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Segregação socioespacial

A dicotomia dos espaços urbanos no cenário moderno pode ser observada


a partir de diferentes perspectivas, desde a segregação socioespacial, como
também a gentrificação, a fragmentação urbana e exclusão social, dando
maiores características para o processo de urbanização.

Desta maneira, a vida urbana é dividida em áreas centrais e periféricas


sendo assim, esse processo de separação dos espaços na sociedade
moderna, nos faz refletir sobre a origem do problema de habitação, a
desigualdade de renda, no direito à cidade e como esses empecilhos
apresentam múltiplos aspectos nas relações sobre a vida urbana e sendo
assim consequências da miséria urbana.

Desta forma, a segregação é um fenômeno que compõe a sociedade


moderna, ocorrendo em diferentes níveis dentro das áreas urbanas ,e assim,
englobando a segregação socioespacial, a segregação funcional e a
segregação física

refere-se à separação física e social de diferentes grupos em bairros ou áreas


específicas, onde pessoas de diferentes classes sociais vivem em áreas
isoladas. Essa divisão é fundada em características como renda, raça, etnia,
religião, orientação sexual e nível de escolaridade.

A segregação funcional se refere à separação de diferentes funções urbanas,


como áreas comerciais, áreas residenciais e áreas industriais. A segregação
física se refere à presença de barreiras físicas, como autoestradas, ferrovias,
rios, etc., que limitam a acessibilidade e a mobilidade entre diferentes áreas
urbanas.

Essa separação é um jogo exclusivo do mercado que contempla a


desigualdade ficando cada vez mais nítido que esses lugares são desprovidos
de serviços essenciais para vida social de cada indivíduo dentro da sociedade.
A gentrificação é outro fenômeno que ajuda o afastamento dos espaços
urbanos. Ela ocorre quando lugares antes abandonadas e de baixa renda são
revitalizadas e passa ser mais atraentes para moradores com mais poder
aquisitivo, com a consequente a desocupação dos moradores originais e
entrega dos preços populares. Desta maneira levando à perda de identidade
nas áreas gentrificadas e assim aumentando a exclusão social.

Essa expulsão de moradores desses espaços é associada à valorização de


áreas urbanas destruídas que agora está sendo valorizada por algum motivo
externo, geralmente, os lotes de terras que são comprados ficam por preços
irrisórios e muitas vezes isso ocorre barateamentos dos lotes de terras naquele
local.

Esse processo que falta parte da urbanização é relacionado a espoliação


imobiliária pois muitas vezes envolve obtenção de propriedades subvalorizadas
que são posteriormente renovadas e vendidas ou alugadas por preços mais
altos. Portanto, esse processo sempre leva a exclusão de moradores de baixa
renda que habitavam nesses bairros causando lhe espoliação imobiliária.

A fragmentação urbana é outro fato que contribui para a segregação dos


espaços urbanos. Isso decorre quando a cidade é edificada em separação,
como condomínios, shopping e zonas industriais, que interrompem a
integração social e física entre grupos desiguais. Portanto, esse processo
complica todo processo de socialização entre classes divergentes.

Quando a cidade é decomposta nos mostra a normalidade desta


fragmentação e aceitação de que destino das pessoas com menos poder
aquisitivo é a periferia e que essas pessoas continuem nesses locais
segregados e com serviços precários.

Por fim, a exclusão social é um processo que prejudica a divisão dos espaços
urbanos, especialmente aqueles que estão nas áreas periféricas da cidade. Por
esse motivo certos grupos sociais têm um acesso limitado a recursos e
serviços públicos, como a educação, saúde, emprego e transporte, desse
modo, são marginalizados da vida social e econômica da cidade.
Essa exclusão social pode aprofundar as desigualdades e a divisão dos
espaços urbanos, afetando a ocupação e o desenvolvimento da cidade. A
organização da cidade é manifestada por esse processo de exclusão é uma
logica baseada em poder e, é escancarada na realidade urbana, essa relação e
seu funcionamento dentro desse sistema.

