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A IMPORTANCIA DO PROFESSOR DIANTE DO BULLYING NOS ANOS

INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

1- Conceito
A terminologia bullying é uma palavra de termo e origem inglês e sem
tradução para a língua portuguesa, porém a tradução das primeiras silabas
bully quer dizer valentão, brigão, pessoa que intimida terceiros. Esse fenômeno
que existe há muito tempo, mas se popularizou a partir da década de 1970,
quando começou a ser discutido por psicólogos e educadores.

Esse termo se refere a uma forma de violência física, verbal ou psicológica


que ocorre em contextos escolares, mas também abrangeu em outros
contextos sociais, como o ambiente de trabalho, a família ou na comunidade e
a prática desse ato se tornou muito comum na atualidade.

Portanto, o bullying é uma forma de violência sistêmica direta ou indireta que


pode ser encontrado em contexto sociais que exclui aqueles que não tem tanta
acessibilidade e assim causando desigualdades sociais e geográficas. Á vista
disso, esse fenômeno é sempre desempenhado por um ou mais sujeitos
(agressores) pode ser por diversas razões, como por exemplo, por questões de
gênero, orientação sexual, religião, etnia, deficiência física ou mental,
aparência física, entre outros.

Desta forma, agressões no ambiente familiar pode agregar para a prática do


bullying com terceiros, a afinal é no ambiente familiar que ela aprende a se
relacionar com o outro e assim vai criando experiencias sobre vivencias no
ambiente familiar.

Consequentemente, a criança constrói seus modelos, seus primeiros aprendizados,


onde deveria aprender pacificamente com seus parentes, sendo assim, a criança é uma
caixa de surpresa “vazia” ou com poucos experiencias do mundo externo, e,
conforme vai tendo experiencias permanentes vai moldando sua
personalidade.
Para o psicanalista Freud, a personalidade é moldada na infância e as
experiências da infância, especialmente as experiências traumáticas e as
relações interpessoais criam caminho para essa fase durante a infância.

Segundo o filosofo John Locke a criança nasce como uma folha em branco,
sem conhecimento prévio ou ideias inatas, e o conhecimento e a personalidade
são formados por meio da experiência e da interação com o ambiente. Portanto
o ambiente em que uma criança cresce é crucial para moldar sua
personalidade e desenvolvimento cognitivo.

O bullying pode germinar em um ambiente desestruturado, com ações


violentas, atitudes agressivas e sem afeto pois o objetivo do agressor que
pratica essa ação é humilhar, intimidar e dominar a vítima, geralmente com a
intenção de exercer poder e controle sobre ela.

As pessoas que realizam a prática desse ato passaram por traumas que
podem ser de natureza física, emocional ou sexual, e ocorrer em diversos
contextos, como abuso, negligência, violência doméstica, separação dos pais,
morte de um ente querido, desastres naturais, entre outros.

Algumas pesquisas sugerem que indivíduos que vivenciam traumas ou eventos


traumáticos, como abuso físico ou sexual, violência doméstica, acidentes
graves ou outros tipos de violência, podem apresentar maior propensão a se
tornarem vítimas ou agressores de bullying.

De acordo com a psicanálise, experiências traumáticas podem constituir um


intenso conflito interno no indivíduo, deste modo, o indivíduo pode ter
dificuldade em lidar com as emoções e as memórias associadas ao trauma.
Para Sigmund Freud, a agressividade é uma força inerente ao ser humano e
que pode ser desencadeada por eventos traumáticos.

Em vista disto, é notório que a criança é incapaz lidar com emoções ou


memorias traumáticas, e acaba reprimindo evitando esses conteúdos
emocionais, consequentemente, isso pode torná-lo agressivo com outras
pessoas ou repelir quaisquer tipos de afeto ou algo que lembre traços da
pessoa que lhe causa algum dano.
Às vezes, o bullying pode ser uma reação de traumas que o agressor já sofreu,
porém isso não significa que todos os praticantes desse ato tenham passado
por traumas ou algo parecido, pode também ser influências de terceiros a
prática de bullying.

Uma pesquisa se levanta pela UNICEF em novembro de 2017 relata que o


brasil é o quarto país com maior prática de bullying no mundo, 3% dos

estudantes relatam ter sido vítima de violência física ou psicológica. Outros


países que empatam nesse ranking com maiores índices de bullying
Dominicana (60%), Equador (44%), Panamá (44%) e Paraguai (43%).

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