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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI – UFSJ

Fernanda Toledo de Oliveira Rodrigues

Formação das periferias no Brasil, com base


na desigualdade social e as autoconstruções
como reflexo.

São João Del Rei, Minas Gerais

2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI – UFSJ

Fernanda Toledo de Oliveira Rodrigues

Formação das periferias no Brasil, com base


na desigualdade social e as autoconstruções
como reflexo.

Curso de Arquitetura e Urbanismo


Aluna: Fernanda Toledo de Oliveira Rodrigues
Estúdio intermediário (EIN): Cidade: Construções coletivas 2
12 de Dezembro de 2019
Professora: Lívia Ribeiro Abreu Muchinelli

São João Del Rei, Minas Gerais

2019

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO página 04

DESENVOLVIMENTO página 04

ESTUDO DE CASO página 09

CONCLUSÃO página 13

REFERÊNCIAS página 15

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INTRODUÇÃO:

O tema abordado nesta breve pesquisa foi escolhido devido a sua extrema
importância e a sua interdisciplinaridade entre o módulo de Geografia Urbana e o estúdio
Cidade: Construções Coletivas II, cursados no curso de Arquitetura deste bimestre.
Neste contexto, o módulo de Geografia Urbana tem como objetivo mostrar o
processo de urbanização no Brasil e no mundo, junto à aplicabilidade dos conhecimentos
da Geografia Urbana no planejamento. Além de apontar os problemas das cidades e as
relações de polarização existentes entre elas. Para assim, discutir as relações entre o
espaço geográfico, a ocupação urbana e o direito à cidade, apresentando conceitos da
geografia aplicados ao planejamento urbano e regional.
Da mesma forma, a unidade curricular Cidade: Construções Coletivas II, visa
estimular uma visão crítica do estudante sobre a produção da cidade e as diferentes formas
de habitação de interesse social (HIS) que surgem dela incluindo a autoconstrução, junto
com a formação das áreas mais pobres das nossas cidades e de seus reflexos sobre o
espaço urbano, tanto no âmbito da arquitetura e do urbanismo, quanto social. Dessa forma,
o estudo de caso que apresentarei mais adiante foi realizado dentro desta disciplina em um
bairro periférico com vulnerabilidade econômica, no município de São João Del Rei - MG.
Aqui serão colocadas algumas teorias sobre o surgimento das periferias e favelas
do Brasil, suas causas: como o intenso processo de urbanização, a desigualdade social e a
industrialização do país junto ao êxodo rural; e suas conseqüências: como o aumento do
desemprego, da violência, das autoconstruções e da desordem urbana. Junto a isso, é
imprescindível afirmar que a topografia, a localização e consequentemente, a valorização
do terreno também é de extrema importância na forma de ocupação do espaço urbano,
uma vez que os morros nas margens da cidade são o palco principal do tema aqui discutido.

DESENVOLVIMENTO:

O termo periferia refere-se às zonas de uma cidade que estão em torno do centro,
os subúrbios, que majoritariamente têm uma precária infraestrutura. Para entender a
formação das periferias nas cidades precisamos, brevemente, lembrar do processo de
urbanização do Brasil.

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De acordo com Maricato (2000), a partir da virada do século XIX e das primeiras
décadas do século XX que o processo de urbanização da sociedade brasileira começa a se
consolidar, impulsionado pela emergência do trabalhador livre, pela Proclamação da
República e por uma indústria ainda incipiente. Nesse contexto, em 1940 a população
urbana era de 26,3% do total, em 2000 ela era de 81,2%, em 1940 a população que residia
nas cidades era de 18,8 milhões de habitantes, e em 2000 ela era de aproximadamente 138
milhões.
Em 60 anos os assentamentos urbanos foram ampliados de forma a abrigar mais de
125 milhões de pessoas. Surgiu, a partir desse momento, uma necessidade de construção
de assentamento residencial para essa população, bem como para a satisfação de suas
necessidades de trabalho, abastecimento, transporte, saúde, energia, água, etc.
Generalização da propriedade da terra em 1850, somada a emergência do trabalho
livre em 1888 ocorreram antes da urbanização, mas fatores como o trabalho escravo, a
pouca importância da força de trabalho e a o poder político relacionado ao patrimônio
pessoal influenciaram nesse processo.