A segregação é um produto da desigualdade social e econômica e esse


processo ele afeta não só os países em desenvolvimento mas os países
desenvolvidos também

Para Santos, a superação da segregação espacial requer uma profunda


mudança nas estruturas sociais e na tristeza da sociedade. Isso inclui a
promoção de políticas públicas que buscam reduzir as desigualdades sociais e
derrotadas, a valorização da diversidade cultural e étnica, e a democratização
do acesso aos recursos e serviços públicos. Somente dessa forma, argumenta
Santos, será possível construir cidades mais justas e inclusivas para todos os
seus habitantes

A segregação urbana pode ocorrer em diferentes níveis dentro das áreas


urbanas, incluindo a segregação socioespacial, a segregação funcional e a
segregação física. A segregação socioespacial se refere à separação
geográfica de diferentes grupos sociais dentro de uma cidade. A segregação
funcional se refere à separação de diferentes funções urbanas, como áreas
comerciais, áreas residenciais e áreas industriais. A segregação física se refere
à presença de barreiras físicas, como autoestradas, ferrovias, rios, etc., que
limitam a acessibilidade e a mobilidade entre diferentes áreas urbanas.

desigualdade geográfica se refere à distribuição desigual de recursos, serviços e oportunidades


em diferentes áreas geográficas. Isso pode ocorrer dentro de um país, entre diferentes regiões
ou estados, ou mesmo dentro de uma mesma cidade.

A desigualdade geográfica é um problema global, que afeta países em diferentes níveis de


desenvolvimento. Por exemplo, em países que ocorreram, pode haver desigualdade geográfica
na distribuição de empregos e renda entre as áreas urbanas e rurais, ou entre as regiões do
país. Em países em desenvolvimento, a desigualdade geográfica pode ser ainda mais
acentuada, com acesso desigual a serviços básicos como água potável, saneamento, saúde e
educação.

A desigualdade geográfica pode ter várias causas, incluindo desigualdades negativas,


políticas e sociais. Por exemplo, áreas mais ricas podem ter mais acesso a serviços públicos de
qualidade e melhores oportunidades de emprego, enquanto áreas mais pobres podem ter
menos investimentos em infraestrutura e serviços públicos. A desigualdade geográfica também
pode ser agravada por fatores como distribuição racial ou étnica, conflitos políticos e desastres
naturais.

Para enfrentar a desigualdade geográfica, é importante que as políticas públicas busquem


promover a inclusão social e a igualdade de oportunidades. Isso pode incluir a distribuição
equitativa de recursos e serviços

As periferias compõem o cenário urbano brasileiro, e se caracterizam, pela


sua construção dessa população marginalizada (de renda baixa), sendo
associada, a miséria e a violência. Atualmente o intenso crescimento
populacional acaba por triplicar e intensificar, cada vez mais, a criação dessas
periferias dentro da sociedade contemporânea. E desta maneira, essa
população acaba sofrendo uma segregação espacial. A população que reside
nessas periferias, geralmente, obtém os terrenos através de invasões e/ou
compram os terrenos invadidos (por terceiros) surgindo assim as
aglomerações, tornando-se afastados dos centos urbanos. Essas residências
de difícil acesso são vendidos por valores bem mais baixo do que as do
mercado imobiliário, além disso, esses periféricos não conseguem ter nenhuma
assistência social dentro desses ambientes.

É perceptível o fortalecimento e o crescimento das periferias, subúrbios e


moradores de rua, trabalhos informais, miséria, fome, violência além de uma
gigantesca segregação espacial. nota-se que, o grande número de cidadãos
periféricos vem aumentando cotidianamente e destacando-se cada vez mais a
desigualdade social.
empobrecimento da grande massa Atualmente o intenso crescimento populacional
acaba por triplicar e intensificar, cada vez mais, a criação dessas periferias dentro da
sociedade contemporânea. E desta maneira, essa população acaba sofrendo uma
segregação espacial. A população que reside nessas periferias, geralmente, obtém os
terrenos através de invasões e/ou compram os terrenos invadidos (por terceiros)
surgindo assim as aglomerações, tornando-se afastados dos centos urbanos. Essas
residências de difícil acesso são vendidos por valores bem mais baixo do que as do
mercado imobiliário, além disso, esses periféricos não conseguem ter nenhuma
assistência social dentro desses ambientes.

Nesse espaço empobrecido socialmente e economicamente existe uma massa


deserdada de vítimas, do processo de produção capitalista, neste espaço a
imobilidade enfrentada pela população periférica tem relação com a pobreza,
esse é um dos fatores da imobilidade urbana. É um fenômeno que afeta
diretamente a desigualdade.

