma inconsciência face à
importância dos recursos naturais, cuja procura e concorrência acrescida conduziu à
insustentabilidade de diversos ecossistemas. No cerne dos problemas urbanos mais
comuns, contam-se a poluição e má qualidade do ar atmosférico, a emissão de gases
poluentes e com efeito de estufa, a excessiva produção de resíduos sólidos, a
proliferação de produtos químicos tóxicos e respetivo tratamento, o elevado tráfego
automóvel e respetivo congestionamento (Cardoso, 2015:63). O uso generalizado
daquele, ainda que tenha contribuído para a suburbanização, possibilitando que as
cidades proliferassem para fora de si mesmas, aumentando as acessibilidades e a fluidez
do trânsito automóvel, provocou, concomitantemente, uma utilização intensiva e
deficiente, bem como uma acentuada proliferação da poluição sonora e atmosférica. Por
seu turno, o incremento da queima de combustíveis fósseis e da combustão
participaram, diretamente, para danos ao nível da saúde (Zanini, 2016:83), tida,
também, como um elemento primário no cômputo dos mínimos sociais aceitáveis para
desfrutar de uma vida plena em comunidade.

Na prática, a propensão para o aumento de doenças respiratórias tem constituído uma


preocupação progressiva (Barata-Salgueiro, 2005:275), pois, «mesmo quando os
poluentes se encontram abaixo dos níveis determinados pela legislação, estes são
capazes de provocar efeitos na saúde das pessoas». Ademais, tanto a localização
geográfica como o próprio clima de determinadas regiões, se encontram em estreita
articulação com a saúde, influenciando, diretamente, a vulnerabilidade dos respetivos
habitantes «to natural disasters, including tornadoes, hurricanes or cyclones, floods,
earthquakes, landslides and fires, heat waves, droughts and susceptibility to illnesses
carried by mosquitoes or other pests» (WHO & UN-HABITAT, 2010:16). Cabe ainda
lugar à alusão da poluição sonora, que pode ter como consequência gravosa a perda
auditiva ou lesões na comunicação verbal, bem como das doenças do foro psíquico e
emocional, que se exteriorizam através de «irritabilidade, ansiedade, excitabilidade e
insónias» (Almeida, 1999).
Depois, os resíduos urbanos líquidos e sólidos e o respetivo não-tratamento adequado
impõem-se como fatores prejudiciais à saúde pública, caso se atenda ao facto de a
poluição das águas ocorrer a um ritmo mais acelerado comparativamente à poluição
atmosférica, e se tenha em consideração que a quantidade de compostos nocivos e
tóxicos lançados nas águas é superior ao número de poluentes que se encontram na
atmosfera (Fellenberg, 1972). O lixo sólido, por sua vez, se não for devidamente
recolhido, tratado e reciclado contribui para a deterioração do valor estético da
paisagem urbana, para a difusão de maus odores ou, até mesmo, obstrução dos cursos de
água (Nucci, 2008:20).
Conclusão
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