“As reformas urbanas, realizadas em diversas cidades brasileiras entre o


final do século XIX e início do século XX, lançaram as bases de um
urbanismo moderno à moda da periferia. Eram feitas obras de saneamento
básico e embelezamento paisagístico, implantavam-se as bases legais
para um mercado imobiliário de corte capitalista, ao mesmo tempo em que
a população excluída desse processo era expulsa para os morros e as
franjas da cidade.”

(MARICATO, 2000)

A drenagem de recursos financeiros para o mercado habitacional, em escala nunca


vista no país, ocasiona a mudança no perfil das grandes cidades, com a verticalização
promovida pelos edifícios de apartamentos. Porém, isso não garantiu a democratização das
habitações, o mercado não se abriu para a maior parte da população que buscava moradia
nas cidades, atendendo principalmente a classe média e alta. Além disso, a mudança nas
habitações e nas cidades promovidas pela popularização do automóvel, a massificação do
consumo dos bens modernos e dos eletroeletrônicos também mudaram radicalmente o
modo de vida, os valores, a cultura e o conjunto do ambiente construído.
Os conjuntos habitacionais não supriram essa necessidade, uma vez que jogaram a
população em áreas completamente inadequadas ao desenvolvimento urbano. A recessão

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nos anos 80 e 90 trouxeram um forte impacto social e ambiental, ampliando o universo de


desigualdade social além de conseqüências como: enchentes, desmoronamentos, poluição
dos recursos hídricos, poluição do ar, impermeabilização da superfície do solo,
desmatamento, congestionamento habitacional, retorno de epidemias, aumento do
desemprego, das relações informais de trabalho, da pobreza e violência nas áreas urbanas.
Maricato (2000), ainda afirma que o aumento da violência ocorreu
predominantemente nas áreas de baixos níveis de renda e escolaridade, onde havia maior
proporção de negros entre os moradores, maior desemprego, maior número de moradores
de favelas e piores condições de moradia.

“A vida na periferia urbana constitui um exílio”


(Milton Santos, 1990)

Ao citar o termo favela, não se pode deixar de explicar sua definição e formação.
Favela significa toda e qualquer ocupação irregular de terrenos públicos ou privados ou em
áreas que não são recomendadas para a moradia (como os morros). As pessoas que
moram em favelas, geralmente, não dispõem de condições mínimas de infraestrutura e não
possuem a posse legal dos terrenos onde construíram suas casas e estas por sua vez se
localizam, normalmente, em periferias.
Sua formação vem do processo de industrialização no Brasil. Nesse sentido, com a
mecanização do campo, um número muito grande de trabalhadores rurais ficou sem
emprego e ao mesmo tempo houve a instalação de muitas indústrias nos principais centros
urbanos. Isso promoveu um maciço fenômeno migratório, denominado êxodo rural. Porém,
as cidades não conseguiram absorver o elevado número de pessoas e os empregos não
eram suficientes. Para piorar, os migrantes não tinham qualificação para ocupar uma vaga
no mercado de trabalho, desse modo, sem renda para comprar ou alugar uma casa em
áreas mais centrais, a única alternativa foi ocupar áreas periféricas, geralmente de terceiros
ou do governo. (PERCÍLIA)
A composição das favelas e periferias difere de acordo com as regiões. Em razão do
quadro de pobreza inserido nesses espaços urbanos e da falta de atuação do sistema de
segurança do Estado, como a Polícia Militar, as favelas e periferias entram na rota do crime,
como tráfico de drogas e gangues, entre outras modalidades ilegais.

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De acordo com as Nações Unidas, por meio da UM-HABITAT, favela é o termo que
designa áreas que abrigam habitações precárias, desprovidas de regularização e serviços
públicos (água tratada, esgoto, escolas, posto de saúde, entre outros). (PERCÍLIA)
Atualmente, cerca de um bilhão de pessoas vivem em favelas em todo o mundo.
Esse tipo de habitação é resultado de vários fatores, entre eles: a industrialização, a
mecanização do campo e o crescimento vegetativo da população urbana. (PERCÍLIA) E
trás como consequências a ocupação de outros espaços e a realização de
autoconstruções, muitas vezes nem concluídas, sem nenhuma assistência técnica de
profissionais preparados.
A autoconstrução é a realização de unidades habitacionais de baixo custo, pelo
motivo obvio de não se gastar com mão de obra, uma vez que os próprios proprietários
fazem a edificação. Esta pratica é realizada frequentemente nos morros e nas franjas
periféricas dos centros urbanos.