Para combater a segregação nos espaços urbanos, são necessárias políticas


públicas que visem à promoção da diversidade e à redução das desigualdades
sociais. Isso pode incluir a implementação de programas habitacionais que
incentivam a ocupação de áreas em regiões mais valorizadas, a promoção de
políticas de inclusão social e a garantia de serviços públicos de qualidade para
todas as áreas da cidade.
A segregação socioespacial pode ter várias consequências negativas, como a
perpetuação da desigualdade e da pobreza, o aumento da criminalidade e da
violência, a exclusão social e a marginalização de certos grupos de pessoas.
Além disso, a segregação socioespacial pode levar à formação de guetos e à
marginalização de áreas urbanas inteiras, o que pode dificultar o acesso a
serviços básicos e oportunidades de emprego.
Para lidar com a segregação socioespacial nas cidades, é importante que as
políticas urbanas sejam desenvolvidas de forma a promover a integração social
e a igualdade de oportunidades. Isso pode incluir políticas habitacionais para
promover a diversidade social nas áreas urbanas, investimentos em
infraestrutura e transporte para melhorar a acessibilidade a áreas
marginalizadas, e programas de educação e treinamento para ajudar as
pessoas a entender e apreciar a diversidade. É importante lembrar que a
segregação socioespacial é um problema complexo e multifacetado que requer
uma abordagem ampla e colaborativa para ser resolvido.
Regenerar resposta
Dentro dos espaços urbanos, é comum encontrar áreas segregadas, onde
grupos de pessoas com características semelhantes vivem em áreas
geograficamente delimitadas. Essa segregação pode ocorrer por diferentes
motivos, como a renda, a etnia, a religião, a orientação sexual, entre outros
fatores.
As áreas segregadas dentro das cidades são frequentemente caracterizadas
pela falta de diversidade e de contato entre grupos sociais diferentes. Isso pode
levar à perpetuação de preconceitos e estereótipos, além de dificultar a criação
de comunidades inclusivas e harmoniosas.

Para o geógrafo brasileiro Milton Santos, a segregação espacial é uma das


principais características do sistema capitalista globalizado. Em sua obra, ele
argumenta que a lógica do capitalismo é baseada na exclusão e na segregação,
e que isso se manifesta de diversas formas na organização das cidades e dos
espaços urbanos.

Segundo Santos, a segregação espacial é um produto da desigualdade social e


econômica, e é respeitado pela falta de políticas públicas que promovam a
inclusão e a igualdade de oportunidades. Ele também argumenta que a
segregação espacial não é apenas um problema local, mas sim um fenômeno
global, que afetou tanto as cidades dos países em desenvolvimento quanto as
dos países em desenvolvimento.

Para Santos, a superação da segregação espacial requer uma profunda


mudança nas estruturas sociais e na tristeza da sociedade. Isso inclui a
promoção de políticas públicas que buscam reduzir as desigualdades sociais e
derrotadas, a valorização da diversidade cultural e étnica, e a democratização
do acesso aos recursos e serviços públicos. Somente dessa forma, argumenta
Santos, será possível construir cidades mais justas e inclusivas para todos os
seus habitantes.
periferia é frequentemente vista como um resultado da segregação espacial
nas cidades. Ela se refere a áreas afastadas dos centros urbanos, muitas
vezes habitadas por pessoas de baixa renda que foram empurradas para as
bordas da cidade devido à falta de acesso a áreas mais valorizadas. A periferia
também é caracterizada por uma série de problemas sociais e psicológicos,
incluindo pobreza, falta de serviços básicos, criminalidade e violência.
A segregação espacial pode ter várias consequências negativas para os
moradores da periferia. A falta de acesso a serviços e oportunidades em áreas
mais centrais pode dificultar o acesso a empregos, educação e saúde de
qualidade, perpetuando a pobreza e a desigualdade social. Além disso, a falta
de investimentos em infraestrutura e serviços públicos nas periferias pode levar
a muita precariedade urbana, com falta de saneamento básico, iluminação
pública e transporte adequado.
Para lidar com os problemas da periferia, é importante que as políticas públicas
sejam desenvolvidas de forma a promover a inclusão social e a igualdade de
oportunidades. Isso pode incluir a oferta de serviços públicos de qualidade, a
criação de políticas habitacionais que promovam a diversidade social nas áreas
urbanas, o investimento em infraestrutura e transporte para melhorar a
acessibilidade a áreas marginalizadas, e a implementação de programas de
educação e treinamento para ajudar as pessoas a entender e apreciar a
diversidade. É importante lembrar que a periferia é um problema complexo e
multifacetado que requer uma abordagem ampla e colaborativa para ser
resolvido.
Quem não está inserido no mercado imobiliário formal, somente tem acesso à
moradia à margem da
cidade. A urbanização brasileira é consequentemente caracterizada pelo
permanente e crescente
descompasso entre o lento crescimento das cidades e a rápida expansão de
suas margens.
a periferia vai abrigar preferencialmente a mão-de-obra que vai atuar na
produção econômica da cidade, mas que “esses locais são carentes de
benefíciosurbanos, não tendo acesso aos bens, aos equipamentos e à própria
cidade.” (p.99). De acordo com Moura (1994, p.61): “[...] as chamadas
periferias são frutos de uma açãoclaramente orquestrada por parte de uma
fração específica do capital imobiliário que, num determinado momento
vislumbra as condições favoráveis para um produtoespecífico: o lote popular.

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