Imagem 1: Favela de Paraisópolis, São Paulo.


Fonte: Fernando Stankuns via Visual Hunt / CC BY-NC-AS (2017)

Como já citado, é comum ocorrer nessas áreas à falta de regularização fundiária.


Esta que, por sua vez, é o conjunto de medidas jurídicas, urbanísticas, ambientais e sociais
que visam à regularização de assentamentos irregulares e à titulação de seus ocupantes,

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de modo a garantir o direito social à moradia, o pleno desenvolvimento das funções sociais
da propriedade urbana e o direito ao meio.
Dados históricos apontam que as primeiras favelas no Brasil surgiram no final do
século XIX, após o término da Guerra de Canudos (1896-1897), em terrenos cedidos pela
Marinha a soldados que retornaram das missões militares. Entretanto, elas tornaram-se
mais visíveis após o processo de industrialização do país, que se intensificou após a
década de 1950.
A favela surgiu devido à desigualdade social e se intensifica cada vez mais pelo
modelo econômico capitalista do país, uma vez que os ricos ficam cada vez mais ricos e os
pobres cada vez mais pobres. Uma foto, tirada por Tuca Vieira em 2017, “explodiu” na
internet ao mostrar a realidade do contraste de um condomínio de luxo ao lado de uma
favela no Rio de Janeiro.

Imagem 2:Contraste da favela de Paraisópolis (Rio de Janeiro/RJ) e apartamentos de luxo


Foto de Tuca Vieira (2017)

Uma outra causa desses assentamentos irregulares é a gentrificação, que se


consiste no fenômeno que afeta uma região ou bairro pela alteração das dinâmicas da
composição do local, tal como novos pontos comerciais ou construção de novos edifícios,
valorizando a região e afetando a população de baixa renda local. Tal valorização é seguida
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de um aumento de custos de bens e serviços, dificultando a permanência de antigos


moradores de renda baixa, acarretando em sua saída desses locais para as periferias da
cidade.
O termo gentrificação é a versão aportuguesada de gentrification (de gentry,
“pequena nobreza”), conceito criado pela socióloga britânica Ruth Glass (1912-1990)
em London: Aspects of Change (1964), para descrever e analisar transformações
observadas em diversos bairros operários em Londres. Desde seu surgimento, a palavra
tem sido amplamente utilizada em estudos e debates sobre desigualdade e segregação
urbana. (WILLIAMS e ADELMAN, 2003)
Embora nas últimas décadas o conceito da gentrificação tenha se tornado uma
importante ferramenta para os estudos acadêmicos, assim como para os ativismos políticos
e para aqueles envolvidos com os debates ligados à ideia de “direito à cidade” - conceito
proposto pelo filósofo francês Henri Lefebvre (1901-1991) e retomado nos anos 2000 pelo
geógrafo britânico David Harvey (1935) -, seu uso está longe de ser consensual. Além dos
dissensos sobre as causas e agentes responsáveis pelos processos de gentrificação,
intelectuais e ativistas de diferentes espectros políticos divergem quanto aos seus efeitos,
havendo quem denuncie as expulsões e o aumento da desigualdade e da segregação nas
cidades, e quem defenda o processo como sendo benéfico por atrair investimentos e
promover melhorias em regiões tidas como degradadas. (ALCÂNTARA, 2018)

ESTUDO DE CASO: CASA DA CRISTINA

Como introduzido nesta pesquisa, ainda nesse bimestre foi proposto aos alunos do
estúdio, Cidade: Construções Coletivas II, demandas reais de um bairro periférico com
vulnerabilidade econômica, no município de São João Del Rei - MG. Este bairro é o Senhor
dos Montes, onde contarei uma breve história de sua formação. Para isso, usarei de
referência um trabalho de outras alunas do curso de graduação de Arquitetura e
Urbanismo, que confeccionaram uma revista sobre o bairro e seus moradores.

Segundo o censo (IBGE/2010), este bairro conta com 6.260 habitantes e por ele
existir a muito tempo conta com um espaço equipado com: igreja, centro de umbanda,
praças, posto de saúde, CRAS, escola, creche, farmácias, supermercados, padarias e
ônibus de 20 em 20 minutos para o centro. É um bairro com ação coletiva muito ativa entre

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os próprios moradores, além disso, possui uma cultura marcante que conta com o bloco
“Bate-paus”, quadrilhas, festas religiosas e gincanas

A exploração do ouro em São João del Rei começou junto com o criação das casas,
das ruas, com a formação da própria cidade. A descoberta do ouro aqui aconteceu por volta
do século XVIII, ou seja nos anos de 1700, no Ribeirão, o Rio São Francisco Xavier. Dessa
forma, as pessoas fizeram da cidade a sua morada - construindo casas, igrejas, comércios
e etc. Neste contexto, a atividade mineradora era muito próxima, no Ribeirão e no Alto das
Mercês, assim é possível pensar que as primeiras pessoas que vieram a ocupar o bairro
podem ter ligação com essa atividade.

Além da mineração, uma outra coisa que pode ser pensada é a vinda das fábricas
para São João Del Rei. Essa vinda, em especial das ligadas à tecelagem aconteceu lá pro
final do século XIX - nos anos de 1800. Isso se deu por conta de um desenvolvimento
industrial que já estava acontecendo no Brasil inteiro. Nessa época, com a diminuição da
exploração do ouro e com o fim do processo de escravidão, muitas pessoas ficaram sem
trabalho o que incentivou a chegada da Companhia Industrial São Joanense, em 1891.
Essas pessoas que começaram a trabalhar na fábrica têxtil - e nas outras que surgiram na
cidade - começaram a construir casas nas proximidades.

Diante do apresentado, não é de surpreender que a maioria das casas do bairro são
provenientes da autoconstrução. E não foi diferente com a família da Cristina, demanda real
proposta para mim e Amanda Martins nesta estúdio que terá continuidade pelo GEPHIS.

O GEPHIS (Grupo de Estudos e Proposições sobre Habitação de Interesse Social)


é um projeto de extensão formado por alunos da Universidade Federal de São João Del Rei
e coordenados pelos professores Marcos Guimarães e Lívia Muchinelli, que tem como
propósito auxiliar com acessória técnica os moradores locais, ele atua como um escritório
público no CRAS do Senhor dos Montes. Por meio dele famílias de baixa renda têm contato
com alunos de arquitetura e urbanismo, que estudam soluções para problemas técnicos de
suas edificações.

A moradora Cristina e sua irmã Patrícia frequentavam o CRAS e as oficinas


propostas pelo GEPHIS. Ao recebermos essa demanda procuramos saber sobre a história

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da família e da edificação, depois fizemos os levantamentos necessários e uma


metodologia participativa para iniciarmos o projeto juntamente com a Cristina.

A casa em questão é localizada na Rua Santo Sudário, número 5, no bairro Senhor


dos Montes, nela, atualmente, vive a Dona Eva, mãe de Cristina e Patrícia, de 77 anos, a
Patrícia e seu filho Richard. É de suma importância citar que a Dona Eva sofreu um AVC há
16 anos atrás e nos dias atuais é “acamada” e usa cadeiras de rodas. Devido à isso, a casa
sofre modificações de acordo com um prejeto de acessibilidade proposto pelo GEPHIS.

Entretanto, a minha demanda era a Cristina, que mora de aluguel e para sair dessa
situação quer reformar o porão da casa de sua mãe Eva, de apenas dois cômodos, para
morar com seu filho Cristian. Inicialmente, a cliente nos procurou e informou sua
necessidades e desejos, além de um orçamento de R$5000,00.

Seu desejo é construir um banheiro e reorganizar os dois cômodos já existentes,


uma vez que o quarto tem infiltração, consequentemente, havendo mofo e umidade. Dessa
forma, ela quer transformar o quarta na cozinha, que é um ambiente molhado e de menor
permanência, e a cozinha numa sala. É válido ressaltar, que a casa têm um pé direito baixo,
de apenas 2,20m, e tem pouca ventilação e iluminação, evidenciando as patologias já
existentes e diminuindo o conforto dos usuários.

Dessa forma, eu e a Amanda, colocamos como prioridade o conforto e o orçamento


da cliente. Ao longo do processo, Cristina ficou desemprega, aumentando a urgência da
construção. Notoriamente, trabalhamos limitada pelo orçamento e pelas paredes
estruturais que sustentavam a casa de cima, não podendo abrir vãos para ampliar os
ambientes mal dimensionados, melhor a circulação do ar e a incidência solar.

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Area externa, onde construiremos um quarto e um banheiro


Fonte: ( TOLEDO, 2019)

Planta original da casa Planta proposta


Fonte: (TOLEDO, 2019) Fonte: (TOLEDO, 2019)

CONCLUSÃO:

Portanto, percebemos diante desta pesquisa alguns problemas urbanos, sua


formação e seus desdobramentos. Junto à isso, podemos afirmar que bairro Senhor dos
Montes configura-se como uma periferia da cidade de São João Del Rei, devido a sua
topografia (morros), baixa regularidade fundiária, grande número de autoconstruções, ser
constuído por sua maior parte por famílias de baixa renda e ter uma infraestrutura pública
precária, como luz, água, esgoto, drenagem entre outros.

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Os problemas urbanos do país não conseguem ser resolvido com êxitos, talvez pela
má gestão política e das relações ambiciosa surgidas do capitalismo. Temos centenas de
arquitetos urbanistas formando no Brasil por ano, e aonde esta estas discussões urbanas?
Não só as discussões, mas as propostas e ações para reverter essa realidade atual e
enraizada de desigualdade.
Os arquitetos urbanistas são de crucial importância para a construção da cidade e
seu planejamento, para assim tentarem minimizar ao máximo alguns problemas sociais. A
política administrativa do governo deve valorizar mais este profissional que pensa não
somente em uma casa com conforto, mas também no seu reflexo e na construção dos usos
das cidades.

REFERÊNCIAS:

SOTO, William Héctor Gómez. A cidade, o subúrbio e a periferia. 2008. Acervo da Unisc.
Disponível em: <https://www.unisc.br/site/sidr/2008/textos/71.pdf>. Acesso em: 25 nov.
2019.
PERCÍLIA, Eliene. "Favela"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/brasil/favela.htm. Acesso em 25 de novembro de 2019.
BUENO, L.M. de M. Projeto e favela: metodologia para projetos de urbaniza-
ção. Tese de Doutorado. São Paulo, FAUUSP, 2000.
MARICATO, ErmÍnia. URBANISMO NA PERIFERIA DO MUNDO GLOBALIZADO
metrópoles brasileiras. 2000. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/spp/v14n4/9749.pdf>. Acesso em: 25 nov. 2019.
HARVEY, David. O direito à cidade. In: Cidades Rebeldes.
RODRIGUES, A. M. A cidade como direito.
Lesley Williams Reid and Robert M. Adelman, Georgia State University (abril de
2003). «The Double-edged Sword of Gentrification in Atlanta». American Sociological
Association
ALCÂNTARA, Maurício Fernandes de. 2018. "Gentrificação". In: Enciclopédia de
Antropologia. São Paulo: Universidade de São Paulo, Departamento de Antropologia.
Disponível em: <http://ea.fflch.usp.br/conceito/gentrificação>

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Imagens:

Imagem 1:
Favela de Paraisópolis, São Paulo. Disponível em:
https://www.archdaily.com.br/br/875676/edward-glaeser-habitacao-acessivel-em-uma-fave
la-e-dificil-e-precisa-ser-especifica-do-local. Acesso em: 03/12/19

Imagem 2:
Contraste da favela de Paraisópolis (Rio de Janeiro/RJ) e apartamentos de luxo Disponível
em: http://fetamce.org.br/revista-f-riqueza-de-1-ultrapassa-a-dos-outros-99-da-populacao/.
Acesso em: 03/12/19

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